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Interim / Quarterly Report Oct 1, 2007

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Interim / Quarterly Report

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INAPA – INVESTIMENTOS, PARTICIPAÇÕES E GESTÃO, SA

( Sociedade aberta ) Sede: Rua do Salitre, 142, 1269 – 064 Lisboa Capital Social: 27 237 013 Euros Matrícula n.º 500 137 994 (anteriormente n.º 36 338) da Conservatória do Registo Comercial de Lisboa Pessoa Colectiva n.º 500 137 994

Relatório & Contas

1º SEMESTRE 2007

25 Setembro 2007

I - RELATÓRIO DE GESTÃO

    1. Enquadramento de mercado
    1. Factos Relevantes
    1. Factos subsequentes a 30 de Junho
    1. Desempenho Económico-Financeiro
    1. Plano Estratégico INAPA 2010
    1. Perspectivas de curto prazo

II – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS IFRS

III – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS IFRS

IV – DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS ÓPTICA DE GESTÃO

V – RELATÓRIO DO AUDITOR

I - RELATÓRIO DE GESTÃO

1. ENQUADRAMENTO DE MERCADO

A primeira metade do exercício em curso ficou marcada pelo crescimento da Economia Europeia a par do agravamento das taxas de juro. A evolução do sector da distribuição do papel foi determinada pela continuação do processo de encerramento de capacidade de produção de cut sizes sendo de assinalar os desenvolvimentos seguintes:

  • Crescimento de 1% do consumo de papel, colocado pelos distribuidores;
  • Aumento de 2% do preço médio de venda face ao período homólogo.
  • A redução de capacidade industrial, possibilitando um maior equilíbrio entre a oferta e a procura de papel.

Não obstante o efeito positivo dos fechos de produção acima referidos, sentiu-se ainda alguma pressão nos preços por parte da procura de papel em alguns mercados europeus e famílias de produtos. Este facto é justificado pelo menor ritmo de encerramento de capacidade de produção nos coated papers e pela redução das exportações europeias para os Estados Unidos da América devido à desvalorização do dólar americano.

De referir ainda que, já nos primeiros dias de Julho foi anunciada pela Antalis, a compra da MAP (pertencente ao Grupo MReal), o que lhe permitirá ascender à liderança do sector da distribuição de papel na Europa.

As alterações estruturais em curso, quer ao nível da produção, quer ao nível da distribuição permitirão um maior equilíbrio e rentabilidade no sector.

2. FACTOS RELEVANTES

Os primeiros seis meses do presente exercício ficam assinalados na INAPA pelo início do processo de reposicionamento no mercado traduzido num conjunto de alterações com relevância significativa no futuro desenvolvimento da sua actividade, de que se destacam as seguintes:

  • Aprovação de um novo modelo de governação;
  • Alteração e eleição do Conselho de Administração para o mandato 2007- 2009;
  • Aprovação em Assembleia Geral da operação de redução do capital para cobertura de perdas e subsequente aumento com um encaixe previsto de até 123 milhões de euros;
  • Apresentação aos accionistas e ao mercado, já em Maio, do Plano Estratégico Inapa 2010 traduzindo as orientações a médio prazo para a criação de valor accionista.
  • Início da instrução do processo de aumento de capital que se espera esteja concluído em Outubro do corrente ano.

3. FACTOS SUBSEQUENTES A 30 DE JUNHO 2007

Já após o final do período em referência foi a Inapa confrontada com a impossibilidade da Papelaria Fernandes, SA substituir as cartas conforto emitidas a pedido desta última, enquanto sua participada, em 9 de Agosto de 1993 e 18 de Julho de 1995, no valor de até € 3,0 M, a favor do Banco Espírito Santo e em 14 de Janeiro de 1994 e 30 de Novembro de 2002, no valor de até € 2,5M, a favor da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo. Estas cartas conforto estão contra garantidas pela Papelaria Fernandes, através do penhor mercantil sobre os seus stocks de produtos acabados e de mercadorias. Na sequência do pedido de restituição das cartas conforto a Inapa foi abordada pelo Conselho de Administração da Papelaria Fernandes tendo em vista negociar uma compensação financeira como contrapartida do silêncio do mesmo e de não recurso aos Tribunais, invocando factos ocorridos no período de 1991 a 1994.

Em 30 de Agosto último tendo a Inapa sido formalmente informada pelo Conselho de Administração da Papelaria Fernandes da apresentação em 1 de Agosto de um processo Cível contra si comunicou, nos termos da alínea a) do nº1 do Artº 248ª do CodVM, o respectivo facto relevante ao mercado.

O Conselho de Administração, com base na informação disponível refuta formalmente qualquer responsabilidade por actos praticados com intuito de prejudicar a Papelaria Fernandes.

Convicto da posição antes referida o Conselho de Administração procedeu, no entanto, à avaliação de risco efectuada aos créditos e garantias detidas sobre aquela entidade e reflectiu nas contas reportadas a 30 de Junho as conclusões respectivas.

Em 27 de Julho a Inapa comunicou a decisão de encerramento da sua subsidiária Inapa Itália Spa conforme Assembleia Geral realizada nessa mesma data. O processo de liquidação da sociedade está em curso.

Em 20 de Setembro a Inapa-IPG procedeu à aquisição de 32,5% detidos pela Baumgartner Holding S.A., na nossa participada Inapa Suisse, passando assim a deter a totalidade do capital social.

A aquisição desta participação representa um investimento de CHF 8,4 milhões que a Inapa irá pagar em 4 prestações anuais, a primeira paga com a assinatura do contrato de compra e venda e as restantes 3 entre 2008 e 2010.

As vendas da Inapa Suisse, SA foram de CHF 123, 1 milhões em 2006 sendo a sua situação líquida de CHF 25,8 milhões.

4. DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO

Em termos operacionais o Grupo obteve um desempenho substancialmente melhor face ao verificado no ano anterior e em linha com o definido no plano estratégico.

As vendas líquidas consolidadas ascenderam a 541,7 milhões de euros, um crescimento de 1% face a 2006. A redução de vendas em 16,1 mil toneladas, foi compensada pela subida de 2,5% do preço médio de venda.

Esta evolução reflecte a orientação definida no plano Inapa 2010 de concentração na margem em detrimento do volume executado com base na rigorosa análise da rentabilidade por cliente e na implementação das decorrentes acções de rentabilização dos mesmos.

A margem bruta, situou-se em 17,7%, evidenciando um ligeiro crescimento de 0,2%.

De referir ainda no decorrer deste exercício o comportamento dos outros negócios que representaram 2,3% das vendas e 3,7% da margem bruta, face a 2,2% e 2,8% em 2006, respectivamente, na linha do aumento de peso relativo dos negócios complementares previsto no plano estratégico Inapa 2010.

Os custos operacionais, reflectem o resultado das acções realizadas e das reorganizações implementadas, reduziram-se em 3,2 milhões de euros, -4% face a 2006, conforme se evidencia no quadro seguinte:

Reconciliação 2007 2006 Var
Custos com pessoal -40.703 -43.367 2.664
Outros custos -47.834 -46.972 -862
Outros rendimentos 16.305 16.481 -176
-72.232 -73.858 1.626
Incluindo prestações serviços em réditos 3.044 1.288 1.756
Excluindo rendimentos diversos -5.276 -6.407 1.131
Excluindo custos não recorrentes em outros custos 2.505 3.725 -1.220
Ajustamentos óptica gestão 273 -1.394 1.667
Custos operacionais liquidos optica gestão -71.959 -75.252 3.293

Este desempenho é ainda mais relevante, quando considerado o aumento das combustíveis, que representou uma subida de 0,8 milhões de euros nos custos de distribuição.

O EBITDA recorrente ("Re-Ebitda") evidencia uma significativa melhoria, quer em valor absoluto, quer em termos de margem sobre as vendas ascendendo a 18,9 milhões de euros. Com efeito, em valor o aumento situa-se nos 4,3 milhões de euros (30%), enquanto a margem reflecte uma melhoria de 0,8%, de 2,7% em 2006, para 3,5% no semestre em análise.

De sublinhar o aumento das provisões constituídas em Portugal justificada pela alteração significativa do risco subjacente a alguns dos créditos detidos sobre terceiros.

O EBIT reflecte um crescimento de 75%, isto é, de 5,6 milhões de euros, cifrando-se em 13 milhões de euros. Excluindo os custos não recorrentes esta melhoria cifrou-se nos 4,3 milhões de euros (+39%).

Os custos não recorrentes ascenderam a 2,5 milhões de euros dos quais, 1,2 milhões de euros custos de reestruturação. Os custos mais relevantes incorridos no âmbito do processo de reestruturação referem-se à reorganização e ajustamento das equipas comerciais em França e Espanha, bem como à reorganização e encerramento dos armazéns em Espanha. Os restantes custos não recorrentes no valor de 1,3 milhões de euros resultaram da avaliação de risco efectuada a créditos detidos sobre terceiros.

Não obstante a redução do passivo remunerado em 11 milhões de euros face a 31 de Dezembro de 2006, os encargos financeiros, fortemente influenciados pelo comportamento das taxas de juro, deterioraram-se 4,4 milhões de euros.

Reconciliação 2007 2006 Var
Função Financeira
Proveitos Financeiros
Custos financeiros
751
-18.208
5.473
-13.626
-4.722
-4.582
Função financeira líquida - IFRS -17.457 -8.153 -9.304
Excluindo mais/menos valias investimentos 75 -4.785 4.860
Ajustamentos - óptica gestão 75 -4.785 4.860
Função financeira - óptica gestão -17.382 -12.938 -4.444

Para a redução da dívida contribuiu a redução do fundo de maneio em 9 milhões de euros, passando de 8,3% para 7,7% das vendas no final de Junho último.

Os resultados líquidos ajustados de ganhos não recorrentes de 5,2 milhões de euros verificados em 2006, excluindo o impacto não recorrente da avaliação de riscos de créditos detidos, melhoraram 21% .

Sem os ajustamentos anteriormente referidos os resultados líquidos do semestre situaramse nos -6,6 milhões de euros.

O ROCE melhorou 83% para 7,3% reflectindo a melhoria operacional verificada.

5. PLANO ESTRATÉGICO INAPA 2010

O Conselho de Administração no período em análise focou a sua actividade nas alavancas críticas para a geração de valor para os accionistas previstas no Plano Estratégico Inapa 2010.

Não obstante o curto prazo que mediou desde a aprovação e inicio da execução do mesmo e para além dos reflexos no desempenho económico-financeiros do Grupo antes referidos, já após o 1º Semestre, foram concretizadas ou estão em execução um conjunto de outras acções abaixo identificadas:

• Comercial

  • Integração das equipas comerciais da Inapa Suiça e unificação das marcas Biber e Rochat na marca INAPA (Jul 07)
  • Reestruturação da equipa comercial da Inapa França (Set.07);
  • Reestruturação das equipas comerciais da Bélgica e Luxemburgo com reforço no canal directo (Ago 07);
  • Reestruturação comercial da Inapa Espanha, ainda em curso.
  • Reestruturação da equipa comercial da Inapa Portugal

• Logística

  • Reorganização da rede logística da Inapa Espanha, encerramento dos armazéns de Valência, Saragoça e Corunha;
  • Reorganização logística do Belux, tendo-se dado início ao processo de encerramento dos armazéns de Bruxelas e Luxemburgo;
  • Renegociação, já concluída, do contrato de transportes da Inapa França;
  • Lançamento do processo de renegociação dos contratos de transporte em Portugal e Espanha.

• Eficiência Operacional

  • Constituição e início de operação do Centro Ibérico de Serviços Partilhados (Jul 07)
  • Integração do back-office do Belux na Inapa França (Ago 07);
  • Conclusão da fase de definição do Programa de Redução de Custos.

• Balanço

  • Redução do Fundo de Maneio assente na redução do nível de existências e aumento da velocidade de cobrança dos saldos não securitizados
  • Inicio do Programa de Alienação de Activos não estratégicos
  • Inicio da instrução do Processo de aumento de Capital
  • Inicio do processo de liquidação da Inapa Itália (Jul 07)

6 – PERSPECTIVAS DE CURTO PRAZO

No futuro próximo o consenso do mercado perspectiva a manutenção da tendência verificada no 1º semestre com um ligeiro crescimento da procura e o aumento dos preços, com ligeira recuperação das margens. De acordo com os anúncios já efectuados antecipase, ainda, a manutenção do processo de encerramento da capacidade de produção.

A concorrência dever-se-á manter forte, com eventuais alterações que podem resultar da anunciada fusão entre a Antalis e a MAP.

A agenda da Inapa, para além da conclusão do encerramento da operação italiana, inclui o inicio da alienação de activos fixos não afectos à actividade principal, a par da consolidação dos processos de reorganização e simplificação das equipas comerciais das subsidiárias Inapa na Suíça, Bélgica e no Luxemburgo, em França e Portugal, para além da conclusão deste mesmo processo na Inapa Espanha.

No horizonte de curto prazo está ainda o enfoque na redução do Fundo de Maneio mediante uma mais eficiente gestão das existências a par do aumento de capital que permitirá o reforço da estrutura financeira da Inapa e a capacidade para mais facilmente atingir os objectivos apresentados no plano Inapa 2010.

Lisboa, 25 de Setembro 2007

II – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS IFRS

em euros em euros
30 de Junho de 2007 31 de Dezembro de 2006 30 de Junho de 2005
ACTIVO Activo Bruto Amortizações e
Ajustamentos
Activo Líquido Activo Líquido Activo Líquido CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 30 de Junho de 2007 31 de Dezembro de 2006 30 de Junho de 2006
Imobilizado: Capital próprio:
Imobilizações Incorpóreas:
Despesas de instalação
4.173.131 4.173.086 45 87 2.073 Capital 27.237.013 150.000.000 150.000.000
Propriedade industrial e outros direitos 45.708 29.705 16.003 16.308 18.545 Acções próprias - Valor nominal 0 (14.237.685) (12.056.940)
Imobilizações em curso 12.500 12.500 12.500 12.500 Acções próprias - Descontos e prémios 0 (1.350.731) (2.817.061)
4.231.339 4.202.791 28.548 28.895 33.118 Prémios de emissão de acções 2.937.250 14.963.937 14.963.937
Imobilizações Corpóreas: Ajustamentos de part. capital empres. grup. e assoc. (490.928) (149.088.700) 0
Terrenos e recursos naturais 53.441 53.441 53.441 53.441 Reservas:
Edificios e outras construções 1.221.402 659.071 562.331 581.032 599.133 Reservas legais 7.500.000 7.500.000 7.500.000
Equipamento básico 253.521 249.063 4.458 4.992 5.803 Outras reservas 225.466 82.315.340 82.880.716
Equipamento de transporte 17.736 17.736 0 0 1.973 Resultados transitados 0 1.000.000 1.000.000
Equipamento administrativo 510.309 483.432 26.877 22.759 17.364 37.408.801 91.102.161 241.470.652
Outras imobilizações corpóreas 136.495 65.805 70.690 71.346 73.781 Resultado líquido do exercício (6.600.023) (53.427.898) 2.815.749
2.192.904 1.475.107 717.797 733.570 751.495
Investimentos Financeiros: TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 30.808.778 37.674.263 244.286.401
Partes de capital em empresas do grupo 204.813.033 204.813.033 210.737.678 415.039.998
Títulos e outras aplicações financeiras 14.000 14.000 14.000 10.000
Outros empréstimos concedidos 7.628.000 7.628.000 7.628.000 7.628.000
Imobilizações em curso 201.780 201.780 201.780 201.780 Passivo:
Adiantamentos por conta de investimentos financeiros 47.446.748 47.446.748 51.811.553 52.111.131
260.103.561 260.103.561 270.393.011 474.990.909 Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:
Circulante: Empréstimos por obriações - Não convertíveis 77.294.635 77.294.635 77.294.635
Dívidas de terceiros-Médio e longo prazo: Dívidas a instituições de crédito 0 91.000.000 92.000.000
Empresas do grupo 45.730.879 45.730.879 45.730.879 47.249.215 Fornecedores de imobilizado, c/c 95.416.516 95.416.516 95.416.516
0 0 172.711.151 263.711.151 264.711.151
45.730.879 45.730.879 45.730.879 47.249.215
Dívidas de terceiros-Curto prazo: Dívidas a terceiros - Curto prazo:
Clientes, c/c 2.937.155 2.937.155 2.200.706 2.279.852 Dívidas a instituições de crédito 133.592.861 45.943.767 44.105.153
Clientes, cobranças duvidosa 290.620 290.620 0 0 0 Fornecedores, c/c 118.541 130.901 62.321
Empresas do grupo 18.165.178 18.165.178 15.114.121 18.338.785 Empresas do grupo 1.318 699 0
Empresas participadas e participantes 0 0 10.544 10.544 Outros accionistas 11.436 11.436 11.436
Adiantamentos a fornecedores 87.923 87.923 87.923 57.000 Fornecedores de imobilizado, c/c 106.250 111.482 106.250
Estado e outros entes públicos 2.109.208 2.109.208 2.014.547 2.077.828 Estado e outros entes públicos 194.330 399.052 1.318.311
Outros devedores 2.551.258 303 2.550.955 3.873.949 2.316.597 Outros credores 3.465.294 3.201.465 2.795.238
26.141.342 290.923 25.850.419 23.301.790 25.080.606 137.490.030 49.798.800 48.398.709
Títulos negociáveis:
Outros títulos negociáveis 5.501.510 5.501.510 5.504.224 5.504.224 Acréscimos e diferimentos:
5.501.510 5.501.510 5.504.224 5.504.224 Acréscimos de custos 2.856.382 2.124.010 1.788.917
Depósitos bancários e caixa: 2.856.382 2.124.010 1.788.917
Depósitos bancários 88.312 88.312
97.758
21.689 59.182
Caixa 97.758
186.070
186.070 5.510
27.199
8.262
67.444
Acréscimos e diferimentos:
Acréscimos de proveitos 3.680.181 3.680.181 5.429.963 3.731.626
Custos diferidos 1.943.375 1.943.375 2.158.693 1.776.541
Impostos diferidos 124.000 124.000 0 0
5.747.556 5.747.556 7.588.656 5.508.167 TOTAL DO PASSIVO 313.057.563 315.633.961 314.898.777
TOTAL DO ACTIVO 349.835.161 343.866.341
5.968.821 343.866.341 353.308.224 559.185.178 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 353.308.224 559.185.178

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Dinis Pinto Vieira Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha

BALANÇO

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Exercícios
CUSTOS E PERDAS 30 de Junho de 2007 31 de Dezembro de 2006 30 de Junho de 2006
Fornecimentos e serviços externos 426.070 668.369 221.355
Custos com o pessoal:
Remunerações
Encargos sociais:
894.515 1.566.418 758.528
Pensões 123.862 459.936 0
Outros 311.838 391.143 133.470
Amortizações e ajustamentos do exercício 326.864 67.329 28.494
Impostos
Outros custos e perdas operacionais
232.397
65.654
479.092
297.932
242.012
37.545
(A) 2.381.201 3.930.219 1.421.404
Perdas em empresas do grupo e associadas: 5.433.717 0 0
Juros e custos similares:
Outros
6.720.926 66.775.078 5.403.414
(C) 14.535.844 70.705.297 6.824.818
Custos e perdas extraordinários 327.212 266.891 332.206
(E) 14.863.056 70.972.188 7.157.024
Imposto sobre o rendimento do exercício (124.000) 504.800 1.200.000
(G) 14.739.056 71.476.988 8.357.024
Resultado líquido do exercício (6.600.023) (53.427.898) 2.815.749
8.139.033 18.049.091 11.172.773
PROVEITOS E GANHOS
Prestações de serviços 2.053.273 4.623.423 2.258.869
Proveitos suplementares 4.836.848 6.684.846 3.477.970
(B) 6.890.121 11.308.269 5.736.839
Ganhos em empresas do grupo e associadas: 0 0 0
Rendimentos de tit. negociáveis e outr. tit. participação:
Outros
239.656 521.666 257.339
Outros juros e proveitos similares:
Outros
1.008.765 1.334.030 299.186
(D) 8.138.542 13.163.965 6.293.364
Proveitos e ganhos extraordinários 491 4.885.126 4.879.409
(F) 8.139.033 18.049.091 11.172.773
RESUMO
Resultados operacionais: (B) - (A) = 4.508.920 7.378.050 4.315.435
Resultados financeiros: (D-B) - (C-A) = (10.906.222) (64.919.382) (4.846.889)
Resultados correntes: (D) - (C) = (6.397.302) (57.541.332) (531.454)
Resultados antes de impostos: (F) - (E) = (6.724.023) (52.923.097) 4.015.749
Resultado consolidado com os interesses minoritários do exercício: (F) - (G) = (6.600.023) (53.427.897) 2.815.749

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Dinis Pinto Vieira Vasco Luis Schulthess de Quevedo Pessanha

em euros em euros

D E M O N S T R A Ç Ã O D O S F L U X O S D E C A I X A D O S E M E S T R E

E M 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 7 ( M o n ta n te s e x p r e s s o s e m e u r o s ) - m é t o d o d ir e c to

2 0 0 7 2 0 0 6
F l u x o s d e c a i x a d a s a c t i v i d a d e s o p e r a c i o n a i s
R e c e b im e n to s d e c lie n t e s
P a g a m e n t o s a f o r n e c e d o r e s
P a g a m e n t o s a o p e s s o a l
4 9 3 0 5 2
( 1 6 0 1 4 6 8 )
( 9 8 2 9 3 8 )
8 3 2 5 3 3
( 7 4 8 3 7 3 )
( 8 8 4 8 5 0 )
F l u x o s g e r a d o s p e l a s o p e r a ç õ e s ( 2 0 9 1 3 5 4 ) ( 8 0 0 6 9 0 )
P a g a m e n t o d o im p o s t o s o b r e o r e n d im e n t o
R e c e b im e n to d o im p o s to s o b r e o r e n d im e n t o
O u t r o s r e c e b im e n to s r e la tiv o s à a c t iv id a d e o p e r a c io n a l
O u t r o s p a g a m e n t o s r e la t iv o s à a c t iv id a d e o p e r a c io n a l
( 5 6 0 8 3 8 )
0
1 0 3 8 3 4 0 0
( 1 1 6 6 2 0 7 )
( 1 7 9 5 8 8 )
0
8 4 7 5 3 0 8
( 1 7 2 8 6 4 )
F l u x o s g e r a d o s a n t e s d a s r u b r ic a s e x t r a o r d i n á r i a s 6 5 6 5 0 0 1 7 3 2 2 1 6 7
R e c e b im e n to s r e la c io n a d o s c o m r u b r ic a s e x t r a o r d in á r ia s
P a g a m e n t o s r e la c io n a d o s c o m r u b r ic a s e x t r a o r d in á r ia s
0
0
0
0
F l u x o s d e c a i x a d a s a c t i v i d a d e s o p e r a c i o n a i s 6 5 6 5 0 0 1 7 3 2 2 1 6 7
F l u x o s d e c a i x a d a s a c t i v i d a d e s d e in v e s t i m e n t o
R e c e b im e n to s p r o v e n ie n t e s d e :
I n v e s t im e n t o s fin a n c e ir o s
I m o b iliz a ç õ e s c o r p ó r e a s
J u r o s e p r o v e ito s s im ila r e s
A d ia n t a m e n to s p a r a d e s p e s a s d e c o n t a d e t e r c e ir o s
5 5 5 7 9 5 3
0
2 3 7 7 3 9
0
3 6 1 3 1 6 6 4
4 9 8 8 5 0
2 5 2 1 2 2
3 5 8 2
5 7 9 5 6 9 1 3 6 8 8 6 2 1 8
P a g a m e n t o s r e s p e it a n t e s a :
I n v e s t im e n t o s fin a n c e ir o s
I m o b iliz a ç õ e s c o r p ó r e a s
I m o b iliz a ç õ e s in c o r p ó r e a s
E m p r é s t im o s c o n c e d id o s
A d ia n t a m e n to s p a r a d e s p e s a s d e c o n t a d e t e r c e ir o s
( 1 5 1 8 2 5 9 )
( 1 0 9 1 5 )
0
0
( 6 4 5 0 6 4 )
0
( 3 5 9 4 )
( 3 0 2 5 0 )
( 3 4 1 4 6 0 3 5 )
( 2 7 1 1 9 4 )
( 2 1 7 4 2 3 8 ) ( 3 4 4 5 1 0 7 3 )
F l u x o s d e c a i x a d a s a c t i v i d a d e s d e in v e s t i m e n t o 3 6 2 1 4 5 3 2 4 3 5 1 4 5
F l u x o s d e c a i x a d a s a c t i v i d a d e s d e f i n a n c ia m e n t o
R e c e b im e n to s p r o v e n ie n t e s d e :
E m p r é s t im o s o b t id o s
A p lic a ç õ e s d e t e s o u r a r ia
5 4 0 0 0 0 0 0
2 2 7 3 9 0
6 2 1 9 0 6 2 5
7 7 9 8 2 1
5 4 2 2 7 3 9 0 6 2 9 7 0 4 4 5
P a g a m e n t o s r e s p e it a n t e s a :
E m p r é s t im o s o b t id o s
J u r o s e c u s t o s s im ila r e s
A p lic a ç õ e s d e t e s o u r a r ia
( 4 8 0 0 0 0 0 0 )
( 6 9 0 4 5 6 2 )
( 2 2 1 9 )
( 6 8 5 0 0 0 0 0 )
( 6 6 5 5 6 0 7 )
( 6 6 1 9 )
( 5 4 9 0 6 7 8 1 ) ( 7 5 1 6 2 2 2 6 )
F l u x o s d e c a i x a d a s a c t i v i d a d e s d e f i n a n c ia m e n t o ( 6 7 9 3 9 1 ) ( 1 2 1 9 1 7 8 0 )
V a r ia ç ã o d e c a ix a e s e u s e q u iv a le n t e s
E fe ito d a s d if e r e n ç a s d e c â m b io
9 5 0 7 0 6 3
0
( 2 4 3 4 4 6 8 )
0
9 5 0 7 0 6 3 ( 2 4 3 4 4 6 8 )
C a ix a e s e u s e q u iv a le n t e s n o in í c io d o p e r í o d o
C a ix a e s e u s e q u iv a le n t e s n o f im d o p e r í o d o
4 8 ( 4 0 4 1 2 3 4 3 )
( 3 0 9 0 5 2 8 0 )
( 3 6 0 9 9 0 1 7 )
( 3 8 5 3 3 4 8 5 )
9 5 0 7 0 6 3 ( 2 4 3 4 4 6 8 )

INAPA - INVESTIMENTOS, PARTICIPAÇÕES E GESTÃO, SA

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2007

(Valores expressos em milhares de Euros, excepto quando especificamente referido)

INTRODUÇÃO

A Inapa- Investimentos, Participações e Gestão, S.A.(Inapa-IPG) é a sociedade dominante do Grupo INAPA e tem por objecto social a gestão de bens móveis e imóveis, a tomada de participações no capital de outras sociedades, a exploração de estabelecimentos comerciais e industriais próprios ou alheios, e a prestação de assistência às empresas em cujo capital participe. A Inapa-IPG encontra-se cotada na Euronext Lisboa.

NOTA 1 - DERROGAÇÕES AO POC

As demonstrações financeiras do exercício foram preparadas, em todos os seus aspectos materiais, em conformidade com as disposições do Plano Oficial de Contabilidade (POC).

As notas às contas respeitam a ordem estabelecida pelo POC, sendo de referir que os números não indicados neste Anexo não têm aplicação ou não são relevantes.

NOTA 2 – VALORES COMPARATIVOS

Os valores constantes das demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de Junho de 2007 são comparáveis em todos os aspectos significativos com os valores do período homólogo de 2006, excepto, no tocante à alteração ocorrida em 31 de Dezembro de 2006, na forma de valorização dos seus investimentos financeiros em sociedades filiais e associadas, passando a adoptar o método da equivalência patrimonial a partir daquela data. Ver Nota 51 sobre os principais impactos.

NOTA 3 - PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

Os principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos adoptados na preparação das demonstrações financeiras são os seguintes:

(1) Investimentos financeiros e títulos negociáveis

Conforme referido nas Notas 2 e 51, os investimentos financeiros são valorizados pelo método da equivalência patrimonial. No final do exercício anterior foi adoptado pela 1ª vez o referido método conforme preconizado pela Directriz Contabilística nº 9.

Os títulos negociáveis são registados no activo pelo respectivo custo de aquisição.

Quando a diferença entre o custo de aquisição dos títulos negociáveis e o respectivo valor de mercado é significativa e se considera ter carácter permanente é constituído um ajustamento. As mais-valias não realizadas, correspondentes à diferença entre o custo de aquisição e o seu valor de mercado, não são reconhecidas.

(2) Imobilizações corpóreas

Os bens adquiridos foram objecto de reavaliação, nos termos dos Decretos-Lei nºs 430/78, 219/82, 339-G/84, 118-B/86, 111/88, 49/91 e 264/92. As reservas geradas pelas reavaliações nos termos legais, no montante global de 9 251,73 milhares de euros, foram integralmente incorporadas no capital em 1986, 1990 e 1997. Os bens adquiridos a partir do exercício de 1992 estão valorizados ao custo histórico.

As amortizações do imobilizado corpóreo são calculadas segundo o método das quotas constantes, utilizando-se para o efeito as taxas definidas na Portaria 737/81, de 29 de Agosto, para os bens adquiridos até Dezembro de 1988, e as taxas previstas no Decreto Regulamentar nº 2/90, de 12 de Janeiro, para os bens adquiridos a partir de Janeiro de 1989, que se consideram representarem satisfatoriamente a vida útil estimada dos bens e são como segue -

Edifícios e outras construções 2% - 5%
Equipamento básico 6,66% - 10%
Equipamento de transporte 20% - 50%
Equipamento administrativo 10% - 12,5%

O processo de amortização, por duodécimos, tem início no mês do exercício em que o respectivo bem entra em funcionamento.

(3) Imobilizações incorpóreas

São principalmente constituídas pelos custos suportados com o processo de reestruturação do Grupo, com os encargos relacionados com o aumento de capital realizado em 1998 e com projectos diversos que têm vindo a ser desenvolvidos, sendo amortizáveis substancialmente em 5 anos, por duodécimos, com início no mês do ano em que são incorridos ou o projecto concluído.

(4) Complementos de pensões de reforma

A Sociedade adoptou o reconhecimento das suas responsabilidades pelos complementos de reforma e sobrevivência, segundo os critérios consagrados pela Directriz Contabilística n.º 19, emanada da Comissão de Normalização Contabilística. Conforme referido na Nota 31, não se encontram em vigor complementos de pensões de reforma.

(5) Custos diferidos

São constituídos por despesas plurianuais os quais estão a ser amortizáveis em 3 anos.

(6) Demonstração dos fluxos de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica Caixa e seus equivalente corresponde ao somatório dos saldos de Caixa, Depósitos à ordem e Dívidas a instituições de crédito (ver Nota 48 c)). Esta demonstração foi elaborada pelo método directo.

NOTA 6 - IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O pagamento dos impostos sobre lucros é efectuado com base em declarações de autoliquidação que ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pela Administração Fiscal dentro dos quatro anos subsequentes. A partir do exercício de 2002 a Empresa reconhece situações de impostos diferidos de acordo com o disposto na Directriz Contabilística nº 28 (Ver Nota 49).

A Sociedade obteve com efeitos a partir do exercício de 2003, autorização para a consolidação fiscal com base no Regime especial de tributação dos grupos de sociedades (ver Nota 49).

NOTA 7 - VOLUME DE EMPREGO

Durante o exercício a Empresa teve ao seu serviço, em média, 24 empregados (2006: 24 empregados).

NOTA 8 - IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Ver Notas 3 (3) e 10.

NOTA 10 - MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DO ACTIVO IMOBILIZADO

ACTIVO BRUTO

Saldo
inicial
Aumentos Alienações Transferências
e abates
Saldo
final
Imobilizações incorpóreas
Despesas de instalação 4.173,1 - - - 4.173,1
Propriedade industrial e outros direitos 44,1 1,6 - - 45,7
Imobilizações em curso 12,5 - - - 12,5
4.229,7 1,6 - - 4.231,3
Imobilizações corpóreas
Terrenos e recursos naturais 53,4 - - - 53,4
Edifícios e outras construções 1.221,4 - - - 1.221,4
Equipamento básico 253,5 - - - 253,5
Equipamento de transporte 17,7 - - - 17,7
Equipamento administrativo 502,7 7,6 - - 510,3
Outras imobilizações corpóreas 136,5 - - - 136,5
2.185,3 7,6 - - 2.192,9
Investimentos financeiros
Partes de capital em empresas do grupo
(ver Nota 16) 210.737,7 - - (5.924,7) 204.813,0
Títulos e outras aplicações financeiras 14,0 - - - 14,0
Outros empréstimos concedidos 7.628,0 - - - 7.628,0
Imobilizações em curso 201,8 - - - 201,8
Adiantamentos por conta de investimentos
financeiros 51.811,6 - - (4.364,8) 47.446,8
270.393,0 - - (10.289,5) 260.103,5

AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES

Saldo
inicial
Reforço Regularizações Saldo
final
Imobilizações incorpóreas
Despesas de instalação 4.173,0 0,0 - 4.173,1
Propriedade industrial e outros direitos 27,8 2,0 - 29,7
4.200,8 2,0 - 4.202,8
Imobilizações corpóreas
Edifícios e outras construções 640,4 18,7 - 659,1
Equipamento básico 248,5 0,5 - 249,1
Equipamento de transporte 17,7 - - 17,7
Equipamento administrativo 479,9 3,5 - 483,4
Outras imobilizações corpóreas 65,2 0,7 - 65,8
1.451,7 23,4 - 1.475,1

O movimento ocorrido na rubrica Partes de capital em empresas do grupo corresponde ao referido nas notas 2 e 51 ao valor resultante da aplicação do método da equivalência patrimonial.

A rubrica de Adiantamentos por conta de investimentos financeiros, regista os valores dos adiantamentos efectuados à Gestinapa, SGPS, SA e à INAVESTE, SGPS, SA a utilizar para subscrição de futuros aumentos de capital a realizar nestas sociedades.

NOTA 12 - CRITÉRIOS DE REAVALIAÇÃO DO IMOBILIZADO

Ver Nota 3 (2).

NOTA 13 - EFEITO DAS REAVALIAÇÕES NO IMOBILIZADO

Custos
históricos
(a)
Reavaliações
(a) (b)
Valores
contabilísticos
reavaliados
(a)
Imobilizações corpóreas
Terrenos e recursos naturais 43,8 9,6 53,4
Edifícios e outras construções 513,2 49,1 562,3
Equipamento básico 4,5 - 4,5
Equipamento de transporte - - -
Equipamento administrativo 26,9 - 26,9
Outras imobilizações corpóreas 70,7 - 70,7
659,1 58,7 717,8

(a) Líquidos de amortizações, excepto a rubrica de Terrenos e recursos naturais.

(b) Englobam as sucessivas reavaliações

NOTA 16 - INFORMAÇÃO RELATIVA A EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS

30 de Junho de 2007 30 de Junho de 2006 Resultado líquido
Milhares
de euros
% de participação
no capital
da empresa
Milhares
de euros
% de participação
no capital
da empresa
consolidado
em 30 de
Junho de 2007
Partes de capital em empresas do Grupo
a) Portuguesas
INAVESTE - SGPS, SA
GESTINAPA - SGPS, SA
4.963
102.828
107.791
100,00%
100,00%
4.963
102.828
107.791
100,00%
100,00%
(2.091,86)
(549,27)
b) Estrangeiras
INAPA FRANCE, SA
INAPA DEUTSCHLAND
235.245
72.000
307.245
100,00%
47,00%
235.245
72.000
307.245
100,00%
47,00%
(2.278,05)
3.088,30
Ajuste pela aplicação do método equivalência
patrimonial
-210.223 0
204.813 415.036

NOTA 25 - SALDOS COM O PESSOAL

Os saldos a pagar ao Pessoal ascendem a 164,4 milhares de Euros, sendo 113,4 milhares de euros relativos a férias, subsídios de férias e correspondentes encargos, que se vencem para pagamento em 2008 e 51 milhares de euros relativos a subsídio de Natal. Os saldos a receber ascendem a 3,2 milhares de euros.

NOTA 31 - COMPLEMENTO DE PENSÕES DE REFORMA

Na Assembleia Geral de 31 de Maio de 2007, foi aprovada a extinção do regime de complemento de pensões de reforma para os Administradores, sendo que as responsabilidades da Inapa-IPG aquela data estavam cobertas pelo Fundo para o efeito constituído. Assim, no balanço a 30 de Junho de 2007, não se encontrava registado qualquer montante relacionado com este regime de complemento de pensões de reforma. Em 31 de Dezembro de 2006, encontrava-se registado o montante de 96 milhares de euros em acréscimos e diferimentos e 154,9 milhares de euros em custos diferidos.

NOTA 32 - RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS

A Sociedade prestou várias garantias bancárias, através de diversas instituições financeiras, no valor total de 241.757 milhares de euros, a favor de (i) várias empresas do Grupo Inapa, nomeadamente Inapa France e Inapa España (138,7 milhões de euros) e, (ii) para efeitos de emissão de papel comercial (103 milhões de euros).

A Sociedade emitiu em favor de uma empresa que foi participada cartas de conforto em favor de duas instituições financeiras. O envolvimento a 30 de Junho de 2007 era, a esse título, de 5,3 milhões de euros, estando o mesmo, porém, contragarantido por penhor mercantil sobre produtos acabados e mercadorias prestado pela dita.

NOTA 36 - CAPITAL

O capital está presentemente representado por 27.237.013 de acções ao portador de € 1,00 cada, totalmente subscritas e realizadas. Com excepção da Parpública – Participações Públicas ( SGPS ), SA, que detém 8 912 811 acções, que correspondiam a 30 de Junho de 2007 a 32,72% do capital e dos direitos de voto, do Banco Comercial Português, SA com 1 748 187 correspondentes a 6,42% do capital e dos direitos de voto, a que são de imputar ainda, nos termos da lei as 3 000 0000 detidas pelo Fundo de Pensões do BCP, correspondentes a 11,01% do capital e dos direitos do voto, Seguros e Pensões Gere, SA com 945 746 acções correspondentes a 3,47% do capital e dos direitos de voto, não eram conhecidas a 30 de Junho de 2007 outras pessoas, singulares ou colectivas que possuíssem ou a quem fossem de imputar participações sociais atribuindo direitos de voto iguais ou superiores a 2%.

NOTA 40 - MOVIMENTOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO NAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO

Saldo Movimento do período Saldo
inicial Aumentos Diminuições final
Capital 150.000,0 - (122.763,0) 27.237,0
Acções próprias - Valor nominal (14.237,7) (3,5) 14.241,2 0,0
Acções próprias - Descontos e prémios (1.350,7) 1,6 1.349,2 0,0
Prémios de emissão de acções 14.963,9 - (12.026,7) 2.937,3
Ajust. partes de capital em empresas do
grupo de associadas (149.088,7) 149.088,7 (490,9) (490,9)
Reservas legais 7.500,0 0,0 - 7.500,0
Outras reservas 82.315,3 2.645,3 (84.735,2) 225,5
Resultados transitados 1.000,0 53.427,9 (54.427,9) 0,0
Resultado líquido do exercício (53.427,9) (6.600,0) 53.427,9 (6.600,0)
37.674,3 198.560,0 (205.425,4) 30.808,8

Na Assembleia Geral da Inapa IPG realizada em 31 de Maio de 2007 foi aprovado o seguinte:

a) a redução do capital social da empresa de 150.000.000 euros para 136.185.065 euros através da extinção de 2.762.987 acções próprias que a Inapa IPG detinha em carteira;

b) com base nas demonstrações financeiras individuais de 31 de Dezembro de 2006, a cobertura de perdas evidenciadas no capital próprio através de Outras reservas no montante de 80.541.858 euros, de Prémios de emissão de acções no montante 12.026.687 euros e pela redução do capital social em 108.948.052 euros. A redução de capital social foi formalizada através da redução do valor nominal unitário das acções emitidas de 5 euros para 1 euro;

c) o aumento de capital social da Inapa IPG para até 150.000.000 milhões através de novas entradas em dinheiro e com reserva de preferência dos accionistas. O aumento corresponderá à emissão de 122.762.987 novas acções com valor nominal de 1 euro cada e a realizar ao par.

Na sequência das aprovações acima referidas o capital social da Inapa IPG em 30 de Junho de 2007 corresponde ao montante de 27.237.013 euros representado por 27.237.013 acções com o valor nominal de 1 euro cada.

NOTA 43 - REMUNERAÇÕES ATRIBUÍDAS AOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

30 de Junho de 2007 30 de Junho de 2006
Conselho de Administração 514,78 366,10
Conselho Fiscal 30,51 33,00

NOTA 45 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS

Exercícios Exercícios
Custos e perdas 30.6.2007 30.6.2006 Proveitos e ganhos 30.6.2007 30.6.2006
Juros suportados 5.354,6 3.891,1 Juros obtidos 1.248,4 556,5
Diferenças de câmbio desfavoráveis 0,0 0,0 Ganh. empres. grupo e assoc. 0,0 0,0
Perdas empres. grupo e assoc. 5.433,7 0,0
Outros custos e perdas financeiros 1.366,3 1.512,3
Resultados financeiros (10.906,2) (4.846,9)
1.248,4 556,5 1.248,4 556,5

NOTA 46 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Exercícios Exercícios
Custos e perdas 30.6.2007 30.6.2006 Proveitos e ganhos 30.6.2007 30.6.2006
Donativos 5,5 0,4 Ganhos em imobilizações - 4.058,5
Perdas em imobilizações - 1,7 Correcções relativas a exercícios anteriores 0,5 760,8
Multas e penalidades - - Outros proveitos e ganhos extraordinários - 60,2
Correcções relativas a exercícios anteriores 225,7 282,2
Outros custos e perdas extraordinários 96,0 48,0
Resultados extraordinários (326,7) 4.547,2
0,5 4.879,5 0,5 4.879,5

NOTA 48 - OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS RELEVANTES PARA MELHOR COMPREENSÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA E DOS RESULTADOS

a) Dívidas de terceiros - Empresas do Grupo - curto e médio e longo prazos

Milhares de euros
Médio e
Curto prazo longo prazo
2007 2006 2007 2006
Empréstimos concedidos a empresas do Grupo -
INAVESTE - Sociedade de Gestão de Participações Sociais, SA 274,60 0,00 8.050,00 9.568,30
Inapa Deutschland, Gmbh - 0,00 34.000,00 34.000,00
Inapa France, SA 6.555,10 4.737,70 - -
GESTINAPA - SGPS, SA 8.828,00 11.759,20 3.680,90 3.680,90
Contas-correntes de empresas do Grupo -
INAVESTE - Sociedade de Gestão de Participações Sociais, SA 4,10 337,20 - -
GESTINAPA - SGPS, SA 2.333,00 1.266,80 - -
INAPA Portugal, SA 69,70 236,50 - -
Medialivros, SA 6,10 3,80 - -
Inapa France, SA 565,60 879,10 - -
Inapa Espanha, SA 500,30 193,60 - -
Inapa Deutschland, Gmbh 1.389,00 543,60 - -
Papier Union 312,80 214,90 - -
Inapa Belgique 44,30 12,80
Inapa Suisse 24,40 27,70
Tavistock 77,10 77,10 - -
Outras 118,30 37,80 - -
21.102,40 20.327,80 45.730,90 47.249,20

Os empréstimos de médio e longo prazo à INAVESTE-SGPS, SA E GESTINAPA-SGPS, SA não vencem juros nem têm prazo fixado de reembolso.

O empréstimo concedido a médio e longo prazo à INAVESTE – SGPS, SA tem por objectivo principal o financiamento das actividades de investimento daquela subsidiária.

b) Dívidas a instituições de crédito

Milhares de euros
Curto prazo Médio e longo prazo
30.Junho.2007 30.Junho.2006 30.Junho.2007 30.Junho.2006
Dívidas a instituições de crédito 133.592,9 44.105,2 - 92.000,0

As Dívidas de Curto prazo incluem 97.000 milhares de euros, correspondentes à emissão de papel comercial, junto de quatro instituições financeiras, reembolsáveis pelo seu valor nominal, durante o prazo de um ano, renovável num período de 5 anos.

As dívidas a instituições de crédito vencem juros a taxas correntes de mercado.

c) Demonstração dos fluxos de caixa

Os componentes de caixa e seus equivalentes em 30 de Junho de 2007 e no final de 2006 era como segue:

30.6.2007 31.12.2006
Caixa 97,8 5,5
Depósitos bancários 88,3 21,7
Títulos negociáveis 5.501,5 5.504,2
Equivalentes a caixa (36.592,9) (45.943,8)
(30.905,3) (40.412,4)

Conforme referido na Nota 3 (6), a rubrica Equivalentes a caixa, correspondente a Dívidas a instituições de crédito exclui o valor de 97.000 milhares de euros relativos à emissão de papel comercial.

d) Proveitos suplementares

Em 30 de Junho de 2007 a rubrica de Proveitos Suplementares corresponde fundamentalmente a proveitos obtidos pela Sociedade com a intervenção em processos de negociação envolvendo o Grupo Inapa. Deste valor, cerca de 3.180,4 milhares de euros encontram-se registados em Acréscimos de proveitos.

NOTA 49 – IMPOSTOS CORRENTES E IMPOSTOS DIFERIDOS

IMPOSTOS CORRENTES

A Sociedade e as suas subsidiárias em Portugal são tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC), através do regime especial de tributação de grupos de sociedades, constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 90% e que cumprem as condições previstas no artigo 63º e seguintes do Código do IRC.

A Inapa IPG, como sociedade dominante, é responsável pelo cálculo do lucro tributável do Grupo, através da soma algébrica dos lucros tributáveis e dos prejuízos fiscais apurados nas declarações periódicas de cada uma das sociedades dominadas, pertencentes ao Grupo. Deste modo, o encargo do imposto corrente do Grupo foi contabilizado somente ao nível das contas individuais da Inapa IPG.

A Sociedade encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) à taxa normal de 25%, acrescida pela Derrama, à taxa de 10%, resultando uma taxa de imposto agregada de 27,5%.

IMPOSTOS DIFERIDOS

Em resultado da aplicação da Directriz Contabilística nº 28/01 de 6 de Junho, emanada da Comissão de Normalização Contabilística e da Norma Internacional de Contabilidade nº 12, as empresas portuguesas deverão passar a calcular e contabilizar os impostos diferidos. O valor dos impostos diferidos relativos a 30 de Junho de 2007 e 30 de Junho de 2006, é o seguinte:

Activos por impostos
diferidos
Milhares de Euros
Passivos por impostos
diferidos
30.06. 2007 30.06.200
6
30.06.2007 30.06.2006
Prejuízos
Fiscais
194 - - -

NOTA 50 – INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

A Sociedade dando seguimento ao disposto na Directriz Contabilística nº 27, emanada da Comissão de Normalização Contabilística, deverá complementar a informação financeira existente por segmento de actividade. Esta informação foi preparada pela Sociedade em termos consolidados, pelos segmentos de negócio associados à distribuição de papel e segmentos relativos às actividades de packaging e factoring – alteração ocorrida neste exercício face à importância crescente destas novas actividades. Contudo, em virtude da especificidade do objecto desta em termos de contas individuais (ver Introdução), o Balanço e a Demonstração dos resultados anexos caracterizam-se pela apresentação desta como um único segmento de negócio, nomeadamente como prestadora de serviços às empresas do Grupo.

NOTA 51 – EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

Conforme referido nas Notas 2 e 3 o impacto da adopção do método de equivalência patrimonial no final de 31 de Dezembro de 2006 correspondeu a uma diminuição na rubrica de investimentos financeiros, por contrapartida de capital próprio no valor de 204.298,3 milhares de euros, dos quais 55.209,6 milhares de euros em resultados líquidos do exercício de 2006. Conforme Nota 45 o impacto, em 30 de Junho de 2007, pela aplicação do método de equivalência patrimonial ascendeu a 5.433,7 milhares de euros e encontra-se registado em perdas em empresas do grupo e em associadas.

Informações referidas no art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais

Acções detidas pelos membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal da sociedade em 31 de Dezembro de 2006.

Conselho de Administração

Quantidade Direitos de
Voto
Dr. Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha

Próprias
0 0%

detidas por pessoas ou entidades contemplados no
art.º 447º
Ana Maria Gaziba Silva Medina Quevedo
Pessanha
10 000 0,04%
Imprerocha – Investimentos Prediais da Rocha,
SA
32 700 0,12%
Dr. José Manuel Félix Morgado 0 0%
Dr. João da Costa Manuel 0 0%
Dr. Alberto Coutinho Barata Salgueiro 0 0%
Dr. Jorge Armindo Carvalho Teixeira 0 0%
Dr. Henrique Abílio Paulo Fernandes 51 760 0,19%
Dr. Artur Porfírio Silveira de Almeida Soutinho 0 0%
Dr. Alfredo Manuel de Oliveira Varela Pinto 0 0%
Dr. Pedro Maria Cabral Norton de Matos 0 0%

Conselho Fiscal

Quantidade Direitos de
Voto
Dr. José António dos Reis Martinez 10 626 0,04%
Dr.ª Maria Amália Freire de Almeida 0 0

detidas por pessoas ou entidades contemplados no
art.º 447º
Parpública – Participações Públicas, SGPS, SA 8 912 811 32,86%
Oliveira, Reis & Associados, SROC 0 0%
representada por Dr. Carlos Alberto Domingues
Ferraz
0 0%
0 0%
Amável Calhau, Justino Romão & JM Ribeiro da
Cunha, SROC
0 0%

representada por Dr. Amável Freixo Calhau

Aquisições, onerações ou cessações de titularidade de acções emitidas por Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA entre 1 de Janeiro de 2006 e 31 de Dezembro de 2006.

Data Quantidade Preço Meio
Venda / Transacção em
26.01 10.000 2,80 Bolsa
Venda / Transacção em
03.02 1.000 2,80 Bolsa
Venda / Transacção em
07.02 14.000 2,82 Bolsa
Venda / Transacção em
08.02 3.000 2,89 Bolsa
Venda / Transacção em
09.02 2.000 2,92 Bolsa
Venda / Transacção em
10.02 5.000 2,98 Bolsa
Venda / Transacção em
13.02 5.000 3,03 Bolsa
Venda / Transacção em
16.02 5.000 3,02 Bolsa
Venda / Transacção em
20.02 5.000 3,11 Bolsa
Venda / Transacção em
10.04 20.500 3,37 Bolsa
Venda / Transacção em
11.04 24.500 3,37 Bolsa
Venda / Transacção em
18.04 5.000 3,39 Bolsa
Venda / Transacção em
28.04 25.000 3,34 Bolsa
Venda / Transacção em
02.05 1.500 3,37 Bolsa
Venda / Transacção em
03.05 5.000 3,34 Bolsa
Venda / Transacção em
10.05 1.000 3,35 Bolsa
12.05 5.000 3,31 Venda / Transacção em
Bolsa
Venda / Transacção em
29.05 8.000 2,86 Bolsa
Venda / Transacção em
30.05 513 2,90 Bolsa

Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha

Venda / Transacção em
30.05 3.487 2,85 Bolsa
Venda / Transacção em
31.05 500 2,90 Bolsa
Venda / Transacção em
07.06 5.000 2,82 Bolsa
Venda / Transacção em
23.06 5.000 2,82 Bolsa
Venda / Transacção em
29.06 5.000 2,70 Bolsa
Venda / Transacção em
30.06 7.000 2,78 Bolsa
Venda / Transacção em
10.07 3.000 2,69 Bolsa
Venda / Transacção em
11.07 1.500 2,70 Bolsa
Venda / Transacção em
12.07 2.000 2,70 Bolsa
Venda / Transacção em
13.07 10.500 2,68 Bolsa
Venda / Transacção em
17.07 1.000 2,63 Bolsa
Venda / Transacção em
18.07 9.150 2,60 Bolsa
Venda / transacção em
19.07 850 2,59 Bolsa

Henrique Abílio Cardoso Paulo Fernandes

Data Quantidade Preço Meio
Venda / Transacção em
07.02 5.000 2,86 Bolsa
Venda / Transacção em
07.02 100 2,86 Bolsa
Venda / Transacção em
07.02 300 2,86 Bolsa
Venda / Transacção em
08.02 700 2,86 Bolsa
Venda / Transacção em
08.02 150 2,86 Bolsa
Venda / Transacção em
08.02 10.416 2,84 Bolsa
Venda / Transacção em
09.02 24.000 2,88 Bolsa

Informações referidas no art.º 448.º do Código das Sociedades Comerciais e 16.º CVM

Accionistas titulares de participações qualificadas a 31 de Dezembro de 2006

Quantidade Direitos
de Voto
(*)
Direitos de
Voto (** )
Parpública – Participações Públicas,
SGPS, SA
8 912 811 32,86% 15%
Banco Comercial Português, SA 1 748 187 6,44% 6,44%
Fundo de Pensões BCP 3 000 000 11,06% 11,06%
AF Investimentos – Fundos Mobiliários, 1 525 330 5,62% 5,62%
SA
Seguros e Pensões Gere, SA 945 746 3,49% 3,49%
Guimarães de Mello Europe, Ltd, através
de 1 041 143 3,84% 3,84%
-
Guimarães de Mello Portugal,
SGPS, SA
106 357 0,39% 0,39%
-
José de Mello – SGPS, SA

(*) Direitos de voto totais ( sem considerar a limitação de direito de voto constante do contrato de sociedade )

(**) Direitos de voto efectivos ( considerando a limitação de direito de voto constante do contrato de sociedade )

III – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS IFRS

BALANÇO CONSOLIDADO EM 30 DE JUNHO DE 2007

( Montantes expressos em milhares de euros)

30 DE JUNHO DE 2007
30
DE 2007
31 DE DEZEMBRO DE 2006
31 DE DEZEMBRO DE 2006
2006
31 DE DEZEMBRO DE 2006
2006
ACTIVO Notas Activo Líquido
Activo Líquido
Activo Líquido Activo Líquido Activo Líquido
(reexpresso)
ACTIVO NÃO CORRENTE
Activos tangíveis 112.469 115.119 115.119
Goodwill - Diferenças de consolidação 131.127 131.147 131.147
Outros activos intangíveis 106.787 107.190 107.190
Investimentos
Investimentos em associadas
Activos financeiros disponíveis para venda
Adiantamentos por conta
7 16.555
1.472
14.881
202
20.277
993
19.083
202
20.277
993
19.083
202
Outros activos não correntes 17.731 17.784 17.784
Impostos diferidos activos 13 19.085 18.965 18.965
TOTAL DO ACTIVO NÃO CORRENTE 403.754
403.754
410.483 410.483
410.483
410.483
ACTIVO CORRENTE
Inventários 85.646 82.967 82.967
Clientes 232.657 243.106 67.710
Outros activos correntes 40.735 44.715 80.111
Caixa e equivalentes a caixa 10 6.913 4.985 4.985
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE 365.952
365.952
375.772375.772
375.772
235.772 235.772
TOTAL DO ACTIVO 769.706
769.706
786.255 786.255
786.255
646.255 646.255
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
PASSIVO
Notas
Notas
30 DE JUNHO DE 2007
30
DE 2007
31 DE DEZEMBRO DE 2006 2006
31 DE DEZEMBRO DE 2006
31 DE DEZEMBRO DE 2006
31 DE DEZEMBRO DE 2006
(reexpresso)
CAPITAL PRÓPRIO
Capital por acções 27.237 150.000 150.000
Acções próprias-Valor nominal 0 -14.353 -14.353
Acções próprias-Descontos e prémios 0 -1.403 -1.403
Prémios de emissão de acções 2.937 14.964 14.964
Ajustamentos conversão cambial 60 308 308
Reservas e resultados retidos 7.176 -58.413 -58.413
Resultado líquido consolidado do exercício -6.600 -53.428 -53.428
Capital próprio atribuível aos detentores de capital próprio do Grupo 30.809 37.674 37.674
Interesses minoritários 7.617 7.641 7.641
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 38.426 45.315
45.315
45.315
PASSIVO NÃO CORRENTE
Empréstimos obtidos a longo prazo 12 81.236 263.202 263.202
Financiamentos associados a activos transferidos 12 140.000 140.000
Passivos por impostos diferidos 13 18.536 18.030 18.030
Provisões 6.487 5.244 5.244
Outros passivos não correntes 15.115 15.665 15.665
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 261.373 442.142 302.142
PASSIVO CORRENTE
Empréstimos 12 346.871 172.801 172.801
Fornecedores 83.278 83.586 83.586
Outros passivos correntes 39.758 42.410 42.410
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 469.907 298.797 298.797
TOTAL DO PASSIVO 731.281 740.940 600.940
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 769.706
769.706
786.255786.255
786.255
646.255

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS NO SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2007

(Montantes expressos em milhares de Euros)

Notas
Notas
30 DE
30 DE JUNHO DE 2007
2007
30 DE JUNHO
30 DE JUNHO DE 2006
Réditos 3 e 4
4
544.736 537.289
Outros rendimentos 5
5
16.305 16.481
Total de Rendimentos 561.041
561.041
553.770
553.770
Custo das vendas -456.002 -452.084
Alteração nos inventários 0 -138
Custos com o pessoal -40.703 -43.367
Outros custos 5
5
-47.834 -46.972
16.501
16.501
11.209
11.209
Depreciações e amortizações -3.399 -3.437
Imparidade de activos tangíveis e intangíveis 0 0
Ganhos / (Perdas) em associadas -14 31
Função financeira 6
6
-17.457 -8.153
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS -4.369
-4.369
-350
-350
Imposto sobre o rendimento -1.895 -934
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO -6.264
-6.264
-1.284
-1.284
Atribuível a :
Detentores do capital da empresa-mãe -6.600 -1.551
Interesses minoritários 336 267
Resultado por acção - euros
Básico -0,243 -0,047
Diluído -0,243 -0,047

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS EM 30 DE JUNHO DE 2007

(Método da consolidação integral) Milhares de Euros

IAS / IFRS
(Não auditado)
1ºTRIMESTRE
1ºTRIMESTRE
2ºTRIMESTRE
2ºTRIMESTRE
2ºTRIMESTRE
30
30 DE JUNHO DE 2007
DE
Toneladas 278.146 253.292 531.438
Rédito 282.285 262.451 544.736
Outros rendimentos 8.868 7.437 16.305
Total de Rendimentos 291.153 269.888 561.041
Custo das vendas -236.663 -219.339 -456.002
Alteração nos inventários 0 0 0
Custos com o pessoal -20.199 -20.504 -40.703
Outros Custos -23.035 -24.799 -47.834
11.256 5.246 16.501
Depreciações e amortizações -1.796 -1.603 -3.399
Imparidade de activos tangíveis e intangíveis 0 0 0
Ganhos / (Perdas) em associadas -7 -7 -14
Função financeira -8.361 -9.096 -17.457
RESULTADO ANTES IMPOSTOS 1.092
1.092
-5.460
-5.460
-4.369
Imposto sobre o rendimento -347
-347
-1.549
-1.549
-1.895
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 745
745
-7.009
-7.009
-6.264
Atribuível a :
Detentores do capital da empresa-mãe 507 -7.107 -6.600
Interesses minoritários resultados 238 97 336
Resultado por acção - Euros
Básico 0,019 -0,261 -0,243
Diluído 0,019 -0,261 -0,243

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS DO SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2007

(Montantes expressos em milhares de Euros)

Notas
Notas
30 DE JUNHO DE 2007
2007
30 DE
DE
30 DE JUNHO DE 2006
30
JUNHO DE
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Recebimentos de clientes 612.875 530.035
Pagamentos a fornecedores (519.220) (451.547)
Pagamentos ao pessoal (40.118) (35.966)
Fluxos gerados pelas operações 53.537 42.522
Pagamento do imposto sobre o rendimento (5.990) (6.969)
Recebimento do imposto sobre o rendimento 16 23
Outros recebimentos relativos à actividade operacional 46.200 45.142
Outros pagamentos relativos à actividade operacional (40.756) (61.666)
Fluxos de caixa das actividades operacionais 1 53.007 19.053
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 4.551 34.224
Imobilizações corpóreas 114 510
Juros e proveitos similares 1.312 586
Adiantamentos para despesas de conta de terceiros 0 4
5.977 35.323
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas
(788)
(706)
(55)
(2.155)
Imobilizações incorpóreas (200) (473)
Empréstimos concedidos (342) 0
Adiantamentos para despesas de conta de terceiros (314) (271)
(2.351) (2.955)
Fluxos de caixa das actividades de investimento 2 3.626 32.368
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 95.864 104.399
Aplicações de tesouraria 273 977
96.137 105.376
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
(80.176) (66.340)
Amortizações de contratos de locação financeira (596) (720)
Juros e custos similares (16.136) (12.447)
Dividendos 0 (80)
Aplicações de tesouraria (1) (20)
(96.909) (79.607)
Fluxos de caixa das actividades de financiamento 3 (772) 25.770
Variação de caixa e seus equivalentes
4 = 1 + 2 + 3
55.861 77.191
Efeito das diferenças de câmbio (2) (4)
55.859 77.186
Caixa e seus equivalentes no início do período (167.817) (186.062)
Caixa e seus equivalentes no fim do período 10 (111.958) (108.876)
55.859 77.186

Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras consolidadas em anexo

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Dinis Pinto Vieira

O PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO CONSOLIDADO PARA OS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006

(Montantes expressos em milhares de Euros)

Atribuível aos detentores de capital próprio do Grupo
Capital Acções
próprias
Prémio de
emissão de
acções
Ajustamentos
conversão
cambial
Reservas e
Resultados
retidos
Total Interesses
minoritários
Total Capital
Próprio
SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2006 150.000 -16.500 14.964 543 -56.817 92.190 7.325 99.515
Investimentos disponíveis para venda
Diferenças de câmbio na transposição de unidades operacionais estrangeiras
-154 -104 -104
-154
-104
-154
Distribuição de dividendos
Compra e venda de acções próprias
Outras correções no capital próprio das empresas participadas
1.458 -95
-693
-86
-95
765
-86
-122 -217
765
-86
0 1.458 0 1.458 0 0 -978 326 -122 204
Resultado líquido do período -1.551 -1.551 267 -1.284
0 1.458 0 0 -2.529 -1.225 145 -1.080
SALDO EM 30 DE JUNHO DE 2006 150.000
150.000
-15.042-15.042
-15.042
14.964 543 -59.346 -59.346 -59.346 90.965 7.470 98.435
SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2007 150.000 -15.756 14.964 308 -111.842 37.674 7.641 45.315
Diferenças de câmbio na transposição de unidades operacionais estrangeiras
Distribuição de dividendos
-248 -248 -133 -248
-133
Variação de acções próprias
Outras correções no capital próprio das empresas participadas
15.756 -15.756 0 -27 0
-27
Alterações no perímetro de consolidação
Alterações ao capital
-122.763 -12.027 -17
134.790
-17
0
-200 -217
0
-122.763 15.756 -12.027 -248 119.017 -265 -360 -625
Resultado líquido do período -6.600 -6.600 336 -6.264
-122.763 15.756 -12.027 -248 112.417 -6.865 -24 -6.889
SALDO EM 30 DE JUNHO DE 2007 27.237
27.237
0
0
2.937 60 575 30.809 7.617 38.426

INAPA - INVESTIMENTOS, PARTICIPAÇÕES E GESTÃO, SA

ANEXO CONDENSADO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DO SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2007

(Valores expressos em milhares de euros, excepto quando especificamente referido)

1. INTRODUÇÃO

A Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, S.A. (Inapa IPG) é a sociedade dominante do Grupo Inapa e tem por objecto social a propriedade e a gestão de bens, móveis e imóveis, a tomada de participações no capital de outras sociedades, a exploração de estabelecimentos comerciais e industriais, próprios ou alheios, e a prestação de assistência às empresas em cujo capital participe. A Inapa IPG encontra-se cotada na Euronext Lisboa.

Sede Social: Rua do Salitre 142, 1269-064 Lisboa, Portugal Capital Social: 27.237.013 euros N.I.P.C.: 500 137 994

As empresas portuguesas do Grupo dedicam-se à actividade de distribuição de papel em Portugal (Inapa Portugal – Distribuição de Papel, SA e Empresas subsidiárias) e editorial (Medialivros – Actividades Editoriais, S.A.). O Grupo integra duas "sub-holdings" (Gestinapa - SGPS, S.A. e Inaveste - Sociedade de Gestão de Participações Sociais, S.A.), que concentram as participações afectas à Distribuição e à Diversificação, respectivamente.

Na sequência do seu projecto de desenvolvimento e internacionalização, o Grupo Inapa detém participações, essencialmente na área da Distribuição de papel, em vários países da Europa, nomeadamente (i) Inapa France e empresas subsidiárias, operando em França, Suíça, Itália e Belux, (ii) Inapa España Distribución Ibérica, SA, operando em Espanha e que detém uma participação na Surpapel, SL (empresa que desenvolve a sua actividade de comercialização de papel), (iii) Inapa Deutschland, GmbH sediada na Alemanha, que detém participações na Papier Union, GmbH, a qual é por sua vez titular do capital das sociedades Inapa Packaging, GmbH e PMF- Factoring, GmbH, igualmente sediadas nesse país e na Inapa Switzerland, (iv) em duas empresas localizadas no Reino Unido – Inapa Merchants Holding, Ltd, que detém a participação financeira na Tavistock Paper Sales, Ltd. empresa que se dedica essencialmente à distribuição de papel para fabrico de envelopes. Adicionalmente, no final do exercício de 2006, a subsidiária Inapa Packaging, GmbH, adquiriu duas empresas de comercialização de material para embalagem, a Hennessen & Potthoff, GmbH e a HTL-Verpackung, GmbH, respectivamente.

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Inapa IPG em 11 de Setembro de 2007.

2. POLITICAS CONTABILÍSTICAS

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Inapa são preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas que constituem o Grupo. Por outro lado, as demonstrações financeiras consolidadas intercalares do semestre findo em 30 de Junho de 2007 foram preparadas de acordo com o IAS 34 - Relato Financeiro Intercalar, e apresentam notas condensadas pelo que devem ser lidas em conjunto com as demonstrações consolidadas financeiras anuais relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006.

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Inapa são preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB) e com as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (SIC), tal como adoptadas pela União Europeia.

As demonstrações financeiras intercalares do semestre findo em 30 de Junho de 2007 foram preparadas de acordo com mesmos princípios e políticas contabilísticas adoptados pelo Grupo Inapa na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 e que se encontram descritas no anexo incluído naquelas demonstrações financeiras, com excepção do aspecto referido no parágrafo seguinte. Assim, e conforme o IAS 34, não é apresentada nas presentes demonstrações financeiras consolidadas intercalares diversa informação constante nas demonstrações financeiras consolidadas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, quer por não terem sofrido alteração quer por não serem materialmente relevantes para a compreensão das presentes demonstrações financeiras consolidadas intercalares.

De acordo com o disposto no IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração, o Grupo só efectua o desreconhecimento de saldos de clientes ou de outros valores a receber (removidos do activo) quando transfere substancialmente todos os riscos e benefícios associados à detenção daqueles activos. Relativamente à operação de titularização de saldos de clientes descrita na Nota 16, procedeu-se á reapreciação do cumprimento dos requisitos necessários ao seu desreconhecimento tendo sido adoptadas as recomendações da CMVM nomeadamente no que concerne a riscos e benefícios transferidos. Nestas circunstâncias e devido a ter sido efectuado o desreconhecimento daqueles activos nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, apresentadas para efeitos comparativos, procedeu-se à sua reexpressão. Assim, em resultado da reexpressão efectuada, em 31 de Dezembro de 2006 os saldos das rubricas de Clientes e de Financiamentos associados a activos financeiros aumentaram, respectivamente, em 175.396 e 140.000 milhares de euros e a rubrica de Outros activos correntes diminuiu em 35.396 milhares de euros.

Durante o primeiro semestre de 2007 entraram em vigor diversas normas ou interpretações de normas em resultado da sua publicação pelo IASB e pelo IFRIC e da sua adopção pela União Europeia. A sua entrada em vigor não teve impacto materialmente relevante nas presentes demonstrações financeiras do Grupo. As novas normas em vigor no primeiro semestre de 2007 são as seguintes:

  • IFRS 7 - Instrumentos financeiros: divulgação de informações;

  • IFRIC 7 Abordagem de reexpressäo prevista no IAS 29 Relato Financeiro em Economias Hiper inflacionárias;

  • IFRIC 8 Âmbito do IFRS 2;
  • IFRIC 9 Reavaliação dos derivados embutidos;
  • IFRIC 10 Relato financeiro intercalar e imparidade.

Foram publicadas pelo IASB e pelo IFRIC novas normas, alterações e interpretações efectuadas a normas existentes, cuja aplicação apenas é obrigatória para períodos que se iniciem a partir de 1 de Março de 2007 ou em data posterior. Estas normas ou não são relevantes no contexto das presentes demonstrações financeiras ou o Grupo Inapa optou por não adoptá-las antecipadamente:

  • IFRS 8 - Segmentos Operacionais (a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2009). Este IFRS não deverá ter um impacto significativo nas demonstrações financeiras do Grupo.

  • IAS 23 (revisão) - Custos de empréstimos obtidos (a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2009). Esta alteração ao IAS 23 não deverá ter um impacto significativo nas demonstrações financeiras do Grupo.

  • IFRIC 11 – Transacções intragrupo e Operações com acções próprias, IFRS 2 (a aplicar para os períodos que se iniciem em ou após 1 de Março de 2007). Esta interpretação não deverá ter impacto nas demonstrações financeiras do Grupo;

  • IFRIC 12 - Contratos de concessão (a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2008). Esta interpretação não é relevante nas demonstrações financeiras do Grupo;

  • IFRIC 13 – Programas de retenção de clientes (a aplicar a partir de 1 de Julho de 2008). Esta interpretação não é relevante nas demonstrações financeiras do Grupo;

  • IFRIC 14 – O limite dos activos afectos aos planos de benefício definido, requisitos de financiamento mínimo e sua interacção (a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2008). Esta interpretação não deverá ter impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

Das diversas normas referidas acima como já estando publicadas pelo IASB ou pelo IFRIC mas que ainda não estão em vigor, só o IFRIC 11 é que se encontra adoptado pela União Europeia, concretizado através da sua publicação no respectivo Regulamento.

3. RÉDITOS

Os réditos realizados nos semestres findos em 30 de Junho de 2007 e 2006, distribuem-se da seguinte forma:

30 Junho 2007 30 Junho 2006
Mercado Interno
Vendas de Mercadorias 33.537 33.749
Prestações de serviços 787 49
34.324 33.798
Mercado Externo
Vendas de Mercadorias 508.155 502.252
Prestações de serviços 2.257 1.239
510.412 503.491
544.736 537.289

4. SEGMENTOS DE NEGÓCIO

Face à especificidade das actividades de distribuição de papel, por um lado, e às actividades de packaging e factoring, por outro, optou-se pela apresentação da informação por segmentos com base nestes segmentos de negócio, como segue:

30 de Junho de 2007
Eliminações
de
Distribuição Packaging Factoring consolidação Consolidado
RÉDITOS
Vendas externas 532.324 9.369 0 541.693
Vendas Inter-segmentais 4 0 0 -4 0
Outros réditos 1.721 603 719 3.043
Réditos totais 534.049 9.972 719 -4 544.736
RESULTADOS
Resultados segmentais 13.972 955 -606 -1.219 13.102
Custos financeiros -12.982 0 -6.196 970 -18.208
Proveitos financeiros 752 12 457 -470 751
Ganhos/ (perdas) em associadas -14
Impostos s/lucros -1.219 -291 0 -1.895
Resultado consolidado líquido -6.264
Atribuível a:
Detentores capital da empresa-mãe -6.600
Interesses minoritários 336

As demonstrações financeiras consolidadas do semestre findo em 30 de Junho de 2006 apresentam o relato por segmentos principais repartida por segmentos geográficos. Em 31 de Dezembro de 2006, em resultado da evolução da actividade do Grupo, a Inapa IPG passou a apresentar a informação sobre segmentos de acordo os diferentes negócios do Grupo Inapa, conforme referido acima. Assim, para efeitos exclusivamente comparativos é apresentado abaixo informação sobre os segmentos de acordo com o formato anteriormente aplicado.

30 de Junho de 2007 30 de Junho de 2006
Outros Eliminações Outros Eliminações
países Outras de países Outras de
Ibéria Europeus actividades consolid. Consolidado Ibéria Europeus actividades consolid. Consolidado
RÉDITOS
Vendas e prest. de serviço externas 65.871 478.146 719 66.536 469.114 1.639
Vendas Inter-segmentais 4 0 0 -4 3 0 0 -3
Réditos totais 65.875 478.146 719 -4 544.736 66.539 469.114 1.639 -3 537.289
RESULTADOS
Resultados segmentais 1.853 13.073 -606 -1.217 13.103 1.862 5.068 1.031 -190 7.771
Custos financeiros -2.730 -9.935 -6.196 652 -18.209 -1.858 -6.637 -5.493 362 -13.626
Proveito financeiros 172 264 457 -142 751 298 132 5.110 -67 5.473
Ganhos / (Perdas) em associadas -14 32
Impostos s/lucros 0 -1.510 0 -1.895 0 -1.128 -1.200 -934
Resultado consolidado líquido
Atribuível a:
-6.264 -1.284
Detentores capital da empresa-mãe -6.600 -1.551
Interesses minoritários 336 267

5. OUTROS RENDIMENTOS E OUTROS CUSTOS

Os Outros rendimentos e os Outros custos dos semestres findos em 30 de Junho de 2007 e 2006 podem ser analisados como segue:

30 Junho 2007 30 Junho 2006
Outros rendimentos
Proveitos suplementares 4.931 3.481
Descontos de pronto pagamento líquidos 5.172 6.068
Outros rendimentos 6.202 6.932
16.305 16.481
Outros custos
Gastos administrativos (Fornecimentos e serviços
externos) -40.281 -40.777
Impostos -1.570 -1.622
Provisões / imparidade contas a receber e
inventarios -3.935 -3.253
Outros gastos correntes -2.048 -1.320
-47.834 -46.972

6. FUNÇÃO FINANCEIRA

O resultado da função financeira para os semestres findos em 30 de Junho de 2007 e de 2006 tem a seguinte composição:

30 Junho 2007 30 Junho 2006
Proveitos financeiros
Juros obtidos 473 581
Rendimento de participações de capital 142 -
Outros proveitos e ganhos financeiros 136 4.892
751 5.473
Custos financeiros
Juros suportados -12.892 -9.354
Outros custos e perdas financeiros -5.316 -4.272
-18.208 -13.626
Função financeira -17.457 -8.153

7. INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Os Activos financeiros disponíveis para venda analisam-se como segue:

30 de Junho 2007 31 Dezembro 2006
Gama Receivables Funding PLC - Junior Notes (nota 16)
BANIF - Unidades de participação em fundos
7.628 7.628
de investimento 5.502 5.504
José de Mello - SGPS, SA 0 3.073
Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio , SA 0 1.276
Global Vida - Unidades de participação diversas 911 911
Outras 840 691
14.881 19.083

Durante o semestre o movimento ocorrido nesta rubrica resultou da alienação da totalidade das acções em carteira da José Mello SGPS, SA e da Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio, SA, tendo sido apurada uma mais valia de cerca de 17 milhares de euros.

Adicionalmente, procedeu-se à alienação em Abril de 2007 da totalidade do capital social da Inaveste-Mediação de Seguros tendo originado uma mais valia de 20 milhares de euros.

8. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As subsidiárias incluídas na consolidação, mediante a aplicação do método da consolidação integral, à data de 30 de Junho de 2007, são conforme segue:

Designação Sede Social % de
participação
Actividade Data de
constituição
Data de
incorporação
Gestinapa - SGPS,SA Rua do Salitre, 142
1269-064 Lisboa
100,00 SGPS Maio 1992 Junho 1992
Inaveste – SGPS, SA Rua do Salitre, 142
1269-064 Lisboa
100,00 SGPS Dezembro 1991 Junho 1992
Inapa España
Distribución Ibérica, SA
c/ Delco
Polígono Industrial
Ciudad del Automóvil
28914 Leganés, Madrid
100,0 Distribuição
de papel
- Dezembro 1998
Inapa France, SA 91813 Corbeil Essones
Cedex, França
100,00 Distribuição
de papel
- Maio 1998
Inapa Deutschland,
GmbH
Warburgstraβe28
20354 Hamburg
Alemanha
100,00 Holding - Abril 2000
Papier Union, GmbH Warburgstraβe, 28
20354 Hamburgo
Alemanha
94,90 Distribuição
de papel
- Abril 2000
PMF Print Medien
Factoring, GmbH
Warburgstraβe, 28
20354 Hamburgo
Alemanha
100,00 Factoring - Setembro
2005
Inapa – Merchants,
Holding, Ltd
Torrington House, 811
High Road
Finchley N12 8JW
Reino Unido
100,0 Holding - 1995
Tavistock Paper Sales,
Ltd
1st Floor- The Power
House
Wantage OX12 8PS
Reino Unido
100,0 Distribuição
de papel
- Fevereiro 1998
Inapa Portugal, SA Vale Flores
São Pedro de Penaferrim
2710 SINTRA
99,75 Distribuição
de papel
Junho 1919 1988
Papéis Carreira Madeira,
Lda
Rua Infante Santo
Núcleo Residencial dos
Ilhéus, Loja 11
S. Pedro, 9000 Funchal
51,00 Distribuição
de papel
Novembro 1996 Dezembro
1996
Papéis Carreira Açores,
Lda
Rua dos Valados
Armazéns 24, 25 e 26 -
Relva
9500 Ponta Delgada
60,00 Distribuição
de papel
- 1991
Designação Sede Social % de
participação
Actividade Data de
constituição
Data de
incorporação
Inapa Itália, Spa Strada Statale Padana
Superiore 315/317
I-20090 Vimodrone Milão
- Itália
100,0 Distribuição
de papel
- 1998
Inapa Switzerland Althardstrasse 301
8105 Regensdorf –
Suisse
67,4 Distribuição
de papel
- Maio 1998
Inapa Belgique Vaucampslan, 30
1654 Huizingen, Belgique
99,94 Distribuição
de papel
- Maio 1998
Inapa Luxemburg 211, Rue des Romains.
L.8005 Bertrange
Luxemburgo
97,75 Distribuição
de papel
- Maio 1998
Inapa Packaging, GmbH Warburgstraβe, 28
20354 Hamburgo
Alemanha
100,0 Holding 2005 2006
HTL Verpackung, GmbH Werner-von-Siemens
Str 4-6 21629 Neu
Wulmstrof, Alemanha
100,0 Embalagem - 2006
Hennessen & Potthoff,
GmbH
Templesweg 22
Tonisvorst - Alemanha
100,0 Embalagem - 2006

Foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de equivalência patrimonial as seguintes empresas:

Empresas Associadas Empresa detentora da participação % de
participação
Surpapel, SL
Polígono Industrial Guadalquivir,
c/ Tecnología, 1
41120 Gelves Sevilla – Espanha
Inapa España Distribucíon Ibérica, SA 25,00
Medialivros - Actividades Editoriais, SA Inaveste – SGPS, SA 39,32

A Medialivros – Actividades Editoriais, SA foi integrada nas demonstrações financeiras consolidadas de 31 de Dezembro de 2006 e 30 de Junho de 2006 pelo método de consolidação integral. Na sequência da redução da participação nesta empresa e da perda de controlo por parte do Grupo Inapa, resultado de um aumento de capital em que o Grupo Inapa não participou, este investimento financeiro passou a ser registado pelo método da equivalência patrimonial.

9. EMPRESAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO

As participações detidas directa ou indirectamente que a seguir se indicam não foram incluídas no processo de consolidação pelos métodos da consolidação integral ou da equivalência patrimonial por não se encontrarem ainda reunidas as condições técnicas necessárias e por não se mostrarem materialmente relevantes no contexto das contas consolidadas.

Empresa participada Empresa participante % de
participação
Megapapier, SA
Bilstraat 449,
3572 AW Utrecht
Bélgica
Inapa France, SA 100,00

Por ser intenção do Grupo Inapa a sua liquidação, a Sociedade Megapapier, SA não foi incluída no processo de consolidação nos exercícios de 2001 a Junho de 2007, encontrando-se registada pelo valor de zero, não existindo saldos pendentes de recebimentos ou pagamentos.

10. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

A rubrica de Caixa e seus equivalentes pode ser analisada como segue:

30 Junho 2007 31 Dezembro 2006 30 Junho 2006
Caixa e seus equivalentes
Depósitos bancários 6.579 4.238 8.567
Caixa 334 747 114
6.913 4.985 8.681

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Os componentes de caixa e seus equivalentes, para efeitos de Demonstração de fluxos de caixa, são como segue:

30 Junho 2007 31 Dezembro 2006 30 Junho 2006
Caixa e seus equivalentes - Dem. dos Fluxos de Caixa
Caixa 334 747 114
Depósitos bancários 6.579 4.238 8.567
Depósitos bancários - saldos credores -118.871 -172.802 -117.557
-111.958 -167.817 -108.876

11. CAPITAL E RESERVAS

Na reunião da Assembleia Geral da Inapa IPG realizada em 31 de Maio de 2007 foi aprovado o seguinte:

a) a redução do capital social da empresa de 150.000.000 euros para 136.185.065 euros através da extinção de 2.762.987 acções próprias que a Inapa IPG detinha em carteira;

b) com base nas demonstrações financeiras individuais de 31 de Dezembro de 2006, a cobertura de perdas evidenciadas no capital próprio através de Outras reservas no montante de 80.541.858 euros, de Prémios de emissão de acções no montante 12.026.687 euros e pela redução do capital social em 108.948.052 euros. A redução de capital social foi formalizada através da redução do valor nominal unitário das acções emitidas de 5 euros para 1 euro;

c) o aumento de capital social da Inapa IPG para até 150.000.000 milhões através de novas entradas em dinheiro e com reserva de preferência dos accionistas. O aumento corresponderá à emissão de 122.762.987 novas acções com valor nominal de 1 euro cada e a realizar ao par.

Na sequência das aprovações acima referidas o capital social da Inapa IPG em 30 de Junho de 2007 corresponde ao montante de 27.237.013 euros representado por 27.237.013 acções com o valor nominal de 1 euro cada.

Durante o primeiro semestre de 2006 e até à data da reunião da Assembleia Geral referida acima, a Inapa IPG alienou 107.784 acções e adquiriu 100 acções próprias.

12. EMPRÉSTIMOS

Os empréstimos obtidos analisam-se como segue:

30 Junho 2007 31 Dezembro 2006 31 Dezembro 2006
Empréstimos correntes (reexpresso)
Empréstimos bancários e outros
Descobertos bancários e financiamentos de curto prazo em euros
concedidos por entidades bancárias às diversas empresas do Grupo
118.871 126.801 126.801
Titularização de dívida bancária efectuada por uma instituição de crédito
até ao primeiro semestre de 2008
125.000 40.000 40.000
Papel comercial reembomsável pelo seu valor nominal com a emissão
de títulos com uma maturidade, até um ano renovável
103.000 6.000 6.000
346.871 172.801 172.801
Empréstimos não correntes
Empréstimos bancários
Financiamento de médio e longo prazo, a ser totalmente utilizado até
Fevereiro de 2008 e com reembolso em 10 prestações anuais e sucessivas
81.236 41.202 41.202
Papel comercial, rembolsável pelo seu valor nominal com emissão
de títulos com uma maturidade até um ano, renovável, num período de
5 anos
- 97.000 97.000
Outros empréstimos obtidos
Titularização de dívida bancária efectuada por uma instituição de crédito
até 2007/ 2008 com admissão de aceitação de renovação para períodos sucessivos
- 125.000 125.000
81.236 263.202 263.202
Financiamentos associados a titularização de créditos ( nota 16) 140.000 140.000 0
568.107 576.003 436.003

13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O valor do Imposto sobre o rendimento evidenciado na Demonstração dos resultados consolidados, em 30 de Junho de 2007 no montante total de 1.895 milhares de euros, corresponde ao imposto corrente do semestre no montante de 1.509 milhares de euros e à variação no período dos impostos diferidos no montante de 386 milhares de euros.

Impostos diferidos

Os valores dos impostos diferidos relativos a 30 de Junho de 2007 e 31 de Dezembro de 2006, em relação ao Grupo, podem ser analisados da seguinte forma:

Activos por
impostos diferidos
Passivos por
impostos diferidos
30 Junho 2007 31 Dezembro 2006 30 Junho 2007 31 Dezembro 2006
Prejuízos fiscais 15.638 15.670 - -
Reavaliação e outros ajustes no imobilizado 33 33 -8.699 -8.617
Mais-valias fiscais não tributadas - - -2.563 -2.563
Outros 3.414 3.262 -7.274 -6.850
19.085 18.965 -18.536 -18.030

Imposto corrente

O diferencial entre a taxa nominal (média de 30%) e a taxa efectiva do imposto sobre o rendimento (IRC) no Grupo, em 30 de Junho de 2007, é analisado como se segue:

30 Junho 2007
Resultado líquido antes imposto sobreo rendimento -4.369
Taxa nominal média sobre o lucro 30%
1.311
Valor do imposto sobre o rendimento -1.895
Diferença -3.206
Análise da diferença
Retenção na fonte de obrigações (Inapa France)
Anulação de impostos diferidos
Diferenças permanentes Portugal
Outros
457
816
1.657
276
3.206

14. RESPONSABILIDADES COM PENSÕES DE REFORMA

Na reunião da Assembleia Geral da Inapa IPG de 31 de Maio de 2007 foi aprovada a extinção do regime complementar de reforma dos seus administradores, sendo que as responsabilidades da Inapa IPG naquela data estavam cobertas pelo fundo para o efeito constituído. Assim, no balanço de 30 de Junho de 2007, não se encontra registado qualquer montante relacionado com este regime complementar de pensões. Em 31 de Dezembro de 2006, encontrava-se registado um montante de 96 milhares de euros em Outros activos correntes e 154,9 milhares de euros em Outros passivos não correntes.

15. CONTINGÊNCIAS

Em 25 de Julho de 2005 a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) notificou a sociedade de contra ela haver instaurado um processo de contraordenação por alegada violação do artº 7º CdVM na divulgação dos relatórios e contas relativos aos exercícios de 2002 e 2003 e primeiro semestre de 2003.

Em causa está a adopção pela sociedade dos critérios constantes da norma internacional relativa a mensuração de activos financeiros – IAS 39 (hoje de aplicação obrigatória) - em derrogação às normas POC, para tratamento das provisões de carácter permanente de que a sociedade era titular no Banco Comercial Português, S.A. e na Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio, S.A..

A referida derrogação às normas POC foi adoptada ao abrigo da faculdade que a lei contempla na norma constante do ponto 8.3 do POC, por forma a emprestar uma "imagem verdadeira e apropriada do activo, do passivo e dos resultados da empresa" e haver sido devidamente mencionada nos elementos de informação financeira então divulgados, pelo que se entende que do referido processo de contra-ordenação não deverão resultar impactos financeiros, não tendo sido constituída qualquer provisão.

A sociedade recorreu para o tribunal Judicial da posição sustentada pela CMVM na matéria, aguardando-se julgamento.

16. TITULARIZAÇÃO DE CRÉDITOS

O Grupo procedeu, a uma operação de titularização de créditos de clientes, dividida em duas fases, uma em finais de 2003 e outra em 2004, no valor total de 140 milhões de euros, decompostas em 70 milhões de euros cada, pelo período de 7 anos renovável.

Esta operação revestiu-se de características inovadoras no mercado português já que se tratou de uma efectiva cessão de créditos.

O Conselho de Administração reapreciou a aplicação pela 1ª vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) relativa ao registo da operação de titularização. Não obstante a efectiva transferência de parte relevante dos riscos relativos a esses créditos, o Conselho decidiu adoptar as recomendações da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Nesse sentido, e conforme referido na Nota 2, estes créditos foram reintegrados no balanço passando a ser registados na rubrica Clientes por contrapartida da rubrica Financiamentos associados a activos transferidos (140 milhões de euros – Nota 12), devendo esta reclassificação ser tomando em consideração para efeitos de análise comparativa das contas face ao exercício anterior.

A operação de titularização foi efectuada através de (i) uma entidade com finalidade especial (SPV) com sede na Republica da Irlanda que emitiu títulos para o financiamento da operação, divididos em "senior notes" no montante de 140 milhões de euros e "junior notes" no montante de 7.268 milhares de euros, estando estas últimas subordinadas às primeiras, e (ii) de três entidades que adquiriram os saldos de clientes ao Grupo e que por sua vez se financiaram na SPV, sendo uma destas o Gama Receivables Funding nº1 Fundo constituído em Portugal. As "junior notes" que vencem juros à taxa de 5%, foram adquiridas pelo Grupo e encontram-se registadas na rubrica Activos financeiros disponíveis para venda (ver Nota 7). As "senior notes" vencem juros à taxa Euribor 1M acrescidas de um spread de 0,625%.

17. EVENTOS SUBSEQUENTES

Após 30 de Junho de 2007 verificaram-se os seguintes eventos:

a) Em 30 de Agosto de 2007, a Inapa IPG foi formalmente informada pelo Conselho de Administração da

Papelaria Fernandes - Industria e Comércio, S.A. da apresentação de um processo cível contra si, com o valor processual da ordem dos 24.460 milhares de euros. O Conselho de Administração da Inapa IPG, refuta formalmente qualquer responsabilidade por actos praticados com o intuito de prejudicar esta empresa pelo que não reflectiu nas suas contas qualquer valor para fazer face a eventuais prejuízos decorrentes do processo judicial interposto.

b) Em Julho de 2007 foi tomada a decisão de descontinuar as operações da sua subsidiária em Itália, tendo esta decisão sido comunicada na reunião da Assembleia Geral da Inapa Itália Spa realizada em 27 de Julho de 2007.

IV – DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS (ÓPTICA DE GESTÃO )

Não Auditada

GRUPO inapa

RESUMO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS - OPTICA DE GESTÃO

30 DE JUNHO DE 2007

Em '000 Euros
CONSOLIDADO Variação
JUNHO 07 JUNHO 06
Valor % Vendas
liquidas
Valor % Vendas
liquidas
R 06 /R 05 (%)
Toneladas 531.438 - 547.541 - -2,9%
VENDAS LÍQUIDAS 541.692 100,0% 536.001 100,0% 1,1%
MARGEM BRUTA II 95.793 17,7% 93.328 17,4% 2,6%
RE-EBITDA 18.903 3,5% 14.595 2,7% 29,5%
ONE - OFF CUSTOS / PROVEITOS -2.505 -0,5% -3.725 -0,7% -32,7%
EBITDA 16.398 3,0% 10.870 2,0% 50,9%
AMORTIZAÇÃO DO EXERCÍCIO -3.399 -0,6% -3.437 -0,6% -1,1%
EBITA 12.999 2,4% 7.433 1,4% 75%
IMPAIRMENT - - - - -
RESULTADOS OPERACIONAIS - EBIT 12.999 2,4% 7.433 1,4% 75%
FUNÇÃO FINANCEIRA -17.382 -3,2% -12.938 -2,4% 34,3%
RESULTADO DA ACTIVIDADE CORRENTE ANTES DE IMPOSTOS -4.383 -0,8% -5.505 -1,0% -20,4%
PROVISÃO PARA IMPOSTOS -1.895 -0,3% -934 -0,2% 102,9%
INTERESSES MINORITÁRIOS NO RESULTADO -336 -0,1% -267 -0,0% 25,8%
RESULTADO DA ACTIVIDADE CORRENTE -6.614 -1,2% -6.706 -1,3% -1,4%
RESULTADOS NÃO RECORRENTES
Mais / (Menos) valias 14 0,0% 5.156 1,0% -99,7%
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO -6.600 -1,2% -1.550 -0,3% 325,8%

V – RELATÓRIO DO AUDITOR

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