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Corticeira Amorim

Quarterly Report May 29, 2009

1912_ir_2009-05-29_e9e2a0b6-4521-42a4-9c26-a29ce6630df7.pdf

Quarterly Report

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CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

CONTAS CONSOLIDADAS (Não Auditadas)

Primeiro trimestre de 2009 (1T09)

CORTICEIRA AMORIM; S.G.P.S., S.A. Sociedade Aberta

Capital Social: EUR 133 000 000,00 C.R.C. Sta. Maria da Feira NIPC e Matrícula n.º: PT 500 077 797 Edifício Amorim I Rua de Meladas, n.º 380 Apartado 20 4536‐902 MOZELOS VFR PORTUGAL

Tel.: 22 747 54 00 Fax: 22 747 54 07

Internet: www.corticeiraamorim.com E‐mail: [email protected]

Senhores Accionistas,

A CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A., Sociedade Aberta, vem, nos termos da lei, apresentar o:

RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO

1. INTRODUÇÃO

O cenário macroeconómico registado no primeiro trimestre (1T09) confirmou o sentimento negativo que era já sentido no final de 2008. A generalidade das empresas foram fortemente penalizadas por este facto.

No sector da Cortiça as empresas confrontaram‐se, à semelhança de todas as outras empresas industriais, com quebras significativas dos níveis de procura. O encerramento de unidades industriais, ou mesmo a falência das mais fragilizadas, quer por baixos níveis de eficiência, quer por desequilíbrio financeiro, passou a ser um acontecimento que não primou pela raridade.

A Corticeira Amorim, como líder no sector da Cortiça, não podia passar incólume a este cenário depressivo. Refira‐se, no entanto, que pelos dados disponíveis a quebra verificada terá sido inferior à quebra registada no sector. A presença em todos os mercados mundiais de produtos de cortiça, a agilidade no controlo de custos, as melhorias na eficiência operacional, aliada a uma sólida situação financeira, expressa nos rácios e linhas de crédito disponíveis, são poderosos argumentos para que a Corticeira Amorim possa ultrapassar a situação adversa vivida actualmente pela generalidade dos agentes económicos.

Como facto relevante ocorrido durante o trimestre, há a registar o comunicado divulgado em 3 de Fevereiro, em que a Corticeira Amorim anunciou a adaptação da sua estrutura produtiva ao nível de procura. Esta adaptação teve como consequência, entre outras medidas, a redução dos Quadros de Pessoal em duas Unidades de Negócio.

Como resumo pode dizer‐se que a redução anunciada de 193 trabalhadores decorreu de uma forma bastante pacífica. Foram adoptadas medidas que tornaram menos difíceis algumas situações específicas dos trabalhadores abrangidos, tendo sido estendidos no tempo o usufruto de alguns benefícios a que aqueles trabalhadores tinham direito.

À data deste relatório o processo está praticamente concluído.

2. ACTIVIDADE

As Vendas atingiram os 102,1 milhões de euros (M€), uma quebra de 17,3% quando comparada com o mesmo período de 2008.

Todas as Unidades de Negócio (UN) registaram descidas nas suas vendas. A UN Compósitos apresentou a maior descida de vendas, cerca de 25%, tendo sido fortemente atingida pela sua exposição ao mercado da construção, ao mercado automóvel e à indústria em geral. Esta quebra esteve particularmente concentrada nos seus maiores clientes. O mercado russo sofreu uma paralisação quase total durante o trimestre. Como nota positiva é de realçar que durante o mês de Abril as vendas foram retomadas para aquele mercado, sendo ainda cedo para considerar efectiva uma retoma, mesmo que moderada, naquele mercado.

A UN Rolhas, responsável por mais de 50% das vendas da Corticeira Amorim, registou um decréscimo da sua actividade em cerca de 16%. A redução no consumo de vinho e a diminuição de stocks nas caves atingiram toda a indústria de rolhas. As grandes distribuidoras reservaram para a última hora as encomendas de modo a encurtar ao máximo a diferença temporal entre o engarrafamento e a respectiva venda. O Inverno frio na Alemanha e França ajudou também ao adiamento do engarrafamento. Com excepção das rolhas Neutrocork, todas as famílias de rolhas viram diminuir as suas vendas. Pela sua importância e significado na crise actual, há a salientar que tendo o mercado do Champanhe em geral sofrido uma quebra de 40%, a unidade da Corticeira Amorim no mercado francês registou uma quebra inferior a 10%. Em termos gerais pode dizer‐se que foram os pontos fortes desta UN que lhe permitiram um desempenho, apesar de tudo, melhor que a generalidade da concorrência.

As vendas da UN Revestimentos apresentaram uma diminuição de 16%. Todas as famílias de produtos que fazem parte do portfolio habitual desta UN, incluindo madeiras, registaram quebras. À semelhança da UN Compósitos, também esta UN sofreu uma diminuição de vendas no mercado russo, em especial nos dois primeiros meses em que as vendas foram nulas. Os sinais positivos advêm do efeito que se começa a sentir no que se refere às novas colecções 2

e aos novos produtos (LVT ‐ Luxury Vinyl Tiles e Linóleo). Estas novas ofertas no portfolio da Amorim Revestimentos resultam, em grande medida, da capacidade que a nova fábrica permite, quer em termos de volume, como, principalmente, em termos de flexibilidade. Durante o mês de Março, reiniciaram‐se as vendas para alguns dos maiores clientes do mercado russo.

Seguindo a tendência geral, a UN Isolamentos apresentou também uma quebra de vendas, a qual atingiu os 17%. Tendo conseguido manter as vendas nos principais mercados europeus, as vendas totais foram adversamente afectadas pela grave crise da construção no Médio Oriente, mercado que ficou reduzido a cerca de metade do valor registado no mesmo período do ano passado.

Por último, a UN Matérias‐Primas, como fornecedora da cadeia de valor, sofreu naturalmente o efeito da quebra de actividade consolidada, em especial a da UN Rolhas, tendo as respectivas vendas decrescido cerca de20%.

3. RESULTADOS CONSOLIDADOS

Conforme referido a Corticeira Amorim procedeu a uma redução extraordinária de pessoal, como forma de adaptação à quebra da procura. O total de custos registados com este facto elevou‐se a 3.845 mil euros, o qual aparece identificado em linha específica da Demonstração de Resultados. Assim, as conclusões que se seguem serão feitas não tendo em conta tal custo não recorrente.

A Margem Bruta percentual sofreu uma ligeira diminuição (0,9%) face ao mesmo período do ano transacto. A generalidade das UN, com excepção da Matérias‐primas, conseguiu defender as suas margens, mesmo face à deterioração verificada no product mix das mesmas.

A crise instalada nos mercados tem levado os consumidores (grande distribuição) a uma tentativa de rápida substituição por produtos mais baratos, sendo os mais caros objectos de uma forte pressão em ordem a uma baixa de preços. A resistência a uma generalizada descida de preços, a melhoria na eficiência industrial, do qual há a destacar os ganhos significativos obtidos nos últimos doze meses na UN Compósitos, bem como a descida de preço verificada em algumas das mais importantes matérias‐primas, conseguiram atenuar em grande medida a deterioração do mix de produtos vendidos por algumas das UN.

A redução de cerca de 6% verificada nos custos Operacionais, em especial nos Custos de Pessoal e nos Fornecimentos e Serviços, foi insuficiente para colmatar o efeito da redução da actividade.

Há, no entanto, a salientar os elevados custos relativos ao lançamento das novas colecções e novos produtos da UN Revestimentos, bem como os custos relativos à operação da China na UN Compósitos.

Os ajustamentos relativos a imparidades sobre activos, praticamente concentrados na rubrica de clientes, tiveram uma evolução bastante desfavorável (+1,1 M€). Esta variação resulta do agravamento das condições de cobrança, sendo naturalmente empoladas pelo uso de critérios de rigorosa prudência que a Corticeira Amorim tem seguido há vários exercícios.

O EBITDA corrente atingiu os 5,5 M€, uma descida de 58% face ao 1T08.

O EBIT corrente registou um valor residualmente negativo (0,09 M€).

Os juros tiveram uma diminuição de cerca de 0,6 M€, consequência do efeito conjugado de uma descida das taxas de juro e do endividamento.

Após a estimativa de imposto sobre o rendimento, bem como do resultado atribuível aos interesses minoritários, o resultado líquido atribuível aos accionistas da Corticeira Amorim atingiu os ‐4.595 mil euros.

Não considerando o efeito, líquido de imposto, do ajuste não recorrente referido no início deste ponto, o resultado líquido seria de ‐1.711 mil euros.

4. DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA (BALANÇO CONSOLIDADO)

O Balanço atingiu em 31 de Março de 2009 o valor de 561M€, uma descida de 13M€ face ao final de 2008 e uma descida de 48M€ face ao final do 1T08. Relativamente ao final de 2008, a redução de 13.5M€ no valor de inventários, em especial na rubrica de matérias‐primas, é a principal justificação da redução na parte do activo. Pelo lado do Passivo, o relevo vai para a redução da dívida remunerada, que se considerada na sua vertente líquida de Caixa e Equivalentes, atingiu os 7.2M€.

Em relação a Março de 2008 a referida redução de 48M€ no balanço é, em termos de Activo, justificada em grande medida pela redução de inventários (31,7M€) e clientes (20M€), havendo, no entanto, de ser tido em consideração o aumento relativo às aquisições entretanto efectuadas da Cortex e US Floors. Em termos de Passivo, há a salientar a diminuição da dívida remunerada líquida (16M€), fornecedores (14M€) e restantes rubricas do Passivo (18M€).

Apesar dos resultados negativos apresentados, a Corticeira Amorim registou no final do trimestre o mesmo rácio de autonomia financeira apresentado no final de 2008 (43%), e melhorando sensivelmente relativamente a Março de 2008 (39.6%).

INFORMAÇÃO FINANCEIRA

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

Mil euros
Março
2009
Dezembro
2008
Março
2008
Activo
Activos Fixos Tangíveis 179.004 179.777 173.777
Propriedade de Investimento 9.326 9.349 9.698
Goodwill 18.220 13.498 13.442
Investimentos em Associadas 6.229 10.427 3.116
Activos Fixos Intangíveis 834 808 654
Outros activos financeiros 2.388 2.490 2.550
Impostos diferidos 10.148 8.224 10.870
Outros Activos 0 0 1.359
Activos Não Correntes 226.150 224.573 215.467
Inventários 192.151 205.659 223.839
Clientes 103.913 103.423 123.883
Impostos a recuperar 17.743 20.322 23.424
Outros Activos 14.232 16.148 16.092
Caixa e equivalentes 6.519 4.596 6.007
Activos Correntes 334.559 350.149 393.245
Total do Activo 560.709 574.722 608.712
Capitais Próprios
Capital social 133.000 133.000 133.000
Acções próprias -2.501 -2.501 -2.501
Reservas e outras componentes do capital próprio 104.809 100.480 97.150
Resultado Líquido do Exercício -4.595 6.153 3.380
Interesses Minoritários 10.294 9.593 10.204
Capitais Próprios 241.007 246.724 241.233
Passivo
Dívida Remunerada 111.687 118.266 160.561
Outros empréstimos obtidos e credores diversos 9.576 7.728 10.902
Provisões 4.631 4.732 3.212
Impostos diferidos 5.170 5.002 4.980
Passivos Não Correntes 131.064 135.728 179.655
Dívida Remunerada 110.580 109.292 77.312
Fornecedores 28.110 33.267 42.313
Outros empréstimos obtidos e credores diversos 40.203 37.955 54.714
Estado e outros entes Públicos 9.744 11.756 13.484
Passivos Correntes 188.638 192.270 187.824
Total do Passivo e Capitais Próprios 560.709 574.722 608.712

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADA POR NATUREZA

Mil euros
Março
2009
Março
2008
Vendas 102.174 123.620
Custo das mercadorias vendidas e das mat. consumidas -58.180 -67.893
Variação de produção 5.135 3.681
Margem Bruta 49.129 59.408
45,8% 46,7%
Fornecimento e Serviços Externos 19.179 19.573
Custos com Pessoal 24.344 25.434
Ajustamentos de imparidade de Activos 1.221 157
Outros proveitos (+) e custos (-) operacionais 1.102 -1.071
Cash Flow operacional corrente (EBITDA corrente) 5.487 13.173
Depreciações 5.577 6.025
Resultados operacionais corrente (EBIT corrente) -90 7.148
Custo da reestruturação 3.845 0
Juros Líquidos -2.429 -3.023
Ganhos (perdas) em associadas 308 229
Resultados antes de impostos -6.056 4.354
Imposto sobre os resultados -1.626 598
Resultados após impostos -4.430 3.756
Interesses minoritários 164 376
Resultado líquido atribuív el aos accionistas da Corticeira Amorim -4.595 3.380
Resultado por acção - Básico e Diluído (euros por acção) -0,035 0,026

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO

Mil euros
Março
2009
Março
2008
Resultado Líquido consolidado do período (antes de Int. Min.) -4.430 3.756
Variação do Justo Valor dos instrumentos financeiros derivados -2.166 -44
Variação das diferenças de conversão cambial 342 -105
Rendimento reconhecido directamente no Capital Próprio -1.824 -149
Total dos rendimentos e gastos reconhecidos no período -6.254 3.607
Atribuível a:
Accionista da Corticeira Amorim -6.418 3.231
Interesses Minoritários 164 376

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS

Mil euros
1T2009 1T2008
Reexpresso
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes 100 585 112 865
Pagamentos a fornecedores - 73 158 - 80 411
Pagamentos ao Pessoal - 27 758 - 23 599
Fluxo gerado pelas operações - 331 8 855
Pagamento/recebimento do imposto s/ o rendimento - 907 - 427
Outros rec./pag. relativos à actividade operacional 14 139 - 6 840
FLUXOS DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS 12 901 1 588
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Activos fixos Corpóreos 26 1 007
Investimentos financeiros 21 61
Juros e Proveitos relacionados 149 93
Subsídios de investimento 664 0
Pagamentos respeitantes a:
Activos fixos Corpóreos - 4 548 - 4 488
Investimentos financeiros - 4 - 401
Activos Incorpóreos 0 - 157
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTOS - 3 692 - 3 885
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 0 3 309
Outros 42 45
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos - 6 432 0
Juros e custos similares - 1 859 - 1 813
Aquisições de acções (quotas) próprias 0 - 38
Outros - 189 - 165
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO - 8 438 1 338
Variações de caixa e seus equivalentes 771 - 959
Efeito das diferenças de câmbio 11 - 93
Variação de perímetro - -
Caixa e seus equivalentes no início do período - 2 489 - 2 835
Caixa e seus equivalentes no fim do período - 1 707 - 3 887

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

Mil euros
Saldo
Inicial
Afectação
do
Resultado
N-1
Dividendos
Atribuídos
Resultado
N
Aumentos
/
Diminuições
Diferenças
de
Conversão
Saldo
Final
31 de Março de 2008
Capitais Próprios :
Capital 133.000 - - - - - 133.000
Acções (Quotas) Próprias - Valor Nominal -2.589 - - - - - -2.589
Acções (Quotas) Próprias - Desc. e Prémios 88 - - - - - 88
Prémios de Emissão de Acções (Quotas) 38.893 - - - - - 38.893
Ajustamento de transição para IFRS -8.675 - - - -47 - -8.722
Ajust. de Contabilidade de Cobertura 3.272 - - - -2.166 - 1.106
Reserv as
Reserv as Legais 7.445 1.113 - - - - 8.558
Outras Reserv as 62.038 5.040 - - 174 - 67.252
Diferença de Conv ersão Cambial -2.493 - - - - 215 -2.278
230.979 6.153 0 0 -2.039 215 235.308
Resultado Líquido do Exercício 6.153 -6.153 - -4.595 - - -4.595
Interesses Minoritários 9.593 - - 164 -58 595 10.294
Total do Capital Próprio 246.725 0 0 -4.431 -2.097 810 241.007
31 de Março de 2008
Capitais Próprios :
Capital 133.000 - - - - - 133.000
Acções (Quotas) Próprias - Valor Nominal -2.568 - - - -21 - -2.589
Acções (Quotas) Próprias - Desc. e Prémios 105 - - - -17 - 88
Prémios de Emissão de Acções (Quotas) 38.893 - - - - - 38.893
Ajustamento de transição para IFRS -12.312 - - - 3.764 - -8.548
Ajust. de Contabilidade de Cobertura -219 - - - -44 - -263
Reserv as
Reserv as Legais 7.445 - - - - - 7.445
Outras Reserv as 49.909 23.245 -7.980 - -3.765 - 61.409
Diferença de Conv ersão Cambial -1.681 - - - - -105 -1.786
212.572 23.245 -7.980 0 -83 -105 227.649
Resultado Líquido do Exercício 23.245 -23.245 - 3.380 - - 3.380
Interesses Minoritários 9.573 - - 376 - 255 10.204
Total do Capital Próprio 245.390 0 -7.980 3.756 -83 150 241.233

I. NOTA INTRODUTÓRIA

A CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A. (adiante designada apenas por CORTICEIRA AMORIM, designação que poderá também abranger o conjunto da CORTICEIRA AMORIM SGPS e suas participadas) resultou da transformação da CORTICEIRA AMORIM, S.A., numa sociedade gestora de participações sociais ocorrida no início de 1991 e cujo objecto é a gestão das participações do Grupo Amorim no sector da cortiça.

A CORTICEIRA AMORIM não detém directa ou indirectamente interesses em propriedades onde se faça o cultivo e exploração do sobreiro, árvore fornecedora da cortiça, principal matéria‐prima usada nas suas unidades transformadoras. A aquisição da cortiça faz‐se num mercado aberto, onde interagem múltiplos agentes, tanto do lado da procura como da oferta.

A actividade da CORTICEIRA AMORIM estende‐se desde a aquisição e preparação da cortiça, até à sua transformação num vasto leque de produtos derivados de cortiça. Abrange também a comercialização e distribuição, através de uma rede própria presente em todos os grandes mercados mundiais.

A CORTICEIRA AMORIM é uma empresa Portuguesa com sede em Mozelos, Santa Maria da Feira, sendo as acções representativas do seu capital social de 133 000 000 Euros cotadas na Euronext Lisboa – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas em Conselho de Administração do dia 4 de Maio de 2009.

Excepto quando mencionado, os valores monetários referidos nestas Notas são apresentados em milhares de euros (mil euros = k euros = K€).

Alguns valores referidos nestas Notas poderão apresentar pequenas diferenças relativamente à soma das partes ou a valores expressos noutros pontos destas Notas; tal facto deve‐se ao tratamento automático dos arredondamentos necessários à sua elaboração.

II. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas usadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas foram consistentemente usadas em todos os períodos apresentados nestas demonstrações e de que se apresenta em seguida um resumo.

a. Bas es de apr es ent aç ão

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, mantidas de acordo com os princípios contabilísticos locais, ajustados no processo de consolidação de modo a que estejam em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia em vigor a 1 de Janeiro de 2009, em particular com a Norma IAS 34 (Relato Financeiro Intercalar). Para o efeito foi considerado como data de transição do normativo local o dia 1 de Janeiro de 2004.

b. Cons oli daç ão

Empr es as do Gr upo

São considerados como empresas do Grupo, muitas vezes designadas também como subsidiárias, as empresas nas quais a CORTICEIRA AMORIM detenha directa ou indirectamente mais de 50% dos direitos de voto, ou detenha o poder de controlar a respectiva gestão, nomeadamente nas decisões da área financeira e operacional.

As empresas do Grupo são consolidadas pelo método integral (também chamado "linha‐a‐linha"), sendo a parte de terceiros correspondente ao respectivo Capital Próprio e Resultado Líquido apresentado no Balanço consolidado e na Demonstração de Resultados consolidada respectivamente na rubrica de "Interesses Minoritários". A data de inicio de consolidação ou de desconsolidação, deverá normalmente coincidir com o inicio ou fim do trimestre em que estiveram reunidas as condições para esse efeito.

Os prejuízos atribuíveis a minoritários durante o exercício, sê‐lo‐ão até à medida em que façam anular o valor constante da mesma rubrica do balanço, situação a partir da qual todo o prejuízo superveniente será absorvido pela CORTICEIRA AMORIM. Numa situação de inversão de prejuízos, a CORTICEIRA AMORIM reconhecerá a totalidade dos lucros até que a parte dos minoritários de prejuízos absorvidos pela CORTICEIRA AMORIM em exercícios anteriores tenha sido recuperada, situação a partir da qual se retomará a repartição normal dos lucros.

Nos casos excepcionais em que, havendo capacidade financeira, haja uma obrigação dos minoritários de quinhoar a sua quota‐parte dos prejuízos, a respectiva contrapartida, esgotada que seja o saldo do balanço, será reconhecido como um saldo a receber no activo consolidado da CORTICEIRA AMORIM.

Na aquisição de empresas do Grupo será seguido o método de compra. O custo de aquisição é mensurado pelo justo valor dos activos dados em troca, dos passivos assumidos, dos instrumentos de capital próprio emitidos para o efeito e ainda por todos os custos de transacção incorridos. Os activos e passivos identificáveis, bem como os passivos contingentes assumidos na aquisição serão mensurados inicialmente pelo justo valor à data de aquisição. O excesso do custo de aquisição sobre o justo valor da parte da CORTICEIRA AMORIM dos activos e passivos identificáveis adquiridos será reconhecido como Goodwill e reconhecido como um activo. Se o referido custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos e passivos adquiridos, deverá a respectiva diferença ser reconhecida como um ganho do exercício.

As transacções, saldos, dividendos e mais‐valias internas realizadas entre empresas do Grupo são eliminadas. As menos‐valias internas são também eliminadas, a não ser que haja evidência de que a transacção subjacente reflecte uma efectiva perda por imparidade.

Empr es as Ass oci adas

São consideradas como empresas associadas as empresas onde a CORTICEIRA AMORIM tem uma influência significativa mas não o controlo da gestão. Em termos jurídicos esta influência acontece normalmente nas empresas em que a participação se situa entre os 20% e os 50% dos direitos de voto. Os investimentos em associadas são registados pelo método de equivalência patrimonial (MEP). De acordo com este método os investimentos em associadas são registados, de inicio, ao custo, incluindo o respectivo Goodwill identificado à data de aquisição. Subsequentemente o referido custo será ajustado por quaisquer imparidades do valor do Goodwill que venham a ser apuradas, bem como pela apropriação da parte proporcional dos resultados da associada, por contrapartida de resultados de exercício na rubrica "Ganhos (perdas) em associadas". Aquele valor será também ajustado pelos dividendos recebidos da associada, bem como pela parte proporcional das variações patrimoniais registada na associada, por contrapartida da rubrica de "Reservas". Quando a parte da CORTICEIRA AMORIM nos prejuízos acumulados de uma associada exceder o valor do investimento, cessará o reconhecimento dos prejuízos, excepto se houver um compromisso de o fazer sendo, neste caso, o respectivo passivo registado numa conta de provisões para riscos e encargos.

c. Conv ers ão Cambi al

As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em milhares de euros. Sendo o euro a divisa legal em que está estabelecida a empresa‐mãe, e sendo esta a divisa em que são conduzidos cerca de dois terços dos negócios, o euro é considerada a moeda funcional e de apresentação de contas da CORTICEIRA AMORIM.

Todos os activos e passivos expressos em outras divisas foram convertidos para euros, utilizando as taxas de câmbio das datas de balanço. As diferenças de câmbio resultantes das diferenças de taxa de câmbio em vigor nas datas das transacções e as das datas das respectivas liquidações na data de balanço, foram registadas como ganho ou perda do exercício pelo seu valor líquido.

Os valores activos e passivos das demonstrações financeiras das subsidiárias cuja divisa de reporte seja diferente do euro, foram convertidas para euros, utilizando os câmbios das datas de balanço, sendo a conversão dos respectivos custos e proveitos feita à taxa média do respectivo exercício/período.

d. Activ o Fix o Tangív el

Os bens do activo fixo tangível são originalmente registados ao custo histórico de aquisição acrescido das despesas imputáveis à compra ou produção, incluindo, quando pertinente, os encargos financeiros que lhes tenham sido atribuídos durante o respectivo período de construção ou instalação e que são capitalizados até ao momento de entrada em funcionamento do respectivo bem.

Como parte da alocação do justo valor dos activos e passivos identificáveis num processo de aquisição de empresas do Grupo (IFRS 3) e relativamente aos terrenos e edifícios das empresas filiais foi efectuada, com referência a 1 de Janeiro de 1991, para as empresas já anteriormente integradas na CORTICEIRA AMORIM e na data de aquisição para as adquiridas posteriormente, uma avaliação a preços de mercado, por técnicos independentes.

Ao abrigo do parágrafo 16 do IFRS 1, e com data de 01/01/2004, foi efectuada uma revalorização de equipamentos fabris específicos e materialmente relevantes, totalmente depreciados ou que o estariam a curto prazo e dos quais se espera uma utilização produtiva a médio ou longo prazo.

As depreciações são calculadas segundo o método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos, que reflectem satisfatoriamente a respectiva vida útil esperada:

Número de anos
Edifícios 20 a 50
Equipamento básico 6 a 10
Equipamento de transporte 4 a 7
Equipamento administrativo 4 a 8

A depreciação inicia‐se no começo do exercício em que o respectivo bem entrou em funcionamento, excepto para grandes projectos de investimento para os quais o início de depreciação coincide com a respectiva entrada em laboração. Os valores residuais e as vidas úteis esperadas são revistas periodicamente e ajustadas, se apropriado, à data do balanço.

As despesas correntes com a manutenção e reparação são registadas como custo no exercício em que decorrem. As beneficiações que aumentem o período de vida útil estimado, ou dos quais se espera um aumento material nos benefícios futuros decorrentes da sua efectivação, são capitalizados.

Em caso de perda de imparidade, o valor do activo fixo tangível é ajustado em consonância, sendo o respectivo ajuste considerado uma perda do exercício.

Os ganhos e perdas registados na venda de um activo fixo tangível são incluídos no resultado do exercício. Os valores relativos a uma revalorização de um activo fixo tangível, incluídos numa conta de Reservas de Reavaliação, são transitados para Reservas no momento da venda desse activo.

e. Pr opri edades de I nv estiment o

Inclui o valor de custo de terrenos e edifícios não afectos à actividade produtiva.

f. Goodwill

O Goodwill representa o excesso do custo de aquisição em empresas do Grupo e Associadas e a quota‐parte do justo valor dos activos líquidos identificáveis à data de aquisição dessas empresas. Se positiva, essa diferença será incluída no activo na rubrica de "Goodwill". Se negativa será considerada um ganho do exercício.

O Goodwill deverá ser testado anualmente para efeitos de imparidade, sendo qualquer perda imputada a custos do respectivo exercício e o respectivo valor activo ajustado nessa medida.

g. Exist ênci as

As existências encontram‐se valorizadas pelo menor dos valores de aquisição ou produção e de mercado. O custo de aquisição engloba o respectivo preço de compra adicionado dos gastos suportados directa e indirectamente para colocar o bem no seu estado actual e no local de armazenagem. Sempre que o preço de mercado é inferior ao custo de aquisição ou de produção, essa diferença é expressa pelo ajustamento para depreciação de existências, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram.

As quantidades existentes no final do exercício/período foram determinadas a partir dos registos contabilísticos confirmados por contagem física. As saídas e existências de matérias‐primas e subsidiárias são valorizadas ao custo médio de aquisição e as de produtos acabados e em curso ao custo médio de produção que inclui os custos directos e indirectos de fabrico incorridos nas próprias produções.

h. Cli ent es e outr as dívi das a r ec eber

As dívidas de clientes e outras a receber são registadas pelo seu valor nominal, ajustadas subsequentemente por eventuais perdas por imparidade de modo a que reflictam o seu valor realizável. As referidas perdas são registadas na conta de resultados no exercício em que se verifiquem.

Os valores a médio e longo prazo são actualizados usando uma taxa de desconto semelhante à taxa de juro de financiamento da CORTICEIRA AMORIM para períodos semelhantes.

i. Caix a e equiv al ent es a c aix a

O montante incluído em "Caixa e equivalentes a caixa" compreende os valores de caixa, depósitos à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria com vencimento inferior a três meses, e para os quais os riscos de alteração de valor não é significativo. Na Demonstração de Fluxos de Caixa, inclui ainda os valores a descoberto de contas de depósitos bancários.

j. Dívi da Remuner ada

Inclui o valor dos empréstimos onerosos obtidos. Eventuais despesas atribuíveis à entidade emprestadora, são deduzidos à dívida e reconhecidos ao longo do período de vida do empréstimo, de acordo com a taxa de juro efectiva.

Os juros de empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo à medida em que são incorridos. No caso particular de investimentos em imobilizado, e somente para os projectos que à partida se espere se prolonguem por um período superior a 12 meses, os juros correspondentes à dívida resultante desse mesmo projecto, serão capitalizadas integrando assim o valor registado para esse activo específico. Essa contabilização será descontinuada no momento da finalização ou quando esse mesmo projecto se encontre numa fase de suspensão.

k. Impost os dif eri dos e impost o s obr e o r endiment o

O imposto sobre o rendimento apresentado na demonstração dos resultados consolidados é determinado com base no resultado líquido contabilístico, ajustado de acordo com a legislação fiscal, considerando para efeitos fiscais cada uma das filiais isoladamente, à excepção dos constituintes de regimes fiscais especiais.

Reconhece‐se, ao nível do balanço consolidado e da demonstração dos resultados consolidados, a diferença que aparecer resultante da consolidação, entre os impostos imputáveis ao exercício e aos exercícios anteriores e os impostos já pagos ou a pagar para o conjunto das empresas referentes a esses exercícios, desde que seja provável que daí resulte, para uma empresa consolidada, um encargo efectivo ou um proveito recuperável num futuro previsível (método da responsabilidade de balanço).

l. Benefíci os a empr egados

A generalidade dos empregados portugueses da CORTICEIRA AMORIM está abrangida unicamente pelo regime geral da segurança social. Os empregados em subsidiárias estrangeiras, (cerca de 25% do total de empregados da CORTICEIRA AMORIM), ou estão cobertos unicamente por regimes locais de segurança social, ou beneficiam de regimes complementares quer de contribuição definida quer de benefício definido.

No plano de contribuição definida, os contributos são reconhecidos como uma despesa com o pessoal quando exigíveis. O Passivo reconhecido no Balanço, relativo aos planos de benefício definido, corresponde ao valor presente das obrigações definidas menos o valor dos activos que lhe são afectos. Este valor é determinado geralmente por especialistas em fundos de pensões.

A CORTICEIRA AMORIM reconhece um passivo e o respectivo custo no exercício relativamente aos bónus atribuíveis a um conjunto alargado de quadros. Estes benefícios são baseados em fórmulas que têm em conta, não só o cumprimento de objectivos individuais, bem como o cumprimento por parte da CORTICEIRA AMORIM de um nível de resultados fixado previamente.

m. Pr ovis ões

São reconhecidos como provisões quando a CORTICEIRA AMORIM tem uma obrigação presente, legal ou implícita, resultante de um evento passado, e seja provável que desse facto resulte uma saída de recursos e que esse montante possa ser estimado com fiabilidade.

Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. São reconhecidas provisões para reestruturação sempre que para essa reestruturação haja um plano detalhado e tenha havido comunicação às partes envolvidas.

n. Rédit o

Os proveitos decorrentes de vendas compreendem o valor, líquido de imposto sobre o valor acrescentado, obtido pela venda de produtos acabados e mercadorias diminuído do valor das devoluções, abates e descontos concedidos, incluindo os relativos a pronto pagamento. São ainda ajustados pelos valores de correcções relativos a exercícios anteriores relativos a vendas.

Os serviços prestados são imateriais e correspondem, na generalidade, à recuperação de custos incorridos associados à venda de produtos.

O proveito relativo a uma venda é reconhecido quando os riscos e vantagens significativos decorrentes da posse do activo transaccionado são transferidos para o comprador e o seu montante possa ser estimado com fiabilidade, sendo o respectivo valor actualizado quando recebível a mais de um ano.

o. S ubsí di os gov er nament ais

Os subsídios recebidos referem‐se na generalidade a investimentos em activos fixos tangíveis. Se a fundo perdido são considerados como proveitos diferidos quando recebidos, sendo apresentados como outros proveitos operacionais na demonstração de resultados durante o período de vida útil estimado para os activos em causa. Se reembolsáveis e vencendo juros são considerados como Dívida remunerada, sendo considerados como Outros empréstimos obtidos quando não vencem juros. Neste caso os valores a médio longo prazo são actualizados usando uma taxa de desconto semelhante à taxa de juro de financiamento da CORTICEIRA AMORIM para prazos semelhantes.

p. L oc aç ões

Sempre que um contrato indicie a transferência substancial dos riscos e dos benefícios inerentes ao bem em causa para a CORTICEIRA AMORIM, a locação será classificada como financeira.

Todas as outras locações são consideradas como operacionais, sendo os respectivos pagamentos registados como custos do exercício.

q. I nstr ument os Fi nanc eir os deriv ados

A CORTICEIRA AMORIM utiliza instrumentos financeiros derivados, tais como contratos de câmbio à vista e a prazo, opções e swaps, somente para cobertura dos riscos financeiros a que está exposta. A CORTICEIRA AMORIM não utiliza instrumentos financeiros derivados para especulação. A empresa adopta a contabilização de acordo com contabilidade de cobertura (hedge accounting) respeitando integralmente o disposto nos normativos respectivos. A negociação dos instrumentos financeiros derivados é realizada, em nome das empresas individuais, pelo departamento de tesouraria central (Sala de Mercados), obedecendo a normas aprovadas pela respectiva Administração. Os instrumentos financeiros derivados são inicialmente reconhecidos no balanço ao seu custo inicial e depois remensurados ao seu justo valor. No que diz respeito ao reconhecimento, a contabilização faz‐se da seguinte forma:

Cobert ur as de J ust o Val or

Para as relações de cobertura classificadas como cobertura de justo valor e que são determinadas pertencerem a uma cobertura eficaz, ganhos ou perdas resultantes de remensurar o instrumento de cobertura ao justo valor são reconhecidos em resultados juntamente com variações no justo valor do item coberto que são atribuíveis ao risco coberto.

Cobert ur as de Fl ux os de Caix a

Para as relações de cobertura classificadas como cobertura de fluxos de caixa e que são determinadas pertencerem a uma cobertura eficaz, ganhos ou perdas no justo valor do instrumento de cobertura são reconhecidas no capital próprio; a parte ineficaz será reconhecida directamente nos resultados.

Cobert ur a de um I nv estiment o Lí qui do

Actualmente, a empresa não considera a realização de coberturas cambiais sobre investimentos líquidos em unidades operacionais estrangeiras (subsidiárias).

A CORTICEIRA AMORIM tem bem identificada a natureza dos riscos envolvidos, documenta exaustiva e formalmente as relações de cobertura, garantindo através dos seus sistemas de informação, que cada relação de cobertura seja acompanhada pela descrição da política de risco da empresa; objectivo e estratégia para a cobertura; classificação da relação de cobertura; descrição da natureza do risco que está a ser coberto; identificação do instrumento de cobertura e item coberto; descrição da mensuração inicial e futura da eficácia; identificação da parte do instrumento de cobertura, se houver, que será excluída da avaliação da eficácia.

A empresa considerará o desreconhecimento nas situações em que instrumento de cobertura expirar for vendido, terminar ou exercido; a cobertura deixar de preencher os critérios para a contabilidade de cobertura; para a cobertura de fluxos de caixa, a transacção prevista deixa de ser altamente provável ou deixa de ser esperada; por razões de gestão a empresa decide cancelar a designação de cobertura.

III. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

Empresa Localização País 1T09
Matérias‐Primas
Amorim Natural Cork, S.A. Vale de Cortiças ‐ Abrantes PORTUGAL 100%
Amorim & Irmãos ‐ IV, S.A. Alcântara ESPANHA 100%
Amorim & Irmãos, S.A. (Matérias Primas) (a) Ponte Sôr PORTUGAL 100%
Amorim Florestal Catalunya, SL Cassa de la Selva Girona ESPANHA 100%
Amorim Florestal España, SL San Vicente Alcántara ESPANHA 100%
Amorim Florestal Espanha, S.A. San Roque Cádiz ESPANHA 100%
Amorim Tunisie Tabarka TUNÍSIA 100%
Comatral ‐ C. de Marocaine de Transf. du Liège, S.A. Skhirat MARROCOS 100%
Cork International, SARL Tabarka TUNÍSIA 100%
SIBL ‐ Société Industrielle Bois Liége Jijel ARGÉLIA 51%
Société Fabrique Liège de Tabarka, S.A. Tabarka TUNÍSIA 100%
Société Nouvelle du Liège, S.A. (SNL) Tabarka TUNÍSIA 100%
Société Tunisienne d'Industrie Bouchonnière (e) Tabarka TUNÍSIA 45%
Rolhas
Amorim & Irmãos, SGPS, S.A. SantaMaria Lamas PORTUGAL 100%
Amorim & Irmãos, S.A. (a) Santa Maria Lamas PORTUGAL 100%
Amorim Argentina, S.A. Tapiales ‐ Buenos Aires ARGENTINA 100%
Amorim Australasia Adelaide AUSTRALIA 100%
Amorim Benelux, BV ‐ A&I (b) Tholen HOLANDA 100%
Amorim Cork América, Inc. California E. U. AMÉRICA 100%
Amorim Cork Austrália, Pty Ltd Vic AUSTRALIA 100%
Amorim Cork Deutschland GmbH & Co KG Mainzer ALEMANHA 100%
Amorim Cork Itália, SPA Conegliano ITALIA 100%
Amorim Cork South Africa Cape Town ÁFRICA DOSUL 100%
Amorim France, S.A.S. Champfleury FRANÇA 100%
Aplifin ‐ Aplicações Financeiras, S.A. Mozelos PORTUGAL 100%
Carl Ed. Meyer Korken Delmenhorst ALEMANHA 100%
Chapuis, S.L. Girona ESPANHA 100%
Equipar, Participações Integradas, Lda. Coruche PORTUGAL 100%
FP Cork, Inc. California E. U. AMÉRICA 100%
Francisco Oller, S.A. Girona ESPANHA 87%
Hungarocork, Amorim, RT Budapeste HUNGRIA 100%
Indústria Corchera, S.A. (f) Santiago CHILE 49,96%
KHB ‐ Kork Handels Beteiligung, GMBH Delmenhorst ALEMANHA 100%
Korken Schiesser Ges.M.B.H. Viena AUSTRIA 68,87%
Llosent & Forschner Korken GmbH Oberwaltersdorf AUSTRIA 68,87%
M. Clignet & Cie Bezannes FRANÇA 100%
Olimpiadas Barcelona 92, S.L. Girona ESPANHA 100%
Portocork América, Inc. California E. U. AMÉRICA 100%
Portocork France Bordéus FRANÇA 100%
Portocork Internacional, S.A. Santa Maria Lamas PORTUGAL 100%
S.A. Oller et Cie Reims FRANÇA 87%
S.C.I. Friedland Céret FRANÇA 100%
Société Nouvelle des Bouchons Trescases (e) Perpignan FRANÇA 50%
Victor y Amorim, Sl (f) Navarrete ‐ La Rioja ESPANHA 50%
Empresa Localização País 1T09
Revestimentos
Amorim Revestimentos, S.A. Lourosa PORTUGAL 100%
Amorim Benelux, BV ‐ AR (b) Tholen HOLANDA 100%
Amorim Cork Distribution Netherlands BV Tholen HOLANDA 100%
Amorim Cork GmbH Delmenhorts ALEMANHA 100%
Amorim Deutschland, GmbH & Co. KG ‐ AR (d) Delmenhorts ALEMANHA 100%
Amorim Flooring (Switzerland) AG Zug SUIÇA 100%
Amorim Flooring Austria GesmbH Viena AUSTRIA 100%
Amorim Flooring Investments, Inc. Hanover ‐ Maryland E. U. AMÉRICA 100%
Amorim Flooring Nordic A/s Greve DINAMARCA 100%
Amorim Flooring North America Inc Hanover ‐ Maryland E. U. AMÉRICA 100%
Amorim Revestimientos, S.A. Barcelona ESPANHA 100%
Amorim Wood Suplies, GmbH Bremen ALEMANHA 100%
CortexKorkvertriebs GmbH Fürth ALEMANHA 100%
Corticeira Amorim ‐ France SAS ‐ AR (c) Lavardac FRANÇA 100%
Dom KorKowy, Sp. Zo. O. (f) Kraków POLÓNIA 50%
Inter Craft Coatings S. Paio de Oleiros PORTUGAL 50%
US Floors, Inc. (e) Dalton ‐ Georgia E. U. AMÉRICA 25%
Zodiac Kork‐ und Holzprodukte GmbH Fürth ALEMANHA 100%
Aglomerados Compósitos
Amorim Cork Composites, S.A. Mozelos PORTUGAL 100%
Amorim (UK) Ltd. Horsham West Sussex REINOUNIDO 100%
Amorim Benelux, BV ‐ ACC (b) Tholen HOLANDA 100%
Amorim Cork Composites Inc. Trevor Wisconsin E. U. AMÉRICA 100%
Amorim Deutschland, GmbH & Co. KG ‐ ACC (d) Delmenhorts ALEMANHA 100%
Amorim Industrial Solutions ‐ Ind. de Cortiça de Borracha I Corroios PORTUGAL 100%
Chinamate (Xi'an)Natural Products Co. Ltd Xi'an CHINA 100%
Chinamate Development Co. Ltd Hong Kong CHINA 100%
Corticeira Amorim ‐ France SAS ‐ ACC (c) Lavardac FRANCE 100%
Drauvil Europea, SL San Vicente Alcantara ESPANHA 100%
Postya ‐ Serviços de Consultadoria, Lda. Funchal ‐ Madeira PORTUGAL 100%
Samorim (Joint Stock Company Samorim) (e) Samara RUSSIA 50%
Isolamentos
Amorim Isolamentos, S.A. Mozelos PORTUGAL 80%
Holding Cortiça
CorticeiraAmorim, SGPS, S.A. Mozelos PORTUGAL 100%
Ginpar, S.A. (Générale d' Investissements et Participation) Skhirat MARROCOS 100%
Amorim Cork Research, Lda. Mozelos PORTUGAL 100%
Sopac ‐ Sociedade Portuguesa de Aglomerados de Cortiça, Lda Montijo PORTUGAL 100%
Vatrya ‐ Serviços de Consultadoria, Lda Funchal ‐ Madeira PORTUGAL 100%

(a) – Juridicamente são uma só empresa: Amorim & Irmãos, SA.

(b) – Juridicamente são uma só empresa: Amorim Benelux, BV.

(c) – Juridicamente são uma só empresa: Corticeira Amorim ‐ France SAS.

(d) – Juridicamente são uma só empresa: Amorim Deutschland, GmbH & Co. KG.

(e) – Consolida pelo Método de Equivalência Patrimonial.

(f) – Consolida pelo método integral porque a administração da CORTICEIRA AMORIM SGPS, SA detém directa ou indirectamente, o controlo da gestão operacional da entidade.

Dada a sua imaterialidade não consolidaram as subsidiárias Amorim Cork Bulgaria, Moldamorim, Amorim Japan, Amorim Cork Beijing.

A subsidiária Amorim & Irmãos VII, SRL foi liquidada durante o 1º trimestre.

IV. CÂMBIOS UTILIZADOS NA CONSOLIDAÇÃO

Câmbios consolidação
31/03/2009
Taxa de
Fecho
Taxa Média
Argentine Peso ARS 4,91493 4,62221
Australian Dollar AUD 1,92160 1,96483
Brazilian Real BRL 3,07670 3,0166
Canadian Dollar CAD 1,66850 1,62226
Swiss Franc CHF 1,51520 1,49769
Chilean Peso CLP 771,280 790,731
Yuan Renminbi CNY 9,05150 8,91707
Danish Krone DKK 7,44820 7,4514
Algerian Dinar DZD 97,653 93,269
Euro EUR 1 1
Pound Sterling GBP 0,93080 0,90878
Hong Kong Dollar HDK 10,2686 10,1147
Forint HUF 308,180 294,191
Yen JPY 131,17 122,04
Moroccan Dirham MAD 11,144 11,0815
Norwegian Krone NOK 8,8900 8,9472
Zloty PLN 4,6885 4,49884
Ruble RUB 44,9860 44,3813
Swedish Kronor SEK 10,9400 10,94097
Tunisian Dinar TND 1,8529 1,8363
US Dollar USD 1,33080 1,30286
Rand ZAR 12,61400 12,974

V. RELATO POR SEGMENTOS

A CORTICEIRA AMORIM está organizada nas seguintes Unidades de Negócio:

  • Matérias‐Primas
  • Rolhas;
  • Revestimentos;
  • Aglomerados Compósitos;
  • Isolamentos.

Para efeitos do Relato por Segmentos foi eleito como segmento principal o segmento das Unidades de Negócio (UN), já que corresponde totalmente à organização do negócio, não só em termos jurídicos, como em termos da respectiva análise. No quadro seguinte apresenta‐se os principais indicadores correspondentes ao desempenho de cada uma das referidas UN, bem como a reconciliação, sempre que possível, para os indicadores consolidados:

Mil euros
1T2009 Mat-Primas Rolhas Revestim. Compósitos Isolam. Holding Ajust. Consolidado
Vendas Clientes Exterior 1.755 57.435 27.676 13.441 1.858 10 102.175
Vendas Outros Segmentos 20.228 905 365 1.910 185 180 -23.773
Vendas Totais 21.983 58.340 28.041 15.351 2.043 190 -23.773 102.175
Res. Op. EBIT corrente -100 4.019 -2.182 -1.526 265 -554 -12 -90
Activo 100.343 254.239 119.889 79.431 12.048 4.347 -9.588 560.709
Passivo 11.647 43.612 25.492 15.097 1.828 3.444 218.581 319.701
Investimento Corpóreo e
Incorpóreo
875 2.007 963 886 249 - - 4.980
Depreciações -814 -2.230 -1.530 -836 -151 -15 - -5.576
Gastos Signifi. q n/
Impliquem Desembolsos
-23 -316 -245 -641 3 2 0 -1.220
Ganhos (perdas) em
associadas
6 116 185 - - - 307
1T2008 Mat-Primas Rolhas Revestim. Compósitos Isolam. Holding Ajust. Consolidado
Vendas Clientes Exterior 2.165 68.338 33.019 17.855 2.156 86 123.620
Vendas Outros Segmentos 25.416 961 434 2.632 299 58 -29.800
Vendas Totais 27.580 69.300 33.453 20.487 2.455 144 -29.800 123.620
Res. Operacionais EBIT 1.600 4.180 2.196 -392 327 -1.073 311 7.148
Activo 141.944 279.445 107.843 85.489 11.241 4.517 -21.768 608.712
Passivo 21.729 65.987 20.453 18.171 1.886 7.446 231.806 367.479
Investimento Corpóreo e
Incorpóreo
898 2.332 1.334 3.141 77 1 - 7.783
Depreciações -894 -2.473 -1.464 -1.032 -146 -15 - -6.025
Gastos Signifi. q n/
Impliquem Desembolsos
-181 69 -169 11 8 -71 -13 -346
Ganhos (perdas) em
associadas
8 221 - - - - 229

Notas:

Ajustamentos = desempolamentos inter‐segmentos e valores não alocados a segmentos

EBIT = Resultado antes de juros, minoritários e imposto sobre rendimento

Foram considerados como único gasto materialmente relevante o valor das provisões e ajustamentos de imparidades de activos. Os activos do segmento não incluem os valores relativos a IDA e saldos não comerciais com empresas do grupo.

Os passivos dos segmentos não incluem IDP, empréstimos bancários e saldos não comerciais com empresas do grupo.

A opção pela divulgação do EBIT permite uma melhor comparação do desempenho das diferentes Unidade de Negócio, dado as estruturas financeiras não homogéneas apresentadas pelas diferentes Unidade de Negócio. Este tipo de divulgação é também coerente com a distribuição de funções existentes, já que tanto a função financeira, no sentido estrito de negociação bancária, como a função fiscal, utilização de instrumentos como, por exemplo, o RETGS, são da responsabilidade da Holding.

A UN Rolhas tem nas diferentes famílias de rolhas o seu principal produto, sendo os países produtores e engarrafadores de vinho os seus principais mercados. De destacar nos mercados tradicionais, a França, Itália, Alemanha, Espanha e Portugal. Nos novos mercados do vinho o destaque vai para os USA, Austrália, Chile, África do Sul e Argentina.

A UN Matérias‐primas é de longe a mais integrada no ciclo produtivo da CORTICEIRA AMORIM, sendo mais de 90% das suas vendas dirigidas para as outras UN, sendo de destacar as vendas de prancha e discos para a UN Rolhas.

As restantes Unidades de Negócio produzem e comercializam um conjunto alargado de produtos que utilizam a matéria‐prima sobrante da produção de rolhas, bem como a matéria‐prima cortiça que não é susceptível de ser utilizada na produção de rolhas. De destacar como produtos principais os revestimentos de solo, cortiça com borracha para a indústria automóvel e para aplicações antivibráticas, aglomerados negros para isolamento térmico e acústico, aglomerados técnicos para a indústria de construção civil e calçado bem como os granulados para a fabricação de rolhas aglomeradas, técnicas e de champanhe.

Os principais mercados dos Revestimentos e Isolamentos concentram‐se na Europa e os da Cortiça com Borracha nos USA. Todas as Unidades de Negócio realizam o grosso da sua produção em Portugal, estando, por isso, neste país a quase totalidade do capital investido. A comercialização é feita através de uma rede de distribuição própria que está presente em praticamente todos os grandes mercados consumidores e pela qual são canalizados cerca de 70% das vendas consolidadas.

VI. NOTAS SELECCIONADAS

Informações mínima a incluir nas notas às contas intercalares, materialmente relevante, e que não conste noutros capítulos destas contas:

As presentes demonstrações financeiras consolidadas intercalares foram preparadas usando método e políticas contabilísticas semelhantes aos usados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas do exercício anual imediatamente anterior;

A actividade da CORTICEIRA AMORIM estende‐se por um leque bastante alargado de produtos e por um mercado que abrange os cinco continentes e mais de 100 países. Não se considera, por isso que haja uma sazonalidade notória na sua actividade dado a extrema variedade de produtos e mercados. Tradicionalmente tem‐se observado, no entanto, que a actividade do primeiro semestre e em especial a do segundo trimestre, é superior à média dos restantes trimestres, alternando o terceiro e o quarto trimestre como o trimestre mais fraco de vendas;

As contas relativas ao exercício de 2008, foram aprovadas na Assembleia Geral da CORTICEIRA AMORIM, realizada no dia 19 de Março de 2009.

Mozelos, 4 de Maio de 2009

O Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

António Rios de Amorim Presidente do Conselho de Administração

Joaquim Ferreira de Amorim

Vogal do Conselho de Administração

Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira Vogal do Conselho de Administração

Luísa Alexandra Ramos Amorim Vogal do Conselho de Administração

José da Silva Carvalho Neto Vogal do Conselho de Administração

André de Castro Amorim Vogal do Conselho de Administração

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