Interim / Quarterly Report • Apr 1, 2008
Interim / Quarterly Report
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Relatório e Contas 1º Semestre 2007/2008
| Índice das Demonstrações Financeiras Consolidadas | Página | |
|---|---|---|
| Relatório de Gestão | 5 | |
| 1. Aspectos relevantes da vida da Sociedade | 5 | |
| 2. Análise económica-financeira | 6 | |
| 3. Factos Ocorridos após o Termo do Período | 9 | |
| 4. Perspectivas futuras | 9 | |
| 5. Lista de titulares de participações qualificadas | 11 | |
| 6. Declaração do Órgão de Gestão | 12 | |
| 7. Intervenção do Auditor | 12 | |
| Balanço | 13 | |
| Demonstração dos Resultados para o período de seis meses findo em 31 de Janeiro de 2008 e 2007 |
14 | |
| Demonstração das Alterações no Capital Próprio para o período de seis meses findos em 31 de Janeiro de 2008 e 2007 |
15 | |
| Demonstração dos Fluxos de Caixa para o período de seis meses findo em 31 de Janeiro de 2008 e 2007 |
16 | |
| 1 | Nota introdutória | 18 |
| 2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 |
Políticas contabilísticas Alteração de política contabilística e comparabilidade Bases de apresentação Transição para os IFRS Princípios de consolidação Activos tangíveis Activos intangíveis Locações Reconhecimento de custos e proveitos/rédito Resultados financeiros |
18 18 19 19 20 20 21 22 22 22 |
| 2.10 2.11 2.12 2.13 2.14 |
Transacções expressas em moeda estrangeira Impostos Contas a receber Provisões Eventos subsequentes |
23 23 23 23 24 |
|---|---|---|
| 3 | Principais estimativas e julgamentos utilizados na aplicação das políticas contabilísticas |
24 |
| 4 | Prestação de serviços | 25 |
| 5 | Outros proveitos operacionais | 26 |
| 6 | Fornecimentos e serviços de terceiros | 26 |
| 7 | Custos com pessoal | 27 |
| 8 | Amortizações e perdas de imparidade com passes de atletas | 27 |
| 9 | (Custos)/Proveitos com transacções de passes de atletas | 27 |
| 10 | Resultados financeiros | 28 |
| 11 | Activos fixos tangíveis | 29 |
| 12 | Activos intangíveis | 30 |
| 13 | Clientes | 31 |
| 14 | Accionistas | 32 |
| 15 | Outros activos | 32 |
| 16 | Outros devedores | 33 |
| 17 | Capital social | 33 |
| 18 | Provisões | 33 |
| 19 | Empréstimos obtidos | 34 |
| 20 | Fornecedores | 35 |
| 21 | Outros passivos | 35 |
|---|---|---|
| 22 | Operações com entidades relacionadas | 35 |
| 23 | Impostos | 36 |
| 24 | Número médio de pessoas ao serviço da sociedade | 36 |
| 25 | Garantias prestadas | 36 |
| 26 | Compromissos assumidos | 38 |
| 27 | Eventos subsequentes | 38 |
| 28 28.1 28.2 28.3 28.4 |
Transição e Implementação das contas "International Financial Reporting Standards" Anulação de quotas pagas antecipadamente e postecipadamente Empréstimos Actualização das dívidas de médio/longo prazo a pagar e receber Operações de cobertura |
39 39 39 39 40 |
| 29 | Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas | 40 |
Em cumprimento das normas legais, nomeadamente o disposto no Código das Sociedades Comerciais, no Código dos Valores Mobiliários e nos Regulamentos da CMVM, o Conselho de Administração submete à apreciação dos senhores accionistas o Relatório de Gestão, o Balanço, a Demonstração dos Resultados, a Demonstração das Alterações de Capital Próprio e a Demonstração dos Fluxos de Caixa, e respectivas notas explicativas reportados ao primeiro semestre do exercício em curso, que compreende o período de 1 de Agosto de 2007 e 31 de Janeiro de 2008.
O 1º semestre do exercício de 2007/2008 ficou marcado pela presença, pelo terceiro ano consecutivo, na principal competição europeia de clubes, a Liga dos Campeões, garantindo uma sustentabilidade desportiva e financeira fundamental para o sucesso do Benfica.
O acesso à competição foi garantido após as duas vitórias alcançadas frente ao FC Copenhaga na 3ª préeliminatória da Liga dos Campeões.
O Benfica ficou integrado no Grupo D da Liga dos Campeões juntamente com o AC Milan, actual campeão europeu, o Celtic de Glasgow, campeão escocês, e o estreante Shaktar Donetsk, campeão da Ucrânia. Após um entrada pouco auspiciosa na competição, com duas derrotas nos dois primeiros jogos, o desempenho na prova Liga dos Campeões ficou condicionado, assim como a própria continuação nas provas europeias desta época. Contudo, o Benfica acabou por garantir o acesso aos dezasseis avos de final da Taça UEFA ao classificar-se em 3º lugar na fase de grupos com 7 pontos, à semelhança da época anterior, graças a uma importante vitória em Donetsk por 2-1 debaixo de condições climatéricas extremamente rigorosas.
Nas competições nacionais, o Benfica ocupa actualmente o 2º lugar da classificação da bwin Liga, posição que mantém desde a 8ª jornada. O desempenho da equipa ficou marcado pela derrota com o 1º classificado na 12ª jornada, quando uma vitória significava encurtar a distância para apenas 1 ponto. Essa derrota caseira aliada a um segundo deslize no Restelo, na jornada seguinte, provocou uma distância pontual com algum significado, que ainda ficou reforçada por uma série de empates cedidos no próprio reduto, situação anormal que prejudicou de forma considerável o bom desempenho fora de casa. Actualmente, o objectivo da equipa passa por garantir o 2º lugar, de forma a permitir o acesso directo à fase de grupos da Liga dos Campeões da época 2008/2009.
Nas restantes competições nacionais, o Benfica mantém-se na luta pela conquista da Taça de Portugal e foi eliminado na Taça da Liga pelo Vitória de Setúbal, equipa que acabou por vencer essa competição.
No decorrer do 1º semestre de 2007/2008, a Sociedade tomou a decisão de alienar os direitos desportivos dos atletas Manuel Fernandes, Anderson Cleber e Azar Karadas que aconteceram no mês de Agosto e dos atletas Andrey Karyaka, José Miguel Aguiar (Miguelito) e Diego de Souza em Janeiro, tendo essas operações gerado um resultado líquido de aproximadamente 12,5 milhões de euros.
Por outro lado, foi dada continuidade à política de reforço do plantel, com especial ênfase em jogadores jovens de elevado potencial aliados a outros atletas com um maior nível de experiência. Neste âmbito, foram adquiridos os direitos desportivos dos atletas Luís Filipe, Angel Di Maria, Andrés Diaz, Augustin Binya, Maximiliano Pereira, Edcarlos Santos em Agosto de 2007 e dos atletas Lazlo Sepsi, Aziza Makukula e Rafik Halliche no decorrer do mês de Janeiro, totalizando no seu conjunto um montante global de 20,7 milhões de euros. De referir que neste valor também estão incluídos encargos incorridos com a renovação dos contratos do jovens promissores David Luíz, Miguel Victor e Romeu Ribeiro.
De referir que o Benfica foi mais uma vez distinguido como uns dos clubes com maior nível de receitas a nível mundial, ocupando a 26ª posição do ranking da Deloitte Football Money League referente à época 2006/2007, e tendo inclusivamente melhorado o valor de receitas face ao exercício anterior.
A apresentação de contas consolidadas por parte da Sociedade pela primeira vez no presente período está relacionada com a constituição da sociedade Clínica do SLB, Lda em 14 de Setembro de 2007 com um capital social de 10.000 Euros, a qual é detida pela Benfica SAD em conjunto com o Sport Lisboa e Benfica em igual percentagem. Contudo, tendo em consideração a fase embrionária em que a Clínica do SLB se encontra, o impacto das suas demonstrações financeiras nos resultados e balanço consolidados é manifestamente imaterial.
Em Janeiro de 2008, no âmbito do projecto de reestruturação do passivo bancário do Grupo do Sport Lisboa e Benfica, a Benfica SAD teve a oportunidade de liquidar junto das entidades bancárias um valor global de 48 milhões de euros, que reduziu em 62,6% o passivo bancário da Sociedade. Esta regularização foi possível através da reestruturação do project finance do Estádio realizada pela Benfica Estádio – Construção e Gestão de Estádios, SA, que inclui a criação de uma nova linha de crédito para esse efeito e o diferimento dos prazos de vencimento junto do banco.
No âmbito do mesmo projecto e em simultâneo, a Benfica SAD extinguiu a sua obrigação para com a Benfica Estádio através de uma dação em pagamento de créditos que detinha junto do Sport Lisboa e Benfica, ficando desta forma regularizada a situação devedora do Clube à Benfica SAD.
Até 31 de Julho de 2007, as demonstrações financeiras da Benfica SAD foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal (POC). No âmbito do Regulamento nº 11/2005 da CMVM, todas as entidades com valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado têm que apresentar um relatório e contas elaborado nos termos das IFRS para exercícios iniciados após 1 de Janeiro de 2007. Assim, a Benfica SAD, passou a cumprir com este requisito a partir de 31 de Julho de 2007. Desta forma, os valores comparativos apresentados neste relatório, não coincidem com os montantes constantes do último relatório e contas aprovado relativo a 31 de Julho de 2007.
As principais diferenças entre os dois normativos contabilísticos, encontram-se detalhadas nas notas explicativas (nota 28).
Os montantes relativos às contas semestrais devem ser analisados tendo em consideração um efeito de sazonalidade nas contas das sociedades desportivas, significativamente influenciado pelo facto de existirem mais valias relativas a transferência de atletas em alturas específicas do ano motivadas por características do mercado de transferências e inscrição de jogadores.
Os resultados do 1º semestre do exercício de 2007/2008 ficam marcados pelo facto de superarem de forma considerável os resultados apresentados no período homólogo do exercício anterior, tendo aumentado em cerca de 6,6 milhões de euros.
Este aumento foi consequência directa da variação ocorrida nos proveitos obtidos com transacções de passes de atletas, como se pode analisar seguidamente:
| valores em milhares de euros | |||
|---|---|---|---|
| 1º Sem 2007/2008 |
1º Sem 2006/2007 |
Variação | % |
| (7.508) 12.227 |
(6.999) 3.758 |
(509) 8.469 |
7,2 225,3 |
| 4.719 | (3.241) | 7.960 | 245,6 |
Esta variação está relacionada com a obtenção de mais valias com as transferências de direitos desportivos ocorridas durante os meses de Agosto de 2007 e Janeiro de 2008, sendo de destacar as referentes aos atletas Manuel Fernandes, Anderson Cleber e Diego de Souza. Em contrapartida, no semestre homólogo do exercício anterior, apenas ocorreu a alienação dos direitos desportivos do atleta Ricardo Rocha.
Os custos com amortizações do exercício sofreram um aumento de 7,2%, face ao investimento que a Sociedade tem efectuado nos últimos exercícios, no sentido de reforçar a sua equipa principal.
| valores em milhares de euros | ||||
|---|---|---|---|---|
| Proveitos Operacionais | 1º Sem 2007/2008 |
1º Sem 2006/2007 |
Variação | % |
| Publicidade e patrocínios | 5.548 | 5.593 | (45) | (0,8) |
| Receitas de bilheteira | 6.089 | 4.659 | 1.430 | 30,7 |
| Transmissões televisivas | 4.077 | 4.167 | (90) | (2,2) |
| Prémios das competições europeias | 7.329 | 7.288 | 41 | 0,6 |
| Quotizações | 4.550 | 4.678 | (128) | (2,7) |
| Cativos | 1.706 | 1.592 | 114 | 7,2 |
| Merchandising | 1.313 | 1.200 | 113 | 9,4 |
| Outros | 984 | 3.604 | (2.620) | (72,7) |
| Proveitos operacionais | 31.596 | 32.781 | (1.185) | (3,6) |
Em termos de proveitos operacionais registou-se uma diminuição pouco significativa de, aproximadamente, 1,2 milhões de euros, o que corresponde a uma variação de 3,6% face ao período homólogo anterior, a qual está essencialmente relacionada com a rubrica de outros proveitos. De referir que, no primeiro semestre do exercício de 2006/2007, a rubrica de outros proveitos incluiu a anulação da dívida com a entidade que transferiu os direitos desportivos do atleta André Luís, cujo proveito se encontrava registado na rubrica de resultados extraordinários do último relatório de contas.
De uma forma geral, as restantes rubricas apresentam valores idênticos nos dois semestres, à excepção das receitas de bilheteira, que aumentaram 30,7% pelo facto dos dois clássicos na 1ª volta da bwin Liga se terem realizado em casa, ao contrário do ano transacto.
| Custos Operacionais | 1º Sem 2007/2008 |
1º Sem 2006/2007 |
Variação | % |
|---|---|---|---|---|
| Fornecimentos e serviços de terceiros | 9.220 | 6.865 | 2.355 | 34,3 |
| Custos com o pessoal | 15.127 | 13.370 | 1.757 | 13,1 |
| Amortizações | 804 | 800 | 4 | 0,5 |
| Provisões do exercício | - | 1.500 | (1.500) | (100,0) |
| Outros custos operacionais | 203 | 1.301 | (1.098) | (84,4) |
| Custos operacionais | 25.354 | 23.836 | 1.518 | 6,4 |
No que se refere a custos, verificou-se um aumento de, aproximadamente, 1,5 milhões de euros, que representa um acréscimo de 6,4%, os quais estão relacionados com o crescimento dos custos com fornecimentos e serviços de terceiros e com os custos com o pessoal.
Este acréscimo de custos está em parte relacionado com as alterações ocorridas na equipa técnica e com o aumento das despesas incorridas com os proveitos gerados com a transferência de direitos desportivos, os quais, conforme anteriormente referido, tiveram um incremento significativo.
No decurso do corrente período verificou-se uma melhoria dos resultados financeiros, essencialmente motivada por uma redução dos passivos financeiros com exigibilidade de médio/longo prazo.
O segundo factor que marca as demonstrações financeiras no presente semestre está relacionado com o decréscimo verificado no passivo, que diminui cerca de 41,5 milhões de euros, passando de 156.575 milhões de euros para 115.054 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 26,5%.
Este decréscimo está relacionado com a reestruturação do passivo bancário do Grupo do Sport Lisboa e Benfica, conforme referido nos aspectos relevantes da sociedade, que permitiu à Benfica SAD liquidar junto das entidades bancárias um valor global de 48 milhões de euros, sendo uma parte considerável desse valor exigível a curto prazo.
Esta operação permitiu também a liquidação da dívida que o Clube tinha com a Benfica SAD no montante de 51 milhões de euros, o que contribuiu para a redução do activo em aproximadamente 34 milhões de euros.
Em termos do activo, há ainda a destacar:
Em termos de passivo, verificaram-se aumentos nas rubricas de outros passivos não correntes e de outros passivos correntes, os quais estão relacionados com os investimentos efectuados no reforço do plantel principal de futebol.
No início do mês de Fevereiro, os direitos desportivos do atleta Gonzalo Bergessio foram alienados pelo montante de 1,7 milhões de euros, tendo ultrapassado ligeiramente o seu valor líquido contabilístico à data.
Em Março de 2008, o Sr. José António Camacho apresentou a demissão do cargo de treinador da equipa principal de futebol, tendo sido acompanhado por parte da sua equipa técnica. O Sr. Fernando Albino Chalana, anterior técnico-adjunto, foi escolhido para substituir o anterior técnico principal até ao final da presente época.
Ainda no decorrer do mesmo mês, o Benfica acabou por ser eliminado pelo Getafe de Espanha nos oitavos de final da Taça UEFA, após ter ultrapassado o FC Nuremberg na eliminatória anterior. Contudo, tendo em consideração o princípio da prudência aplicado na elaboração do orçamento no início da temporada, esta eliminação não terá um impacto significativo em termos de desvios orçamentais.
Tendo em consideração o resultado líquido obtido no 1º semestre de 2007/2008 e comparando com o período homólogo do exercício anterior e o comportamento histórico da Sociedade nos 2º semestres, perspectiva-se que o resultado líquido do exercício de 2007/2008 venha a permitir o reforço da estrutura patrimonial da Sociedade. Esse impacto dependerá das eventuais mais valias provenientes de alienações de direitos desportivos de atletas a realizar no final do exercício, variável que tradicionalmente tem um impacto económico significativo, conforme já foi referido.
Esta perspectiva para o fecho do exercício económico representa a capacidade da Sociedade em manter uma evolução positiva no reforço dos capitais próprios, a qual se verificou no último exercício.
No entanto, e dado que os capitais próprios são menores que metade do capital social, a Sociedade encontra-se no âmbito do disposto no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais.
Por esse motivo, e apesar da evolução positiva nos capitais próprios, importa também realçar que se mantém a intenção da Direcção do accionista Sport Lisboa e Benfica, de promover um aumento de capital na Benfica Futebol SAD, através da entrada em espécie das acções detidas na Benfica Estádio e, consequentemente, da fusão entre as duas empresas, aumentando o Clube a sua participação e resolvendo desta forma a questão relacionada com o artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais na Benfica Futebol SAD. Este projecto continua a ser preparado internamente e será apresentado aos sócios do Clube e accionistas da Benfica Futebol SAD em devido tempo.
Com referência à data de 31 de Janeiro de 2008, divulgamos a lista de titulares de participações qualificadas directas e indirectas, calculadas nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários e do artigo 448º nº 4 do Código das Sociedades Comerciais, de acordo com a informação disponibilizada à Sociedade:
| Acções | % Capital e % Direitos de voto |
|
|---|---|---|
| Sport Lisboa e Benfica | ||
| Directamente | 6.000.000 | 40,00% |
| Sport Lisboa e Benfica, SGPS, SA | 1.506.221 | 10,04% |
| Luís Filipe Ferreira Vieira (i) | 136.187 | 0,91% |
| Luís Filipe Ferreira Vieira (ii) | 713.813 | 4,76% |
| Rui Manuel Frazão Henriques da Cunha | 500 | - |
| Rui António Gomes do Nascimento Barreira | 300 | - |
| Gualter Neves Godinho | 100 | - |
| 8.357.121 | 55,71% | |
| Manuel Lino Rodrigues Vilarinho (iii) | 1.840.000 | 12,27% |
| Banco Espírito Santo, SA | ||
| Directamente | 152.530 | 1,02% |
| Órgãos Sociais (iv) | 200 | - |
| Em Garantia (v) | 1.680.000 | 11,20% |
| 1.832.730 | 12,22% | |
| José da Conceição Guilherme | 840.000 | 5,60% |
| Sportinveste, SGPS, SA (vi) | 612.283 | 4,08% |
| Somague – Engenharia, SA | 446.880 | 2,98% |
O Sport Lisboa e Benfica é o único accionista que detém, directa ou indirectamente, mais de 50% do capital social da Sociedade, para além de ser titular de acções de categoria A, que têm direitos especiais.
Os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal que detém participações não efectuaram movimentações no decorrer do semestre.
Os restantes membros do Conselho de Administração e a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas não detém acções da Sociedade.
Os membros do Conselho de Administração que exercem funções em Sociedades detentoras de acções da Sociedade são apresentados como segue:
O Sport Lisboa e Benfica detém directamente 6.000.000 acções e indirectamente 2.357.121 acções da Sociedade, das quais fazem parte as 1.506.221 acções detidas directamente pela Sport Lisboa e Benfica, SGPS, SA.
Nos termos do disposto na alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, os administradores da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, como responsáveis pela Sociedade, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação constante no relatório de gestão, nas contas semestrais e nos demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento, ainda que não tenham sido submetidos a aprovação em assembleia geral, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados do emitente e da associada incluída na consolidação e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação, contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.
Considerando as alterações previstas no Regulamento nº 3/2006 da CMVM, a obrigação de apresentação de um relatório elaborado pelo auditor registado na CMVM para as contas semestrais foi eliminada, pelo que a Benfica SAD optou por não sujeitar as presentes demonstrações financeiras semestrais ao exame do auditor.
Lisboa, 31 de Março de 2008
A Administração
(Informação Financeira não Auditada – valores expressos em euros)
| Notas | IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|---|
| ACTIVO | |||
| Activos fixos tangíveis | 11 | 17.735.012 | 18.233.839 |
| Activos intangíveis | 12 | 62.457.120 | 55.358.362 |
| Activos financeiros | 2.957 | - | |
| Clientes | 13 | 11.180.399 | 6.996.998 |
| Accionistas | 14 | - | 45.826.766 |
| Outros activos não correntes | 15 | 15.570.943 | 15.813.937 |
| Total activos não correntes | 106.946.431 | 142.229.902 | |
| Clientes | 13 | 14.361.681 | 20.861.449 |
| Accionistas | 14 | 75.078 | 72.940 |
| Outros devedores correntes | 16 | 9.510.901 | 8.999.951 |
| Outros activos correntes | 15 | 6.885.490 | 2.655.760 |
| Caixa e disponibilidades em bancos | 7.875.124 | 4.669.757 | |
| Total de activos correntes | 38.708.274 | 37.259.857 | |
| Total do activo | 145.654.705 | 179.489.759 | |
| CAPITAIS PRÓPRIOS | |||
| Capital social | 17 | 75.000.005 | 75.000.005 |
| Reservas | 121.580 | 121.580 | |
| Resultados acumulados | (52.206.864) | (64.864.331) | |
| Resultado líquido | 7.686.174 | 12.657.467 | |
| Total dos capitais próprios | 30.600.895 | 22.914.721 | |
| PASSIVO | |||
| Provisões | 18 | 3.709.119 | 3.885.675 |
| Empréstimos obtidos | 19 | 41.733.081 | 60.443.871 |
| Fornecedores | 20 | 471.240 | 720.595 |
| Outros passivos não correntes Total de passivos não correntes |
21 | 7.573.970 53.487.410 |
5.851.351 70.901.492 |
| Empréstimos obtidos | 19 | 6.499.149 | 35.047.771 |
| Fornecedores | 20 | 7.169.256 | 12.941.613 |
| Outros passivos correntes | 21 | 47.897.995 | 37.684.162 |
| Total passivos correntes | 61.566.400 | 85.673.546 | |
| Total do passivo | 115.053.810 | 156.575.038 | |
| Totais dos capitais próprios e do passivo | 145.654.705 | 179.489.759 |
(Informação Financeira não Auditada – valores expressos em euros)
| IFRS | IFRS | ||
|---|---|---|---|
| Notas | 31.01.08 | 31.01.07 | |
| Proveitos operacionais: | |||
| Prestação de serviços | 4 | 22.603.697 | 21.884.691 |
| Outros proveitos operacionais (1) | 5 | 8.992.490 | 10.897.821 |
| 31.596.187 | 32.782.512 | ||
| Custos operacionais: | |||
| Fornecimentos e serviços de terceiros | 6 | (9.219.919) | (6.865.020) |
| Custos com pessoal | 7 | (15.126.627) | (13.369.966) |
| Amortizações (2) | (804.576) | (800.386) | |
| Provisões do exercício | - | (1.500.000) | |
| Outros custos operacionais (1) | (203.151) | (1.300.714) | |
| (25.354.273) | (23.836.086) | ||
| Resultados operacionais (1) | 6.241.914 | 8.946.426 | |
| Amortizações e perdas de imparidade com passes de atletas | 8 | (7.508.081) | (6.998.883) |
| (Custos)/Proveitos com transacções de passes de atletas | 9 | 12.226.928 | 3.758.346 |
| 4.718.847 | (3.240.537) | ||
| Resultados operacionais | 10.960.761 | 5.705.889 | |
| Resultados financeiros | 10 | (3.254.293) | (4.568.638) |
| Resultados antes de impostos | 7.706.468 | 1.137.251 | |
| Imposto sobre lucros | (20.294) | - | |
| Resultado líquido | 7.686.174 | 1.137.251 | |
| Resultado por acção básico/diluído | 0,51 | 0,08 |
(1) Excluíndo transacções de passes de atletas
(2) Excluíndo depreciações de passes de atletas
(Informação Financeira não Auditada – valores expressos em euros)
| Total Capitais próprios |
Capital social |
Reserva legal |
Resultados acumulados |
Resultado líquido |
|
|---|---|---|---|---|---|
| Saldos em 1 de Agosto de 2006 | 10.257.254 | 75.000.005 | 121.580 | (63.643.407) | (1.220.924) |
| Variações no capital próprio | |||||
| Transferência do Resultado líquido | - | (1.220.924) | 1.220.924 | ||
| Resultado líquido do período intercalar | 1.137.251 | 1.137.251 | |||
| Balanço em 31 de Janeiro de 2007 | 11.394.505 | 75.000.005 | 121.580 | (64.864.331) | 1.137.251 |
| Saldos em 1 de Agosto de 2007 Variações no capital próprio |
22.914.721 | 75.000.005 | 121.580 | (64.864.331) | 12.657.467 |
| Transferência do Resultado líquido Resultado líquido do período intercalar |
- 7.686.174 |
12.657.467 | (12.657.467) 7.686.174 |
||
| Saldos em 31 de Janeiro de 2008 | 30.600.895 | 75.000.005 | 121.580 | (52.206.864) | 7.686.174 |
(Informação Financeira não Auditada – valores expressos em euros)
| IFRS | IFRS | |
|---|---|---|
| 31.01.08 | 31.07.07 | |
| 6 meses | 12 meses | |
| Actividades operacionais: | ||
| Recebimentos de clientes | 26.527.896 | 49.806.879 |
| Pagamentos a fornecedores | (8.205.227) | (9.558.387) |
| Pagamentos ao pessoal | (14.630.484) | (27.222.484) |
| Pagamento/Recebimento do IRC | 40.626 | 11.071 |
| Outros recebimentos/pagamentos | (444.008) | (1.387.171) |
| Fluxo das actividades operacionais | 3.288.802 | 11.649.908 |
| Actividades de investimento: | ||
| Recebimentos provenientes de: | ||
| Activos intangíveis | 23.996.973 | 12.625.000 |
| Juros e proveitos similares | 50.738 | 13.461 |
| 24.047.711 | 12.638.461 | |
| Pagamentos respeitantes a: | ||
| Activos tangíveis | (3.316.507) | (14.318.996) |
| Activos intangíveis | (23.497.205) | (11.106.593) |
| Investimentos financeiros | (5.000) | - |
| (26.818.712) | (25.425.589) | |
| Fluxo das actividades de investimento | (2.771.001) | (12.787.128) |
| Actividades de financiamento: | ||
| Recebimentos provenientes de: | ||
| Empréstimos obtidos | 4.500.000 | 68.462.500 |
| Empréstimos obtidos do grupo | 53.520.642 | - |
| 58.020.642 | 68.462.500 | |
| Pagamentos respeitantes a: | ||
| Juros e custos similares | (4.098.038) | (6.049.517) |
| Emprestimos obtidos | (51.225.000) | (56.731.029) |
| Empréstimos concedidos ao grupo | (173.009) | - |
| Amortizações de contrato de locação financeira | (29.912) | (57.409) |
| (55.525.959) | (62.837.955) | |
| Fluxo das actividades de financiamento | 2.494.683 | 5.624.545 |
| Variação de caixa e seus equivalentes | 3.012.484 | 4.487.325 |
| Caixa e equivalentes no início do período | 4.669.757 | 182.432 |
| Caixa e equivalentes no fim do período | 7.682.241 | 4.669.757 |
| 3.012.484 | 4.487.325 |
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|
| Numerário - Caixa |
13.014 | 1.596 |
| Depósitos bancários | ||
| - Depósitos à ordem | 6.112.110 | 4.668.161 |
| - Depósitos a prazo | 1.750.000 | - |
| 7.875.124 | 4.669.757 | |
| Equivalentes a caixa | ||
| "Overdrafts" (ver nota 19) | (192.883) | - |
| 15.557.365 | 9.339.514 |
A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD ("Benfica SAD", "Sociedade" ou "Grupo"), com sede social no Estádio da Luz é uma sociedade anónima desportiva sujeita ao regime jurídico especial previsto no Decreto-Lei nº. 67/97, de 3 de Abril, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei nº. 107/97, de 16 de Setembro constituída com um capital social de 997.596 Euros, em 10 de Fevereiro de 2000 e ratificada em Assembleia Geral do Clube Sport Lisboa e Benfica ("Clube" ou "SLB") em 10 de Março de 2000.
Actualmente, o seu capital social é de 75.000.005 Euros, representado por 15.000.001 acções ordinárias, escriturais e nominativas, com valor nominal de 5 euros cada uma, sendo detido directamente em 40% pelo Clube.
De acordo com os seus estatutos, a Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD tem por objecto social a participação em competições profissionais de futebol, a promoção e organização de espectáculos desportivos e o fomento ou desenvolvimento de actividades relacionadas com a prática desportiva profissionalizada da modalidade de futebol.
A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD foi constituída por personalização jurídica da equipa de futebol profissional do SLB, passando a assegurar todas as funções inerentes à gestão profissional da equipa de futebol, nomeadamente:
Em 22 de Maio de 2007, as acções representativas do capital social da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD foram admitidas à negociação ao Eurolist by Euronext da Euronext Lisbon.
As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas estão descritas abaixo.
Os valores comparativos relativos a 31 de Julho de 2007, apresentados nas presentes demonstrações financeiras sofreram a seguinte alteração face aos divulgados no 1º trimestre de 2007/2008.
No âmbito da IAS 8, os valores comparativos apresentados com referência a 31 de Julho de 2007 foram reexpressos, face à alteração de uma política contabilística anteriormente utilizada pela Sociedade, relativa às receitas de quotizações, correspondentes a 75% do valor líquido das quotizações de sócios ao abrigo do contrato de cedências dos direitos de exploração do Complexo Desportivo, as quais eram anteriormente reconhecidas no momento do seu recebimento. No âmbito da IAS 18 – Rédito, estas receitas devem ser reconhecidas de acordo com o principio da especialização dos exercícios, pelo que na data de conversão para as IFRS e nas situações em que os sócios pagaram antecipadamente as suas quotas, foi reconhecido
um proveito diferido, tendo originado um impacto negativo nos capitais próprios de 2.232.010 Euros, face ao valor anteriormente reportado aquando da divulgação das contas relativas ao primeiro trimestre.
Até 31 de Julho de 2007, as demonstrações financeiras da Benfica SAD foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal (POC). As demonstrações financeiras para o exercício findo naquela data, apresentadas no presente relatório, foram preparadas de acordo com as IFRS - Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia e emitidas pelo International Accounting Standards Board ("IASB") e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Comitee ("IFRIC"), e pelos respectivos órgãos antecessores, obedecendo às disposições previstas na IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar, para efeitos comparativos.
A demonstração financeiras consolidadas intercalares agora apresentadas, reportam-se ao período de seis meses findo a 31 de Janeiro de 2008 preparadas de acordo com a IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar não incluem toda a informação requerida para as demonstrações financeiras completas do exercício que serão apresentadas com data de referência de 31 de Julho de 2008.
Foram consideradas para efeitos de preparação das presentes demonstrações financeiras consolidadas, os IFRS que se encontram em vigor, tomando também em atenção as expectativas de aprovação de alterações de normas que venham a ser adoptadas até 31 de Julho de 2008.
As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros derivados e activos e passivos cobertos, na sua componente que está a ser objecto de cobertura, quando aplicável.
A preparação de demonstrações financeiras de acordo com os IFRS requer que a Sociedade efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos.
As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração realizada em 31 de Março de 2008.
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas reportadas a 31 de Janeiro de 2007 e na determinação dos ajustamentos de transição, a Sociedade decidiu adoptar certas regras de transição estabelecidas no IFRS 1 – Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, nomeadamente no que se refere à aplicação retrospectiva dos IFRS.
O IFRS 1 permite certas excepções à aplicação retrospectiva dos IFRS. De entre as excepções permitidas, a Sociedade adoptou a seguinte:
i. Valorização dos activos fixos tangíveis;
Conforme opção permitida pelo IFRS 1, a Sociedade decidiu considerar como custo dos activos fixos tangíveis, na data da transição (1 de Agosto de 2006), o valor de balanço determinado em conformidade com as anteriores políticas contabilísticas.
Uma análise dos impactos da transição para os IFRS na situação financeira da Sociedade e nos resultados das suas operações é apresentada na Nota 28.
As demonstrações financeiras da Benfica SAD são consolidadas pela primeira vez no presente período, as quais reflectem os activos, passivos e resultados da Benfica SAD e os resultados atribuídas ao Grupo referentes à participação financeira em empresa associada (Clínica do SLB, Lda.), tendo as políticas contabilísticas sido aplicadas de forma consistente por ambas as sociedades.
A sociedade Clínica do SLB, Lda., constituída em 14 de Setembro de 2007 com um capital social de 10.000 Euros, tem por objecto a prestação de todo o tipo de serviços de medicina e enfermagem, desportiva e convencional, actividades de saúde humana, de prática clínica e de análises. A sociedade é detida pela Benfica SAD em conjunto com o Sport Lisboa e Benfica em igual percentagem, sendo considerado que o seu controlo é efectivamente exercido pelo Sport Lisboa e Benfica.
São classificadas como associadas as empresas sobre as quais o Grupo exerce influência significativa sobre as suas políticas financeiras e operacionais, embora não detenha o seu controlo. Normalmente é presumido que o Grupo exerce influência significativa quando detém o poder de exercer mais de 20% dos direitos de voto da associada. Os investimentos em associadas são consolidados pelo método de equivalência patrimonial, desde o momento em que o Grupo adquire a influência significativa até ao momento em que a mesma termina.
Quando o valor das perdas acumuladas incorridas por uma associada e atribuíveis ao Grupo iguala ou excede o valor contabilístico da participação e de quaisquer outros interesses de médio e longo prazo nessa associada, o método da equivalência patrimonial é interrompido, excepto se o Grupo tiver a obrigação legal ou construtiva de reconhecer essas perdas ou tiver realizado pagamentos em nome da associada.
Os activos tangíveis encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. O custo inclui despesas que são directamente atribuíveis à aquisição dos bens.
Os custos subsequentes com os activos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Sociedade. Todas as despesas com a manutenção e reparação são reconhecidos como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
As amortizações dos activos tangíveis são reconhecidas em resultados do exercício por duodécimos, segundo o método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada dos bens:
| Número de | |
|---|---|
| anos | |
| Edifícios e outras construções | 10 a 50 |
| Equipamento básico | 3 a 8 |
| Equipamento de transporte | 6 a 7 |
| Equipamento administrativo e utensílios | 3 a 10 |
| Outras imobilizações corpóreas | 5 |
A Benfica SAD efectua análises de imparidade quando existem indícios de que o respectivo activo possua um valor líquido contabilístico superior ao seu valor realizável estimado, devendo ser reconhecida uma perda de imparidade sempre que o valor líquido do activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados do período.
Os activos intangíveis que apresentem vida útil finita encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perda de imparidade. As amortizações dos activos intangíveis são calculadas com base no método de quotas constantes, de acordo com o seguinte período de vida útil:
| Número de | |
|---|---|
| Anos | |
| Licença de utilização da marca "Benfica" | 40 |
Em 11 de Maio de 2001, o capital social da Benfica SAD foi aumentado, tendo o Clube subscrito 29.728.355 Euros, realizados em espécie, mediante a conversão em capital de parte dos créditos detidos sobre a Sociedade, de entre as quais se incluía a Licença de utilização da marca "Benfica" por um período de 40 anos.
A Benfica SAD efectua análises de imparidade quando existem indícios de que o respectivo activo possua um valor líquido contabilístico superior ao seu valor realizável estimado, devendo ser reconhecida uma perda de imparidade sempre que o valor líquido do activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados do período.
Na data de transição para as IFRS, o valor dos activos intangíveis de acordo com o normativo POC foi considerado como custo de aquisição de acordo com a IFRS 1 - Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro.
Esta rubrica compreende os custos incorridos com a aquisição dos direitos dos jogadores profissionais de futebol a terceiros. O custo de aquisição compreende as importâncias despendidas a favor da entidade transmitente, do jogador e de intermediários.
Os direitos dos jogadores são incorporados em resultados do exercício por duodécimos, segundo o método das quotas constantes, durante o período de vigência dos contratos que conferem o direito de utilização dos jogadores.
As renovações de contratos de trabalho desportivo de jogadores que ainda possuam valor residual de direitos implicam o recalculo do prazo de amortização do mesmo, em função do novo período de vigência do contrato. Ao referido valor líquido acrescem ainda todas as importâncias despendidas com a renovação contratual, caso ocorram.
A Benfica SAD efectua análises de imparidade quando existem indícios de que o respectivo activo possua um valor líquido contabilístico superior ao seu valor realizável estimado, devendo ser reconhecida uma perda de imparidade sempre que o valor líquido do activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados do período.
Na data de transição para as IFRS, o valor dos activos intangíveis de acordo com o normativo POC foi considerado como custo de aquisição de acordo com a IFRS 1 - Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro.
A Sociedade classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos na IAS 17 - Locações. Como locações financeiras são classificadas as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.
Os pagamentos efectuados pela Sociedade à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.
Os contactos de locação financeira são registados na data do seu início no activo e no passivo, pelo custo de aquisição da propriedade locada, o qual é equivalente ao valor actual das rendas de locação vincendas.
As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os encargos são imputados aos respectivos períodos durante o prazo de locação a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador.
Os activos adquiridos em locação financeira são amortizados de acordo com a política estabelecida pela Sociedade para os activos fixos tangíveis.
A Benfica SAD regista os seus custos e proveitos no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos.
A Benfica SAD reconhece, como proveitos, 75% do valor líquido das quotizações de sócios, que são proveitos desta sociedade ao abrigo do contrato de cedências dos direitos de exploração do Complexo Desportivo, no período a que estas se reportam.
As receitas e prémios de jogos são reconhecidos pela Benfica SAD em proveitos no período em que estes são realizados.
A Benfica SAD reconhece as receitas relativas a publicidade, patrocínios e outros direitos de acordo com o período de vigência do respectivo contrato.
As receitas obtidas com a venda dos bilhetes de época ("cativos") são reconhecidas ao longo da época desportiva em que o respectivo direito se vence.
Os custos líquidos de financiamento incluem os juros pagos pelos empréstimos, juros recebidos de aplicações, dividendos recebidos, ganhos e perdas de diferenças de câmbio, ganhos e perdas relativos a instrumentos financeiros e variações de justo valor do risco coberto.
Os juros a pagar são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, considerando o método da taxa de juro efectiva. Os juros relativos a leasings financeiros são reconhecidos considerando o método das taxas de juro efectivas.
As transacções expressas em moeda estrangeira são convertidas em Euros com base nos câmbios em vigor à data em que as mesmas se realizam.
À data do balanço os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio em vigor a essa data, sendo as diferenças cambiais resultantes dessa conversão reconhecidas como resultantes do exercício.
Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados como contrapartida de capitais próprios.
Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada.
Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.
Os impostos diferidos activos são registados na medida em que existam perspectivas da existência de lucros fiscais futuros suficientes para a sua recuperação e/ou existam passivos por impostos diferidos cuja reversão se preveja que tenha lugar no mesmo período fiscal.
As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor, sendo subsequentemente deduzido das perdas de imparidade que lhe estejam associadas.
As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação das perdas estimadas, associadas aos créditos de cobrança duvidosa na data de balanço. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior.
A Sociedade reconhece nas suas demonstrações financeiras provisões quando:
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais.
Os IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e faça estimativas de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado.
As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela Benfica SAD são descritos nesta nota.
Considerando que existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados poderiam ser diferentes caso um tratamento contabilístico diferente fosse escolhido.
O Conselho de Administração considera que as escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira e o resultado das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes.
O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e os factores de volatilidade, sendo determinadas por entidades externas.
A vida útil de um activo é o período durante o qual se espera que esse activo esteja para uso, devendo ser revista pelo menos no final de cada ano financeiro, e se as estimativas diferirem das anteriores, a alteração deve ter somente efeitos no futuro, alterando-se as quotas de amortização por forma a que o activo seja integral e linearmente depreciado até ao fim da sua vida útil.
Os activos tangíveis e intangíveis são revistos para efeitos de imparidade quando existem factos ou circunstâncias que indiquem que o seu valor líquido não é recuperável.
Considerando as incertezas quanto ao valor de recuperação do valor líquido dos activos tangíveis e intangíveis pelo facto de se basear na melhor informação disponível à data, as alterações dos pressupostos poderão resultar em impactos na determinação do nível de imparidade e consequentemente nos resultados.
As perdas por imparidade relativas a riscos de créditos são baseadas na avaliação efectuada pela Administração da probabilidade de recuperação dos saldos de contas a receber, antiguidade dos saldos, anulação de dívidas e outros factores. Existem determinadas circunstâncias e factos que podem alterar a estimativa das perdas por imparidade dos saldos a receber face aos pressupostos considerados, incluindo alterações da conjuntura económica, das tendências sectoriais, da determinação da situação creditícia dos principais clientes e de incumprimentos significativos. Este processo de avaliação está sujeito a diversas estimativas e julgamentos. As alterações destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis de imparidade e consequentemente diferentes impactos em resultados.
Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação do valor final de imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.
As Autoridades Fiscais têm atribuição de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pela Benfica SAD e pela sua associada durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos fiscais reportáveis. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças de interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Benfica SAD e associada, de que não haverão correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.
A rubrica de Prestação de serviços é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.01.07 |
|
|---|---|---|
| Prestações de serviço | ||
| Publicidade e patrocínios | 5.548.161 | 5.592.636 |
| Receitas de bilheteira | 6.089.362 | 4.659.067 |
| Transmissões televisivas | 4.076.843 | 4.167.211 |
| Quotizações | 4.549.978 | 4.678.466 |
| Cativos | 1.705.641 | 1.592.339 |
| Cachets | 300.000 | 800.000 |
| Cedência de atletas | 203.182 | 144.318 |
| Outros | 130.530 | 250.654 |
| 22.603.697 | 21.884.691 |
A rubrica de Outros proveitos operacionais é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.01.07 |
|
|---|---|---|
| Proveitos suplementares Royalties Comissões Compensação desenvolvimento atletas Prémios Liga Campeões |
225.000 1.088.500 - 7.328.670 |
225.000 975.000 667.305 7.288.495 |
| Outros proveitos suplementares Subsídios à exploração |
2.678 1.303 |
- 674 |
| Redução de provisões | 45.945 | - |
| Benefícios penalidades contratuais Indeminizações de seguros Outros proveitos |
4.369 187.668 108.357 |
32.654 265.337 1.443.356 |
| 8.992.490 | 10.897.821 |
A rubrica de Fornecimentos e serviços de terceiros é analisada como segue:
| IFRS | IFRS | |
|---|---|---|
| 31.01.08 | 31.01.07 | |
| Comissões | 1.915.005 | 261.747 |
| Rendas e alugueres | 1.150.046 | 1.120.687 |
| Trabalhos especializados | 1.136.696 | 818.642 |
| Honorários | 1.085.494 | 678.153 |
| Deslocações e estadas | 789.029 | 603.774 |
| Equipamento desportivo | 479.305 | 656.299 |
| Vigilância e segurança | 311.558 | 327.185 |
| Seguros | 290.729 | 247.548 |
| Limpeza, higiene e conforto | 257.185 | 209.671 |
| Electricidade | 243.565 | 245.028 |
| Medicamentos | 221.508 | 67.880 |
| Contencioso e notariado | 221.241 | 7.053 |
| Publicidade e propaganda | 201.520 | 19.120 |
| Comunicação | 154.840 | 90.463 |
| Despesas de representação | 154.099 | 142.718 |
| Conservação e reparação | 114.124 | 23.397 |
| Associações, Federações e Liga | 110.573 | 41.359 |
| Água e outros fluídos | 60.186 | 46.250 |
| Subsídios futebol formação | 56.793 | 31.493 |
| Artigos para oferta | 41.380 | 66.389 |
| Acordos e protocolos | 21.817 | 63.665 |
| Cedência de jogadores | 7.100 | 105.311 |
| Empréstimos de jogadores | - | 155.500 |
| Outros fornecimentos e serviços | 196.126 | 835.688 |
| 9.219.919 | 6.865.020 |
A rubrica de Custos com pessoal é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.01.07 |
|
|---|---|---|
| Remunerações dos orgãos sociais Remuneração dos empregados Encargos sobre remunerações Outros custos |
60.506 13.181.974 930.200 953.947 |
69.994 11.804.962 651.861 843.149 |
| 15.126.627 | 13.369.966 |
Esta rubrica é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.01.07 |
|
|---|---|---|
| Amortizações do exercício - Passes de atletas | 7.471.414 | 6.183.928 |
| Amortizações extraordinária - Passes de atletas | 36.667 | 814.955 |
| Perdas de imparidade | - | - |
| 7.508.081 | 6.998.883 |
As rubricas de Custos e Proveitos com transacções de passes de atletas são analisadas como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.01.07 |
|
|---|---|---|
| Proveitos com transacções de atletas | ||
| Cedência de atletas | 12.615.728 | 4.668.921 |
| 12.615.728 | 4.668.921 | |
| Custos com transacções de atletas | ||
| Venda de direitos | 152.800 | - |
| Revogações contratuais | - | 540.000 |
| Despesas com transferência de atletas | 143.750 | 71.900 |
| Despesas com fundo de solidariedade | 92.250 | 298.675 |
| 388.800 | 910.575 | |
| (Custos)/Proveitos com transacções de atletas | 12.226.928 | 3.758.346 |
A rubrica de Resultados financeiros é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.01.07 |
|
|---|---|---|
| Proveitos Financeiros | ||
| Juros obtidos | 63.414 | 10.658 |
| Diferenças de câmbio favoráveis | - | 993 |
| Prémios e derivados | - | 142.705 |
| Actualização de dívidas | 180.354 | - |
| Outros ganhos financeiros | 55.694 | 1 |
| 299.462 | 154.357 | |
| Custos Financeiros | ||
| Juros suportados | 2.141.958 | 3.418.796 |
| Serviços bancários | 666.841 | 381.200 |
| Perdas em empresas associadas | 2.043 | - |
| Diferenças de câmbio desfavoráveis | 37.096 | 4.463 |
| Prémios e derivados | 183.400 | - |
| Actualização de dívidas | 515.933 | 918.303 |
| Outras perdas financeiras | 6.484 | 233 |
| 3.553.755 | 4.722.995 | |
| Resultados financeiros | (3.254.293) | (4.568.638) |
A rubrica de Activos fixos tangíveis é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|
| Valor bruto | ||
| Edifícios e outras construções | 17.414.705 | 17.414.705 |
| Equipamento básico | 1.102.350 | 1.058.327 |
| Equipamento de transporte | 476.537 | 476.537 |
| Ferramentas e utensílios | 118.818 | 117.618 |
| Equipamento administrativo | 1.077.880 | 1.039.903 |
| Outras imobilizações corpóreas | 24.366 | 9.490 |
| Imobilizações em curso | 40.983 | 32.635 |
| 20.255.639 | 20.149.215 | |
| Amortizações acumuladas | ||
| Edifícios e outras construções | 1.301.095 | 866.289 |
| Equipamento básico | 370.596 | 294.783 |
| Equipamento de transporte | 330.694 | 309.363 |
| Ferramentas e utensílios | 53.001 | 46.759 |
| Equipamento administrativo | 461.690 | 395.459 |
| Outras imobilizações corpóreas | 3.551 | 2.723 |
| 2.520.627 | 1.915.376 | |
| Valor líquido contabilístico | ||
| Edifícios e outras construções | 16.113.610 | 16.548.416 |
| Equipamento básico | 731.754 | 763.544 |
| Equipamento de transporte | 145.843 | 167.174 |
| Ferramentas e utensílios | 65.817 | 70.859 |
| Equipamento administrativo | 616.190 | 644.444 |
| Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso |
20.815 40.983 |
6.767 32.635 |
| 17.735.012 | 18.233.839 |
A rubrica de edifícios e outras construções inclui essencialmente os custos incorridos com a construção do Centro Estágios – Caixa Futebol Campus, o qual foi edificado nos terrenos propriedade do Sport Lisboa e Benfica sitos no Seixal, relativamente aos quais em 13 de Julho de 2007, foi celebrada a escritura pública de constituição do direito de superfície dos terrenos entre o Sport Lisboa e Benfica e a Sociedade. Os referidos direitos de superfície foram cedidos pelo montante de 1.765.000 Euros e pelo prazo de 15 anos, com início em 19 de Abril de 2005. A escritura prevê que findo o período de cedência do direito, o Sport Lisboa e Benfica poderá adquirir a construção edificada pela Benfica SAD ou, não querendo exercer esse direito, a Sociedade adquirirá a propriedade dos terrenos. O valor de qualquer das aquisições dependerá de prévia avaliação a promover por entidade aceite por ambas as partes.
A movimentação da rubrica de Activos tangíveis é como segue:
| Activo Bruto | Saldo em 31.07.07 |
Aumentos | Alienações | Transferencias e abates |
Saldo em 31.01.08 |
|---|---|---|---|---|---|
| Imobilizações corpóreas | |||||
| Edifícios e outras construções | 17.414.705 | - | - | - | 17.414.705 |
| Equipamento básico | 1.058.327 | 44.023 | - | - | 1.102.350 |
| Equipamento de transporte | 476.537 | - | - | - | 476.537 |
| Ferramentas e utensílios | 117.618 | 1.200 | - | - | 118.818 |
| Equipamento administrativo | 1.039.903 | 31.782 | - | - | 1.077.880 |
| Outras imobilizações corpóreas | 9.490 | 14.876 | - | - | 24.366 |
| Imobilizações em curso | 32.635 | 8.347 | - | - | 40.982 |
| 20.149.215 | 100.228 | - | - | 20.255.638 | |
| Transferencias | |||||
| Saldo em | abates e | Saldo em | |||
| Amortizações acumuladas | 31.07.07 | Reforço | Alienações | regularizações | 31.01.08 |
| Activo tangível | |||||
| Edifícios e outras construções | 866.289 | 434.806 | - | - | 1.301.095 |
| Equipamento básico | 294.783 | 75.813 | - | - | 370.596 |
| Equipamento de transporte | 309.363 | 21.331 | - | - | 330.694 |
| Ferramentas e utensílios | 46.759 | 6.242 | - | - | 53.001 |
| Equipamento administrativo | 395.459 | 66.231 | - | - | 461.690 |
| Outras imobilizações corpóreas | 2.723 | 828 | - | - | 3.551 |
| 1.915.376 | 605.251 | - | - | 2.520.627 |
A rubrica de Activos intangíveis é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|
| Valor bruto | ||
| Plantel de Futebol | 74.042.430 | 66.848.619 |
| Direito de utilização da marca "Benfica" | 15.961.533 | 15.961.533 |
| 90.003.963 | 82.810.152 | |
| Amortizações acumuladas | ||
| Plantel de Futebol | 24.774.054 | 24.878.326 |
| Direito de superficie e da marca | 2.772.789 | 2.573.464 |
| 27.546.843 | 27.451.790 | |
| Valores líquidos | ||
| Plantel de Futebol | 49.268.376 | 41.970.293 |
| Direito de superficie e da marca | 13.188.744 | 13.388.069 |
| 62.457.120 | 55.358.362 |
A movimentação da rubrica de Activos intangíveis é como segue:
| Activo Bruto | Saldo em 31.07.07 |
Aumentos | Alienações | Transferencias e abates |
Saldo em 31.01.08 |
|---|---|---|---|---|---|
| Activo intangível | |||||
| Plantel de futebol | 66.848.619 | 20.693.235 | (13.349.424) | (150.000) | 74.042.430 |
| 66.848.619 | 20.693.235 | (13.349.424) | (150.000) | 74.042.430 | |
| Amortizações acumuladas | Saldo em 31.07.07 |
Reforço | Alienações | Transferencias abates e regularizações |
Saldo em 31.01.08 |
| Activo intangível Plantel de futebol |
24.878.326 | 7.471.414 | (7.462.353) | (113.333) | 24.774.054 |
| 24.878.326 | 7.471.414 | (7.462.353) | (113.333) | 24.774.054 |
As principais aquisições respeitam aos direitos dos atletas Luís Filipe, Angel Di Maria, Andrés Diaz, Augustin Binya, Maximiliano Pereira, Edcarlos Santos, Lazlo Sepsi, Aziza Makukula e Rafik Halliche, incluindo encargos com a renovação dos contratos do jovens promissores David Luíz, Miguel Victor e Romeu Ribeiro.
As principais alienações respeitam aos direitos desportivos dos atletas Manuel Fernandes, Anderson Cleber e Azar Karadas, Andrey Karyaka, José Miguel Aguiar (Miguelito) e Diego de Souza, tendo essas operações gerado um resultado líquido de aproximadamente 12,5 milhões de euros.
A rubrica de Clientes é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|
| Clientes de longo prazo - não corrente Clientes c/c |
||
| Vendas de jogadores | 1.502.218 | 6.996.998 |
| Clientes - títulos a pagar Vendas de jogadores |
9.678.181 | - |
| Imparidade para créditos de cobrança duvidosa | - | - |
| 11.180.399 | 6.996.998 | |
| Clientes curto prazo - Corrente | ||
| Clientes c/c | ||
| Vendas de jogadores | 9.110.692 | 800.000 |
| Operações correntes | 2.263.540 | 13.062.000 |
| Clientes - títulos a pagar | ||
| Vendas de jogadores | 2.988.000 | 7.000.000 |
| Clientes de cobrança duvidosa | 1.550.028 | 1.595.974 |
| Imparidade para créditos de cobrança duvidosa | (1.550.579) | (1.596.525) |
| 14.361.681 | 20.861.449 |
A rubrica de Accionistas é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|
| Accionistas - Não Corrente | ||
| Intercompanhia (SLB) | - | 15.767.009 |
| Outros devedores (SLB) | - | 30.059.757 |
| - | 45.826.766 | |
| Accionistas Curto Prazo - Corrente | ||
| Intercompanhia (SGPS) | 72.952 | 72.940 |
| Intercompanhia (Clínica SLB) | 2.126 | - |
| 75.078 | 72.940 |
No âmbito do projecto de reestruturação do passivo bancário do Grupo do Sport Lisboa e Benfica, foi extinta a obrigação do Sport Lisboa e Benfica para com a Benfica SAD através de uma dação em pagamento de créditos detidos à Benfica Estádio.
A rubrica de Outros activos é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|
| Outros activos - Não Corrente | ||
| Custos diferidos de utilização do estádio | 15.570.943 | 15.813.937 |
| 15.570.943 | 15.813.937 | |
| Outros activos - Corrente | ||
| Adiantamento a fornecedores | 272.257 | 205.346 |
| Adiantamento a fornecedores de imobilizado | 2.653.804 | 2.513 |
| Estado | 314.126 | 334.391 |
| Derivados | - | 175.909 |
| Acréscimos de proveitos | 2.838.982 | 1.165.825 |
| Custos diferidos | 808.834 | 774.289 |
| Imparidade para créditos de cobrança duvidosa | (2.513) | (2.513) |
| 6.885.490 | 2.655.760 |
A rubrica de Outros devedores é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|
| Devedores Curto Prazo - Corrente Outros devedores |
14.009.613 | 13.059.255 |
| Remuneração ao pessoal Imparidade para créditos de cobrança duvidosa |
- (4.498.712) |
439.408 (4.498.712) |
| 9.510.901 | 8.999.951 |
A Sport Lisboa e Benfica - Futebol, SAD foi constituída com um capital social de 997.596 Euros, em 10 de Fevereiro de 2000 e a sua constituição ratificada em Assembleia Geral do Clube de 10 de Março de 2000.
Por escritura de 11 de Maio de 2001, o capital social foi aumentado para 74.819.690 Euros, tendo o Clube subscrito 29.728.355 Euros, realizados em espécie, mediante a conversão em capital de parte dos créditos detidos sobre a Sociedade e que resultaram de transacções relacionadas com a concessão dos direitos de exploração do Complexo Desportivo do Estádio do Sport Lisboa e Benfica e licença de utilização da marca "Benfica". Os créditos mencionados e critérios de avaliação constam do relatório elaborado em 6 de Março de 2001 nos termos do Art.º 28 do Código das Sociedades Comerciais. Os restantes 44.093.739 Euros foram realizados em dinheiro. Com este aumento de capital, o Clube passou a deter 40% do capital da Sociedade.
Em Novembro de 2001, o capital social foi aumentado para 75.000.005 Euros de forma a efectuar a redenominação do mesmo para Euros, tendo para o efeito sido utilizada a reserva relativa a prémios de emissão de acções. O capital social é representado por 15.000.001 acções normativas e escriturais de valor nominal de 5 Euros cada, sendo 6.000.000 acções da classe A e 9.000.001 da classe B.
As acções de classe A possuem privilégios consignados na lei e nos estatutos da Sociedade, tendo sido subscritas directamente pelo Sport Lisboa e Benfica e mantém a sua categoria enquanto a titularidade pertencer ao Clube.
As acções da classe B correspondem a acções ordinárias sem direitos especiais.
A rubrica de Provisões é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|
| Outras provisões | 3.709.119 | 3.885.675 |
| 3.709.119 | 3.885.675 |
No âmbito de uma acção interposta pelo Dr. João Vale e Azevedo, este pediu o reconhecimento de uma dívida da Sociedade no valor de 6.920.179 Euros, acrescido dos respectivos juros à taxa legal. A Sociedade contestou aquela pretensão, e na mesma acção reclamou, em reconvenção, a quantia de 27.981.123 Euros, também acrescida de juros. Decorridas várias fases processuais, aguarda-se julgamento do recurso que se encontra na Tribunal da Relação.
Atendendo aos pressupostos e antecedentes da acção judicial, às expectativas dadas pelo advogado que patrocina a Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD e às demais circunstâncias do caso, é convicção da Administração que não resultarão da acção judicial quaisquer contingências ou responsabilidades para a Sociedade, pelo que não foi registada qualquer provisão para fazer face a este processo.
A rubrica de Empréstimos obtidos é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|
| Empréstimos de longo prazo - não corrente | ||
| Empréstimos bancários BCP Mútuo I (BCP e BES) |
8.263.611 - |
8.850.000 15.750.000 |
| CGD - Centro de Estágio | 13.943.734 | 13.940.811 |
| Empréstimos por obrigações - não convertíveis Benfica SAD 2010 |
19.525.736 | 21.903.060 |
| 41.733.081 | 60.443.871 | |
| Empréstimos de curto prazo - corrente | ||
| Empréstimos bancários "Overdrafts" | 192.883 | - |
| Empréstimos bancários | ||
| Millennium BCP Mútuo I (BCP e BES) |
2.100.000 - |
1.950.000 11.500.000 |
| Mútuo II (BCP e BES) | - | 13.500.000 |
| CGD - Centro de Estágio | 706.266 | 709.189 |
| Banco Efisa | 3.500.000 | 3.500.000 |
| Intecalar BCP | - | 2.500.000 |
| Intecalar BES | - | 1.388.582 |
| 6.499.149 | 35.047.771 |
Em Janeiro de 2008, no âmbito do projecto de reestruturação do passivo bancário do Grupo do Sport Lisboa e Benfica, a Benfica SAD liquidou junto das entidades bancárias um valor global de cerca de 48 milhões de euros. Esta regularização foi possível através da reestruturação do project finance do Estádio realizada pela Benfica Estádio – Construção e Gestão de Estádios, SA, que inclui a criação de uma nova linha de crédito para esse efeito e o diferimento dos prazos de vencimento junto do banco.
A rubrica de Fornecedores é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|
| Fonecedores - não corrente | ||
| Fornecedores | 125.772 | - |
| Fornecedores de Imobilizado títulos a pagar | 345.468 | 720.595 |
| 471.240 | 720.595 | |
| Fonecedores - corrente | ||
| Fornecedores | 5.099.296 | 3.036.282 |
| Fornecedores de Imobilizado c/c | 588.960 | 6.832.831 |
| Fornecedores de Imobilizado títulos a pagar | 1.481.000 | 3.072.500 |
| 7.169.256 | 12.941.613 |
A rubrica de Outros passivos é analisada como segue:
| IFRS 31.01.08 |
IFRS 31.07.07 |
|
|---|---|---|
| Outros passivos - não corrente | ||
| Dívidas relativos a transferências de jogadores | 7.573.970 | 5.851.351 |
| 7.573.970 | 5.851.351 | |
| Outros passivos - corrente | ||
| Adiantamento de Clientes | 457.624 | 532.938 |
| Adiantamento por conta de vendas | 4.790.506 | 4.810.926 |
| Estado e outros entes públicos | 1.460.935 | 2.691.586 |
| Dívidas relativos a transferências de jogadores | 27.709.473 | 14.080.063 |
| Remunerações a liquidar | 1.329.372 | 1.117.801 |
| Consultores, assessores e intermediários | 392.746 | 108.411 |
| Outros credores diversos | 3.633.841 | 753.259 |
| Derivados | 7.491 | - |
| Acréscimos de custos | 4.042.520 | 5.737.392 |
| Proveitos diferidos | 4.073.487 | 7.851.786 |
| 47.897.995 | 37.684.162 |
À data do balanço, as remunerações a pagar ao pessoal referem-se essencialmente aos ordenados dos jogadores profissionais e técnicos de futebol do mês de Janeiro que são regularizados até ao dia 5 do mês seguinte.
À data de 31 de Janeiro de 2008, as transacções e saldos com partes relacionadas são as seguintes:
| SLB | SGPS | Multimédia | Estádio | Comercial | Clínica SLB | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Saldos: | ||||||
| Clientes | 1.352.001 | - | 113.989 | 2.254.776 | - | - |
| Fornecedores | (365.476) | - | - | (876.173) | - | 5.226 |
| Accionistas | - | 72.952 | - | - | - | 2.126 |
| Outros devedores | - | - | 519 | 7.473.921 | - | - |
| Outros credores | - | - | - | (2.834.940) | 332 | - |
| Adiantamentos p/ conta vendas | - | - | (4.790.506) | - | - | - |
| Acréscimos de proveitos | 173.971 | - | - | 8.217 | - | - |
| Custos diferidos | 138.817 | - | - | 16.056.916 | - | - |
| Acréscimos de custos | (32.591) | - | - | - | - | - |
| Proveitos diferidos | (65.208) | - | - | - | - | - |
| Activo intangíveis | 13.188.744 | - | - | - | - | - |
| Transacções: | ||||||
| FSE | (299.559) | - | - | (1.032.553) | - | - |
| Prestação de serviços | 4.624.729 | - | 28.292 | - | - | - |
As empresas do Grupo estão sujeitas a impostos sobre lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC) à taxa de 25% (2006/2007: 27,5%), acrescida de Derrama.
Não foram registados nas demonstrações financeiras quaisquer impostos diferidos activos, que se estimam em cerca de 8,6 milhões de euros, uma vez que não estão disponíveis, nesta data, elementos previsionais suficientes para manter segurança razoável de que tais activos venham a ser recuperáveis.
O número médio de pessoas ao serviço da sociedade no corrente período é de 75, incluindo 37 atletas.
Em 28 de Janeiro de 2003, a Sociedade em conjunto com o Sport Lisboa e Benfica e a Sport Lisboa e Benfica – Comercial – Gestão e Exploração da Marca Benfica, SA obtiveram um financiamento junto do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria de Saragoça para regularizar a situação devedora do Clube ao Fisco referente aos exercícios de 1998 e 1999. O empréstimo, reflectido nas contas individuais do Clube, foi garantido pela celebração de um contrato de cessão de créditos que tem por objecto a cedência parcial ao banco de créditos que as Sociedades têm sobre a Adidas Portugal – Artigos de Desporto, SA, emergentes do contrato celebrado com esta em 26 de Dezembro de 2002.
Em 14 de Janeiro de 2005, no âmbito do acordo de regularização da dívida do Clube e da Benfica Estádio à Somague, a Sociedade prestou como garantias o direito ao recebimento das quantias emergentes do contrato de exploração audiovisual referentes às épocas 2011/2012 e 2012/2013, o penhor sobre os direitos desportivos de um conjunto de jogadores e os respectivos contratos de seguro desportivo referente a acidentes pessoais.
Em 24 de Junho de 2005, no âmbito da renegociação do contrato de financiamento da construção do novo estádio do Sport Lisboa e Benfica (project finance), realizado em 16 de Junho de 2003, foram prestadas por parte da Sociedade como garantias a favor dos bancos envolvidos no projecto de financiamento todos os saldos a crédito da conta bancária nº. 561002530000, designada como Conta SAD, podendo a mesma ser livremente movimentada desde que não se verifiquem incumprimentos, e primeiro penhor sobre todos os
créditos que a Sociedade detenha sobre o Sport Lisboa e Benfica emergentes do contrato de utilização do novo estádio.
Em 8 de Janeiro de 2008, no âmbito da segunda reestruturação do contrato de financiamento da construção do novo estádio do Sport Lisboa e Benfica (project finance), foram cedidos a favor da Benfica Estádio os créditos dos contratos com a Olivedesportos, SA celebrado em 23 de Maio de 2003 e com a PT Comunicações celebrado em 11 de Maio de 2005, tendo a Benfica Estádio procedido à dacção "pró solvendo" a favor dos bancos dos créditos para sim emergentes da Cessão a favor da Benfica Estádio.
Em 29 de Novembro de 2006, a Sociedade em conjunto com o Sport Lisboa e Benfica celebrou com o Millennium BCP e o Millennium BCP Investimento um contrato de empréstimo, o qual se encontra garantido pela cessão de créditos que tem por objecto a cedência parcial ao banco de créditos que as Sociedades tem sobre a Adidas Portugal – Artigos de Desporto, SA, emergentes do contrato celebrado com esta em 26 de Dezembro de 2002, no período compreendido entre Setembro de 2006 e Junho de 2013, inclusive, pelo penhor de primeiro grau do referido contrato, pelo penhor de primeiro grau e/ou pela celebração de um contrato de cessão de créditos futuros sobre os direitos de crédito futuros emergentes da eventual prorrogação do referido contrato ou de eventuais cessões decorrentes de contratos de conteúdo idêntico ao referido contrato, e pela entrega de uma livrança devidamente subscrita.
Em 7 de Março de 2007, foi celebrado com o Banco Efisa um contrato de abertura de crédito para apoio de tesouraria de curto prazo, o qual foi garantido com a entrega de uma livrança sem aval devidamente subscrita e respectivo acordo de preenchimento, bem como o penhor sobre as receitas respeitantes às épocas de 2010 a 2013 do contrato celebrado com a Adidas Portugal – Artigos de Desporto, SA em 26 de Dezembro de 2002.
Em Abril de 2007 a Sociedade realizou uma oferta pública de subscrição de um máximo de 4 milhões de obrigações de valor nominal de 5 euros cada. As obrigações "Benfica SAD 2010" têm uma duração de três anos, vencendo juros semestral e postecipadamente à taxa fixa de 6,15% ao ano, sendo o seu reembolso efectuado ao valor nominal em 20 de Abril de 2010.
As obrigações constituem uma responsabilidade directa, incondicional e geral da Sociedade, respondendo integralmente pelo serviço da dívida as suas receitas e imobilizado, não existindo quaisquer cláusulas de subordinação do mesmo relativamente a outros débitos da Sociedade já contraídos ou futuros.
As obrigações foram objecto de pedido de admissão à negociação ao Mercado de Cotações Oficiais da Euronext Lisbon, o qual foi deferido.
Em 13 de Julho de 2007, no âmbito do financiamento da construção do Caixa Futebol Campus, a Sociedade em conjunto com a Benfica Estádio – Construção e Gestão de Estádios, SA celebrou com a Caixa Geral de Depósitos um empréstimo sob a forma de mútuo com hipoteca, penhores e promessa de hipoteca, o qual foi garantido por:
domicialiação, consignação e penhor de créditos provenientes das receitas dos bilhetes de época associados aos títulos Fundador e Centenário a partir da época 2010/2011, inclusivé;
domicialiação do pagamento de créditos referentes a contratos de naming, de patrocínio ou de publicidade relacionados ou localizados no Caixa Futebol Campus;
Decorrentes dos contratos celebrados com os jogadores, existem compromissos financeiros assumidos relacionados com as performances desportivas, nomeadamente, vitória nas competições desportivas e número de jogos realizados.
Decorrentes dos contratos celebrados com diversas entidades, existem compromissos assumidos para com a Sociedade relacionados com réditos futuros no montante aproximado de 102 milhões de euros, os quais não se encontram relevados no balanço à data de 31 de Janeiro de 2008.
Existem compromissos assumidos pela Sociedade no montante de 39,7 milhões de euros decorrentes do contrato celebrado com a Benfica Estádio referente à utilização do novo estádio até Fevereiro de 2041, correspondendo a 1,2 milhões de Euros por época.
No âmbito da cedência do direito de superfície dos terrenos onde se encontra construído o Caixa Futebol Campus, conforme referido na nota 11, a Sociedade assumiu o compromisso de pagar um montante global de 1.765.000 Euros, os quais à data de 31 de Janeiro de 2008 correspondem a 1.302.600 Euros, que não se encontrando relevados no balanço a essa data.
As demonstrações financeiras da Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD incluem uma dívida para com a Euroárea – Sociedade Imobiliária, SA no montante de 6.000.000 Euros, anteriormente registada nas demonstrações financeiras do Sport Lisboa e Benfica resultante dos acordos firmados em exercícios anteriores no âmbito do contrato promessa compra e venda dos terrenos da Urbanização Sul.
Na sequência dos acordos firmados, a referida dívida poderia vir a ser substancialmente reduzida, mediante a observação de um determinado conjunto de condições, que, sumariamente, envolviam o compromisso de construção do Centro de Estágios do Seixal no prazo máximo de 18 meses, nos termos já decididos pelo Clube, a revogação da promessa de doação de lotes de terreno da Quinta da Trindade e a alteração de diversos alvarás de loteamento.
A Administração é da opinião de que estão garantidas as condições que permitem assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos, situação que a não ser cumprida poderá originar obrigações adicionais para a Sociedade.
No início do mês de Fevereiro, os direitos desportivos do atleta Gonzalo Bergessio foram alienados pelo montante de 1,7 milhões de euros, tendo ultrapassado ligeiramente o seu valor liquido contabilístico à data.
No decurso do mês de Março de 2008, o Sr. José António Camacho apresentou a sua demissão do exercício das funções de treinador da equipa principal do Sport Lisboa e Benfica, tendo sido acompanhado pelos elementos da equipa técnica Sr. José Carcelen e Sr. Fernando Gaspar.
Ainda no decorrer do mesmo mês, o Benfica acabou por ser eliminado pelo Getafe de Espanha nos oitavos de final da Taça UEFA, após ter ultrapassado o FC Nuremberg na eliminatória anterior. Contudo, tendo em consideração o princípio da prudência aplicado na elaboração do orçamento no início da temporada, esta eliminação não terá um impacto significativo em termos de desvios orçamentais.
No âmbito do Regulamento nº 11/2005 da CMVM, todas as entidades com valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado têm que apresentar um relatório e contas elaborado nos termos das IFRS para exercícios iniciados após 1 de Janeiro de 2007. Assim, a Benfica SAD, passou a cumprir com este requisito a partir de 31 de Julho de 2007.
De referir que a partir do exercício com inicio em 1 de Agosto de 2007, a Benfica SAD passou a deter uma participação financeira na sociedade Clínica do SLB, Lda., passando desta forma também a apresentar contas consolidadas.
Até 31 de Julho de 2007, as demonstrações financeiras da Benfica SAD foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal (POC). As demonstrações financeiras para o exercício findo naquela data, apresentadas no presente relatório, foram preparadas de acordo com as IFRS - Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia e emitidas pelo International Accounting Standards Board ("IASB") e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Comitee ("IFRIC"), e pelos respectivos órgãos antecessores.
A informação financeira foi preparada com base em expectativas, análises, pressupostos e estimativas, as quais envolvem um grau de risco e incerteza, podendo ocorrer diferenças materiais entre os resultados reais e as estimativas apuradas. Assim, no âmbito da transição para as IFRS, as diferenças materialmente relevantes apuradas, entre as normas locais e as IFRS, foram as seguidamente apresentadas:
As receitas de quotizações correspondentes a 75% do valor líquido das quotizações de sócios ao abrigo do contrato de cedências dos direitos de exploração do Complexo Desportivo, eram anteriormente reconhecidas no momento do seu recebimento. No âmbito da IAS 18 – Rédito, estas receitas devem ser reconhecidas de acordo com o principio da especialização dos exercícios, pelo que na data de conversão para as IFRS e nas situações em que os sócios pagaram antecipadamente as suas quotas, foi reconhecido um proveito diferido.
Nos termos da IAS 39 os custos iniciais associados aos empréstimos contraídos, independentemente de já terem sido registados em custos ou de se encontrarem a ser diferidos de forma linear, foram agregados aos respectivos financiamentos para efeitos de determinação da taxa de juro efectiva, tendo sido os financiamentos contabilizados, após este apuramento, pelo método do custo amortizado.
Em consequência da aplicação desta norma registaram-se os respectivos impactos nos capitais próprios por contrapartida do valor dos empréstimos.
No âmbito da conversão para as IFRS, de acordo com o previsto na IAS 39 foi efectuado o desconto de dívidas a pagar e a receber de médio/longo prazo, utilizando para o efeito uma taxa média de mercado idêntica àquela que a Benfica SAD consegue em condições normais, tendo-se procedido à respectiva actualização.
Nos termos das regras de transição definidas pelo IFRS 1, e atendendo a que os requisitos para a aplicação da IAS 39, no que respeita à cobertura do risco da taxa de juro, as referidas operações não foram consideradas como sendo de cobertura na data da transição, pelo que as alterações do justo valor de passivos cobertos foram reconhecidos em resultados transitados como um ajustamento de transição, de acordo com a IFRS 1.
As seguintes normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas mas que ainda não se encontram em vigor estão actualmente a ser avaliadas pelo Grupo relativamente ao impacto que a sua adopção possa ter na elaboração e apresentação das suas Demonstrações Financeiras:
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