Sport Lisboa e Benfica

Quarterly Report • Nov 30, 2008

Capital Social: € 75.000.005 Capital Próprio a 30 de Junho de 2008: € 23.035.653

Sede: Av. General Norton de Matos – Estádio do Sport Lisboa e Benfica – 1500-313 Lisboa Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa Número de Matrícula e de Identificação de Pessoa Colectiva: 504 882 066

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL (1T08)

Sede: Avenida General Norton de Matos – Estádio do Sport Lisboa e Benfica – 1500-313 Lisboa Período de Referência: Início: 01-07-2008 1º Trimestre 3º Trimestre 5º Trimestre (1) Fim: 30-09-2008 X X X BALANÇO Individual Consolidado (contém informação trimestral não auditada) IFRS IFRS Var. IFRS IFRS Var. 30.09.08 30.06.08 % 30.09.08 30.06.08 % ACTIVO 17.989.069 Activos fixos tangíveis 17.989.069 18.145.786 (0,86%) 18.145.786 (0,86%) 78.489.200 Activos intangíveis 78.489.200 66.493.564 18,04% 66.493.564 18,04% Activos financeiros 505.080 5.000 10.001,60% 480.961 - - Clientes 8.641.911 12.090.897 (28,53%) 8.641.911 12.090.897 (28,53%) Outros activos não correntes 15.246.962 15.368.453 (0,79%) 15.246.962 15.368.453 (0,79%) Total activos não correntes 120.872.222 112.103.700 7,82% 120.848.103 112.098.700 7,81% Clientes 28.251.203 25.557.761 10,54% 28.251.203 25.557.761 2.072.469 2.072.469 Accionistas/Empresas do grupo 674.928 207,07% 674.928 207,07% 3.043.980 Outros devedores correntes 3.043.980 2.973.789 2,36% 2.973.789 2,36% 11.298.851 Outros activos correntes 11.298.851 6.367.755 77,44% 6.367.755 77,44% Caixa e disponibilidades em bancos 4.245.619 409.343 937,18% 4.245.619 409.343 937,18% Total de activos correntes 48.912.122 35.983.576 35,93% 48.912.122 35.983.576 35,93% TOTAL DO ACTIVO 169.784.344 148.087.276 14,65% 169.760.225 148.082.276 14,64% CAPITAIS PRÓPRIOS Capital social 75.000.005 75.000.005 - 75.000.005 75.000.005 - Prémios de emissão 121.580 121.580 - 121.580 121.580 - (52.206.864) (0,23%) (52.090.932) (52.206.864) (0,22%) Resultados acumulados (52.085.932) Resultado líquido (1.985.833) 120.932 (1.742,11%) (2.004.952) 115.932 (1.829,42%) Total dos capitais próprios 21.049.820 23.035.653 (8,62%) 21.025.701 23.030.653 (8,71%) PASSIVO Provisões 3.782.299 3.911.438 (3,30%) 3.782.299 3.911.438 (3,30%) Empréstimos obtidos 38.870.734 40.099.902 (3,07%) 38.870.734 40.099.902 (3,07%) Fornecedores 7.987.742 7.981.025 0,08% 7.987.742 7.981.025 0,08% Outros credores não correntes 680.168 1.983.264 (65,70%) 680.168 1.983.264 (65,70%) Total de passivos não correntes 51.320.943 53.975.629 (4,92%) 51.320.943 53.975.629 (4,92%) 24.072.652 Empréstimos obtidos 24.072.652 11.217.588 114,60% 11.217.588 114,60% 25.185.136 Fornecedores 25.185.136 15.560.814 61,85% 15.560.814 61,85% Outros credores correntes 37.002.160 37.012.355 (0,03%) 37.002.160 37.012.355 (0,03%) Outros passivos correntes 11.153.633 7.285.237 53,10% 11.153.633 7.285.237 53,10% Total passivos correntes 97.413.581 71.075.994 37,06% 97.413.581 71.075.994 37,06% TOTAL DO PASSIVO 148.734.524 125.051.623 18,94% 148.734.524 125.051.623 18,94% TOTAL DOS CAPITAIS PRÓPRIOS E PASSIVO 169.784.344 148.087.276 14,65% 169.760.225 148.082.276 14,64%	Empresa:	Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD		NIPC:	504 882 066
							10,54%

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS	Individual			Consolidado
(contém informação trimestral não auditada)	IFRS 30.09.08 3 meses	IFRS 31.10.07 3 meses	Var. %	IFRS 30.09.08 3 meses	IFRS 31.10.07 3 meses	Var. %
Proveitos operacionais:
Prestação de serviços	12.366.869	12.303.208	0,52%	12.366.869	12.303.208	0,52%
Outros proveitos operacionais (1)	718.141	5.517.705	(86,98%)	718.141	5.517.705	(86,98%)
	13.085.010	17.820.913	(26,57%)	13.085.010	17.820.913	(26,57%)
Custos operacionais:
Fornecimentos e serviços de terceiros	(4.843.710)	(4.567.127)	6,06%	(4.843.710)	(4.567.127)	6,06%
Custos com pessoal	(8.609.045)	(7.924.945)	8,63%	(8.609.045)	(7.924.945)	8,63%
Amortizações (2)	(427.637)	(403.437)	6,00%	(427.637)	(403.437)	6,00%
Provisões do exercício			-			-
Outros custos operacionais (1)	(145.310)	(140.268)	3,59%	(145.310)	(140.268)	3,59%
	(14.025.702)	(13.035.777)	7,59%	(14.025.702)	(13.035.777)	7,59%
Amortizações e perdas de imparidade com passes de atletas	(5.388.555)	(3.840.860)	40,30%	(5.388.555)	(3.840.860)	40,30%
(Custos)/Proveitos com transacções de passes de atletas	5.231.091	11.259.047	(53,54%)	5.231.091	11.259.047	(53,54%)
	(157.464)	7.418.187	(102,12%)	(157.464)	7.418.187	(102,12%)
Resultados operacionais	(1.098.156)	12.203.323	(109,00%)	(1.098.156)	12.203.323	(109,00%)
Proveitos e ganhos financeiros	437.935	216.357	102,41%	437.935	216.357	102,41%
Custos e perdas financeiros	(1.313.396)	(3.283.043)	(59,99%)	(1.313.396)	(3.283.043)	(59,99%)
Resultados relativos a investimentos	-	-	-	(19.119)	-	-
Resultados financeiros	(875.461)	(3.066.686)	(71,45%)	(894.580)	(3.066.686)	(70,83%)
Resultados antes de impostos	(1.973.617)	9.136.637	(121,60%)	(1.992.736)	9.136.637	(121,81%)
Imposto sobre lucros	(12.216)	(10.147)	20,39%	(12.216)	(10.147)	20,39%
Resultado líquido do trimestre	(1.985.833)	9.126.490	(121,76%)	(2.004.952)	9.126.490	(121,97%)
Resultado por acção básico/diluído	(0,13)	0,61	(121,76%)	(0,13)	0,61	(121,97%)

(1) Excluíndo transacções de passes de atletas

(2) Excluíndo depreciações de passes de atletas

Análise às Demonstrações Financeiras

Na análise às demonstrações financeiras do 1º trimestre de 2008/2009, que compreendem o período de 1 de Julho a 30 de Setembro de 2008, salientamos que a sua comparabilidade com o trimestre do exercício anterior se encontra afectada, pelo facto do mesmo compreender o período de 1 de Agosto a 31 de Outubro de 2007. Esta situação está relacionada com a alteração do exercício social no ano anterior, que passou de 1 de Agosto a 31 de Julho do ano seguinte para 1 de Julho a 30 de Junho do ano seguinte. Desta forma, o exercício de 2007/2008 compreendeu apenas 11 meses de actividade, de forma a ajustar os exercícios económicos à época desportiva, tendo início a 1 de Agosto de 2007 e termo a 30 de Junho de 2008.

Adicionalmente, com base na informação disponível desde o exercício transacto nas aplicações de gestão, procedeu-se à alteração no exercício de 2007/2008 da forma de reconhecimento da percentagem de receitas com quotas transferidas pelo Sport Lisboa e Benfica, as quais deixaram de ser reconhecidas no momento da sua cobrança, passando a ser diferidas, após a sua cobrança, pelo período a que se reportam. Contudo, esta alteração foi apresentada pela primeira vez na prestação de informação de natureza económica e financeira semestral do exercício de 2007/2008, pelo que no âmbito da IAS 8, os valores comparativos apresentados com referência a 31 de Outubro de 2007 foram recalculados, tendo originado um impacto positivo nos resultados trimestrais de 802.879 euros face ao valor anteriormente reportado aquando da divulgação das contas relativas ao 1º trimestre de 2007/2008.

Os principais destaques na análise às demonstrações financeiras consolidadas são como segue:

• Os resultados operacionais correspondem a 1,1 milhões de euros negativos, sofrendo um decréscimo face ao período comparativo do exercício anterior, o qual é essencialmente explicado pela não participação na Liga dos Campeões na presente época, pela diminuição de mais-valias obtidas com a transacção de direitos desportivos de atletas e pelos investimentos efectuados no reforço da equipa principal de futebol;

• A não participação na Liga dos Campeões tem um impacto negativo de 4,8 milhões de euros na rubrica de Outros proveitos operacionais, que decresceu 86,98% no presente trimestre;
• No 1º trimestre de 2008/2009 foram alienados os direitos desportivos dos atletas Nélson Ramos, José Fonte e João Coimbra, que geraram no seu conjunto mais-valias no valor de 5,4 milhões de euros, as quais foram inferiores às obtidas no trimestre comparativo com as transferências dos atletas Manuel Fernandes, Anderson Cleber e Azar Karadas, que corresponderam a cerca de 11,3 milhões de euros;
• Os investimentos efectuados na aquisição dos direitos desportivos de novos atletas com o objectivo de reforçar com qualidade o plantel principal originaram o crescimento dos custos, principalmente no que se refere às amortizações com passes de atletas, que sofreram um acréscimo de 31% (o crescimento de 40,3% verificado na rubrica de Amortizações e perdas de imparidade com passes de atletas também inclui os custos com os abates do valor líquido dos atletas que rescindiram contrato);
• O resultado líquido do trimestre atingiu os 2 milhões de euros negativos, o que à semelhança dos resultados operacionais também representa um recuo face ao valor do período comparativo, tendo este decréscimo sido atenuado pela melhoria verificada nos resultados financeiros;
• Os resultados relativos a investimentos têm um impacto negativo de 19.119 euros no resultado líquido do trimestre, estando os mesmos relacionados com a fase embrionária da Benfica TV, constituída em 4 de Agosto de 2008 e que se encontra num período de realização de investimentos em detrimento de geração de proveitos;
• O activo cresceu 21,7 milhões de euros face a 30 de Junho de 2008, atingindo um montante global de 169,8 milhões de euros, o qual foi sustentado nos investimentos efectuados em novos atletas e no aumento generalizado nas rubricas de activos correntes;
• O passivo aumentou 18,94% face a 30 de Junho de 2008, o qual à semelhança do activo é essencialmente justificado pelos investimentos efectuados na equipa de futebol, que teve impacto no crescimento verificado nas rubricas de empréstimos obtidos e fornecedores dos passivos correntes;
• Os capitais próprios diminuíram para um montante de 21 milhões de euros a 30 de Setembro de 2008 devido ao resultado líquido negativo alcançado no presente trimestre.

Evolução da Actividade no Trimestre

A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD vem cumprir os seus deveres de prestação de informação de natureza económica e financeira, de acordo com o quadro normativo vigente, nomeadamente o disposto no Código das Sociedades Comerciais, Código dos Valores Mobiliários e nos Regulamentos da CMVM, relativo ao primeiro trimestre do exercício 2008/2009, que compreende o período de 1 de Julho a 30 de Setembro de 2008.

A experiência adquirida ao longo dos últimos exercícios permite acreditar que estão criadas as bases estruturantes que possibilitarão o início de um novo ciclo desportivo virtuoso. As razões que levam este Conselho de Administração a encarar o futuro com optimismo, ainda que comedido, são sobejamente conhecidas:

• o Benfica tem hoje um dos melhores estádios a nível mundial e um centro de formação único, quer em termos de modernidade, quer sobretudo a nível da qualidade prática das infra-estruturas;
• a recente nomeação de um Director Desportivo, com experiência comprovada neste sector, permite encarar as opções estratégicas no futebol com segurança acrescida;
• a nova equipa técnica possui uma qualidade de métodos de trabalho sem paralelo com o passado recente, tanto em termos metodológicos, como a nível de ferramentas, assistindo-se actualmente a uma evolução notável com resultados que começam já a ser percebidos e apreciados pelos accionistas, sócios e adeptos;
• por último, o plantel do Benfica possui este ano um valor inegável, que não se restringe apenas aos habituais titulares, dado que o esforço realizado, tanto em termos de retenção de talentos, como na captação de novos jogadores de elevado potencial, permite considerar este grupo de trabalho, no seu todo, como um dos melhores da última década.

No final da 9ª jornada, o Benfica ocupa o 2º lugar da Liga Sagres, apenas a um ponto do Leixões, o surpreendente líder da tabela classificativa, e já com quatro pontos de vantagem sobre o Nacional de Madeira, que ocupa o 3º lugar. Este início de época consistente nas provas nacionais, dado que também já foram ultrapassadas duas eliminatórias da Taça de Portugal, está em consonância com os objectivos definidos no início da temporada e com os investimentos efectuados para os alcançar, pelo que se pode considerar que, findo o primeiro trimestre, o Benfica se encontra a consolidar a criação de uma estrutura base com boas perspectivas de competir internamente em todas as provas.

No decorrer do 1º trimestre, o Benfica garantiu o concurso dos atletas Carlos Martins, Pablo Aimar, Reyes, Suazo e Sidnei, que juntamente com os reforços contratados no final da época transacta, permitiram construir um plantel de qualidade e com um maior número de opções à disposição da equipa técnica liderada pelo Sr. Enrique Sánchez Flores.

A aposta na formação e na prospecção, actualmente coordenadas pelo Director Desportivo com o objectivo de garantir uma total integração com os objectivos programados no Futebol Profissional, continuam a ser uma prioridade para a Sociedade. A afirmação no decorrer deste trimestre do atleta Miguel Vitor na equipa principal, o desempenho de diversos jovens jogadores formados pelo Benfica que se encontram emprestados a outros clubes com o objectivo de completar a sua evolução futebolística e a política de assegurar a permanência nos quadros do Benfica dos principais talentos identificados nas camadas jovens são exemplos dessa aposta.

O Conselho de Administração

Lisboa, 29 de Novembro de 2008