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Inapa-Inv. P. Gestao

Quarterly Report Nov 11, 2010

1935_10-q_2010-11-11_22a5ec65-b75f-45d1-8ab4-8482c1bc5064.pdf

Quarterly Report

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INAPA – INVESTIMENTOS, PARTICIPAÇÕES E GESTÃO, S.A.

(Sociedade Aberta)

Sede: Rua Castilho, n.º 44 – 3.º andar, 1250-071 Lisboa

Relatório de Gestão

Reportado a 30 de Setembro de 2010

1 – Destaques 2
2 - Factos relevantes 4
3 – Relatório de Gestão 5
3.1 - Performance económico-financeira 5
3.2 - Análise do mercado 8
3.3 - Perspectivas futuras 9
3.4 - Mercado de capitais 10
4 - Informação financeira consolidada intercalar 11
5 - Informação obrigatória 39
5.1 - Declaração de conformidade 39
5.2 - Valores mobiliários detidos pelos órgãos sociais 41
5.3 - Transacções de dirigentes 42
6 - Informação adicional 43

1 – Destaques

No terceiro trimestre de 2010 (3T10), os resultados líquidos acumulados consolidados da Inapa cresceram 346%, passando de 497 mil euros para 2,2 milhões de euros, face a igual período de 2009

Em volume, as vendas até ao 3T10 apresentaram um crescimento de 1,7% face a 2009 tendo passado de 662 mil para 673 mil toneladas, totalizando 713,7 milhões de euros.

De sublinhar a recuperação de actividade ocorrida durante o terceiro trimestre (3T10) que, comparativamente ao ano anterior, evidencia um crescimento de 1,8% em volume e 7,5% em receita, devido ao aumento dos níveis de preços médios face a igual período homólogo e à contribuição decorrente da aquisição do negócio da EBIX em Espanha e ao maior peso dos negócios complementares.

Em termos acumulados, até ao Setembro de 2010 a margem bruta subiu 0,4 p.p. para 18,3%.

O re-EBITDA cresceu 6,2% situando-se nos 23,7 milhões de euros, reflectindo-se num aumento de 0,1 p.p. da margem de re-EBITDA, atingindo os 3,3% até ao 3T10. Esta melhoria deveu-se sobretudo ao aumento do peso dos negócios complementares, que pesam já 6,5% das receitas e 12% do re-EBITDA consolidado e à contribuição positiva do negócio resultante da aquisição dos activos da EBIX em Espanha (aquisição concretizada em 2 de Julho de 2010).

Os resultados operacionais (EBIT) cresceram 8,4% para 17,8 milhões de euros, representando 2,5% das vendas.

Os resultados financeiros reduziram-se em 11% para 13,3 milhões de euros não obstante o aumento dos spreads verificado no mercado.

Os resultados do trimestre foram afectados negativamente pela constituição de provisões relativas a créditos decorrentes da alienação de participações financeiras ocorridas em anos anteriores no montante de 701 mil euros.

Após esse efeito, o resultado antes de imposto até Setembro de 2010 foi de 4,5 milhões de euros, um aumento de 192% face a igual período de 2009.

O capital circulante aumentou em 24,8 milhões de euros face a igual período de 2009. Esta evolução é explicada, na sua maioria, pelo incremento do capital circulante afecto à operação Espanhola, decorrente do seu aumento de actividade. Sem o impacto da EBIX, o aumento seria de 9,7 milhões de euros.

Em 30 de Setembro de 2010, a dívida líquida da Inapa era de 448,8 milhões de euros, representando um aumento de 25,9 milhões de euros face ao final de 2009 explicado pelo aumento do capital circulante antes referido.

Tabela 1_Principais indicadores consolidados
Milhões euros 3T10 3T09 Δ 10/09 Até Set-10 Até Set-09 Δ 10/09
Toneladas ('000) 223 219 1,8% 673 662 1,7%
Vendas 242,8 225,7 7,5% 713,7 702,3 1,6%
Margem bruta 43,6 39,9 9,2% 130,6 125,6 4,0%
Margem bruta (%) 18,0% 17,7% 0,3 pp 18,3% 17,9% 0,4 pp
Custos de exploração1 35,0 32,2 8,9% 102,8 99,2 3,6%
Provisões 1,0 1,2 -16,1% 4,1 4,0 1,0%
Re-EBITDA 7,6 6,6 15,4% 23,7 22,3 6,2%
Margem Re-EBITDA (%) 3,1% 2,9% 0,2 pp 3,3% 3,2% 0,1 pp
EBIT 5,3 4,6 16,3% 17,8 16,4 8,4%
Custos financeiros líquidos 4,0 4,2 -2,8% 13,3 14,9 -11,0%
Resultado antes de impostos 1,2 0,5 168,2% 4,5 1,5 192,2%
Resultado líquido 0,6 0,1 281,8% 2,2 0,5 346,1%
30-9-09 Δ 10/09 30-9-10 30-12-09 Δ 9 meses
Dívida líquida2 422,9 6,1% 448,8 422,1 6,3%
Capitais circulantes 200,8 12,3% 225,6 185,5 21,6%

(1) Exclui provisões (2) Inclui securitização

2 - Factos relevantes

Até ao terceiro trimestre foram registados os seguintes acontecimentos com impacto na evolução do negócio:

21/4/2010 Comunicação da celebração de acordo para a compra do negócio de distribuição
do Grupo Burgo em Espanha, explorado sob a insígnia EBIX
11/5/2010 Apresentação das Orientações Estratégicas para 2010-2012
2/7/2010 Formalização da aquisição do negócio da EBIX

Até à data de publicação do relatório não foram registados outros acontecimentos com impacto na evolução dos resultados.

3 – Relatório de Gestão

3.1 - Performance económico-financeira

A evolução das Economias Europeias onde Inapa opera registou uma melhoria no seu crescimento, designadamente a Alemanha e França, antevendo-se a manutenção dessa recuperação no futuro próximo.

O sector contínua marcado por algumas dificuldades económicas e financeiras de clientes e pelo aumento generalizado dos preços do papel em resultado do aumento dos custos de produção. Há a destacar a recuperação dos volumes vendidos em alguns mercados europeus, nomeadamente na Alemanha, França e Suíça (representam cerca de 80% das vendas do Grupo).

Essa mesma evolução reflecte-se no terceiro trimestre, tendo as vendas consolidadas ascendido a 242,8 milhões de euros, a que corresponde a um aumento de 7,5% face ao terceiro trimestre de 2009.

Em termos agregados, até Setembro de 2010, registou-se um aumento dos volumes de vendas de 1,7% (673 mil toneladas em 2010 e 662 mil em 2009) a par de um crescimento de 22% dos negócios complementares cuja facturação atingiu os 46,6 milhões de euros, aumentando o seu peso nas vendas consolidadas para 6,5%. A Inapa registou 713,7 milhões de euros, um acréscimo de 1,6% face a 2009.

Tabela 2_Evolução do negócio do papel, embalagem e comunicação visual
Milhões euros Até Set-09 Até Set-10
Vendas Peso Vendas Peso Δ 10/09
Papel 664,1 94,6% 667,0 93,5% 0,4%
Negócios complementares 38,1 5,4% 46,6 6,5% 22,3%
Embalagem1 20,4 2,9% 23,2 3,3% 13,9%
Comunicação visual 2 15,8 2,3% 18,5 2,6% 16,8%
Outros3 1,9 0,3% 5,0 0,7% 157,5%
Total 702,3 100% 713,7 100% 1,6%

Nota: Não inclui prestação de serviços. (1) Empresas de embalagem da Alemanha e França. (2) Empresa na Alemanha. (3) Cross-selling no negócio do papel, office supplies e graphic supplies

Principais mercados estão a recuperar volumes

Vendas no terceiro trimestre de 2010 aumentaram 7,5%

O preço médio do papel no 3T10 registou um aumento face ao segundo trimestre (de 1.013 euros por tonelada para 1.022 euros). Esta evolução é explicada pelo incremento sustentado no preço do papel que tem vindo a ser realizado pelos produtores durante este ano em resultado do aumento dos custos de produção e do reequilíbrio da oferta de papel no mercado.

O negócio da distribuição de papel até Setembro de 2010 representou 665,8 milhões de euros de vendas, um acréscimo de 0,3% face a igual período 2009.

A estratégia prosseguida de desenvolvimento dos negócios complementares permitiu, até Setembro de 2010, um crescimento de 22%, passando aqueles negócios a representar 6,5% das receitas consolidadas face a 5,4% em 2009. O negócio de embalagem cresceu 14%, com vendas acumuladas de 23,2 milhões de euros enquanto o negócio de comunicação visual aumentou em 17%, atingindo 18,5 milhões de euros.

A margem bruta consolidada no período foi de 18,3% reflectindo uma melhoria de 0,4 pontos percentuais, face a igual período de 2009, explicada pelo aumento do peso dos negócios complementares a par da melhoria do mix de vendas do papel.

Os custos de exploração do período, face aos três primeiros trimestres de 2009, tiveram um acréscimo de 3,6%, atingindo os 102,8 milhões de euros. A aquisição da operação da EBIX explica a maioria do acréscimo face ao trimestre anterior que não reflecte ainda as sinergias subjacentes aquele investimento.

A margem de re-EBITDA até Setembro de 2010, aumentou 0,1 pontos percentuais, atingindo 3,3%. Em valor absoluto o Grupo gerou 23,7 milhões de euros de EBITDA recorrente, 6,2% acima do valor de 2009. Este valor está em linha com os objectivos estratégicos traçados e é hoje uma das referências da indústria.

Os resultados operacionais (EBIT) cresceram 1,4 milhões de euros face a 2009, (um acréscimo de 8,4%) para os 17,8 milhões de euros, representando 2,5% das vendas, um valor que compara favoravelmente com o benchmark do sector.

Como reflexo dos níveis de dívida e não obstante o aumento de spreads ocorrido no mercado, os custos financeiros líquidos do período caíram 11%, situando-se nos 13,3 milhões de euros. As diferenças cambiais, sobretudo face ao franco Suíço, tiveram um impacto negativo acumulado de 525 mil euros.

Continua a subir o preço do papel

Negócios complementares com maior peso nas receitas do Grupo

Margem bruta teve uma evolução positiva

Custos de exploração estão estáveis

O re-EBITDA subiu 6,2%

O EBIT cresceu 1,4M€

Função financeira reduziu-se 11%

Os resultados do trimestre foram afectados negativamente pela constituição de provisões relativas a créditos decorrentes de contratos de alienação de participações financeiras ocorridas em anos anteriores, e que entraram em incumprimento, no montante de 701 mil euros.

Não obstante o impacto antes referido, em termos consolidados, os resultados antes de imposto acumulados subiram 192%, atingindo os 4,5 milhões de euros. Os resultados líquidos subiram de 497 mil euros em 2009 para 2,2 milhões de euros, um aumento de 346%.

Tabela 3_Evolução dos resultados
Milhões euros 3T09 3T10 Δ 10/09 Até Set-09 Até Set-10 Δ 10/09
Res. antes impostos 0,5 1,2 168% 1,5 4,5 192,2%
Impostos 0,3 0,7 114% 1,0 2,3 118,1%
Resultados líquidos 0,1 0,6 282% 0,5 2,2 346,1%
Resultados por acção 0,001 € 0,004 € 0,003 € 0,003 € 0,015 € 0,011 €

O capital circulante a 30 de Setembro de 2010 foi de 225,6 milhões de euros, o que representou um acréscimo de 24,8 milhões de euros face a 30 de Setembro de 2009, reflectindo já o impacto decorrente do aumento de negócio em Espanha gerado pela aquisição do negócio da EBIX (15,1 milhões de euros).

A dívida líquida consolidada a 30 de Setembro de 2010 ascendeu a 448,8 milhões de euros, que compara com 422,1 milhões de euros a 31 de Dezembro de 2009, um acréscimo de 25,9 milhões de euros. Não obstante o investimento efectuado em Espanha com a aquisição do negócio da EBIX, o aumento da dívida está relacionado com o aumento do capital circulante.

A dívida bruta a 30 de Setembro de 2010 totalizou 462,5 milhões, representando a operação de titularização de créditos 95,4 milhões de euros, os empréstimos de médio e longo prazo 111,7 milhões de euros, os empréstimos de curto prazo 243,3 milhões de euros e dívidas por locações financeiras 12,2 milhões de euros.

O rácio de cobertura dos encargos financeiros melhorou de 1,5x até Setembro de 2009 para 1,8x em 2010.

O resultado líquido cresceu 346%

A dívida líquida aumentou em 25,9 milhões de euros

3.2 - Análise do mercado

A Inapa tem vindo a focar a sua actuação no negócio da distribuição de papel em 5 mercados chave (core 5), Alemanha, França, Suíça, Portugal e Espanha. Tem ainda operações de menor dimensão na Bélgica, Luxemburgo, Reino Unido e Angola.

O ritmo de crescimento não foi igual em todos os mercados, tendo sido registados os maiores crescimentos na Alemanha, França e Suíça, mercados que representam 80% das vendas consolidadas.

Tabela 4_Evolução de volumes em cada mercado (até Agosto de 2010)
Milhares de toneladas Volume
2010 2009 Δ 10/09
Alemanha 1937 1862 4,0%
França 604 591 2,2%
Suíça 215 210 2,4%
Portugal 7
2
7
4
-3,0%
Espanha 292 293 -0,3%
Core 5 3121 3031 3,0%

Fonte: Eugropa

Em termos globais, a quota de mercado em volume no core 5 da Inapa até Agosto de 2010 manteve-se em torno dos 18,4% (18,7% em 2009).

Em valor, apenas França cresceu ligeiramente face a 2009, o que é explicado pelos preços médios mais baixos que se verificaram em 2010 face a 2009, não obstante a correcção de preços ocorrida no segundo e terceiro trimestre. Portugal (representa 6% das receitas do Grupo) foi o mercado que teve uma maior queda de preços, com uma contracção do mercado, até Agosto, de 9,6%.

O actual portfolio de negócios da Inapa, com uma presença em diversos países europeus, permite-lhe reduzir os riscos de volatilidade de cada mercado a que o Grupo está sujeito podendo beneficiar das perspectivas de crescimento dos seus principais mercados, designadamente Alemanha, França e Suíça.

3.3 - Perspectivas futuras

A evolução esperada para o final deste ano assenta, por um lado, na maior dependência da Inapa face aos mercados europeus com melhor desempenho económico e, por outro, na evolução dos preços de mercado.

Os principais mercados de actuação da Inapa (Alemanha e França representam 75% das vendas do Grupo), a par da Suíça (representa 5%), são dos que têm registado recuperações da economia mais fortes. Assim, é de esperar que o mercado de papel nesses mercados continue a aumentar os volumes durante o último trimestre de 2010.

Tabela 5_Crescimento do PIB nos mercados Inapa
Percentagem face a igual periodo do ano anterior
2009 2010
3
T
4
T
1T 2
T
Alemanha -4,4 -2,0 2,0 3,7
França -2,7 -0,5 1,2 1,7
Suíça -1,9 -0,1 1,9 3,4
Portugal -2,3 -1,0 1,8 1,5
Espanha -3,9 -3,0 -1,3 -0,1
Bélgica -2,7 -0,1 1,6 2,4
Luxemburgo -3,3 2,1 2,9 5,3
Reino Unido -5,4 -3,0 -0,3 1,7
Euro-area -4,0 -2,0 0,8 1,9

Fonte: Eurostat (6 de Outubro de 2010)

Perspectiva-se no último trimestre de 2010 uma subida do preço médio, decorrente dos aumentos de preços anunciados pelos diversos produtores durante Setembro e Outubro.

No quarto trimestre, a Inapa perspectiva a continuação do actual ritmo de crescimento dos negócios complementares com o consequente aumento do peso respectivo nas receitas e nos resultados operacionais.

Por último, são expectáveis custos de reestruturação não recorrentes, ligados à consolidação das operações de Espanha, assim como uma contribuição positiva nas receitas e no re-EBITDA decorrentes da aquisição do negócio da EBIX.

3.4 - Mercado de capitais

Evolução da Inapa e do PSI-20 3º Trimestre de 2010

Evolução da Inapa e comparáveis 3º Trimestre de 2010

No terceiro trimestre de 2010, os mercados financeiros apresentaram uma recuperação moderada, como reflexo da recuperação que as principais economias têm registado.

O título Inapa durante o terceiro trimestre de 2010 registou uma queda de 18%, de 0,493 euros para 0,404 euros, que compara com uma queda de 5,6% do PSI-20. Desde o início do ano o título caiu 37%.

Quando comparada a performance do título com outros comparáveis, é possível constatar que a sua evolução não seguiu a tendência do sector, tendo sido influenciada pelo contexto do mercado Português e pelos elevados níveis de endividamento do Grupo.

As transacções do título Inapa durante 2010 têm vindo a reduzir-se de forma significativa comparativamente com o período homólogo de 2009, tendo os volumes transaccionados reduzido em 66%.

4 - Informação financeira consolidada intercalar

INAPA - Investimentos, Participações e Gestão, SA

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS SEPARADA NO PERÍODO DE 9 MESES FINDO EM 30 DE SETEMBRO DE 2010 (Montantes expressos em milhares de Euros)

Notas 30 SETEMBRO 2010 3.º TRIMESTRE 2010 30 SETEMBRO 2009 3.º TRIMESTRE 2009
Toneladas 673.218 222.949 661.735 219.059
Vendas e Prestação de serviços 3 721.604 245.755 708.544 227.815
Outros rendimentos 3 18.817 6.026 17.969 5.936
Total de Rendimentos 740.421 251.781 726.513 233.751
Custo das vendas -591.067 -201.922 -584.168 -188.527
Alteração nos inventários - - - -
Custos com pessoal -57.329 -19.914 -57.202 -18.470
Outros custos 5 -69.424 -23.076 -64.187 -20.743
22.601 6.868 20.956 6.011
Depreciações e amortizações -4.820 -1.538 -4.469 -1.415
Imparidade de activos não correntes -46 -46 - -
Ganhos / (Perdas) em associadas 24 -1 -83 -8
Função financeira 6 -13.262 -4.040 -14.874 -4.134
Resultados antes de impostos e de operações descontinuadas 4.497 1.243 1.530 454
Imposto sobre o rendimento 15 -2.151 -658 -931 -307
Resultado líquido do período antes de operações descontinuadas 2.345 585 599 147
Resultado líquido do período das operações descontinuadas -26 -26 - -
Resultado líquido do período 2.320 559 599 147
Atribuível a :
Detentores do capital da empresa-mãe 2.218 560 497 147
Interesses minoritários 102 -1 102 0
Resultado por acção de operações continuadas - euros
Básico 0,015 0,001 0,004 0,001
Diluído 0,015 0,001 0,004 0,001
Resultado por acção das operações descontinuadas - euros
Básico -0,0002 0,000 0,000 0,000
Diluído -0,0002 0,000 0,000 0,000

Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras consolidadas em anexo.

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO NO PERÍODO DE 9 MESES FINDO EM 30 DE SETEMBRO DE 2010 (Montantes expressos em milhares de Euros)

30 SETEMBRO 2010 3.º TRIMESTRE 2010 30 SETEMBRO 2009 3.º TRIMESTRE 2009
Resultado líquido do período antes de interesses minoritários 2.320 559 599 147
Justo valor de investimentos financeiros disponíveis para venda 0 0 -75 -3
Diferenças de conversão cambial 2.172 -283 -28 147
Rendimento reconhecido directamente no capital próprio 2.172 -283 -103 144
Total dos Rendimentos e Gastos reconhecidos no período 4.492 276 496 291
Atribuível a :
Detentores do capital da empresa-mãe 4.390 277 394 291
Interesses minoritários 102 -
1
102 0
4.492 276 496 291

Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras consolidadas em anexo.

BALANÇO CONSOLIDADO EM 30 DE SETEMBRO DE 2010 e 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euros)

Notas 30 Setembro 2010 31 Dezembro 2009
ACTIVO
Activo não corrente
Activos fixos tangíveis 100.312 101.298
Goodwill 139.514 138.871
Outros activos intangíveis 111.007 110.941
Partes de capital em empresas associadas 1.082 1.104
Activos financeiros disponíveis para venda 7 9.296 9.294
Outros activos não correntes 18.272 18.933
Activos por impostos diferidos 22.511 22.374
Total do activo não corrente 401.994 402.815
Activo corrente
Inventários 83.573 65.292
Clientes 10 200.717 174.240
Impostos a recuperar 6.624 7.567
Outros activos correntes 11 45.088 42.135
Caixa e equivalentes de caixa 11 13.772 7.621
Total do activo corrente 349.774 296.855
Activos de operações descontinuadas 266 297
Total do activo 752.034 699.967
CAPITAL PRÓPRIO
Capital social 12 150.000 150.000
Acções próprias - -
Prémios de emissão de acções 2.937 2.937
Reservas 43.338 41.165
Resultados transitados -42.888 -44.753
Resultado líquido do período 2.218 2.165
155.605 151.514
Interesses minoritários 1.032 1.033
Total do capital próprio 156.637 152.547
PASSIVO
Passivo não corrente
Empréstimos 13 111.691 97.610
Financiamentos associados a activos financeiros - -
Passivos por impostos diferidos 19.505 18.888
Provisões 666 825
Benefícios concedidos a empregados 3.193 3.075
Outros passivos não correntes 10.871 11.443
Total do passivo não corrente 145.927 131.841
Passivo corrente
Empréstimos 13 243.278 210.070
Financiamentos associados a activos financeiros 13 95.393 109.244
Fornecedores 14 58.686 54.012
Impostos a pagar 16.105 10.642
Outros passivos correntes 14 36.008 31.611
Total do passivo corrente 449.470 415.579
Passivos de operações descontinuadas - -
Total do capital próprio e passivo 752.034 699.967

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas intercalares

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS PERÍODOS DE 9 MESES FINDOS EM 30 DE SEMESTRE DE 2010 E 30 DE SETEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de euros)

Atribuível aos detentores de capital próprio do Grupo Total
Capital Prémio de
emissão de
acções
Reserva de
conversão
cambial
Outras reservas e
Resultados
transitados
Resultado
líquido do
período
Total Interesses
minoritários
Capital
Próprio
SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 150.000 2.937 1.236 -5.951 1.007 149.229 1.033 150.262
Total dos rendimentos e gastos reconhecidos no período -28 -75 497 394 102 496
Aplicação dos resultados do exercício anterior 1.007 -1.007 0 0
Distribuição de dividendos -57 -57 -102 -159
Outras variações -52 -52 -52
0 0 -28 823 -510 285 0 285
SALDO EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 150.000 2.937 1.208 -5.128 497 149.514 1.033 150.547
SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 150.000 2.937 1.539 -5.127 2.165 151.514 1.033 152.547
Total dos rendimentos e gastos reconhecidos no período 2.172 2.218 4.390 102 4.492
Aplicação dos resultados do exercício anterior 2.165 -2.165 0 0
Distribuição de dividendos 0 -102 -102
Outras variações -300 -300 -
1
-301
0 0 2.172 1.865 53 4.090 -
1
4.089
SALDO EM 30 DE SETEMBRO DE 2010 150.000 2.937 3.711 -3.262 2.218 155.604 1.032 156.636

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas intercalares

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS NOS PERÍODOS FINDOS

EM 30 DE SETEMBRO DE 2010 E 30 DE SETEMBRO DE 2009 (Montantes expressos em milhares de Euros) -método directo

2010
Notas 30 DE SETEMBRO DE 2010 3º TRIMESTRE 30 DE SETEMBRO DE 2009 3º TRIMESTRE
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Recebimentos de clientes 725.946 251.088 731.893 228.466
Pagamentos a fornecedores -603.835 -215.941 -603.270 -190.920
Pagamentos ao pessoal -53.717 -17.060 -52.052 -12.833
Fluxos gerados pelas operações 68.394 18.087 76.571 24.713
Pagamento do imposto sobre o rendimento -822 -121 -782 -651
Recebimento do imposto sobre o rendimento 0 0 9
6
1
1
Outros recebimentos relativos à actividade operacional
Outros pagamentos relativos à actividade operacional
64.054
-142.648
14.799
-44.162
54.896
-72.251
24.911
-10.740
Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias -11.021 -11.397 58.530 38.243
Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 0 0 0 0
Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias 0 0 0 0
Fluxos de caixa das actividades operacionais 1 -11.021 -11.397 58.530 38.243
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 0 0 0 0
Imobilizações corpóreas 142 7
3
341 1
9
Imobilizações incorpóreas 1 0 2 0
Juros e proveitos similares 526 168 674 185
Dividendos
Adiantamentos para despesas de conta de terceiros
0
0
0
0
0
0
0
0
668 241 1.016 204
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros -3.299 -1.559 -2.930 -1.355
Imobilizações corpóreas
Imobilizações activos intangíveis
-1.135
-2.270
-554
-1.770
-1.365
-2.216
-321
-855
Adiantamentos para despesas de conta de terceiros 0 0 -57 0
Empréstimos concedidos -18 0 -56 -46
-6.721 -3.883 -6.624 -2.577
Fluxos de caixa das actividades de investimento 2 -6.053 -3.642 -5.608 -2.373
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 44.014 9.409 25.119 4.378
Aumentos de capital, prest. suplementares e prémios de emissão 0 0 0 0
Aplicações de tesouraria 0 0 0 0
44.014 9.409 25.119 4.378
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
-46.262 -21.874 -36.241 -21.526
Amortizações de contratos de locação financeira -1.055 -344 -1.406 -307
Juros e custos similares -10.132 -3.350 -13.331 -2.232
Dividendos 0 0 0 0
Aplicações de tesouraria 0 0 0 0
-57.449 -25.569 -50.979 -24.065
Fluxos de caixa das actividades de financiamento 3 -13.435 -16.159 -25.860 -19.687
Variação de caixa e seus equivalentes 4 = 1 + 2 + 3 -30.508 -31.198 27.063 16.183
Efeito das diferenças de câmbio 238 -7 3
6
-6
-30.270 -31.205 27.099 16.177
Caixa e seus equivalentes no início do período -85.581 0 -94.717 0
Caixa e seus equivalentes no fim do período 1
1
-115.851 -31.205 -67.618 16.177
-30.270 -31.205 27.099 16.177

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas intercalares

ANEXO CONDENSADO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS INTERCALARES DO PERIODO DE 9 MESES FINDO EM 3O DE SETEMBRO DE 2010

(Valores expressos em milhares de euros, excepto quando especificamente referido)

1. INTRODUÇÃO

A Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, S.A. (Inapa-IPG) é a sociedade dominante do Grupo Inapa e tem por objecto social a propriedade e a gestão de bens, móveis e imóveis, a tomada de participações no capital de outras sociedades, a exploração de estabelecimentos comerciais e industriais, próprios ou alheios, e a prestação de assistência às empresas em cujo capital participe. A Inapa IPG encontra-se cotada na Euronext Lisboa.

Sede Social: Rua Castilho nº44 3º, 1250-071 Lisboa, Portugal

Capital Social: 150.000.000 euros

N.I.P.C.: 500 137 994

O Grupo integra uma "sub-holding" (Gestinapa - SGPS, S.A.), que concentra as participações afectas à Distribuição de papel e a outros negócios.

Em resultado do seu plano de desenvolvimento e internacionalização, o Grupo Inapa detém participações, em vários países da Europa, nomeadamente (i) Inapa Deutschland, GmbH sedeada na Alemanha, que detém participações na Papier Union, GmbH, a qual é por sua vez titular do capital das sociedades Inapa Packaging, GmbH, Inapa VisualCom, GmbH e PMF- Factoring, GmbH, igualmente sedeadas nesse país, (ii) Inapa France, SA e empresas subsidiárias, operando em França e Belux, (iii) Inapa Suisse subsidiária controlada directamente e, indirectamente através da Inapa Deutschland, GmbH que opera no mercado suíço, (iv) Inapa Portugal – Distribuição de Papel, SA empresa portuguesa do Grupo, (v) Inapa España Distribuición Ibérica, SA, operando em Espanha e que detém uma participação na Surpapel, SL (empresa que desenvolve a sua actividade de comercialização de papel) e (vi) em duas empresas localizadas no Reino Unido – Inapa Merchants Holding, Ltd, que detém a participação financeira na Tavistock

Paper Sales, Ltd empresa a operar num nicho de mercado. A subsidiária Inapa Packaging, GmbH, detém por sua vez, duas empresas de comercialização de material para embalagem, a Hennessen & Potthoff, GmbH e a HTL - Verpackung, GmbH, respectivamente.

Em finais de 2009, iniciou a sua actividade a empresa sedeada em Angola, Inapa Angola – Distribuição de Papel, SA, detida pela subsidiária portuguesa Inapa Portugal, SA. Adicionalmente, foi construída em Novembro de 2009 a empresa Edições Inapa, Lda.

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Inapa - IPG em 11 de Novembro de 2010.

2. POLITICAS CONTABILÍSTICAS

Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Inapa são preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas que constituem o Grupo. Por outro lado, as demonstrações financeiras intercalares do período de 9 meses findo em 30 de Setembro de 2010 foram preparadas de acordo com o IAS 34 - Relato Financeiro Intercalar e apresentam notas condensadas, pelo que devem ser lidas em conjunto com as demonstrações consolidadas financeiras anuais relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009.

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Inapa são preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB) e com as Interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (SIC), tal como adoptadas pela União Europeia.

Políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas intercalares são consistentes com as adoptadas pelo Grupo Inapa na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e que se encontram descritas no anexo incluído naquelas demonstrações financeiras.

Em 1 de Janeiro de 2010 entraram em vigor as seguintes normas, interpretações ou alterações em resultado da sua publicação pelo IASB e pelo IFRIC e da sua adopção pela União Europeia:

  • IAS 27 (revisão) Demonstrações financeiras separadas e consolidadas;
  • IAS 39 (alteração) Instrumentos financeiros Itens elegíveis para cobertura;
  • IFRS 1 (revisão e alteração) Adopção pela primeira vez das IFRS;
  • IFRS 2 (alteração) Pagamentos baseados em acções transacções pagas financeiramente pelo Grupo;
  • IFRS 3 (revisão) Concentrações de actividades empresariais;
  • IFRS 5 (melhoria de 2008) Activos não correntes detidos para venda e unidades descontinuadas;
  • IFRIC 12 Acordos de concessão de serviços;
  • IFRIC 15 Contratos para a construção de imóveis;
  • IFRIC 16 Cobertura de investimentos em operações estrangeiras;
  • IFRIC 17 Distribuições em espécie aos accionistas;
  • IFRIC 18 Transferência de activos pelos clientes;
  • Melhoria anual das normas de 2009 Como parte do processo de revisão da consistência da aplicação prática das IAS/IFRS, o IASB decidiu fazer melhorias às normas com o objectivo de clarificar algumas das inconsistências identificadas. As melhorias mais significativas referemse às alterações efectuadas à IAS 17, IAS 36 e IAS 38.

A entrada em vigor destas interpretações e alterações a normas não teve impacto relevante nas presentes demonstrações financeiras do Grupo.

Foram publicadas pelo IASB e pelo IFRIC novas normas, alterações a normas existentes e interpretações, cuja aplicação ainda não é obrigatória para períodos que se iniciem até 31 de Janeiro de 2010, nomeadamente por não terem sido adoptadas pela União Europeia. Estas normas ou não são relevantes no contexto das presentes demonstrações financeiras ou o Grupo Inapa optou por não adoptá-las antecipadamente:

  • IAS 24 (revisão) Partes relacionadas (a aplicar para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011);
  • IAS 32 (alteração) Instrumentos financeiros: Apresentação classificação de direitos emitidos (a aplicar para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Fevereiro de 2010);

  • IFRS 1 (alteração) Adopção pela primeira vez das IFRS (a aplicar para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2010, na União Europeia);

  • IFRS 9 Instrumentos financeiros classificação e mensuração (a aplicar para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013);
  • IFRIC 14 (Alteração) IAS 19 Limitação aos activos decorrentes de planos de benefícios definidos e a sua interacção com requisitos de contribuições mínimas (a aplicar para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011);
  • IFRIC 19 Regularização de passivos financeiros com instrumentos de capital (a aplicar para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2010);
  • Melhoria anual das normas de 2010 a aplicar maioritariamente para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011. Estas melhorias afectam as normas: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 1, IAS 27, IAS 34 e IFRIC 13.

Das diversas normas, revisões e alterações referidas acima como já estando publicadas pelo IASB ou pelo IFRIC e que ainda não estão em vigor, só o IFRS 9 e a melhoria anual de 2010 é que não se encontram adoptados pela União Europeia, sendo a aprovação concretizada através da sua publicação nos respectivos Regulamentos.

Estimativas e erros fundamentais

Durante este período de 9 meses findo em 30 de Setembro de 2010 não foram reconhecidos erros materiais ou alterações significativas nas estimativas contabilísticas relativos a períodos anteriores.

3. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS E OUTROS RENDIMENTOS

As vendas e prestações de serviços realizadas nos semestres findos em 30 de Setembro de 2010 e 2009, distribuem-se da seguinte forma:

30 de Setembro de 2010 30 de Setembro de 2009
Mercado Interno
Vendas de mercadorias 44.001 46.755
Prestação de serviços 1.151 1.400
45.152 48.155
Mercado Externo
Vendas de mercadorias 669.673 655.520
Prestação de serviços 6.779 4.869
676.452 660.389
Total 721.604 708.544

Em 30 de Setembro de 2010 e 2009, os saldos da rubrica Outros rendimentos analisam-se como se segue:

30 de Setembro de 2010 30 de Setembro de 2009
Proveitos suplementares 359 277
Desconto de pronto pagamento líquidos 7.968 7.493
Outros rendimentos 10.490 10.199
18.817 17.969

4. RELATO POR SEGMENTOS DE NEGÓCIO

A apresentação da informação por segmentos é efectuada de acordo com os segmentos operacionais identificados, que são a actividade de distribuição de papel, a actividade de "packaging", a actividade de "factoring" e a actividade de "visual communication". Estes últimos negócios encontram-se reunidos na rubrica Outros negócios. Em Outras actividades estão registados os valores relativos às "holdings" não imputados aos negócios identificados.

Os resultados de cada segmento correspondem àqueles que lhe são directamente atribuíveis ou os que, numa base razoável, lhes podem ser atribuídos. As transferências intersegmentais são efectuadas a preços de mercado e não são materialmente relevantes.

Em 30 de Setembro de 2010 e de 2009, a informação financeira por segmentos de negócio, analisa-se da seguinte forma:

30 de Setembro de 2010 30 de Setembro de 2009
Eliminaç. Eliminaç.
Outros Outras de Consoli- Outros Outras de Consoli
Distribuição Negócios Actividades consolid. -dado Distribuição Negócios Actividades consolid. -dado
RÉDITOS
Vendas externas 674.470 38.944 260 - 713.674 670.035 32.240 - - 702.275
Vendas Inter-segmentais 302 2.734 - -3.036 - 158 3.929 - -4.087 -
Outros réditos 23.555 2.156 1.036 - 26.747 20.736 2.039 1.463 - 24.238
Réditos totais 698.327 43.834 1.296 -3.036 740.421 690.929 38.208 1.463 -4.087 726.513
RESULTADOS
Resultados segmentais 14.657 3.356 -395 117 17.735 10.699 2.002 4.128 -341 16.488
Resultados operacionais 17.735 16.488
Custos financeiros -6.086 -635 -10.336 2.551 -14.506 -7.624 -507 -10.635 2.786 -15.980
Proveitos financeiros 2.287 17 1.788 -2.848 1.244 2.259 17 4.382 -5.553 1.105
Impostos s/lucros - - - - -2.151 -1.028 -181 278 - -931
Resultados de actividades ordinárias 2.322 682
Ganhos/ (perdas) em associadas 24 -83
Resultado operações descontinuadas -26 0
Resultado consolidado líquido 2.320 599
Atribuível:
Detentores capital 2.218 497
Interesses minoritários 102 102

Em 30 de Setembro de 2010 e de 2009, os valores das vendas do negócio da distribuição efectuados nos diferentes países onde o Grupo tem actividade analisam-se como segue:

Vendas
30 Setembro 2010 30 Setembro 2009
Alemanha 353.469 359.923
França 162.918 159.732
Portugal 43.135 48.821
Outros 114.948 101.559
674.470 670.035

5. OUTROS CUSTOS

O saldo da rubrica de Outros custos dos períodos findos em 30 de Setembro de 2010 e 2009 podem ser analisados como se segue:

30 de Setembro de 2010 30 de Setembro de 2009
Gastos administrativos -59.666 -56.266
Impostos indirectos -2.630 -1.946
Outros custos -2.310 -1.958
Imparidade de activos correntes -4.818 -4.017
-69.424 -64.187

6. FUNÇÃO FINANCEIRA

O resultado da função financeira para os períodos findos em 30 de Setembro de 2010 e de 2009 tem a seguinte composição:

30 de Setembro de 2010 30 de Setembro de 2009
Proveitos financeiros
Juros obtidos 604 829
Diferenças de câmbio favoráveis 2
6
110
Outros proveitos e ganhos
financeiros 614 166
1.244 1.105
Custos financeiros
Juros suportados -6.149 -8.470
Diferenças de câmbio desfavoráveis -525 -187
Outros custos e perdas
financeiros -7.833 -7.322
-14.507 -15.979
Resultados financeiros -13.263 -14.874

7. INVESTIMENTOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Em 30 de Setembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a rubrica de Investimentos financeiros disponíveis para venda tinha a seguinte composição:

30 de Setembro de 2010 31 de Dezembro de 2009
BANIF - Unidades de participações em fundos
de investimentos
1.626 1.626
Outros 7.670 7.668
9.296 9.294

O movimento ocorrido durante o período findo em 30 de Setembro de 2010 e no exercício de 2009, na rubrica Investimentos financeiros disponíveis para venda foi o seguinte:

Saldo em 1 de Janeiro de 2009 13.531
Aquisições -
Alienações -4.126
Variação de justo valor -111
Saldo final em 31 de Dezembro de 2009 9.294
Aquisições 2
Alienações -
Variação de justo valor -
Saldo final em 30 de Setembro de 2010 9.296

8. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As subsidiárias incluídas na consolidação, mediante a aplicação do método da consolidação integral, à data de 30 de Setembro de 2010, são conforme segue:

Designação Sede Social % de
Participação
do Grupo
Actividade Detentora
directa
Data de
incorporação
Gestinapa - SGPS, SA Rua Castilho, 44-3º
1250-071 Lisboa
100,00 SGPS Inapa – IPG,
SA
Junho 1992
Inapa-Portugal, SA Rua das Cerejeiras,
nº 5, Vale Flores
São
Pedro
de
Penaferrim
2710 Sintra
99,75 Distribuição
papel
Gestinapa
-
SGPS, SA
1988
Inapa Distribuición
Ibérica, SA
c/ Delco
Polígono Industrial
Ciudad del
Automóvil
28914 Leganés,
Madrid
100,00 Distribuição
papel
Gestinapa
SGPS, SA
Dezembro
1998
Inapa France, SA 91813 Corbeil
Essones
Cedex
França
100,00 Distribuição
papel
Inapa – IPG,
SA
Maio 1998
Logistipack – Carton
Services,SA
14, Impasse aux
Moines
91410 Dourdon
France
100,00 Embalagem Inapa
France, SA
Janeiro 2008
Inapa Belgique Vaucampslan, 30
1654 Huizingen
Belgica
99,94 Distribuição
papel
Inapa
France, SA
Maio 1998
Inapa Luxemburg 211, Rue des
Romains. L.
8005 Bertrange
Luxemburgo
97,75 Distribuição
papel
Inapa
Belgique
Maio 1998
Inapa Deutschland,
GmbH
Warburgstraβ, 28
20354 Hamburgo
Alemanha
100,00 Holding Gestinapa
SGPS, SA
Abril 2000
Papier Union, GmbH Warburgstraβe, 28
20354 Hamburgo
Alemanha
94,90 Distribuição
papel
Inapa
Deutschland,
GmbH
Abril 2000
PMF- Print Medien
Factoring , GmbH
Warburgstraβ, 28
20354 Hamburgo
Alemanha
94,90 Factoring Papier
Union,
GmbH
Setembro
2005
Inapa Packaging,
GmbH
Warburgstraβ, 28
20354 Hamburgo
Alemanha
94,90 Holding Papier
Union,
GmbH
2006
HTL Verpackung,
GmbH
Werner-von
Siemens
Str 4-6 21629 Neu
Wulmstrof
Alemanha
94,90 Embalagem Inapa
Packaging,
GmbH
Janeiro 2006
Hennessen &
Potthoff, GmbH
Tempelsweg 22
Tonisvorst
Alemanha
94,90 Embalagem InapaPackagi
ng, GmbH
Janeiro 2006
Inapa Viscom, GmbH Warburgstraβ, 28
20354 Hamburgo
Alemanha
100,00 Holding Papier
Union,
GmbH
Janeiro 2008
Complott Papier
Union, GmbH
Industriestrasse
40822 Mettmann
Alemanha
100,00 Comunicaçã
o Visual
Inapa
VisCom,
GmbH
Janeiro 2008
Inapa – Merchants,
Holding, Ltd
Torrington House,
811 High Road
Finchley N12 8JW
Reino Unido
100,00 Holding Gestinapa –
SGPS ,SA
1995
Tavistock Paper
Sales, Ltd
1st Floor- The
Power House
Wantage OX12 8PS
Reino Unido
100,00 Distribuição
papel
Inapa
Merchants
Holding, Ltd
Fevereiro 1998
Inapa Suisse Althardstrasse 301
8105
Regensdorf –
Suisse
100,00 Distribuição
papel
Inapa-IPG,SA
e Papier
Union,
GmbH
Maio 1998
Edições Inapa, Lda Rua Castilho 44- 3º
1250-071 Lisboa
100,00 Editorial Inapa-IPG,SA
e Gestinapa,
SGPS,SA
Novembro
2009
Inapa Angola –
Distribuição de Papel,
SA
Rua Amílcar Cabral
nº 211
Edifício Amílcar
Cabral nº 8º
Luanda
100,00 Distribuição
papel
Inapa
Portugal, SA
Dezembro
2009
Inapa Italia SpA (*) Strada Statale
Padana Superiore
315/317
I – 20090
Vimodrone Milão
Itália
100,00 - Inapa
France, SA
1998

(*) Esta sociedade encontra-se em processo de liquidação.

Todas os saldos e transacções com as subsidiárias foram anuladas no processo de consolidação.

Foi incluída nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de equivalência patrimonial, na rubrica Partes de capital em empresas associadas, a seguinte empresa:

% de
Empresas Associadas Empresa detentora da participação Participação
Surpapel, SL Inapa España Distribuicíon Ibérica, SA 24,98

9. EMPRESAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO

As participações que a seguir se indicam não foram incluídas no processo de consolidação pelo método da consolidação integral. O efeito da sua não integração não é materialmente relevante. A Megapapier não foi consolidada pelo método da consolidação integral por ser intenção do Grupo a sua liquidação, tendo sido valorizada por um valor nulo.

Sede
Empresa social Detentora directa % de participação
Megapapier - Mafipa
Netherland BV
PO Box 1097
3430 BB Nieuwegein
Holanda
Inapa France, SA 100%
Inapa Logistics Warburgstrasse,28
20354 Hamburg
Alemanha
Papier Union, GmbH 100%
Inapa Vertriebsgesellschaft
GmbH
Warburgstrasse,28
20354 Hamburg
Papier Union, GmbH 100%

10. CLIENTES E OUTROS ACTIVOS CORRENTES

Em 30 de Setembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 a rubrica de Clientes decompõe-se como segue:

30 de Setembro de 2010 31 de Dezembro de 2009
184.992 154.212
14.400 18.431
13.145 12.391
212.537 185.034
-11.820 -10.794
200.717 174.240

A rubrica de Outros activos em 30 de Setembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 analisam-se como segue:

30 de Setembro de 2010 31 de Dezembro de 2009
Outros activos correntes
Empresas participadas e participantes 2
3
9
3
Adiantamento a fornecedores 613 2.089
Outros devedores 23.361 11.214
Acréscimos de proveitos 19.675 27.789
Custos diferidos 1.416 950
45.088 42.135

11. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

A rubrica de Caixa e seus equivalentes pode ser analisada como segue:

30 de Setembro de
2010
31 de Dezembro de
2009
30 de Setembro de
2009
Caixa e seus equivalentes
Depósitos bancários imediatamente realizáveis 13.376 7.561 8.090
Numerário 396 6
0
243
13.772 7.621 8.333

Demonstração dos Fluxos de Caixa

A discriminação de caixa e seus equivalentes, para efeitos de Demonstração de fluxos de caixa, analisam-se como segue:

30 de Setembro de
2010
31 de Dezembro de
2009
30 de Setembro de
2009
Caixa e seus equivalentes
Depósitos bancários imediatamente realizáveis 13.376 7.561 8.090
Numerário 396 6
0
243
Caixa e seus equivalentes no balanço 13.772 7.621 8.333
Descobertos bancários -129.623 -93.202 -75.951
Caixa e seus equivalentes na demonstração de fluxos de caixa -115.851 -85.581 -67.618

Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras, incluídos no balanço na rubrica de Empréstimos (Nota 13).

12. CAPITAL

Em 30 de Setembro de 2010 o capital era representado por 150.000.000 de acções ao portador de 1,00 euro cada, totalmente subscritas e realizadas.

Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA, foi notificada ao abrigo dos artigos 16º e 248º - B do Código dos Valores Mobiliários e do Regulamento da CMVM 5 / 2008, da detenção de participações qualificadas pelas seguintes pessoas, singulares ou colectivas:

  • Parpública Participações Públicas, SGPS, SA: 49.084.738 acções correspondentes a 32,72% do capital e dos direitos de voto;
  • Banco Comercial Português, SA, a quem eram de imputar 27.391.047 acções correspondentes 18,26% do capital e dos direitos de voto (*), e;
  • José Augusto Martins Fazendeiro, a quem eram de imputar 5.188.305 acções correspondentes a 3,46% do capital e dos direitos de voto (**).

Não foi esta sociedade notificada, ao abrigo das invocadas disposições legais e regulamentares, de qualquer alteração às participações anteriormente referidas ou por outros titulares a quem sejam de imputar participações sociais atribuindo direitos de votos iguais ou superiores a 2%.

Notas:

  • (*) a participação imputável ao Banco Comercial Português, SA decompõe-se pela seguinte forma:
  • Banco Comercial Português, SA ……… 10.869.412 acções correspondentes a 7,25% dos direitos de voto;
  • Fundo de Pensões do Grupo BCP …… 16.521.635 acções correspondentes a 11,01% dos direitos de voto;

(**) a participação imputável a José Augusto Martins Fazendeiro decompõe-se pela seguinte forma:

  • José Augusto Martins Fazendeiro …… 5.138.305 acções correspondentes a 3,43% dos direitos de voto;
  • Albano R.N. Alves Distribuição de Papel, SA …… 50.000 acções correspondentes a 0,03% dos direitos de voto.

Em 30 de Setembro de 2010, o Grupo não detém acções próprias nem se verificaram neste período transacções de acções próprias.

13. EMPRÉSTIMOS

Em 30 de Setembro 2010 e 31 de Dezembro de 2009, os empréstimos tinham a seguinte composição:

30 de Setembro de
2010
31 de Dezembro de
2009
Dívida corrente
° Empréstimos bancários
° Descobertos bancários e financiamentos de curto prazo
° Papel comercial, reembolsável pelo seu valor nominal,
129.623 93.202
com maturidade até um ano, renovável
° Financiamento de médio e longo prazo
105.000 111.500
(parcela com maturidade até 1 ano) 8.655 5.368
243.278 210.070
° Financiamentos associados a activos financeiros - titularização de
créditos
95.393 109.244
Total da dívida corrente 338.671 319.314
Dívida não corrente
° Empréstimos bancários
° Financiamento de médio e longo prazo 111.691 97.610
Total da dívida não corrente 111.691 97.610
Total da dívida 450.362 416.924

Em 30 de Setembro de 2010 as condições contratuais dos empréstimos são semelhantes às existentes em 31 de Dezembro de 2009.

Em 30 de Setembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, o montante líquido da dívida financeira consolidada é o seguinte:

30 de Setembro de
2010
31 de Dezembro de
2009
Empréstimos
Correntes 243.278 210.070
Não correntes 111.691 97.610
354.969 307.680
Financiamentos associados a titularização de créditos 95.393 109.244
Dívidas por locações financeiras 12.227 12.816
462.589 429.740
Caixa e equivalentes a caixa 13.772 7.621
Investimentos financeiros negociáveis (títulos cotados) - -
Investimentos financeiros disponiveis para venda (títulos cotados) - -
13.772 7.621
448.817 422.119

14. FORNECEDORES E OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 30 de Setembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, as rubricas de Fornecedores e Outros passivos correntes decompõem-se como segue:

30 de Setembro de 2010 31 de Dezembro de 2009
Fornecedores
Conta corrente 45.455 42.193
Conta letras 0 1
7
Facturas em recepção e conferência 13.231 11.802
58.686 54.012
Outros passivos correntes
Adiantamento de clientes 925 973
Fornecedores de imobilizado 1.356 2.011
Outros credores 19.271 16.566
Acréscimos e diferimentos 14.456 12.061
36.008 31.611

15. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O valor do Imposto sobre o rendimento evidenciado na Demonstração dos resultados consolidados intercalares, em 30 de Setembro de 2010 no montante total de 2.151 Milhares de euros, corresponde ao imposto corrente do período no montante de 1.671 milhares de euros e à variação no período dos impostos diferidos no montante de 480 milhares de euros.

O diferencial entre a taxa nominal (média de 29,7%) e a taxa efectiva do imposto sobre o rendimento (IRC) no Grupo, em 30 de Setembro de 2010, é analisado como se segue:

30 de Setembro de 2010

Resultado líquido antes de imposto sobre os lucros 4.471
Taxa nominal média sobre o lucro 29,7%
-1.328
Valor do imposto sobre o rendimento -2.151
823
Diferenças permanentes - Alemanha 165
Diferenças permanentes - Portugal 140
Diferenças permanentes - França 304
Diferenças permanentes - Bélgica 2
7
Diferenças cambiais 102
Outros 8
5
823

Impostos diferidos

Todas as situações que possam vir a afectar significativamente os impostos futuros encontramse registadas nas demonstrações financeiras em 30 de Setembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009.

No período findo em 30 de Setembro de 2010 e no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, o movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos, foi o seguinte:

01-01-2010 Variações no
perímetro
Reservas de
justo valor e
outra reservas
Resultado do
exercício
30-09-2010
Activos por impostos diferidos
Provisões tributadas 54 - - -1 53
Prejuízos fiscais reportáveis 18.524 - - 620 19.144
Outros 3.796 - - -482 3.314
22.374 - - 137 22.511
Passivos por impostos diferidos
Reavaliação de activos imobilizados -8.022 - - -13 -8.035
Amortizações -10.059 - - -825 -10.884
Outros -807 - - 221 -586
-18.888 - - -617 -19.505
Impostos diferidos líquidos 3.486 - - -480 3.006
Reservas de
Variações no justo valor e Resultado do
01-01-2009 perímetro outra reservas exercício 31-12-2009
Activos por impostos diferidos
Provisões tributadas 59 - - -
5
54
Prejuízos fiscais reportáveis 23.164 - - -4.640 18.524
Outros 3.700 - - 96 3.796
26.923 - - -4.549 22.374
Passivos por impostos diferidos
Reavaliação de activos imobilizados -9.225 - - 1.203 -8.022
Amortizações -8.903 - - -1.156 -10.059
Outros -3.494 - - 2.687 -807
-21.622 - - 2.734 -18.888
Impostos diferidos líquidos 5.301 - - -1.815 3.486

São reconhecidos impostos diferidos activos sobre prejuízos fiscais na medida em que seja provável a realização do respectivo benefício fiscal, através da existência de lucros tributáveis futuros. O Grupo reconheceu impostos diferidos activos no valor de 19.144 milhares de euros referentes a prejuízos fiscais que podem ser deduzidos aos lucros tributáveis futuros, e que se detalham como se segue:

Empresa Valor do imposto Data limite de utilização
Inapa França 9.718 ilimitado
Inapa Distribuición Ibérica 4.478 2018-2025
Grupo Português 2.946 2013-2014
Inapa Suisse 221 2010-2012
Inapa Bélgique 1.531 ilimitado
Outros 250
19.144

16. PASSIVOS CONTINGENTES

Em 1 de Agosto de 2007, Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio, SA interpôs contra Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA e suas subsidiárias Inaprest – Prestação de Serviços, Participações e Gestão, SA (sociedade extinta) e Inapa Portugal – Distribuição de Papel, SA uma acção na qual pede, em síntese:

  • a anulação dos seguintes actos:
  • de constituição em Junho de 2006 de um penhor mercantil para contra-garantia das cartas de conforto emitidas por Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA como garantia dos financiamentos mantidos por aquela sociedade junto ao Banco Espírito Santo e à Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo;
  • dos negócios efectuados em 1991 de concentração das actividades de distribuição de papel na SDP (actual Inapa Portugal) e de produção e comercialização de envelopes na Papelaria Fernandes;
  • da aquisição em 1994 da participação detida pela Papelaria Fernandes na SDP (actual Inapa Portugal);
  • da compensação de créditos levada a cabo, também em 1994, entre a Papelaria Fernandes e a Inaprest.
  • a condenação da Inapa:
  • a manter as cartas de conforto emitidas em favor do Banco Espírito Santo e da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo;
  • a indemnizar a Papelaria Fernandes em caso de eventual mobilização do penhor mercantil como contra-garantia das cartas de conforto.

A Papelaria Fernandes – Industria e Comércio, SA veio, posteriormente, a regularizar as suas responsabilidades perante o Banco Espírito Santo e a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo pelo que:

  • as cartas de conforto emitidas pela Inapa IPG deixaram de ter objecto tendo sido devolvidas pelos respectivos beneficiários;
  • esta sociedade comunicou, em consequência, à Papelaria Fernandes Indústria e Comércio, SA a verificação da condição resolutiva do penhor mercantil por esta constituído em seu favor.

A acção, à qual foi atribuída um valor de 24.460 milhares de euros, foi contestada pela Inapa - IPG e pela sua subsidiária Inapa Portugal – Distribuição de Papel, SA, aguardando-se presentemente que o Tribunal determine os efeitos na acção da dissolução / liquidação de Inaprest – Prestação de Serviços, Participações e Gestão, SA. O Grupo entende que deste processo não deverão resultar impactos financeiros, não tendo em consequência sido constituída qualquer provisão.

17. EVENTOS SUBSEQUENTES

Após 30 de Setembro de 2010, não se verificaram eventos subsequentes relevantes.

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5 - Informação obrigatória

5.1 - Declaração de conformidade

Para cumprimento do disposto no n.º1, alínea c) do artigo 246º do Código de Valores Mobiliários os membros do Conselho de Administração da Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, S.A. declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação consolidada contida nas demonstrações financeiras condensadas referentes ao semestre findo em 30 de Junho de 2010, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da sociedade e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o relatório de gestão intercalar expõe fielmente a evolução dos negócios sociais, do desempenho e da posição do conjunto das empresas incluídas na consolidação.

Lisboa, 11 de Novembro de 2010

Álvaro João Pinto Correia Presidente do Conselho de Administração

José Manuel Félix Morgado Vice-Presidente e Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração

António José Gomes da Silva Albuquerque Administrador e vogal da Comissão Executiva do Conselho de Administração

Jorge Manuel Viana de Azevedo Pinto Bravo

Administrador e vogal da Comissão Executiva do Conselho de Administração

Arndt Klippgen Administrador e vogal da Comissão Executiva do Conselho de Administração

Emídio de Jesus Maria

Administrador e Presidente da Comissão de Auditoria

Acácio Jaime Liberado Mota Piloto

Administrador e vogal da Comissão de Auditoria

Eduardo Fernández-Espinar

Administrador e vogal da Comissão de Auditoria

5.2 - Valores mobiliários detidos pelos órgãos sociais

Valores mobiliários emitidos pela sociedade e por sociedade com os quais esteja em relação de domínio ou de grupo detidos por titulares dos órgãos de administração e fiscalização, para cumprimento do disposto na alínea a) do n.º 1 do art.º 9.º do Regulamento da CMVM n.º 5/2008.

Conselho de Administração

Nome Quantidade Direitos
(acções da de voto
sociedade)
Álvaro João Pinto Correia 0 0%
José Manuel Félix Morgado 563 631 0,38%
António José Gomes da Silva Albuquerque 0 0%
Jorge Manuel Viana de Azevedo Pinto Bravo 0 0%
Arndt Klippgen 0 0%
Emídio de Jesus Maria 0 0%
Acácio Jaime Liberado Mota Piloto 0 0%
Eduardo Fernández-Espinar 200
000
0,13%
Detidas por pessoas ou entidades
contempladas no n.º 2 do art.º 447º do
Código das Sociedades Comerciais 100 000 0,07%

Revisor Oficial de Contas

Nome Quantidade Direitos
(acções da de voto
sociedade)
PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda, 0 0%
representada por:
-
Ricardo Filipe de Frias Pinheiro –
ROC efectivo
José Manuel Henriques Bernardo, ROC suplente 0 0%

5.3 - Transacções de dirigentes

Valores mobiliários emitidos pela sociedade e por sociedades com as quais esteja em relação de domínio ou de grupo objecto de transacção ou oneração por titulares dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade, para cumprimento do disposto na alínea a) do n.º 1 do art.º 9.º do Regulamento da CMVM n.º 5/2008.

Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha

Data Quantidade
(acções
Preço Meio
da sociedade)
25/03/2010 480.000 €1,10 Compra / transacção fora de Bolsa
26/03/2010 480.000 €0,50 Venda / transacção fora de Bolsa

Acções detidas por pessoa ou entidade contemplada no n.º 1 do art.º 9.º do Regulamento da CMVM n.º5/2008:

Sociedade Agro-Pecuária da Quinta do Távora, SA (companhia dominada pelo Dr. Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha)

Data Quantidade
(acções
Preço Meio
da sociedade)
12/03/2010 19.243 €0,632 Venda / Bolsa
15/03/2010 15.000 €0,632 Venda / Bolsa
16/03/2010 15.756 €0,636 Venda / Bolsa
19/03/2010 6.350 €0,638 Venda / Bolsa
19/03/2010 20.000 €0,636 Venda / Bolsa
19/03/2010 18.000 €0,635 Venda / Bolsa
22/03/2010 5.641 €0,622 Venda / Bolsa

Sociedade Agrícola da Quinta dos Buxeiros, Lda. (companhia dominada pelo Dr. Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha)

Data Quantidade
(acções
Preço Meio
da sociedade)
25/03/2010 480.000 €1,10 Venda / transacção fora de Bolsa
26/03/2010 480.000 €0,50 Compra / transacção fora de Bolsa

6 - Informação adicional

ADVERTÊNCIA

O documento contém informações e indicações futuras, baseadas na expectativa actual ou opiniões da gestão, que consideramos razoáveis. As indicações futuras não devem ser consideradas como dados históricos e estão sujeitas a conjunto de factores e incertezas que poderão ter reflexos nos resultados futuros.

Embora as indicações reflictam as expectativas actuais, os investidores e analistas e, em geral, todos os utilizadores deste documento, são advertidos de que as informações futuras estão sujeitas a variadas incertezas e riscos, muitos dos quais são difíceis de antecipar. Todos são advertidos a não dar uma importância inapropriada às informações e indicações futuras. Não assumimos nenhuma obrigação de actualizar qualquer informação ou indicação futura.

Relatório disponível no site institucional da Inapa www.inapa.pt

Relação com Investidores Hugo Rua [email protected] Tel.: +351 213 823 007

A Inapa está admitida à negociação na Euronext Stock Exchange. Informação sobre a sociedade pode ser consultada através do símbolo "INA"

Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA Rua Castilho, 44, 3º 1250-071 Lisboa Portugal

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