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Annual Report Mar 20, 2008

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VERSÃO SUJEITA A APROVAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DE ACCIONISTAS

SONAE CAPITAL, SGPS, SA Lugar do Espido, Via Norte, Maia Capital Social: 250.000.000 Euros Matriculada na CRC da Maia Número único de matrícula e de pessoa colectiva 508 276 756 Sociedade Aberta

RELATÓRIO E CONTAS 31 DE DEZEMBRO DE 2007

RELATÓRIO DE GESTÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2007

Relatório de Gestão Ano de 2007

1. A Sonae Capital

1.1. Enquadramento

A Sonae Capital, SGPS, SA foi constituída no dia 14 de Dezembro de 2007, através do destaque da participação correspondente à totalidade do capital social e direitos de voto da sociedade anteriormente designada Sonae Capital, SGPS, SA (actual SC, SGPS, SA) detida pela Sonae, SGPS, SA, na modalidade de cisão simples conforme previsto na alínea a) do artigo 118º do Código das Sociedades Comerciais. No âmbito da operação de cisão, foram atribuídos aos accionistas da sociedade cindida 0,125 de uma acção da Sonae Capital, SGPS, SA por cada acção Sonae, SGPS, SA detida. As 250.000.000 acções representativas do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA foram admitidas à negociação na Euronext Lisbon no dia 28 de Janeiro de 2008.

Principais datas e acontecimentos no processo de autonomização e admissão à negociação na Euronext Lisbon:

8 de Novembro de 2007 Aprovação do projecto de cisão simples pelo Conselho de Administração da Sonae, SGPS, SA

14 de Novembro de 2007 Aprovação da operação de cisão nas Assembleias-Gerais de Accionistas e Obrigacionistas da Sonae, SGPS, SA

Inscrição definitiva na competente Conservatória do Registo Comercial da cisão simples da Sonae, SGPS, SA, e consequente constituição da nova sociedade comercial Sonae Capital, SGPS, SA

Eleição dos membros dos Órgãos Sociais da Sonae Capital, SGPS, SA (sociedade resultante da cisão) para o período 2007 a 2010

  • 27 de Dezembro de 2007 Aprovação do Prospecto de Admissão à Negociação pela CMVM e respectiva divulgação
  • 4 de Janeiro de 2008 Destaque dos direitos de cisão e negociação das acções Sonae SGPS ex-rights
  • 9 a 18 de Janeiro de 2008 Negociação dos direitos de cisão, sendo que entre o dia 16 e o dia 18 apenas no mercado de balcão
  • 25 de Janeiro de 2008 Registo das acções Sonae Capital e dos direitos sobrantes nas contas dos accionistas
  • 28 de Janeiro de 2008 Admissão à negociação na Euronext Lisbon

1.2. Estrutura accionista

Nos termos do factor de atribuição estabelecido, e tendo por referência as participações qualificadas divulgadas pela Sonae, SGPS, SA, a estrutura accionista e imputação dos direitos de voto da Sonae Capital, SGPS, SA com referência a 31 de Dezembro de 2007 resumia-se a:

Entidade Número de acções % Direitos de voto
Efanor Investimentos 132.559.778 53,024%
Banco BPI 22.254.982 8,902%
ABN AMRO 8.764.713 3,506%
Deutsche Bank 8.215.053 3,286%
Fundação Berardo 6.231.189 2,492%
Free Float 71.974.285 28,548%
Capital social 250.000.000 100%

À data deste relatório, as participações qualificadas de que temos conhecimento são as seguintes:

Entidade Número de acções
imputáveis
% Direitos de
voto
Efanor Investimentos 139.905.925 55,962%
Banco BPI 22.589.704 9,036%
Total 162.495.629 64,998%

1.3.Áreas de negócio

O processo de reestruturação levado a cabo no âmbito da operação de autonomização da Sonae Capital, SGPS, SA compreendeu a revisão do portfolio de negócios da sociedade, daí decorrendo a alteração do enfoque estratégico e de gestão das anteriores quatro áreas de negócio para duas sub-holdings distintas: Sonae Turismo, SGPS, SA e Spred, SGPS, SA.

A Sonae Turismo, SGPS, SA foi constituída em 1994 e integra o portfolio de negócios da Sonae Capital desde 2006, abarcando três áreas de negócio distintas:

  • Resorts e Empreendimentos Residenciais Compreende o desenvolvimento (concepção e construção), gestão, marketing e comercialização de resorts turísticos e de empreendimentos residenciais de elevada qualidade;
  • Gestão de Activos Imobiliários Integra a prestação de serviços relacionados com terrenos e imóveis, com vista a optimizar a detenção de activos imobiliários e identificar a melhor proposta de valor relativa à carteira de terrenos e imóveis;
  • Operações Turísticas Abrange a propriedade e gestão de hotéis, com prestação de

serviços integrados (SPA, Catering e Eventos, Centro de Congressos, Food Court e parque de estacionamento) e a gestão de health clubs.

A Spred, SGPS, SA compreende negócios enquadráveis numa das três áreas seguintes:

  • Seed & Venture Capital Novas oportunidades de crescimento e opções estratégicas;
  • Joint Ventures

Negócios detidos em joint venture com parceiros especializados e negócios detidos integralmente pela Sonae Capital, cujo desenvolvimento possa passar pelo estabelecimento de parcerias, capitalizando no conhecimento e networking de parceiros especializados que permitam um rápido crescimento e afirmação nos respectivos sectores de actividade;

Participações Financeiras

Participações em empresas detidas numa lógica de investimento financeiro.

1.4.Principais alterações ao portfolio de negócios

No âmbito do processo de autonomização, o ano de 2007 ficou marcado por uma intensa revisão do portfolio de negócios da então denominada Sonae Capital, SGPS, SA (actual SC, SGPS, SA), tendo em vista dotar a sociedade de condições que permitam um desenvolvimento sustentado. Assim, foi encetado um processo de focagem do seu portfolio de negócios e das suas equipas de gestão.

Neste processo de reconfiguração do portfolio, as principais alterações passaram por:

  • Nos dias 31 de Janeiro de 2007 e 18 de Setembro de 2007, foram alienadas duas parcelas adicionais de 3,92% do capital social da ba Vidro, ao abrigo do acordo celebrado em Dezembro de 2004, tendo gerado, no total das operações, uma mais valia de 9,8 milhões de euros. Após estas operações, a Sonae Capital, SGPS, SA deixou de deter qualquer participação na ba Vidro;
  • No dia 9 de Fevereiro de 2007, a Sonae Capital, SGPS, SA exerceu a opção de compra sobre 51% do capital social da Investalentejo, SGPS, SA;
  • Em 28 de Maio de 2007, a Sonae Capital, SGPS, SA adquiriu através de uma sua filial um interesse económico adicional de 35% na Selfrio, SMP, Sistavac e SKK (refrigeração, ar condicionado e manutenção) por 22 milhões de euros e assinou ainda uma promessa de venda da totalidade da participação de 51% na Safira (serviços de limpeza), que detinha indirectamente, pelo preço de 5 milhões de euros. A venda foi concretizada em 30 de Junho de 2007;
  • Em 27 de Junho de 2007, a Sonae Capital, SGPS, SA acordou a alienação faseada da totalidade da participação na sociedade ELMO, SGPS, SA (ELMO), sociedade que controla integralmente a Plysorol SAS, líder do sector de contraplacados em França, concretizando a venda de 40% (1ª fase) do respectivo capital, a sociedades controladas pelo Eng.º Jaime Teixeira. A participação remanescente será alienada até 31 de Dezembro de 2011. A operação de venda da totalidade das acções e cessão dos créditos existentes envolve um montante total de cerca de 30 milhões de euros, dos quais cerca de 10 milhões de euros foram já recebidos e os 20 milhões de euros remanescentes serão recebidos em função do cumprimento de critérios de rentabilidade, medidos pelo cash-flow operacional (EBITDA) gerado nos anos de 2007 até 2011. Esta operação teve como consequência a desconsolidação da ELMO e suas filiais a partir daquela data, em virtude de ter sido transferido o controlo com a venda dos 40%;

No dia 31 de Agosto de 2007, a Sonae Capital, SGPS, SA alienou a totalidade da participação que detinha na Isoroy Casteljaloux, SAS.

De acordo com o disposto no projecto de cisão simples da Sonae, SGPS, SA aprovado e, considerando que o registo definitivo da cisão simples na competente Conservatória do Registo Comercial se verificou antes do dia 31 de Dezembro de 2007, as operações da Sonae, SGPS, SA inerentes ao conjunto dos elementos patrimoniais transmitidos à Sonae Capital, SGPS, SA são consideradas, do ponto de vista contabilístico, como efectuadas por conta desta a partir do dia 2 de Outubro de 2007, inclusive.

De 2 de Outubro até à data deste relatório, foram comunicadas as seguintes transacções enquadráveis na revisão do portfolio de negócios da nova Sonae Capital:

  • Em 18 de Outubro de 2007, a Sonae Capital, SGPS, SA acordou a alienação de 75% da participação na Cinclus - Planeamento e Gestão de Projectos, SA por 4,35 milhões de euros, ficando com a possibilidade de alienar a participação remanescente após 1 de Janeiro de 2011 por 1,5 milhões de euros (sujeito a correcção em função do desenvolvimento da actividade da empresa). Até essa data, a Sonae Capital, SGPS, SA manterá o seu envolvimento na gestão da sociedade tendo subscrito um acordo parassocial. O recebimento inicial foi de 2,8 milhões de euros e o restante será recebido em duas prestações que se vencem, até Outubro de 2009. A mais-valia gerada na transacção ascendeu a 2,5 milhões de euros;
  • No mês de Dezembro de 2007, a Sonae Capital, SGPS, SA, através da sua participada SC – Insurance & Risk Services, SGPS, SA alienou à Sonae, SGPS, SA a totalidade da sua participação nas sociedades que integravam os negócios de corretagem de seguros e resseguro;
  • Em 3 de Janeiro de 2008, a Sonae Capital tornou público que a sua participada SC – Engenharia e Promoção Imobiliária, SGPS, SA acordou, nessa data, os termos para a alienação, a título definitivo, das acções representativas da totalidade do capital social da Contacto – Sociedade de Construções, SA à Soares da Costa, Construção, SGPS, SA. Em 21 de Fevereiro produziram-se os efeitos do acordo inicial, sendo que o preço global acordado foi de 81,5 milhões de euros, gerando um cash flow líquido de 17,5 milhões de euros. O impacto da transacção no resultado consolidado da Sonae Capital relativo a 2008 é de cerca de 47,5 milhões de euros.

1.5.Comportamento bolsista

As 250.000.000 de acções representativas do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA foram admitidas à negociação na Euronext Lisbon no dia 28 de Janeiro de 2008.

À data deste relatório, a cotação era de 1,51 euros, correspondente a uma valorização de 4,9% face à cotação de fecho no dia de admissão à negociação.

2. Análise das Demonstrações Financeiras consolidadas

2.1. Nota prévia

Atendendo a que a Sonae Capital, SGPS, SA foi constituída no âmbito da operação de cisão-simples da Sonae, SGPS, SA, não existem demonstrações financeiras consolidadas históricas relativas à empresa, por estar dispensada de as elaborar enquanto sociedade integralmente detida pela Sonae, SGPS, SA.

Assim, no sentido de assegurar a comparabilidade dos agregados financeiros, foram elaboradas demonstrações consolidadas pró-forma para os exercícios de 2006 e 2007, tendo por base um portfolio de negócios histórico equivalente ao actual portfolio de negócios da Sonae Capital, SGPS, SA.

Atendendo a que, à data deste relatório, havia já sido comunicada a venda da totalidade da participação detida pela Sonae Capital, SGPS, SA no capital social da Contacto – Sociedade de Construções, SA, as demonstrações financeiras associadas a esta empresa são destacadas como operações descontinuadas contribuindo para o total de operações do exercício.

Do exposto resulta que a análise das demonstrações financeiras consolidadas incluída neste relatório se reporta às operações continuadas no âmbito do exercício pró-forma realizado.

2.2.Demonstração de Resultados Volume de Negócios 2007 2006 ∆ Turismo 57,2 31,7 +80,3% Spred 140,0 134,3 +4,3% Holding e Outras 2,4 2,9 -18,3% Eliminações e Ajustamentos (2,3) (3,5) +34,5% Operações continuadas 197,3 165,4 +19,3% Operações descontinuadas 104,9 101,1 +3,7% Total de operações 302,1 266,5 +13,4% Unidade: 10^6 Euros

O volume de negócios consolidado relativo às operações continuadas alcançou os 197,3 milhões de euros, representando um aumento de 19% face ao ano anterior.

O aumento de 25,5 milhões de euros observado no contributo da Sonae Turismo reflecte essencialmente:

  • a recuperação decorrente da reorganização e reposicionamento estratégico dos negócios de Fitness e Hotelaria, materializadas num aumento do seu contributo em 10,9 milhões de euros;
  • o impacto das vendas de apartamentos City Flats, que contribuíram com 7,5 milhões de euros para o volume de negócios consolidado; e
  • a alienação de um lote de terreno na Quinta das Sedas por 5,5 milhões de euros.

O contributo da Spred aumentou 5,7 milhões de euros, destacando-se o crescimento de 7,8 milhões de euros no contributo do Grupo Selfrio. No crescimento ocorrido destacam-se os negócios de refrigeração e ar condicionado.

O contributo da Box Lines evoluiu em sentido contrário, diminuindo 4,5 milhões de euros, fruto da diminuição nas receitas decorrentes do negócio internacional, por internalização, em alguns clientes, de alguns serviços prestados.

Cash-Flow Operacional (EBITDA)1 2007 2006
Turismo 2,5 (5,4) -
Spred 7,9 7,5 -5,5%
Holding e Outras (1,3) (0,1) >-100%
Eliminações e Ajustamentos 0,0 (1,8) -
Operações continuadas 9,1 0,2 >100%
Operações descontinuadas 5,8 7,7 -24,8%
Total de operações 14,9 8,0 +87,3%
Unidade: 10^6 Euros

O cash-flow operacional (EBITDA) consolidado relativo às operações continuadas aumentou 8,9 milhões de euros, totalizando 9,1 milhões de euros no ano.

A variação mais significativa ao nível dos contributos observou-se na Sonae Turismo, que inverteu o sentido do seu contributo de 5,4 milhões de euros negativos em 2006 para 2,5 milhões de euros positivos em 2007. Este crescimento decorreu da melhoria no desempenho operacional dos negócios de Fitness e Hotelaria (+6 milhões de euros), da concretização da venda de apartamentos City Flats (+2,4 milhões de euros) e da venda de um lote de terreno na Quinta das Sedas (+3,0 milhões de euros). Este aumento foi parcialmente compensado pelo impacto do encerramento dos hotéis em Tróia no âmbito dos trabalhos de remodelação em curso.

Os contributos dos restantes negócios sofreram variações marginais face aos do ano anterior.

Resultados Operacionais (EBIT) 2007 2006
Turismo (4,2) (12,6) +66,9%
Spred 7,1 6,2 +14,0%
Holding e Outras (1,4) (0,1) >-100%
Eliminações e Ajustamentos 0,1 (1,8) -
Operações continuadas 1,6 (8,3) -
Operações descontinuadas 6,1 9,5 -35,6%
Total de operações 7,8 1,2 >100%
Unidade: 10^6 Euros

Os resultados operacionais (EBIT) consolidados relativos às operações continuadas aumentaram 9,9 milhões de euros, totalizando 1,6 milhões de euros no ano.

1 Cash-Flow Operacional (EBITDA) = Resultados Operacionais (EBIT) + Amortizações e Depreciações + Provisões e Perdas por Imparidade – Reversão de Perdas por Imparidade e Provisões (incluídas em Outros Proveitos Operacionais).

As variações registadas ao nível dos contributos seguiram o mesmo sentido e apresentaram valores idênticos aos das variações nos contributos para o EBITDA consolidado.

Os resultados financeiros consolidados relativos às operações continuadas foram negativos em 10 milhões de euros, comparativamente com 2 milhões de euros negativos em 2006. Este agravamento traduz o maior peso dos juros suportados decorrente do aumento no nível médio de endividamento que esteve associado ao maior esforço de investimento no ano, particularmente na esfera de negócios da Sonae Turismo.

Os resultados relativos a investimentos relativos às operações continuadas ascenderam a 12,1 milhões de euros e incluem 9,8 milhões de euros de resultado decorrente da venda da participação remanescente de 7,84% na ba Vidro (em duas tranches de 3,92%) e 2,5 milhões de euros relativos à alienação de 75% da participação na Cinclus. Em 2006, os resultados relativos a investimentos reflectiam a mais-valia obtida na venda de uma participação adicional de 3,92% na ba Vidro.

Resultado Líquido 2007 2006
Turismo (15,3) (26,6) +42,5%
Spred 4,0 3,7 >100%
Holding e Outras 17,5 16,5 -
Eliminações e Ajustamentos 3,2 3,1 >-100%
Operações continuadas 9,4 (3,3) -
Operações descontinuadas 6,4 8,4 -23,2%
Total de operações 15,8 5,0 >100%

Unidade: 10^6 Euros

O resultado líquido consolidado relativo às operações continuadas foi positivo em 9,4 milhões de euros, o que compara com 3,3 milhões de euros de prejuízo no ano anterior. As melhorias observadas ao nível do desempenho operacional, a par do contributo dos resultados relativos a investimentos, compensaram o aumento no serviço da dívida e decorrente decréscimo nos resultados financeiros.

2.3.Balanço

Total do Activo 2007 2006
Turismo 536,0 433,5 +23,7%
Spred 198,3 93,9 >100%
Holding e Outras* 445,1 309,2 +44,0%
Eliminações e Ajustamentos* (383,6) (149,6) <100%
Operações continuadas 795,8 687,0 +15,8%
Operações descontinuadas 21,4 24,6 -12,9%
Total de operações 817,2 711,6 +14,8%
Unidade: 10^6 Euros

* O contributo do segmento Holding e Outras inclui fluxos intragrupo relativos a empréstimos concedidos a subsidiárias, que ascenderam a 221,7 milhões de euros em 2007 e 137,7 milhões de euros em 2006, e que estão incluídos na rubrica Eliminações e Ajustamentos.

O total do activo consolidado relativo às operações continuadas foi de 795,8 milhões de euros, um crescimento de 15,8% face a 31 de Dezembro de 2006.

O aumento de 108,8 milhões de euros no contributo das operações continuadas decorre de: investimento realizado na Península de Tróia, nomeadamente na remodelação dos aparthóteis, na construção da Marina e aquisição dos ferry boats que assegurarão a travessia do Sado; expansão e remodelação dos health clubs; intervenções realizadas no Pólo da Boavista, onde está integrado o Hotel Porto Palácio; e progresso na construção dos projectos imobiliários em desenvolvimento (Tróia, City Flats e Efanor).

Endividamento Líquido2 2007 2006
Turismo 103,8 125,5 -17,3%
Spred 40,1 0,8 >100%
Holding e Outras 28,3 57,2 -50,5%
Eliminações e Ajustamentos 0,0 (1,2) -
Operações continuadas 172,2 182,3 -5,5%
Operações descontinuadas (0,4) (0,2) -93,4%
Total de operações 171,9 182,1 -5,6%

Unidade: 10^6 Euros

O endividamento líquido2 consolidado relativo às operações continuadas ascendeu a 172,2 milhões de euros, com referência a 31 de Dezembro de 2007. O valor homólogo do ano anterior inclui 64,2 milhões de euros relativos a empréstimos da Sonae SGPS (que figuram no contributo da Holding e Outras), que foram liquidados antes do final de 2007.

2 Endividamento Líquido = Empréstimos Não Correntes + Empréstimos Correntes – Caixa e Equivalentes de Caixa – Investimentos Correntes + Empréstimos Accionistas (Sonae SGPS).

A diminuição de 21,7 milhões de euros no contributo da Sonae Turismo decorre, essencialmente, do efeito positivo no fundo de maneio dos recebimentos de parcelas do preço de venda de activos na península de Tróia.

O aumento de 39,3 milhões de euros no contributo da Spred reflecte, essencialmente, o financiamento da aquisição dos ferry boats que assegurarão a travessia para Tróia e o financiamento da aquisição de uma participação na área da corretagem de seguros, este último integralmente pago em Janeiro e Fevereiro de 2008.

O rácio de gearing3 relativo às operações continuadas foi de 48,1%, comparativamente com 72,4% em 2006. O rácio de cobertura de juros4 foi de 0,6 vezes, que compara com 0,03 vezes no final de 2006, uma subida que se deve ao aumento nos juros suportados que decorreu do maior nível de dívida bancária.

3 Rácio de Gearing = Endividamento Líquido / Capitais Próprios.

4 Rácio de Cobertura de Juros = EBITDA / Juros Líquidos Suportados.

3. Áreas de Negócio

3.1. Enquadramento conjuntural

Em 2007, a Economia Mundial continuou a expandir-se de forma robusta, se bem que tenha registado um abrandamento, sendo notória uma partição mais uniforme entre os principais blocos económicos mundiais. De acordo com as previsões mais recentes do FMI, o crescimento do PIB mundial em 2007 deverá cifrar-se em 4,9% (0,1 p.p. abaixo do máximo de 5,0% observado em 2006), sendo que nas economias desenvolvidas a actividade deverá abrandar para 2,6% (3,0% em 2006), enquanto nas restantes o ritmo de expansão da actividade manter-se-á robusto nos 7,8%. Se em 2007, o crescimento económico global ficou a dever-se aos países como China, Índia, Rússia e Brasil, no ano de 2008 será ainda mais evidente o papel fundamental destas economias para a sustentação do crescimento mundial.

Para 2008, as projecções para o crescimento do PIB mundial das organizações económicas internacionais foram revistas em baixa (FMI prevê um crescimento de 4,1% para 2008), o que comprova que a economia mundial entrará num período de crescimento mais moderado. São sobejamente conhecidos os factores que estão na base do agravamento do cenário de crescimento: para além da significativa correcção de preços do mercado imobiliário dos EUA e dos problemas no mercado de crédito subprime que estão a afectar a estabilidade do sistema financeiro global, acresce o clima de crise nos mercados financeiros, sendo a queda das bolsas desde o início do ano o mais recente sinal de incerteza e o reflexo do sentimento de apreensão vivido pela generalidade dos agentes económicos. Em conjunto com a alta prolongada dos preços da energia e dos bens alimentares, a deterioração do sistema financeiro terá repercussões negativas sobre a procura global, com particular incidência nos países mais desenvolvidos. Ainda assim, o crescimento da economia mundial deverá ficar distante dos patamares recessivos, com o PIB mundial a crescer acima da média dos últimos anos, essencialmente suportado pelo vigor das economias emergentes, conforme salienta o FMI na sua última edição do World Economic Outlook.

Nos Estados Unidos, o ano de 2007 ficou marcado pelo aprofundamento da crise no mercado imobiliário – uma crise iniciada em 2005, cujas primeiras manifestações haviam residido na identificação de um excesso de oferta e de um nível de preços demasiado elevado.

As consequências mais imediatas observaram-se, para além da queda do preço dos activos, num decréscimo do investimento residencial que, depois de uma queda da ordem dos 5% em 2006, caiu mais de 17% em 2007. O receio mais elevado, de que esta crise se reflectisse numa aterragem violenta do crescimento do consumo privado e, com ele, de todo o crescimento económico, não se confirmou ainda em 2007: o consumo privado cresceu 2,9% (apenas ligeiramente abaixo dos 3,1% observados em 2006) e o PIB cresceu 2,2% (aqui já consideravelmente abaixo dos 2,9% observados em 2006, em resultado da passagem da taxa de crescimento do investimento para terreno negativo). Reflectindo a força do consumo privado, o investimento privado empresarial cresceu ainda 4,7%, um valor aceitável, depois dos 6,6% registados em 2006.

Os indicadores económicos prospectivos têm vindo a degradar-se acentuadamente e, mesmo que não se concretize uma recessão, a economia norte-americana atravessará um período de expansão significativamente inferior à tendência histórica. As previsões para 2008 do FMI apontam para um crescimento do PIB para 1,5% (1,9% anteriormente). Espera-se que as medidas de estímulo económico entretanto anunciadas contribuam para a reanimação da economia, com efeitos mais notórios no segundo semestre do ano. A Reserva Federal desceu a sua taxa de referência em 175 p.b. (de 5,25% para 3,5%) e a Administração anunciou um programa de incentivo fiscal, sob forma de redução da carga fiscal e apoio ao rendimento disponível das famílias (USD 150 mil milhões, o equivalente a 1% do PIB).

Contrariando as expectativas, a Economia da Zona Euro terminou o ano de 2007 sem se deixar contagiar pela turbulência dos mercados financeiros e pelo abrandamento da economia dos Estados Unidos. As consequências foram, até ao momento, muito limitadas.

O PIB cresceu, em 2007, 2,6%, apenas ligeiramente abaixo dos 2,9% registados em 2006 e bem acima da taxa de crescimento do PIB potencial, estimada em 2%. A desaceleração deve-se a um pequeno decréscimo da taxa de crescimento do consumo privado e a um decréscimo considerável da taxa de crescimento do investimento em habitação (mantendo-se, ainda assim, em terreno positivo), com o investimento público e sobretudo o investimento privado empresarial a crescerem a taxas da ordem dos 5%. Apesar da apreciação da taxa de câmbio do Euro, que, no final do ano, observou máximos históricos já muito próximos de 1,5 USD por Euro, as exportações líquidas continuaram a crescer a bom ritmo, acrescentando 0,4 pontos à taxa de crescimento do PIB.

Em 2008, a expansão deverá regressar à tendência histórica em torno dos 2%, com o abrandamento a ser sentido sobretudo na primeira metade do ano. O enfraquecimento da economia mundial, o impacto acumulado do aumento das taxas de referência do BCE e as condições globais mais restritivas na sequência da crise do segmento do crédito subprime nos EUA justificarão este comportamento. Para além das exportações, que deverão abrandar, o investimento deverá também registar alguma moderação. Espera-se que o consumo privado cresça em linha com a evolução do rendimento disponível, reflectindo as melhorias verificadas no mercado de trabalho e nas remunerações reais. Paralelamente, a evolução do euro, dos preços do petróleo e bens alimentares, o comportamento dos mercados de capitais e das instituições financeiras pós crise subprime são também variáveis fundamentais para determinar o curso da actividade económica da Zona Euro em 2008. Em suma o cenário é de abrandamento cíclico moderado.

Ainda que timidamente, a recuperação da Economia Portuguesa continuou a afirmar-se em 2007, superando as previsões traçadas há um ano atrás: com o crescimento do PIB em cerca de 1,8%, 0,2 p.p. acima da média das projecções.

Pela positiva destaca-se a evolução das contas públicas, com o défice público a apresentar um valor inferior a 3% do PIB, com parte da recuperação a ser assegurada pela redução do peso da despesa no PIB (um resultado conseguido pela primeira vez nas últimas quatro décadas) e a parte restante pelo aumento do peso da receita. Destaque também para a procura externa, cujo contributo para o crescimento económico se reforçou. As exportações cresceram confortavelmente, e continuaram a ser o motor do crescimento económico (taxa de crescimento de mais de 6% em 2007), começando o seu efeito a sentir-se também no investimento privado (com variação positiva em 2007) e as importações mantiveram-se contidas dada a fragilidade da procura interna. A despesa das famílias manteve uma evolução muito contida (com o consumo privado a crescer cerca de 1%), reflexo do contexto particularmente adverso: taxas de juro e níveis de endividamento elevados, desemprego em máximos históricos. A crescer ligeiramente abaixo dos 2%, o PIB teve ainda de acomodar um decréscimo do consumo público na ordem de 1%.

Para 2008, espera-se que a procura interna continue a reforçar o seu contributo para o crescimento económico, graças à recuperação do investimento. O consumo privado deverá continuar a evoluir em linha com o rendimento disponível e a despesa pública continuará contida tendo em vista a manutenção da trajectória de redução do défice. Apesar de se manterem como a componente mais dinâmica da procura global, prevê-se uma desaceleração das exportações. Quanto ao emprego é esperado um crescimento de 0,5% em 2008, cerca de 0,3 p.p. superior ao verificado em 2007, acompanhando a recuperação moderada da actividade económica. As necessidades de financiamento externo da economia portuguesa deverão reduzir-se de 8,2% em 2007 para 7,3% em 2008, sendo que este é o momento ideal para se efectuarem as reformas necessárias para garantir uma maior consolidação das contas públicas.

O desafio para 2008, reside na consolidação destes progressos, não obstante se enfrentar um enquadramento externo, económico e financeiro mais exigente, reflexo do elevado nível de incerteza e instabilidade que actualmente se vive.

3.2.Análise dos Negócios

3.2.1. Resorts Turísticos e Empreendimentos Residenciais

Descrição do negócio

A área de negócio de Resorts Turísticos tem como principal referência o empreendimento turístico Troiaresort, projecto que está em curso e que é composto por diversas unidades de gestão territoriais.

O projecto desenvolve-se no extremo Norte da Península de Tróia, englobando uma área de 486 hectares de terreno e 380 mil m2 de área de construção. Os projectos a desenvolver repartem-se entre apartamentos turísticos e moradias, equipamentos hoteleiros, uma marina, um campo de golfe e espaços comerciais.

A área correspondente à Promoção de Empreendimentos Residenciais consiste no desenvolvimento de projectos imobiliários de referência destinados a um mercado alto e médio/alto. Os projectos residenciais actualmente em curso no âmbito desta área de negócio são o edifício City Flats localizado na Quinta das Sedas e o empreendimento Efanor, ambos em Matosinhos.

O edifício City Flats é composto por dois blocos de 106 apartamentos cada, com uma área média de 50 m2 , tendo sido concluída a construção em Julho de 2007. O projecto Efanor compreende a construção de um condomínio residencial de luxo para mais de 2.000 pessoas (cerca de 700 apartamentos), ocupando uma área total de 12 hectares e uma área total de venda de cerca de 100.000 m2 .

Desempenho operacional

Resorts Turísticos

Os projectos da Península de Tróia, encontram-se actualmente em fase de execução, com especial ênfase para os seguintes projectos integrados nos núcleos de desenvolvimento designados por Unidades Operativas 1 e 2:

Apartamentos da Praia com uma área total de venda de 28.000 m2 num total de 211 apartamentos turísticos, abrangendo tipologias que variam entre T0 e T3. A construção foi iniciada em Outubro de 2006, estando prevista a sua conclusão para o Verão de 2008.

Apartamentos da Praia # Área média por
apartamento*
(m2
)
Preço médio de
venda
(€/m2)
CPCV5
celebrados
92 126,9 4.004
Em comercialização 119 137,2 4.033
Total 211 132,7 4.014

*Inclui área de habitação e áreas de varandas e terraços. (Informação reportada a 29 de Fevereiro de 2008)

Apartamentos da Marina com uma área total de venda de 6.570 m2 distribuída por 78 apartamentos turísticos, com tipologias T1 e T2, e uma área de 1.768 m2 no r/c, destinada a comércio e restaurantes. A conclusão da construção está prevista para o início do Verão de 2008.

Apartamentos da Marina # Área média por
apartamento*
(m2
)
Preço médio
de venda
(€/m2)
CPCV5
celebrados
47 84,0 3.833
Em comercialização 31 85,4 4.464
Total 78 84,6 4.086

* Inclui área de habitação e áreas de varandas e terraços.

(Informação reportada a 29 de Fevereiro de 2008)

  • Edifício Central com uma área total de venda de 10.600 m2 , distribuída por 71 apartamentos turísticos T1 e T2 e uma área comercial, no r/c, com 2.032 m2 . A conclusão das obras de construção e o início da fase de comercialização dos apartamentos turísticos está prevista para Setembro de 2008, prevendo-se a abertura dos espaços comerciais já no Verão deste ano.
  • A comercialização dos lotes de terreno para a construção de moradias unifamiliares na zona da Praia e Golfe teve início em Julho de 2007. Os lotes são comercializados com projecto associado, escolhido pelo comprador entre 5 alternativas de diferentes arquitectos. As áreas dos lotes variam entre 1.100 m2 e 2.700 m2 , variando o preço em função da área e da localização – 600 mil euros a 1.500 mil euros.

5 CPCV = Contratos Promessa de Compra e Venda.

Lotes Moradias
Praia e Golfe
# ABC6
(m2)
Preço médio
de venda
(€/m2 ABC6)
Área
média
por Lote
(m2
)
Preço médio
de venda
(€/m2 Lote)
CPCV7
celebrados
19 343,8 3.436 2.093 564
Em comercialização 77 343,8 2.951 1.804 562
Total 96 343,8 3.047 1.861 563

(Informação reportada a 29 de Fevereiro de 2008)

A estratégia de comercialização do Troiaresort tem permitido a subida sustentada dos preços de venda acompanhando o grau de execução da obra.

Encontra-se já em fase de construção o projecto das Moradias Turísticas da Praia, constituído por 90 unidades T2, com área total de venda de 14.400 m2 . A conclusão da obra de construção está prevista para Março de 2009 e a comercialização terá início no último trimestre de 2008.

Para além dos eventos supra mencionados, refira-se ainda:

  • a conclusão das obras de construção do novo cais de Ferries;
  • o investimento em curso nos aparthotéis Aqualuz Tróia Mar, Tróia Rio e Tróia Lagoa, que deverá permitir a sua reabertura à exploração turística no Verão de 2008;
  • o forte ritmo de desenvolvimento da requalificação urbanística da Península de Tróia, obra que deverá estar concluída durante o primeiro semestre de 2008 e que consiste na total renovação das infra-estruturas, beneficiação de arruamentos, criação de parques de estacionamento e requalificação paisagística.

6 ABC = Área Bruta de Construção.

7 CPCV = Contratos Promessa de Compra e Venda.

O investimento total previsto para o projecto Troiaresort ascende a 403 milhões de euros, estando 83 milhões de euros já realizados com referência a 31 de Dezembro de 2007. A essa data, o investimento em questão decompunha-se como segue:

Investimento
Previsto Realizado
Projectos residenciais em comercialização 80 30
Projectos residenciais a desenvolver 182 12
Outros projectos exploração
(trabalhos nos aparthotéis da Península de
Tróia, marina e parques de estacionamento) 74 19
Infraestruturas
(gerais e específicas das UNOP8
s e custo de
licenciamentos
associados
aos
Planos
de
Pormenor) 67 22
Total 403 83

Empreendimentos Residenciais

Empreendimento Efanor

O ano de 2007 marcou a conclusão das obras de requalificação urbanística e paisagística, tendo o empreendimento conseguido a obtenção do Certificado Ambiental segundo a Norma ISO 14001: 2004, atribuído pelo Bureau Veritas.

Também em 2007 foram desenvolvidos os projectos para o primeiro edifício, o Edifício Delfim Pereira da Costa, que terá tipologias T3, T4, T5 e T6 numa área total de venda de 11.162 m2 , cuja construção se iniciou em Fevereiro de 2008. O preço médio por m2 nesta fase é de 2.640 euros e a comercialização terá início no mês de Março. Foram igualmente iniciados os projectos para o segundo edifício e iniciaram-se as obras para a reconversão do antigo edifício social com o objectivo de aí instalar o Colégio Efanor.

City Flats/City Lofts

Estando concluída a obra de construção dos edifícios dos City Flats/City Lofts, os apartamentos começaram a ser ocupados pelos seus proprietários, prosseguindo a venda das unidades ainda disponíveis. Dada a excelente localização e características dos apartamentos há um elevado número de pedidos para arrendamento o que tem dado origem à celebração de alguns contratos desse tipo.

8 UNOP = Unidade Operativa de Planeamento e Gestão.

City Flats (Quinta das Sedas
– Edifício 1)
# Área média por
apartamento**
(m2)
Preço médio
de venda
(€/m2)
Apartamentos vendidos*
(escrituras e CPCV9
)
87 49,7 2.018
Em comercialização 19 52,7 2.052
Total 106 50,3 2.025

*Do total apresentado, 81 apartamentos estão já escriturados.

**Inclui área de habitação e áreas de varandas e terraços.

(Informação reportada a 29 de Fevereiro de 2008)

City Lofts (Quinta das Sedas
– Edifício 2)
# Área média por
apartamento**
(m2
)
Preço médio
de venda
(€/m2)
Apartamentos vendidos*
(escrituras e CPCV9
)
2 41,4 2.239
Arrendamentos 8 45,2 -
Em comercialização 96 54,4 2.047
Total 106 53,5 2.049

* Do total apresentado, 1 apartamento está já escriturado. **Inclui área de habitação e áreas de varandas e terraços. (Informação reportada a 29 de Fevereiro de 2008)

Desempenho financeiro

2007 2006
Volume de Negócios 7,5 0,0 -
Cash-Flow Operacional (EBITDA) (8,1) (4,8) -68,7%
Resultados Operacionais (EBIT) (8,3) (4,9) -69,4%

Unidade: 10^6 Euros

O crescimento de 7,5 milhões de euros no volume de negócios consolidado reflecte, fundamentalmente, as vendas de apartamentos City Flats ocorridas no ano de 2007.

Perspectivas futuras

O Verão de 2008 será marcado pelo lançamento da plataforma turística correspondente à UNOP10 1 do projecto Troiaresort, destacando-se: a conclusão da requalificação urbanística e paisagística; a conclusão dos trabalhos de construção associados aos apartamentos da Praia, Marina e Edifício Central e respectivas áreas comerciais; a reabertura dos aparthotéis Aqualuz Tróia Mar, Tróia Rio e Tróia Lagoa e; a abertura da marina de Tróia.

9 CPCV = Contratos Promessa de Compra e Venda.

10 UNOP = Unidade Operativa de Planeamento e Gestão.

No ano de 2008 o desempenho financeiro será positivamente impactado pela materialização dos proveitos decorrentes da concretização das vendas de apartamentos.

3.2.2. Gestão de Activos Imobiliários

Descrição do negócio

A área de Gestão de Activos Imobiliários é responsável pela gestão dos terrenos e edifícios da Sonae Turismo detendo competências relacionadas com a gestão da propriedade, procurement, comercialização, gestão de projectos, gestão técnica de edifícios e gestão de condomínios.

Os activos detidos repartem-se entre:

  1. Imóveis em exploração pela Sonae Turismo (designadamente os Edifícios do Pólo da Boavista no Porto, com 10.322 m2 , junto ao Hotel Porto Palácio);

  2. Imóveis com projectos em desenvolvimento:

  3. Em fase de projecto e licenciamento, dos quais se destaca o projecto habitacional Quarteirão Duque de Loulé em Lisboa com 10.298 m2 de área bruta de construção acima do solo, o loteamento habitacional no terreno da antiga Fábrica do Cobre no Porto com 45.019 m2 de área bruta de construção acima do solo, um edifício de habitação e comércio em Lagos (Projecto Baluarte) com 3.815 m2 de área bruta de construção acima do solo e o empreendimento residencial na Maia com 42.549 m2 de área bruta de construção acima do solo;

  4. Em fase de obras, principalmente o Parque de Negócios da Maia, detido através do Fundo de Investimento Imobiliário Imosede, com 131.121 m2 de área bruta de construção acima do solo.

  5. Imóveis arrendados e em comercialização (loteamentos, habitação, escritórios, estabelecimentos comerciais, pavilhões industriais e parques de estacionamento);

  6. Terrenos diversos com possibilidade de, no futuro, se efectuar o desenvolvimento de projectos ou a sua alienação.

Destaque, no ano, para a avaliação independente, efectuada pela Cushman & Wakefield com referência a 30 de Setembro de 2007, dos activos imobiliários da Sonae Capital excluindo Tróia, activos afectos a operações hoteleiras e health clubs e activos detidos pelo Fundo de Investimento Imobiliário Imosede, em 211,7 milhões de euros.

Desempenho financeiro

2007 2006
Volume de Negócios 12,7 9,6 +32,3%
Cash-Flow Operacional (EBITDA) 4,6 0,7 >100%
Unidade: 10^6 Euros

O volume de negócios em 2007 inclui a alienação de um lote de terreno situado na Quinta das Sedas, em Matosinhos, pelo valor de 5,5 milhões de euros.

Perspectivas futuras

Tendo como objectivo alienar activos imobiliários não estratégicos, estão a ser desenvolvidas diversas iniciativas de comercialização que incidem essencialmente sobre os activos de maior valor e que não têm como objectivo o desenvolvimento de empreendimentos residenciais ou turísticos ou a sua utilização em operações da Sonae Turismo.

3.2.3. Operações Turísticas

Descrição do negócio

A Sonae Turismo desenvolve operações turísticas enquadradas no âmbito da hotelaria, fitness e lazer.

A actividade do Grupo nesta área de negócio abrange:

  • Hotel Porto Palácio, unidade hoteleira de 5 estrelas localizada no Porto, e especialmente vocacionada para o turismo de negócios e de lazer, sendo membro da "The Leading Hotels of the World". Esta unidade integra o denominado complexo da Boavista, que inclui uma série de valências complementares à actividade hoteleira (centro de congressos, health club, SPA, VIP Lounge, catering e organização de eventos e área de restauração com 5 restaurantes);
  • Aparthotel Aqualuz Lagos, unidade hoteleira de 4 estrelas localizada em Lagos, no Algarve. As valências complementares incluem 5 salas de reunião, área de restauração e bar, health club e parcerias com os campos de golfe da região;

  • Aparthotéis Aqualuz Tróia Mar, Tróia Rio e Tróia Lagoa, parte integrante da UNOP11 1 da Península de Tróia com 232 apartamentos, num total de 558 camas;

  • Marina de Tróia, com capacidade para 184 postos de amarração para embarcações de recreio, ocupando uma área total de cerca de 2,7 hectares no extremo norte da Península de Tróia;
  • Golfe de Tróia, desenhado por Robert Trent Jones Senior e inaugurado em 1980. O campo de golfe de 18 buracos integra a lista dos 100 melhores campos de golfe fora dos EUA (Golf Digest de Maio de 2007) em 80º lugar;
  • Cadeia de health clubs Solinca, conceito criado em 1995 e expandido a partir de 1997, que conta actualmente com 10 unidades em funcionamento.

Desempenho operacional

No negócio Hoteleiro o exercício de 2007 foi marcado pelo reinício da actividade do Hotel Porto Palácio e do Aparthotel Aqualuz Lagos, após a conclusão de um amplo plano de investimentos que permitiu reposicionar estas unidades hoteleiras como de referência no mercado onde operam.

  • A intervenção no Hotel Porto Palácio que ocorreu entre 2005 e 2007 englobou um investimento total de 34,8 milhões de euros, destacando-se, no ano de 2007: a remodelação dos 251 quartos do hotel; a instalação de uma obra de arte da autoria de Pedro Cabrita Reis e a transformação do terraço do Hotel num VIP Lounge. Este processo adicionou à área de influência do hotel, um SPA associado à marca francesa L'Occitane, e um espaço integrado de gastronomia com quatro restaurantes e uma cafetaria, espaço este que se veio juntar à cervejaria já existente "Porto Beer". Em Abril de 2007, o Hotel Porto Palácio passou a integrar a associação "The Leading Hotels of the World", facto que confirma o nível de excelência das intervenções entretanto realizadas e que permite antever uma evolução positiva da sua actividade.
  • O Aparthotel Aqualuz Lagos foi inaugurado oficialmente após um processo de total remodelação e ampliação, num investimento total de 24,5 milhões de euros, realizado em três fases complementares que decorreram entre 2005 e Junho de 2007, e que permitiu classificar o equipamento como aparthotel de 4

11 UNOP = Unidade Operativa de Planeamento e Gestão.

estrelas. O investimento assim realizado elevou o número de unidades de alojamento para 163, permitiu a renovação do snackbar de apoio às piscinas exteriores e do restaurante e adicionou à oferta um health club da cadeia Solinca e um bar Irlandês. O complexo turístico reabriu parcialmente em Fevereiro de 2007, tendo as obras ficado integralmente concluídas apenas em Julho. Este facto influenciou o número de apartamentos disponíveis no ano e, consequentemente, a performance operacional e financeira da unidade no decurso deste exercício.

Os aparthotéis Aqualuz Tróia Mar, Tróia Rio e Tróia Lagoa estiveram parcialmente encerrados até final de 2007, altura em que encerraram totalmente para dar continuidade ao projecto de remodelação e beneficiação dos aparthotéis no âmbito do desenvolvimento do projecto da UNOP12 1. Prevê-se a reabertura destas unidades hoteleiras (que incluem 232 apartamentos com 558 camas) no decurso do ano de 2008.

Enquadrado no projecto de renovação do Troiaresort, o Golfe de Tróia encerrou no final de Outubro para obras profundas de reconversão dos seus sistemas operacionais, nomeadamente do sistema de rega, e reabrirá em 31 de Março de 2008.

O desempenho operacional e financeiro do negócio do Fitness em 2007 reflecte não só uma postura de mercado mais agressiva mas também um reposicionamento estratégico da marca Solinca Health & Fitness em Portugal e a bondade económica dos investimentos realizados na abertura de novas unidades nos últimos dois anos. Após os esforços de reorganização interna iniciados em 2006, o negócio tem vindo a dinamizar e reposicionar a sua actividade, destacando-se os objectivos de aumentar a taxa de penetração dos serviços de valor acrescentado e de prosseguir com o programa de retenção e fidelização de sócios e de clientes. Em 2007, o número médio de sócios activos ascendia já a 28.776, para o que contribuiu a abertura de uma nova unidade em Lagos no final do primeiro semestre do ano. No final do ano a cadeia contava com 10 ginásios em funcionamento, o que corresponde a uma área total de cerca de 34 mil m2 .

12 UNOP = Unidade Operativa de Planeamento e Gestão.

Desempenho financeiro

2007 2006
Volume de Negócios 34,6 21,9 +58,0%
Cash-Flow Operacional (EBITDA) 2,6 (3,8) -
Resultados Operacionais (EBIT) (1,8) (6,7) +73,1%
Contas de gestão não consolidadas. Unidade: 10^6 Euros

De entre os negócios incluídos nesta área de negócio, destaca-se o

desempenho do Hotel Porto Palácio e do negócio de Fitness.

Hotel Porto Palácio

O exercício de 2007, apesar de ainda condicionado pelo esforço de investimento realizado, representa já uma franca recuperação da actividade operacional, tendo o volume de negócios crescido 71% para cerca de 12 milhões de euros, começando-se a sentir os efeitos da melhoria da oferta e beneficiando do bom desempenho do Centro de Congressos e da actividade de Eventos e Catering.

O cash-flow operacional (EBITDA), apesar da evolução positiva face ao exercício de 2006 (+ 1,5 milhões de euros), foi ainda negativo em cerca 0,6 milhões de euros em virtude dos fortes condicionalismos gerados na operação, durante o primeiro semestre, pela ocorrência das intervenções acima mencionadas.

Fitness

O exercício de 2007 ficou marcado pela materialização da recuperação económico-financeira decorrente de um conjunto de decisões de reorganização e reposicionamento estratégico que tiveram o seu início ainda durante o exercício de 2006. O volume de negócios ascendeu a cerca de 15 milhões de euros, o que representa um crescimento de 56% face ao período anterior, enquanto que o cash- flow operacional (EBITDA) foi positivo em 2,9 milhões de euros. Os resultados líquidos do período ascenderam a 2,8 milhões de euros, o que constitui um facto marcante neste negócio.

Perspectivas futuras

O ano de 2008 vai ser marcado a nível das operações hoteleiras por ser o primeiro ano completo após os programas de renovação profunda que quer o Aqualuz Lagos quer o Pólo da Boavista sofreram. De igual modo, a abertura da UNOP1 do Tróia Resort no Verão de 2008 (onde se incluem os Aparthóteis Aqualuz Tróia Rio, Mar e Lagoa, a Marina e o Tróia Resort Shopping), bem como a reabertura do Tróia Golf, constituirão o marco relevante e o enfoque fundamental das Operações Turísticas da Sonae Turismo ao longo do corrente ano.

O programa de expansão do negócio de Fitness continuará durante 2008 e nos anos seguintes estando a ser finalizado o plano conducente à abertura anual de duas unidades em Portugal e de uma em Espanha.

3.2.4. Grupo Selfrio (70% Sonae Capital, 30% Johnson Controls Inc.)

Descrição do negócio

O Grupo Selfrio agrega participações em 4 empresas, centradas em quatro áreas de negócio:

  • Selfrio Refrigeração, sobretudo frio comercial e frio industrial para cadeias de retalho alimentar e hotelaria;
  • Sistavac Climatização, ventilação e instalações eléctricas associadas;
  • SMP Serviços de manutenção e assistência técnica;
  • SKK Distribuição de equipamentos de refrigeração, ar condicionado e aquecimento.

O Grupo tem em curso, através destas participadas, o alargamento de actividades para os negócios de Technical Call Center, Building Management Systems, Fire & Security Systems e serviços de manutenção geral de edifícios, bem como o desenvolvimento de um plano de expansão internacional da actividade de refrigeração e sistemas de ar condicionado em Espanha e no Brasil.

Desempenho operacional

As actividades da refrigeração e do ar condicionado desenvolvidas pelas empresas Selfrio e Sistavac tiveram no exercício de 2007 um bom desempenho, demonstrando o dinamismo dos investimentos que continuam a ser realizados pelos agentes protagonistas da Grande Distribuição e dos Centros Comerciais, reflectindo-se quer em novas aberturas quer em remodelações de equipamentos já existentes. O crescimento tem tido um desenvolvimento sustentado, ultrapassando assim a previsão do orçamento de 2007.

O que se passa nestes negócios tem reflexos a montante e a jusante destes, o que fez com que a SKK, que está ligada à distribuição de equipamento, e a SMP, que está no negócio da manutenção, tenham tido também um bom desempenho, fruto da dinâmica desses sectores.

Desempenho financeiro

2007 2006
Volume de Negócios 85,0 76,3 +11,3%
Cash-Flow Operacional (EBITDA) 7,2 6,2 +16,1%
Resultado Líquido 8,9 6,1 +45,9%
Unidade: 10^6 Euros
Valores agregados.

O volume de negócios agregado no ano de 2007 do Grupo Selfrio ascendeu a 85 milhões de euros, um crescimento de 11,3% face ao mesmo período de 2006 (76,3 milhões de euros). Para o crescimento ocorrido, destacamse, a Sistavac, empresa do negócio de ar condicionado, com crescimento de 27,8%, a Friengineering (empresa localizada no Brasil) com um crescimento de 30% e a Sopair (empresa localizada em Espanha) com um crescimento de 15,05%, tendo o volume de negócios destas empresas ascendido a cerca de 8 milhões de euros (6,7 milhões de euros em 2006).

Perspectivas futuras

Embora a conjuntura económica e financeira permita identificar alguns factores de risco, nomeadamente o abrandamento da economia internacional, o que leva a pensar que o ano 2008 será menos favorável, mesmo assim, prevê-se que a actividade do exercício suplante a do ano 2007.

3.2.5. Atlantic Ferries

Descrição do negócio

Na sequência do concurso realizado para a concessão do serviço público de transporte fluvial de passageiros, veículos ligeiros e pesados e de mercadorias, entre Setúbal e a Península de Tróia, foi assinado, em 14 de Fevereiro de 2005, o contrato entre a APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, S.A. e a nova concessionária, Atlantic Ferries – Tráfego Local, Fluvial e Marítimo, S.A., à qual veio a ser entregue a correspondente exploração no dia 8 de Outubro de 2007.

Para poder operar, esta Concessionária afretou, nesta mesma data - e também à APSS -, os quatro ferries que esta tinha ao seu serviço, dado que, das quatro novas embarcações entretanto encomendadas pela Atlantic Ferries, os dois catamarans de transporte de passageiros ainda estão em construção num estaleiro nacional e os dois ferries de transporte de viaturas e passageiros, embora já tenham sido entregues pelo seu construtor norueguês, têm de aguardar a execução de obras nos cais, que tornem estes compatíveis com o moderno sistema de atracação adoptado e, no terminal de Setúbal, estas obras só puderam ter início após a data de entrega da concessão.

Desempenho operacional

Só nos últimos três meses de 2007 a Atlantic Ferries exerceu a sua acção como transportador, embora com o antigo material navegante, tendo os nove meses iniciais daquele ano sido preenchidos com tarefas de preparação dessa actividade.

Neste período, venderam-se 1.058 passes mensais de passageiros e bilhetes unitários dos seguintes grupos de classes tarifárias:

159.738 84.600 1.736 2.089
passageiros veículos ligeiros veículos pesados veículos de
duas rodas

Desempenho financeiro

Toda a receita do ano, no valor de 630 mil euros, foi realizada apenas no último trimestre, tendo os nove meses iniciais sido preenchidos com tarefas de preparação da actividade de transporte. O EBITDA do exercício foi, por isso, negativo em 378 mil euros e o resultado líquido, também negativo, em 892 mil euros.

Perspectivas futuras

A exploração em pleno, com o futuro equipamento navegante e considerando os prováveis novos horários de carreiras, traduzir-se-á numa capacidade de transporte diária de, pelo menos, 2.880 viaturas em ferries e de 24.640 passageiros em catamarans.

3.2.6. Box Lines

Descrição do negócio

A Box Lines Navegação, SA foi constituída em Julho de 1999. Em Setembro do mesmo ano, o então IMP - Instituto Marítimo Portuário deferiu a inscrição como armador e em Outubro autorizou a empresa a iniciar a sua actividade.

A actividade actual concentra-se na indústria de transportes marítimos, compreendendo a cabotagem insular para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, a cabotagem costeira, a navegação de longo curso, o fretamento e afretamento de navios, bem como a actividade de agente de navegação e operador logístico especializado em carga fraccionada.

Presta, também, serviços no âmbito da gestão do transporte marítimo internacional contentorizado e navios completos de carga geral.

Enquadramento sectorial

O sector dos transportes marítimos global movimenta 225 milhões de TEUS13 nos 20 maiores portos do Mundo. Trata-se de um sector com um forte crescimento anual, no qual tem havido algumas fusões e aquisições protagonizadas pelos grandes operadores mundiais.

O aumento tem sido impulsionado pelo crescente fluxo de mercadorias no sentido Este/Oeste, resultante da deslocalização dos centros de produção para o Extremo Oriente.

Em Portugal os portos de Lisboa, Leixões e Sines registaram, no ano, movimentos de 570, 435 e 145 mil TEUS13, respectivamente. O movimento total das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira foi de 125 mil TEUS13, situando-se o crescimento médio em cerca de 1,5%, resultante de ligeiro investimento nos Açores e da notória desaceleração económica na Madeira.

O posicionamento da Box Lines, em TEUS13, nos mercados das Regiões Autónomas situa-se em cerca de 25% de quota de mercado dos Açores e 21% da Madeira, com possibilidade de expansão.

Desempenho operacional

Destaca-se a implementação de um ERP que ficou a funcionar em pleno em 2007. Este software veio permitir uma melhor performance operacional interna e externa, nomeadamente ao nível da centralização e controlo de todas as funções da empresa. Também no âmbito das operações, foram internalizadas as reparações e o parqueamento de contentores visando um melhor controlo e ganhos de produtividade.

A empresa gere 7 mil TEUS13 e 72 navios completos de carga geral no negócio internacional, e 28 mil TEUS13 na cabotagem insular.

13 TEUS – Contentor com 20 pés de comprimento.

Desempenho financeiro

2007 2006
Volume de Negócios 45,3 49,8 -9,0%
Cash-Flow Operacional (EBITDA) 1,0 2,2 -55,0%
Resultado Líquido 0,3 1,3 -76,9%
Unidade: 10^6 Euros

Em 2007, a Box Lines apresentou um Volume de Negócios de 45,3 milhões de euros, 9% inferior ao do ano anterior. As vendas da cabotagem insular aumentaram 8,7%, mas o negócio internacional diminuiu por internalização, em alguns clientes, de alguns serviços prestados.

O EBITDA foi de 1,0 milhões de euros, tendo o Resultado Líquido ascendido a 0,3 milhões de euros. A margem EBITDA de 2,1%, ficou 50% abaixo da do ano anterior, nomeadamente pelo aumento do custo dos combustíveis e de custos extraordinários com operações portuárias, motivados por greves.

Perspectiva futuras

Aumento da quota de mercado na Madeira através de uma oferta de serviços mais alargada e desenvolvimento do negócio internacional. É nossa convicção que o crescimento da empresa passa também por uma aposta ao nível internacional, acompanhando a tendência importadora da Europa a partir do Extremo Oriente e a crescente pressão sobre o sector rodoviário internacional.

3.2.7. TP14 (50% Sonae Capital, 50% Grupo Endesa)

Descrição do negócio

A TP desenvolve actividade nos negócios de produção de energia por cogeração e éolica.

No negócio de cogeração, a TP gere uma capacidade de produção de energia de cerca de 70 Mw, distribuído por 16 projectos. Este negócio é desenvolvido através de parcerias com diversas empresas industriais, nas instalações das quais se situam as respectivas centrais. Na maioria dos casos, a TP assume uma posição maioritária na parceria.

14 Empresa consolidada segundo o método de equivalência patrimonial.

O negócio eólico terá, no curto prazo, uma dimensão superior, sendo que, para além de dois projectos de menor dimensão iniciados recentemente, ou a iniciar até 2008 (e que envolvem uma potência instalada de 54 Mw), a Sociedade detém um interesse económico de 20% na ENEOP15, que celebrou, em 2006, com o Governo Português, o contrato de adjudicação do concurso "capacidade de injecção de potência na rede do SEP16 e pontos de recepção associados para energia eléctrica produzida em centrais eólicas". A ENEOP15 está autorizada a injectar 1.000 Mw de energia no Sistema Eléctrico Português e a instalar equipamentos com uma capacidade produtiva máxima de 1.200 Mw, o que acontecerá faseadamente até 2012.

Desempenho operacional

Os factos mais relevantes de 2007 foram:

  • A melhoria da performance média das centrais de cogeração;
  • Redução da participação no ACE Companhia Térmica Mundo Têxtil (6,5 Mw) de 51% para 10%;
  • No final de 2007 chegaram ao termo da exploração duas cogerações – Companhia Térmica Lusitana (3,8 Mw) e Companhia Térmica do Beato (3,8 Mw) que assim não darão o seu contributo à exploração de 2008;
  • Na ENEOP15 os trabalhos prosseguiram em diversas frentes, sendo de destacar, no licenciamento ambiental, no licenciamento eléctrico, e na negociação tendente à contratação do financiamento. Prevê-se que o arranque do investimento nos primeiros parques venha a ocorrer no ano de 2008.

Desempenho financeiro

2007 2006
Volume de Negócios 33,3 33,2 +0,3%
Cash-Flow Operacional (EBITDA) 8,1 7,8 +3,8%
Resultado Líquido 3,0 2,6 +15,4%
Unidade: 10^6 Euros

O volume de negócios manteve-se estável nos 33 milhões de euros em resultado da saída do ACE – Companhia Térmica Mundo Têxtil do perímetro de consolidação (EBITDA deste ACE foi em 2006 de 1,4 milhões de euros).

15 ENEOP – Agrupamento Eólicas de Portugal.

16 SEP - Sistema Eléctrico Português.

O aumento de 4% no cash-flow operacional (EBITDA), para 8 milhões de euros, reflecte a melhoria da performance dos projectos de cogeração (únicos que consolidam).

O resultado líquido do exercício reflecte a melhoria da performance quer dos projectos que consolidam quer dos que não consolidam (equivalência patrimonial), sendo dentre estes de destacar o projecto eólico Serra da Capucha.

Perspectivas futuras

O ano de 2008 deverá ficar marcado pelo início do investimento no parque eólico Serra do Sicó (detido pela TP a 52%) e nos primeiros parques da ENEOP. Em ambos os casos as entradas em exploração destes parques estão previstas apenas para 2009.

3.2.8. Sector Auto17 (50% Sonae Capital, 50% Grupo Salvador Caetano)

A actividade do Grupo no ramo automóvel é desenvolvida através de um conjunto de empresas, sendo as mais representativas a Finlog, dedicada à Gestão de Frotas automóveis, e a Guérin, que opera no sector do Rent-a-Car.

Finlog

Descrição do negócio

A Finlog iniciou a sua actividade em Abril de 1993, tendo como objectivo a Gestão de Frotas automóveis, assegurando um adequado controlo de custos incorridos na aquisição, manutenção e venda de veículos, bem como o denominado renting ou aluguer operacional de viaturas.

Enquadramento sectorial

O sector do aluguer operacional tem mantido nos últimos anos um crescimento e penetração crescente, apesar do fraco desempenho do sector automóvel. A Finlog encontra-se entre os 7 principais players do sector, que representam por si só cerca de 80% do mercado.

Tendo em consideração os dados estatísticas elaborados pela ARAC18, a Finlog apresenta uma penetração de 7% no número de viaturas

17 Empresas consolidadas segundo o método de equivalência patrimonial.

matriculadas para o sector de empresas de aluguer operacional e uma quota de mercado de 5% no número de contratos activos.

Desempenho operacional

A Finlog finalizou o ano de 2007 com 7.941 viaturas em gestão, o que representa um crescimento de 11% face ao ano anterior. A empresa realizou em 2007 2.942 novos contratos, distribuídos pelos diferentes produtos e serviços prestados.

Em termos de desenvolvimento do negócio, é de salientar a consolidação do departamento comercial na zona sul a partir de Lisboa e respectiva mudança de instalações.

Desempenho financeiro

2007 2006
Volume de Negócios 43,7 38,7 +12,9%
Resultados Operacionais (EBIT) 2,4 0,6 >100%
Resultados antes de Impostos 1,6 1,6 -

Unidade: 10^6 Euros

Perspectivas futuras

Em contra ciclo com o mercado automóvel, é expectável que o negócio do aluguer operacional continue a crescer e a ganhar quota de mercado face a outras soluções mais tradicionais. A empresa pretende manter o seu crescimento sustentado com a consolidação do seu sector comercial na zona sul, e desenvolvimento do canal indirecto em parceria com os grupos automóveis e a sua rede de concessionários.

18 ARAC – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor.

Guérin

Descrição do negócio

A Guérin dedica-se ao aluguer de viaturas sem condutor (Rent-a-Car) em prazos curtos.

Enquadramento sectorial

O negócio de Rent-a-Car em Portugal tem uma forte componente de importação turística (um pouco mais de metade) sendo o restante negócio doméstico com um peso muito relevante de substituição, nomeadamente gestoras de frota e seguradoras. No caso da Guérin, as quotas de importação turística e de mercado doméstico são iguais.

O sector de Rent-a-Car em Portugal é dominado por empresas pertencentes a alianças internacionais que podem estar presentes no nosso país corporativamente ou através de contratos de franquia.

A Guérin é a maior companhia independente do sector e a segunda (incluindo multinacionais) em termos de frota.

O ano de 2007 foi um bom ano para o sector sobretudo devido ao notável desempenho do turismo - o número de chegadas aos aeroportos e o número de dormidas em estabelecimentos hoteleiros cresceram, respectivamente, 14,8% e 11,2 % (números Janeiro-Novembro) tendo melhorado todos os mercados emissores para Portugal com exclusão da Alemanha (Fonte: Direcção Geral do Turismo).

Desempenho operacional

Em 2007 ocorreram dois factos relevantes na vida da Guérin: terminou o contrato de franquia com a National/Alamo e mudou a imagem corporativa.

O negócio da Guérin, medido em número de dias de aluguer, cresceu 22%, de 1,16 milhões em 2006 para 1,43 milhões em 2007. Segundo as estimativas da ARAC19, associação do sector, o mercado terá crescido 12% em volume, pelo que a Guérin reforçou significativamente a sua quota de mercado.

19 ARAC – Associação de Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor.

Desempenho financeiro

2007 2006
Volume de Negócios 32,1 27,6 +16,3%
Resultados antes de Impostos 2,0 1,4 +42,8%

Unidade: 10^6 Euros

Os Resultados de 2007 incluem 0,8 milhões de euros de resultados não recorrentes que correspondem à indemnização recebida da National/Alamo por resolução antecipada do contrato de franquia.

Perspectivas futuras

As perspectivas para 2008 são menos optimistas porque há sinais de que o crescimento do turismo, que se verifica constante e forte desde a crise de 2001, poderá não continuar em 2008.

Ainda assim, a Guérin prevê crescer 10% em volume (dias alugados) em 2008 e incrementar os resultados líquidos das operações recorrentes em 50%.

3.2.9. Norscut20

Descrição do negócio

A NORSCUT venceu em 2000 a concessão em regime DBOT21 por um período de 30 anos da A24 Auto-estrada Viseu – Chaves (fronteira) com uma extensão total de 156 km.

Esta concessão será explorada em regime de SCUT (Sem Custo para o UTilizador). Segundo este regime, os automobilistas usam gratuitamente a Auto-estrada, sendo as portagens (resultantes desse uso) pagas à NORSCUT não por eles, mas pelo Estado. Não existindo portagens físicas, as contagens dos veículos, e respectivas distâncias percorridas, são realizadas por recurso a equipamentos de contagem específicos.

Por decisão unilateral do Concedente (e por razões do foro ambiental) o traçado original da auto-estrada viria a ser profundamente alterado na zona de Vila Pouca de Aguiar. Esta alteração teve um conjunto de impactos para a Concessão sendo de destacar o atraso de dois anos no prazo de construção, o acréscimo significativo do custo de construção e a perda de receita associada ao adiamento da entrada em funcionamento.

20 Empresa consolidada segundo o método de equivalência patrimonial. 21 DBOT = Design, Build, Operate and Transfer.

Para poder ser ressarcida dos danos causados pela decisão de alteração do traçado da Auto-estrada a NORSCUT solicitou a reposição do equilíbrio financeiro da concessão, tendo nos termos contratuais sido nomeado um Tribunal Arbitral que se encontra em funções. A expectativa da Norscut é que a decisão do Tribunal Arbitral seja conhecida entre o último trimestre de 2008 e o 1º trimestre de 2009.

Desempenho operacional

Em Junho de 2007 foi concluída a construção, tendo dois meses depois (em Setembro) começado o período operacional (no qual a NORSCUT aufere receitas indexadas ao tráfego). O ano de 2007 é assim um ano atípico uma vez que a auto-estrada só esteve em exploração efectiva um terço do ano.

Fruto do atraso na conclusão da construção os níveis de tráfego estiveram em 2007 abaixo dos níveis inicialmente previstos. O número médio de veículos/km/dia ascendeu a 6.260 em 2007. Contudo e após a conclusão da auto-estrada registaram-se crescimentos de tráfego muito significativos (não só pelo efeito do tráfego aportado pelos lanços entretanto abertos mas também pelo efeito de rede com os lanços de abertura recente a induzirem crescimentos nos anteriormente em serviço) o que permite antever que num prazo não muito dilatado os níveis de tráfego inicialmente previstos devam ser atingidos.

Desempenho financeiro

2007 2006
Volume de Negócios 44,3 - -
Cash-Flow Operacional (EBITDA) 33,1 - -
Amortizações 17,2 - -
Custos Financeiros 18,3 - -
Resultado Líquido (1,5) - -

Unidade: 10^6 Euros

O ano de 2006 foi ainda de construção e logo de capitalização dos custos incorridos líquidos de proveitos auferidos.

3.2.10. Change Partners22

Descrição do negócio

No âmbito da gestão das participações financeiras assumido pela subholding Spred, SGPS, SA encontra-se a gestão da participação financeira na Change Partners detida em 50% do seu capital social.

A Change Partners é uma sociedade de capital de risco que iniciou a sua actividade em 2000, com o objectivo de tomar posição no capital de empresas cotadas e não cotadas, tendo terminado em 2003 o seu período de investimento. Actualmente só detém a participação em 4 empresas e nos Fundos Fast Change e Real Change.

Em 2003 foi constituído o Fundo Fast Change, com o objectivo de financiar empresas ou projectos em fase de arranque (start-up's) e com significativa componente tecnológica.

Em 2004 foi constituído o Fundo Real Change, direccionado para o investimento em operações de buy-out e internacionalização, que tem como missão ser activo no processo de up grading de empresas que se disponham a liderar segmentos de mercado e remunerar adequadamente os seus investidores pelos riscos.

Desempenho operacional

Relativamente ao Fundo Fast Change, desde 2003 até 2007, deram entrada para análise da oportunidade de investimento cerca de 181 projectos, dos quais 77 são de natureza tecnológica (42,5%). Do total de projectos aprovados (24), o Fundo Fast Change investiu em 14 projectos em áreas tão diversas como biotecnologia, tecnologias de informação e comunicação, serviços, energia, indústria e retalho.

Entre Janeiro de 2004 e Junho de 2007, deram entrada no Fundo Real Change um total de 39 projectos, dos quais 26 relativos a buy-outs. Dos projectos aprovados, o Fundo investiu em 6 projectos distribuídos pelas áreas de indústria, retalho, energia e serviços.

22 Empresa consolidada segundo o método de equivalência patrimonial.

Empresa Participada Data do
Investimento
Participação Veículo
Utilizado
Winrest, SGPS, SA 30.07.2003 50% Fast Change
Stopline Films, Lda. 30.04.2004 40% Fast Change
Masterguardian,
Sistemas de Segurança,
Lda.
28.12.2004 50% Fast Change
Acácia Semicondutor, SA 01.02.2005 e
06.03.2005
16% Fast Change
Fluidinova, Eng.ª Fluidos,
SA
04.10.2005 40% Fast Change
Multivending, Inov. Serv.
Venda Automática, SA
17.04.2006 50% Fast Change
Hottrade, Rep. Gestão
Serv., SA
15.06.2006 25% Fast Change
Foodmetric, Intelligent
Metric Solution, SA
23.05.2006 35% Real Change
Mateace, Electricidade,
SA
13.09.2004 50% Real Change
Starzone, Gestão,
Marketing e Publicidade,
SA
31.12.2004 51% Real Change
Confiança, Saboaria e
Perfumaria, SA
08.11.2005 100% Real Change
Persona, Clínica de
Nutrição e Estética, SA
06.12.2005 25% Real Change
Arco Bodegas 07.01.2000 0,6% Change
Partners
OnlyBattery 20.06.2006 50% Fast Change
Xisvending, Serviços de
Vending, SA
01.03.2007 100% Real Change
GuestCentric Systems,
SA
16.04.2007 0,344% Fast Change

3.2.11. Sonae Indústria

A Sonae Capital detém uma participação de 6,801% na Sonae Indústria, SGPS, SA. A Sonae Indústria é uma empresa com presença internacional, produzindo e comercializando painéis derivados de madeira em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, África do Sul, Canadá e Brasil. As acções representativas do capital social da Sonae Indústria estão admitidas à cotação no mercado de cotações oficiais da Euronext Lisbon. Com referência à cotação de fecho do dia 31 de Dezembro de 2007, 6,65 euros por acção, o valor de mercado desta participação, seria de 63,3 milhões de euros.

4. Demonstrações Financeiras individuais

No dia 14 de Dezembro de 2007, foi registada na Conservatória do Registo Comercial a operação de cisão-simples da Sonae, SGPS, SA por destaque da participação correspondente à totalidade do capital social e direitos de voto da sociedade anteriormente designada Sonae Capital, SGPS, SA detida pela Sonae, SGPS, SA e foi constituída a nova Sonae Capital, SGPS, SA, com capital social de EUR 250.000.000, representado por 250.000.000 acções, com valor nominal de 1 euro cada. A sociedade anteriormente denominada Sonae Capital, SGPS, SA alterou a sua designação para SC, SGPS, SA, mantendo o capital social em EUR 391.046.000, representado por 391.046.000 acções com valor nominal de 1 euro cada.

A actividade da Sonae Capital, SGPS, SA está centrada na gestão da participação no capital da sua filial SC, SGPS, SA.

No dia 31 de Dezembro de 2007, a Sonae Capital, SGPS, SA emitiu dois empréstimos obrigacionistas no valor total de 50 milhões de euros e ambos com duração de 5 anos. Estas emissões contribuíram para liquidar a totalidade da dívida da sua filial SC, SGPS, SA perante a Sonae, SGPS, SA, extinguindo-se as relações de financiamento existentes entre os dois grupos.

O resultado líquido em 2007 foi de 2.011,97 euros negativos.

5. Proposta de aplicação de resultados

A Sonae Capital, SGPS, SA apresentou, no exercício de 2007, um resultado líquido negativo de 2.011,97 euros. O Conselho de Administração irá propor à Assembleia Geral que o mesmo seja transferido para Resultados Transitados.

6. Perspectivas

O ano de 2008 será o primeiro ano de actividade da Sonae Capital no novo formato de gestão de portfolio.

Apesar de em 2007 ter ocorrido já um número significativo de transacções de reorganização do portfolio é intenção do Conselho de Administração continuar esse caminho, de que é exemplo a alienação da Contacto, ocorrida no início de 2008, com a consequente saída do sector da construção. Este esforço de reorganização será mais visível na Spred onde estão concentradas as joint ventures que, como anteriormente afirmado, estão a ser objecto de reapreciação.

De salientar que em 2008 serão entregues os primeiros apartamentos em Tróia, sendo ainda previsível a abertura da UNOP 1 do resort, facto marcante na vida da Sonae Turismo atenta a importância do empreendimento e o sucesso que se antevê que venha a ter.

Muitos dos esforços da equipa de gestão da Sonae Capital estarão pois concentrados nestas duas actividades: reorganização do portfolio e abertura do Troiaresort.

7. Nota Final

O Conselho de Administração agradece a todas as entidades o apoio e confiança demonstradas. Agradecimentos especiais ao Conselho Fiscal e ao Revisor Oficial de Contas pela sua colaboração e empenho. Aos nossos colaboradores prestamos o nosso reconhecimento pelo esforço e dedicação demonstrados ao longo do ano.

Maia, 12 de Março de 2008

O Conselho de Administração

Belmiro Mendes de Azevedo

José Luís dos Santos Lima Amorim

Declaração Nos termos do Arto 245, 1, al. c) do Código de Valores Mobiliários

Os signatários individualmente declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeira Consolidadas Pró-forma e Individuais e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento foram elaborados em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, do activo e do passivo, da situação financeira e do resultado consolidado pró-forma e individual do emitente e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Maia, 12 de Março de 2008

Belmiro Mendes de Azevedo Presidente do Conselho de Administração

José Luís dos Santos Lima Amorim Vogal do Conselho de Administração

Mário Pereira Pinto Vogal do Conselho de Administração

ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 447º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS1

Saldo em
Aquisições Alienações 31.12.2007
Data Quantidade
Valor Md. €
Quantidade
Valor Md. $\epsilon$
Quantidade
Belmiro Mendes de Azevedo
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
49.999.997
Sonae Capital, SGPS, SA 1.862
Saldo em
Aquisições Alienações 31.12.2007
Data Ouantidade
Valor Md. €
Quantidade
Valor Md. $\epsilon$
Quantidade
(1) Efanor Investimentos, SGPS, SA
Sonae Capital, SGPS, SA
Pareuro, BV (2)
82.350.553
20,000
(2) Pareuro, BV
Sonae Capital, SGPS, SA
50.000.000

1Impõe-se informar que à data de 31 de Dezembro de 2007, data a que reporta a informação constante do presente anexo, as acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA não tinham ainda sido entregues aos respectivos titulares no decurso da cisão simples da Sonae, SGPS, SA registada em 14 de Dezembro de 2007.

As acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA foram atribuídas aos accionistas da Sonae, SGPS, SA no exercício dos respectivos direitos de cisão (ocorrido durante o mês de Janeiro de 2008) mediante a aplicação do factor 0,125, com arredondamento por defeito.

As participações na Sonae Capital, SGPS, SA espelhadas neste anexo, resultam da aplicação do factor de atribuição acima referido às respectivas participações no capital social da Sonae, SGPS, SA a 31 de Dezembro de 2007.

ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 448° DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS1

Número de acções a 31.12.2007

Efanor Invetimentos, SGPS, SA Sonae Capital, SGPS, SA Pareuro, BV

82.350.553 20,000

50.000.000

Pareuro, BV Sonae Capital, SGPS, SA

1Impõe-se informar que à data de 31 de Dezembro de 2007, data a que reporta a informação constante do presente anexo, as acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA não tinham ainda sido entregues aos respectivos titulares no decurso da cisão simples da Sonae, SGPS, SA registada em 14 de Dezembro de 2007.

As acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA foram atribuídas aos accionistas da Sonae, SGPS, SA no exercício dos respectivos direitos de cisão (ocorrido durante o mês de Janeiro de 2008) mediante a aplicação do factor 0,125, com arredondamento por defeito.

As participações na Sonae Capital, SGPS, SA espelhadas neste anexo, resultam da aplicação do factor de atribuição acima referido às respectivas participações no capital social da Sonae, SGPS, SA a 31 de Dezembro de 2007.

PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS1

Dando cumprimento ao arto 80, nº 1, alínea e) do Regulamento da CMVM nº 04/2004, indicamos os titulares de participações qualificadas a 31 de Dezembro de 2007:

Accionista Nº de acções % Capital
Social
% Direitos
de voto
Efanor Investimentos, SGPS, S.A. 82.350.553 32,940% 32,940%
Pareuro, BV 50,000,000 20,000% 20,000%
Maria Margarida Carvalhais Teixeira de Azevedo 1.862 0,001% 0,001%
Maria Cláudia Teixeira de Azevedo 43.912 0,018% 0,018%
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo 161.661 0.065% 0,065%
Nuno Miguel Teixeira de Azevedo 1.790 0,001% 0,001%
Total imputável 132.559.778 53,024% 53,024%
Banco BPI, S.A. 16.606.484 6,643% 6,643%
Banco Português de Investimento, S.A. 45.650 0.018% 0.018%
Fundos de Pensões do Banco BPI 5.008.922 2,004% 2,004%
BPI Vida - Companhia de Seguros de Vida, S.A. 593.927 0,238% 0,238%
Total imputável 22.254.982 8.902% 8,902%
Fundação Berardo, Instituição Particular de Solidariedade Social 6.231.189 2,492% 2,492%
Total imputável 6.231.189 2,492% 2,492%
ABN AMRO Holding N.V.
ABN AMRO Bank 8.764.713 3,506% 3,506%
Total imputável 8.764.713 3,506% 3,506%
Deutsche Bank AG 8.163.894 3,266% 3,266%
Deutsche Asset Management Investmentgesellschaft mbH 51.158 0,020% 0,020%
Total imputável 8.215.053 3,286% 3,286%

1Impõe-se informar que à data de 31 de Dezembro de 2007, data a que reporta a informação constante do presente anexo, as acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA não tinham ainda sido entregues aos respectivos titulares no decurso da cisão simples da Sonae, SGPS, SA registada em 14 de Dezembro de 2007.

As acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA foram atribuídas aos accionistas da Sonae, SGPS, SA no exercício dos respectivos direitos de cisão (ocorrido durante o mês de Janeiro de 2008) mediante a aplicação do factor 0,125, com arredondamento por defeito.

As participações na Sonae Capital, SGPS, SA espelhadas neste anexo, resultam da aplicação do factor de atribuição acima referido às respectivas participações no capital social da Sonae, SGPS, SA a 31 de Dezembro de 2007.

RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE SONAE CAPITAL, SGPS, SA 31 DE DEZEMBRO DE 2007

O presente anexo contem uma descrição das práticas da Sonae Capital, SGPS, SA (também a Sonae Capital ou a Sociedade) sobre o Governo da Sociedade e foi elaborado para o cumprimento do disposto no regulamento 7/2001 de 20 de Dezembro de 2001 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), com as alterações introduzidas pelos regulamentos 11/2003, 10/2005 e 3/2006.

O Relatório sobre o Governo da Sociedade deve ser lido como complemento e em conjugação com o Relatório de Gestão da Sociedade, para o qual sempre que oportuno para evitar a duplicação de informação - contém remissões.

Como nota prévia a este Relatório, é necessário fazer referência ao recente processo de cisão da Sonae, SGPS, SA aprovado em Assembleia Geral de Accionistas dessa sociedade em 14 de Dezembro de 2007 e que deu origem à autonomização da Sonae Capital. De facto, o historial comum com o Grupo Sonae determina que a organização, políticas, procedimentos e princípios orientadores abordados neste Relatório sejam, em grande parte, uma conseguência natural daguele passado e constituam um alicerce para a construção de uma identidade própria.

Cumpre também informar que a Sociedade está num estágio de desenvolvimento e implementação dos princípios, políticas e procedimentos que a sua natureza de sociedade aberta e admitida à negociação em mercado regulamentado exige. Desta forma, é de esperar que durante o corrente ano de 2008, a Sociedade implemente um conjunto coerente e articulado de políticas e procedimentos que irão de encontro às melhores práticas no que diz respeito ao Governo das Sociedades.

0. Declaração de Cumprimento

Apresenta-se, no presente ponto, a aferição do grau de cumprimento das disposições de cariz recomendatório emanadas pela CMVM em Novembro de 2005 (Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas de Novembro de 2005), abstendo-se a Sociedade, em cumprimento da Circular da CMVM de 22 de Janeiro de 2008, de aferir o cumprimento (potencial) das Recomendações de Governo das Sociedades Cotadas emanadas pela CMVM em Setembro de 2007.

Deverá, mais uma vez, ter-se em conta que as práticas de governo societário da Sonae Capital não estão ainda devidamente consolidadas (atendendo à sua recente constituição) e que em muito radicam no contexto histórico de ligação do Grupo Sonae Capital ao Grupo Sonae, pelo que o grau de cumprimento das Recomendações deverá ser interpretado tendo em conta tais premissas.

I. Divulgação da Informação

Recomendação 1: A Sociedade adopta a recomendação da CMVM porquanto assegura a existência de um permanente contacto com o mercado, em escrupuloso cumprimento do princípio da igualdade accionista e com a necessária prevenção da assimetria informativa, contando para tal efeito com um Gabinete de Apoio ao Investidor.

Exercício do Direito de Voto e $II.$ Representação de Accionistas

Recomendação 2: Os estatutos da sociedade prevêem o voto por correspondência em Assembleia Geral exclusivamente quanto à alteração do contrato social e à eleição dos órgãos sociais, não adoptando (integralmente) a recomendação da CMVM relativa à não restrição ao exercício do direito de voto por correspondência. A Sociedade adoptou a recomendação da CMVM no que respeita à antecedência máxima em relação à data de realização da Assembleia Geral de 3 dias úteis para o recebimento na sede social dos votos por correspondência. A Sociedade adoptou ainda as Recomendações da CMVM ao determinar estatutariamente uma antecedência máxima de 5 dias úteis para o depósito ou blogueio das acções para a participação em Assembleia Geral e admitindo a não necessidade de bloqueio das acções por todo o tempo de suspensão da reunião da Assembleia Geral, bastando para a presença do accionista na continuação da reunião a antecedência exigida para a primeira sessão.

III. Regras Societárias

Recomendação 3: A Sociedade está, presentemente, a rever e a implementar procedimentos internos de controlo para potenciar a adopção futura da recomendação da CMVM.

Recomendação 4: A Sociedade não adoptou qualquer medida defensiva quanto a ofertas públicas de aquisição ou limitou, de qualquer maneira, os votos que possam ser detidos por qualquer um dos seus accionistas, pelo que adopta as Recomendações da CMVM nesta matéria.

IV. Órgão de Administração

Recomendação 5: O Conselho de Administração da Sociedade é composto. actualmente, por três membros e descreve-se neste relatório o seu funcionamento e nível das respectivas competências, de onde se conclui o seu papel activo e conformador da gestão societária, pelo que se adopta a Recomendação da CMVM nesta matéria.

Recomendação 5-A: O Conselho de Administração da Sociedade não inclui, presentemente, administradores não executivos, pelo que a sociedade não adoptou a recomendação da CMVM sobre esta matéria. E de salientar que fazem parte da ordem de trabalhos da convocatória da próxima Assembleia Geral da Sociedade, pontos relativos ao alargamento do número de membros do Conselho de Administração e ao preenchimento desses lugares.

Recomendação 6: O Conselho de Administração da Sociedade não inclui, presentemente, administradores não executivos independentes, pelo que a sociedade não adoptou a recomendação da CMVM sobre esta matéria. É de salientar que fazem parte da ordem de trabalhos da convocatória da próxima Assembleia Geral da sociedade, pontos relativos ao alargamento do número de membros do Conselho de Administração e ao preenchimento desses lugares.

Recomendação 7: A Sociedade não adoptou a Recomendação da CMVM por não ter sido criada, até à data, qualquer comissão do seu órgão de gestão com competências na avaliação da estrutura e governo societário. Deve, ainda assim, salientar-se que a Sociedade e o seu Conselho de Administração se encontram a rever e a potenciar a implementação dos procedimentos necessários à adopção da Recomendação.

Recomendação 8: A Sociedade não adoptou a Recomendação da CMVM no que diz respeito à divulgação anual, em termos individuais.

Recomendação 8-A: A ordem de trabalhos da próxima Assembleia Geral anual contém um ponto para deliberar sobre a política de remunerações dos órgãos sociais a aplicar pela Comissão de Vencimentos.

Recomendação 9: A Sociedade não adoptou a Recomendação da CMVM, porquanto a sua Comissão de Vencimentos não é integralmente independente face ao seu órgão de gestão.

Recomendação 10: A Comissão de Vencimentos será chamada a pronunciar-se quanto (i) à proposta de aprovação de planos de atribuição de acções e/ou de opções de aquisições de acções ou com base na variação de precos das accões a membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes e as principais características dos respectivos sistemas de benefícios de reforma.

Recomendação 10-A: A Sociedade adoptou procedimentos internos de comunicação de irregularidades, estando tais competências acometidas, no essencial, ao seu Conselho Fiscal.

1. Divulgação de informação

1.1. Repartição de Competências no Processo de Decisão

O Conselho de Administração funciona colegialmente, sendo composto por um Presidente e dois vogais.

As decisões estratégicas de gestão e a respectiva implementação são tomadas em reunião do Conselho de Administração da Sociedade.

O Conselho de Administração assume como principais competências a aprovação do relatório e contas anuais, a aprovação da estratégia anual de configuração do portfolio de negócios e a aprovação do plano de negócios anual e das alterações significativas a esse plano. Acumula ainda a responsabilidade pela gestão operacional corrente, com particular enfoque na gestão do portfolio de negócios, na coordenação financeira e no desenvolvimento da carreira de um conjunto de gestores de topo.

A ordem de trabalhos da próxima Assembleia Geral inclui o alargamento do número de membros do Conselho de Administração e a nomeação de novos administradores para o preenchimento desses lugares. Esta medida visa, por um lado, reforçar as competências do Conselho de Administração na condução das suas funções e, por outro lado, adoptar reconhecidas boas práticas de governo das sociedades, reforcando as capacidades próprias deste órgão e a sua fiscalização e avaliação.

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o reforço das medidas de fiscalização e avaliação do desempenho da sociedade e dos seus órgãos de administração.

1.3. Controlo de Riscos

O sistema de gestão de riscos da Sociedade, que está em reformulação na sequência do processo de autonomização da Sonae Capital, compreende:

a) Objectivos da gestão de risco

A gestão de risco é uma das componentes da cultura corporativa da Sonae Capital, pelo que é inerente a todos os processos de gestão, assumindo-se como uma responsabilidade de todos os gestores e colaboradores das empresas da Sonae Capital, nos diferentes níveis da organização.

A gestão de risco é desenvolvida tendo como objectivo a criação de valor, através da gestão e controlo das incertezas e ameaças que podem afectar as empresas do grupo Sonae Capital, numa perspectiva de continuidade das operações, visando o aproveitamento das oportunidades de negócio.

b) A organização da gestão de risco

Sendo responsabilidade de todos os gestores e colaboradores das empresas da Sonae Capital nos diferentes níveis da organização, a actividade de gestão de risco é apoiada e suportada pelas funções de Auditoria e Gestão de Risco e Planeamento e Controlo de Gestão, esta também ao nível dos respectivos negócios.

A função de Auditoria e Gestão de Risco tem por missão ajudar as empresas a atingir os seus objectivos, através de uma abordagem sistemática e estruturada de desenvolvimento e avaliação da eficácia da gestão e controlo dos riscos dos processos de negócio e dos sistemas de informação.

A função de Auditoria Interna identifica e avalia a eficácia e eficiência da gestão e controlo dos riscos dos processos de negócio e dos sistemas de informação, bem como dos riscos de não conformidade com a legislação, contratos, políticas e procedimentos das empresas.

A função de Gestão de Risco promove, coordena, facilita e apoia o desenvolvimento dos processos de gestão de risco.

A função de Planeamento e Controlo de Gestão promove e apoia a integração da gestão de risco no processo de planeamento e controlo de gestão das empresas.

Os riscos de fiabilidade e integridade da informação contabilística e financeira são igualmente avaliados e reportados pela Auditoria Externa.

c) Actividades Desenvolvidas durante o ano de 2007

Foram planeadas, desenvolvidas e monitorizadas actividades de Gestão de Risco e Auditoria Interna, que foram desenvolvidas com base num plano anual previamente definido, com a colaboração e envolvimento das Direcções dos negócios, com vista a mitigar os principais riscos que afectam a organização, tendo em conta os objectivos dos negócios.

As principais actividades de Gestão de Risco foram as seguintes:

  • Segurança nos hotéis: Procedimentos de emergência e segurança alimentar:
  • Riscos de desenvolvimento e ambientais dos projectos de resorts turísticos e habitacionais;
  • Riscos ambientais e de segurança do negócio de Construção.

Foram desenvolvidas as seguintes auditorias internas aos negócios da Sonae Capital no ano de 2007:

Auditorias a processos de negócio

  • Projectos de investimento de Tróia na Sonae Turismo:
  • Recursos humanos e reclamações de clientes no negócio de Fitness;
  • Facturação e cobranças nas empresas de Corretagem de Seguros (negócio que já não pertence ao portfolio de negócios da Sonae Capital);
  • Receitas, compras e investimentos no Fun Center.

Auditorias de conformidade

  • Checklist e monitorização de vendas, receitas e outros no negócio de Fitness:
  • Conformidade do Centro Corporativo da Sonae Capital e da Sodesa;
  • Follow-up de auditorias de anos anteriores: Fitness, Construção, Corretagem de Seguros e Centro Corporativo da Sonae Capital.

1.4. Evolução da Cotação das Acções

Tal como explicitado no capítulo sobre o comportamento bolsista do corpo do Relatório de Gestão, a Sociedade foi admitida à negociação no mercado de cotações oficiais do Euronext Lisbon em 28 de Janeiro de 2008.

Ficha técnica das acções Sonae Capital, SGPS, SA:
Designação: Sonae Capital, SGPS, SA Código ISIN:
PTSON0AE0009
Entidade emitente: Sonae Capital, SGPS, SA Símbolo: SONC
Data de admissão: 28 de Janeiro de 2008 Reuters: SONAC LS
Capital social: 250.000.000 € Bloomberg: SONC PL
Quantidade admitida: 250.000.000
Acções próprias: A sociedade não detém acções próprias

Destacam-se os seguintes factos relevantes e outras comunicações, ocorridos durante 2007, no âmbito do processo de cisão simples da Sonae SGPS, com o destaque da participação correspondente à totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA (actual SC, SGPS, SA) e incorporada na nova Sonae Capital, SGPS, SA, constituída para esse efeito:

  • 08 de Novembro: o Conselho de Administração da Sonae SGPS, SA aprovou o referido projecto de cisão simples da sociedade;
  • 14 de Dezembro: Foi aprovado em Assembleia Geral Extraordinária de accionistas da Sonae, SGPS, SA, o projecto de cisão da sociedade. Nessa mesma Assembleia Geral foram eleitos os órgãos sociais da Sonae Capital, SGPS, SA. Ainda nesta data ocorreu o registo definitivo da cisão simples.

Após a constituição da Sonae Capital, SGPS, SA destacam-se os seguintes factos:

  • 27 de Dezembro: anúncio de exercício de direitos; $\blacksquare$
  • 31 de Dezembro: emissão de empréstimos obrigacionistas no valor total de 50 milhões de euros:
  • 03 de Janeiro: anúncio de acordo para os termos da alienação da totalidade da participação na Contacto - Sociedade de Construções, SA pelo valor global de 81,5 milhões de euros (valor conforme os termos definitivos do contrato, de 21 de Fevereiro, após obtenção de declaração de não oposição da Autoridade da Concorrência);
  • 03 de Março: emissão de empréstimo obrigacionista no valor de 50 milhões de euros.

1.5. Distribuição de Dividendos

Atendendo à data de constituição da Sonae Capital, não existe qualquer historial relativo à política de dividendos prosseguida no passado, pela Sociedade.

No futuro, a Sonae Capital submeterá à aprovação da Assembleia Geral de accionistas anual uma proposta de distribuição de dividendos, ponderado que seja o desempenho da Sociedade, as suas necessidades de expansão/investimento e a envolvente económica da sua actividade.

Planos de Atribuição de Accões e Planos de $1.6.$ Atribuição de Opções de Aquisição de Acções

A Sociedade não tem presentemente quaisquer planos de atribuição de acções ou planos de atribuição de opções de aquisição de acções.

A política de remuneração a ser adoptada pela Sonae Capital será alvo de deliberação na próxima Assembleia Geral, conforme ordem de trabalhos da mesma.

1.7. Divulgações com Partes Relacionadas

A Sociedade não efectuou nenhum negócio ou operação com os membros do Conselho de Administração.

As transaccões com o Revisor Oficial de Contas decorreram exclusivamente do exercício da sua função, estando os honorários pagos descritos no capítulo 1.10 abaixo.

As transacções com sociedades em relação de domínio ou de grupo foram realizadas em condições normais de mercado e fizeram parte da actividade normal da Sociedade pelo que não merecem divulgação específica.

1.8. Relações com Investidores

Na estrita observância das disposições legais e regulamentares, a Sociedade tem como regra informar os seus accionistas e o mercado de capitais em geral dos factos relevantes da sua vida de uma forma imediata, no sentido de evitar hiatos entre a ocorrência e a divulgação desses factos.

Essa divulgação é efectuada através da publicação no Sistema de Difusão de Informação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

página da sociedade (www.cmvm.pt) na $na$ Internet e – (www.sonaecapital.pt).

Nesta última, poderão ser encontrados na página dedicada aos Investidores os comunicados emitidos desde a constituição da sociedade, a apresentação institucional, o prospecto de admissão à negociação e respectiva adenda. A informação relativa à apresentação institucional, aos relatórios e contas e aos resultados será actualizada numa base trimestral.

Como forma de permitir uma maior interacção com os accionistas e investidores está incluída, ainda, na mesma página, dedicada aos Investidores, a seguinte informação:

  • Estatutos da Sociedade;
  • Composição dos órgãos sociais; $\blacksquare$
  • A identificação dos responsáveis pelas Relações com os Investidores, bem como os endereços para o seu contacto;
  • Descrição da performance do título Sonae Capital no mercado Euronext Lisbon:
  • Calendário de eventos societários:
  • A convocatória da Assembleia Geral Anual;
  • As propostas a apresentar na Assembleia Geral Anual.

Futuramente, esta página incluirá também os relatórios e contas e comunicados de resultados que forem sendo publicados pela Sociedade, bem como outras apresentações e relatórios aos Investidores.

A Sonae Capital, SGPS, SA, através do Gabinete de Apoio ao Investidor, integrado na função Relações com Investidores, relaciona-se de forma permanente com analistas e investidores, fornecendo informação actualizada. Adicionalmente, presta esclarecimentos sobre os factos relevantes da vida da Sociedade, por esta já divulgados no formato imposto por lei, que lhe sejam solicitados.

O Gabinete de Apoio ao Investidor pode ser contactado através de: Telefone: +351 22 010 79 03; Telefax: +351 22 010 79 35; E-mail: [email protected]; Morada: Lugar do Espido, Via Norte, Apartado 3053, 4471-907 Maia. O director do Gabinete de Apoio ao Investidor é o Dr. Pedro Capitão, que pode ser contactado através dos mesmos meios.

O Representante para as Relações com o Mercado de Capitais é o Dr. José Luís dos Santos Lima Amorim (Telefone: +351 22 010 79 03; Telefax: + 351 22 010 79 35; E-mail [email protected]).

A Sociedade considera que desta forma assegura um permanente contacto com o mercado, respeitando o princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores.

1.9. Comissão de Remunerações

Nas sociedades emitentes de valores cotados, a Assembleia Geral elege, com a mesma periodicidade dos restantes órgãos sociais, uma Comissão de Vencimentos, que tem como missão fixar as remunerações dos membros dos órgãos de gestão. Na sociedade a Comissão de Vencimentos em funções é composta por dois membros, Belmiro Mendes de Azevedo (Presidente da Comissão de Vencimentos e do Conselho de Administração da sociedade) e Bruno Walter Lehmann, eleitos em Assembleia Geral nos termos do número dois do artigo vigésimo oitavo dos Estatutos da Sociedade.

1.10. Remuneração Anual do Auditor

Os auditores da sociedade são a Deloitte que, em 2007 facturaram à sociedade e às suas filiais e associadas os valores que a seguir se discriminam:

| VALORES EM MILHARES DE EUROSsão para euros das contas das filiais, empresas controladas conjuntamente e empresas associadas estrangeiras foram as seguintes:

31.12.2007 31.12.2006
Final do período Média do período Final do período Média do período
Libra Inglesa 1,36361 1,46209 1,48920 1,46704
Real Brasileiro 0,38516 0,37577 0,35564 0,36658

Fonte: Bloomberg

2.3. Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

As perdas de imparidade detectadas no valor de realização do imobilizado corpóreo, são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rúbrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos
Edifícios e outras construções 10 a 50
Equipamento básico 10 a 20
Equipamento de transporte 4 a 5
Ferramentas e utensílios 4 a 8
Equipamento administrativo 3 a 10
Outras imobilizações corpóreas 4 a 8

As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem.

As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/promoção, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido

contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.

2.4. Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do período em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização, pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado, o qual corresponde a um periodo compreendido entre 3 a 6 anos, e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

2.5. Locações

Locações em que o Grupo age como locatário

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens

inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

Locações em que o Grupo age como locador

Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.

2.6. Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação

São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.

2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

2.8. Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.

2.9. Existências

As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.

2.10. Contratos de construção

Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.

Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.

Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.

2.11. Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.12. Instrumentos financeiros

O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.

a) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

  • Investimentos detidos até ao vencimento
  • Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
  • Investimentos disponíveis para venda

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.

O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.

Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.

Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.

c) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

  • a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
  • se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
  • se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

d) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

e) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

f) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

g) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As

alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica

Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.

Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos

separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os

contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

h) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras

aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
2007 $\frac{0}{0}$
-------------------------------------------- ------- ---------------
AUDITORIA E REVISÃO LEGAL DE CONTAS 177,9 69.6
OUTROS SERVIÇOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE 50,0 19,6
CONSULTORIA FISCAL-------------- ------------------ ------------------ ------------------ --
Final do período Média do período Final do período Média do período
Libra Inglesa 1,36361 1,46209 1,48920 1,46704
Real Brasileiro 0,38516 0,37577 0,35564 0,36658

Fonte: Bloomberg

2.3. Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

As perdas de imparidade detectadas no valor de realização do imobilizado corpóreo, são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rúbrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos
Edifícios e outras construções 10 a 50
Equipamento básico 10 a 20
Equipamento de transporte 4 a 5
Ferramentas e utensílios 4 a 8
Equipamento administrativo 3 a 10
Outras imobilizações corpóreas 4 a 8

As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem.

As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/promoção, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido

contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.

2.4. Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do período em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização, pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado, o qual corresponde a um periodo compreendido entre 3 a 6 anos, e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

2.5. Locações

Locações em que o Grupo age como locatário

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens

inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

Locações em que o Grupo age como locador

Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.

2.6. Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação

São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.

2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

2.8. Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.

2.9. Existências

As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.

2.10. Contratos de construção

Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.

Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.

Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.

2.11. Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.12. Instrumentos financeiros

O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.

a) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

  • Investimentos detidos até ao vencimento
  • Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
  • Investimentos disponíveis para venda

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.

O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.

Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.

Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.

c) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

  • a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
  • se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
  • se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

d) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

e) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

f) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

g) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As

alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica

Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.

Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos

separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os

contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

h) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras

aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
27.6 10,8
TOTAL Final do período Média do período Final do período Média do período
Libra Inglesa 1,36361 1,46209 1,48920 1,46704
Real Brasileiro 0,38516 0,37577 0,35564 0,36658

Fonte: Bloomberg

2.3. Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

As perdas de imparidade detectadas no valor de realização do imobilizado corpóreo, são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rúbrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos
Edifícios e outras construções 10 a 50
Equipamento básico 10 a 20
Equipamento de transporte 4 a 5
Ferramentas e utensílios 4 a 8
Equipamento administrativo 3 a 10
Outras imobilizações corpóreas 4 a 8

As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem.

As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/promoção, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido

contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.

2.4. Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do período em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização, pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado, o qual corresponde a um periodo compreendido entre 3 a 6 anos, e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

2.5. Locações

Locações em que o Grupo age como locatário

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens

inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

Locações em que o Grupo age como locador

Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.

2.6. Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação

São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.

2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

2.8. Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.

2.9. Existências

As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.

2.10. Contratos de construção

Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.

Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.

Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.

2.11. Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.12. Instrumentos financeiros

O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.

a) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

  • Investimentos detidos até ao vencimento
  • Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
  • Investimentos disponíveis para venda

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.

O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.

Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.

Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.

c) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

  • a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
  • se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
  • se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

d) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

e) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

f) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

g) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As

alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica

Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.

Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos

separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os

contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

h) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras

aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
255,5 100,0

Os servicos de consultoria fiscal e os outros servicos são prestados por técnicos diferentes dos que estão envolvidos no processo de auditoria, pelo que consideramos estar desta forma assegurada a independência do auditor.

2. Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas

Os Estatutos da Sociedade prevêem que apenas poderão participar na Assembleia Geral os accionistas com direito a voto possuidores de acções ou títulos de subscrição que as substituam, que as tenham inscritas em conta de valores mobiliários escriturais e que façam prova dessa inscrição, através de carta emitida pela respectiva instituição que dê entrada na Sociedade, pelo menos, cinco dias úteis antes da data da Assembleia.

A cada acção corresponde um voto.

Os accionistas que sejam pessoas singulares poderão fazer-se representar nas reuniões da Assembleia Geral, mediante carta dirigida ao Presidente da Mesa que indique o nome, domicílio do representante e data da Assembleia. As pessoas colectivas far-se-ão representar pela pessoa que para o efeito designarem através de carta cuja autenticidade será apreciada pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

Enguanto a Sociedade for considerada sociedade com o capital aberto ao investimento do público, os accionistas poderão votar por correspondência, no que se refere exclusivamente à alteração do contrato social e à eleição dos órgãos sociais. Só serão consideradas válidas as declarações de voto de onde conste de forma expressa e ineguívoca: (i) Que respeitam ao ponto quatro da ordem do dia; (ii) A indicação precisa e incondicional do sentido de voto para cada proposta. Não obstante o disposto em (ii), é permitido a um accionista que envie declaração de voto relativamente a certa proposta, declarar que vota contra todas as demais propostas no mesmo ponto da ordem de trabalhos, sem outras especificações. Entender-se-á que os accionistas que enviem declarações de voto por correspondência se abstêm na votação das propostas que não sejam objecto dessas declarações. Os votos exercidos por correspondência valem como votos negativos relativamente a propostas de deliberação apresentadas posteriormente à data em que esses mesmos votos tenham sido emitidos.

Só serão considerados os votos por correspondência, desde que recebidos na sede da Sociedade, por meio de carta registada com aviso de recepção dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com pelo menos três dias de antecedência em relação à data da Assembleia, sem prejuízo da obrigatoriedade da prova da gualidade de accionista. A declaração de voto deverá ser assinada pelo titular das acções ou pelo seu representante legal, devendo o accionista, se pessoa singular, acompanhar a declaração de cópia autenticada do seu bilhete de identidade, se pessoa colectiva deverá a assinatura ser reconhecida notarialmente na qualidade e com poderes para o acto. Compete ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, ou ao seu substituto, verificar da conformidade das declarações de voto por correspondência, valendo como não emitidos os votos correspondentes às declarações não aceites. Está disponível na página da Internet da empresa o modelo de boletim a usar no caso de voto por correspondência.

São colocados à disposição dos senhores accionistas, na sede social e na página da Sociedade na Internet, no prazo legal, as propostas a submeter à Assembleia Geral de Accionistas, acompanhadas dos relatórios, documentos e demais elementos de informação preparatória que legalmente as devem acompanhar.

3. Regras Societárias

3.1. Códigos de Conduta e Regulamentos Internos

Os valores e princípios do Grupo Sonae Capital estão profundamente enraizados na vivência dos seus colaboradores. Os principais vectores são a cultura empresarial (lideranca, disponibilidade para a mudanca, lealdade e rigor, transparência), a responsabilidade com os colaboradores (igualdade tratamento, desenvolvimento profissional, no segurança), a responsabilidade social (consciência ambiental, consciência social, abertura à sociedade, confiança e ética) e a independência face ao poder político.

3.2. Gestão de Risco

Conforme mencionado no capítulo 1.1. acima, uma das áreas de suporte da Sonae Capital, SGPS, SA é a função de Auditoria Interna e Gestão de Risco. O processo de autonomização da Sonae Capital criou a necessidade de dotar a Sonae Capital de recursos próprios também nesta área, pelo que nesse sentido, a génese desta função surgiu naturalmente de um processo de afectação de recursos, quer humanos quer técnicos, existentes no Grupo Sonae.

Conforme referido no capítulo 1.3. do presente relatório, esta função, ainda no âmbito do planeamento e realização de actividades da função de Auditoria e Gestão de Risco do Grupo Sonae, acompanhou e promoveu o desenvolvimento de actividades sistemáticas e estruturadas de gestão dos riscos dos processos de negócio, devidamente integradas no ciclo de planeamento operacional e estratégico dos negócios da Sonae Capital.

Na gestão estratégica e corrente da sociedade e das suas filiais, estas adoptam activamente políticas de controlo de risco nas diversas vertentes dos seus negócios. Para o efeito, o departamento de Auditoria Interna e Gestão de Risco acompanha e promove práticas correntes de gestão e cobertura do risco.

A Sonae Capital, está exposta a uma diversidade de riscos financeiros dos quais se destacam os riscos de taxa de juro, cambial de transacção e de conversão, de liquidez, de contraparte e de crédito, exposição ao preco dos commodities e das matérias primas e aos riscos de flutuação dos mercados financeiros de dívida e de capital. A política de gestão dos riscos financeiros da Sonae Capital, procura minimizar eventuais efeitos adversos decorrentes da imprevisibilidade dos mercados financeiros.

A postura da Sonae Capital relativamente à gestão dos riscos financeiros é conservadora e prudente, utilizando por vezes instrumentos derivados para

hedging de determinados riscos, desde que relacionados com a actividade normal da empresa, não tomando posições em derivados ou outros instrumentos financeiros que não estejam relacionados com a sua actividade corrente.

3.3. Limites ao Exercício dos Direitos de Voto ou à Transmissibilidade de Acções, Acordos Parassociais e Direitos Especiais de Accionistas

Para além do número de acções a que corresponde um voto e das obrigações de representação dos accionistas, mencionadas no capítulo 2 acima, não existem limitações ao exercício do direito de voto.

O Conselho de Administração não tem conhecimento, no que lhe seja razoavelmente exigido, de direitos especiais ou acordos parassociais que envolvam accionistas da Sociedade.

A Sociedade não adoptou quaisquer medidas impeditivas do êxito de Ofertas Públicas de Aquisição.

4. Órgão de Administração

4.1. Caracterização

O Conselho de Administração é composto por 3 membros executivos. O Conselho de Administração actualmente em funções foi eleito na Assembleia Geral Extraordinária de Accionistas da Sonae SGPS, SA de 14 de Dezembro de 2007 que aprovou também o projecto de cisão desta sociedade e que deu origem à Sonae Capital, SGPS, SA. O mandato deste Conselho de Administração é de quatro anos e termina a 31 de Dezembro de 2010. Os Administradores foram eleitos em lista única, não tendo sido apresentada lista alternativa por nenhum dos accionistas. Na Assembleia Geral de Accionistas agendada para o dia 9 de Abril de 2008 proceder-se-á à deliberação do alargamento do número de membros do Conselho de Administração bem como à nomeação de administradores para os novos lugares.

Os membros actuais do Conselho de Administração são:

| | | Executivo feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

Locações em que o Grupo age como locador

Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.

2.6. Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação

São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.

2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

2.8. Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.

2.9. Existências

As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.

2.10. Contratos de construção

Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.

Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.

Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.

2.11. Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.12. Instrumentos financeiros

O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.

a) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

  • Investimentos detidos até ao vencimento
  • Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
  • Investimentos disponíveis para venda

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.

O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.

Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.

Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.

c) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

  • a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
  • se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
  • se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

d) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

e) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

f) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

g) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As

alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica

Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.

Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos

separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os

contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

h) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras

aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
Não
Executivoncia e não da forma do contrato.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

Locações em que o Grupo age como locador

Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.

2.6. Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação

São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.

2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

2.8. Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.

2.9. Existências

As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.

2.10. Contratos de construção

Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.

Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.

Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.

2.11. Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.12. Instrumentos financeiros

O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.

a) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

  • Investimentos detidos até ao vencimento
  • Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
  • Investimentos disponíveis para venda

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.

O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.

Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.

Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.

c) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

  • a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
  • se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
  • se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

d) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

e) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

f) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

g) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As

alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica

Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.

Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos

separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os

contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

h) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras

aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
---------------------------------- ------------ ------------------ -------------------------
Belmiro Mendes de Azevedo Presidente x
José Luís dos Santos Lima Amorim x
Mário Pereira Pinto

e foram eleitos como segue:

| | Primeira
Nomeaçãocontratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.

2.6. Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação

São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.

2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

2.8. Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.

2.9. Existências

As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.

2.10. Contratos de construção

Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.

Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.

Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.

2.11. Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.12. Instrumentos financeiros

O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.

a) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

  • Investimentos detidos até ao vencimento
  • Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
  • Investimentos disponíveis para venda

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.

O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.

Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.

Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.

c) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

  • a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
  • se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
  • se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

d) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

e) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

f) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

g) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As

alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica

Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.

Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos

separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os

contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

h) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras

aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
Fim do
Mandatoional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.

2.6. Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação

São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.

2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

2.8. Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.

2.9. Existências

As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.

2.10. Contratos de construção

Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.

Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.

Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.

2.11. Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.12. Instrumentos financeiros

O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.

a) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

  • Investimentos detidos até ao vencimento
  • Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
  • Investimentos disponíveis para venda

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.

O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.

Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.

Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.

c) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

  • a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
  • se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
  • se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

d) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

e) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

f) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

g) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As

alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica

Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.

Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos

separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os

contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

h) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras

aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
---------------------------------- ----------------------------- --------------------------
Belmiro Mendes de Azevedo 2007 2010
José Luís dos Santos Lima Amorim 2007 2010
Mário Pereira Pinto 2007 2010

A lista das principais sociedades onde cada Administrador exerce funcões é apresentada no capítulo 4.3. deste relatório. No mesmo capítulo estão incluídos curricula vitae resumidos de cada Administrador, bem como o número de acções, da Sonae Capital, SGPS, SA ou de qualquer das suas filiais, por eles detidas em 31 de Dezembro de 2007.

O Conselho de Administração reunirá pelo menos quatro vezes por ano. Qualquer reunião só terá quórum se estiver presente ou representada a maioria dos membros. Todos os Administradores têm o mesmo direito de voto e as decisões são tomadas por maioria simples dos votos emitidos. Os membros do Conselho de Administração têm as obrigações expressas na Lei Portuguesa. Durante 2007, o Conselho reuniu 5 vezes, contando com a presenca de todos os Administradores. As actas correspondentes estão registadas no respectivo livro de actas. O Conselho de Administração recebe a informação sobre os assuntos constantes da ordem de trabalhos com pelo menos 48 horas de antecedência em relação à data de cada reunião.

O Conselho de Administração não deliberou ainda sobre a constituição de uma Comissão Executiva ou quaisquer outras comissões especializadas.

4.2. Remunerações

Atendendo à recente constituição da sociedade e à data de início de funções dos órgãos sociais (14 de Dezembro de 2007), estes não foram remunerados na sociedade e a remuneração paga em sociedades do Grupo aos membros do Conselho de Administração, após essa data, é imaterial.

4.3. Informação Adicional sobre Administradores

Belmiro Mendes de Azevedo

Curriculum Vitae

DADOS PESSOAIS

NATURALIDADE: Marco de Canaveses CASADO

DATA DE NASCIMENTO: 17-02-1938 FILHOS: 3

CURRICULUM ACADÉMICO

  • 1963 Licenciatura em Engenharia Química Industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
  • 1973 PMD (Programme for Management Development) da Harvard Business School
  • 1985 Financial Management Programme na Stanford University
  • 1987 Strategic Management da Wharton University

CURRICULUM PROFISSIONAL

  • 1963 1964 Técnico na Indústria Têxtil
  • Director de Investigação e Desenvolvimento da Sonae 1965 - 1967
  • 1967 1984 Director-Geral e Administrador Delegado da Sonae
  • 1985 1988 Presidente da Comissão Executiva da Sonae Indústria e Investimentos, SGPS, SA
  • 1989 1999 Presidente do Conselho de Administração da Sonae Investimentos, SGPS, SA
  • Desde 1999 Presidente do Conselho de Administração da Sonae SGPS, SA

OUTROS CARGOS DESEMPENHADOS

Membro do European Union Hong-Kong Business Cooperation Committee Membro do International Advisory Board da Allianz AG Membro do Harvard Business School European Advisory Board Membro da Direcção da COTEC - Portugal Membro do European Round Table of Industrialists Membro fundador do Manufuture Portugal Fórum Administrador Unico da sociedade BA - Business Angels, SGPS, SA Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades:

  • Efanor Investimentos, SGPS, SA;
  • Sonae SGPS, SA;
  • Sonae Indústria, SGPS, SA;
  • Casa Agrícola de Ambrães, SA;
  • Praça Foz Sociedade Imobiliária;
  • Setimanale SGPS, SA.

OUTROS CARGOS DESEMPENHADOS EM SOCIEDADES DO MESMO GRUPO

Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: SC, SGPS, SA Sonae Turismo - SGPS, SA Spred, SGPS, SA

DISTINÇÕES

"Grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique" outorgada por Sua Excelência o Presidente da República de Portugal

"Encomienda de Numero de la Orden del Mérito Civil" outorgada por Sua Majestade o Rei D. Juan Carlos de Espanha.

"Ordem do Cruzeiro do Sul" outorgada por Sua Excelência o Presidente da República Federativa do Brasil

Honorary Fellow da London Business School

Acções detidas na Sociedade1istados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.

Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.

Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.

c) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

  • a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
  • se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
  • se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

d) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

e) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

f) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

g) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As

alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica

Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.

Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos

separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os

contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

h) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras

aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,

Sonae Capital, SGPS, SA - 1.862 acções, tendo por referência a participação na Sonae, SGPS, SA à mesma data (empresa que procedeu ao destaque da totalidade da sua participação na Sonae Capital, SGPS, SA).

José Luís dos Santos Lima Amorim

Curriculum Vitae

DADOS PESSOAIS

NATURALIDADE: Porto CASADO

DATA DE NASCIMENTO: 11-09-1956 FILHOS: 1

CURRICULUM ACADÉMICO

Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto 1978 1982 Membro da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas

CURRICULUM PROFISSIONAL

Várias funções, desde Assistente a Manager de Auditoria na Coopers & 1978 - 1984 Lybrand 1985 - 1999 Partner de Auditoria na Coopers & Lybrand

&idas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

  • a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
  • se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
  • se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

d) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

e) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

f) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

g) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As

alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica

Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.

Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos

separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os

contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

h) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras

aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
lt;sup>1tes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

  • a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
  • se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
  • se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

d) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

e) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

f) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

g) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As

alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica

Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.

Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos

separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os

contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

h) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras

aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
Accões detidas, a 31 de Dezembro de 2007, directamente ou por familiares.

1999 - 2007 Director de Planeamento e Controlo de Gestão da Sonae, SGPS, SA e Secretário do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Sonae, SGPS, SA

$2001 - 2007$ Director de Relações com os Investidores da Sonae, SGPS, SA

OUTROS CARGOS DESEMPENHADOS EM SOCIEDADES DO MESMO GRUPO

Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades:

  • Aguapraia Investimentos Turísticos, SA
  • Bloco Q Sociedade Imobiliária, SA
  • Bloco W Sociedade Imobiliária, SA
  • Casa da Ribeira Hotelaria e Turismo, SA
  • Imoareia Investimentos Turísticos, SGPS, SA
  • Imoferro Sociedade Imobiliária, SA
  • Imopenínsula Sociedade Imobiliária, SA
  • Imoresort Sociedade Imobiliária, SA
  • Insulatroia Sociedade Imobiliária. SA
  • Marimo Exploração Hoteleira e Imobiliária, SA
  • Marina de Tróia, SA
  • Marinamagic Exploração de Centros Lúdicos e Marítimos, SA
  • Marmagno Exploração Hoteleira e Imobiliária, SA
  • Marvero Exploração Hoteleira e Imobiliária, SA
  • S.I.I Soberana Investimentos Imobiliários, SA
  • Solinca III Desporto e Saúde, SA
  • Solinca Investimentos Turísticos, SA
  • Sonae Turismo Gestão Serviços, SA
  • Troiaresort Investimentos Turísticos, SA
  • Trojaverde Exploração Hoteleira e Imobiliária, SA
  • Tulipamar Exploração Hoteleira e Imobiliária, SA
  • Venda Aluga Sociedade Imobiliária, SA
  • World Trade Center Porto, SA

Membro do Conselho de Administração das seguintes sociedades:

  • Change, SGPS, SA
  • Change Partners I, SGPS, SA
  • Change Partners, Investimentos e Consultoria, SA
  • Change Partners, SCR, SA
  • Cronosaúde Gestão Hospitalar, SA
  • DMJB SGPS, SA
  • Invesaúde- Gestão Hospitalar, SA
  • Investalentejo, SGPS, SA
  • Norscut Concessionária de Auto Estradas, SA
  • Pargeste, SGPS, SA
  • Saúde Atlântica Gestão Hospitalar, SA
  • SC, SGPS, SA
  • SC Insurance and Risk Services, SGPS, SA
  • SC Sociedade de Consultadoria, SA
  • Selfrio SGPS, SA
  • Sodesa Comercialização de Energia, SA
  • Solinfitness Club Málaga, SL
  • Soltróia Sociedade Imobiliária de Urbanização e Turismo de Tróia, SA
  • Sonae Turismo SGPS, SA
  • Sopair, SA
  • Spred SGPS. SA
  • TP Sociedade Térmica Portuguesa, SA
  • Vistas do Freixo Empreendimentos Turísticos e Imobiliários, SA

Membro da Gerência da Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda

Accões detidas na Sociedade2 menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,

Não detém quaisquer acções na Sociedade.

Mário Pereira Pinto

Curriculum Vitae

DADOS PESSOAIS

NATURALIDADE: Vila Pouca de Aquiar CASADO

DATA DE NASCIMENTO: 08-11-1951 FILHOS: 1

CURRICULUM ACADÉMICO

Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto 1975 1989 "Advanced Management Programme" pelo INSEAD (Fontainebleau)

CURRICULUM PROFISSIONAL

1975 - 1983 Assistente na Faculdade de Economia do Porto
1082 - 1084 - Analista Financoiro no Banco Totta & Acoros, Porto
  • Analista Financeiro no Banco Totta & Açores, Porto 1982 - 1984 1984 - 1989
  • Analista e Coordenador de projectos na SPI/BPI
  • 1989 1995 Director do Banco Português de Investimento, área de Fusões e Aquisições
  • 1993 1995 Membro da Comissão Executiva do Banco Português de Investimento, SA 1994 - 2000 Administrador da Inter-Risco, Sociedade de Capital de Risco, SA
  • 1995 2006 Administrador Não-Executivo da Fábrica de Vidros Barbosa & Almeida, SA
  • 1995 2000
  • Administrador do Banco Português de Investimento, SA 1996 - 1998 Administrador do Banco de Fomento e Exterior, SA
  • 1997 2000 Administrador Não-Executivo da Vista Alegre, Sociedade de Controlo, SA; Administrador e Membro da Comissão Executiva da SPGM - Sociedade de Investimento, SA; Presidente do Conselho Geral da Spidouro - Sociedade de Promoção de Empresas e Investimentos do Douro e Trás-os-Montes, SA; Administrador Não-Executivo do FIEP - Fundo de Internacionalização das Empresas Portuguesas, SA
  • Administrador Não-Executivo da IMC Investimentos, Média e Conteúdos, 1999 - 2000 SGPS, SA

OUTROS CARGOS DESEMPENHADOS

Membro do Conselho de Administração da BA - Glass, SA Membro da Gerência da Partners, Serviços de Apoio à Gestão, Unipessoal, Lda

$2$ Acções detidas, a 31 de Dezembro de 2007, directamente ou por familiares.

Membro da Gerência da PSISA - Consultores, Lda Presidente do Conselho Fiscal da Estoril-Sol, SGPS, SA Administrador da CEV - Consumo em Verde, SA

OUTROS CARGOS DESEMPENHADOS EM SOCIEDADES DO MESMO GRUPO

Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades:

  • Change, SGPS, SA
  • Change Partners, SCR, SA
  • Change Partners I, SGPS, SA $\blacksquare$
  • Change Partners, Investimentos e Consultoria, SA $\blacksquare$

Membro do Conselho de Administração das seguintes sociedades:

  • · SC, SGPS, SA
  • Pargeste SGPS, SA $\blacksquare$

Acções detidas na Sociedade3ignificativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,

Não detém quaisquer acções na Sociedade.

Maia, 12 de Março de 2008

O Conselho de Administração

Belmiro Mendes de Azevedo

José Luís dos Santos Lima Amorim

$3$ Acções detidas, a 31 de Dezembro de 2007, directamente ou por familiares.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 31 DE DEZEMBRO DE 2007

SONAE CAPITAL, SGPS, SA

BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

(Montantes expressos em Euros)

31.12.2007 31.12.2006 Pró-forma 1
ACTIVO Notas Actividades Actividades Total Acumulado Actividades Actividades Total Acumulado
Continuadas Descontinuadas Continuadas Descontinuadas
ACTIVOS NÃO CORRENTES:
Imobilizações corpóreas 9 328.038.248 991.658 329.029.906 284.850.480 1.000.611 285.851.091
Imobilizações incorpóreas 10 803.537 8.557 812.094 975.717 8.557 984.274
Diferenças de consolidação 11 62.517.465 1.278.989 63.796.454 47.754.532 1.278.898 49.033.430
Investimentos em associadas 6 18.985.662 - 18.985.662 14.932.898 - 14.932.898
Outros investimentos 7 77.186.273 - 77.186.273 87.714.574 - 87.714.574
Impostos diferidos activos
Outros activos não correntes
19
13
14.117.740
24.311.811
203.180
6.821
14.320.920
24.318.632
4.422.449
28.339.120
319.697
5.496
4.742.146
28.344.616
Total de activos não correntes 525.960.736 2.489.205 528.449.941 468.989.770 2.613.259 471.603.029
ACTIVOS CORRENTES:
Existências 14 142.074.734 1.414.928 143.489.662 93.391.169 (9.275) 93.381.894
Clientes 15 35.322.604 13.423.831 48.746.435 38.268.268 17.131.308 55.399.576
Outras dívidas de terceiros 16 24.998.713 (1.144.969) 23.853.744 48.114.281 324.008 48.438.289
Estado e outros entes públicos 17 16.608.583 2.835.940 19.444.523 17.147.729 1.880.943 19.028.672
Outros activos correntes 18 6.858.080 2.021.564 8.879.644 5.374.516 2.460.963 7.835.479
Investimentos detidos para negociação 12 499 - 499 499 - 499
Caixa e equivalentes de caixa 20 43.956.550 377.291 44.333.841 15.717.655 195.096 15.912.751
Total de activos correntes 269.819.763 18.928.585 288.748.348 218.014.117 21.983.043 239.997.160
TOTAL DO ACTIVO 795.780.499 21.417.790 817.198.289 687.003.887 24.596.302 711.600.189
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social 21 250.000.000 - 250.000.000 250.000.000 - 250.000.000
Reservas legais - - - - - -
Reservas e resultados transitados 62.453.729 29.400.513 91.854.242 (10.979.229) 32.144.897 21.165.668
Resultado líquido do exercício atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe 8.579.431 6.414.888 14.994.319 (6.166.995) 8.356.062 2.189.067
Total do capital próprio atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe 321.033.160 35.815.401 356.848.561 232.853.776 40.500.959 273.354.735
Interesses minoritários 22 36.758.832 - 36.758.832 18.876.352 - 18.876.352
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 357.791.992 35.815.401 393.607.393 251.730.128 40.500.959 292.231.087
PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos bancários de longo prazo 23 122.710.414 - 122.710.414 81.201.470 - 81.201.470
Empréstimos obrigacionistas 23 49.766.000 - 49.766.000 - - -
Credores por locações financeiras 23 e 24 18.726.595 - 18.726.595 4.815.233 - 4.815.233
Outros empréstimos 23 250.577 - 250.577 375.002 - 375.002
Outros passivos não correntes 26 34.461.335 4.689.100 39.150.435 65.171.055 5.218.887 70.389.942
Impostos diferidos passivos 19 2.307.082 5.219.288 7.526.370 645.530 4.277.988 4.923.518
Provisões 31 11.442.155 5.212.309 16.654.464 11.771.846 6.068.009 17.839.855
Total de passivos não correntes 239.664.158 15.120.697 254.784.855 163.980.136 15.564.884 179.545.020
PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos bancários de curto prazo 23 7.714.042 - 7.714.042 45.989.018 - 45.989.018
Empréstimos obrigacionistas 23 15.000.000 - 15.000.000 - - -
Credores por locações financeiras 23 e 24 1.860.326 - 1.860.326 1.190.296 - 1.190.296
Outros empréstimos 23 176.635 - 176.635 179.233 - 179.233
Fornecedores 28 30.876.038 31.641.379 62.517.417 29.921.201 34.799.901 64.721.102
Outras dívidas a terceiros 29 110.830.844 (79.603.912) 31.226.932 166.621.733 (78.962.286) 87.659.447
Estado e outros entes públicos 17 12.039.282 1.360.493 13.399.775 7.505.187 170.794 7.675.981
Outros passivos correntes 30 16.011.718 17.083.732 33.095.450 18.963.426 12.522.050 31.485.476
Provisões 31 3.815.464 - 3.815.464 923.529 - 923.529
Total de passivos correntes 198.324.349 (29.518.308) 168.806.041 271.293.623 (31.469.541) 239.824.082
TOTAL DO PASSIVO 437.988.507 (14.397.611) 423.590.896 435.273.759 (15.904.657) 419.369.102
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 795.780.499 21.417.790 817.198.289 687.003.887 24.596.302 711.600.189

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

1) Ver nota 1.1. do anexo.

SONAE CAPITAL, SGPS, SA

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS PRÓ-FORMA 1ociados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
DE RESULTADOS POR NATUREZAS

PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

(Montantes expressos em Euros)

31.12.2007 31.12.2006
Notas Actividades
Continuadas
Actividades
Descontinuadas
Total Acumulado Actividades
Continuadas
Actividades
Descontinuadas
Total Acumulado
Proveitos operacionais:
Vendas 34 94.811.629 (12.963.877) 81.847.752 75.999.212 (11.813.791) 64.185.421
Prestações de serviços 34 102.465.562 117.831.872 220.297.434 89.415.020 112.940.953 202.355.973
Outros proveitos operacionais 35 8.202.339 33.345.161 41.547.500 11.668.066 39.811.627 51.479.693
Total de proveitos operacionais 205.479.530 138.213.156 343.692.686 177.082.298 140.938.789 318.021.087
Custos operacionais
Custo das vendas 14 (51.004.254) 10.154 (50.994.100) (45.365.539) 190.933 (45.174.606)
Variação da produção 32.409.338 28.901 32.438.239 8.520.490 44.159 8.564.649
Fornecimentos e serviços externos 36 (132.258.568) (123.102.014) (255.360.582) (98.896.244) (124.055.037) (222.951.281)
Custos com o pessoal 37 (38.554.407) (6.440.066) (44.994.473) (33.774.700) (6.520.011) (40.294.711)
Amortizações e depreciações 9 e 10 (7.324.129) (275.995) (7.600.124) (5.794.081) (229.515) (6.023.596)
Provisões e perdas por imparidade 31 (722.729) (879.229) (1.601.958) (3.293.034) (671.965) (3.964.999)
Outros custos operacionais 38 (6.401.846) (1.410.454) (7.812.300) (6.822.109) (155.927) (6.978.036)
Total de custos operacionais (203.856.595) (132.068.703) (335.925.298) (185.425.217) (131.397.363) (316.822.580)
Resultados operacionais 1.622.935 6.144.453 7.767.388 (8.342.919) 9.541.426 1.198.507
Custos e perdas financeiras (17.053.855) 2.207.654 (14.846.201) (9.410.992) 1.504.393 (7.906.599)
Proveitos e ganhos financeiros 7.055.704 368.617 7.424.321 7.451.947 111.265 7.563.212
Resultados financeiros 39 (9.998.151) 2.576.271 (7.421.880) (1.959.045) 1.615.658 (343.387)
Resultados relativos a empresas associadas 12 857.332 - 857.332 4.955.450 - 4.955.450
Resultados relativos a investimentos 40 12.141.976 (58.838) 12.083.138 3.548.988 - 3.548.988
Resultado antes de impostos 4.624.092 8.661.886 13.285.978 (1.797.526) 11.157.084 9.359.558
Imposto sobre o rendimento 41 4.809.155 (2.246.998) 2.562.157 (1.537.415) (2.801.022) (4.338.437)
Resultado depois de impostos 9.433.247 6.414.888 15.848.135 (3.334.941) 8.356.062 5.021.121
Resultado consolidado do exercício 42 9.433.247 6.414.888 15.848.135 (3.334.941) 8.356.062 5.021.121
Atribuível a:
Accionistas da Empresa-Mãe 44 8.579.431 6.414.888 14.994.319 (6.166.995) 8.356.062 2.189.067
Interesses minoritários 22 853.816 - 853.816 2.832.054 - 2.832.054
Resultados por acção
Básico 44 0,034318 0,025660 0,059977 (0,024668) 0,033424 0,008756
Diluído 44 0,034318 0,025660 0,059977 (0,024668) 0,033424 0,008756

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

1) Ver nota 1.1. do anexo.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS PRÓ-FORMA 1ÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM31 DE DEZEMBRO DE 2007 E DE 2006

(Montantes expressos em Euros)

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36.7
58.8
32
393
.607
.393

1) Ver nota 1.1. do anexo.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS PERÍODOS DE DOZE MESES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E DE 2006

(Montantes expressos em euros)

31.Dezembro.2007 31.12.2006 PRO FORMA
Actividades
Continuadas
Actividades
Descontinuadas
Total Acumulado Actividades
Continuadas
Actividades
Descontinuadas
Total Acumulado
ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Notas
Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
215.997.007
(186.808.364)
(38.373.599)
107.704.776
(89.848.687)
(6.523.632)
323.701.783
(276.657.051)
(44.897.231)
170.985.569
(136.702.277)
(34.757.165)
120.510.832
(89.436.033)
(6.315.309)
291.496.401
(226.138.310)
(41.072.474)
Fluxos gerados pelas operações (9.184.956) 11.332.457 2.147.501 (473.873) 24.759.490 24.285.617
Pagamento/recebimento de imposto sobre o rendimento
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional
(6.398.314)
8.136.559
16.036
(402.809)
(6.382.278)
7.733.750
(2.044.523)
8.816.509
(1.042.112)
(3.925.667)
(3.086.635)
4.890.842
Fluxos das actividades operacionais (1) (7.446.711) 10.945.684 3.498.973 6.298.113 19.791.711 26.089.824
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas e propriedades de investimento
Imobilizações incorpóreas
Juros e proveitos similares
Empréstimos concedidos
Dividendos
Outros
45 114.899.762
22.381.443
-
8.184.461
70.504.378
2.717.872
(11.200.000)
121.705
-
351.942
-
-
-
103.699.762
22.503.148
8.536.403
70.504.378
2.717.872
25.361.734
22.007.666
12.292
5.810.490
124.027.982
6.614.841
6.607
-
188.193
-
111.265
-
(4.189.161)
-
25.361.734
22.195.859
12.292
5.921.755
124.027.982
2.425.680
6.607
218.687.916 (10.726.353) 207.961.563 183.841.612 (3.889.703) 179.951.909
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas e propriedades de investimento
Imobilizações incorpóreas
Empréstimos concedidos
Outros
45 (80.159.253)
(83.324.197)
(335.284)
(10.143.067)
-
(505.869)
-
-
-
(80.159.253)
(83.830.066)
(335.284)
(10.143.067)
(142.955.330)
(96.127.556)
(570.044)
(39.315.940)
-
-
(4.197.774)
18.812
-
-
(142.955.330)
(100.325.330)
(551.232)
(39.315.940)
-
(173.961.801) (505.869) (174.467.670) (278.968.870) (4.178.962) (283.147.832)
Fluxos das actividades de investimento (2) 44.726.115 (11.232.222) 33.493.893 (95.127.258) (8.068.665) (103.195.923)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Aumento de capital, prestações suplementares e prémios de emissão
111.024.639
30.820.921
-
-
111.024.639
30.820.921
157.407.175
14.344.072
(13.958.100)
-
143.449.075
14.344.072
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Juros e custos similares
Reduções de capital e prestações suplementares
Dividendos
Aquisições de acções (quotas) próprias
Outros
141.845.560
(130.481.852)
(19.227.620)
-
-
-
(1.004.006)
-
(1.690.000)
2.160.383
-
-
-
-
141.845.560
(132.171.852)
(17.067.237)
(1.004.006)
171.751.247
(60.672.929)
(8.766.097)
-
-
-
-
(13.958.100)
-
1.472.114
-
-
-
-
157.793.147
(60.672.929)
(7.293.983)
(150.713.478) 470.383 (150.243.095) (69.439.026) 1.472.114 (67.966.912)
Fluxos das actividades de financiamento (3) (8.867.918) 470.383 (8.397.535) 102.312.221 (12.485.986) 89.826.235
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3)
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período
28.411.486
494.239
13.086.955
183.845
195.096
28.595.331
494.239
13.282.051
13.483.076
(63.594)
(459.715)
(762.940)
958.036
12.720.136
(63.594)
498.321
Caixa e equivalentes cindidos - - -
Caixa e seus equivalentes no fim do período 20 41.004.202 378.941 41.383.143 13.086.955 195.096 13.282.051

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

SONAE CAPITAL, SGPS, SA

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E DE 2006

(Montantes expressos em euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A SONAE CAPITAL, SGPS, SA ("Empresa" ou "Sonae Capital") tem a sua sede no Lugar do Espido, Via Norte, Apartado 3053, 4471-907 Maia, Portugal, sendo a empresa-mãe de um universo de empresas conforme indicado nas Notas 5 a 7 ("Grupo Sonae Capital") e foi constituída por escritura pública de 14 de Dezembro de 2007 em resultado do destaque da participação da SC, SGPS, S.A. (anteriormente denominada Sonae Capital, SGPS, S.A) através de cisão simples do Grupo Sonae, cujo projecto foi aprovado pelo Conselho de Administração da Sonae, SGPS, SA em 8 de Novembro de 2007 e pela sua Assembleia Geral de 14 de Dezembro de 2007.

A carteira de negócios da Sonae Capital encontra-se reorganizada de acordo com o seu objectivo estratégico, assente no desenvolvimento de dois ramos de actividade distintos e autónomos:

  • A primeira área de actividade, liderada pela Sonae Turismo, SGPS, SA, desenvolve negócios enquadrados no sector do turismo, através da promoção, gestão e comercialização de resorts turísticos, no sector imobiliário, através da promoção e comercialização de empreendimentos residenciais de alta qualidade, no sector hoteleiro, através da detenção e gestão de unidades hoteleiras, e no sector dos serviços, nos segmentos de restauração, catering e gestão de eventos, e health & fitness;
  • A segunda área de actividade, liderada pela Spred, SGPS, SA (anteriormente denominada Publimeios, SGPS, S.A.) empresa dominada integralmente pela Sonae Capital, empresa vocacionada para o investimento em participações em três vertentes: identificação de novas oportunidades de negócio em sectores emergentes ou em reestruturação; detenção e gestão de negócios com potencial de desenvolvimento futuro, sempre que adequado, em parceria com operadores especializados; e a gestão de uma carteira de participações de cariz financeiro.

1.1. Demonstrações Financeiras Consolidadas Pró-forma

Tendo em consideração que a Sonae Capital foi constituída por cisão simples da participação financeira detida pela Sonae, SGPS, S.A. no capital social da SC, SGPS, S.A. (anteriormente denominada Sonae Capital SGPS, S.A.) não foram apresentadas demonstrações financeiras consolidadas históricas desta sociedade. Adicionalmente, a SC, SGPS, S.A. não divulgava as suas demonstrações financeiras consolidadas dado que estava dispensada de as elaborar por ser integralmente detida pela Sonae, SGPS, S.A.

Dado que em substância, a actividade relativa aos exercícios de 2006 e 2007 das empresas que constituíam o Grupo Sonae Capital não foi alterada pela operação de cisão acima referida, as demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e a informação comparativa relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, foram preparadas no presuposto de que aquelas empresas já se encontravam numa relação de Grupo, tendo em consideração os pressupostos e critérios abaixo referidos.

Para efeitos de inclusão no prospecto de admissão à negociação de acções representativas do capital social da Sonae Capital, SGPS, S.A.e por forma a apresentar informação financeira consolidada histórica da Sonae Capital foram elaboradas demonstrações financeiras consolidadas pró-forma reportadas a 30 de Junho de 2007 e a 31 de Dezembro de 2006 e de 2005.

As demonstrações financeiras consolidadas de 2007 foram elaboradas com base nos pressupostos já anteriormente considerados para o prospecto de admissão à negociação de acções representativas do capital social da Sonae Capital, S.G.P.S.,S.A., bem como considerando o reflexo da ocorrência do acordo celebrado entre a SC- Engenharia e Promoção Imobiliária, S.G.P.S.,S.A. e a empresa Soares da Costa Construções, S.G.P.S.,S.A., para a alienação, a título definitivo, das acções que representam a totalidade do capital social da Contacto - Sociedade de Construções,S.A., contrato esse que já se concretizou no dia 21 de Fevereiro de 2008 (operações consideradas como descontinuadas no âmbito da IFRS 5 - tendo sido também considerado o efeito ao nível do Balanço consolidado pró-forma em 31 de Dezembro de 2006)

Os balanços consolidados reportados a 31 de Dezembro de 2007 e 2006, reflectem os efeitos da alienação da Contacto-Sociedade de Construções, S.A..

Conforme definido na norma internacional IFRS 5, e de modo a assegurar a comparabilidade entre 2007 e 2006, nas demonstrações de resultados consolidados e dos fluxos de caixa consolidados são apresentadas separadamente:

  • Operações continuadas: que incluem os seguintes segmentos Spred, Turismo e Holding e outras;
  • Operações descontinuadas: que incluem a Contacto e a reposição dos intra-grupos das restantes empresas do perímetro com a Contacto;
  • Total das operações: que inclui as operações continuadas e descontinuadas.

Estas demonstrações financeiras consolidadas pró-forma resultam da adopção dos seguintes critérios:

  • Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IFRS") em vigor em 1 de Janeiro de 2006 e 2007 relativamente aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 31 de Dezembro de 2007, respectivamente.
  • As demonstrações financeiras consolidadas pró-forma apresentadas foram elaboradas reportando a operação de cisão a 1 de Janeiro de 2004, início do período comparativo mais antigo apresentado no prospecto de admissão á negociação das acções representativas do capital social da Sonae Capital, S.G.P.S., S.A..
  • Dado que a operação de cisão simples constitui uma transacção entre entidades sob controlo comum representando uma reorganização do portfólio de negócios da Sonae, SGPS, S.A. e dado que na data de destaque dos direitos de cisão os accionistas da Sonae Capital, SGPS, S.A. eram idênticos aos da Sonae, SGPS, S.A., foi utilizado o método da comunhão de interesses ("pooling of interests") tendo em consideração o previsto no IAS 8. De acordo com este método:

  • Os activos e passivos cindidos foram registados pelo valor contabilístico que apresentavam nas demonstrações financeiras consolidadas da Sonae, SGPS, S.A.;

  • As transacções e fluxos de caixa foram apresentados pelos mesmos montantes que eram apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas da Sonae, SGPS, S.A.;

  • Foram repostos os saldos e transacções intra-grupo das empresas incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas com as restantes empresas do Grupo Sonae;

  • A diferença entre o valor nominal das acções emitidas em resultado do processo de cisão (250.000.000 Euros) acrescido da Reserva de Cisão criada (132.638.253 Euros) e o valor dos activos líquidos cindidos é apresentada em capital próprio;

  • Foram excluídas destas demonstrações financeiras consolidadas pró-forma todas as filiais e associadas detidas directa ou indirectamente pela SC, SGPS, S.A. (anteriormente denominada Sonae Capital, SGPS, S.A.) que em 1 de Outubro de 2007, data a que se reporta a cisão, não eram participadas da Sonae Capital directa ou indirectamente (não foram objecto de cisão) e que não se relacionavam com a actividade da Grupo após aquela data. Os valores de investimentos financeiros e empréstimos concedidos a estas filiais registados nas demonstrações financeiras individuais das empresas incluidas na consolidação (Nota 5) e os resultados da sua alienação, bem como os dividendos por si gerados, foram eliminados por contrapartida de capitais próprios em 2006 e 2007;

  • As filiais adquiridas directa ou indirectamente pela SC, SGPS, SA em data posterior a 1 de Janeiro de 2004, foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pró-forma a partir da data da sua aquisição, que no caso de terem sido adquiridas ao Grupo Sonae se considera a data da sua aquisição por esta;

  • O registo dos activos e passivos incluindo o valor das diferenças de consolidação relativas a filiais da SC, SGPS, SA adquiridas ao Grupo Sonae em data posterior a 1 de Janeiro de 2004 foi efectuado por contrapartida de capitais próprios na rubrica Ajustamentos Pró-forma. No momento da aquisição efectiva das referidas filiais e associadas, pela SC, SGPS, SA o montante do preço de aquisição foi igualmente registado por contrapartida de capitais próprios;

  • Tendo em consideração o objectivo de elaboração destas demonstrações financeiras pró-forma, foram ainda excluídas da consolidação todas as filiais e associadas que, embora detidas pela Sonae Capital a 1 de Outubro de 2007, à data da emissão destas demonstrações financeiras tinham já sido objecto de alienação. Relativamente a estas participações foram seguidos os procedimentos referidos no ponto 5 acima .

As filiais excluídas para alienação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 são as seguintes:

Percentagem de capital detido
À data da alienação 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Filiais alienadas até 31 de Dezembro de 2006
Imoplamac Gestão de Imóveis, SA Santarém 100,00% 100,00%
Somit-Soc.Mad.Ind.Transformadas,
SA
Oliveira do Hospital 100,00% 100,00%
Filiais alienadas até 31 de Dezembro de 2007
Casa Agrícola João e António
Pombo, SA
Portel 66,67% 66,67% 66,67% 32,67%
Elmo SGPS, SA Maia 60,00% 60,00% 100,00% 100,00%
Esprit du Monde, SA Portel 100,00% 66,67% 100,00% 32,67%
Iginha-Sociedade Imobiliária, SA Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 49,00%
Ipaper-Industria Papeis
Impregnados, SA
Maia 51,00% 24,99% 51,00% 24,99%
Leroy Gabon, SA Libreville (Gabão) 99,99% 99,99% 99,99% 99,99%
Placage d'Okoumé du Gabon Libreville (Gabão) 99,88% 99,88% 99,88% 99,88%
Plysorol Contreplaques, SAS França 100,00% 60,00% 100,00% 100,00%
Plysorol SAS Niort (França) 100,00% 60,00% 100,00% 100,00%
Safira Services-Limpeza Espaços
Verd., SA
Porto 51,00% 25,55% 51,00% 25,55%
Espimaia -Sociedade Imobiliária, SA Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Isoroy Casteljaloux Casteljaloux
(França)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
MDS - Corretores de Seguros, SA Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sonae RE, SA Luxemburgo 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

As associadas excluídas para alienação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 são as seguintes:

Percentagem de capital detido
À data da alienação 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Total
Total
Associadas alienadas até 31 de Dezembro de 2007
Interclean, SA Brasil 12,77% 12,77%
Developpement & Partenariat
Assurances, SA
Paris (França) 35,00% 35,00%
Lazam Corretora, Ltda Brasil 45,00% 45,00%
Cooper Gay ( Holding) Limited UK 13,68% 13,68%

As seguintes empresas foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pró-forma embora não fossem detidas directamente ou indirectamente pela SC, SGPS, SA

FIRMA Sede Social
Filiais adquiridas até 31 de Dezembro de 2006
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda Lagos
1) Aquapraia Investimentos Turísticos, SGPS, SA Lisboa
Aquapraia-Investimentos Turísticos, SA Grândola
Bloco Q-Sociedade Imobiliária, SA Porto
Bloco W-Sociedade Imobiliária, SA Matosinhos
2) Campimeios - Sociedade Imobiliária, SA Maia
Casa da Ribeira - Hotelaria e Turismo, SA Marco de Canaveses
1) Gestholdings-SGPS, SA Porto
Golf Time - Golfe e Inv.Turisticos, SA Porto
Imoareia Investimentos Turisticos, SGPS, SA Matosinhos
Imoferro-Soc.Imobiliária, SA Maia
Imopenínsula - Sociedade Imobiliária, SA Grândola
Imoponte-Soc.Imobiliaria, SA Maia
Imoresort - Sociedade Imobiliária, SA Grândola
Insulatroia - Sociedade Imobiliária, SA Grândola
Integrum-Serviços Partilhados, SA Maia
Marimo -Exploração Hoteleira Imobiliária, SA Grândola
Marina de Troia, SA Troia
Marina Magic - Exploração de Centros Lúd, SA Lisboa
Marmagno-Expl.Hoteleira Imob., SA Grândola
Marvero-Expl.Hoteleira Imob., SA Grândola
Partnergiro-Empreendimentos Turisticos, SA Maia
SII - Soberana Investimentos Imobiliários, SA Grândola
Solinca III-Desporto e Saúde, SA Lisboa
1) Solinca Lazer,SGPS, SA Porto
Solinca-Investimentos Turísticos, SA Porto
Solinfitness - Club Malaga, SL Malaga (Espanha)
Soltroia-Imob.de Urb.Turismo de Troia, SA Lisboa
Sonae Turismo - SGPS, SA Porto
Sonae Turismo Gestão e Serviços, SA Porto
Sontur, BV Amesterdão (Holanda)
Troiaresort - Investimentos Turisticos, SA Grândola
Troiaverde-Expl.Hoteleira Imob., SA Grândola
Tulipamar-Expl.Hoteleira Imob., SA Grândola
Venda Aluga-Sociedade Imobiliária, SA Maia
World Trade Center Porto, SA Porto
Filiais adquiridas até 31 de Dezembro de 2007
Atlantic Ferries - Traf.Loc.Flu.e Marit., SA Grândola
Investalentejo, SGPS, SA Vila de Conde
Sete e Meio - Investimentos e Consultadoria, SA Grândola
Sete e Meio Herdades - Investimentos Agricolas e Turismo, SA Grândola

1) Filial absorvida por fusão na Sonae Turismo - SGPS, SA em 2006;

2) Filial dissolvida em 2006.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas são as seguintes:

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IFRS" – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – "IAS") emitidas pelo "International Accounting Standards Board" ("IASB") e Interpretações emitidas pelo "International Financial Reporting Interpretations Committee" ("IFRIC") ou pelo anterior "Standing Interpretations Committee" ("SIC"), em vigor em 1 de Janeiro de 2007.

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 5 a 7) no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, excepto para os instrumentos financeiros que se encontram registados ao justo valor (Nota 2.12).

Durante o exercício de 2007 foi aplicada pela primeira vez a IFRS 7 - "Instrumentos Financeiros" cuja aplicação é obrigatória para os exercícios com início em 1 de Janeiro de 2007 e as correspondentes alterações ao IAS 1- "Apresentação das Demonstrações Financeiras". A aplicação destas normas resultou no acréscimo de informação divulgada ao nível dos instrumentos financeiros utilizados no Grupo.

Adicionalmente, e a partir de 1 de Janeiro de 2007, entraram em vigor quatro Interpretações: (i) IFRIC 7 - "Adopção do método de reexpressão segundo a IAS 29 - Reporte Financeiro em Economias Hiperinflacionárias"; (ii) IFRIC 8 - "Âmbito do IFRS 2"; (iii) IFRIC 9 - "Reavaliação dos Derivados Embutidos" e (iv) IFRIC 10 - "Demonstrações Financeiras Intercalares e Imparidades. A aplicação destas interpretações não teve impacto relevante nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2007.

Por último, à data da emissão destas demonstrações financeiras, tinham sido emitidas as seguintes normas e interpretações, cuja aplicação ainda não era obrigatória e cuja ratificação pela União Europeia ainda não ocorreu:

  • Revisão da IAS 23 "Custos de empréstimos obtidos"- (obrigatória a 1 de Janeiro de 2009);
  • Revisão da IFRS 3 "Concentrações empresariais" (obrigatória a 1 de Julho de 2009);
  • IFRS 8 "Segmentos Operacionais" (obrigatória a 1 de Janeiro de 2009) já ratificada pela União Europeia;
  • IFRIC 11 "IFRS 2 Grupos e Transacções com base em acções";
  • IFRIC 12 "Acordos sobre Serviços de Concessão" (obrigatória a 1 de Janeiro de 2008);
  • IFRIC 13 "Programas de Fidelização de Clientes" (obrigatória a 1 de Julho de 2008);
  • IFRIC 14 "IAS 19 Os limites de um plano de benefícios definidos" (Obrigatória a 1 de Janeiro de 2008);

A aplicação destas normas e interpretações não é obrigatória para o exercício com ínicio a 1 de Janeiro de 2007, tendo o Grupo decidido não adoptar antecipadamente as mesmas. Da aplicação destas normas e interpretações não resultarão efeitos materiais nas demonstrações financeiras futuras do Grupo, com excepção do IFRS 8.

O Grupo optou por não efectuar nenhuma divulgação adicional relacionada com a IAS 11- Contratos de construção pelo facto de a única actividade que se enquadra nessa área de negócio ser a Contacto Sociedade de Construções, SA, a qual foi considerada como actividade descontinuada pelo motivos indicados na nota 1.1

2.2. Princípios de consolidação

São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo:

a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas, pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas é apresentado separadamente no balanço consolidado e na demonstração de resultados consolidada, respectivamente, na rubrica Interesses minoritários. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras encontram-se detalhadas na Nota 5.

Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.

Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação (Nota 2.2.c)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor de activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do período, após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.

Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.

Os investimentos financeiros em empresas do Grupo excluídas da consolidação são apresentados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade (Nota 7).

Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. As entidades nessas situações, quando existam, são incluídas na Nota 5.

b) Investimentos financeiros em empresas associadas e em empresas controladas conjuntamente

Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém quer o controlo quer o

controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos representando

entre 20% e 50% do capital de uma empresa) e em empresas controladas conjuntamente são registados pelo método da equivalência patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de ganhos ou perdas do período, e pelos dividendos recebidos.

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas são reconhecidas como diferenças de consolidação e mantidas no valor de investimento financeiro em associadas (Nota 2.2.c)). Se essas diferenças forem negativas são registadas como proveito do período na rubrica Resultados relativos a empresas associadas, após reconfirmação do justo valor atribuído.

É feita uma avaliação dos investimentos em associadas e empresas controladas conjuntamente quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir são objecto de reversão.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada ou empresa controlada conjuntamente, excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada.

Os ganhos não realizados em transacções com associadas ou empresa controlada conjuntamente são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada ou no empreendimento conjunto por contrapartida do investimento nessa mesma associada ou empreendimento conjunto. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de

Os investimentos financeiros em empresas associadas e empresas controladas conjuntamente encontram-se detalhados na Nota 6.

c) Diferenças de consolidação

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo, empresas controladas conjuntamente e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, se positivas, foram registadas na rubrica Diferenças de consolidação (Nota 11) ou mantidas na rubrica Investimentos em empresas associadas e em empresas controladas conjuntamente (Nota 6). As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sediadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição, encontram-se registadas na moeda funcional dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de reporte do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica Reserva de conversão cambial.

O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se existem perdas por imparidade. A quantia recuperável é determinada com base nos planos de negócio utilizados pela gestão do Grupo ou por relatórios de avaliação elaborados por entidades independentes. As perdas por imparidade das diferenças de consolidação constatadas no período são registadas na demonstração de resultados do período na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

As perdas por imparidade relativas a diferenças de consolidação não podem ser revertidas.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo, empresas controladas conjuntamente e empresas associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, se negativas, são reconhecidas como proveito na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos identificáveis.

Diferenças de consolidação anteriores à data de transição

As diferenças de consolidação originadas em aquisições anteriores à data de transição para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram mantidas pelos valores apresentados de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, ajustados pelos activos incorpóreos não aceites pelos IFRS, e objecto de testes de imparidade, sendo os impactos desses ajustamentos registados em Resultados Transitados, conforme IFRS 1. No caso de filiais estrangeiras, as diferenças de consolidação foram reexpressas na moeda funcional de cada filial, retrospectivamente. As diferenças cambiais geradas no processo de conversão foram registadas em Resultados transitados (IFRS 1).

d) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras incluíndo o valor das diferenças de consolidação são convertidos para euros utilizando as taxas de câmbio à data do balanço e os custos e proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no período. A diferença cambial resultante, gerada após 1 de Janeiro de 2004, é registada no capital próprio na rubrica de Reserva de conversão cambial. As diferenças cambiais geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) foram anuladas por contrapartida de Resultados transitados.

As diferenças de consolidação e os ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para euros de acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do período.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação.

As cotações utilizadas na conversão para euros das contas das filiais, empresas controladas conjuntamente e empresas associadas estrangeiras foram as seguintes:

31.12.2007 31.12.2006
Final do período Média do período Final do período Média do período
Libra Inglesa 1,36361 1,46209 1,48920 1,46704
Real Brasileiro 0,38516 0,37577 0,35564 0,36658

Fonte: Bloomberg

2.3. Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

As perdas de imparidade detectadas no valor de realização do imobilizado corpóreo, são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rúbrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos
Edifícios e outras construções 10 a 50
Equipamento básico 10 a 20
Equipamento de transporte 4 a 5
Ferramentas e utensílios 4 a 8
Equipamento administrativo 3 a 10
Outras imobilizações corpóreas 4 a 8

As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem.

As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/promoção, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido

contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.

2.4. Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do período em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização, pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado, o qual corresponde a um periodo compreendido entre 3 a 6 anos, e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

2.5. Locações

Locações em que o Grupo age como locatário

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens

inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

Locações em que o Grupo age como locador

Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.

2.6. Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação

São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.

2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

2.8. Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.

2.9. Existências

As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.

2.10. Contratos de construção

Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.

Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.

Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.

2.11. Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.12. Instrumentos financeiros

O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.

a) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

  • Investimentos detidos até ao vencimento
  • Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
  • Investimentos disponíveis para venda

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.

O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.

Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.

Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.

c) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

  • a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
  • se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
  • se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

d) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

e) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

f) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

g) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As

alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica

Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.

Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos

separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os

contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

h) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras

aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.

2.13. Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,

ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.17. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos e provisões;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20. Informação por segmentos

Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.

A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.

3. Gestão de risco financeiro

3.1. Riscos de Mercado

a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA

Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.

Considerando que:

  • a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;

  • em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.

a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.

Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:

  • os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;

  • os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;

  • o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;

  • a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;

  • Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;

  • Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;

  • Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.

b) Risco de Taxa de Juro - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).

c) Risco de Taxa de Câmbio

O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.

Relativamente ao risco de translação, uma vez que a quase totalidade dos capitais próprios e empréstimos a participadas são denominados em euros, não existe exposição material a este risco.

Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.

Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.

d) Outros Risco de Preço

O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.

3.2. Risco de Crédito

O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.

  • Crédito sobre Clientes: A gestão de risco de crédito da Sonae Capital está estruturada nas necessidades próprias dos negócios que integram o Grupo tendo, em constante consideração:

a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,

b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;

c. uma regular monitorização das contas de cliente;

d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;

e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito

  • Instituições Financeiras : O risco de crédito está associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições financeiras, com as quais o Grupo tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, o Grupo:

a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;

b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,

c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);

d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.

  • Operações Compra/Venda participações : No desenvolvimento da sua actividade o Grupo está exposto ao risco de crédito das contrapartes com as quais estabelece operações sobre participações sociais. Nestes casos, os mecanismos de mitigação de risco são determinados casuísticamente, de forma a acomodar as características da operação em estruturação, com a supervisão constante do Conselho de Administração. Apesar da variabilidade dos mecanismos utilizados, existe sempre o recurso a métodos normalmente utilizados no mercado, nomeadamente a realização de due dilligences , obtenção de informação financeira relativa à contraparte da operação, entrega do activo condicionada à liquidação financeira da operação.

3.3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.

Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:

  • Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

  • Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;

  • Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;

  • Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;

  • Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Sonae Capital SGPS, SA Maia MÃE MÃE MÃE MÃE
Turismo
Águas Furtadas - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda a) Lagos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Aquapraia-Investimentos Turísticos,
SA
a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Azulino Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Bloco Q-Sociedade Imobiliária, SA a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Bloco W-Sociedade Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Casa da Ribeira - Hotelaria e
Turismo, SA
a) Marco de
Canaveses
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Centro Residencial da Maia,Urban.,
SA
a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Cinclus Imobiliária, SA a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Country Club da Maia-Imobiliaria, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Empreend.Imob.Quinta da Azenha,
SA
a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Fundo de Investimento Imobiliário
Fechado Imosede
a) Maia 57,84% 57,84% 66,19% 66,19%
Golf Time - Golfe e Inv.Turisticos, SA a) Porto 75,00% 75,00% 75,00% 75,00%
Imoareia Investimentos Turisticos,
SGPS, SA
a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imobiliária da Cacela, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imoclub-Serviços Imobiliários, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imodivor - Sociedade Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imoferro-Soc.Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imohotel-Emp.Turist.Imobiliários, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imopenínsula - Sociedade
Imobiliária, SA
a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imoponte-Soc.Imobiliaria, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imoresort - Sociedade Imobiliária,
SA
a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imosedas-Imobiliária e Serviços, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Implantação - Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Insulatroia - Sociedade Imobiliária,
SA
a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Investalentejo, SGPS, SA a) Vila de Conde 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Marimo -Exploração Hoteleira
Imobiliária, SA
a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Marina de Troia, SA a) Troia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Marina Magic - Exploração de
Centros Lúd, SA
a) Lisboa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Marmagno-Expl.Hoteleira Imob., SA a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Martimope - Sociedade Imobiliária,
SA
a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Marvero-Expl.Hoteleira Imob., SA a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Partnergiro-Empreendimentos
Turisticos, SA
a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Porturbe-Edificios e Urbanizações, a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
SA
Praedium II-Imobiliária, SA
a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Praedium III-Serviços Imobiliários, a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
SA
Praedium-SGPS, SA
a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Prédios Privados Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Predisedas-Predial das Sedas, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Promessa Sociedade Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Promosedas-Prom.Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sete e Meio - Investimentos e
Consultadoria, SA
Sete e Meio Herdades -
a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Investimentos Agricolas e Turismo,
SA
a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
SC - Engenharia e Promoção
Imobiliária, SGPS, SA
SII - Soberana Investimentos
a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imobiliários, SA a) Grândola
Amesterdão
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Soconstrução, BV
Soira-Soc.Imobiliária de Ramalde,
a) (Holanda) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
SA a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Solinca III-Desporto e Saúde, SA a) Lisboa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Solinca-Investimentos Turísticos, SA a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Solinfitness - Club Malaga, SL a) Malaga (Espanha) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Soltroia-Imob.de Urb.Turismo de
Troia, SA
a) Lisboa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sonae Turismo - SGPS, SA a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sonae Turismo Gestão e Serviços,
SA
a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sontur, BV a) Amesterdão
(Holanda)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sótaqua - Soc. de Empreendimentos
Turist, SA
a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Spinveste - Promoção Imobiliária,
SA
a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Spinveste-Gestão Imobiliária SGII,
SA
a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Torre São Gabriel-Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Troiaresort - Investimentos a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Turisticos, SA
Troiaverde-Expl.Hoteleira Imob., SA
a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Tulipamar-Expl.Hoteleira Imob., SA a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Urbisedas-Imobiliária das Sedas, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Venda Aluga-Sociedade Imobiliária, a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
SA
World Trade Center Porto, SA
a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Spred
Atlantic Ferries - Traf.Loc.Flu.e
Marit., SA
a) Grândola 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Box Lines Navegação, SA a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Contacto - Sociedade de a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Construções, SA
Contacto Concessões, SGPS, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Cronosaúde – Gestão Hospitalar, SA a) Porto 100,00% 50,00% 100,00% 100,00%
Friengineering, SA a) São Paulo (Brasil) 100,00% 70,00% 100,00% 50,10%
Inparvi SGPS, SA
Integrum-Serviços Partilhados, SA
a)
a)
Maia
Maia
100,00%
100,00%
100,00%
70,00%
100,00%
100,00%
100,00%
35,07%
Invsaúde - Gestão Hospitalar, SA a) Maia 100,00% 50,00% 100,00% 100,00%
4) Libra Serviços, Lda a) Funchal 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
PJP - Equipamento de Refrigeração,
Lda a) Matosinhos 100,00% 70,00% 100,00% 35,07%
1) Spred SGPS, SA
Saúde Atlântica - Gestão Hospitalar,
a) Maia 100,00% 100,00% 50,10% 50,10%
SA
SC Insurance Risks Services, SGPS,
a) Maia 50,00% 50,00% 100,00% 100,00%
SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Selfrio,SGPS, SA a) Matosinhos 70,00% 70,00% 70,00% 35,07%
Selfrio-Engenharia do Frio, SA
Sistavac-Sist.Aquecimento,V.Ar C.,
a) Matosinhos 100,00% 70,00% 100,00% 35,07%
SA a) Matosinhos 100,00% 70,00% 100,00% 35,07%
SKK-Central de Distr., SA a) Porto 100,00% 70,00% 100,00% 35,07%
SKKFOR - Ser. For. e Desen. de
Recursos, SA
a) Maia 100,00% 70,00% 96,00% 33,67%
SMP-Serv. de Manutenção
Planeamento, SA
a) Matosinhos 100,00% 70,00% 100,00% 35,07%
Société de Tranchage Isoroy SAS a) Honfleur (França) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Société des Essences Fines Isoroy a) Honfleur (França) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sopair, SA a) Madrid (Espanha) 100,00% 70,00% 60,00% 30,06%
Spinarq, SA a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Textil do Marco, SA a) Marco de
Canaveses
90,37% 90,37% 90,37% 90,37%
3) 5) Vistas do Freixo
Emp.Tur.imobiliárias,SA
a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Outras

2) DMJB, SGPS, SA a) Maia 100,00% 100,00% - -
Interlog-SGPS, SA a) Lisboa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
2) Pargeste SGPS, SA Maia 89,99% 89,99% 40,00% 40,00%
Rochester Real Estate, Ltd a) Kent (U.K.) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
SC-Consultadoria,SA a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
SC-S.G.P.S., SA a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sonae Financial Participations, BV a) Amesterdão
(Holanda)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sonae International, Ltd a) Londres (U.K.) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

a) Controlo detido por maioria dos votos;

1) Ex - Publimeios-Soc.Gestora Part. Finan., SGPS, SA;

2) Filial adquirida no periodo;

3) Ex - NAB, Sociedade Imobiliária ,SA

4) Filial alienada no período;

5) Filial incluída no segmento Turismo, no período anterior.

Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral, conforme indicado na Nota 2.2.a).

6. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E EMPRESAS CONJUNTAMENTE CONTROLADAS

As empresas associadas e conjuntamente controladas, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007
31.Dezembro.2006
Valor de Balanço
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Turismo
Andar - Sociedade Imobiliária, SA Maia 50,00% 50,00% 50,00% 50,00% - -
Sociedade de Construções do Chile,
SA
Lisboa 100,00% 50,00% 100,00% 50,00% - -
Sociedade Imobiliária Troia - B3, SA Grândola 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 450.631 509.674
Vastgoed One - Sociedade
Imobiliária, SA
Maia 100,00% 50,00% 100,00% 50,00% - -
Vastgoed Sun - Sociedade
Imobiliária, SA
Maia 100,00% 50,00% 100,00% 50,00% - -
Spred
CarPlus – Comércio de Automóveis,
SA
Vila Nova de Gaia 100,00% 50,00% 100,00% 50,00% - -
1) Cinclus-Plan. e Gestão de Projectos,
SA
Porto 25,00% 25,00% 100,00% 100,00% 567.259 -
Change, SGPS, SA Porto 50,00% 50,00% 50,00% 50,00% 2.035.846 2.043.244
Choice Car - Comércio de
Automóveis, SA
Porto 100,00% 50,00% 100,00% 50,00% - -
Choice Car SGPS, SA Maia 50,00% 50,00% 50,00% 50,00% 3.750.798 2.724.687
Etablissement A. Mathe, SA França 27,74% 27,74% 27,74% 27,74% 31.937 57.475
Finlog - Aluguer e Comércio de
Automóveis, SA
Matosinhos 100,00% 50,00% 100,00% 50,00% - -
Guerin – Rent a Car (Dois), Lda Lisboa 100,00% 50,00% 100,00% 50,00% - -
Lidergraf - Artes Gráficas, Lda Vila de Conde 24,50% 24,50% 25,50% 25,50% 813.764 1.153.522
Luso Assistência - Gestão de
Acidentes, SA
Porto 100,00% 50,00% 100,00% 50,00% - -
Norscut - Concessionária de Scut
Interior Norte, SA
Lisboa 25,00% 25,00% 25,00% 25,00% 1.547.478 -
Operscut - Operação e Manutenção
de Auto-estradas, SA
Lisboa 15,00% 15,00% 15,00% 15,00% 24.000 24.000
Sodesa, SA Lisboa 50,00% 50,00% 50,00% 50,00% 482.661 676.236
TP - Sociedade Térmica, SA Porto 50,00% 50,00% 50,00% 50,00% 9.281.288 7.743.929
Outras
2) Pargeste SGPS, SA Maia 89,99% 89,99% 40,00% 40,00% - 131
Total (Nota 12) 18.985.662 14.932.898

1) Em 2007, venda de 75% da participação, no entanto, já em 2006 foi considerada no consolidado como empresa associada.

2) Aquisição de 49,99% do capital social na associada, passando esta a ser incluida pelo método integral.

Os valores de balanço nulos resultam da redução do valor de aquisição por aplicação do método da equivalência patrimonial. As empresas associadas foram incluídas na consolidação pelo método da equivalência patrimonial.

Os valores agregados dos principais indicadores financeiros destas associadas, em 31 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2006, podem ser resumidos como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006

Total de Activos 1.242.669.996 1.137.102.886
Total de Passivos 1.139.976.914 1.078.942.382
Proveitos 239.497.012 194.903.389
Custos 236.175.541 194.190.613

Durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o movimento ocorrido no valor dos investimentos em associadas, foi o seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Investimentos em associadas
Saldo em 1 de Janeiro 14.932.898 9.764.314
Aquisições durante o período 5.985.283 857.316
Alienações durante o período - (500)
Equivalência patrimonial (1.634.249) 4.311.768
Cisão - -
Transferências (298.270) -
Saldo em 31 de Dezembro 18.985.662 14.932.898
Investimentos em associadas 18.985.662 14.932.898

O efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial foi de 857.332 euros em resultados relativos a empresas associadas (4.955.450 euros em 31 de Dezembro de 2006) e -2.491.581 euros de outras variações registados em reservas (-643.682 euros em 31 de Dezembro de 2006).

7. EMPRESAS DO GRUPO, EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE E EMPRESAS ASSOCIADAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO E INVESTIMENTOS DISPONIVEIS PARA VENDA

As empresas do grupo, empresas controladas conjuntamente e empresas associadas excluídas da consolidação e investimentos disponíveis para venda, suas sedes sociais, proporção do capital detido e valor de balanço em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 Valor de Balanço
FIRMA Motivo
Exclusão
Sede Social Directo Total Directo Total 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Turismo
Delphinus – Soc. de Tur. e Div. de
Tróia, SA
a) Grândola 79,00% 79,00% 79,00% 79,00% - -
1) Fun International Entertainement, SA a) Porto 50,00% 50,00% 50,00% 50,00% - -
Infratroia – Emp. de Infraest. de
Troia, E.N.
a) Grândola 25,90% 25,90% 25,90% 25,90% 64.747 64.747
Spidouro S.P.E.I. Douro e Trás-os
Montes, SA
Vila Real 8,30% 8,30% 8,30% 8,30% -
Star-Viagens e Turismo, SA Lisboa 10,00% 10,00% 10,00% 10,00% 1.550.976 1.550.976
Spred
2) Arbiworld BV Porto 100,00% 100,00% - - 9.988.577 -
3)4) Bar-Bar-Idade Glass - Serviços de
Gestão e Investimentos, SA
Porto - - 7,83% 7,83% - 12.054.632
5) Cinclus-Plan. e Gestão de Projectos,
SA
Porto 25,00% 25,00% 100,00% 100,00% - 1.962.203
Net, SA Lisboa 2,80% 2,80% 2,80% 2,80% 11.132 11.132
Sear - Sociedade Europeia de Arroz,
SA
Santiago do
Cacém
15,00% 15,00% 15,00% 15,00% 150.031 150.031
Societé Naturel de Bois Gabonais Gabão 4,24% 4,24% 4,24% 4,24% - -
4) Sonae Indústria, SGPS, SA Maia 6,80% 6,80% 6,80% 6,80% 63.320.071 71.414.143
Real Change FCR - Fundo Porto 13,33% 13,33% - - 1.800.000
Outros investimentos 300.739 506.710
Total (Nota 12) 77.186.273 87.714.574

a) Filial, empresa controlada conjuntamente ou empresa associada para a qual, à data destas demonstrações financeiras, não existe informação financeira completa relativamente ao actual período.

1) Alienação, em 2007, da totalidade da participação.

2) Filial adquirida no período, em relação à qual existem opções de compra e de venda, não tendo por isso sido incluida no consolidado.

3) Alienação em 2006 de 3,92% e em 2007 do restante capital social da participada;

4) Participação mensurada ao justo valor;

5) Alienação de 75% do capital da empresa;

Os valores de balanço nulos decorrem do registo de perdas de imparidade (ver Nota 31).

8. CLASSES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os instrumentos financeiros das actividades continuadas, de acordo com as politicas descritas na Nota 2.12, foram classificados como segue:

Activos financeiros

Nota Empréstimos e
contas a receber
Disponíveis para
venda
Investimentos
detidos até ao
vencimento
Sub-total Activos não
abrangidos pelo
IFRS 7
Total
A 31 de Dezembro de 2007
Activos não correntes
Outros investimentos 12 - 77.186.273 77.186.273 - 77.186.273
Outros activos não correntes 13 24.311.811 - - 24.311.811 - 24.311.811
24.311.811 77.186.273 0 101.498.084 - 101.498.084
Activos correntes
Clientes 15 35.322.604 - - 35.322.604 - 35.322.604
Outras dividas de terceiros 16 24.998.713 - - 24.998.713 - 24.998.713
Investimentos detidos para
negociação
12 - 499 - 499 - 499
Outros activos correntes 18 135.206 - 6.722.874 6.858.080 - 6.858.080
Caixa e equivalentes de caixa 20 43.956.550 - - 43.956.550 - 43.956.550
104.413.073 499 6.722.874 111.136.446 - 111.136.446
128.724.884 77.186.772 6.722.874 212.634.530 - 212.634.530
A 31 de Dezembro de 2006
Activos não correntes
Outros investimentos 12 - 87.714.574 - 87.714.574 - 87.714.574
Outros activos não correntes 13 28.339.120 - - 28.339.120 28.339.120
28.339.120 87.714.574 0 116.053.694 - 116.053.694
Activos correntes
Clientes 15 38.268.268 - - 38.268.268 - 38.268.268
Outras dividas de terceiros 16 48.114.281 - - 48.114.281 - 48.114.281
Outros activos correntes 18 1.235.465 - 4.139.051 5.374.516 - 5.374.516

Caixa e equivalentes de caixa 20 15.717.655 - - 15.717.655 - 15.717.655

12 - 499 - 499 - 499

103.335.669 499 4.139.051 107.475.219 - 107.475.219 131.674.789 87.715.073 4.139.051 223.528.913 - 223.528.913

Passivos financeiros

Investimentos detidos para negociação

Nota Passivos
financeiros
registados pelo
custo amortizado
Passivos não
abrangidos pelo
IFRS 7
Total
A 31 de Dezembro de 2007
Passivos não correntes
Empréstimos bancários 23 122.710.414 - 122.710.414
Emprestimos obrigacionistas 23 49.766.600 - 49.766.600
Outros empréstimos 23 18.977.172 0 18.977.172
Outros passivos não correntes 26 33.636.840 824.495 34.461.335
225.091.026 824.495 225.915.521
Passivos correntes
Empréstimos bancários 23 7.714.042 - 7.714.042
Emprestimos obrigacionistas 23 15.000.000 - 15.000.000
Outros empréstimos 23 2.036.961 - 2.036.961
Fornecedores 28 30.876.038 - 30.876.038
Outras dividas a terceiros 29 110.830.844 - 110.830.844
Outros passivos correntes 30 16.011.718 - 16.011.718
182.469.603 0 182.469.603
407.560.629 824.495 408.385.124

A 31 de Dezembro de 2006

Passivos não correntes
Empréstimos bancários 23 81.201.470 - 81.201.470
Emprestimos obrigacionistas 23 - - -
Outros empréstimos 23 5.190.235 - 5.190.235
Outros passivos não correntes 26 64.277.134 893.921 65.171.055
150.668.839 893.921 151.562.760
Passivos correntes
Empréstimos bancários 23 45.989.018 - 45.989.018
Emprestimos obrigacionistas 23 - - 0
Outros empréstimos 23 1.369.529 - 1.369.529
Fornecedores 28 29.921.201 - 29.921.201
Outras dividas a terceiros 29 166.621.733 - 166.621.733
Outros passivos correntes 30 18.963.426 - 18.963.426
262.864.907 0 262.864.907

9. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o movimento ocorrido no valor das Imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

413.533.746 893.921 414.427.667

Outras Total
Terrenos Equipamento Equipamento imobilizações Imobilizado imobilizado
e edifícios Equipamentos transporte administrativo corpóreas em curso corpóreo
Activo bruto:
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2006 207.031.628 33.285.092 1.402.993 7.566.816 4.233.661 23.605.028 277.125.218
Variações do perímetro de consolidação - - - - - - -
Investimento 43.891.868 1.189.514 545.704 520.670 104.466 61.303.300 107.555.522
Desinvestimento (20.904.543) (3.770.169) (66.564) (684.095) (378.407) (1.894.896) (27.698.674)
Variações cambiais 30.135 (231) - (659) (937) - 28.308
Transferências 7.519.426 19.321.092 (13.371) 618.041 330.529 (32.398.119) (4.622.402)
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2007 237.568.514 50.025.298 1.868.762 8.020.773 4.289.312 50.615.313 352.387.972
Variações do perímetro de consolidação - - - - - - -
Investimento 11.181.184 444.273 106.415 181.346 49.426 92.447.078 104.409.722
Desinvestimento (5.822.521) (17.656.970) (182.301) (311.549) (56.752) (398.344) (24.428.437)
Variações cambiais 24.333 776 - 2.188 3.183 - 30.480
Transferências 118.646 30.514.988 - 798.266 73.558 (64.044.176) (32.538.718)
Saldo final a 31 de Dezembro de 2007 243.070.156 63.328.365 1.792.876 8.691.024 4.358.727 78.619.871 399.861.019
Amortizações e perdas por
imparidade acumuladas
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2006 35.006.541 21.544.186 1.064.396 5.848.350 2.626.485 - 66.089.958
Variações do perímetro de consolidação - - - - - - -
Depreciações e perdas de imparid. do período 2.537.250 3.980.331 224.010 633.603 337.306 7.438 7.719.938
Desinvestimento (5.818.417) (1.473.717) (55.048) (501.579) (221.242) - (8.070.003)
Variações cambiais 4.275 - - - (1.836) - 2.439
Transferências 771.945 (62.852) (6.277) 47.053 44.680 - 794.549
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2007 32.501.594 23.987.948 1.227.081 6.027.427 2.785.393 7.438 66.536.881
Variações do perímetro de consolidação - - - - - - -
Depreciações e perdas de imparid. do período 3.184.604 3.017.031 213.767 653.173 320.661 - 7.389.236
Desinvestimento (976.736) (1.192.110) (117.733) (249.567) (37.629) (7.438) (2.581.213)
Variações cambiais - - - - 6.287 - 6.287
Transferências
Saldo final a 31 de Dezembro de 2007
(371.717)
34.337.745
(102.959)
25.709.910
(4.256)
1.318.859
(21.621)
6.409.412
(19.525)
3.055.187
-
-
(520.078)
70.831.113
Valor líquido
A 31 de Dezembro de 2006 205.066.920 26.037.350 641.681 1.993.346 1.503.919 50.607.875 285.851.091
A 31 de Dezembro de 2007 208.732.411 37.618.455 474.017 2.281.612 1.303.540 78.619.871 329.029.906

O custo de aquisição das "Imobilizações corpóreas" detidas pelo Grupo no âmbito de contratos de locação financeira, em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, ascendia a 23.206.431 euros e a 8.980.639 euros, sendo o seu valor líquido contabilístico, nessas datas, de 22.827.661 euros e de 7.995.448 euros, respectivamente (Nota 24).

Os valores mais significativos incluídos na rubrica de "Imobilizado em Curso" referem-se aos seguintes projectos:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
35.958.162 18.294.938
7.938.315 13.006.768
22.533.373 7.718.969
6.807.999 3.462.893
2.715.381 4.313.751
2.666.641 3.810.556
78.619.871 50.607.875

A rubrica "Depreciações e perdas de imparidade do periodo" inclui 48.334 euros (2.071.375 euros em 31 de Dezembro de 2006) relativos a perdas de imparidade em imobilizações corpóreas.

10. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o movimento ocorrido no valor das Imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

Outras
Propriedade imobilizações Imobilizado Total
Activo bruto: industrial Software incorpóreas em curso incorpóreo
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2006 445.431 2.220.955 35.955 235.667 2.938.008
Investimento 205.860 247.443 - 106.024 559.327
Desinvestimento - (185) - - (185)
Variações cambiais - - - - -
Transferências 2.742 (114.466) 628 (231.345) (342.441)
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2007 654.033 2.353.747 36.583 110.346 3.154.709
Investimento 34.198 27.034 - 83.779 145.011
Desinvestimento - (2.608) - - (2.608)
Variações cambiais - - - - -
Transferências 2.931 81.124 - (136.784) (52.729)
Saldo final a 31 de Dezembro de 2007 691.162 2.459.297 36.583 57.341 3.244.383
Amortizações e perdas por impar. acumuladas
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2006 265.982 1.618.676 26.371 - 1.911.029
Amortizações do período 62.850 303.379 8.804 - 375.033
Desinvestimento - (18) - - (18)
Variações cambiais - - - - -
Transferências 636 (115.775) (470) - (115.609)
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2007 329.468 1.806.262 34.705 - 2.170.435
Amortizações do período 57.157 200.776 1.289 - 259.222
Desinvestimento - (2.173) - - (2.173)
Variações cambiais - - - - -
Transferências 24 4.193 588 - 4.805
Saldo final a 31 de Dezembro de 2007 386.649 2.009.058 36.582 - 2.432.289
Valor líquido
A 31 de Dezembro de 2006 324.565 547.485 1.878 110.346 984.274
A 31 de Dezembro de 2007 304.513 450.239 1 57.341 812.094

11. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o movimento ocorrido nas diferenças de consolidação, bem como nas respectivas perdas por imparidade, foi o seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Valor Bruto:
Saldo inicial 50.335.026 50.263.298
Aquisição adicional de partes de capital em filiais 14.763.024 -
Aumentos - 71.728
Diminuições - -
Saldo final 65.098.050 50.335.026
Perdas por imparidade
acumuladas:
Saldo inicial 1.301.596 1.301.596
Aumentos (Nota 29) - -
Diminuições - -
Saldo final 1.301.596 1.301.596
Valor líquido 63.796.454 49.033.430

O valor do aumento no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 corresponde fundamentalmente á aquisição da filial DMJB, SGPS, SA

12. OUTROS INVESTIMENTOS

Durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o movimento ocorrido no valor dos investimento, foi o seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Não correntes Correntes Não correntes Correntes
Investimentos em filiais, empresas controladas conjuntamente
ou empresas associadas excluídas
Saldo em 1 de Janeiro 10.750.640 - 10.460.952 -
Aquisições durante o período 1.137.119 - 295.000 -
Alienações durante o período (2.257.119) - (5.312) -
Transferências 1.290 -
Saldo em 31 de Dezembro 9.631.930 - 10.750.640 -
Perdas por imparidade acumuladas (Nota 31) (7.707.938) - (8.827.938) -
1.923.992 - 1.922.702 -
Investimentos disponiveis para venda
Justo valor em 1 de Janeiro 86.140.706 499 73.771.787 720
Aquisições durante o período 11.788.577 - 9.054.283 -
Alienações durante o período (14.071.777) - (5.945.332) (221)
Aumento/(diminuição) no justo valor (8.094.073) - 9.304.086 -
Transferências 20.510.959 - (44.118) -
Justo valor em 31 de Dezembro 96.274.392 499 86.140.706 499
Perdas por imparidade acumuladas (Nota 31) (21.012.111) - (348.834) -
Justo valor (liquido de perdas por imparidade) em 31 de Dezembro 75.262.281 499 85.791.872 499
Outros investimentos (Nota 7) 77.186.273 499 87.714.574 499
77.186.273 499 87.714.574 499

Os investimentos financeiros em filiais, em empresas conjuntamente controladas e empresas associadas excluídas da consolidação estão registados ao custo de aquisição deduzido de perdas de imparidade. É entendimento do Grupo que estimar um justo valor para estes investimentos não é razoável dada a inexistência de dados de mercado observáveis para estes investimentos. A rúbrica de investimentos disponíveis para venda inclui 11.788.637 euros (153.590 euros a 31 de Dezembro de 2006) de investimentos registados ao custo deduzido de perdas de imparidade pelo motivo acima indicado.

13. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

O detalhe dos Outros activos não correntes em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Empréstimos concedidos a empresas relacionadas
Bar-Bar-Idade Glass - Serviç.de Gest.e Invest., SA - 6.402.717
Norscut - Concessionária de Scut Interior Norte, SA 14.069.052 6.019.613
Andar - Sociedade Imobiliária, SA 3.338.173 2.953.673
Outros 289.989 315.866
17.697.214 15.691.869
Perdas por imparidade (Nota 31) (270.489) (270.489)
17.426.725 15.421.380
Clientes e outros devedores
Activos relativos a alienação de invest. financeiros 5.510.000 12.444.829
Outros 1.895.437 1.062.792
7.405.437 13.507.621
Perdas por imparidade (Nota 31) (520.351) (589.881)
6.885.086 12.917.740
Total de instrumentos financeiros (Nota 8) 24.311.811 28.339.120
Actividades Continuadas 24.311.811 28.339.120
Actividades Descontinuadas 6.821 5.496
Total Acumulado 24.318.632 28.344.616

Os valores incluídos em Outros activos não correntes vencem na sua generalidade juros a taxas de mercado e estima-se que o seu justo valor não difira significativamente do respectivo valor do balanço.

A 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, a antiguidade dos saldos de Outros activos não correntes pode ser analisada como segue:

Clientes e outros devedores
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Não vencido 4.882.926 11.673.568
Vencido mas sem registo de imparidade
< 6 meses - 30.000
6 - 12 meses - -
> 1 ano 1.669.012 1.750.554
1.669.012 1.780.554
Vencido com registo de imparidade
< 6 meses - -
6 - 12 meses - -
> 1 ano 853.499 53.499
853.499 53.499
7.405.437 13.507.621

Os Empréstimos concedidos a empresas relacionadas têm carácter de suprimentos sem prazo definido, não se encontrando consequentemente vencidos.

14. EXISTÊNCIAS

O detalhe das Existências em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 3.995.719 3.565.554
Mercadorias 48.658.484 37.659.822
Sub-produtos, desperdícios, resíduos e refugos 120 120
Produtos acabados e intermédios 585.511 589.239
Produtos e trabalhos em curso 95.732.710 56.961.964
Adiantamentos por conta de compras 576.543 508.085
149.549.087 99.284.784
Perdas por imparidade acumuladas em existências (Nota 31) (7.474.353) (5.893.615)
Actividades Continuadas 142.074.734 93.391.169
Actividades Descontinuadas 1.414.928 (9.275)
Total Acumulado 143.489.662 93.381.894

Em mercadorias estão incluidos imóveis no valor de 43.878.180 euros em 31 de Dezembro de 2007 (35.202.404 euros em 31 de Dezembro de 2006).

Em produtos e trabalhos em curso estão incluidos empreendimentos imobiliários no valor de 86.039.445 euros em 31 de Dezembro de 2007 (49.744.536 euros em 31 de Dezembro de 2006).

O custo das vendas nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 ascendeu a 50.994.100 e a 45.174.606 euros, respectivamente, e foi apurado como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Existências iniciais 41.225.376 42.287.170
Efeito da conversão cambial 14.638 (4.456)
Variações de perimetro - -
Compras 51.275.168 44.708.096
Regularizações de existências 9.557.213 (311.898)
Existências finais 52.654.203 41.225.376
49.418.192 45.453.536
Perdas por imparidade (Nota 31) 1.683.477 74.915
Reversão de perdas por imparidade (97.415) (162.912)
Actividades Continuadas 51.004.254 45.365.539
Actividades Descontinuadas (10.154) (190.933)
Total Acumulado 50.994.100 45.174.606

15. CLIENTES

O detalhe dos Clientes em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Clientes correntes
Turismo 4.112.328 3.099.970
Spred 29.647.904 34.164.347
Holding 906.240 1.228.618
34.666.472 38.492.935
Clientes, conta letras 1.160.740 56.305
Clientes de cobrança duvidosa 6.149.143 6.354.308
41.976.355 44.903.548
Perdas por imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 31) (6.653.751) (6.635.280)
Actividades Continuadas 35.322.604 38.268.268
Clientes 14.064.252 18.211.418
Perdas por imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 31) (640.421) (1.080.110)
Actividades Descontinuadas 13.423.831 17.131.308
Total Acumulado 48.746.435 55.399.576

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível às contas a receber da sua actividade normal. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas por imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolvente económica. O Grupo entende que o valor contabilistico das contas a receber é proximo do seu justo valor.

A 31 de Dezembro 2007 não temos indicações de que não serão cumpridos os prazos normais de recebimento dos valores incluídos em clientes não vencidos e para os quais não existe imparidade registada.

A 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, a antiguidade dos saldos de clientes pode ser analisada como segue:

Clientes
31.Dezembro.2007 Spred Turismo Holding e Outras Total
Não vencido 20.560.590 1.822.772 - 22.383.362
Vencido mas sem registo de imparidade
0 - 30 dias 6.324.929 167.468 6.492.397
30 - 90 dias 1.847.697 602.723 2.450.420
+ 90 dias 2.025.379 821.235 2.846.614
Total 10.198.005 1.591.426 - 11.789.431
Vencido com registo de imparidade
0 - 90 dias 531.501 3.734 731.912 1.267.147
90 - 180 dias - 5.703 84.756 90.459
180 - 360 dias 316.298 161.085 89.573 566.956
+ 360 dias 696.218 3.779.903 1.402.879 5.879.000
Total 1.544.017 3.950.425 2.309.120 7.803.562
Actividades Continuadas antes de
imparidades
32.302.612 7.364.623 2.309.120 41.976.355
Clientes
31.Dezembro.2006 Spred Turismo Holding e Outras Total
Não vencido 14.224.498 697.747 - 14.922.245
Vencido mas sem registo de imparidade
0 - 30 dias 9.577.683 470.149 10.047.832
30 - 90 dias 9.252.410 637.155 9.889.565
+ 90 dias 1.193.652 860.279 2.053.931
Total 20.023.745 1.967.583 - 21.991.328
Vencido com registo de imparidade
0 - 90 dias 421.227 2.074 1.102.957 1.526.258
90 - 180 dias 73.030 5.661 91.797 170.488
180 - 360 dias 300.397 288.804 33.864 623.065
+ 360 dias 686.072 3.481.214 1.502.879 5.670.164
Total 1.480.726 3.777.753 2.731.497 7.989.975
Actividades Continuadas antes de
imparidades
35.728.969 6.443.083 2.731.497 44.903.548

Na determinação da recuperabilidade dos valores a receber de clientes o Grupo analisa todas as alterações de qualidade de crédito das contrapartes desde a data da concessão do crédito até à data de reporte das demonstrações financeiras consolidadas. O Grupo não tem uma concentração significativa de riscos de crédito, dado que o risco se encontra diluído por um vasto conjunto de clientes. Consideramos assim que o risco de crédito não excede as perdas de imparidade registadas para clientes de cobrança duvidosa.

Adicionalmente o Grupo considera que a exposição máxima ao risco de crédito é o total de clientes evidenciado no balanço consolidado.

16. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

O detalhe das Outras dividas de terceiros em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Empréstimos concedidos e outros valores a receber de empresas
relacionadas
Sonae SGPS, SA - 19.868.000
Bar-Bar-Idade Glass - Serviç.de Gest.e Invest., SA - 6.000.000
Sit B3 2.485.702 2.559.886
Elmo SGPS, SA - 1.797.796
Outros 6.090 1.032.366
2.491.792 31.258.048
Outros Devedores
Fornecedores c/c - saldos devedores 1.258.295 503.611
Alienação de imobilizado 15.348 287.499
Alienação de investimentos financeiros 35.056.077 14.180.547
Outros 9.778.625 5.607.010
46.108.345 20.578.667
Outras Dividas de Terceiros 48.600.137 51.836.715
Perdas por imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 31) (23.601.424) (3.722.434)
Total de instrumentos financeiros (Nota 8) 24.998.713 48.114.281
Actividades Continuadas 24.998.713 48.114.281
Outras Dívidas de Terceiros (1.111.412) 357.565
Perdas por imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 31) (33.557) (33.557)
Actividades Descontinuadas (1.144.969) 324.008
Total Acumulado 23.853.744 48.438.289

Na rubrica de "Alienação de investimentos financeiros" em 31 de Dezembro de 2007 o valores mais significativos correspondem à dívida da alienação da Grano Salis em 2006 (11.532.035 euros ) e da alienação da Elmo, S.G.P.S. em 2007 (19.794.479 euros), esta última objecto de registo de perda de imparidade (nota 31). .

Os empréstimos concedidos a empresas relacionadas vencem juros a taxas de mercado e não têm uma maturidade definida, não ultrapassando contudo os doze meses.

A 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, a antiguidade dos saldos de Outros devedores pode ser analisada como segue:

Outros devedores
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Não vencido 34.094.834 11.436.506
Vencido mas sem registo de imparidade
0 - 30 dias 932.589 439.557
30 - 90 dias 566.417 634.820
+ 90 dias 5.215.623 4.418.329
Total 6.714.629 5.492.706
Vencido com registo de imparidade
0 - 90 dias 1.484.915 59.084
90 - 180 dias -
180 - 360 dias 108.948 -
+ 360 dias 3.705.019 3.590.371
Total 5.298.882 3.649.455
Actividades Continuadas antes de
imparidades
46.108.345 20.578.667

A 31 de Dezembro 2007, não temos indicações de que não serão cumpridos os prazos normais de recebimento relativamente aos valores incluídos em outros devedores não vencidos e para os quais não existe imparidade registada.

Os valores incluídos em Outras Dívidas de Terceiros aproximam-se do seu justo valor.

17. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe da rubrica Estado e outros entes publicos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Valores devedores
Imposto sobre o rendimento 5.671.599 3.799.684
Imposto sobre o valor acrescentado 8.371.960 10.880.321
Outros Impostos 2.565.024 2.467.724
Actividades Continuadas 16.608.583 17.147.729
Actividades Descontinuadas 2.835.940 1.880.943
Total Acumulado 19.444.523 19.028.672
Valores credores
Imposto sobre o rendimento 5.381.029 3.669.477
Imposto sobre o valor acrescentado 4.152.904 2.320.637
Retenção na fonte - IRS trabalho dependente 336.602 318.663
Contribuições para a Segurança Social 863.037 812.679
Outros Impostos 1.305.710 383.731
Actividades Continuadas 12.039.282 7.505.187
Actividades Descontinuadas 1.360.493 170.794
Total Acumulado 13.399.775 7.675.981

18. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

O detalhe dos Outros activos correntes em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Indemnizações a receber - 2.205.003
Juros a receber 135.206 1.235.465
Custos diferidos - fornecimentos e serviços externos 3.525.816 799.617
Custos diferidos - rendas 230.516 271.579
Outros activos correntes 2.966.542 862.852
Actividades Continuadas 6.858.080 5.374.516
Actividades Descontinuadas 2.021.564 2.460.963
Total Acumulado 8.879.644 7.835.479

19. IMPOSTOS DIFERIDOS

O detalhe dos Activos e Passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:

Impostos diferidos activos Impostos diferidos passivos
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Homogeneização de amortizações 49 16
Anulação de imobilizações corpóreas e incorpóreas 2.174.715 871.433 1.510.830 -
Reavaliações de imobilizado corpóreo reintegrável 795.849 645.159
Prejuízos fiscais reportáveis 11.589.253 3.551.016
Outros 353.772 - 354 355
Actividades Continuadas 14.117.740 4.422.449 2.307.082 645.530
Actividades Descontinuadas 203.180 319.697 5.219.288 4.277.988
Total Acumulado 14.320.920 4.742.146 7.526.370 4.923.518

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foi como segue:

Impostos diferidos activos Impostos diferidos passivos
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Saldo inicial 4.742.146 4.165.210 4.923.518 3.404.764
Efeito em resultados:
Homogeneização de amortizações - - 33 (38.504)
Provisões e perdas por imparid. de activos não aceites fiscalmente (116.517) (812.991) 941.300 1.717.373
Anulação de imobilizações corpóreas e incorpóreas 1.303.283 (57.562) - -
Anulação de acréscimos e diferimentos 353.771 - - -
Reavaliações de imobilizado corpóreo reintegrável - - (54.772) (43.379)
Prejuízos fiscais reportáveis 8.038.237 1.587.116 - -
Efeito de alteração de taxa de imposto - (56.295) - -
Outros - - 1.510.830 -
9.578.774 660.268 2.397.391 1.635.490
Efeito em reservas:
Variação de taxa de imposto - - - (12.464)
Outros - (83.332) 205.461 (104.272)
- (83.332) 205.461 (116.736)
Saldo final 14.320.920 4.742.146 7.526.370 4.923.518

Em Portugal com a aprovação da Lei das Finanças Locais a derrama passou, a partir do exercício de 2007, a ser calculada até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável, quando no passado a mesma correspondia a 10% da colecta.

Em consequência, as empresas Portuguesas incluídas na consolidação actualizaram, em 31 de Dezembro de 2006, o cálculo dos seus activos e passivos por impostos diferidos de acordo com as novas taxas efectivas de imposto, tendo o efeito do correspondente decréscimo da taxa de imposto sido registado em 2006 por contrapartida da rubrica de "Imposto sobre o rendimento" na demonstração de resultados ou na rubrica de "Reservas".

De acordo com as declarações fiscais e estimativas de imposto sobre o rendimento das empresas que registam impostos diferidos activos por prejuizos fiscais, em 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006, utilizando para o efeito as taxas de câmbio naquela data, os mesmos eram reportáveis como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Prejuizo fiscal Activos por
impostos diferidos
Data limite de
utilização
Prejuizo fiscal Activos por
impostos diferidos
Data limite de
utilização
Com limite de data de utilização
Gerados em 2001 - - 2007 459.016 114.754 2007
Gerados em 2002 1.209.557 302.389 2008 1.182.252 295.563 2008
Gerados em 2003 9.126.348 2.281.587 2009 1.864.243 466.061 2009
Gerados em 2004 6.627.219 1.656.805 2010 210.184 52.546 2010
Gerados em 2005 7.025.798 1.756.449 2011 3.262.879 815.720 2011
Gerados em 2006 11.702.529 2.925.632 2012 5.303.598 1.325.899 2012
Gerados em 2007 8.743.671 2.185.919 2013
44.435.122 11.108.780 12.282.172 3.070.543
Com limite de data de utilização diferente
do mencionado acima
1.453.780 480.473 1.453.780 480.473
1.453.780 480.473 1.453.780 480.473
45.888.902 11.589.253 13.735.952 3.551.016

Em 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006 foram avaliados os impostos diferidos a reconhecer resultantes de prejuizos fiscais. Os activos por impostos diferidos foram registados na medida em que seja provável que ocorram lucros tributáveis no futuro e que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças temporárias dedutíveis. Esta avaliação baseou-se nos planos de negócios das empresas do Grupo, periodicamente revistos e actualizados, e nas oportunidades de planeamento fiscal disponíveis e identificadas.

Em 31 de Dezembro de 2007 existem prejuizos fiscais reportáveis no montante de 115.337.098 euros, cujos activos por impostos diferidos, numa óptica de prudência, não se encontram registados.

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Prejuizo fiscal Crédito por
impostos diferidos
Data limite de
utilização
Prejuizo fiscal Crédito por
impostos diferidos
Data limite de
utilização
Com limite de data de utilização
Gerados em 2001 - - 2007 22.528.849 5.632.211 2007
Gerados em 2002 36.487.545 9.121.887 2008 40.685.288 10.171.326 2008
Gerados em 2003 13.379.146 3.344.787 2009 21.780.646 5.445.162 2009
Gerados em 2004 5.065.719 1.266.430 2010 11.408.191 2.852.049 2010
Gerados em 2005 7.726.020 1.931.505 2011 11.320.815 2.830.207 2011
Gerados em 2006 13.437.053 3.359.264 2012 21.732.206 5.433.054 2012
Gerados em 2007 22.867.073 5.716.767 2013 - -
98.962.556 24.740.640 129.455.995 32.364.009
Sem limite de data de utilização 4.849.357 1.616.291 3.650.664 1.204.719
Com limite de data de utilização diferente
do mencionado acima
11.525.185 3.403.077 7.912.397 2.383.407
16.374.542 5.019.368 11.563.061 3.588.126
115.337.098 29.760.008 141.019.056 35.952.135

20. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 o detalhe de Caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Numerário 181.553 426.431
Depósitos bancários 42.664.880 14.667.400
Aplicações de tesouraria 1.110.117 623.824
Caixa e equivalentes de caixa no balanço 43.956.550 15.717.655
Descobertos bancários (Nota 23) (2.952.348) (2.630.700)
Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de caixa
Actividades Continuadas 41.004.202 13.086.955
Actividades Descontinuadas 378.941 195.096
Total Acumulado 41.383.143 13.282.051

Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras, incluídos no balanço na rubrica de Empréstimos bancários.

21. CAPITAL SOCIAL

A Sonae Capital, SGPS, SA tem o capital social representado por 250.000.000 de acções ordinárias, sem direito a uma remuneração fixa, com o valor nominal de 1 euro cada uma.

Em consequência do projecto de cisão, foi criada uma Reserva de Cisão no valor de 132.638.253 euros a qual é equiparável a Reserva Legal pelo que, de acordo com o Código das Sociedades Comerciais, não pode ser objecto de distribuição aos accionistas a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuizos acumulados, depois de esgotadas as outras reservas, ou pode ser incorporada em capital.

22. INTERESSES MINORITÁRIOS

Os movimentos desta rubrica durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foram os seguintes:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Saldo inicial em 1 de Janeiro 18.876.352 2.432.180
Constituição de filiais - 13.525.000
Variação de percentagem por aquisição / aumentos capital 17.108.025 370.204
Ajustamento das participações excluídas - 149.700
Variação resultante da conversão cambial (22.328) (17.599)
Outras variações (57.033) (415.187)
Resultado do período atribuível aos interesses minoritários 853.816 2.832.054
Saldo final em 31 de Dezembro
Actividades Continuadas 36.758.832 18.876.352
Actividades Descontinuadas - -
Total Acumulado 36.758.832 18.876.352

23. EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2006 os Empréstimos tinham o seguinte detalhe:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Montante utilizado Montante utilizado
Limite Corrente Não Corrente Limite Corrente Não Corrente Vencimento
Empréstimos bancários
a) c) Sonae Turismo - papel comercial 110.000.000 - 109.999.989 110.000.000 - 73.050.000 Ago/2009
Investalentejo - - - 40.000.000 40.000.000 - Fev/2007
Praedium SGPS - papel comercial 7.500.000 1.250.000 - 10.000.000 1.400.000 - Ago/2008
Sonae Turismo - - - 8.750.000 - -
b) Imoferro 6.983.171 122.295 6.529.175 6.983.171 104.748 6.651.470 Mai/2027
Invesaúde 2.000.000 250.000 1.250.000 2.000.000 500.000 1.500.000 Ago/2010
Imosedas - - - 7.500.000 1.353.570 - Mar/2007
c) SC-Insurance and Risk Services-pap comercial 1.977.175 1.977.175 - - - - Fev/2008
Selfrio Engenharia 3.850.000 1.068.750 2.781.250 - - - Mai/2012
Outros - 93.474 2.150.000 - - -
4.761.694 122.710.414 43.358.318 81.201.470
Descobertos bancários (Nota 20) 2.952.348 - 2.630.700 -
Empréstimos bancários 7.714.042 122.710.414 45.989.018 81.201.470
Empréstimos por Obrigações
Obrigações Sonae Capital 2007/2012 - 20.000.000 - -
Obrigações Sonae Capital 2007/2012 - 30.000.000 - -
c) Obrigações SC-Insurance 15.000.000 - - -
Custos de montagem de financiamentos - -234.000 - -
Empréstimos por Obrigações 15.000.000 49.766.000 - -
Outros empréstimos 176.635 250.577 179.233 375.002
Credores por locações financeiras 1.860.326 18.726.595 1.190.296 4.815.233
24.751.003 191.453.586 47.358.547 86.391.705

a) Em regime de co-solidariedade com a Sonae Capital, SGPS, SA.

b) Como garantia deste empréstimo foi constituída hipoteca sobre o imóvel propriedade desta filial.

c) Estes financiamentos foram inteiramente reembolsados em Janeiro e Fevereiro de 2008.

Empréstimo obrigacionista Sonae Capital SGPS - 2007/2012 1ª emissão no valor de 20.000.000 euros, reembolsável ao fim de 5 anos, numa única prestação em 31 de Dezembro de 2012, salvo se ocorrer reembolso antecipado, total ou parcial, o qual poderá ocorrer em 31 de Dezembro de 2010.

Empréstimo obrigacionista Sonae Capital SGPS - 2007/2012 2ª emissão no valor de 30.000.000 euros, reembolsável ao fim de 5 anos, numa única prestação em 31 de Dezembro de 2012.

Estes empréstimos obrigacionistas vencem juros semestralmente a taxas de juro Euribor a 6 meses acrescidas de spreads que variam entre 0,50% e 0,60%.

Os intrumentos derivados estão registados ao justo valor (Nota 25)

O valor nominal dos empréstimos tem as seguintes maturidades:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Capital Juros b) Capital Juros b)
a)
N+1
24.751.003 5.130.659 47.358.547 2.026.902
N+2 114.359.681 4.293.458 1.931.078 3.594.668
N+3 24.155.400 4.071.652 75.020.818 3.497.219
N+4 3.683.383 2.774.451 1.922.317 453.111
N+5 31.732.355 2.596.855 1.459.681 367.661
Após N+5 17.756.767 6.532.429 6.057.811 3.282.735
216.438.589 25.399.504 133.750.252 13.222.296

a) Inclui os montantes utilizados dos programas de papel comercial.

b) Estimativa dos Juros a pagar durante a vida dos empréstimos calculados à taxa de juro da última refixada anterior a 31 de Dezembro de 2007

À data de 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, as linhas de crédito disponíveis são:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Compromissos
inferiores a 1 ano
Compromissos
superiores a 1 ano
Compromissos
inferiores a 1 ano
Compromissos
superiores a 1 ano
Montantes de linhas disponíveis
Spred 4.997.606 - 4.677.584 -
Turismo 21.096.754 11 32.196.754 36.950.000
Holding e outras 16.750.000 - 3.000.000 -
42.844.360 11 39.874.338 36.950.000
Montantes de linhas contratadas
Spred 8.063.942 4.931.250 6.995.192 -
Turismo 22.346.754 110.000.000 33.596.754 110.000.000
Holding e outras 18.727.175 - 3.000.000 -
49.137.871 114.931.250 43.591.946 110.000.000

24. CREDORES POR LOCAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 os Credores por locações financeiras tinham o seguinte detalhe:

Credores por locação financeira Pagamentos mínimos da locação
financeira
Valor presente dos pagamentos mínimos
da locação financeira
Montantes a pagar por locações financeiras: 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
N+1 2.838.317 1.450.997 1.860.326 1.190.296
N+2 2.807.793 1.353.409 1.923.983 1.164.986
N+3 2.755.761 1.353.153 1.967.866 1.215.752
N+4 2.797.005 1.234.887 2.107.900 1.149.393
N+5 1.463.020 1.318.191 12.726.847 1.285.102
Após N+5 15.231.536 - - -
27.893.432 6.710.637 20.586.921 6.005.529
Juros futuros (7.306.511) (705.108)
20.586.921 6.005.529
Componente de curto prazo 1.860.326 1.190.296
Credores por locações financeiras - liquidos da parcela de curto prazo 18.726.595 4.815.233

Os contratos de locação financeira vencem juros a taxas de mercado e têm periodos de vida definidos, sendo garantido ao locatário o exercício de uma opção de compra sobre o bem locado.

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o justo valor das obrigações financeiras em contratos de locação financeira corresponde, aproximadamente, ao seu valor contabilístico.

As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados.

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 o valor líquido contabilistico dos bens objecto de locação financeira tinham o seguinte detalhe:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Bens objecto de locação financeira
Terrenos e Edifícios 3.950.101 3.950.101
Equipamento Básico 2.529.409 3.642.834
Equipamento Transporte - 28.702
Ferramentas e Utensílios 67.833 118.215
Equipamento Administrativo 162.215 255.596
Outras Imobilizações Corpóreas - -
Imobilizações em Curso 16.118.103 -
Total de Imobilizado Corpóreo (Nota 9) 22.827.661 7.995.448

25. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Derivados de taxa de juro

Os instrumentos financeiros de cobertura utilizados pelo Grupo existentes em 31 de Dezembro de 2007, respeitam, fundamentalmente a opções de taxa de juro ("cash flow hedges") contraídos com o objectivo de cobertura do risco de taxa de juro de empréstimos no montante de euros 50.000.000 cujo justo valor líquido ascendia a 0 euros. Em 31 de Dezembro de 2007, 30.000.000 de euros do montante de derivados dizem respeito a derivados que embora não cumprindo os requisitos para serem designados instrumentos de cobertura, contribuem para a redução da exposição à variação das taxas de juro ou para a optimização do custo do funding (em 31 de Dezembro de 2006 não existiam derivados).

Estes instrumentos de cobertura de taxa de juro encontram-se avaliados pelo seu justo valor, à data do balanço, determinado por avaliações efectuadas pelo Grupo com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e avaliações externas quando esses sistemas não permitem a valorização de determinados instrumentos. A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros teve por base, para os swaps, a actualização para a data do balanço dos "cash-flows" futuros resultantes da diferença entre a taxa de juro fixa do "leg" fixo do instrumento derivado e a taxa de juro variável indexante do "leg" variável do instrumento derivado. Para opções o justo valor é determinado com base no modelo de "Black-Scholes" e suas variantes.

Os princípios de cobertura de risco geralmente utilizados pelo Grupo na contratação destes instrumentos financeiros de cobertura, são os seguintes:

  • "Matching" entre fluxos de caixa pagos e recebidos, i.e., existe coincidência entre as datas de refixação da taxa de juro dos financiamentos contratados com o banco e as datas de refixação da taxa de juro no derivado;
  • "Matching" perfeito entre indexantes: o indexante de referência no instrumento financeiro de cobertura e no financiamento ao qual o derivado está subjacente são coincidentes;
  • Num cenário de subida extrema de taxas de juro, o custo máximo do financiamento está limitado.

Selecção das contrapartes dos derivados com base na solidez financeira e no perfil de risco de crédito da mesma, sendo esse perfil de risco mensurado normalmente através de nota de "rating" atribuída por empresas de "rating" de reconhecido mérito. As contrapartes dos derivados são instituições financeiras de primeira linha, de elevado prestígio e reconhecimento nacional e internacional.

Justo valor de instrumentos financeiros derivados

O justo valor de instrumentos derivados encontra-se registado como segue:

Activos Passivos
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Derivados que não são de cobertura
Taxa de juro - -
Derivados de cobertura
Taxa de juro - -
Outros derivados - - - -
0 0 0 0

26. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006 a rubrica Outros passivos não correntes pode ser detalhada como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Empréstimos obtidos e outros valores a pagar a
empresas relacionadas
Sonae SGPS, SA - 20.788.000
Modelo SGPS, SA - 11.837.000
Plaza Mayor Parque de Ocio, SA 2.323.820 2.358.127
Outros 600.000 1.491
2.923.820 34.984.618
Outros credores
Credores do processo de reestruturação Torralta 30.141.462 30.141.462
Fornecedores de Imobilizado 1.387.500 1.046
Outros 8.553 43.929
31.537.515 30.186.437
Actividades Continuadas 34.461.335 65.171.055
Actividades Descontinuadas 4.689.100 5.218.887
Total Acumulado 39.150.435 70.389.942

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, a rubrica "Outros credores" inclui o montante de 30.141.462 euros, relacionado com o valor a pagar aos credores de uma filial, na sequência do processo de recuperação de empresas em que esta se encontra. De acordo com a sentença do Tribunal da Comarca de Grândola, datado de 27 de Novembro de 1997 (que homologou as medidas aprovadas em Assembleia Geral de Credores em 23 de Setembro de 1997), esta conta a pagar será exigível 50 anos após o trânsito em julgado da sentença homologatória, o que aconteceu em 30 de Janeiro de 2003.

A 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, a maturidade dos saldos de Outros credores pode ser analisada como segue:

31.Dezembro.2007 N+1 N+2 N+3 N+4 N+5 Total
Fornecedores de imobilizado 50.000 50.000 50.000 50.000 1.187.500 1.387.500
Outras dívidas a terceiros não correntes - - - - 30.150.015 30.150.015
50.000 50.000 50.000 50.000 31.337.515 31.537.515
31.Dezembro.2006 N+1 N+2 N+3 N+4 N+5 Total
Fornecedores de imobilizado 1.046 - - - - 1.046
Outras dívidas a terceiros não correntes - - - - 30.185.391 30.185.391
Actividades Continuadas 1.046 - - - 30.185.391 30.186.437

27. RESPONSABILIDADES POR PAGAMENTOS BASEADOS EM ACÇÕES

O Grupo Sonae Capital concedeu em 2007 e nos anos anteriores, a colaboradores do Grupo prémios de desempenho diferidos sob a forma de acções Sonae SGPS, SA, a adquirir a custo zero, três anos após a sua atribuição. Em qualquer dos casos a aquisição poderá efectuar-se entre a data homóloga do 3ºano após a atribuição e o final desse ano. A sociedade tem o direito de entregar, em substituição das acções, o valor equivalente em dinheiro. O exercício dos direitos só ocorre se o colaborador estiver ao serviço de empresa do Grupo Sonae Capital na data de vencimento.

As responsabilidades com prémios de desempenho diferidos são valorizadas nos termos da Nota 2.13.. Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 o valor de mercado do total das responsabilidades decorrentes dos planos de desempenho diferido em aberto pode ser resumido como segue:

Ano de Ano de Número de Justo Valor
atribuição vencimento participantes 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Acções
2004 2007 7 - 584.267
2005 2008 7 573.543 431.296
2006 2009 5 267.377 201.064
2007 2010 5 218.103 -
Total 1.059.023 1.216.627

Os valores registados nas demonstrações financeiras a 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006, correspondentes ao período decorrido até àquelas datas desde a atribuição de cada plano de desempenho diferido em aberto, podem ser resumidos como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Valor registado em custos com pessoal 559.369 680.673
Registado em resultados transitados 265.126 213.248
824.495 893.921
Registado em outros passivos 824.495 893.921
824.495 893.921

28. FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 os Fornecedores tinham o seguinte detalhe:

A pagar
31.Dezembro.2007 até 90 dias 90 a 180 dias Mais de 180 dias
Fornecedores conta corrente
Turismo 8.416.470 7.780.787 16.520 619.163
Spred 19.113.590 13.794.661 5.271.181 47.748
Holding e outras 256.166 225.571 24.520 6.075
27.786.226 21.801.019 5.312.221 672.986
Fornecedores, facturas em recepção e conferência 3.089.812 208.953 6.366 2.874.493
Actividades Continuadas 30.876.038 22.009.972 5.318.587 3.547.479
Actividades Descontinuadas 31.641.379
Total Acumulado 62.517.417
A pagar
31.Dezembro.2006 até 90 dias 90 a 180 dias Mais de 180 dias
Fornecedores conta corrente
Turismo 6.312.562 4.119.037 1.607.177 586.348
Spred 23.205.027 15.178.850 7.978.437 47.740
Holding e outras 142.692 136.416 207 6.069
29.660.281 19.434.303 9.585.821 640.157
Fornecedores, facturas em recepção e conferência 260.920 260.920 - -
Actividades Continuadas 29.921.201 19.695.223 9.585.821 640.157
Actividades Descontinuadas 34.799.901
Total Acumulado 64.721.102

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, esta rubrica inclui saldos a pagar a fornecedores decorrentes da actividade operacional do Grupo. O Conselho de Administração entende que o justo valor destes saldos não difere significativamente do valor contabilístico e que o efeito de actualização destes montantes não é material.

29. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 a rubrica Outras dívidas a terceiros pode ser detalhada como segue:

A pagar
31.Dezembro.2007 até 90 dias 90 a 180 dias Mais de 180 dias
Outros credores
Fornecedores de Imobilizado 11.352.552 11.153.900 172.959 25.693
Adiantamentos por conta de vendas 21.086.692 272.888 - 20.813.804
Adiantamentos de clientes 1.333.157 - - 1.333.157
Outros 6.058.443 5.419.722 507.971 130.750
39.830.844 16.846.510 680.930 22.303.404
Empresas relacionadas
Contacto - Sociedade de Construções, SA 71.000.000
71.000.000
Outras dívidas a terceiros
Actividades Continuadas 110.830.844
Actividades Descontinuadas (79.603.912)
Total Acumulado 31.226.932
A pagar
31.Dezembro.2006 até 90 dias 90 a 180 dias Mais de 180 dias
Outros credores
Fornecedores de Imobilizado 17.551.044 9.463.651 179.928 7.907.465
Adiantamentos por conta de vendas 3.423.388 1.149.582 - 2.273.806
Adiantamentos de clientes 1.294.634 - - 1.294.634
Outros 18.127.805 17.987.949 717 139.139
40.396.871 28.601.182 180.645 11.615.044
Empresas relacionadas
Sonae SGPS, SA 54.444.561
Contacto - Sociedade de Construções, SA 70.993.000
Outros 787.301
126.224.862
Outras dívidas a terceiros
Actividades Continuadas 166.621.733
Actividades Descontinuadas (78.962.286)
Total Acumulado 87.659.447

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, esta rubrica inclui saldos a pagar a outros credores e fornecedores de imobilizado e não incorporam juros. O Conselho de Administração considera que o valor contabilístico não difere significativamente do seu justo valor, e que os efeitos de actualização não são materiais.

30. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 a rubrica Outros passivos correntes pode ser detalhada como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Custos com o pessoal 5.555.852 5.563.871
Obras já facturadas mas ainda não realizadas 3.055.140 5.097.859
Outros fornecimentos e serviços externos 1.555.468 2.821.647
Encargos financeiros a liquidar 712.251 1.334.284
Outros 5.133.007 4.145.765
Actividades Continuadas 16.011.718 18.963.426
Actividades Descontinuadas 17.083.732 12.522.050
Total Acumulado 33.095.450 31.485.476

31. PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foi o seguinte:

Saldo em Saldo em
Rubricas 01.Janeiro.2007 Aumentos Diminuições 31.Dezembro.2007
Perdas por imparidade acumuladas em outros investimentos (Nota 12) 9.176.772 20.663.277 (1.120.000) 28.720.049
Perdas por imparidade acumuladas em outros activos
não correntes (Nota 13)
860.370 - (69.530) 790.840
Perdas por imparidade acumuladas em clientes correntes (Nota 15) 7.715.390 294.147 (715.365) 7.294.172
Perdas por imparidade acumuladas em devedores
diversos correntes (Nota 16)
3.755.991 19.946.498 (67.508) 23.634.981
Perdas por imparidade acumuladas em existências (Nota 14) 5.893.615 1.683.957 (103.219) 7.474.353
Provisões não correntes 17.839.855 3.393.019 (4.578.410) 16.654.464
Provisões correntes 923.529 2.891.935 - 3.815.464
46.165.522 48.872.833 (6.654.032) 88.384.323
Saldo em Saldo em
Rubricas 01.Janeiro.2006 Aumentos Diminuições 31.Dezembro.2006
Perdas por imparidade acumuladas em outros investimentos (Nota 12) 8.056.772 1.120.000 - 9.176.772
Perdas por imparidade acumuladas em outros activos
não correntes (Nota 13)
323.988 536.382 - 860.370
Perdas por imparidade acumuladas em clientes correntes (Nota 15) 10.130.843 431.721 (2.847.174) 7.715.390
Perdas por imparidade acumuladas em devedores
diversos correntes (Nota 16)
3.952.989 645 (197.643) 3.755.991
Perdas por imparidade acumuladas em existências (Nota 14) 5.981.612 74.915 (162.912) 5.893.615
Provisões não correntes 18.968.433 683.562 (1.812.140) 17.839.855
Provisões correntes 945.029 263.500 (285.000) 923.529
48.359.666 3.110.725 (5.304.869) 46.165.522

Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 o valor do reforço de provisões e perdas de imparidade pode ser detalhado como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Provisões e perdas de imparidade 1.601.958 3.964.999
Perdas de imparidade não reflectidas nesta nota
Imobilizado corpóreo (Nota 9) 48.334 (2.071.375)
Provisão para perdas em investimentos 20.663.277 1.120.000
Provisão para contas a receber 22.294.479 -
Provisão para imparidade em existências - -
Registada em custo das vendas (Nota 14) 1.683.477 74.915
Outros 2.581.308 22.186
48.872.833 3.110.725

Em 31 de Dezembro de 2007, foi constatado um reforço de perda de imparidade de 19.794.479 euros relativo à alienação parcial da participação da Elmo, S.G.P.S.,SA. e de 20.663.277 euros relativo à parcela não alienada do mesmo investimento. Conforme referido na Nota 1, este reforço foi registado por contrapartida de capitais próprios.

A 31 de Dezembro de 2007 e 2006 o detalhe das provisões para outros riscos e encargos pode ser analisado como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Garantias a clientes relativos a contratos de construção 4.697.502 4.468.711
Processos judiciais em curso 3.954.369 4.266.971
Outros 11.818.057 10.027.702
20.469.928 18.763.384

As perdas por imparidade são deduzidas ao valor do correspondente activo.

32. ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Em 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006, os principais passivos contingentes respeitavam a garantias prestadas e tinham o seguinte detalhe:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Garantias prestadas:
por processos fiscais em curso 5.845.298 4.186.579
por processos judiciais em curso 2.696.996 2.700.382
por processos autárquicos em curso 5.887.208 7.831.169
Outras 74.799.709 67.656.745

O valor de "Outras" incluí as seguintes garantias:

-22.730.724 euros (25.907.338 euros em 31 de Dezembro de 2006) como garantias prestadas a clientes relativas a contratos de construção;

-37.899.252 euros (13.749.694 euros em 31 de Dezembro de 2006) como garantias prestadas relativas a licenças de construção do negócio do Turismo;

-124.699 euros (12.440.823 euros em 31 de Dezembro de 2006) como garantias prestadas a fornecedores para a construção dos ferries.

-12.000.000 euros (12.000.000 euros em 31 de Dezembro de 2006) como garantias prestadas na alienação da participação na Granosalis, SGPS, S.A.

33. LOCAÇÕES OPERACIONAIS

Nas locações operacionais em que o Grupo age como locador, os pagamentos mínimos de locação (remunerações fixas) reconhecidos como proveitos, durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, ascenderam a 5.517.470 euros e 3.352.537 euros, respectivamente.

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o Grupo tinha celebrado, como locador, contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação (remunerações fixas) se vencem como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Venciveis em:
N+1 renovável automaticamente 5.856.407 4.722.984
N+1 235.550 150.986
N+2 223.556 136.758
N+3 228.020 131.675
N+4 212.771 125.098
N+5 209.678 109.440
Após N+5 116.260 526.168
7.082.242 5.903.109

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2007 foi reconhecido como custo do periodo o montante de 7.172.905 euros (6.467.568 euros em 31 de Dezembro de 2006) relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional em que o Grupo age como locatário.

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o Grupo tinha celebrado, como locatário, contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação se vencem como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Venciveis em:
N+1 renovável automaticamente 1.790.192 237.974
N+1 3.434.346 2.859.674
N+2 1.690.770 2.145.524
N+3 1.193.496 2.088.410
N+4 1.011.701 1.869.484
N+5 881.020 1.942.326
Após N+5 11.644.170 14.018.914
21.645.695 25.162.306

34. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

As vendas e as prestações de serviços nos períodos de 2007 e de 2006 foram como segue:

31.Dezembro.2007
Total
acumulado
31.Dezembro.2006
Total
acumulado
Vendas de mercadorias 13.377.208 21.276.107
Vendas de produtos 81.434.421 54.723.105
94.811.629 75.999.212
Prestações de serviços 102.465.562 89.415.020
Actividades Continuadas 197.277.191 165.414.232
Actividades Descontinuadas 104.867.995 101.127.162
Total Acumulado 302.145.186 266.541.394

35. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS

A repartição dos outros proveitos operacionais nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 é a seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Total
acumulado
Total
acumulado
Trabalhos para a própria empresa 789.086 3.741.475
Ganhos na alienação de activos 2.572.877 3.033.534
Reversão de perdas de imparidade e provisões 556.970 495.995
Proveitos suplementares 2.776.608 1.963.974
Outros 1.506.798 2.433.088
Actividades Continuadas 8.202.339 11.668.066
Actividades Descontinuadas 33.345.161 39.811.627
Total Acumulado 41.547.500 51.479.693

36. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

A repartição dos fornecimentos e serviços externos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 é a seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Subcontratos 95.163.542 65.406.336
Trabalhos especializados 8.177.155 7.015.006
Rendas e alugueres 7.297.746 6.234.265
Honorários 2.861.775 2.626.762
Conservação e reparação 2.421.708 2.279.808
Limpeza, higiene e conforto 2.369.191 2.130.827
Electricidade 2.454.047 1.981.404
Deslocações e estadas 1.124.835 1.107.684
Publicidade e propaganda 893.503 1.364.124
Combustíveis 981.967 975.595
Vigilância e segurança 701.681 724.841
Comunicação 917.999 899.456
Outros 6.893.419 6.150.136
Actividades Continuadas 132.258.568 98.896.244
Actividades Descontinuadas 123.102.014 124.055.037
Total Acumulado 255.360.582 222.951.281

37. CUSTOS COM O PESSOAL

A repartição dos custos com o pessoal nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 é a seguinte:

31.Dezembro.2006 31.Dezembro.2006
Remunerações 30.322.171 26.825.246
Encargos sobre remunerações 5.864.319 5.249.855
Seguros 480.440 384.679
Custos com acção social 487.255 375.566
Outros custos com pessoal 1.400.222 939.354
Actividades Continuadas 38.554.407 33.774.700
Actividades Descontinuadas 6.440.066 6.520.011
Total Acumulado 44.994.473 40.294.711

38. OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS

A repartição dos outros custos operacionais nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 é a seguinte:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Total
acumulado
Total
acumulado
Perdas na alienação de activos 2.213.912 1.602.867
Outros impostos 1.652.240 1.492.807
Imposto municipal sobre imóveis 1.126.465 846.332
Dividas incobraveis 71.533 550.302
Outros 1.337.696 2.329.801
Actividades Continuadas 6.401.846 6.822.109
Actividades Descontinuadas 1.410.454 155.927
Total Acumulado 7.812.300 6.978.036

39. RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros nos períodos de 2007 e de 2006 têm a seguinte composição:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Custos e perdas:
Juros suportados
relativos a descobertos e empréstimos bancários (3.055.455) (3.961.283)
relativos a obrigações não convertiveis (243.524) -
relativos a contratos de locação financeira (264.294) (161.680)
outros (12.198.574) (4.054.125)
(15.761.847) (8.177.088)
Diferenças de câmbio desfavoráveis (162.919) (31.487)
Descontos de pronto pagamento concedidos (2.545) (3.254)
Perdas na valoriz. de instrum.derivados de cobertura - -
Encargos com emissão de divida (755.161) -
Outros custos e perdas financeiras (371.383) (1.199.163)
(17.053.855) (9.410.992)
Proveitos e ganhos
Juros obtidos 6.206.880 6.750.643
Diferenças de câmbio favoráveis 578.717 98.380
Descontos de pronto pagamento obtidos 84.369 46.121
Ganhos na valoriz. de instrum.derivados de cobertura - -
Outros proveitos e ganhos financeiras 185.738 556.803
7.055.704 7.451.947
Resultados financeiros
Actividades Continuadas (9.998.151) (1.959.045)
Actividades Descontinuadas 2.576.271 1.615.658
Total Acumulado (7.421.880) (343.387)

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica Juros suportados - outros, inclui 7.584.535 euros relativos a juros de empréstimos obtidos da Sonae SGPS.

40. RESULTADOS RELATIVOS A INVESTIMENTOS

Os resultados relativos a investimentos nos períodos de 2007 e de 2006 têm a seguinte composição:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Total acumulado Total acumulado
Dividendos 167.088 1.506.488
Aumento no justo valor de investimentos
mensurados ao justo valor através de
resultados
Alienação parcial da Cinclus Planeamento 2.522.725 -
Alienação total da ba Vidro 9.786.396 3.222.401
Alienação da Fun International (1.137.117)
Outras 65.472 (59.901)
Resultados
obtidos
na
alienação
de
investimentos em activos disponiveis para
venda
11.237.476 3.162.500
Perdas de imparidade de investimentos - (1.120.000)
Outros 737.412 -
Resultados relativos a Investimentos
Actividades Continuadas 12.141.976 3.548.988
Actividades Descontinuadas (58.838) -
Total Acumulado 12.083.138 3.548.988

41. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 são detalhados como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Total
acumulado
Total
acumulado
Imposto corrente 4.496.758 3.029.680
Imposto diferido (Nota 19) (9.305.913) (1.492.265)
Imposto Sobre o rendimento
Actividades Continuadas (4.809.155) 1.537.415
Actividades Descontinuadas 2.246.998 2.801.022
Total Acumulado (2.562.157) 4.338.437

A reconciliação do resultado antes de imposto do período com o imposto sobre o rendimento do periodo, para os períodos findos em 31 de Dezembro de2007 e 2006 pode ser analisada como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Total Total
acumulado acumulado
Resultado antes de impostos 13.285.978 9.359.558
Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilisticas (22.507.025) (5.082.647)
Resultados relativos a empresas associadas (857.332) (4.955.450)
Imparidade de diferenças de consolidação - 117.292
Provisões e perdas de imparidade não aceites fiscalmente (2.241.238) 3.601.983
Outras diferenças permanentes 2.814.933 694.864
Lucro tributável (9.504.684) 3.735.600
Utilização de perdas fiscais que não deram origem a activos por
impostos diferidos
(5.431.547) (11.167.362)
Reconhecimento de perdas fiscais no exercício que não deram
origem a activos por impostos diferidos
29.259.730 24.330.785
14.323.499 16.899.023
Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal 25,00% 25,00%
3.580.875 4.224.756
Efeito da existência de taxas de imposto diferentes da que vigora em
Portugal
(177.194) (3.475)
Efeito de alteração de taxa no cálculo de impostos diferidos - (56.295)
Efeito da constatação ou reversão de impostos diferidos (6.590.324) (362.044)
Derrama 370.917 422.476
Insuficiência / Excesso de estimativa de imposto 114.911 (1.348)
Tributação autónoma e benefícios fiscais 138.658 114.367
Imposto sobre o rendimento (2.562.157) 4.338.437

42. RECONCILIAÇÃO DO RESULTADO CONSOLIDADO COM OS RESULTADOS INDIVIDUAIS

A reconciliação do resultado líquido do período findo em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 pode ser analisada como segue:

Resultados líquidos individuais agregados
46.524.213
14.944.868
Homogeneização de critérios
(2.434.160)
(4.029.461)
Eliminação de dividendos intra-grupo
(5.567.435)
(7.641.746)
Equivalência patrimonial (Nota 6)
857.332
4.164.438
Eliminação de mais e menos valias intra-grupo
(59.803.298)
(7.056.414)
Eliminação de provisões e perdas de imparidade intra-grupo
(1.843.000)
(187.328)
Correcção das mais e menos valias na
33.271.298
(916.677)
Alienação de participações financeiras
Outros
(1.571.703)
(2.612.621)
Resultado consolidado do período
9.433.247
(3.334.941)
Actividades Continuadas
Actividades Descontinuadas
6.414.888
8.356.062
Total Acumulado
15.848.135
5.021.121
31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006

43. PARTES RELACIONADAS

Os saldos e transacções efectuados com entidades relacionadas durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, podem ser detalhados como segue:

Vendas e prestações de serviços Compras e serviços recebidos
Transacções 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Empresa - Mãe, filiais excluidas e participadas (a) 1.063.869 2.008.511 1.898.353 1.317.749
Empresas associadas 429.720 625.249 1.323.457 2.053.718
Entidades parceiras e accionistas 167.505.008 143.340.910 8.560.656 8.535.923
168.998.597 145.974.670 11.782.466 11.907.390
Juros auferidos Juros suportados
Transacções 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Empresa - Mãe, filiais excluidas e participadas (a) 1.152.465 8.473 71.777 -
Empresas associadas 3.863 14.928 - -
Entidades parceiras e accionistas 1.171.109 2.947.471 9.359.464 2.167.249
2.327.437 2.970.872 9.431.241 2.167.249
Contas a receber Contas a pagar
Saldos 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Empresa - Mãe, filiais excluidas e participadas (a) 98.684 2.201.875 469.379 637.633
Empresas associadas 393.405 615.530 94.440 85.726
Entidades parceiras e accionistas 32.520.201 30.609.852 4.117.245 24.264.296
33.012.290 33.427.257 4.681.064 24.987.655
Empréstimos Empréstimos
Obtidos Concedidos
Saldos 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Empresa - Mãe, filiais excluidas e participadas (a) - - - 6.402.716
Empresas associadas - - 17.407.225 9.268.663
Entidades parceiras e accionistas 2.340.818 91.240.406 - 19.868.000
2.340.818 91.240.406 17.407.225 35.539.379

(a) A empresa Mãe que está a ser considerada é a Efanor Investimentos, SGPS, SA; os valores existentes com a Sonae SGPS, SA estão incluídos em entidades parceiras.

44. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Total
acumulado
Total
acumulado
Resultados das actividades continuadas
Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido
por acção básico (resultado líquido do período)
8.579.431 (6.166.995)
Efeito das acções potenciais - -
Juro das obrigações convertiveis (líquido de imposto) - -
Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido
por acção diluído
8.579.431 (6.166.995)
Numero de acções
Número médio ponderado de acções para efeito de
cálculo do resultado líquido por acção básico
250.000.000 250.000.000
Efeito das acções potenciais
decorrentes das obrigações convertiveis - -
Número médio ponderado de acções para efeito de
calculo do resultado liquido por acção diluído
250.000.000 250.000.000
Resultado por acção (básico e diluído):
Actividades Continuadas 0,034318 (0,024668)
Actividades Descontinuadas 0,025660 0,033424
Total Acumulado 0,059977 0,008756

Não existem instrumentos convertíveis sobre acções da Sonae Capital, SGPS, SA, pelo que não existe diluição dos resultados.

45. RECEBIMENTOS / PAGAMENTOS DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Os recebimentos e pagamentos de investimentos financeiros ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 podem ser analisados como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Recebimentos Pagamentos Recebimentos Pagamentos
Aquisição da SC Insurance - - - 37.500.000
Aquisição de acções Sonae Turismo - - - 91.795.896
Aquisição de acções Sonae Indústria - - - 8.846.992
Aquisição da DMJB - 22.000.000 - -
Aquisição da Cooper Gay - 15.058.760 - -
Aquisição da Imoponte - 5.825.001 - -
Prestações suplementares Norscut - 5.927.817 - -
Aquisição da Arbiworld - 9.988.557 - -
Aquisição parcial da SC - Eng.e Prom. Imob.SGPS - 7.963.000 - -
Pagamento de filiais adquiridas em 2005 - 7.557.860 - -
Redução de capital da Contacto 11.200.000 - - -
Alienação da Safira 5.000.000 - - -
Alienação parcial da Barbaridade Glass 11.280.191 - 4.472.044 -
Alienação da MDS 45.500.000 - - -
Alienação da Lazam 11.300.000 - - -
Alienação da Cooper Gay 13.729.189 - - -
Alienação da Star Viagens - - 9.768.416 -
Alienação da Granosalis 11.000.000 - 10.000.000 -
Outros 5.890.382 5.838.258 1.121.274 4.812.442
Actividades Continuadas 114.899.762 80.159.253 25.361.734 142.955.330
Actividades Descontinuadas (11.200.000) - - -
Total Acumulado 103.699.762 80.159.253 25.361.734 142.955.330

46. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foram identificados como segmentos primários os seguintes negócios:

  • Turismo
  • Spred
  • Holding e Outras

Não foram identificados segmentos secundários pelo facto do Grupo desenvolver a sua actividade fundamentalmente em Portugal sendo que as operações no estrangeiro não têm relevância para se apresentar como segmento geográfico.

Os contributos dos principais segmentos de negócio para a Demonstração de Resultados consolidada dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 podem ser analisados como segue:

31.Dezembro.2007
TOTAL ACUMULADO Turismo Spred Holding Ajustamentos Consolidado
Proveitos operacionais
Vendas 16.233.606 65.614.146 - - 81.847.752
Prestações de serviços 40.189.659 177.974.939 2.132.836 - 220.297.434
Outros proveitos operacionais 5.191.649 35.757.369 598.482 - 41.547.500
61.614.914 279.346.454 2.731.318 - 343.692.686
Proveitos intersegmentos 896.371 26.432.714 253.138 (27.582.223) -
62.511.285 305.779.168 2.984.456 (27.582.223) 343.692.686
Cash-flow operacional (EBITDA) 2.527.710 13.377.773 (1.349.269) 362.288 14.918.502
Amortizações e depreciações (6.289.845) (1.203.074) (107.205) - (7.600.124)
Provisões e perdas por imparidade (551.700) (1.050.258) - - (1.601.958)
1
Reversão de provisões e de perdas por imparidade
143.074 1.807.894 100.000 - 2.050.968
Resultados operacionais (EBIT) (4.170.761) 12.932.335 (1.356.474) 362.288 7.767.388
Resultados financeiros (17.051.468) 1.534.165 8.095.423 - (7.421.880)
Resultados relativos a empresas associadas - - - 857.332 857.332
Resultados relativos a investimentos (1.198.577) 132.641 10.963.250 2.185.824 12.083.138
Resultado antes de impostos (22.420.806) 14.599.141 17.702.199 3.405.444 13.285.978
Imposto sobre o rendimento 7.138.790 (4.386.180) (190.453) - 2.562.157
Resultado Líquido (15.282.016) 10.212.961 17.511.746 3.405.444 15.848.135
- atribuível aos accionistas da empresa-mãe 14.994.319
- atribuível a interesses minoritários 853.816
31.Dezembro.2006
TOTAL ACUMULADO Turismo Spred Holding e Outras Ajustamentos Consolidado
Proveitos operacionais
Vendas 7.249.149 56.936.272 - - 64.185.421
Prestações de serviços 23.741.911 176.020.213 2.593.849 - 202.355.973
Outros proveitos operacionais 7.517.923 43.095.658 866.112 - 51.479.693
38.508.983 276.052.143 3.459.961 - 318.021.087
Proveitos intersegmentos 2.608.463 6.073.947 - (8.682.410) -
41.117.446 282.126.090 3.459.961 (8.682.410) 318.021.087
Cash-flow operacional (EBITDA) (5.363.729) 14.595.670 (58.897) (1.208.257) 7.964.787
Amortizações e depreciações (4.814.437) (1.182.917) (100.475) 74.233 (6.023.596)
Provisões e perdas por imparidade (2.743.299) (1.104.408) - (117.292) (3.964.999)
1
Reversão de provisões e de perdas por imparidade
296.786 2.825.528 100.000 - 3.222.314
Resultados operacionais (EBIT) (12.624.679) 15.133.875 (59.372) (1.251.317) 1.198.507
Resultados financeiros (13.831.124) 1.022.443 12.465.294 - (343.387)
Resultados relativos a empresas associadas - - - 4.955.450 4.955.450
Resultados relativos a investimentos (801.104) 131.718 4.233.620 (15.246) 3.548.988
Resultado antes de impostos (27.256.907) 16.288.036 16.639.542 3.688.887 9.359.558
Imposto sobre o rendimento 650.633 (4.818.176) (170.894) - (4.338.437)
Resultado Líquido (26.606.274) 11.469.860 16.468.648 3.688.887 5.021.121
- atribuível aos accionistas da empresa-mãe 2.189.067
- atribuível a interesses minoritários 2.832.054

1 Valor incluido em Outros proveitos operacionais mas utilizado no calculo do Cash-flow operacional (EBITDA).

Os contributos dos principais segmentos de negócio para os Balanços consolidados dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 podem ser analisados como segue:

31.Dezembro.2007
TOTAL ACUMULADO Turismo Spred Holding Ajustamentos Consolidado
Imobilizado
Incorpóreo 593.936 218.158 - - 812.094
Corpóreo 301.842.053 26.612.633 575.220 - 329.029.906
2
Diferenças de consolidação
- - - 63.796.454 63.796.454
Investimentos 2.451.539 10.571.412 99.803.510 (16.654.526) 96.171.935
Activos por impostos diferidos 13.558.815 762.105 - - 14.320.920
Outros activos 197.350.492 262.464.964 323.309.310 (514.392.126) 268.732.640
Caixa, Equivalentes de Caixa e Invest. Correntes 20.222.050 2.662.597 21.449.693 - 44.334.340
Total do activo 536.018.885 303.291.869 445.137.733 (467.250.198) 817.198.289
Passivos não correntes
Empréstimos 120.455.895 21.231.691 49.766.000 - 191.453.586
Passivos por impostos diferidos 2.307.082 5.219.288 - - 7.526.370
Outros passivos não correntes 224.906.319 63.900.370 8.723.393 (241.725.183) 55.804.899
Passivos correntes
Empréstimos 3.597.104 21.153.900 - - 24.751.004
Outros passivos correntes 224.273.698 99.070.392 95.414.547 (274.703.600) 144.055.037
Total do passivo 575.540.098 210.575.641 153.903.940 (516.428.783) 423.590.896
Investimento técnico 73.123.914 31.406.734 24.084 - 104.554.732
1
Dívida Bruta
124.052.999 42.385.591 49.766.000 - 216.204.590
1
Dívida Líquida
103.830.949 39.722.994 28.316.307 - 171.870.250
31.Dezembro.2006
TOTAL ACUMULADO Turismo Spred Holding e Outras Ajustamentos Consolidado
Imobilizado
Incorpóreo 605.453 378.821 - - 984.274
Corpóreo 283.935.911 12.615.877 658.340 (11.359.037) 285.851.091
2
Diferenças de consolidação
- - - 49.033.430 49.033.430
Investimentos 2.436.540 8.400.295 98.473.362 (6.662.725) 102.647.472
Activos por impostos diferidos 3.770.504 971.642 - - 4.742.146
Outros activos 138.817.588 176.166.281 199.906.442 (262.461.785) 252.428.526
Caixa, Equivalentes de Caixa e Invest. Correntes 3.926.075 5.141.872 7.065.303 (220.000) 15.913.250
Total do activo 433.492.071 203.674.788 306.103.447 (231.670.117) 711.600.190
Passivos não correntes
Empréstimos 84.891.705 1.500.000 - - 86.391.705
Passivos por impostos diferidos 645.530 4.277.988 - - 4.923.518
Outros passivos não correntes 173.631.941 29.875.751 21.312.100 (136.589.995) 88.229.797
Passivos correntes
Empréstimos 44.530.194 2.828.159 193 - 47.358.546
Outros passivos correntes 142.987.411 106.613.318 60.688.819 (117.824.014) 192.465.534
Total do passivo 446.686.781 145.095.216 82.001.112 (254.414.009) 419.369.102
Investimento técnico 98.406.453 9.677.818 30.576 - 108.114.847
1
Dívida Bruta
129.421.899 4.328.159 64.225.473 - 197.975.531
1
Dívida Líquida
125.495.824 (813.713) 57.160.170 220.000 182.062.281

Inclui a divida à Sonae, SGPS, SA.

2 A alocação das diferenças de consolidação pode ser detalhada como segue:

TOTAL ACUMULADO 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Turismo 36.714.382 37.642.520
Spred 13.029.917 9.469.277
Holding e Outras 14.052.155 1.921.633
Total 63.796.454 49.033.430
31.Dezembro.2007
ACTIVIDADES CONTINUADAS Turismo Spred Holding Ajustamentos Consolidado
Proveitos operacionais
Vendas 16.243.521 78.568.108 - - 94.811.629
Prestações de serviços 40.596.354 59.698.185 2.171.023 - 102.465.562
Outros proveitos operacionais 4.289.384 3.286.357 626.597 - 8.202.339
61.129.259 141.552.650 2.797.620 - 205.479.530
Proveitos intersegmentos 1.382.026 220.823 186.836 (1.789.685) -
62.511.285 141.773.473 2.984.456 (1.789.685) 205.479.530
Cash-flow operacional (EBITDA) 2.527.710 7.917.247 (1.349.269) 17.135 9.112.824
Amortizações e depreciações (6.289.845) (969.175) (107.205) 42.096 (7.324.129)
Provisões e perdas por imparidade (551.700) (171.029) - - (722.729)
1
Reversão de provisões e de perdas por imparidade
143.074 313.897 100.000 - 556.971
Resultados operacionais (EBIT) (4.170.762) 7.090.940 (1.356.474) 59.231 1.622.935
Resultados financeiros (17.051.468) (1.047.963) 8.095.423 5.857 (9.998.151)
Resultados relativos a empresas associadas - - - 857.332 857.332
Resultados relativos a investimentos (1.198.577) 132.641 10.963.250 2.244.662 12.141.976
Resultado antes de impostos (22.420.807) 6.175.618 17.702.199 3.167.082 4.624.092
Imposto sobre o rendimento 7.138.790 (2.137.251) (190.453) (1.931) 4.809.155
Resultado Líquido (15.282.017) 4.038.367 17.511.746 3.165.151 9.433.247
- atribuível aos accionistas da empresa-mãe 8.579.431
- atribuível a interesses minoritários 853.816
31.Dezembro.2006
ACTIVIDADES CONTINUADAS Turismo Spred Holding e Outras Ajustamentos Consolidado
Proveitos operacionais
Vendas 7.249.149 68.750.063 - - 75.999.212
Prestações de serviços 23.917.382 62.927.019 2.570.619 - 89.415.020
Outros proveitos operacionais 7.169.452 3.937.949 560.664 - 11.668.066
38.335.983 135.615.031 3.131.283 - 177.082.298
Proveitos intersegmentos 2.781.463 222.776 293.740 (3.297.979) -
41.117.446 135.837.807 3.425.023 (3.297.979) 177.082.298
Cash-flow operacional (EBITDA) (5.363.729) 7.506.630 (58.897) (1.835.804) 248.200
Amortizações e depreciações (4.814.437) (953.402) (100.475) 74.233 (5.794.081)
Provisões e perdas por imparidade (2.743.299) (432.443) - (117.292) (3.293.034)
1
Reversão de provisões e de perdas por imparidade
296.786 99.208 100.000 - 495.994
Resultados operacionais (EBIT) (12.624.678) 6.219.993 (59.373) (1.878.861) (8.342.919)
Resultados financeiros (13.831.124) (593.214) 12.465.293 - (1.959.045)
Resultados relativos a empresas associadas - - - 4.955.450 4.955.450
Resultados relativos a investimentos (801.104) 131.718 4.233.620 (15.246) 3.548.988
Resultado antes de impostos (27.256.906) 5.758.497 16.639.540 3.061.343 (1.797.526)
Imposto sobre o rendimento 650.633 (2.017.154) (170.894) - (1.537.415)
Resultado Líquido (26.606.273) 3.741.343 16.468.646 3.061.343 (3.334.941)
- atribuível aos accionistas da empresa-mãe (6.166.995)
- atribuível a interesses minoritários 2.832.054

1 Valor incluido em Outros proveitos operacionais mas utilizado no calculo do Cash-flow operacional (EBITDA).

Os contributos dos principais segmentos de negócio para os Balanços consolidados dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 podem ser analisados como segue:

31.Dezembro.2007
ACTIVIDADES CONTINUADAS Turismo Spred Holding Ajustamentos Consolidado
Imobilizado
Incorpóreo 593.936 209.601 - - 803.537
Corpóreo 301.842.053 26.337.373 575.219 (716.397) 328.038.248
2
Diferenças de consolidação
- - - 62.517.465 62.517.465
Investimentos 2.451.539 10.571.412 99.803.510 (16.654.526) 96.171.935
Activos por impostos diferidos 13.558.815 558.925 - - 14.117.740
Outros activos 197.350.492 158.317.755 323.309.310 (428.803.030) 250.174.527
Caixa, Equivalentes de Caixa e Invest. Correntes 20.222.050 2.286.668 21.449.693 (1.362) 43.957.049
Total do activo 536.018.885 198.281.734 445.137.732 (383.657.850) 795.780.501
Passivos não correntes
Empréstimos 120.455.895 21.231.691 49.766.000 - 191.453.586
Passivos por impostos diferidos 2.307.082 - - - 2.307.082
Outros passivos não correntes 224.906.319 53.985.780 8.723.393 (241.712.002) 45.903.490
Passivos correntes
Empréstimos 3.597.104 21.153.900 - - 24.751.004
Outros passivos correntes 224.273.698 43.053.654 95.414.545 (189.168.552) 173.573.345
Total do passivo 575.540.098 139.425.025 153.903.938 (430.880.554) 437.988.507
Investimento técnico 73.045.626 31.257.747 24.084 - 104.327.457
1
Dívida Bruta
124.052.999 42.385.591 49.766.000 - 216.204.590
1
Dívida Líquida
103.830.949 40.098.923 28.316.307 1.362 172.247.541
Turismo Spred Holding e Outras Ajustamentos Consolidado
605.453 370.264 - - 975.717
283.935.911 12.040.833 658.340 (11.784.604) 284.850.480
- - - 47.754.532 47.754.532
2.436.539 3.350.882 103.522.775 (6.662.724) 102.647.472
3.770.504 651.945 - - 4.422.449
138.818.588 74.026.208 197.950.885 (180.160.596) 230.635.085
3.926.075 3.503.384 7.065.303 1.223.392 15.718.154
433.493.070 93.943.516 309.197.303 (149.630.000) 687.003.889
84.891.705 1.500.000 - - 86.391.705
645.530 - - - 645.530
173.631.941 18.588.856 20.000.000 (135.277.895) 76.942.902
44.530.194 2.828.159 193 - 47.358.546
142.987.411 56.622.168 60.045.363 (35.719.866) 223.935.076
446.686.781 79.539.183 80.045.556 (170.997.761) 435.273.759
98.071.431 9.321.397 30.576 - 107.423.404
129.421.899 4.328.159 64.225.473 - 197.975.531
182.257.377
31.Dezembro.2006
125.495.824
824.775
57.160.170 (1.223.392)

Inclui a divida à Sonae, SGPS, SA.

2 A alocação das diferenças de consolidação pode ser detalhada como segue:

ACTIVIDADES CONTINUADAS 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Turismo 36.714.298 36.363.625
Spred 11.171.929 9.469.278
Holding e Outras 14.631.238 1.921.629
Total 62.517.465 47.754.532

Os contributos dos principais segmentos de negócio para os Fluxos de Caixa consolidados dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 podem ser analisados como segue:

31.Dezembro.2007
Turismo Spred Consolidado
Actividades operacionais (6.340.756) (1.079.095) (26.860) (7.446.711)
Actividades de investimento (17.454.154) 42.211.588 19.968.681 44.726.115
Actividades de financiamento (7.711.028) 21.425.883 (22.582.773) (8.867.918)
Variação de caixa e equivalentes
Actividades Continuadas (31.505.938) 62.558.376 (2.640.952) 28.411.486
Actividades Descontinuadas 15.166.626 (15.016.096) 33.315 183.845
Total Acumulado (16.339.312) 47.542.280 (2.607.637) 28.595.331
31.Dezembro.2006
Turismo
Spred
Holding Consolidado
Actividades operacionais 3.709.594 1.550.175 1.038.344 6.298.113
Actividades de investimento 6.338.547 5.123.430 (106.589.235) (95.127.258)
Actividades de financiamento 41.303.246 (1.146.249) 62.155.224 102.312.221
Variação de caixa e equivalentes
Actividades Continuadas 51.351.387 5.527.356 (43.395.667) 13.483.076
Actividades Descontinuadas (21.260.852) 20.527.161 (29.249) (762.940)
Total Acumulado 30.090.535 26.054.517 (43.424.916) 12.720.136

Os colaboradores do Grupo podem ser analisados como segue:

31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006
Turismo 532 458
Spred 1.002 882
Holding e Outras 27 13
Actividades Continuadas 1.561 1.353
Actividades Descontinuadas 167 163
Total Acumulado 1.728 1.516

47. EVENTOS SUBSEQUENTES

Em 21 de Fevereiro de 2008, a Sonae Capital alienou através da sua participada SC - Engenharia e Promoção Imobiliária, SGPS, SA a totalidade do capital social da Contacto - Sociedade de Construções, SA à Soares da Costa Construções, SGPS, SA uma vez que foi obtida a declaração de não oposição da Autoridade da Concorrência. A alienação foi efectuada pelo preço global de 81,5 milhões de euros.

Em 3 de Março de 2008, a SC, SGPS, SA (filial integralmente detida pela Sonae Capital, SGPS, SA) emitiu, nesta data, um empréstimo obrigacionista, por subscrição particular, no montante de 50.000.000 euros, sem garantias e pelo prazo de dez anos, com put option a partir do final do oitavo ano.

48. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 12 de Março de 2008. Contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 31 DE DEZEMBRO DE 2007

BALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007

(Montantes expressos em euros )

ACTIVO Notas
ACTIVOS NÃO CORRENTES:
Investimentos
Outros activos não correntes
Total de activos não correntes 3
4
382.638.253
49.749.000
432.387.253
ACTIVOS CORRENTES:
Outros activos correntes
Caixa e equivalentes de caixa
Total de activos correntes 5
6
23.901
1.363
25.264
TOTAL DO ACTIVO 432.412.517
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social
Outras reservas
Resultado líquido do período
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
7
8
250.000.000
132.638.253
(2.012)
382.636.241
PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos obrigacionistas
Total de passivos não correntes 9 49.766.000
49.766.000
PASSIVO CORRENTE:
Fornecedores
Outras dívidas a terceiros
Estado e outros entes públicos
Outros passivos correntes
Total de passivos correntes 11
12
800
1.994
25
7.457
10.276
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 432.412.517
O anexo faz partes destas demonstrações financeiras.
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

João Manuel Morais Pereira Russo

Belmiro Mendes de Azevedo

José Luís dos Santos Lima Amorim

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

PARA O PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007

(Montantes expressos em euros )

Notas
Custos operacionais
Fornecimentos e serviços externos 14 (2.479)
Outros custos operacionais 15 (255)
Total de custos operacionais (2.734)
Resultados operacionais (2.734)
Proveitos e ganhos financeiros 16 8.301
Custos e perdas financeiras 16 (7.579)
Resultados financeiros 722
Resultado antes de impostos (2.012)
Imposto sobre o rendimento -
Resultado do período (2.012)

O anexo faz partes destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas

João Manuel Morais Pereira Russo

O Conselho de Administração

Belmiro Mendes de Azevedo

José Luís dos Santos Lima Amorim

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS

PARA O PERÍODO FINDO EM31 DE DEZEMBRO DE 2007

(Montantes expressos em euros )

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Oanexo faz parte destas demonstrações financeiras.

OTécnico Oficial de Contas

JoãoManuel Morais Pereira Russo OConselho de Administração

BelmiroMendes de Azevedo

JoséLuís dos Santos Lima Amorim

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA O PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007

(Montantes expressos em euros )

ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (15.515)
Fluxo das actividades operacionais [1] (15.515)
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos concedidos 49.749.000
Fluxo das actividades investimento [2] 49.749.000
(49.749.000)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 50.000.000
50.000.000
Pagamentos respeitantes a:
Juros e custos similares
234.122
(234.122)
Fluxo das actividades de financiamento [3] 49.765.878
Variação de caixa e seus equivalentes 1.363
Caixa e seus equivalentes início periodo -
Caixa e seus equivalentes no fim do período 1.363

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas

João Manuel Morais Pereira Russo Belmiro Mendes de Azevedo

O Conselho de Administração

José Luís dos Santos Lima Amorim

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS A 31 DE DEZEMBRO DE 2007

(Montantes expressos em euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A SONAE CAPITAL, S.G.P.S., S.A. ("Empresa" ou "Sonae Capital") tem a sua sede no Lugar do Espido, Via Norte, Apartado 3053, 4471- 907 Maia, Portugal, e, foi constituída por escritura pública em 14 de Dezembro de 2007, na sequência do destaque da Sonae, S.G.P.S., S.A., na modalidade de cisão simples conforme previsto na alínea a) do artº118ºdo Código das Sociedades Comerciais, da participação correspondente à totalidade do capital social da sociedade anteriormente designada Sonae Capital, S.G.P.S., S.A., actual SC, S.G.P.S., S.A..

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras individuais são as seguintes:

2.1 Bases de apresentação

Estas demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IFRS") emitidas pelo "International Accounting Standards Board" ("IASB") e Interpretações emitidas pelo "International Financial Reporting Interpretations Committee" ("IFRIC") ou pelo anterior "Standing Interpretations Committee" ("SIC"), em vigor em 1 de Janeiro de 2007.

Estas demonstrações financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico.

2.2 Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito o método da taxa de juro efectiva.

2.3 Instrumentos financeiros

a) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

  • Investimentos detidos até ao vencimento
  • Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
  • Investimentos disponíveis para venda

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais a Empresa tem intenção e capacidade de os manter até essa data. Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são classificados como Investimentos correntes. Os investimentos disponíveis para venda são classificados como Activos não correntes.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que a Empresa adquire tendo em vista a sua alienação num período de tempo e são classificados no balanço como Investimentos correntes.

A Empresa classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até à maturidade. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é considerado como sendo o valor pago, incluindo despesas de transacção, no caso de investimentos disponíveis para venda.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço (medido pela cotação ou valor de avaliação independente), sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas resultantes da alteração de justo valor dos instrumentos financeiros valorados a justo valor através de resultados são registados nas demonstrações de resultados na rubrica de resultados financeiros.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado, através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Investimentos em subsidiárias e associadas

Os investimentos em partes de capital de empresas subsidiárias e associadas são mensurados de acordo com o estabelecido no IAS 27 ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

c) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.

d) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme política definida na Nota 2.4. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.

e) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal.

f) Instrumentos derivados

-

A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

Os critérios utilizados pela Empresa para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados.

g) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos bancários de curto prazo, no balanço.

2.4 Rédito e especialização dos exercícios

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.5 Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais.

2.6 Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras incluem:

  • a) Vidas úteis do activo tangível e intangível;
  • b) Registo de ajustamentos aos valores do activo e provisões;
  • c) Análise de imparidade de empréstimos e de investimentos em subsidiárias e em associadas;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras são descritos nas correspondentes notas anexas nas situações aplicáveis.

2.7 Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base no resultado tributável da Empresa de acordo com as regras fiscais em vigor em Portugal.

3. INVESTIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos investimentos era o seguinte:

Investimentos em empresas do grupo e associadas 382.638.253 382.638.253

3.1 Investimentos em empresas do grupo e associadas

Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos investimentos em empresas do grupo e associadas era o abaixo indicado. Os investimentos registados ao custo de aquisição correspondem a investimentos não negociados em mercados regulamentados e para os quais o justo valor não é fiavelmente estimável.

Empresa % de
detenção
Saldo inicial Aumentos Diminuições Variação de
justo valor
Transferências /cisão Saldo final
Investimentos registados ao custo de aquisição:
SC, S.G.P.S., S.A. 100,00% - - -
382.638.253
382.638.253
Total - - - -
382.638.253
382.638.253

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 ocorreu a cisão da participação financeira da Sonae, S.G.P.S., S.A. na SC, S.G.P.S., S.A. (anteriormente designada Sonae Capital, S.G.P.S., S.A.). A operação consubstanciou-se no destaque da totalidade das acções representativas do capital social da SC, S.G.P.S., S.A. detida pela Sonae, S.G.P.S., S.A. pelo seu valor contabilístico de 382.638.253 Euros, para com ela constituir a nova sociedade Sonae Capital, S.G.P.S., S.A..

4. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

Empréstimos concedidos a empresas do grupo: Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos outros activos não correntes era o seguinte:

SC, S.G.P.S., S.A. 49.749.000 -

49.749.000 -

23.901 286.466

Não existiam activos vencidos ou em imparidade em 31 de Dezembro de 2007. O justo valor dos empréstimos concedidos a empresas do Grupo é, genericamente, similar ao seu valor contabilístico.

5. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos outros activos correntes era o seguinte:

Acréscimos de proveitos 8.301
146.979
Custos diferidos 15.600
139.487

6. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:

Depósitos bancários 1.363
Caixa e equivalentes de caixa no balanço 1.363 #REF!
Descobertos Bancários -
Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de caixa 1.363 #REF!

7. CAPITAL SOCIAL

Em 31 de Dezembro de 2007 o capital social está representado por 250.000.000 de acções ordinárias escriturais, com o valor nominal unitário de 1 euro.

8. OUTRAS RESERVAS

Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica Outras reservas refere-se ao valor global da reserva de cisão (Nota 1), e corresponde ao diferencial entre o valor contabilístico da participação na SC, S.G.P.S., S.A. (382.683.253 Euros) que foi destacado da Sonae, S.G.P.S., S.A. para a Empresa e o valor do capital social da Empresa (250.000.000 Euros).

9. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS

Em 31 de Dezembro de 2007 os Empréstimos tinham o seguinte detalhe:

31.Dezembro.2007
Montante utilizado
Limite Corrente Não Corrente
Empréstimos por Obrigações
Obrigações Sonae Capital 2007/2012 - 1ºemissão 20.000.000
Obrigações Sonae Capital 2007/2012 - 2ºemissão 30.000.000
Custos de montagem de financiamentos (234.000)
Empréstimos por Obrigações - 49.766.000

Empréstimo obrigacionista Sonae Capital SGPS – 2007/2012 1ª emissão no valor de 20.000.000 euros, reembolsável ao fim de 5 anos, numa única prestação em 31 de Dezembro de 2012, salvo se ocorrer reembolso antecipado, total ou parcial, o qual poderá ocorrer em 31 de Dezembro de 2010.

Empréstimo obrigacionista Sonae Capital SGPS – 2007/2012 2ª emissão no valor de 30.000.000 euros, reembolsável ao fim de 5 anos, numa única prestação em 31 de Dezembro de 2012.

Estes empréstimos obrigacionistas vencem juros semestralmente a taxas de juro Euribor a seis meses acrescidas de spreads que variam entre 0,50% e 0,60%.

Os empréstimos acima referidos não se encontram garantidos e o seu justo valor é considerado como estando próximo do seu valor contabilístico tendo em consideração que vencem juros a taxas variáveis de mercado.

Os intrumentos derivados estão registados ao justo valor (Nota 10)

O valor nominal dos empréstimos tem as seguintes maturidades:

31.Dezembro.2007
Capital Juros
N+1 - 2.684.000
N+2 - 2.684.000
N+3 20.000.000 2.684.000
N+4 - 1.610.400
N+5 30.000.000 1.614.873
Após N+5 - -
50.000.000 11.277.273

À data de 31 de Dezembro de 2007, as linhas de crédito disponíveis são:

31.Dezembro.2007
Compromissos inferiores
a 1 ano
Compromissos superiores
a 1 ano
Montantes de linhas disponíveis 8.750.000 -
Montantes de linhas contratadas 8.750.000 -

10. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Derivados de taxa de juro

Os instrumentos financeiros de cobertura utilizados pela Empresa existentes em 31 de Dezembro de 2007, respeitam a opções de taxa de juro ("cash flow hedges") contraídos com o objectivo de cobertura do risco de taxa de juro de empréstimos no montante de euros 50.000.000,00 cujo justo valor líquido nessa data ascendia a 0 euros. Em 31 de Dezembro de 2007, 30.000.000,00 de euros do montante de derivados registados dizem respeito a derivados que embora não cumprindo os requisitos para serem designados instrumentos de cobertura, contribuem para a redução da exposição à variação das taxas de juro ou para a optimização do custo do funding.

Estes instrumentos de cobertura de taxa de juro encontram-se avaliados pelo seu justo valor, à data do balanço, determinado por avaliações efectuadas pela Empresa com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e avaliações externas quando esses sistemas não permitem a valorização de determinados instrumentos. A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros teve por base, para os swaps, a actualização para a data do balanço dos "cash-flows" futuros resultantes da diferença entre a taxa de juro fixa do "leg" fixo do instrumento derivado e a taxa de juro variável indexante do "leg" variável do instrumento derivado. Para opções o justo valor é determinado com base no modelo de "Black-Scholes" e suas variantes.

Os princípios de cobertura de risco geralmente utilizados pela Empresa na contratação destes instrumentos financeiros de cobertura, são os seguintes:

  • "Matching" entre fluxos de caixa pagos e recebidos, i.e., existe coincidência entre as datas de refixação da taxa de juro dos financiamentos contratados com o banco e as datas de refixação da taxa de juro no derivado;
  • "Matching" perfeito entre indexantes: o indexante de referência no instrumento financeiro de cobertura e no financiamento ao qual o derivado está subjacente são coincidentes;
  • Num cenário de subida extrema de taxas de juro, o custo máximo do financiamento está limitado.

Selecção das contrapartes dos derivados com base na solidez financeira e no perfil de risco de crédito da mesma, sendo esse perfil de risco mensurado normalmente através de nota de "rating" atribuída por empresas de "rating" de reconhecido mérito. As contrapartes dos derivados são instituições financeiras de primeira linha, de elevado prestígio e reconhecimento nacional e internacional.

Justo valor de instrumentos financeiros derivados

O justo valor de instrumentos derivados encontra-se registado como segue:

31.Dezembro.2007
Activos Passivos
Derivados que não são de cobertura
Taxa de juro - -
Derivados de cobertura
Taxa de juro - -
Outros derivados
0 0
11. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe do estado e outros entes públicos era o seguinte:
Imposto do selo 25
25 -
12. OUTROS PASSIVOS CORRENTES
Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos outros passivos correntes era o seguinte:
Acréscimos de custos:
Juros a liquidar 7.457
7.457
-
13. ENTIDADES RELACIONADAS
Os saldos e transacções com entidades relacionadas podem ser resumidos como segue:
Empresas do grupo e associadas
Transacções
Juros obtidos 8.301
Juros suportados
Saldos
Contas a pagar 1.268
Empréstimos concedidos 49.749.000
Sonae Capital conforme identificadas nas demonstrações financeiras consolidadas. Consideram-se partes relacionadas todas as subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas pertencentes ao Grupo
Em 2007, não ocorreram transacções com os Administradores da sociedade nem lhes foram concedidos empréstimos.

Em 31 de Dezembro de 2007 não existiam saldos com os administradores da sociedade.

14. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe de fornecimentos e serviços externos era o seguinte:

Contencioso e notariado 468

Trabalhos especializados 2.011
2.479 -

15. OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS

Outros custos operacionais 255 255 - 16. RESULTADOS FINANCEIROS Custos e perdas financeiras Juros suportados: Relativos a obrigações não convertíveis (7.456) Outros (1) Outros custos e perdas financeiras (122) (7.579) - Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos resultados financeiros era o seguinte: Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos outros custos operacionais era o seguinte:

Proveitos e ganhos financeiros Juros obtidos 8.301 8.301 - Resultados financeiros 722 -

17. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 12 de Março de 2008. Contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas.

18. CUMPRIMENTO DE DISPOSIÇÕES LEGAIS

Decreto-Lei nº318/94 artº5ºnº4

Durante o período compreendido entre 14 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2007 foram celebrados contratos de suprimentos com as seguintes empresas:

SC, S.G.P.S., S.A. 49.749.000

O Técnico Oficial de Contas

João Manuel Morais Pereira Russo

O Conselho de Administração

Belmiro Mendes de Azevedo

José Luís dos Santos Lima Amorim

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE DO CONSELHO FISCAL CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA 31 DE DEZEMBRO DE 2007

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

Aos Accionistas da Sonae Capital, S.G.P.S., S.A.

Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que foi confiado ao Conselho Fiscal, submete-se à vossa apreciação este Relatório e Parecer que abrange a actividade desenvolvida pelo Conselho Fiscal e os documentos de prestação de contas consolidadas pró-forma e individuais da Sonae Capital, S.G.P.S., S.A., relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração da Sociedade.

Tomando em consideração a curta existência da Sociedade e o processo de cisão simples da qual resultou, o Conselho Fiscal acompanhou a evolução da actividade da Sociedade e suas principais participadas, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração e dos diversos servicos da Sociedade e ainda dos órgãos sociais e servicos das principais empresas participadas todas as informações e esclarecimentos solicitados.

No âmbito das suas funções, o Conselho Fiscal examinou os Balancos consolidados próforma e individuais em 31 de Dezembro de 2007, as Demonstrações consolidadas próforma e individuais dos resultados por naturezas, dos fluxos de caixa e das alterações no capital próprio para o exercício findo nesta data e os correspondentes anexos. Adicionalmente procedeu à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2007 preparado pelo Conselho de Administração. O Conselho Fiscal apreciou ainda a Certificação Legal de Contas emitida pelo Revisor Oficial de Contas, a qual mereceu o seu acordo e tomou conhecimento do Relatório de Auditoria também emitido pelo Revisor Oficial de Contas da Sociedade.

Face ao exposto, o Conselho Fiscal é de opinião que, as demonstrações financeiras consolidadas pró-forma e individuais supra referidas, o Relatório de Gestão, bem como a proposta de aplicação de resultados nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovadas em Assembleia Geral de Accionistas.

Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos diversos serviços da Sociedade e ainda aos órgãos sociais e serviços das empresas participadas o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram.

Maia, 12 de Março de 2008

O Conselho Fiscal

João Manuel Gonçalves Bastos

Jorge Manuel Felizes Morgado

Armando Luís Vieira de Magalhães

Declaração Nos termos do Arto 245, 1, al. c) do Código de Valores Mobiliários

Os signatários individualmente declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeira Consolidadas Pró-forma e Individuais e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento foram elaborados em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, do activo e do passivo, da situação financeira e do resultado consolidado pró-forma e individual do emitente e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Maia, 12 de Março de 2008

João Manuel Gonçalves Bastos Presidente do Conselho Fiscal

Jorge Manuel Felizes Morgado Vogal do Conselho Fiscal

Armando Luís Vieira de Magalhães Vogal do Conselho Fiscal

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA

Introdução

  1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e o Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada e individual contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras consolidadas e individuais anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 da Sonae Capital, S.G.P.S., S.A. (Empresa resultante da cisão simples da totalidade do capital social da então denominada Sonae Capital, S.G.P.S., S.A., actualmente denominada SC, S.G.P.S., S.A. – Nota Introdutória), as quais compreendem os Balanços consolidado e individual em 31 de Dezembro de 2007 (que evidenciam um total de 817.198.289 Euros e 432.412.517 Euros, respectivamente, e capitais próprios consolidados e individuais de 393.607.393 Euros e 382.636.241 Euros, respectivamente, incluindo um resultado líquido consolidado atribuível aos accionistas da Empresa de 14.994.319 Euros e um resultado líquido individual negativo de 2.012 Euros), as Demonstrações consolidadas pró-forma e individuais dos resultados por naturezas, dos fluxos de caixa e das alterações no capital próprio do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

    1. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas e individuais que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado e individual das suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados e individuais; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com as princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade da Empresa e do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados.
    1. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira consolidada e individual contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

  1. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas e individuais estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras consolidadas e individuais e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação, a aplicação do método da equivalência patrimonial e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas e individuais, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas consolidadas e individuais. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

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Opinião

  1. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas e individuais referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada e individual da Sonae Capital, S.G.P.S., S.A. em 31 de Dezembro de 2007, o resultado consolidado pró-forma e individual das suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados pró-forma e individuais no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia e a informação nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Ênfases

    1. Conforme mencionado na Nota Introdutória do Anexo às demonstrações financeiras consolidadas, em 14 de Dezembro de 2007 foi celebrada a escritura pública que formalizou a cisão simples da Sonae, S.G.P.S., S.A. por destaque do investimento financeiro representativo da totalidade do capital social da SC, S.G.P.S., S.A. (anteriormente denominada Sonae Capital, S.G.P.S., S.A.) para com ele constituir a nova Sonae Capital, S.G.P.S., S.A. Dado que, em substância, a actividade relativa aos exercícios de 2006 e 2007 das empresas que em 31 de Dezembro de 2007 constituem o Grupo Sonae Capital não foi alterada pela operação acima referida, as demonstrações financeiras consolidadas anexas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 e a informação comparativa relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 foram preparadas no pressuposto de que aquelas empresas já se encontravam numa relação de grupo naqueles exercícios, tendo em consideração os pressupostos e critérios enumerados na Nota 1.1 do Anexo às demonstrações financeiras consolidadas.
    1. Conforme referido na Nota Introdutória do Anexo às demonstrações financeiras individuais, a Sonae Capital, S.G.P.S., S.A. foi constituída em 14 de Dezembro de 2007. Deste modo, as suas demonstrações financeiras individuais do exercício de 2007 são referentes ao período compreendido entre 14 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2007.

Porto, 12 de Março de 2008

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por António Manuel Martins Amaral

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