AI Terminal

MODULE: AI_ANALYST
Interactive Q&A, Risk Assessment, Summarization
MODULE: DATA_EXTRACT
Excel Export, XBRL Parsing, Table Digitization
MODULE: PEER_COMP
Sector Benchmarking, Sentiment Analysis
SYSTEM ACCESS LOCKED
Authenticate / Register Log In

PHAROL, SGPS, S.A.

Management Reports Sep 1, 2009

1925_ir_2009-09-01_1dc5863f-d8aa-42f2-ac97-8f09068ccc00.pdf

Management Reports

Open in Viewer

Opens in native device viewer

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

1.º SEMESTRE 2009

Banif - SGPS, S.A.

e

Banif – Grupo Financeiro Consolidado

BANIF - SGPS, S.A.

Sociedade Aberta * Sede Social: Rua de João Tavira, 30 9004 – 509 Funchal Número único de matrícula e pessoa colectiva 511 029 730 * Capital Social 350.000.000 Euros

ÍNDICE

I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 6
II. ACTIVIDADE DO BANIF - GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009 12
1. SOCIEDADES HOLDING 12
1.1 Banif - SGPS, S.A. 12
1.2 Banif Comercial, SGPS, S.A. 13
1.3 Banif Investimentos, SGPS, S.A. 14
2. ACTIVIDADE CORPORATIVA 15
2.1 Recursos Humanos 15
2.2 Operativa e Tecnologia 17
2.3 Controlo dos Riscos de Actividade 19
2.4 Compliance 22
2.5 Auditoria 24
2.6 Imagem e Comunicação 25
3. BANCA COMERCIAL 27
3.1 Actividade em Portugal 27
3.1.1 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. 27
3.1.1.1 Actividade Comercial na Região Autónoma da Madeira 27
3.1.1.2 Actividade Comercial na Região Autónoma dos Açores 28
3.1.1.3 Actividade Comercial no Continente 30
3.1.1.4 Novos Canais de Distribuição e de Apoio às Áreas de Negócio 33
3.1.1.5 Produtos de Crédito e de Poupança 37
3.1.1.6 Recuperação de Crédito Vencido e em Contencioso 40
3.1.1.7 Actividade Financeira 41
3.1.1.8 Síntese da Actividade e Resultados do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. 42
3.1.1.9 Perspectivas Futuras para o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. 46
3.1.2 Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A. 48
3.1.3 Banif Rent – Aluguer, Gestão e Com. de Veículos Automóveis, S.A. 49
3.2 Actividade Internacional 50
3.2.1 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. 50
3.2.2 Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd. 51
3.2.3 Banif International Bank, Ltd. 52
3.2.4 Banif Finance (USA) Corp. 53
3.2.5 Banif Financial Services Inc. 54
3.2.6 Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. 55
3.2.7 Finab – International Corporate Management Services, Ltd. 58
3.2.8 Banca Pueyo, S.A. 59
3.2.9 Banco Caboverdiano de Negócios, S.A. 60
3.2.10 Banif Bank (Malta), Ltd. 61
3.2.11 Outras Actividades Offshore e Internacionais 63
4. BANCA DE INVESTIMENTO 65
4.1 Banif – Banco de Investimento, S.A. 65
4.1.1 Corporate Finance 66
4.1.2 Structured Finance 66
4.1.3 Mercado de Capitais 67
4.1.4 Private e Corporate Clients 69
4.1.5 Gestão de Activos 70
4.1.6 Pequenas e Médias Empresas 72
4.1.7
4.1.8
Crédito
Private Equity
72
73
4.2 A actividade de Banca de Investimento nos EUA, no Brasil e em Espanha 74
4.2.1 Banif Securities, Inc. 74
4.2.2 Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 75
4.2.3 Banco de la Pequeña y Mediana Empresa, S.A. (Bankpime) 78
5. SEGUROS 80
5.1 Companhia de Seguros Açoreana, S.A. 80
6. OUTRAS ACTIVIDADES DO BANIF - GRUPO FINANCEIRO 82
6.1 Banif Imobiliária, S.A. 82
6.2 Banifserv–Empresa de Serviços, Sist. e Tecnologias de Informação, A.C.E. 83
III ANÁLISE ÀS CONTAS CONSOLIDADAS E PERSPECTIVAS FUTURAS
1. Análise às Contas Consolidadas 85
2. Perspectivas Futuras 88
IV DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 91
1. Balanço 91
2. Demonstração de Resultados 92
3. Demonstração de Variações em Capitais Próprios 93
4. Demonstração de Fluxos de Caixa 94
5. Demonstração Consolidada de Ganhos e Perdas Reconhecidas 95
6. Anexo às Demonstrações Financeiras 96
V OUTRAS INFORMAÇÕES 147
1. Órgãos Sociais e Estatutários 147
2. Carteira de Acções Próprias 148
3. Titulares de Participações Sociais Qualificadas 151
4. Valores mobiliários emitidos pela Banif SGPS, SA e por sociedades do Banif –
Grupo Financeiro detidos por titulares de Órgãos Sociais 152
5. Transacções de acções ou de instrumentos financeiros com elas relacionados
efectuadas pela Rentipar Financeira, SGPS, SA, pelos seus dirigentes e por
pessoas estreitamente relacionadas com aqueles 156
  • 6. Recomendações do FSF e do CEBS relativas à transparência da informação e à valorização de activos 158
  • 7. Declarações Obrigatórias 168

Índice de Abreviaturas Utilizadas

AIC Auditoria Interna Corporativa (Banif SGPS)
Banco Banif – banco Internacional do Funchal, S.A.
Banco de Investimento Banif - Banco de Investimento, S.A.
Banco de Investimento (Brasil) Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A.
Banif Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.
Banif Brasil Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A.
Banif Malta Banif Bank (Malta), Plc.
Banif Capital Banif Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.
Banif (Cayman) Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman), S.A.
Banif Comercial Banif Comercial, SGPS, S.A.
Banif Go Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A.
Banif Imobiliária Banif Imobiliária, S.A.
Banif Investimentos Banif Investimentos, SGPS, S.A.
Banif Rent Banif Rent - Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, S.A.
Banifserv BanifServ - Empresa de Serviços, Sistemas e Tecnologias de Informação, A.C.E.
Banif SGPS Banif - SGPS, S.A.
Bankpime Banco de la Pequeña y Mediana Empresa, S.A.
Banif Açor Pensões Banif Açor Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.
BBCA Banco Banif e Comercial dos Açores, S.A.
BCE Banco Central Europeu
BCN Banco Caboverdiano de Negócios, S.A.
BFC Banif Forfaiting Company
BFS Banif Financial Services, Inc.
BFUSA Banif Finance (USA), Inc.
Banif Gestão de Activos Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento
Mobiliário, S.A.
BIB Banif International Bank, Ltd.
BIH Banif International Holdings, Ltd.
BoE Banco de Inglaterra (Bank of England)
CEBS Committee of European Banking Supervisors
Centro Venture Centro Venture – Sociedade de Capital de Risco, S.A.
Companhia Companhia de Seguros Açoreana, S.A.
CSA Companhia de Seguros Açoreana, S.A.
DCA Direcção de Canais Agenciados (Banif)
DCRAM Direcção Comercial da Região Autónoma da Madeira (Banif)
DEP Direcção de Empresas e Banca Privada (Banif)
DF Direcção Financeira (Banif)
DGR Direcção de Gestão Global de Risco (Banif)
DI Direcção Internacional (Banif)
DMC Direcção de Marketing e Comunicação (Banif)
DME Direcção de Marketing Estratégico (Banif)
Dólares Dólares norte-americanos (USD)
DRA Direcção da Rede de Agências (Banif)
DRD Direcção de Rede Directa (Banif)
FED Reserva Federal Norte-americana (Federal Reserve)
Finab Finab International Corporate Management Services Ltd.
FSF Financial Stability Forum
Gamma Gamma – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A.
Grupo Banif - Grupo Financeiro
IPC Índice de Preços no Consumidor
PIB Produto Interno Bruto
RH Corporativos Recursos Humanos Corporativos
Tecnicrédito Tecnicrédito SGPS, S.A.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

O primeiro semestre de 2009 ficou marcado pelo agravamento dos principais indicadores macro das economias mais desenvolvidas, confirmando o início de um ciclo recessivo sem precedentes nas últimas décadas. Neste contexto particularmente adverso e como forma de atenuar os efeitos desta recessão, os Governos mostraram um forte empenho na criação e implementação de planos de estímulo às economias, nomeadamente através da injecção de liquidez nos mercados, da redução das taxas de juro e, quando necessário, da intervenção e garantia a bancos. Esta estratégia começou a dar frutos nos últimos meses do semestre, tendo-se registado uma mudança das expectativas dos agentes económicos com uma evidente melhoria ao nível dos principais índices de confiança. Neste sentido, os mercados mostraram sinais de alguma estabilidade, a capitalização bolsista e o nível de liquidez do sistema financeiro evoluíram para patamares mais confortáveis e o clima de pânico e desconfiança vivido no final de 2008 e início de 2009 parece estar ultrapassado.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) projectou, em Abril deste ano, um decréscimo do PIB dos países desenvolvidos (Estados Unidos, Canadá, Japão e países da Europa) de 3,8% em 2009 e uma estabilização para o ano de 2010, em comparação com o ano anterior. No início de Julho de 2009, este organismo alterou as suas estimativas para 2010, estando a prever um crescimento do PIB dos países desenvolvidos de 0,6% face a 2009. Uma melhoria aparentemente marginal, mas relevante. No que se refere à economia mundial, aquela organização estima agora um crescimento mundial de 2,5% em 2010, contra a estimativa anterior de 1,9%. As mudanças mais importantes foram em relação às economias dos Estados Unidos e do Japão, para as quais o FMI passou a ter uma estimativa de incremento do PIB de 0,8% e 1,7% em 2010, contra a projecção anterior de 0% e 0,5%, respectivamente. Refira-se que, no entanto, a contracção destas duas economias vai ser expressiva em 2009 (o FMI projecta uma queda do PIB americano de 2,6% e de 6,0% no Japão em 2009 face a 2008). Em relação à Europa, especialmente em relação aos países da Zona Euro, o FMI espera uma contracção do PIB de 4,8% em 2009 e de 0,3% em 2010, o que representa um agravamento face à estimativa divulgada em Abril de 2009 no que diz respeito ao ano corrente, mas uma ligeira melhora para o ano seguinte. De facto, anteriormente as projecções apontavam para um declínio do PIB de 4,2% e 0,4%, respectivamente. Tendo por base a informação anteriormente apresentada, torna-se evidente que a recuperação económica é mais expressiva em determinados países, especialmente naqueles onde os programas governamentais de estímulo à economia foram mais agressivos ou cuja implementação foi mais rápida, como é o caso dos Estados Unidos. No caso da China, o pacote de estímulo à economia doméstica foi decisivo para a elevação das estimativas de crescimento do PIB em um ponto percentual face a Abril (projecção anterior). Neste sentido, o FMI estima um crescimento do PIB da China de 7,5% e 8,5% em 2009 e 2010, respectivamente. Os primeiros sinais de recuperação surgiram na China, o que favoreceu a subida dos preços das commodities em todos os mercados dadas as elevadas necessidades de matérias-primas para obras públicas e infra-estruturas e o défice na produção de determinados alimentos que o país apresenta. Com o preço das commodities em alta, as bolsas reagiram e as acções de empresas do segmento de petróleo e metalúrgico estiveram em destaque no período. A maior liquidez no mercado monetário também ajudou as acções do sector financeiro (bancos), cujos títulos estavam muito deprimidos. Todavia, boa parte desta recuperação dos mercados de acções e dívida decorre do facto das expectativas anteriores estarem exageradamente baixas. De facto, apesar do clima de pânico vivido estar já ultrapassado com o sentimento crescente de esperança numa recuperação, a crise económica ainda não terminou. De um modo geral, nas economias mais desenvolvidas o fraco nível da produção industrial e da venda de veículos denotam que a actividade económica continua deprimida e que os inventários no retalho e na indústria demorarão a ajustar-se a esta nova realidade. O nível de desemprego tem mantido uma trajectória de crescimento no primeiro semestre de 2009. Adicionalmente, as finanças públicas dos Estados estão a apresentar uma deterioração gradual, por um lado devido à queda das receitas de impostos e, por outro lado, pelo aumento das despesas, nomeadamente com os programas de estímulo económico.

Nos Estados Unidos a Reserva Federal manteve inalterada a taxa de juro de referência em 0,25% ao ano, ao longo do primeiro semestre de 2009, enquanto que o índice de preços do consumidor (CPI) indicou deflação e a medida de inflação usada pela Reserva Federal (PCE) mostrou uma inflação anual abaixo de 2% ao ano. Apesar dos riscos inflacionistas serem reduzidos e a taxa de juro estar num nível historicamente baixo, a economia mantêm-se recessiva. A produção industrial caiu continuamente ao longo do primeiro semestre do ano, o desemprego aumentou de 7,2% no fim de 2008 para 9,5% em Junho de 2009 e o PIB apresentou uma queda de 5,5% no primeiro trimestre do ano face ao período homólogo do ano anterior. As medidas de estímulo aprovadas pelo Congresso e implementadas pelo Governo devem começar a evidenciar resultados positivos ao longo de 2009, mas o efeito nocivo nas contas do Governo deve igualmente manifestar-se de forma mais significativa em 2010.

No Japão o Banco Central manteve a taxa de juro de referência inalterada em 0,10% ao ano durante todo o primeiro semestre de 2009. A taxa de desemprego subiu de 4,4% em 2008 para 5,2% em Maio de 2009. A produção de veículos apresentou uma queda de cerca de 50%, em comparação com o ano anterior. A produção industrial registou uma ligeira recuperação no final do semestre, embora ainda com números preocupantes, nomeadamente, um declínio homólogo de 29,5% em Maio de 2009, contra uma queda de 38,4% em Fevereiro e 34,2% em Março. O PIB no primeiro trimestre apresentou uma queda de 3,8% face ao quarto trimestre de 2008, correspondendo a uma taxa de contracção anual de 14,2%.

Na Europa, a redução da taxa de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE) foi menos agressiva que a implementada pela Reserva Federal nos Estados Unidos em 2008, e pelo Banco da Inglaterra (BoE) no primeiro semestre de 2009. A taxa de juro na Europa foi reduzida de 2,5% em Dezembro de 2008 para 2% no início de 2009, passando para 1,5% em Março, 1,25% em Abril e 1% ao ano em Maio, terminando o primeiro semestre de 2009 neste patamar. O BoE no Reino Unido iniciou o ano com 2%, mas passou para 1,5% em Janeiro, 1% em Fevereiro e 0,5% em Março, mantendo-se neste nível até o final de Junho. Paralelamente à queda das taxas de juro, o BoE iniciou uma política monetária expansiva (quantitative easing), elevando a liquidez no sistema financeiro com o objectivo de reduzir as taxas no mercado e aliviar as restrições de crédito sentidas especialmente pelas instituições financeiras de menor dimensão. O comité de política monetária inglesa tinha permissão para comprar activos no mercado até GBP 150 mil milhões, tendo já usado GBP 125 mil milhões até Junho de 2009. A inflação na Zona Euro chegou a -0,1% em Junho de 2009 em termos homólogos, devido à recessão económica, contra um pico de 4,0% em Junho de 2008 em resultado da subida dos preços da energia, em especial o petróleo. De salientar que o petróleo ultrapassou US\$140/barril na primeira parte do ano de 2008, mas fechou o ano abaixo de US\$40, recuperando até os US\$70 em Junho de 2009. Numa análise por país, os preços mostraram alguma estabilidade na Alemanha em Maio, e queda em Espanha e Irlanda desde Março. Tal como nos Estados Unidos, a autoridade monetária europeia teve espaço para reduzir o nível das taxas de juro, face a uma actividade económica deprimida e a uma inflação em queda. A produção industrial na Zona Euro, excluindo-se o sector de construção, apresentou uma queda de cerca de 2% em todos os quatro primeiros meses de 2009 e relativa estabilização em Maio. O nível de desemprego, de acordo com a Eurostat, aumentou de 8% no fim de 2008 para 9,5% no início de Junho de 2009, o nível mais elevado dos últimos 10 anos. As vendas a retalho na Europa apresentaram uma queda mensal entre 2% e 4% durante os primeiros seis meses do ano.

Em Portugal, assim como noutros países da Europa, a recessão ainda se faz sentir, embora gradualmente com menos intensidade que no início de 2009. A produção industrial apresentou uma queda de 7,9% em Maio de 2009, face ao período homólogo do ano anterior, o que, apesar de representar uma forte retracção, é uma evolução positiva face ao declínio de 19,1% registado em Janeiro de 2009. As vendas a retalho também melhoraram, embora ainda com uma queda em relação ao ano anterior, passando de -5% em Fevereiro e Março para cerca de -2,3% em Abril e Maio. A venda de veículos ligeiros e comerciais pesados acumulou uma queda de 39% e 41%, respectivamente, até Maio de 2009, em comparação com o ano passado. Do lado das contas públicas, as receitas de impostos apresentaram uma queda de 15% no primeiro trimestre de 2009, contra o mesmo período em 2008. A taxa de desemprego em Portugal atingiu 8,9% em Março de 2009, uma forte subida quando comparada com 7,3% em Junho de 2008. Diante deste quadro recessivo, as empresas devem reduzir seus investimentos em 10,1% em 2009, em comparação com 2008, de acordo com inquérito efectuado pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) e divulgado no início de Julho. Do lado negativo espera-se um menor nível de investimento no segmento de comércio de veículos e combustíveis (-62%) e construção (-37%) e do lado positivo, electricidade, água e gás (+6,8%) e transportes e armazenagem (+5,2%). A inflação (IPC) chegou a -1,6% em Junho de 2009, em comparação com Junho de 2008, com destaque para a queda dos preços de produtos energéticos, de 11,4%. O IPC apresenta uma variação negativa desde Março e até Maio de 2009 acumula 1,3% nos últimos doze meses, contra 2,7% em Junho de 2008. O Banco de Portugal manteve em Julho a sua estimativa para a evolução da economia portuguesa em 2009, uma retracção do PIB de 3,5%, que só encontra paralelo na recessão de 1975. Para 2010 o Banco de Portugal espera uma nova queda para a economia, embora de intensidade muito menor (-0,6%).

No Brasil, de destacar, neste primeiro semestre do ano de 2009, a intervenção do Governo através do seu plano de estímulo para a economia, com redução de impostos para a venda de veículos e bens duráveis, para além da forte redução da taxa de juro. A taxa de juro SELIC foi reduzida de 13,75% ao ano no final de 2008 para 9,25% a.a. em Junho, uma taxa nominal jamais vista na história recente do país. A inflação, medida pelo Governo (IPCA), apresentou uma queda e atingiu 0,36% em Junho (4,8% anual), de 0,48% em Janeiro (5,8% anual). A inflação e as expectativas dos agentes económicos convergem agora para a meta de inflação de 4,5% do Banco Central. A estimativa do mercado para 2010 é de 4,4%, ligeiramente abaixo da meta para 2010. No final de 2008 a estimativa média de mercado, medida pelo Banco Central no seu relatório Focus, era de 6% para 2009 e 5% para 2010 (IPCA). Todavia os efeitos da crise mundial na economia brasileira não eram tão evidentes para os economistas, pois o boletim Focus de Dezembro de 2008 mostrava que estes esperavam um crescimento do PIB de 2,4% em 2009, contra uma projecção de -0,34% naquele boletim do dia 10 de Julho. Deste modo, verificou-se claramente uma deterioração das expectativas em relação à actividade económica, dado que as exportações apresentaram uma forte queda, seja pelo declínio dos preços médios das commodities em comparação com o período homólogo do ano anterior, como pela queda dos volumes. A média diária das exportações de Janeiro a Junho decresceu 22,2% em relação a 2008. Como em outras partes do mundo, o desemprego subiu de forma abrupta, de 6,8% em Dezembro de 2008 para 8,8% em Maio de 2009. O PIB apresentou um decréscimo homólogo de 1,8% nos três primeiros meses do ano, sendo que desde 2003 que não se registava uma variação anual negativa num trimestre.

Nos mercados cambiais observou-se um aumento da volatilidade durante os primeiros meses do semestre, motivado, num primeiro momento, pelas expectativas económicas terem apontado para uma recessão mais forte em determinados países e, num segundo momento, mais recentemente, pela mudança expressiva de expectativas que actualmente apontam para uma recuperação mais rápida do que o esperado. Nos momentos mais conturbados da crise, alguns países, em especial os emergentes, questionaram se o Dólar Americano poderia permanecer como moeda dominante de reserva dos bancos centrais. No entanto, as outras moedas Euro, Libra Esterlina e Iene, individualmente não se afiguram como alternativas exclusivas, uma vez que as suas economias de base se encontram em forte contracção económica. O chamado bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) encontrou-se para estudar alternativas, como por exemplo usar as próprias moedas (entre si) para diversificar o "risco Dólar". Apesar desta iniciativa, por enquanto, o bloco BRIC não executou qualquer compromisso formal para além de analisar esta possibilidade. No final de Junho a China, pela primeira vez, superou a marca de US\$2 biliões de reservas, contra US\$208 mil milhões do Brasil e US\$410 mil milhões da Rússia e no final de Abril a Índia possuía US\$251 mil milhões. Enquanto os países emergentes continuam a aumentar as suas reservas, os Estados Unidos acumularam um défice fiscal recorde superior a US\$1,1 bilião em Junho (nove meses do ano fiscal que se inicia em Outubro). Mesmo assim, no final do primeiro semestre de 2009, o Dólar Americano permaneceu praticamente inalterado em relação ao Euro e ao Renminbi Chinês, valorizou 6,3% face ao Iene e 6% face ao Rublo. A Libra Esterlina valorizou 12,8% face ao Dólar Americano, para GBP 1,65/USD, mas não voltou ao patamar de GBP 2/USD transaccionado em 2007 e no primeiro semestre de 2008, chegando a negociar abaixo de GBP 1,40/USD durante o primeiro semestre de 2009. O Real Brasileiro também se valorizou perante o Dólar Americano, suportado na balança comercial do Brasil que apresentou um desempenho positivo (com a queda das importações superior à das exportações) e no fluxo de dólares americanos para o país com o regresso dos estrangeiros a investir em acções brasileiras, dado que a perspectiva é de apenas uma modesta retracção do PIB.

Os mercados accionistas tiveram comportamento misto no primeiro semestre de 2009. O PSI 20 subiu 12%, contra 6% do IBEX 35 em Espanha, 0% do DAX na Alemanha, -2% do DJ Euro Stoxx 50 e -4% do FTSE 100 no Reino Unido. Este desempenho diferenciado pode ser explicado, pela positiva, pelo peso nos índices das acções de commodities e construção, mas também pela performance registada em 2008 pelos diferentes índices: PSI 20 -51%, IBEX 35 -39%, DAX -40%, DJ Euro Stoxx 50 -44% e FTSE 100 -31%. As economias emergentes, em geral, registaram um melhor desempenho nos primeiros meses do ano, o que foi reflectido no preço dos títulos. A capitalização bolsista chinesa ultrapassou a do Japão no dia 15 de Julho de 2009, atingindo a posição de segunda maior do mundo. O Ibovespa subiu 37% no primeiro semestre de 2009, recuperando parte das perdas acumuladas em 2008. Para além das fusões e aquisições entre empresas que ocorreram no Brasil, permitindo ganhos de escala, muitas empresas brasileiras beneficiaram da forte redução das taxas de juro no período, do pacote de estímulo governamental e da recuperação do preço internacional de algumas commodities.

No final do 1.º semestre de 2009, a rede de pontos de venda e a estrutura do Banif – Grupo Financeiro eram as constantes das páginas seguintes:

Redes de Distribuição do Grupo Banif

Pontos de Atendimento em 30 de Junho de 2009
-- ---------------------------------------------- -- -- --
Continente Madeira Açores Estrangeiro Total
BANIF Comercial 294 43 53 160 550
1. BANIF 289 42 53 7 391
- Agências 251 37 45 0 333
- Centros de Empresas 20 1 4 0 25
- Centros de Clientes Institucionais 0 0 1 0 1
- BANIF Privado 15 1 1 0 17
- Call Centre 1 0 0 0 1
- S.F.E. 0 2 1 0 3
- Lojas de Habitação 2 1 0 0 3
- Escritórios de Representação/Outros 0 0 1 7 8
2. BANIF GO 3 1 0 0 4
3. BANIF-Banco Internacional do Funchal (Brasil) 0 0 0 21 21
- Agências 0 0 0 12 12
- BANIF Financeira 0 0 0 8 8
- Outros 0 0 0 1 1
4. BANIF BANK (Malta) 0 0 0 6 6
5. Banco Caboverdiano de Negócios 0 0 0 19 19
6. Banca Pueyo (Espanha) (*) 0 0 0 83 83
7. Bankpime (Espanha) (*) 0 0 0 23 23
8. Outros 2 0 0 1 3
BANIF Investimentos 7 1 1 17 26
1. BANIF-Cayman 0 0 0 1 1
2. BANIF International Bank 0 0 0 1 1
3. BANIF Banco de Investimento 2 1 1 1 5
4. BANIF Banco de Investimento (Brasil) 0 0 0 5 5
5. Outros 5 0 0 9 14
Seguros 37 7 17 0 61
1. CSA 37 7 17 0 61
- Sucursais 37 1 17 0 55
- Outros 0 6 0 0 6
TOTAL 338 51 71 177 637

(*) Não Consolida integralmente

  • 1.000 acções ordinárias de valor nominal unitário de USD 1 e acções preferenciais sem voto: g) A percentagem de controlo de capital votante é de 100%, sendo o capital social
  • d) A percentagem de controlo de capital votante é de 100%, sendo o capital social 10.000 acções preferenciais com o valor nominal unitáro de EUR 0,01. constituído por: 26.000.000 de acções ordinárias de valor nominal USD 1 e
  • 50.000 acções-USD 0,01/acção e 155.000 acções-EUR 0,01/acção. constituído por: 25.000.000 de acções ordinárias de valor nominal unitário de EUR 1,00 e

Cap. Social: R\$ 250.000,00

Equity, SA

100%

II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009

1. SOCIEDADES HOLDING

1.1 Banif - SGPS, S.A.

No decurso do 1.º semestre de 2009, a sociedade deu enfoque à gestão das suas participações financeiras, consubstanciada na gestão da tesouraria e na definição e implementação de estratégias nas diferentes participadas do Banif – Grupo Financeiro, nos termos que se concretizam no capitulo 2 - "Actividade Corporativa".

Com o objectivo de gerir as suas participações financeiras, a sociedade reforçou a tesouraria recorrendo a financiamento junto de outras sociedades participadas do Grupo. Assim, obteve um financiamento junto da Rentipar Financeira SGPS, S.A., no montante de 26,5 milhões de euros, pelo prazo de um ano, ascendendo o endividamento junto deste accionista ao montante de 41,5 milhões de euros. Obteve ainda, junto do Banif, um outro financiamento no valor de 115 milhões de euros, também pelo prazo de um ano. Nesta última instituição, foi igualmente constituída uma conta corrente caucionada, pela importância de 50 milhões de euros, dos quais foram utilizados 37,5 milhões de euros, totalizando 182,5 milhões de euros o endividamento junto do Banif, à data de 30 de Junho de 2009.

A sociedade concedeu à Banif Comercial SGPS, S.A. prestações acessórias de natureza pecuniária no montante de 38,5 milhões de euros, a fim de dotar esta participada de fundos para efectivar o aumento de capital do Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A., em 50 milhões de euros. Concedeu, ainda, à Banif Imobiliária, S.A. um financiamento, a título de suprimentos, no valor de 1 milhão de euros, pelo prazo de 1 ano e 1 dia.

Durante o 1.º semestre de 2009, a sociedade recebeu das suas participadas dividendos no montante total de 39.339.225,00 euros e colocou à disposição dos seus accionistas dividendos no valor de 22.692.818,01 euros.

A sociedade adquiriu, no 1.º semestre de 2009, um total de 6.097.420 acções e 12.492 direitos de voto do Finibanco Holding, SGPS, S.A., pelo valor de 7.733.207,14 euros, passando a deter um total de 17.217.294 acções, representativas de 9,84% do capital social daquele banco, sendo que o investimento total ascende a 43.278.747,60 euros.

Dando cumprimento à cláusula 3.1, conjugada com as cláusulas 4.3 e 6.4.1, do contrato de compra e venda de acções da Banca Pueyo, S.A., celebrado a 13-02-2007, a sociedade liquidou, junto dos então accionistas vendedores, um total de 8.213.347,07 euros referentes a parte do preço que havia sido retido e respectivos juros.

De referir ainda que, tal como oportunamente foi comunicado ao mercado, a Banif SGPS celebrou um acordo com os accionistas controladores da Tecnicrédito – SGPS, S.A., (Tecnicrédito), holding do grupo financeiro que integra, entre outras entidades, o Banco Mais, S.A., especializado na área de crédito automóvel, que prevê a aquisição, pela Banif SGPS, de acções representativas de um mínimo de 90,01% e de um máximo de 100% do capital social da Tecnicrédito.

No âmbito desta operação, foi aprovada em reunião de Assembleia Geral de accionistas de 14-08- 2009 uma deliberação para aumento do capital da sociedade, nos termos seguintes:

1.º - Aumento do capital social, dos actuais € 350.000.000,00 para até € 490.000.000,00, sendo o montante do aumento de até € 140.000.000,00, através da emissão das correspondentes acções escriturais, com o valor nominal unitário de € 1, em duas tranches:

  • a) Uma primeira tranche, reservada aos Accionistas da Banif SGPS, por entradas em dinheiro no montante de até € 70.000.000,00, através da emissão de até 70.000.000 acções escriturais com o valor nominal de € 1 cada, sendo o respectivo preço de subscrição de € 1, na proporção de uma nova acção por cada cinco actualmente detidas;
  • b) Uma segunda tranche, reservada aos accionistas da Tecnicrédito, como contrapartida parcial das entradas em espécie, sendo estas constituídas por até 17.500.000 acções representativas de até 100 % do capital social da Tecnicrédito, através da emissão de até 70.000.000 acções escriturais com o valor nominal de € 1 cada;
  • 2.º Emissão de até 70.000.000 de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOCs) com o valor nominal de € 1 cada, obrigatoriamente convertíveis em acções da Banif SGPS mediante um factor de conversão igual ou inferior a um, a determinar em 28 de Fevereiro de 2010, a subscrever integralmente pelos accionistas da Tecnicrédito, com a consequente aprovação de um aumento de capital da Banif SGPS de um montante máximo de até € 70.000.000,00, através da emissão de até 70.000.000 acções escriturais da Banif SGPS, com o valor nominal de € 1, para satisfazer a conversão dos VMOCs emitidos e segundo o referido factor de conversão.

No período em referência, a sociedade alienou as participações que detinha nas sociedades Zon TV Cabo Madeirense (97.147 acções) e Zon TV Cabo Açoreana (66.000 acções), pelos valores de 13.794.874,00 euros e 5.940.000,00 euros, respectivamente, tendo registado menos valias de 1.153.366,00 euros.

A sociedade entregou ao Estado dividendos de 2002, que não foram reclamados, no valor de 1.512,99 euros.

Também durante o período em análise, a sociedade adquiriu 250.000 acções próprias pelo montante de 285.447,58 euros.

No que se refere aos principais indicadores, o Activo Líquido da sociedade ascendeu a 726,0 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, contra 666,6 milhões de euros no período homólogo de 2008. No mesmo período, foi apurado um Resultado Líquido negativo de 20,7 milhões de euros que compara com um Resultado Líquido negativo de 4,1 milhões de euros obtidos no 1.º semestre de 2008. De salientar que o resultado do 1.º Semestre de 2009 incorpora um impacto negativo da imparidade, relativa à participação financeira da sociedade no Finibanco – Holding SGPS, S.A., no montante de 16,1 milhões de euros.

Os capitais próprios da sociedade ascendiam, em 30 de Junho de 2009, a 447,1 milhões de euros, um decréscimo de 16,5 milhões de euros, relativamente a 463,6 milhões de euros registados em Junho de 2008.

A sociedade não dispunha, no final do 1.º semestre de 2009, de um quadro de pessoal próprio.

1.2 Banif Comercial, SGPS, S.A.

A actividade da sociedade, durante o 1.º semestre de 2009, consistiu fundamentalmente na gestão das suas participações financeiras ligadas à actividade da banca comercial e do crédito especializado.

Tendo em vista o reforço da actividade, a sociedade recorreu a um financiamento junto da Banif Açores (SGPS) S.A., no montante de 500 mil euros, pelo prazo de um ano e solicitou ao Banif a concessão de uma conta corrente caucionada, até 60 milhões de euros, também pelo prazo de um ano, dos quais utilizou 30 milhões de euros.

A sociedade obteve prestações acessórias de capital no montante total de 48,0 milhões de euros, sendo 38,5 milhões de euros oriundos da sua accionista Banif SGPS e 9,5 milhões de euros, por parte da sua accionista Banif Investimentos.

Durante o 1.º semestre de 2009, a sociedade recebeu das suas participadas dividendos no montante total de 7.125.496,41 euros e disponibilizou aos seus accionistas dividendos no valor de 35.839.019,56 euros.

Ao nível das participações, a sociedade, subscreveu integralmente um aumento de capital de 50 milhões de euros do Banif, cujo capital social aumentou de 366 milhões de euros para 416 milhões de euros e passou a estar representado por 83.200.000 acções, com o valor nominal unitário de 5 euros.

A sociedade comprou ao Banif, em 2008, 4.016.983 acções representativas de 100% do capital social da sociedade Banif (Açores), SGPS, S.A. e, durante o primeiro semestre de 2009, liquidou 1.036.774,85 euros, referentes a 5% da participação na sociedade em causa, sendo o remanescente liquidado até ao final de 2009.

Relativamente aos principais indicadores, o Activo Líquido da sociedade elevava-se a 503,2 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, contra 420,0 milhões de euros no período homólogo de 2008. No mesmo período, foi apurado um Resultado Líquido positivo de 12,0 milhares de euros enquanto no 1.º semestre de 2008 havia sido obtido um Resultado Líquido negativo de 89,7 milhares de euros. Os capitais próprios da sociedade ascendiam, em 30 de Junho de 2009, a 419,9 milhões de euros contra 387,1 milhões de euros registados no período homólogo de 2008.

A sociedade não dispunha, no final do 1.º semestre de 2009, de um quadro de pessoal próprio.

1.3 Banif Investimentos, SGPS, S.A.

A actividade da sociedade, durante o 1.º semestre de 2009, consistiu principalmente na gestão das suas participações sociais, as quais estão predominantemente ligadas às áreas do mercado de capitais e da gestão de activos, nacionais e internacionais.

No que se refere à gestão da sua tesouraria, destaca-se a constituição de uma aplicação de excedentes, junto do Banif, no montante de 14,0 milhões de euros e o pagamento de juros no valor de 1,4 milhões de euros, referentes a financiamentos obtidos em exercícios anteriores.

Durante o 1.º semestre de 2009, a sociedade recebeu das suas participadas dividendos no montante total de 5.447.530,97 euros e alocou aos seus accionistas dividendos no valor de 7.300.000,00 euros.

A sociedade obteve junto do seu accionista Banif Holding Malta Plc um financiamento, a título de suprimentos, no montante de 20 milhões de euros e concedeu à sua participada Banif Comercial prestações acessórias de capital, no montante de 9,5 milhões de euros.

No que se refere aos principais indicadores, o Activo Líquido da Sociedade elevava-se a 175 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, contra 155,3 milhões de euros no período homólogo de 2008. No mesmo período, foi apurado um Resultado Líquido negativo de 1.359,1 milhares de euros, enquanto no 1.º semestre de 2008 havia sido obtido um Resultado Líquido positivo de 7.837,1 milhares de euros. Os capitais próprios da Sociedade ascendiam, em 30 de Junho de 2009, a 32,4 milhões de euros contra 31,2 milhões de euros no período homólogo de 2008.

A sociedade não dispunha, no final do 1.º semestre de 2009, de um quadro de pessoal próprio.

2. ACTIVIDADE CORPORATIVA

2.1 Recursos Humanos

Durante o primeiro semestre de 2009, os Recursos Humanos Corporativos (RH Corporativos) intensificaram a sua actividade operacional, tendo iniciado a implementação da estratégia e plano de acção definidos aquando da sua constituição. Da actividade desenvolvida, destaca-se, pelo seu impacto, o "Projecto ValoresCentauro". Este projecto está integrado no âmbito da cultura e valores do Banif – Grupo Financeiro e pretende reforçar o sentimento de pertença e afiliação de todos os colaboradores. Os objectivos práticos deste projecto visam o levantamento, comunicação e dinamização da Missão, Visão e Valores do Grupo.

Ao nível das empresas, os RH Corporativos, em parceria com uma consultora externa, estão a apoiar a implementação do projecto "Caminhar com as pessoas" na Banifserv. Este projecto visa o desenvolvimento dos modelos de funções, competências, carreiras e gestão de desempenho. Em simultâneo, a Direcção de Recursos Humanos (DRH) do Banif está a desenvolver um projecto de gestão integrada de recursos humanos nas empresas Banif Go e Banif Rent, no âmbito do projecto de integração do negócio automóvel. Foram, até agora, desenhados pela DRH modelos de funções, de categorias, de carreiras, de gestão de desempenho, de formação e desenvolvimento, e foram aperfeiçoados os processos administrativos e de controlo de cadastro. Foi ainda iniciado o estudo de remunerações e benefícios. Os RH Corporativos estão a efectuar o acompanhamento deste projecto para alinhamento de políticas e procedimentos transversais a todo o Grupo.

Com o objectivo de aumentar a coesão e o intercâmbio dentro do Banif – Grupo Financeiro, foi decidido divulgar em todas as sua empresas em Portugal, a abertura de vagas para o Centro Corporativo da Banif SGPS. Deste modo, foram divulgadas vagas para as Finanças e Compliance Corporativos.

Em termos globais, o número de colaboradores do Grupo a 30 de Junho de 2009 era composto por 4.718 empregados. Relativamente a 30 de Junho de 2008, verifica-se um aumento de 184 empregados. Em termos de peso relativo, o Banif, com 2.646 empregados, representa 56,1% do total do quadro de pessoal do Grupo, seguido da CSA que, com 558 empregados tem um peso de 11,8% no Grupo.

No que respeita às actividades desenvolvidas pelas Direcções de Recursos Humanos das maiores empresas do Grupo destaca-se:

No Banif, a continuidade dada ao programa de formação em gestão do tempo e stress, agora direccionado às estruturas comerciais. Ao nível da estratégia de e-learning foi decidido contratualizar um novo LMS (Learning Management System), para efectuar a gestão de toda a formação on-line do Banco. Paralelamente, estão em processo de adaptação diversos cursos na área de produtos, parte dos quais serão lançados no decorrer do 2.º semestre.

A CSA lançou a "R2 - Academia Açoreana", através da qual pretende reforçar competências base como a gestão de equipas, orientação para o cliente, comunicação, gestão do tempo, venda e negociação. Ainda no decorrer do 1.º semestre foi lançado o novo sistema de objectivos e incentivos (SOI), um benchmarking salarial e um estudo de satisfação interna, que obteve uma taxa de resposta de 82%.

O Banco de Investimento desenvolveu formação para as equipas de primeira intervenção em caso de incêndio, terramoto e outras situações de emergência. Ao nível da comunicação, desenvolveu a página de informação de recursos humanos para a nova intranet da empresa.

O Banif Brasil lançou o programa de certificação profissional 10 (CPA-10), destinado a todos os profissionais com funções de venda e distribuição de produtos bancários. Paralelamente, desenvolveu formação em prevenção de crimes de lavagem de dinheiro e/ou ocultação de bens, direitos e valores. Lançou ainda o programa de estágios qualificados CIEE. Durante o primeiro semestre de 2008 foi definida a política salarial e a descrição das funções de coordenação. Ao nível da comunicação a empresa lançou a página de recursos humanos na nova intranet e a newsletter "RH Informa".

O Banco de Investimento (Brasil) desenvolveu diversas acções de formação tendo em vista a obtenção de certificação nas áreas de operações bancárias, branqueamento de capitais, entre outras.

O BCN lançou diversos cursos de formação na área de operações bancárias gerais em sistema de elearning, através de uma parceria com o Instituto de Formação Bancária. Também na área da formação, procurou dotar os seus quadros de competências em língua inglesa, através do curso "Banking English e Business English". Ainda durante o primeiro semestre, desenvolveu e implementou o sistema de gestão de desempenho e promoveu o II Encontro de Quadros. Na área da comunicação de recursos humanos lançou uma newsletter interna para todos os seus colaboradores.

No que se refere à Segurança e Higiene do Trabalho (SHT), o Banif – Grupo Financeiro considera que se trata de uma matéria da maior importância, não só ao nível da gestão das diversas sociedades mas também enquanto factor consubstanciador da responsabilidade social do Grupo, do respeito pelos Colaboradores, pelas suas famílias e pela Sociedade em geral.

Neste contexto, o Banif – Grupo Financeiro aprovou no 1.º semestre de 2009 a sua Política de Segurança e Higiene, apostando numa Cultura de Segurança, sustentada na prevenção, potenciando uma elevada qualidade de vida aos seus Colaboradores.

A Política de Segurança e Higiene do Banif – Grupo Financeiro representa um compromisso para a melhoria contínua do desempenho de SHT, assentando nos seguintes princípios:

  • Monitorizar o cumprimento da legislação em vigor aplicável em matéria de SHT;
  • Assegurar, de acordo com o razoável e exequível, a protecção de todas as pessoas que trabalham no Grupo, sejam colaboradores ou terceiros, e de todos os que possam ser afectados pela actividade desenvolvida, Clientes, Visitantes ou Público em geral;
  • Organizar o trabalho tendo em vista a eliminação, redução e controlo dos riscos envolvendo os edifícios, os equipamentos e os postos de trabalho, no sentido de prevenir os acidentes de trabalho, doenças profissionais ou outros danos para a saúde e bem-estar;
  • Assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos os seus Colaboradores, conseguindo maior produtividade, mais satisfação pessoal e, consequentemente, um serviço de excelência;
  • Promover a responsabilização e o interesse dos Colaboradores pela segurança e saúde, comprometendo todo o Grupo nestes objectivos, através de acções de formação e informação, no sentido da adopção de atitudes e comportamentos cada vez mais seguros.

Tendo por base o compromisso assumido, a recente alteração do quadro legal de SHT e o avanço tecnológico dos sistemas integrados de segurança, foi aprovado o plano de acção para o ano de 2009, considerando três objectivos estratégicos a desenvolver:

  • Nivelar as políticas e procedimentos nas posições nacionais e internacionais;
  • Cumprir as medidas legislativas e regulamentares em vigor;
  • Promover acções de formação em SHT para todos os colaboradores.

Na materialização destes objectivos "macro", foi proposto um conjunto de medidas, das quais se destacam:

– A definição dos requisitos mínimos de SHT, aplicável de uma forma transversal a todo o Grupo, através da elaboração e aprovação de normativos, constituindo um referencial para todos os empregados e empresas contratadas;

  • A implementação das medidas legislativas e regulamentares no âmbito da prevenção e da emergência, nomeadamente, na área da segurança contra incêndio em edifícios (SCIE), avaliação da qualidade do ar interior (QAI) e avaliação de riscos às unidades de negócio;
  • A formação de todos os Colaboradores para desenvolvimento das competências que visem a prevenção de riscos profissionais e a promoção de uma cultura de segurança, em acções de formação vestibular e de e-learning;
  • A operacionalidade dos sistemas de segurança e centralização de toda a informação gerada pelos vários sistemas de segurança instalados nas empresas do Banif – Grupo Financeiro.

Foram realizadas duas reuniões trimestrais, presididas pelo Responsável do Órgão Corporativo, para coordenação e acompanhamento da execução das medidas aprovadas e planeadas para o 1.º Semestre de 2009. O envolvimento e a colaboração dos Representantes de SHT foi de particular importância para a adequação das medidas gerais à especificidade de cada Empresa do Grupo e para garantir os meios e recursos necessários.

No âmbito da formação, foram ministradas seis acções de formação vestibular no Banif e realizadas cinco acções de formação, teórica e prática, em prevenção e segurança contra incêndio e evacuação, para reforçar e actualizar as equipas de 1.ª intervenção dos edifícios centrais das empresas do Grupo, face às alterações organizacionais e de infra-estruturas ocorridas.

Foi, igualmente, realizada a manutenção dos meios de extinção do fogo e dos sistemas de detecção e alarme nas unidades de negócio e nos edifícios centrais, garantindo, deste modo, a sua operacionalidade. Os sistemas integrados de segurança foram testados durante os exercícios de evacuação realizados em quatro dos edifícios centrais do Grupo, estando prevista a realização desses exercícios nos outros edifícios do Grupo, no decorrer do 2.º semestre.

Tendo em vista a eliminação, redução e controlo dos riscos nos posto de trabalho, no 1.º semestre de 2009 foram realizadas 65 avaliações de risco a unidades de negócio, representando um acréscimo de 2,8 vezes em relação ao período homólogo do ano transacto. Em cada uma dessas avaliações, foi entregue ao Responsável da unidade de negócio a listagem das medidas recomendadas, de modo a assegurar um maior envolvimento da própria unidade na implementação das mesmas.

Na sequência da aprovação do Plano de Contingência, em Junho de 2008, pelo Conselho de Administração da Banif SGPS, foi prevista a elaboração de Planos de Contingência operacionais para situações específicas, tendo sido desenvolvido o Plano de Contingência para a Pandemia de "Gripe A", face à evolução deste problema de saúde pública, a nível mundial.

Neste âmbito, e para além dos demais procedimentos, foram desenvolvidas e divulgadas as medidas de prevenção e protecção recomendadas pelo Ministério da Saúde, de acordo com os vários níveis de crise expectáveis, tendo ainda sido criado um Gabinete de Gestão de Crise que se espera virá a permitir, de forma ágil, pôr em pratica a activação urgente do Plano de Contingência e todas as demais instruções associadas a este específico cenário.

2.2 Operativa e Tecnologia

O 1.º semestre de 2009, em termos das infra-estruturas tecnológicas, ficou marcado pela conclusão da construção do novo datacenter do Grupo Banif e pelo lançamento de projectos centrais no domínio da salvaguarda de dados e da telecompensação. Para além do suporte à actividade, contínuo ao longo do período em análise, procurou-se através destes projectos reforçar qualitativamente as condições infraestruturais de suporte, os níveis de serviços, o grau de disponibilidade das aplicações/soluções, e a fiabilidade e capacidade de crescimento dos meios técnicos ao dispor.

Neste âmbito merecem referência as seguintes realizações:

  • Reestruturação e actualização do sistema central de suporte ao negócio (AS/400) para um modelo IBM 570;
  • Reforço das condições técnicas de suporte aos equipamentos informáticos centrais, através da construção de um novo datacenter para o Grupo Banif assente nas melhores práticas de mercado, incluindo a respectiva mudança dos equipamentos para o novo espaço;
  • Preparação do novo edifício de suporte às actividades da Banifserv, incluindo as especialidades de construção civil, energia eléctrica, AVAC e rede de comunicação de Voz e Dados;
  • Lançamento do projecto de reestruturação da infra-estrutura central de backups, tendo por objectivo aumentar a qualidade e a fiabilidade da salvaguarda dos dados, sistemas e aplicações (em curso);
  • Lançamento do projecto de reestruturação da infra-estrutura de suporte ao armazenamento das imagens dos cheques/telecompensação (em curso);
  • Continuação do desenvolvimento do projecto de reengenharia dos postos de trabalho dos edifícios centrais, componente de ThinClient Linux (em curso);
  • Reforço da abrangência da utilização das ferramentas de monitorização de sistemas e redes em funcionamento, permitindo desta forma reforçar a pro-actividade na detecção e resolução de ocorrências (em curso);
  • Migração da plataforma SWIFT para a SIBS;
  • Lançamento do projecto de reestruturação dos mecanismos de análise de prevenção e detecção de intrusões (em curso);
  • Renovação da rede de comunicações dos edifícios centrais e dos balcões do Continente, da Região Autónoma dos Açores e da Região Autónoma da Madeira, incluindo a triplicação da largura de banda disponível (em curso).

Durante o período final do semestre, decorreu a negociação com o actual fornecedor do Plano de Continuidade de Operações, com vista a reforçar a infra-estrutura de suporte do centro alternativo a utilizar em situação de desastre, respondendo dessa forma ao crescimento vegetativo dos Sistemas de Informação e aos novos objectivos de recuperação, actualizados de acordo com a evolução do negócio.

Ainda ao nível da banca comercial, foram promovidas importantes medidas no que se refere à organização e qualidade dos serviços, tendo o Banif, através da Direcção de Organização e Qualidade (DOQ) empreendido um ambicioso plano, integrado por 52 actividades/projectos, dos quais 7 foram já concluídos e 45 encontram-se em curso.

No âmbito da organização, o enfoque foi colocado na operativa de recuperação do crédito vencido, informação de clientes, consolidação da integração do ex-BBCA e na racionalização de processos de suporte à actividade, assente na análise custo/benefício.

No âmbito da Qualidade, o corrente ano de 2009 servirá para consolidar os processos que já se encontram certificados, bem como para privilegiar a extensão do Sistema de Gestão da Qualidade à Rede de Agências da Região Autónoma dos Açores.

As actividades desenvolvidas no decurso do 1.º semestre de 2009 estão de acordo com as exigências da entidade certificadora (SGS), nomeadamente no que diz respeito ao aumento do grau de eficácia e de eficiência dos processos certificados.

Também a Direcção do Executivo de Operações (DEO), à qual cabe assegurar, diariamente, a execução propriamente dita das operações que consubstanciam a actividade do Banif, conheceu um significativo aumento de actividade, com maior expressão nos cartões, cheques, transferências, contas empréstimo, créditos e remessas exportação/importação, reformulação de operações de crédito e nas passagens para Contencioso.

Grande parte da actividade da DEO, no 1.º semestre de 2009, esteve ainda relacionada com o processo de fusão do BBCA no BANIF, assegurando a realização das operações no novo sistema informático, dando apoio às Unidades de Negócio na resolução de questões e no esclarecimento de dúvidas, colaborando na resolução dos processos mais críticos, designadamente aqueles susceptíveis de perturbar a relação com os Clientes.

Paralelamente, foram integrados mais alguns serviços em Lisboa, que foram descontinuados em Ponta Delgada, nomeadamente penhoras, OPRs e contratação de crédito à habitação, estando já em preparação a centralização da operativa de cartões.

Foi ainda iniciado um novo projecto, através do qual se pretende uma identificação mais rápida e eficaz de todos os intervenientes (v.g. avalistas, fiadores) em cada uma das operações de financiamento, bem como a digitalização dos principais documentos, em termos que possibilitem a sua consulta, em caso de necessidade, por todos os Orgãos do Banco.

2.3 Controlo dos Riscos de Actividade

A gestão e controlo dos riscos no Grupo assenta num conjunto de estratégias que asseguram a prevenção e mitigação dos diversos riscos e garantem a rendibilidade e sustentabilidade da actividade, sem prejuízo do cumprimento do normativo emanado pelas entidades de supervisão.

A gestão dos riscos assenta na identificação e análise da exposição aos diversos riscos – risco de crédito, mercado, estrutural e operacional, entre outros – e na adopção de políticas que os mantêm dentro dos limites estabelecidos.

O Grupo mantém o exercício da gestão dos riscos numa estrutura de desenvolvimento transversal, sendo da responsabilidade do Conselho de Administração da Banif SGPS, a gestão das funções corporativas onde o Risco Corporativo se insere. O Conselho de Administração é responsável pela definição das políticas de risco, apoiado pela avaliação e monitorização dos riscos realizada pela Função Corporativa.

No início do 1.º semestre, foi aprovado o Plano de Actividades para a função do Risco Corporativo, o qual integrou um conjunto de actividades e projectos, a desenvolver no exercício, dando corpo a uma maior consciência e controlo dos riscos no Grupo.

Sistema de Informação de Riscos

Continuou a dar-se prioridade ao desenvolvimento de um DataMart Corporativo, que incorpora informação regular proveniente de todas as empresas do Grupo que fazem parte do perímetro de consolidação prudencial. Actualmente, este centro de informação dispõe dos dados necessários para o cálculo de requisitos de fundos próprios, de acordo com a metodologia em vigor no Grupo. O Grupo dispõe de uma solução informática que possibilita a realização dos cálculos de requisitos de fundos próprios em base individual e consolidada. A informação e a tecnologia existentes possibilitam também a produção de informação de gestão individual e agregada. O programa de construção do DataMart Corporativo irá continuar, de modo a abranger um leque de informação mais vasto que possibilite a gestão e integração de todos os riscos.

Controlo Interno

Ao nível do Controlo Interno, foram desenvolvidas actividades em linha com as orientações constantes do Aviso 5/2008 do Banco de Portugal, iniciadas pelo kick-off do projecto de Remediação, em face das deficiências detectadas pelos exercícios de self-assessment realizados no exercício anterior ao sistema de controlo interno das principais filiais do Grupo, assegurando o acompanhamento das acções de remediação e a realização de acções de formação junto de interlocutores designados.

Ainda no 1.º semestre, foram desenvolvidas acções de modelização da solução tecnológica utilizada, à data, pelo Grupo como ferramenta para a gestão do risco operacional, criando um módulo de Controlo Interno para utilização das diversas filiais, visando a optimização e a criação de todas as funcionalidades necessárias a uma gestão adequada do sistema de Controlo Interno no Grupo.

Testes de esforço

O Banif - Grupo Financeiro procede, com regularidade, à realização de testes de esforço em conformidade com a Instrução n.º 18/2007 do Banco de Portugal, com referência aos valores financeiros do 1.º semestre do corrente exercício. Foram efectuadas análises de sensibilidade, considerando os produtos comercializados, as características dos clientes, as principais massas de balanço, o seu plano estratégico e, bem assim, as ferramentas disponíveis para a gestão dos riscos. Os resultados dos testes de esforço são analisados e aprovados pelo Conselho de Administração, cabendo a este órgão preconizar as acções que considera relevantes para a mitigação do efeito das magnitudes plausíveis imprimidas aos principais riscos da actividade.

Os resultados obtidos são considerados pelo Grupo como uma ferramenta de gestão que contribui para o planeamento de medidas correctivas, nos casos considerados relevantes.

Disciplina de mercado

No período em referência e no âmbito do Aviso 10/2007 do Banco de Portugal, o Banif - Grupo Financeiro publicou um documento para divulgação pública designado "Disciplina de Mercado", o qual contempla os riscos incorridos no âmbito das actividades do Grupo, atendendo aos objectivos estratégicos definidos e aos processos e sistemas de avaliação instituídos.

O Grupo considera que a disciplina de mercado é condição necessária para a promoção da estabilidade de longo prazo das instituições. A atitude de transparência na prestação de informações fortalece a intervenção dos participantes do mercado para gerar pressões favoráveis a práticas que garantam a solidez e a segurança do sistema financeiro.

O documento publicado segue a linha de entendimento do Grupo sobre esta matéria, pelo que a informação divulgada foi apreciada nos termos indicados no referido Aviso, valorizando os montantes envolvidos e a sua natureza, considerados quer individualmente, quer de forma agregada.

Capital Económico

No contexto do Pilar II do Acordo de Basileia II e, em particular, como resposta aos requisitos da Instrução n.º 15/2007 do Banco de Portugal, o Banif – Grupo Financeiro desenvolveu, no 1.º semestre do corrente exercício, um conjunto de actividades que conduziram ao desenvolvimento e implementação de um Modelo de Gestão de Capital Económico, com processos e metodologias próprias de identificação, quantificação e monitorização dos riscos, assegurando a necessária adequação do capital interno.

2.3.1 Risco de Crédito

O risco de crédito é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante o Grupo, incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos do exterior.

A estratégia de risco de crédito no Grupo assenta num conjunto de políticas que orientam a actividade de concessão e acompanhamento do crédito que, sempre que necessário, são ajustadas em função do desenvolvimento do negócio e das condições de mercado.

A gestão do risco de crédito e, bem assim, a delegação de competências, desenvolvem-se de acordo com os princípios e as regras de concessão e manutenção de créditos concedidos a clientes previstos em normativos, os quais são alvo de actualizações e ajustamentos sempre que tal se mostre necessário.

Os normativos são de aplicação genérica no Grupo porquanto incluem regulamentos aplicáveis a cada uma das áreas de negócio e às suas redes de comercialização, assim como regras de preparação, análise e seguimento do crédito concedido aos clientes.

A monitorização do risco de crédito assenta no acompanhamento e controlo da evolução da exposição ao risco de crédito da carteira do Grupo e na implementação de acções de mitigação para preservação da qualidade do crédito e dos limites de risco definidos.

No 1.º semestre, foram desenvolvidas acções de promoção à harmonização das políticas de gestão e controlo dos riscos no Grupo, iniciadas, nomeadamente, pelo desenvolvimento e implementação de Modelos de factores de risco para o Grupo. Foram também desenvolvidas acções conducentes à implementação e actualização do Modelo de Imparidade do Grupo para diversas sociedades do Grupo, consoante o seu estádio de desenvolvimento nesta matéria.

2.3.2 Risco de Mercado

O risco de mercado ou de preço prende-se como a possibilidade do Grupo incorrer em perdas decorrentes de variações inesperadas no valor dos instrumentos ou operações financeiras de mercado.

A gestão de risco de mercado no Grupo define-se como prudente e é monitorizada de forma contínua. Em base sistemática, os limites de actuação nos mercados são revistos e ajustados pelo Órgão de Gestão, sempre que necessário. A sua actuação assenta em regras de funcionamento e controlo internas e nas normas emanadas pelas entidades de supervisão.

A política de gestão do risco de mercado no Grupo caracteriza-se pela cobertura de risco nos activos de maior volatilidade, nomeadamente nos produtos de taxa fixa e taxa de câmbio das operações contratadas com clientes.

São realizadas periodicamente análises de sensibilidade à taxa de juro, com recurso a cenários para medição do seu impacto ao nível da margem de juros e nos fundos próprios, de acordo com as recomendações da entidade de supervisão.

O risco de taxa de juro é monitorizado em base sistemática em função dos períodos de repricing dos activos e dos passivos, sendo que, no exercício, manteve-se dentro dos limites superiormente aprovados.

2.3.3 Risco de Liquidez e de Taxa de Juro

O risco de liquidez, definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital decorrentes da incapacidade da instituição dispor, sobretudo no curto prazo, de fundos líquidos para o cumprimento das suas obrigações financeiras, à medida que as mesmas se vencem, é gerido de forma centralizada no Banif - Grupo Financeiro.

A monitorização dos níveis de liquidez corrente e estrutural, necessários em função dos montantes e prazos dos compromissos assumidos e dos recursos em carteira, é efectuada através da identificação de gaps de liquidez.

As políticas de obtenção de funding, quer junto dos Clientes, quer no mercado financeiro e Banco Central Europeu, têm garantido, apesar de uma redução generalizada dos níveis de liquidez no sistema financeiro, a estabilidade dos recursos, mantendo-se quer o liquidity gap quer o cumulative gap dentro dos limites aceitáveis para os vários períodos analisados.

O Grupo mantém o acompanhamento mais apertado na situação de liquidez corrente, não apenas pelos indicadores presentes nas disposições emanadas do Banco de Portugal, mas também pelos indicadores internos orientados a uma gestão diária mais eficiente.

No âmbito da gestão da liquidez corrente, enquadradas no Plano de Financiamento de curto prazo do Grupo, têm sido elaboradas regularmente análises quantitativas e qualitativas e stress testings que permitem identificar debilidades e preconizar a tomada de medidas, consagradas num Plano de Contingência, que visem o restabelecimento da situação de liquidez, sempre que se julgue necessário.

Ainda no que respeita à gestão de activos e passivos, salienta-se a conclusão do projecto de definição de Modelo de ALM - Asset and Liabillity Management para o Grupo. O projecto envolveu a definição de uma estrutura organizacional do Comité ALCO, que incluiu a identificação e definição das diversas funções, bem como a proposta de distribuição das responsabilidades entre as diversas Direcções para a prestação de informação.

O Grupo prevê iniciar o projecto de implementação e desenvolvimento da fase II do Projecto "Modelo de ALM", após aprovação do Modelo organizacional previsto para o 2.º semestre de 2009.

2.3.4 Risco Operacional

O risco operacional é o risco de perdas resultantes da inadequação ou deficiência de procedimentos, do pessoal ou dos sistemas internos ou de acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos.

No 1º semestre do corrente exercício, manteve-se em curso o alargamento e o desenvolvimento de acções com vista à melhoria dos processos de comunicação e reporte dos eventos de risco operacional, quer por via do aumento do número de gestores de RO existentes no Grupo quer por via do reporte entre sistemas operacionais e contabilísticos.

2.4 Compliance

Ao nível do Compliance Corporativo, foi submetido à apreciação do Conselho de Administração, e por este aprovado, o Plano de Acção para 2009 que, definindo a matriz de temas de compliance considerados relevantes no contexto das actividades desenvolvidas pelo Grupo e precisando, consequentemente, os temas relativamente aos quais deverão ser desenvolvidas políticas e standards do Grupo e as respectivas prioridades, consolida a abordagem corporativa ao risco de compliance, no quadro do modelo de governo do Grupo.

Este Plano de Acção preconiza ainda a implementação de um processo de recolha de informação suportado num conjunto de controlos comuns de Compliance que deverá assegurar ao Conselho de Administração que o referencial de controlo de riscos de compliance estabelecido é adequado às actividades desenvolvidas e permite uma visão global de como são geridos e mitigados estes riscos.

Tendo em consideração a estabilização do quadro regulamentar das funções de controlo operada pelos Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008 e Regulamento da CMVM n.º 3/2008, o Compliance Corporativo submeteu igualmente à apreciação do Conselho de Administração o Diagrama Geral da Função Compliance no Grupo, estabilizando assim o quadro de Entidades do Grupo onde é relevante o exercício desta função de controlo.

Neste enquadramento, está já em implementação o Programa de Compliance Corporativo que contempla quatro fases distintas: A 1ª Fase visa proceder à identificação da situação concreta das Unidades de Compliance que operam ao nível das diversas Entidades do Grupo. Na 2ª Fase, e já na posse da informação relevante, proceder-se-á à avaliação da situação global e ao desenvolvimento de políticas e procedimentos de alto nível. A 3ª Fase refere-se à implementação das mencionadas políticas e procedimentos e a 4ª Fase corresponderá à análise dos resultados de tal implementação e à aplicação das medidas correctivas que se revelem adequadas. Já no início de Julho, foram remetidos os suportes de recolha de informação a que se refere a 1ª Fase.

Ainda no quadro do Plano de Acção para 2009, o Compliance Corporativo deu continuidade ao trabalho relativo ao Projecto de Manuais de Ética e Deontologia, concluindo o processo de divulgação do Código de Conduta do Banif – Grupo Financeiro, que dota as Entidades do Grupo de um quadro de referências éticas e deontológicas que devem presidir à conduta de todos os seus Colaboradores.

No plano do acompanhamento das iniciativas e medidas legislativas e regulamentares dirigidas ao sector financeiro, cumpre salientar, pelo respectivo relevo e impactos:

  • High-level principles for Remuneration Policies CEBS, 20-04-2009;
  • − Recomendação CE 2009/385/CE, de 30-04-2009, que complementa as Recomendações 2004/913/CE e 2005/162/CE no que respeita ao regime de remuneração dos administradores de sociedades cotadas;
  • − Recomendação CE 2009/384/CE,de 30-04-2009, relativa às políticas de remuneração no sector dos serviços financeiros;
  • Decreto-Lei n.º 133/2009, de 02-06, que procede à transposição para a ordem jurídica interna da Directiva nº 2008/48/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23-4, relativa a contratos de crédito com consumidores;
  • Lei n.º 28/2009, de 19-06, que estabelece o regime de aprovação e de divulgação da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização das entidades de interesse público e procede à revisão do regime sancionatório para o sector financeiro em matéria criminal e contra -ordenacional.

No âmbito das responsabilidades cometidas ao Compliance Corporativo em matéria de corporate governance, este órgão coordenou a elaboração do contributo do Grupo no âmbito do processo de discussão pública do Ante-Projecto de Código de Bom Governo das Sociedades, iniciativa do Instituto Português de Corporate Governance.

Uma referência ainda para o trabalho desenvolvido com o Banif, no que respeita ao normativo interno que aquela Entidade do Grupo tem em processo de elaboração no domínio da prevenção do abuso de informação privilegiada, com vista à correcta articulação dos procedimentos relativos ao acesso regular e ocasional a informação privilegiada.

Paralelamente, o Compliance Corporativo prosseguiu ainda o acompanhamento de vários outros temas de entre os quais se destacam os processos de self-assessment, de remediação de deficiências e de elaboração dos relatórios anuais individuais, no âmbito do sistema de controlo interno do Grupo.

2.5 Auditoria

Integrado no Centro Corporativo do Banif - Grupo Financeiro, a Auditoria Interna Corporativa (AIC), segundo o seu Estatuto Orgânico e Funcional, detém as seguintes atribuições principais:

  • a) Assessorar o Conselho de Administração em matérias relacionadas com a Auditoria Interna, nomeadamente no que respeita à definição e implementação da respectiva estratégia e política no universo do Grupo;
  • b) Coordenar a elaboração e a implementação do Programa Anual de Auditoria Interna, para todo o Grupo;
  • c) Acompanhar as actividades do Grupo na área da Auditoria Interna e executar directamente ou coordenar a subcontratação das acções de auditoria nas entidades do Grupo que não disponham de Órgão de Auditoria Interna próprio;
  • d) Garantir o reporte consolidado da Auditoria Interna do Grupo aos respectivos Órgãos Sociais e às Entidades de Supervisão.

A principal acção estruturante desenvolvida pela AIC, no 1.º semestre de 2009, consistiu na implementação da função de auditoria interna no Grupo, procurando assegurar a aplicação, no essencial, dos requisitos mínimos do Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal, os quais já implicam grandes exigências de controlo interno/auditoria, dentro de princípios de rigor e eficácia, ao nível das instituições do Grupo sujeitas ao referido Aviso.

Neste âmbito, encontra-se em vigor o organigrama geral dos serviços de auditoria interna, abrangendo as filiais do Grupo, estão nomeados os respectivos responsáveis, bem assim definidas as prioridades de actuação e estabelecido o plano de acção corporativo, dentro de princípios de rigor, eficácia e adequação aos novos desenvolvimentos colocados, na conjuntura actual, pelas autoridades reguladoras em matéria de auditoria das instituições de crédito e das sociedades financeiras.

Decorrente da nova estrutura orgânica geral passaram a existir novas entidades do Grupo dispondo da função de auditoria interna e, ao mesmo tempo, verificou-se um aumento do quadro de pessoal, atingindo o total de 40 elementos, o que permitiu melhorar e aproximar do valor de referência do rácio de auditores/colaboradores reconhecido internacionalmente (1%).

No 1.º semestre, o Conselho de Administração da Banif – SGPS S.A. aprovou os documentos estruturantes da AIC, designadamente, a Carta de Princípios de Auditoria, a Estratégia de Auditoria 2009-12 e o Regulamento de Auditoria, que completam a moldura orgânica e de actuação da função de auditoria interna, em base coerente e consistente, reforçando o controlo interno corporativo e, consequentemente, a convergência e eficiência na consecução dos objectivos a nível individual.

A AIC desenvolveu actividades de coordenação inerentes à relação funcional necessárias à implementação da estrutura, ao acompanhamento de acções de auditoria, à elaboração dos relatórios de controlo interno e à gestão de informação para efeitos de controlo interno na vertente de auditoria. Por outro lado, definiu um modelo e está em execução uma acção de auditoria à carteira de crédito das filiais no estrangeiro, envolvendo um universo de clientes representativo, com o objectivo de avaliar o risco de crédito e o sistema de controlo interno associado.

No período em referência, a AIC iniciou acções de auditoria directas com o objectivo de avaliar os requisitos do sistema de controlo interno que devem ser implementados pela empresa-mãe conforme previsto no n.º 2 do artigo 24º do referido Aviso: (i) auditoria ao risco de concentração e (ii) auditoria aos limites de natureza prudencial referidos na alínea a) do n.º 1.º do Aviso 8/94 (limites das participações detidas pela Rentipar Financeira, SGPS, S.A. e rácio de imobilizado).

A AIC efectuou também a revisão independente do processo de auto-avaliação da adequação do capital interno (ICAAP - Internal Capital Adequacy Assessment Process) e elaborou o parecer com as respectivas conclusões para o Conselho de Administração da Banif – SGPS S.A., conforme estipulado na Instrução n.º 15/2007 do Banco de Portugal.

A AIC encontra-se dotada de um modelo organizacional sólido, coerente e consistente, que incorpora os requisitos regulamentares, as orientações e as melhores práticas de auditoria interna, reconhecidas e aceites a nível nacional e internacional, para a prossecução da sua visão, missão, objectivos estratégicos e atribuições.

De acordo com estes objectivos, o 2.º semestre constituirá uma fase de consolidação da sua estrutura e actuação, a nível do Grupo, em conformidade com o Plano de Actividades que se encontra aprovado e em execução dentro dos prazos programados.

2.6 Imagem e Comunicação

A Função Imagem Corporativa efectuou, durante o primeiro semestre de 2009, a gestão da marca do Banif – Grupo Financeiro e nesse pressuposto assegurou que todas as empresas do Grupo cumprissem com as normas estabelecidas nesta matéria.

Nesse contexto, e consequência lógica da fase pos-rebranding, destaca-se o projecto de Brand Center da marca, que se encontra em avançada fase de desenvolvimento e que constitui uma ferramenta fundamental que permitirá disponibilizar a Marca de forma transparente, normalizada e facilitadora junto dos vários Stakeholders.

Neste período, foram igualmente iniciados um conjunto de projectos que têm por objectivo estabelecer uma comunicação (interna/externa) mais acessível e eficaz do Banif - Grupo Financeiro, designadamente intranet, newsletter para Clientes, nova revista interna e brochura institucional.

No âmbito da Imagem Corporativa e no que diz respeito aos factos relevantes registados no 1.º semestre de 2009, destaca-se o facto de o Banif - Grupo Financeiro ter integrado, pela primeira vez, o Top500 mundial da terceira edição do "Global 500 Banking Brands Index", tendo sido reconhecido como a 491.º marca mais valiosa do mundo, com 78 milhões de dólares de brand value. Da edição de 2009, agora publicada, fazem ainda parte mais 4 marcas financeiras portuguesas.

Este resultado demonstra que a marca "Banif", após o recente rebranding, conseguiu relançar a sua imagem corporativa de forma eficaz, reforçando o seu valor. A tangibilização de tal valor encontra-se igualmente reflectida na manutenção, em níveis elevados, das notoriedades "Expontânea" e "Total".

Uma outra evidencia deste rebranding, registada neste 1.º semestre de 2009, foi o facto de o Banif ter sido nomeado para um conjunto de prémios de referência na área do Marketing, Publicidade e Comunicação. Foram os casos dos Prémios Marketeer, da revista com o mesmo nome, onde o Banif esteve nomeado nas categorias de "Banca" e "Rebranding", e dos Prémios "Meios e Publicidade 2008", nas categorias "Branding / Rebranding" e "Marketeer do ano".

Também no período em referência, foi divulgada a versão editada, bilingue e em CD, do Relatório e Contas de 2008, o qual constitui um importante veículo de informação e divulgação institucional. Foi ainda editado em CD o Código de Conduta do Banif - Grupo Financeiro e promovida a sua distribuição/divulgação aos colaboradores de cada uma das empresas que o integram.

No 1.º semestre de 2009, a área de Sustentabilidade desenvolveu iniciativas com vista à melhoria dos sistemas de recolha e reporte de informação para a elaboração do 2.º Relatório de Sustentabilidade do Grupo. Este Relatório dá continuidade ao compromisso de transparência, reporte e accountability de temas ambientais e sociais e apresenta de uma forma detalhada a estratégia de sustentabilidade e as acções que têm vindo a ser desenvolvidas. Este ano, o Grupo subiu um patamar na escala de qualidade e abrangência da informação, tendo alcançado o nível B das "Directrizes para a Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade" da organização internacional Global Reporting Initiative (GRI). O relatório, editado em português e inglês, tem sido divulgado interna e externamente.

Foi formalizada a política ambiental do Grupo, lançados dois produtos Crédito Mais Ambiente - Crédito Pessoal e Crédito Investimento - dirigidos a apoiar um vasto leque de soluções ambientais, e foi preparada a adesão a um protocolo com o Estado, com vista à oferta do produto Crédito Pessoal Solar Térmico.

Ao nível do trabalho das task forces criadas para implementar a estratégia de sustentabilidade, destaca-se a continuação da análise de riscos ambientais na carteira de crédito, a continuação da aposta na responsabilidade climática do Grupo (em que se procurou implementar medidas para reduzir o consumo de energia e se procedeu à neutralização de emissões de carbono dos Relatórios e Contas do Grupo e do Relatório de Sustentabilidade) e a sensibilização interna para os temas da sustentabilidade, através, por exemplo, de revistas e newsletters internas.

Destaca-se ainda a participação nos Prémios Sustentabilidade promovidos pela Heidrick & Struggles e pelo Diário Económico, que pretendem premiar as empresas com melhores práticas de sustentabilidade em Portugal. O Grupo obteve uma classificação acima do best player do Dow Jones Sustainability Index (DJSI) em 4 áreas: gestão da relação com os clientes/utentes, desenvolvimento do capital humano, atracção e retenção de talento e reporting social. Todas as outras áreas (dimensão de gestão, social e ambiental) registaram variações positivas relativamente ao ano de 2008.

Relativamente ao sítio de internet do Banif – Grupo Financeiro, foi aprofundada a área de Sustentabilidade (bilingue), para além das habituais actualizações de todas as informações referentes à relação com os investidores (v.g. indicadores financeiros, relatórios e contas, dividendos, assembleia geral) e foram disponibilizados todos os comunicados efectuados ao mercado, bem como um clipping permanente de notícias sobre o Grupo.

3. BANCA COMERCIAL

3.1 ACTIVIDADE EM PORTUGAL

3.1.1 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

3.1.1.1 Actividade Comercial na Região Autónoma da Madeira

A actividade do Banif – Banco Internacional do Funchal, SA na Região Autónoma da Madeira, durante o 1.º Semestre de 2009, foi desenvolvida num contexto marcado pelas adversidades decorrentes da actual conjuntura económica e pelo aumento da já forte concorrência sentida ao nível do sector bancário na região.

Apesar do enquadramento económico adverso, a DCRAM continuou a manter uma orientação estratégica coerente com a actividade desenvolvida ao longo dos últimos anos, sustentando-a em dois pilares fundamentais: a manutenção do crescimento da actividade e a consolidação da posição de liderança no mercado regional.

Neste sentido, em comparação com o período homólogo do ano anterior, regista-se o aumento da base de Clientes, com um crescimento de 4126 novos Clientes, a par do aumento do número médio de produtos por Cliente, indicador que atesta e materializa a maior fidelização ao Banco dos novos e actuais Clientes.

Apesar de se verificar actualmente um período de menor procura, o crédito concedido a Clientes, registou um crescimento de 1,9% face ao período homólogo do ano anterior, para um total de 1.618,4 milhões de euros. A consubstanciar essa evolução positiva, e durante o mesmo período, o Crédito ao Consumo registou um crescimento de 3,9% e o Crédito Imobiliário um crescimento de 5,4%.

Apesar da volatilidade dos mercados cambiais, da liquidação de responsabilidades por parte de alguns Clientes Empresa e da utilização de recursos por parte de Instituições Públicas para investimentos diversos, a DCRAM conseguiu compensar essas saídas de recursos com a captação junto de particulares (residentes e emigrantes), registando na rúbrica "Recursos de Clientes" uma evolução positiva de 1% em termos homólogos, para um total de 2.060,9 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009.

Com o intuito de reforçar a estrutura comercial do Banif e, consequentemente, o acompanhamento do negócio e a qualidade do serviço prestado, procedeu-se à reestruturação da Direcção da Rede de Agências, com a criação de uma nova Área de Negócio, e da Direcção do Centro de Empresas da RAM, com a nomeação de um novo Director e a reorganização interna das Equipas de Serviço ao Cliente.

Também de referir, no período, o relançamento de uma campanha conjunta com a empresa ZON TV Cabo Madeirense, S.A., de âmbito regional, que teve por base dois objectivos estratégicos: abertura de novas contas e fidelização do Cliente, uma vez que a campanha tinha por base a subscrição de vários produtos por cada Cliente.

Destaque ainda para a contínua acção junto das comunidades madeirenses emigrantes, através de deslocações de Colaboradores do Banco aos Países de forte implementação dessas comunidades, nomeadamente Venezuela, África do Sul e Reino Unido, iniciativas que visam aumentar os níveis de envolvimento dessas comunidades com o Banif.

Em linha com o espírito de responsabilidade social e de valorização do empreendedorismo que o Banco pretende promover, foram concretizadas duas novas parcerias: com a AJEM – Associação de Jovem Empresários da Madeira, para apoio ao Prémio de Empreendedorismo e com a Associação "Aprender a Empreender" no âmbito do projecto com o mesmo nome. Foram ainda entregues os prémios da iniciativa "rs4e" – road show for entrepreneurship – que premeia as ideias mais empreendedoras dos alunos da região.

Ainda num contexto da responsabilidade social, continuou o desenvolvimento do trabalho de parceria com o Clube Sport Marítimo e com o Clube Desportivo Nacional, através das campanhas de promoção da poupança junto dos atletas mais novos de ambos os Clubes e de iniciativas solidárias junto de crianças e jovens com necessidades especiais em várias escolas da Região, aos quais o Banco proporcionou a oportunidade de assistir a jogos de futebol e de conviver de perto com os seus ídolos.

Enquanto agente dinamizador da economia regional, o Banif apoiou ainda diversas iniciativas no âmbito sócio-cultural, dos quais merecem destaque a III Conferência Anual do Turismo, organizada pela Secção Regional da Ordem dos Economistas, o VIII Encontro de Gerações, que decorreu na Venezuela e teve como convidado especial o Exmo. Sr. Secretário de Estado do Turismo, Dr. Bernardo Trindade, o Festival Infantil da Canção da Madeira 2009 e a Semana do Desporto Escolar, estes últimos organizados pela Secretaria Regional da Educação e Cultura.

Rubrica Variação homóloga 2009/2008
Recursos + 1,0%
Crédito + 1,9%
Base de Clientes + 1,8%

3.1.1.2 Actividade Comercial na Região Autónoma dos Açores

A gradual convergência do ex-BBCA com o Banif – Grupo Financeiro culminou, em Janeiro de 2009, com a sua total integração no Banif, passando a actividade comercial na Região Autónoma dos Açores (RAA) a ser coordenada pela então constituída Direcção Comercial da Região Autónoma dos Açores (DCRAA).

O referido processo de integração obrigou, nos primeiros meses do ano, a um grande esforço de adaptação de todos os Colaboradores do ex-BBCA à nova plataforma informática, com a correspondente alteração de métodos e procedimentos.

Não obstante as importantes mudanças verificadas a nível operacional, foi mantida a marca "Banif Açores" no relacionamento do Banco com o mercado regional, tendo em consideração a especificidade deste mercado e o reconhecimento de que a própria marca já usufruia.

A actividade comercial do Banco na RAA foi essencialmente dirigida para o reforço das parcerias locais, a celebração de protocolos com o Governo Regional, a realização de diversas iniciativas institucionais e a continuidade da política de campanhas. De entre as iniciativas realizadas, destacamse:

  • − Participação nas diversas campanhas de dinamização da venda dos produtos bancários (Depósito Crescente a 2 Anos, Obrigações e Transferência de Crédito Habitação), bem como dos produtos de entidades associadas (v.g. Seguros Saúde e Assistência e Multi Protecção Lar Premier e Fundo Imopredial);
  • − Venda do Cartão Interjovem, pelo 3.º ano consecutivo, em parceria com a Direcção Regional da Juventude, que tem possibilitado uma maior divulgação do Banco junto do segmento jovem;

  • − Visita do "Ruca" (personagem de animação infantil de renome mundial) às crianças internadas no Serviço de Pediatria do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, bem como diversas acções lúdico-pedagógicas com a mascote da conta Nova Geração, direccionadas para os jardins-de-infância e público em geral, no Centro Comercial Parque Atlântico, onde as crianças puderam brincar e aprender a poupar de uma forma muito divertida, com o "Jogo da Poupança do Ruca";

  • − Lançamento, em parceria com o Grupo SATA, do novo cartão de crédito SATA Imagine, comercializável a Clientes e a não Clientes do Banco, a partir de 1 de Julho, não só nas Unidades de Negócio do Banif, como também nas lojas SATA. O cartão gerido pelo Banif oferece, entre outras vantagens, a conversão do valor das compras efectuadas em milhas do programa SATA Imagine, um bónus de 2.500 milhas na adesão, oferta da 1.ª anuidade e um pacote de seguros especialmente desenhado para viajantes.

Em virtude da expansão da rede e da integração no Banif, as agências Horta, Angra do Heroísmo e Sede, passaram, a partir do final de Maio, a designar-se Largo do Infante, Sé e Avenida, respectivamente.

Para reforçar a ligação do Banco às comunidades açoreanas nos Estados Unidos da América e no Canadá, o Banif promoveu e patrocinou diversas iniciativas, entre as quais se destacam, nos EUA, o jantar de gala do Boston Portuguese Festival, um jantar beneficiente cuja receita foi entregue à Associação dos Deficientes Portugueses de Toronto, e, no Canadá, uma reunião entre empresários luso-descendentes e açoreanos da área do turismo.

O Banco celebrou, ainda, diversos protocolos de colaboração institucional com o Governo Regional, que visam minimizar o impacto da conjuntura económica e financeira internacional adversa na Região, designadamente, em 4 de Fevereiro, as Linhas de Crédito Açores Investe e de Apoio à Reestruturação da Dívida Bancária, em 25 de Fevereiro, o PRORURAL, em 31 de Março, o SAFIAGRI, em 17 de Abril, o RICTA, e, em 19 de Junho, as Linhas de Crédito Açores Empresas e de Apoio à Aquisição de Primeira Habitação.

Ao nível da intervenção cultural e desportiva, o Banco deu continuidade à parceria que mantém com o Coliseu Micaelense desde 2005, realizou o 3.º torneio de golfe com a marca "Banif Açores", efectuou um donativo à Fundação Pauleta (entregue pelo Comendador Horácio Roque no decurso de um cocktail organizado pelo Banco em homenagem ao desportista açoreano) e reforçou a sua parceria com a Universidade dos Açores, através do apoio à realização da semana académica nos pólos de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo.

No desfavorável contexto macroeconómico actual, o desempenho do negócio revelou-se, no 1.º semestre de 2009, mais contido do que o observado no período homólogo de 2008.

Quanto à carteira de recursos, com um total de 940 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, regista-se um decréscimo na ordem dos 5,5%, resultante da quebra verificada nos depósitos à ordem, que penalizou sobremaneira o esforço de captação de recursos estáveis (depósitos a prazo e poupanças), os quais cresceram 7,2% face ao período homólogo de 2008. O saldo dos recursos do balanço soma, assim, no 1.º semestre de 2009, um total de 940 milhões de euros.

Ao nível do Crédito a Clientes, regista-se alguma estabilidade da carteira (+0,6%), com um total de 1.583 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, em que os incrementos no crédito habitação (+6,6%) e no crédito ao consumo (+4,7%) contrastam com um decréscimo do crédito destinado a outras finalidades (-14,1%).

Rubrica Variação homóloga 2009/2008
Recursos -5,5%
Crédito +0,6%
(1)
Base de Clientes
-0,5%

(1) Clientes Activos da Rede de Agências. Não inclui Rede de Centros de Empresas, Privado e Institucionais.

3.1.1.3 Actividade Comercial no Continente

a. Negócio no Segmento de Empresas e Médio/Alto de Particulares

A Direcção de Empresas e Banca Privada (DEP) é o órgão responsável pela coordenação e desenvolvimento das áreas de negócio de médias e grandes empresas, institucionais e particulares de médio-alto rendimento. Para além destas Unidades de Negócio, integra o Núcleo de Factoring, órgão que gere o negócio de Factoring e Confirming do Banco.

A actividade desenvolvida pela DEP ao longo do 1.º semestre de 2009 centrou-se no acompanhamento e controlo do negócio face à conjuntura económico-financeira dos mercados, implementando medidas que permitiram reagir de forma eficaz aos desafios financeiros que surgiram.

Desta forma, no final do 1.º semestre de 2009, o Crédito por Desembolso concedido a Clientes da DEP atingia os 3.080 milhões de euros e o saldo final de Recursos 942 milhões de euros.

Por outro lado, e como consequência da implementação do Projecto Empresas*2, continuou o esforço de racionalização e optimização das unidades de negócio. Paralelamente, verificou-se a estabilização do Projecto de Reestruturação do segmento Privado, com a alocação de Gestores Privados a todos os Centros de Empresas.

Negócio no Segmento de Empresas

O segmento Empresas da Direcção de Empresas e Banca Privada (DEP) é responsável por gerir e desenvolver a área de negócio do Banco relacionada em especial com pequenas e médias empresas.

No 1.º Semestre de 2009, fruto da crise financeira, o Sector Bancário continuou a ser marcado por falta de liquidez, custos de funding elevados e deterioração da carteira de crédito, que já se faziam sentir no último trimestre de 2008.

Neste contexto, o negócio do segmento de Empresas do Banif foi gerido através da consolidação de uma política de crédito selectiva e rigorosa, dando prioridade aos Clientes de bom risco e aos projectos de qualidade superior. Paralelamente, a política de pricing continuou a reflectir quer o risco do sector de actividade, quer o próprio risco da Empresa, devidamente ponderado pelas Garantias associadas e pelo consequente custo do financiamento das operações. Por outro lado, foi efectuado um esforço adicional de captação de recursos, tendo em vista a manutenção dos níveis adequados de liquidez.

Adicionalmente, implementou-se uma política de visitas trimestrais aos Clientes (anteriormente quadrimestrais), por forma a garantir um acompanhamento mais próximo e rigoroso da situação económico-financeira das Empresas.

Considerando os aspectos atrás referidos, nomeadamente os crescentes custos do funding e o facto de se apostar no apoio aos Clientes actuais, aplicando uma política de crédito restritiva, continuou-se o processo de adequação do modelo organizacional, iniciado com o Projecto Empresas*2. A DEP encerrou o semestre com uma rede de 13 Centros de Empresas e 48 Gestores.

Desta forma, ao nível do negócio do segmento Empresas no Banif, o 1.º semestre de 2009 foi marcado pela implementação de uma política de gestão de risco rigorosa, com critérios de concessão mais restritos, obtenção de garantias adicionais associadas às operações de crédito e diminuição dos períodos de renovação das linhas de crédito, tendo em vista o combate à deterioração da carteira de crédito.

Relativamente ao período homólogo de 2008, a Direcção de Empresas registou uma variação positiva nos Recursos de 15 milhões de euros (+4%), tendo atingido o montante total de 361 milhões de euros. Relativamente ao Crédito por Desembolso, o valor global da carteira de crédito ascendeu a 3.013 milhões de euros, correspondendo a um crescimento de cerca de 360 milhões de euros (+14%) em termos homólogos. Reflectindo a passagem de Clientes para outras áreas do Banco, realizada em 2008 com vista a assegurar uma mais correcta segmentação da carteira (mantendo-se na DEP somente os Clientes com facturação superior a 2 milhões de euros), verificou-se um decréscimo da Base de Clientes (-7%) face ao período homólogo do ano anterior.

Rubrica Variação homóloga 2009/2008
Recursos +4%
Crédito por Desembolso +14%
Base de Clientes -7%

Actividade do Núcleo de Factoring

No 1.º semestre de 2009, a actividade desenvolvida pela área de factoring e gestão de pagamentos a fornecedores, foi influenciada pela integração dos contratos com origem no BBCA.

As variações homólogas registadas ao nível do volume de cedências e saldo médio de antecipações, foram de +10% e +63% respectivamente.

Em linha com a evolução do volume de negócio gerido, o montante de comissões cobradas apresentou uma evolução positiva de 1,7% relativamente ao período homólogo do ano anterior. Os proveitos financeiros aumentaram 51,7%, face ao mesmo período de 2008.

No 1.º semestre de 2009, não houve alterações relevantes na estrutura da carteira de créditos sobre Clientes, em comparação com o final do 1.º semestre de 2008, continuando o sector da construção a registar o maior peso.

Negócio no Segmento Particulares de Médio-Alto Rendimento

O 1.º semestre de 2009 da DEP Privado foi marcado pela estabilização do Projecto de Reestruturação da Rede Comercial, que implicou que, desde o final de 2008, todos os Centros de Empresas tenham um Gestor Privado em permanência.

A implementação do Projecto e o consequente aumento da capacidade de resposta integrada para sócios/accionistas e empresas e/ou institucionais, tem vindo a possibilitar um aumento da capacidade de captação e dos próprios níveis de serviço prestado.

Desta forma, verificou-se que este reforço da equipa comercial privada, estruturada em 21 Equipas Comerciais, e a consequente articulação da sua actividade com a área de empresas, contribuiu para o aumento da base de Clientes deste segmento. Este crescimento tem sido ainda potenciado pelo Programa Banif Privado.

Em relação ao período homólogo de 2008, a rubrica Recursos apresentou um decréscimo (-41%), o qual resultou, essencialmente, da diminuição de recursos do sector institucional. Quanto à evolução do Crédito por Desembolso, este revelou um decréscimo de 5% em relação a Junho de 2008.

b. Negócio no Segmento de Retalho

A Direcção da Rede de Agências (DRA) manteve o enfoque comercial na captação de recursos, na colocação de produtos e na prestação de serviços nos seus segmentos alvo: particulares, pequenas empresas, profissionais liberais e empresários, no Continente.

A DRA tem vindo a implementar uma cada vez mais forte atitude multiproduto na venda, assumindo-se como canal principal da comercialização dos produtos estratégicos da banca comercial no Continente (Crédito Pessoal, Crédito Imobiliário, Conta Gestão de Tesouraria e Cartões). Paralelamente, a DRA tem vindo a manter uma posição de destaque na captação de recursos e na colocação de produtos de outras empresas do Grupo, para além dos produtos de crédito tradicionais da Rede de Empresas e Empresários.

A DRA encerrou o 1.º semestre com uma rede de 251 Agências em Portugal Continental, após a abertura de 9 Agências desde o início do ano. Dando continuidade à estratégia de forte expansão no Continente, assumida pelo Banif desde 2006, espera-se atingir as 267 Agências no final do ano.

Com o Programa de Gestão de Clientes no Continente, traçou-se para 2009 um objectivo muito ambicioso quanto à captação de Clientes e colocação de Produtos: 75.000 novos Clientes e 130.000 novos produtos, em termos de acréscimo líquido, e um rácio de 2,86 produtos por cliente activo.

A DRA terminou o semestre captando cerca de 30.000 novos clientes e colocando, em termos líquidos, quase 45.000 produtos novos.

Durante este semestre reforçaram-se os dois grandes projectos estruturantes do negócio, iniciados no 2.º semestre de 2008:

  • O Segmento Empresas e Empresários que visa apresentar uma nova oferta de qualidade para as pequenas e médias empresas, com produtos inovadores e gestores dedicados aos clientes, o qual conta já com 41 Gestores Dedicados.
  • O Projecto Assurfinance que pretende, de forma profissional e disciplinada, criar uma rede de Promotores de Negócios para o Banco assente nos Agentes da Companhia de Seguros Açoreana, S.A.. Neste 1.º semestre foram seleccionados mais 107 Mediadores Assurfinance, aumentando o seu número total para 150.

Comparando os finais dos 1.os semestres de 2008 e 2009, a DRA registou uma variação positiva nos recursos de 662 milhões de euros (+38%), tendo atingido o montante total de 2.559 milhões de euros. Relativamente ao crédito total, o valor global da carteira de crédito da DRA ascendeu a 2.773 milhões de euros, correspondendo a um crescimento de cerca de 216 milhões de euros (+8%).

Rubrica Variação Homóloga 2009/2008
Recursos +38%
Crédito +8%
Base de Clientes Activos +12%

3.1.1.4 Novos Canais de Distribuição e de Apoio às Áreas de Negócio

a. Actividade do Call Center e Banca Electrónica

O início de 2009 foi marcado pela conclusão do processo de fusão por incorporação do BBCA no Banif. A Direcção da Rede Directa (DRD), exerceu um papel activo neste processo, ajustando as suas competências comerciais, contribuindo assim para a necessária harmonização de produtos e procedimentos.

Banca Telefónica

Alinhada com a estratégia comercial do Banco, as acções na vertente "Outbound" registaram, no 1.º semestre de 2009, um incremento de 10%, face ao período homólogo de 2008. No período em análise, decorreu uma campanha de crédito pessoal que registou uma taxa de subscrição (relação entre os clientes que, aquando do contactacto telefónico, manifestaram interesse na adesão ao produto e aqueles que efectivamente vieram a subscrevê-lo) de 87,83%, cerca de 4 p.p. acima da taxa média apurada para iniciativas idênticas nos primeiros 6 meses de 2008. Os contactos comerciais de Conta Gestão de Tesouraria sobre não clientes resultaram numa taxa de subscrição que ascendeu aos 28,3%.

Por outro lado, o enfoque na captação de recursos motivou a concretização de várias iniciativas comerciais, as quais permitiram alcançar uma taxa média de subscrição da ordem dos 95%.

Em articulação com a DME, voltaram a ser realizados vários inquéritos de satisfação, no âmbito do plano de acompanhamento a Clientes e Promotores.

Merece ainda destaque a realização de campanhas dirigidas à promoção/colocação de produtos específicos, designadamente, referentes à activação de cartões, à Conta Triplus e ao Crédito à Habitação (Transferências).

No início de 2009 teve lugar uma reestruturação nas linhas de atendimento ao cliente. A Linha Banifone foi integrada na Linha Banif (808 200 200), permitindo a existência de um número universal de fácil identificação. O número de chamadas atendidas na Linha Banif ultrapassou as 48.000, um acréscimo significativo face aos 29.000 registos das Linhas Banif e Banifone em igual período de 2008.

Na actividade de recuperação de crédito não contenciosa, através do canal telefónico, atingiram-se as seguintes taxas globais de recuperação, nos diferentes segmentos: Crédito Pessoal - 80%, Crédito Imobiliário e recuperação dos juros e descobertos DO das Contas Gestão de Tesouraria - 84%.

Ainda no período em referência, foram divulgados os resultados das "Chamadas Mistério", relativos ao 2.º Semestre de 2008. Dos 13 bancos em análise, o Banif manteve a liderança nos dois itens avaliados (banca comercial e banca operacional), consolidando assim o reconhecimento da qualidade do serviço prestado.

Banca Electrónica

A integração do BBCA no Banif, a nível do serviço Banif@st, obrigou a uma uniformização de conteúdos genéricos e de conteúdos dos produtos em particular, tanto ao nível das suas características como ao nível das suas condições. Aproveitou-se, ainda, a oportunidade para se reestruturar alguns processos de navegação que permitiram simplificar a utilização do serviço.

O 1.º semestre de 2009 ficou igualmente marcado pelo lançamento de um conjunto alargado de novas funcionalidades, que se pretende irem de encontro às necessidades dos Clientes. Destas funcionalidades destacam-se a possibilidade dos Clientes efectuarem entregas programadas ou pontuais sobre as suas poupanças, de optarem pela renovação automática dos depósitos a prazo e, nas empresas, a criação de uma área específica de estrangeiro que inclui novas soluções, bem como a reformulação de outras já existentes.

Ainda no 1.º semestre de 2009 foram concluídos os desenvolvimentos que possibilitaram o alargamento do horário de funcionamento em cerca de 25%.

Relativamente aos resultados quantitativos alcançados, em 30 de Junho de 2009, 67% dos Clientes do Banco já tinham aderido ao serviço e, destes, 17% utilizam regularmente os canais disponíveis. O número de entradas nos diversos canais cresceu 20% face a igual período de 2008, o que originou um aumento de 23% nas transacções realizadas pelos utilizadores. A par destes crescimentos, os proveitos gerados subiram 16%.

No que respeita à captação de recursos, apesar da descida contínua das taxas de juro, as campanhas mensais de depósitos a prazo com taxas atractivas mantiveram-se e, em conjunto com a disponibilização de novos produtos através do Banif@st, permitiram aumentar em 19% o volume de recursos captados, face a igual período de 2008.

b. Canais Agenciados

A Direcção de Canais Agenciados (DCA) coordena a actividade dos promotores de negócio externos ao Banco, os quais continuam a representar um importante contributo, nomeadamente na colocação de produtos de crédito considerados estratégicos, na captação de recursos e na abertura de novas contas.

A crise financeira internacional afectou, a exemplo do sucedido com os diversos canais de distribuição, o contributo da Rede de Canais Agenciados para o negócio estratégico do Banco, nomeadamente na colocação dos produtos de crédito.

A forte quebra na procura, transversal a todas as Instituições de Crédito, provocou, com importante impacto no 1.º trimestre do ano em curso, uma contracção no contributo para a colocação de produtos de crédito. No 2.º trimestre já se assistiu a uma sustentada recuperação, colocando o contributo para o negócio de crédito, através da Rede de Canais Agenciados, em cerca de 60 milhões de euros. Todavia, revelando a confiança que os já Clientes e novos Clientes depositam no Banif, os recursos captados através desta rede de negócio registaram um crescimento, face ao período homólogo, de aproximadamente 10%. A carteira média de recursos com origem na Rede de Canais Agenciados situa-se em cerca de 73 milhões de euros.

Também o negócio direccionado a Clientes Não Residentes, nomeadamente financiamento destinando à construção e/ou aquisição imobiliária, revelou, essencialmente no 1.º trimestre do ano, uma redução significativa. Contudo, a especialização dos promotores deste tipo de negócio, assente na referência de mercado que o Banif já representa e a multiplicidade de produtos disponibilizados para este segmento, permitiram uma sustentada recuperação no contributo de negócio, situação que permite à DCA perspectivar a manutenção de um importante contributo para o crédito estratégico do Banco.

Dando continuidade à política dos anos anteriores, os Promotores que constituem a Rede de Canais Agenciados contribuíram para o "Programa de Captação de Novos Clientes" com a captação, no período em apreço, de cerca de 3.500 novas contas, continuando a representar um importante contributo para o alargamento da base de clientes do Banco.

A Rede de Canais Agenciados é constituída por 1.635 Promotores, dos quais 1.073 são Promotores Comerciais, 167 são Promotores Assurfinance e os restantes 397 são Consultores Financeiros e Agentes Imobiliários, com os quais o Banif estabeleceu acordos de parceria.

O "Projecto Assurfinance", cujo projecto-piloto teve inicio no último trimestre de 2008, com 50 promotores, já conta com 167 promotores aderentes, em linha com o objectivo traçado para o final de 2010, de constituição de uma Rede de 400 profissionais de seguros a comercializarem produtos bancários. O seu contributo tem vindo a evoluir de uma forma consolidada, assente num forte conceito de cross-selling entre o Banif e a CSA.

c. Canais e Meios de Pagamento Electrónicos

Com a integração do BBCA no início do ano de 2009, o parque de Caixas Automáticos Multibanco do Banif passou a ser constituído por um total de 520 terminais. No final do 1.º semestre de 2009, o parque contava já com 532 Caixas Automáticos Multibanco, representando cerca de 4% de quota de mercado.

Verificou-se um aumento sustentado nos proveitos gerados durante o 1.º semestre face ao mesmo período de 2008, na ordem dos 12%.

No início de 2009, o parque de Terminais de Pagamento Automático do Banco contava com 5.144 unidades, considerando já a integração do parque do BBCA. O Banif detém actualmente cerca de 2,37% de quota de mercado de Terminais de Pagamento Automático. Em termos de proveitos gerados no 1.º semestre de 2009, verificou-se um decréscimo de cerca de 16% face ao período homólogo de 2008.

d. Protocolos e Cross-Selling

No que concerne aos protocolos comerciais, o 1.º semestre de 2009 foi um período de aprofundamento e intensificação da utilização destes mecanismos de captação e fidelização de Clientes.

As melhorias introduzidas nos protocolos existentes e a sua utilização mais intensiva pelas redes comerciais permitiram contribuir em mais de 10% para a captação de Clientes novos para o Banco.

A par dos Protocolos Ordenado, que assentam na Conta Triplus, a celebração e dinamização de protocolos com organizações de âmbito nacional, e, portanto, com uma grande base de associados, foram uma prioridade durante este período, do que são exemplo os protocolos celebrados com a Ordem dos Economistas, com a União das Misericórdias Portuguesas, e ainda a parceria estabelecida com a Via Verde.

Em matéria de cross-selling de produtos de investimento, os Fundos de Investimento Imobiliário terminaram o semestre com alguma recuperação, em termos de carteira. A variação homóloga negativa (–3%) reflectiu ainda a onda de resgates ocorrida entre Setembro de 2008 e Março de 2009, fruto da queda ocorrida nos mercados financeiros, realidade comum a todo o sector.

Os Fundos de Investimento Mobiliário continuaram com um volume de resgates superior ao das subscrições, também em linha com o sector, tendo, contudo, o semestre terminado com uma clara tendência para a estabilização da carteira.

A conjuntura adversa ao investimento condicionou as prestações ao nível do Leasing Mobiliário e do Renting. O Leasing Imobiliário denotou uma prestação positiva, com uma variação de +14% face ao período homólogo do ano anterior.

A venda de Seguros Financeiros caracterizou-se por excelentes prestações, tendo o Banco registado variações homólogas de +413% na venda de seguros de capitalização e de +83% na venda de Planos Poupança Reforma (PPR), face a igual período de 2008.

Os Seguros Não Financeiros evidenciaram igualmente um bom desempenho, com o Banco a registar uma variação homóloga de +20%.

e. Marketing Estratégico

Ao nível do marketing estratégico, a actividade no 1.º semestre de 2009 esteve essencialmente relacionada com o processo de incorporação do BBCA no Banif. Neste contexto, a Direcção de Marketing Estratégico (DME) desempenhou um importante papel no processo de harmonização do catálogo de produtos e serviços, do preçário e do sistema de informação de gestão.

Na vertente de aplicações de suporte ao negócio, a DME desenvolveu e concluiu, no 1.º semestre de 2009, um conjunto de projectos e iniciativas estruturantes nas diferentes áreas do seu perímetro de actuação, com vista a uma resposta, em tempo oportuno, aos requisitos da actividade.

Destes projectos e iniciativas merecem realce:

  • − Integração da informação de gestão do BBCA no sistema de informação de gestão do Banif;
  • − Desenvolvimento de um sistema de informação de gestão para a Direcção de Recuperação de Crédito;
  • − Desenvolvimento de uma solução de workflow para a área de Recuperação de Crédito;
  • − Robustecimento aplicacional e renovação tecnológica do workflow de crédito, no segmento das empresas, que se traduz numa maior eficácia e eficiência do processo de concessão de crédito às empresas.

Na área do Planeamento e Estratégia de Marketing destacam-se, no primeiro semestre de 2009, as seguintes actividades:

  • − Produção de diversos estudos de benchmarking, regulares e pontuais, a nível nacional e internacional, bem como de análise comparada do portfólio de produtos e serviços do Banco face ao mercado;
  • − Análise sistematizada das campanhas da concorrência com implicações decisivas para o desenho de novos produtos e redefinição de produtos existentes;
  • − Análise estratégica do mercado, com particular enfoque para a exploração dos segmentos "Sénior", "Rede de Empresas e Empresários", "Emigrantes", "Não-Residentes" e "Novos Residentes", para avaliação comparada do Banif com o mercado no que concerne a produtos e serviços. Em paralelo, manteve-se a aposta em acções de captação e fidelização de clientes jovens dos 0 aos 25 anos;
  • − Análise do mercado bancário e posicionamento do Banif, bem como análises do mercado local;
  • − Elaboração e acompanhamento do plano global de campanhas comerciais do Banco para o 1.º semestre de 2009, em estreita articulação com as Direcções de Produto e Direcções Comerciais;
  • − Gestão estratégica e operacional do Catálogo de Produtos e Serviços disponibilizado pelo Banco aos seus Clientes;
  • − Gestão estratégica e operacional do preçário disponibilizado pelo Banco aos seus Clientes, com propostas de alteração em comissões consideradas relevantes para a actividade do Banco;

  • − Gestão permanente do programa de aferição do nível de satisfação dos Clientes particulares e empresas do Banco, estabelecimento de objectivos anuais para os principais indicadores de desempenho do inquérito à satisfação dos Clientes de retalho e introdução de um novo inquérito de satisfação para os Promotores Assurfinance;

  • − Monitorização e divulgação de informação relativa ao processo de Mystery Shopping, no âmbito do projecto da "Qualidade de Serviço" das Agências Banif, assim como relativa aos Mystery Calls (call-center);
  • − Dinamização do Comité de Gestão Estratégica de Produtos, em parceria com as Direcções Comerciais, Direcções de Produto e Direcção de Marketing e Comunicação;
  • − Dinamização do Comité de Benchmarking e Inovação, com a realização de diversos estudos de mercado que contribuíram, indirectamente, para reflexão interna e fornecimento de informação de relevo para o Comité de Gestão Estratégica de Produtos;
  • − Dinamização do portal do Marketing Estratégico, que permite o acesso às aplicações de suporte ao negócio e disponibiliza alguns conteúdos de interesse para as redes comerciais e centrais: novidades, notícias de natureza económico-financeira, informação útil sobre o catálogo de produtos de retalho e produtos/campanhas do Banco em destaque.

Foram ainda desenvolvidas iniciativas em articulação com outras entidades do Banif – Grupo Financeiro, designadamente:

  • − Contribuição para a realização do Comité de Particulares do Banif Grupo Financeiro, mediante a caracterização global de cada associada e propositura de projectos estruturantes para o crescimento de negócios no seio do Grupo e para o desenvolvimento de sinergias;
  • − Participação na análise do mercado e definição da proposta de valor para o segmento automóvel, em estreita articulação com a Banif Go e a Banif Rent;
  • − Participação num projecto para integração do leasing mobiliário não-estratégico e leasing imobiliário no Banif.

3.1.1.5 Produtos de Crédito e de Poupança

a. Crédito Imobiliário

Durante o 1.º semestre de 2009 registou-se uma quebra acentuada do negócio de Crédito Imobiliário face ao período homólogo do ano anterior, em consequência de condições de mercado muito adversas.

No período em referência foram formalizados 2.104 contratos, no valor global de 170,2 milhões de euros (Continente: 123,5 milhões de euros; Madeira: 23,5 milhões de euros: Açores 23,2 milhões de euros), representando um decréscimo, em valor absoluto, de 105,5 milhões de euros (-48%), relativamente ao mesmo período do ano transacto.

O rácio Loan-to-Value da contratação deste período situou-se nos 70%, com um spread médio de 1,23%, contra um um rácio LTV de 74% e um spread médio de 0,79% no período homólogo, o que significa uma melhoria do risco e da rendibilidade.

A carteira de crédito imobiliário do Banif representava, no início do presente ano, 3.049,2 milhões de euros (Continente: 1.943,0 milhões de euros; Madeira: 475,8 milhões de euros; Açores: 630,4 milhões de euros), correspondentes a 51.384 contratos.

Fruto da produção verificada, a carteira do Banco teve um aumento de 75,6 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 2,5%, face ao final de 2008 e de 6,8% (200,2 milhões de euros) face ao final do 1.º semestre de 2008, taxas de crescimento que deverão situar-se ligeiramente acima da média do sector.

O total sob gestão do Banif, incluindo a carteira securitizada representa, no final de Junho de 2009, 3.124,8 milhões de euros (Continente: 1.997,8 milhões de euros; Madeira: 483,3 milhões de euros; Açores: 643,7 milhões de euros) que correspondem a cerca de 52.482 contratos.

O saldo securitizado era, no final do 1.º semestre de 2009, de 2.035,6 milhões de euros.

O segmento de Não Residentes, que vinha registando níveis de crescimento significativos, também conheceu uma evolução negativa no que respeita à produção do 1.º semestre de 2009, passando de 73,5 milhões de euros para 32,5 milhões de euros, o que representa menos 56% relativamente ao período homólogo do ano anterior. Salienta-se, no entanto, que a carteira de Não Residentes correspondia a 10% da carteira total, no final do 1.º semestre de 2009.

O Banco continua a manter uma oferta completa no domínio do crédito imobiliário, que foi recentemente alargada com a introdução de opções de taxa fixa para os Clientes, continuando a apostar na competitividade, inovação e qualidade do serviço.

b. Crédito ao Consumo

Cartões de Pagamento

No decurso do 1.º semestre de 2009, a Direcção de Meios de Pagamento (DMP) deu continuidade ao processo de implementação e estabilização da nova operativa de suporte ao negócio de cartões, tendo concluído com sucesso a 2.ª fase do novo sistema de administração e gestão de cartões.

Neste semestre, foi ainda concluída a migração da carteira de cartões de débito do ex-BBCA para a carteira do Banif, o que permitiu a integração de toda esta gama de produtos numa operativa única.

Paralelamente, a DMP tem vindo a ajustar a oferta de produtos e serviços merecendo, a este nível, destaque no 1.º semestre de 2009:

  • Lançamento do cartão de débito Universitário reforçando a oferta do Banco junto do segmento de estudantes do ensino superior;
  • Lançamento do cartão de crédito DUAL direccionado para jovens dos 18 aos 25 anos;
  • Lançamento do cartão co-branded SATA IMAGINE, cartão de crédito desenvolvido em parceria com a SATA, que para além de alargar a proposta do Banco a não-clientes, oferece a todos os seus titulares os benefícios decorrentes da acumulação de milhas associadas aos programas de passageiro frequente daquela Companhia Aérea.

Durante o 1.º semestre de 2009, a carteira de cartões de crédito do Banco apresentou um decréscimo de -7% quando comparada com igual período de 2008. Pese embora a redução da carteira, verificouse, em igual período, um aumento no valor do crédito concedido na ordem dos 3,3%, ascendendo a 40,3 milhões de euros.

Os cartões de débito no 1.º semestre de 2009 apresentam um crescimento de 2,6% face a igual período de 2008, situando-se a actual carteira em 302.706 cartões.

Os proveitos decorrentes da actividade de cartões do Banif fixaram-se nos 8 milhões de euros, apresentando um decréscimo de 6,6% face ao mesmo período do ano anterior. De destacar que 3,2 milhões de euros resultam de comissões sobre o transaccional dos cartões.

Crédito Pessoal

A diversidade e a adequação da oferta de produtos de Crédito Pessoal ao perfil e relacionamento dos Clientes com o Banif conduziram, no 1.º semestre de 2009, ao crescimento sustentado do volume de crédito concedido e do número de contratos em carteira.

No período em referência, procedeu-se à revisão do preçário praticado nos produtos de Crédito Pessoal, no que concerne à tipologia de taxa de juro praticada, permitindo aos Clientes a contratação de taxa de juro fixa. Neste âmbito, implementou-se a Campanha de Crédito Pessoal Revolving, com a oferta simultânea de upgrade de montantes de crédito e nova taxa de juro a Clientes com experiência positiva na contratação desta modalidade de financiamento.

O lançamento de novos produtos - Crédito Pessoal Arte, Crédito Pessoal Mais Ambiente e Crédito Pessoal Multimédia - bem como a adesão ao Protocolo com o Estado Português para financiamento da aquisição de equipamentos solares térmicos a condições vantajosas, contribuíram para a expansão da oferta de crédito ao consumo com finalidades pré-definidas.

No 1.º semestre de 2009 verificou-se um decréscimo de 10% e 14% no número e volume de crédito de novos contratos, face ao mesmo período do ano anterior. A carteira de Crédito Pessoal cifrou-se em 320,9 milhões de euros de crédito.

Crédito Especializado – Crédito a Pequenos Negócios

Nos produtos de crédito concedido a Pequenos Negócios através da Rede de Retalho, destaca-se, no 1.º semestre de 2009, o impacto da conjuntura económica na redução da carteira de crédito concedido sob gestão, a implementação de medidas com vista à adequação das condições praticadas no crédito a empresas e a expansão do portfólio com o lançamento de dois novos produtos.

A carteira de crédito de Soluções Conta Gestão Tesouraria registou um decréscimo de -3% face a igual período do ano anterior, cifrando-se em 308,7 milhões de euros o volume de crédito concedido ao abrigo deste produto. Para a variação negativa da carteira contribuiu a redução do número de novos contratos (-25%) face a igual período de 2008 e o acréscimo do número de liquidações solicitadas no período.

No âmbito da gestão de produtos para esta área de negócio, procedeu-se à revisão do preçário associado a operações de crédito a micro e pequenas empresas, promovendo o seu ajustamento às condições do mercado e ao perfil dos Clientes.

Com o intuito de ampliar a oferta para Pequenos Negócios, desenvolveram-se dois novos produtos com finalidades pré-definidas: o Crédito Investimento Mais Ambiente, para financiamento da aquisição e/ou instalação de soluções tecnológicas para redução de custos energéticos e o Crédito Business Multimédia, para financiamento de soluções de apoio ao negócio e mobilidade das empresas.

c. Contas de Depósitos e Produtos de Poupança

No âmbito da gestão do portfólio de produtos para captação e aplicação de recursos de Clientes Particulares, assistiu-se, no 1.º semestre de 2009, à reestruturação global da oferta, com integração, ajustamento e descontinuação de produtos.

No contexto da gestão e distribuição multicanal de produtos de Depósitos a Prazo e Poupança, procedeu-se à integração na carteira e revisão das condições praticadas nos produtos Depósito e Super Depósito @st. Com o Projecto de Integração do BBCA no Banif, promoveu-se a revisão e harmonização de procedimentos e produtos com distribuição nas Unidades de Negócio da Região Autónoma dos Açores.

Com o intuito de incentivar a poupança, garantindo a adequação das condições praticadas à evolução do mercado e ao perfil dos Clientes, lançaram-se dois novos produtos – Depósito Crescente a 2 e 4 anos e foram descontinuados alguns produtos de poupança.

No que concerne à dinamização de produtos de passivo para os diversos segmentos de Clientes, desenvolveram-se acções promocionais da Conta Nova Geração envolvendo a mascote "Ruca", e realizaram-se parcerias com várias entidades, no sentido de promover a poupança no segmento jovem. Ainda neste âmbito, encontra-se em desenvolvimento o projecto de revisão da abordagem ao segmento sénior, com vista ao ajustamento das características de aspectos promocionais e de comunicação dos produtos para este segmento.

3.1.1.6 Recuperação de Crédito Vencido e em Contencioso

No final de Junho de 2009, o crédito em incumprimento, sem crédito titularizado, atingia 257,6 milhões de euros, sendo que o crédito afecto à Direcção de Recuperação de Créditos (DRC) ascendia a 176,3 milhões de euros, face aos 101,4 milhões de euros registados em Junho de 2008.

O crescimento de 74% verificado no crédito sob gestão da DRC é explicado de um modo preponderante pelo desempenho do segmento de Empresas, o qual registou um aumento das entradas na DRC de 174% face ao período homólogo (45,5 milhões de euros contra 16,6 milhões de euros). O segmento de Retalho, no mesmo período, apresentou um crescimento de 37% (34,8 milhões de euros contra 25,3 milhões de euros).

Por outro lado, o valor acumulado dos recebimentos (capital, juros e encargos) registou um aumento de 11% relativamente ao período homólogo do ano anterior, tendo ascendido a 27,9 milhões de euros contra os 25 milhões de euros acumulados a Junho de 2008.

Ainda no âmbito da recuperação do crédito concedido, o Banif prosseguiu durante este semestre à implementação do novo Modelo de Recuperação de Crédito. Este modelo visa uma maior eficiência e eficácia na gestão do crédito vencido, privilegiando a maior sistematização e celeridade na actuação das áreas de recuperação especializada. Tal facto traduziu-se:

  • − No reforço da equipa da Direcção de Recuperação de Créditos, com criação de dois Gabinetes distintos para tratamento das dividas do segmento de Retalho e do segmento de Empresas;
  • − Na criação de uma estrutura especializada em recuperação negocial, estrutura esta que actua com prazos muito restritos, promovendo a recuperação do crédito ou o estabelecimento de acordos que permitam o retorno do Cliente à área comercial;
  • − No enfoque do processo de recuperação no recuperador, que assume o papel de líder do processo de recuperação, mantendo o contacto com os devedores com vista a assegurar, sempre que possível, a recuperação por via negocial, ao mesmo tempo que controla a acção dos advogados, discutindo a definição da estratégia e acompanhando a evolução judicial dos processos.

3.1.1.7 Actividade Financeira

A Direcção Financeira manteve como principal função a gestão integrada dos activos e passivos do Banco, assegurando a intervenção deste e de algumas empresas do Banif – Grupo Financeiro nos mercados monetário e cambial, a coordenação da actividade do Banco com outras instituições financeiras nacionais e estrangeiras e, ainda, o apoio às Direcções Comerciais e de produtos na sua área de actuação, designadamente através da colaboração na estruturação de produtos para venda nas redes comerciais.

Face à volatilidade que continuou a marcar os mercados, o Banif manteve a sua política de diversificação das suas áreas de actuação, limitando as suas carteiras de acções e obrigações e privilegiando a liquidez.

O 1.º semestre de 2009 continuou marcado pela falta de confiança no sistema financeiro, afectando a liquidez, o que levou os Bancos a utilizarem mais frequentemente as operações de refinanciamento do BCE para estabilizarem as suas posições de liquidez.

A política de investimentos continuou a ser conduzida com o apoio do Banco de Investimento, seguindo um perfil conservador na selecção dos emitentes e privilegiando uma diversificação sectorial.

Os resultados líquidos globais em operações financeiras cifraram-se num lucro de 5,04 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, contra um resultado negativo de 2,2 milhões de euros no período homólogo de 2008. O valor apurado resulta principalmente de ganhos com a reavaliação da carteira de títulos de investimento.

O mercado cambial continuou marcado por alguma volatilidade durante o 1.º semestre de 2009.

Uma melhoria dos indicadores conjunturais e as revisões em alta do Produto Interno Bruto norteamericano para 2009 não foram suficientes para alterar os cenários de contracção económica nas principais economias mundiais, prevendo-se que a retoma seja lenta e prolongada.

Por seu lado, as autoridades monetárias prosseguiram as suas políticas expansionistas, com o FED a manter as suas taxas directoras na banda entre 0% e 0,25%, e o BCE a proceder à sua redução, situando-se em 1% com referência a Junho de 2009.

A conjugação destes factores contribuiu para uma ligeira valorização do Euro face ao Dólar Americano, cotando-se nos 1,4134 no final de Junho, e originou um aumento da actividade cambial durante este semestre, resultante de operações comerciais, quando comparado com o período homólogo de 2008.

Uma gestão conservadora nas operações de risco do Banco originou um aumento nos resultados cambiais, que ascenderam a 950 milhares de euros no final do 1.º semestre de 2009, contra os 445 milhares de euros obtidos em igual período em 2008.

O Banif manteve uma política equilibrada de gestão da liquidez, com o intuito de minimizar os riscos de mercado, apostando em aplicações de menor risco, fazendo a cobertura de risco nos activos mais voláteis, reduzindo os mismatches das taxas de juro e fazendo uma avaliação periódica do risco de taxa de juro, com o intuito de reduzir essa exposição.

A estabilidade da liquidez foi feita através do funding de Clientes, do recurso ao mercado monetário, do recurso a operações nos mercados internacionais através de empréstimos de médio/longo prazo e do recurso às operações de refinanciamento do BCE.

Durante o 1.º semestre de 2009, os Clientes do Banco continuaram a apostar em aplicações de títulos de curto prazo, em virtude da grande instabilidade dos mercados financeiros.

No âmbito dos mercados de capitais, a Direcção Financeira participou na preparação da emissão de uma operação de Titularização de Crédito Hipotecário do Banif no montante de 514,25 milhões de euros, finalizada em Março. Os títulos desta operação foram convertidos em activos elegíveis para o Banco poder beneficiar da facilidade de refinanciamento junto do BCE.

Em Maio, foi efectuada uma emissão de Obrigações de Taxa Fixa no montante de 500 milhões de euros, com o prazo de 3 anos e a Garantia do Estado Português.

A liquidez do Banco continuou a mostrar alguma estabilidade no 1.º semestre de 2009, com o respectivo rácio, conforme medido pelo Banco de Portugal, a registar um ligeiro decréscimo, passando de 103,1% no final do 1.º semestre de 2008 para 94,9 % em igual período de 2009.

3.1.1.8 Síntese da Actividade e Resultados do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

As demonstrações financeiras do Banif - Banco Internacional do Funchal, SA, referentes aos períodos em análise, foram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 1/2005. Contudo, tendo em vista a análise do desempenho económico e a respectiva comparabilidade a nível internacional, bem como o contributo que o Banif representa para o Grupo, considera-se mais adequado a utilização de elementos contabilísticos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), as quais são adoptadas pela Banif-SGPS, empresa-mãe do Grupo, na apresentação das suas Demonstrações Financeiras consolidadas.

Por outro lado, a partir de 1 de Janeiro de 2009, o Banif incorporou por fusão o Banco Banif e Comercial dos Açores, SA, instituição líder do mercado da Região Autónoma dos Açores.

Neste contexto e para que as demonstrações financeiras em análise sejam directamente comparáveis nos períodos em causa, foram preparados elementos contabilísticos pró-forma para o período homólogo de 2008, em base IAS/IFRS, e respectivos indicadores, apresentados no quadro inserto no final desta análise, e que espelham adequadamente o contributo do Banif, com a inclusão do BBCA, para as contas consolidadas do Banif – Grupo Financeiro.

Assim, a análise daqueles elementos contabilísticos e dos seus principais indicadores permite salientar o desempenho do Banco na actividade desenvolvida no primeiro semestre de 2009, em comparação com igual período do ano anterior.

O Lucro Líquido cifrou-se em 10.227 milhares de Euros no final do 1º semestre de 2009, o que expressa uma rendibilidade dos capitais próprios (ROE) e uma rendibilidade do activo (ROA) anualizadas, de respectivamente 3,8% e 0,19%. A principal razão para a divergência dos resultados do exercício em base IAS/IFRS e em NCA's deve-se ao elevado volume de provisões para riscos gerais e específicos de crédito, constituídas nos termos do Aviso 3/95 do Banco de Portugal, que atingiram 61,9 milhões de euros, comparados com 33,3 milhões de euros no 1º semestre de 2008, enquanto a imparidade de crédito, em base IAS/IFRS, se situou em 50,0 milhões de euros (24,9 milhões de euros no período homólogo de 2008).

Demonstração de Resultados

A Margem Financeira, incluindo o Rendimento de Instrumentos de Capital, apresentou um crescimento de apenas 3,7% face ao 1º semestre de 2008, cifrando-se em 106,5 milhões de euros. De facto, o crescimento registado na Margem Financeira foi inferior à expansão da actividade, que medida pela variação do Activo Líquido, subiu 10,5% entre os períodos em análise. No actual contexto de descida continuada das taxas de juro, a Margem Financeira foi prejudicada devido à estrutura temporal das carteiras activas e passivas, na medida em que o prazo médio de revisão de taxas activas é inferior ao prazo médio da revisão das taxas passivas. Além desta questão estrutural, a política seguida para crescimento dos Depósitos de Clientes, que subiram 27,9% entre Junho de 2008 e Junho de 2009, aliou-se, por vezes, a uma maior agressividade de preço.

Os Lucros de Operações Financeiras registaram, no 1º semestre de 2009, um acréscimo de 7,8 milhões de euros, face a igual período de 2008, situando-se em 5,2 milhões de euros. Para este resultado contribuíram a mais valia realizada na venda da participação na Via Litoral, no valor de 2,6 milhões de euros, contabilizada na rubrica "Activos Financeiros Disponíveis para Venda", e também a valorização da carteira de títulos ao justo valor em 1,5 milhões de euros, relevados na rubrica "Resultados de Activos e Passivos avaliados ao Justo Valor através de Resultados".

Os Outros Proveitos Líquidos, que incluem Comissões por Prestação de Serviços e Reembolso de Despesas, evidenciam um acréscimo de 7,9%, quando comparados com o período homólogo de 2008, atingindo 44,6 milhões de euros, o que traduz a eficiência na aplicação do preçário nos serviços prestados a uma base de clientes mais alargada.

O Produto da Actividade, formado pela Margem Financeira, pelos Lucros de Operações Financeiras e pelas Comissões e Outros Resultados Líquidos, cresceu 10,5%, totalizando 156,3 milhões de euros. Apesar do crescimento orgânico do Banco, os custos de funcionamento, que compreendem os Custos com o Pessoal, os Gastos Gerais Administrativos e as Amortizações, ascenderam a 95,5 milhões de euros, um decréscimo de 0,5% quando comparado com o período homólogo de 2008. Durante o primeiro semestre de 2008, os custos de funcionamento foram particularmente agravados pelos encargos com o rebranding e sua divulgação, e com a celebração do 20º aniversário do Banif – Grupo Financeiro, que ocorreram em Fevereiro.

Os Custos com o Pessoal, que se elevaram 51,9 milhões de euros, cresceram 0,5%, em relação a igual período do ano anterior, apesar do reforço do quadro de pessoal em 197 colaboradores, para um total de 2.646 no final do semestre. Aquele aumento seria de 4,6% se eliminado o efeito da contabilização da gratificação extraordinária atribuída em 2008 no âmbito das comemorações dos 20 anos do Grupo Banif e que correspondeu a um vencimento adicional.

Os Gastos Gerais Administrativos atingiram 36,5 milhões de euros, reflectindo uma descida de 5,4% relativamente ao 1º semestre de 2008, período este em que se registaram os custos com o rebranding, na sequência da uniformização das marcas do Grupo. Por seu turno, as Amortizações apresentaram, no período, um crescimento de 23,5%, em função dos investimentos realizados com a expansão da rede de agências. Foram abertas 14 novas agências durante o 1º semestre de 2009.

Como resultado da redução dos custos de funcionamento, o rácio "Cost to Income" exprime um acréscimo de eficiência de 6,8 p.p., tendo passado de 67,9%, no final do 1º semestre de 2008, para 61,1% no final do 1º semestre do ano em curso.

O Cash Flow de Exploração ascendeu a 67,9 milhões de euros, no final de Junho de 2009, uma subida de 32,7% quando comparado com o alcançado no final do período homólogo do ano anterior.

As Provisões e Imparidade, líquidas, calculadas de acordo com as IAS/IFRS, conforme o referido na introdução a esta análise, totalizaram 50,0 milhões de euros, no final do 1º semestre de 2009, como reflexo da deterioração da actual conjuntura macro-económica nacional e internacional, que obrigou a uma política de maior prudência na avaliação de alguns coeficientes de análise colectiva da imparidade de crédito.

Deste modo, o Lucro Líquido depois de impostos do Banif - Banco Internacional do Funchal, SA, ascendeu a 10,2 milhões de euros, em base IAS/IFRS, menos 35,2% do que o resultado obtido em 30 de Junho de 2008, 15,8 milhões de euros.

Balanço

No Balanço, constata-se o crescimento do Activo Líquido, que alcançou 11.114,6 milhões de euros, mais 10,5% do que no período homólogo de 2008.

A rubrica "Crédito a Clientes" apresentou um valor bruto de 9.694,0 milhões de euros, representando um aumento de 9,0% quando comparado com o final do 1º semestre de 2008. Apesar do abrandamento verificado na concessão de crédito, devido à actual conjuntura económica, o crédito à habitação, que constituiu, no final do 1º semestre de 2008, 70,4% da carteira de crédito a Particulares, contribuiu com um incremento de 11,9% enquanto que a carteira de Crédito a Empresas, que no mesmo período representava 56,1% do total do crédito, em valores brutos, contribuiu com um crescimento de 12,1%. O quadro seguinte compara o saldo do crédito concedido a clientes no final dos períodos em análise:

(milhares de euros) Jun-08 Jun-09 Variação
Particulares
Crédito imobiliário 2.655.177 2.970.516 11,9%
do qual titularizado 721.814 2.043.426 183,1%
Crédito ao consumo 465.747 487.433 4,7%
Outro 882.985 759.523 -14,0%
Total Particulares 4.003.909 4.217.472 5,3%
Empresas
Desconto 450.674 427.961 -5,0%
Empréstimos 1.871.116 2.301.591 23,0%
Contas Correntes 2.021.041 2.192.818 8,5%
Outros 504.123 513.135 1,8%
Total Empresas 4.846.953 5.435.506 12,1%
Juros a receber e vencidos 45.824 41.056 -10,4%
Total Crédito Bruto 8.896.687 9.694.034 9,0%
Imparidade de Crédito 198.075 260.204 31,4%
Total Crédito Líquido 8.698.612 9.433.830 8,5%

Apesar da melhoria do sentimento dos investidores, alicerçada em indícios da desaceleração da recessão ocorrida no 2º semestre de 2008, mantém-se uma conjuntura económica pouco favorável. Porém a criteriosa selecção e acompanhamento do risco de crédito têm permitido manter, ainda, níveis de qualidade da Carteira de Crédito, expressos num rácio de "Imparidade/Crédito Total" de 2,68% (2,23% em 30 de Junho de 2008) e um rácio de "Crédito em Incumprimento/Crédito Total" de 2,80% (1,76% em finais de Junho de 2008).

Relativamente à carteira de Activos Financeiros ao Justo Valor através de Resultados, verificou-se um crescimento de 133,4 milhões devido, principalmente, à recompra de unidades de participação de fundos no montante de 150,9 milhões de euros.

A carteira de Activos Financeiros Disponíveis para Venda que totalizou 92,9 milhões de euros, apresentou um acréscimo de 52,5 milhões de euros, no 1º semestre de 2009, quando comparado com o período homólogo, porque neste último registaram-se a venda da participação da Via Litoral no montante de 3,4 milhões de euros, bem como os títulos residuais das operações de securitização de crédito hipotecário Azor Mortgage Nº2, Atlantes Mortgage Nº 3 e Atlantes Mortgage Nº 4, no montante de 45,8 milhões de euros.

Nas actuais condições de crise que tem condicionado o normal funcionamento do mercado, o Banif tem conseguido manter níveis adequados de liquidez diversificando a sua estrutura de recursos financeiros. Ao nível do funding captado, salienta-se o aumento verificado nos Recursos de Bancos Centrais, no montante de 319,7 milhões de euros, devido à realização de operações de crédito no Eurosistema (operações de cedência de liquidez) e o decréscimo de 1.371,0 milhões de euros ocorrido nos Recursos de Outras Instituições de Crédito que traduz a falta de liquidez ocorrida nos mercados, compensado, porém, pela excelente performance na captação de recursos de clientes.

Milhares de Euros
Jun-09 Est. Jun-08 Est. Variação
Recursos de Bancos Centrais 490.577 4,7% 170.877 1,7% 187,1%
Recursos de Outras Instituições de Crédito 1.893.335 18,2% 3.264.342 33,2% -42,0%
Recursos de Clientes 6.760.981 64,9% 5.242.214 53,3% 29,0%
Responsabilidades representadas por títulos 525.797 5,0% 64.061 0,7% 720,8%
Outros Passivos Financeiros 344.442 3,3% 778.647 7,9% -55,8%
Passivos Subordinados 409.645 3,9% 309.668 3,2% 32,3%
Total de funding 10.424.777 100,0% 9.829.808 100,0% 6,1%

Quanto à evolução dos Depósitos de Clientes, atingiram 6.761 milhões de euros, um acréscimo de 29%, equivalentes a 1.518,7 milhões de euros, quando comparado com o final do 1º semestre de 2008. Os Depósitos a Prazo registaram um crescimento de 1.667,7 milhões de euros, no final de Junho de 2009, quando comparado com igual período de 2008, que já inclui os recursos da Banif Finance, que só foram reclassificados para Depósito de Clientes em Dezembro de 2008. Retirado este efeito, o crescimento verificado foi de 22,2%, que reflecte as diversas iniciativas de captação de recursos através de produtos inovadores e taxas competitivas, servindo uma base mais alargada de clientes através de uma rede geograficamente mais abrangente.

Milhares de euros
Jun-09 Jun-08 Variação
Depósitos de Clientes 6.713.297 5.204.265 29,0%
À ordem 1.192.055 1.437.064 -17,0%
A prazo 5.003.900 3.336.198 50,0%
Poupança 117.273 197.517 -40,6%
Outros 400.069 233.487 71,3%
Certificados de Depósito 25.114 63.307 -60,3%

Durante o 1º semestre de 2009 foi reembolsada uma emissão de Obrigações de caixa Banif SFE 2006- 2009, no montante de 7,5 milhões de euros, tendo a rubrica "Passivos Financeiros ao Justo Valor através de Resultados", apresentado um decréscimo de 26,4 milhões de euros, totalizando 20,0 milhões de euros no final de Junho de 2009.

Em Abril de 2009, e ao abrigo da Lei nº 60-A/2008, de 20 de Outubro e da Portaria nº 1219-A/2008, de 23 de Outubro, o Banco emitiu Obrigações Não Subordinadas com Garantia da República Portuguesa, no montante de 500 milhões de euros, registados na rubrica Responsabilidades Representadas por Títulos.

Durante o período em análise, o Banco emitiu obrigações subordinadas, no montante total de 100 milhões de euros, e reembolsou um empréstimo subordinado no montante de 23,3 milhões de euros, concedidos pela Banif Finance, pelo que a rubrica "Outros Passivos Subordinados" apresentou um acréscimo de 32,3%, totalizando 409,6 milhões de euros.

Os Capitais Próprios do Banco, em base IAS/IFRS, atingiram os 529,4 milhões de euros no final do 1º semestre de 2009, um aumento de 16,5% face ao registado no final do 1º semestre de 2008, devido ao efeito conjugado do aumento do capital social do Banco, em 50 milhões de euros, realizado pela Banif Comercial, SGPS e à incorporação, por fusão, do Banif Banco Comercial dos Açores já referida.

Como resultado do reforço de capitais próprios, acima referido, o Rácio de Solvabilidade, calculado nos termos regulamentares do Banco de Portugal, subiu para 9,80%, no final de Junho de 2009, face a 9,64%, no final de Junho de 2008, não obstante a expansão da actividade. O Rácio de Solvabilidade, em contas IAS/IFRS, e determinado de acordo com as Core Criteria de Basileia, situava-se em 9,24% no final do 1º semestre de 2009 (9,52% em Junho de 2008), enquanto o rácio CoreTier I atingiu 5,75% (5,72% em Junho de 2008).

Para o mesmo período, este rácio, calculado numa base consolidada do Banif e Banif Finance Ltd, entidade controlada pelo Banif e vocacionada para a emissão de dívida, em contas IAS/IFRS, situavase em 11,82% (10,82% em Junho de 2008), enquanto o rácio Core Tier I atingiu 7,76% (6,90% em Junho de 2008).

Face ao Resultado Líquido do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. em 30 de Junho de 2009, de 10,2 milhões de euros, registou-se um ROE de 3,8% (7,0% em 2008) e um ROA de 0,19% (0,30% em 2008), ambos calculados a valores médios dos Capitais Próprios e dos Activos do Banco e anualizados.

3.1.1.9 Perspectivas Futuras para o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

O Banif aprovou, no final de 2007, o seu Plano Trienal 2008-2010, que prevê, em linha gerais, os seguintes objectivos:

  • Alcançar uma quota de mercado doméstico de 5%, em 2010, através do crescimento do crédito e dos recursos no triénio 2008-2010, a taxas superiores ao dobro das taxas de crescimento previstas para o sector.
  • Apostar na manutenção das actuais quotas de mercado nas Regiões Autónomas da Madeira e Açores e eleger 4 novas regiões, onde se pretende reforçar de forma significativa as quotas de mercado (Algarve, Grande Lisboa, Grande Porto e Minho).
  • Alargar a rede de agências em Portugal por forma a passar, entre finais de 2007 e 2010, de 270 para 370 agências. (1)
  • Dar continuidade ao programa de aumento simultâneo da carteira de clientes activos e do número de produtos médio por cliente.
  • Reforçar, significativamente, o índice de notoriedade espontânea do Banif e a qualidade de serviços.
  • Melhorar o Return on Equity de 5,7% no final de 2008, para um valor superior a 10%(1), em 2010, através de:
  • − Crescimento da quota de "Fee income" no produto de actividade, de 28,6% no final de 2008, para 34%(1), no final de 2010;
  • − Redução do Cost to Income de 70,3% no final de 2008, para 55%(1) em finais de 2010;

(1) Revisto recentemente face à actual situação dos mercados e à recessão económica

Análise Comparativa, em base IAS/IFRS:

Balanço 30-06-2009 30-06-2008 Variação Variação
absoluta %
Activo Líquido 11.114.634 10.062.057 1.052.577 10,5%
Crédito Concedido (Bruto) 9.694.034 8.896.687 797.347 9,0%
Depósitos de clientes 6.737.545 5.267.573 1.469.972 27,9%
Recursos totais de Clientes (balanço) 7.306.814 5.352.729 1.954.085 36,5%
Capitais Próprios 529.368 454.549 74.819 16,5%
Demonstração de resultados 30-06-2009 30-06-2008 Variação Variação
absoluta %
Margem Financeira 106.568 102.735 3.833 3,7%
Lucros em Operações Financeiras (líq.) 5.126 -2.668 7.794 292,1%
Outros Proveitos (líq.) 44.639 41.368 3.271 7,9%
Produto da Actividade 156.333 141.435 14.898 10,5%
Custos com Pessoal 51.931 51.674 257 0,5%
Gastos Gerais Administrativos 36.488 38.569 -2.081 -5,4%
Cash Flow 67.914 51.192 16.722 32,7%
Amortizações do Exercício 7.115 5.764 1.351 23,4%
Provisões e Imparidade (líq.) 49.998 24.953 25.045 100,4%
Resultado antes de Impostos 10.801 20.475 -9.674 -47,2%
Impostos (correntes e diferidos) 574 4.684 -4.110 -87,7%
Resultado do Exercício 10.227 15.791 -5.564 -35,2%
Outros indicadores 30-06-2009 30-06-2008 Variação Variação
Imparidade de Crédito / Crédito Total 2,68% 2,23% - -
ROE 3,8% 7,0% - -
ROA 0,19% 0,30% - -
Resultado Antes de Impostos / Activo Líquido Médios* 0,10% 0,20% - -
Produto da Actividade / Activo Líquido Médios* 2,81% 2,81% - -
Resultado Antes de Impostos / Capitais Próprios Médios* 4,1% 9,0% - -
Custos de Funcionamento + Amortizações / Produto da Actividade 61,1% 67,9% - -
Custos Com Pessoal / Produto da Actividade 33,2% 36,5% - -
Rácio de Solvabilidade** 9,2% 9,5% - -
Core Tier I** 5,8% 5,7% - -
Total de Activos Ponderados** 8.130 7.583 547 7,2%
Nº de empregados 2.646 2.449 197 8,0%
N º de Agências Bancárias 333 299 34 11,4%

(*) - Anualizado

(**) - Calculado nos termos do Acordo de Basileia

3.1.2 Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A.

A produção global no 1.º semestre de 2009 foi de 74,7 milhões de euros, dos quais 49,7 milhões de euros referem-se a contratos de locação financeira mobiliária, 21,4 milhões de euros a contratos de locação financeira imobiliária e 3,6 milhões de euros a contratos de crédito.

Em relação ao período homólogo de 2008, verificou-se um decréscimo de 36,6% da produção global da empresa. Em termos parcelares, há a referir que, em relação ao mesmo período, a locação financeira mobiliária decresceu 44%, a locação financeira imobiliária cresceu 13% e os contratos de crédito decresceram 65%.

As redes de distribuição do Banif contribuíram com cerca de 61% para a produção de leasing mobiliário e contribuíram para a totalidade da produção de leasing imobiliário. No que concerne ao crédito, as delegações da empresa foram responsáveis pela totalidade das operações concretizadas.

A carteira de crédito, antes de provisões, em 30 de Junho de 2009, ascendia a 588,9 milhões de euros, o que significa um crescimento de 2,2% relativamente ao período homólogo de 2008.

A margem financeira teve uma quebra de cerca de 11,8%, em relação ao 1.º semestre de 2008, em virtude da evolução muito desfavorável dos custos de funding da actividade, apesar da descida constante dos principais indexantes.

O Cost to Income, relação entre custos operativos e o produto bancário, teve um acréscimo significativo, reflexo da quebra na margem financeira e do investimento na nova solução informática, tendo passado de 30,4% no final do 1.º semestre de 2008, para 37,3% no final do 1.º semestre de 2009.

O resultado líquido apurado em 30 de Junho de 2009 foi de -5,8 milhões de euros em base NCAs, motivado essencialmente pela quebra da margem financeira e pelo reforço significativo do valor das provisões associadas ao crédito a clientes.

O cash-flow gerado, no montante de 4.065 milhares de euros, representou um decréscimo de 20,6% face ao mesmo período de 2008.

Em 30 de Junho de 2009, o número de colaboradores da sociedade era de 69.

Valores expressos em milhares de euros
30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Produção global 74.707 117.841 -36,60%
Activo líquido 565.041 588.891 -4,05%
Crédito Total 588.940 576.345 2,19%
Capitais Próprios 22.700 28.663 -20,80%
Margem Financeira 5.453 6.182 -11,79%
Cash-Flow 4.065 5.121 -20,62%
Resultado líquido -5.842 -2.433 140,11%
ROE -12,25% -4,24% -
ROA -1,03% -0,83% -
RAI/Activo Líquido Médio -1,35% -1,21% -
Produto Bancário/Activo Líquido Médio 1,08% 2,71% -
RAI/Capitais Próprios Médios -56,89% -26,48% -
Custos Pessoal/Produto Bancário 17,35% 15,61% -
Cost to Income 37,30% 30,39% -
Crédito Vencido/Crédito Total 6,76% 5,04% -
Crédito c/ incumprimento/ Crédito Total 10,52% 6,70% -
Crédito c/ incumprimento/ Crédito Total Liq. 3,46% 2,39% -
Provisões Totais/Crédito Vencido 122,85% 107,10% -
N.º de Empregados 69 78 -11,54%

3.1.3 Banif Rent – Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, S.A.

No 1.º semestre de 2009 foram celebrados 1.243 novos contratos (1.045 no período homólogo de 2008) num total de investimento de 9,6 milhões de euros (14,9 milhões de euros no período homólogo de 2008), o que se traduziu num acréscimo de 19% face aos contratos celebrados em igual período de 2008. O acréscimo de produção, com um menor volume de investimento associado quando comparado com o período homólogo do ano anterior, fica a dever-se à introdução de um novo produto denominado "realuguer de veículos".

A frota total sob gestão, no final do 1.º semestre de 2009, era composta por 4.207 veículos (3.189 no período homólogo de 2008) o que representa um acréscimo de 32% face a igual período de 2008.

Do total dos veículos sob gestão, 2.381 (2.047 no período homólogo de 2008) incluem serviços (manutenção, pneus, viatura de substituição e seguro), o que significa um acréscimo de 16% face a igual período de 2008 e representa mais de metade da frota total (56,6%).

No período em análise, a actividade da sociedade gerou um resultado líquido de 106,8 milhares de euros, o que constitui mais do dobro do resultado líquido apurado em igual período de 2008.

Dando cumprimento ao estabelecido no plano estratégico para o triénio 2008-2010, foi reforçada a estrutura da Direcção Comercial, a qual passou a dispor de uma equipa no Porto, constituída por uma assistente e dois técnicos comerciais, responsável pelo apoio aos clientes e unidades de negócio do Banif a norte dos distritos de Coimbra e de Viseu.

Procedeu-se igualmente ao reforço da equipa da Direcção de Operações Automóvel, com a contratação de um Director com comprovada experiência no sector e de uma colaboradora para a área de Logística Automóvel, com o objectivo de melhorar a qualidade do serviço prestado e o controlo de custos de uma frota em crescimento.

Valores expressos em milhares de euros
30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Produção - Nº Contratos 1.243 1.045 19%
Produção – Investimento 9.600 14.913 -36%
Frota sob gestão 4.207 3.189 32%
Activo 80.007 57.392 39%
Capitais Próprios 383 233 64%
Cash-Flow 5.044 3.768 34%
EBITDA 6.094 4.591 33%
Resultado Líquido 107 52 106%
N.º de Empregados 22 14 57%

3.2 Actividade Internacional do Grupo

3.2.1 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

Durante o 1.º semestre de 2009, assistiu-se a uma melhoria, embora muito ligeira, no funcionamento dos mercados interbancários e financeiros internacionais, pese embora a manutenção da falta de liquidez, nos prazos mais longos.

Na Europa e EUA, a intervenção dos vários Governos no capital e estrutura accionista dos bancos manteve-se. As respostas dadas pelos vários Estados foram adequadas, permitindo sustentar os vários sistemas bancários nacionais e, consequentemente, as empresas e famílias, conferindo alguma estabilidade e credibilidade ao Sistema Financeiro e ao tecido económico no seu todo.

Apesar da situação referida dos mercados financeiros internacionais, durante o 1.º semestre de 2009 o Banif conseguiu lançar com sucesso um empréstimo obrigacionista, num total de 500 milhões de euros a 3 anos, com Garantia do Estado Português.

Por outro lado, o Banco continuou a tomar (e também a ceder) funding em regime de empréstimos bilaterais (banco a banco ou com grupos seleccionados de instituições financeiras de relacionamento) e, paralelamente, manteve regular interacção com os seus mais de 250 contrapartes bancários, com os quais mantém limites de trabalho recíprocos e opera nos mercados cambiais e monetário. Vem trabalhando também, numa base regular e crescente, em operações comerciais, nomeadamente, Pagamentos, Remessas, Cartas de Crédito e Garantias.

O Banif conta com um universo de 1.500 bancos correspondentes em todo o mundo e mantém cerca de 35 contas directas de correspondentes (Nostro e Vostro).

Em Junho de 2009, realizou-se a 27.ª reunião anual do GEB (Groupement Européen de Banques) do qual o Banif é o membro português de pleno direito desde 2001 e com cujos demais membros tem vindo a estreitar relações nas mais diversas áreas de negócios. O Banif desempenhou as funções de coordenação do Grupo (Presidência no biénio 2008/2009) tendo procurado incrementar as relações e o cross-selling intra-grupo durante o período em causa.

Para todos estes feitos e performances têm contribuído o bom nome que o Banif tem vindo a construir no mercado há já alguns anos, o histórico e a experiência em muito bem sucedidas operações passadas e as suas notações de rating, actualmente perfeitamente alinhadas: "Moody's" (Baa1; P-2) e "Fitch" (BBB+; F2).

O Banif tem dado seguimento a uma cuidada estratégia de crescimento internacional, posicionando-se em mercados com potencial de negócio e crescimento, como Malta, Espanha, Reino Unido, e também em mercados com especial atenção ao acompanhamento das relações de negócio com países de expressão portuguesa, designadamente Cabo Verde e Brasil.

O Banif - Grupo Financeiro reforçou e mantém a aposta na sua presença na Venezuela, à semelhança de igual posição assumida junto da comunidade emigrante portuguesa nos Estados Unidos da América, Canadá e África do Sul.

A fusão por incorporação do Banco Banif e Comercial dos Açores, SA no Banif foi feita em termos de assegurar a manutenção da cobertura geográfica e do nível de prestação de serviços nos EUA e Canadá às comunidades açorianas aí residentes. Igual aposta, a nível de serviços, irá ser brevemente iniciada no Reino Unido, a partir da Sucursal de Londres.

Em termos de negócio internacional, durante o 1.º semestre de 2009 e apesar de políticas creditícias mais restritivas, o Banif manteve a aposta no trade finance internacional, com destaque para as operações de risco brasileiro.

Por força do arrefecimento da economia mundial e de alguns problemas específicos das economias emergentes da Europa Central e de Leste, o Banco assumiu uma postura mais conservadora, reduzindo o tamanho da sua carteira trade related com aqueles mercados, não tendo sido concretizadas grandes operações ou participações em empréstimos sindicados/bilaterais durante o semestre em causa. Esta carteira totalizava 76,3 milhões de euros a 30 de Junho de 2009, contra 126,4 milhões de euros em finais de 2008.

O Banco pretende agora concentrar esforços no Trade Finance internacional puro e no Structured Trade Finance, em operações internacionais específicas, por um lado, e, por outro, no apoio às empresas portuguesas através de equipas de especialistas, com enfoque no vector Lisboa/Londres, para além da interacção entre outras Unidades do Banco baseadas no Brasil, Malta e EUA.

Correspondendo à boa actividade da Banif Finance (USA), Inc. na concessão de crédito hipotecário não obstante a performance do real estate a nível mundial - o Banco procedeu ao funding desta carteira, num total de 190 milhões de dólares (178 milhões de dólares em finais de 2008).

3.2.2 Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd.

À data de 30 de Junho de 2009, o volume de activos do Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd ascendia a aproximadamente 891 milhões de dólares, o que se traduziu num crescimento do Activo Total em cerca de 3%, face ao período homólogo de 2008.

Pese embora um aumento pouco significativo do Activo total do Banco face ao 1.º semestre de 2008, a sua estrutura registou alterações substanciais, nomeadamente no que diz respeito às rubricas de "Activos financeiros detidos para negociação" e "Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados" que registaram um decréscimo de 58% e 72%, respectivamente, e "Disponibilidades em outras instituições de crédito", que registou um incremento de cerca de 169%, face ao semestre homólogo de 2008.

Adicionalmente, verificou-se também um acréscimo no valor da participação no BIH de cerca de 3 milhões de dólares, em resultado do aumento de capital efectuado por esta entidade no 3.º trimestre de 2008. A percentagem de participação do Banif (Cayman) na BIH, manteve-se, no entanto, inalterada, correspondendo, à data de 30 de Junho de 2009, a 85%.

No que respeita ao passivo do Banif (Cayman), verificou-se um decréscimo face a Junho de 2008, de cerca de 17 milhões de dólares na carteira de depósitos de clientes, compensado por um acréscimo de cerca de 26 milhões de dólares na carteira de depósitos de outras instituições de crédito.

Adicionalmente, verificou-se também um aumento da rubrica de "Responsabilidades representadas por títulos" em cerca de 37 milhões de dólares, justificado pela emissão de "notes" no 2.º semestre de 2008.

No 1.º semestre de 2009, o Banif (Cayman) apresentou um resultado líquido positivo de 717 mil dólares, o que evidencia uma melhoria significativa nos resultados face a 30 de Junho de 2008, data em que o Banco apresentou um resultado líquido negativo de 87 mil dólares.

Este incremento no Resultado Líquido é essencialmente explicado pela contribuição da rubrica "Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados", que passou a assumir um valor positivo de aproximadamente 1,9 milhões de dólares, quando no período homólogo de 2008 se cifrou em 3,9 milhões de dólares negativos.

Dada a natureza limitada das operações desenvolvidas, o controlo dos riscos de natureza reputacional e legal (cumprimentos das leis e regulamentações aplicáveis e em vigor no País, regras de controlo e detecção de lavagem de dinheiro ("AML rules and regulations") e as regras de identificação de Clientes ("KYC rules"), são devidamente assumidos e assegurados pela Direcção-Geral do Banif (Cayman) nas Ilhas Caimão, que reporta directamente ao Conselho de Administração.

À data de 30 de Junho de 2009, para além da participação acima referida no BIH, o Banco continuava a deter uma participação de 60% no capital da FINAB, sociedade de gestão e incorporação de empresas, sediada também nas Ilhas Caimão.

30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 891.269 868.802 3%
Crédito Concedido 382.584 418.370 -9%
Depósito de Clientes 169.230 186.255 -9%
Capitais Próprios 49.854 50.713 -2%
Resultado Líquido 717 -87 -928%

Valores expressos em milhares de dólares

Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)

3.2.3 Banif International Bank Ltd.

O Banif International Bank, Ltd (BIB) desenvolve a sua actividade há cerca de quatro anos e meio, desde a sua constituição e autorização pelo Banco Central das Bahamas. O capital social deste banco é detido pela Banif Investimentos em 99,9%, e pela Banif Comercial em 0,1%.

Dada a natureza e montantes das operações desenvolvidas, o controlo dos riscos de natureza reputacional e legal (cumprimento das leis e regulamentações aplicáveis e em vigor no País, regras de controlo e detecção de lavagem de dinheiro - "AML rules and regulations" - e as regras de identificação de Clientes - "KYC rules"), são devidamente assumidos e assegurados pelo Head Office nas Bahamas, que reporta directamente ao Conselho de Administração.

À data de 30 de Junho de 2009, o volume de activos do BIB, ascendia a cerca de 654 milhões de dólares, o que representa um decréscimo de cerca de 39% face ao primeiro semestre de 2008, em que o activo total do banco ascendeu a cerca de 1.074 milhões de dólares.

Esta quebra de aproximadamente 39% no volume de activos do BIB, resulta essencialmente do comportamento das rubricas de "Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito" e "Aplicações em Instituições de Crédito", que registaram um decréscimo de 21% e 100%, respectivamente, face ao período homólogo de 2008.

Pese embora o comportamento da referida rubrica, é de salientar o crescimento verificado na rubrica de "Crédito a Clientes", que registou um aumento de cerca de 16% face ao período homólogo de 2008. À data de 30 de Junho de 2009, a carteira de crédito do banco ascendia a 154 milhões de dólares, face aos 133 milhões de dólares registados no final do primeiro semestre de 2008.

No que diz respeito ao Passivo do BIB, as principais variações ocorridas face ao 1.º semestre de 2008 foram registadas nas rubricas de "Recursos em Instituições de Crédito" e "Responsabilidades Representadas por Títulos", que apresentaram um decréscimo de 57% cada.

Adicionalmente, também a carteira de depósitos de Clientes apresentou um decréscimo de volume de cerca de 24% face ao período homólogo de 2008, cifrando-se no final do 1.º semestre de 2009 em cerca de 365 milhões de dólares.

Ainda no 1.º semestre de 2009, foi levado a cabo um aumento de capital no valor de 10 milhões de euros, por via da emissão de acções preferenciais. Esta ocorrência originou um aumento dos capitais próprios do BIB, os quais, à data de 30 de Junho de 2009, ascendiam a cerca de 50 milhões de dólares.

No final do 1.º semestre de 2009, o BIB apresentava um resultado líquido positivo de 81 mil dólares, o que evidencia uma redução do resultado face a 30 de Junho de 2008, data em que o banco apresentou um resultado líquido de 112 mil dólares.

A margem financeira do BIB apresentou em acréscimo de 3% face ao semestre homólogo de 2008, cifrando-se em 3,7 milhões de dólares. Contudo, os custos de exploração, custos com pessoal e gastos gerais administrativos, acabaram por absorver a quase totalidade da margem gerada.

Valores expressos em milhares de dólares
30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 653.668 1.074.054 -39%
Carteira de Crédito 154.171 132.949 16%
Depósitos de Clientes 364.525 476.957 -24%
Capitais Próprios 49.892 39.893 25%
Resultado Líquido 81 112 -28%

Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)

3.2.4 Banif Finance (USA), Corp.

A Banif Finance (USA), Corp. (BFUSA), é uma instituição de crédito licenciada no Estado da Florida, cuja actividade principal consiste na concessão de crédito imobiliário para habitação e comércio e na concessão de financiamentos ao comércio internacional, a importadores e exportadores com sede nas Américas.

A sociedade iniciou a sua actividade em Fevereiro de 2002. Em 31 de Dezembro de 2008, mudou a sua designação de Banif Mortgage Company para Banif Finance (USA), Corp. assim reflectindo a expansão das suas actividades, as quais incluem hoje os financiamentos de comércio internacional, como resultado da fusão com a Banif Forfaiting (USA), Inc..

No que diz respeito ao crédito imobiliário, a BFUSA não só financia Clientes do Banif – Grupo Financeiro, na compra e/ou construção de habitação própria ou imóveis para investimento, mas também financia a compra e/ou construção de imóveis comerciais a Clientes institucionais. Todas as operações de crédito imobiliário são fundamentadas numa análise de crédito e/ou de viabilidade do projecto, para além de uma avaliação feita por uma firma independente especializada. Todos os projectos imobiliários financiados pela BFUSA estão garantidos por hipoteca sobre o activo financiado.

Em resultado da crise financeira internacional, a sociedade concretizou apenas 26 novos financiamentos até ao final de Junho de 2009, totalizando 30 milhões de dólares, valor inferior aos 60 milhões de dólares financiados no período homólogo de 2008. Devido a esta quebra na produção, as comissões cobradas a clientes decresceram para 278 milhares de dólares, de um total de 346 milhares de dólares no mesmo período de 2008. Por seu turno registou-se um significativo crescimento das provisões para a carteira de crédito, de 595 milhares de dólares no 1.º semestre de 2008 para 5.844 milhares de dólares no 1.º semestre de 2009, o que justifica a deterioração do resultado líquido da sociedade, que se fixou, neste último semestre, em – 1.547 milhares de dólares

O quadro seguinte apresenta os principais indicadores da actividade, não obstante os valores relativos ao ano de 2009 não sejam rigorosamente comparáveis com os de 2008, uma vez que estes são prévios à fusão entre a Banif Forfaiting (USA), Inc. e a Banif Mortgage Company e apenas reflectem a actividade desta última sociedade.

30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 275.646 133.505 106%
Capitais Próprios 7.483 8.948 -19%
Proveitos Totais 8.513 4.954 72%
Lucro Líquido -1.547 468 -430%

Valores expressos em milhares de dólares

Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)

3.2.5 Banif Financial Services Inc.

A Banif Financial Services, Inc. (BFS) é uma sociedade constituída em 2000, registada no Estado da Flórida, licenciada como Registered Investment Adviser, que fornece aos seus Clientes serviços de aconselhamento ao investimento. Como entidade regulada pelo Governo e sob a jurisdição do Florida Office of Financial Regulation, Division of Securities and Finance, a BFS segue todos os procedimentos operacionais, códigos de ética e políticas anti-branqueamento de capitais a que está sujeita, assim reduzindo os riscos legais e operacionais da actividade.

A BFS actua nos EUA como US Investment Adviser e tem como missão:

  • Desenvolver e apoiar os negócios do Banif - Private Wealth Management contando, para tal, com uma equipa de Investment Advisers que, a partir de Miami, cobre os mercados do Brasil, Venezuela e Argentina;

  • Articular com a sede do Banif – Grupo Financeiro em Lisboa, com o Banif Brasil, com o Banif (Cayman), com BIB e outros prestadores de serviços, todo o processo de criação, implementação e manutenção de serviços e produtos do Banif - Private Wealth Management.

No final do 1.º semestre de 2009, o Banif – Private Wealth Management contava com um total de 489 Clientes e um total de activos sob gestão de USD 131 milhões.

Expresso em milhares de dólares
30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 269 289 -7%
Capitais Próprios 227 207 10%
Proveitos Totais 240 201 19%
Lucro Líquido -126 -144 13%

O quadro seguinte traduz a evolução dos principais indicadores da actividade

Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)

3.2.6 Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A.

No final de 2008, num contexto de incertezas a nível internacional, caracterizado pelo receio de que a crise nos sectores da construção e imobiliário nos EUA pudesse vir a contaminar todo o sistema financeiro mundial, antevia-se uma crise longa e profunda, com a convicção de que o impacto na actividade bancária poderia causar uma forte e duradoura restrição de crédito.

A economia brasileira também foi sensivelmente afectada por esta crise, através da forte redução de parceiros financeiros e, consequentemente, dos limites disponíveis pelos grandes bancos internacionais e organismos multinacionais que, historicamente, financiavam os bancos brasileiros, fornecendo-lhes os fundos com os quais, por sua vez, estes financiavam o sector mais produtivo da economia brasileira, ou seja, a industria de exportação e o financiamento ao comércio externo do país.

A economia brasileira, no 1º. trimestre de 2009, reflectiu uma queda de 1,8%. Ainda assim, a expectativa é de um crescimento modesto do PIB, na ordem dos 0,8%, no ano de 2009.

Durante o 1.º semestre de 2009, o Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA (Banif Brasil) registou uma redução nos seus activos totais na ordem dos 18%, atingindo o volume total de 668 milhões de euros, com um forte redução das suas operacções interbancárias, consequência da própria contraçcção do mercado. Em contrapartida, o banco dedicou uma atenção especial ao desenvolvimento da sua rede de agências, da sua base de clientes, do crédito ao consumo e pessoal, bem como à consolidação da Financeira Banif, em qualquer dos casos tendo em vista o crescimento da base de clientes e a pulverização do crédito concedido.

O Banif Brasil continuou com uma posição de destaque, entre as 50 maiores instituições bancárias comerciais no país. Quando consolidadas as operações do Grupo Banif no Brasil, esse posicionamento situa-se entre as 30 maiores instituições financeiras. Neste contexto, o Banif Brasil continua a ser nomeado pelo Banco Central do Brasil, entre os 17 maiores bancos de Câmbio e Comércio Exterior no país, como Dealer do Mercado de Câmbio, o que tem sido uma agradável surpresa, na medida em que representa o reconhecimento de um trabalho bem desenvolvido e que, apesar da forte competição com os grandes grupos bancários, se tem consolidado durante os últimos 5 anos.

No tocante à balança de pagamentos, os sinais da direcção da economia brasileira são positivos, em geral indicadores de uma melhoria da performance. No tocante à inflação, a política ortodoxa e conservadora das autoridades monetárias brasileiras tem contribuído efectivamente para que a mesma se mantenha em baixa e estimada em cerca de 4%, em 2009.

Provavelmente, esta será a primeira vez que o Brasil não sofre pesados efeitos de uma crise internacional, passando, inclusive, a ser visto como um dos paises emergentes, com um outlook favorável para continuar a receber investimentos estrangeiros, sejam eles de risco ou de capital efectivo.

As incertezas assinaladas e a extensão da crise a nível internacional, no 1.º trimestre de 2009, levaram a que a estratégia da gestão do Banif Brasil, acompanhando a tendência do mercado e a sua própria contracção, passasse pela desaceleração do processo de expansão que o banco vinha conhecendo nos últimos anos.

Apesar da sensível redução da atividade de tesouraria e interbancário, a estratégia de consolidar a base de clientes e diversificar fortemente o risco de crédito comercial permitiu que o crédito líquido, em 30 de Junho passado, atingisse 847 milhões de reais, apresentando um forte crescimento, da ordem dos 29%, quando comparado com os 659 milhões de reais atingidos no 1.º semestre de 2008. Este indicador demonstra a competitividade do Banif Brasil, num mercado que, apesar da crise, sempre mostrou vitalidade, principalmente no crédito ao consumidor, impactado fortemente pelas medidas governamentais de distribuição de renda e de apoio às regiões mais pobres do país.

O Banif Brasil continua com enfoque nas operações de crédito consignado ao funcionalismo público, com pagamento descontado directamente no salário mensal dos funcionários. Estas operações, com excelente rendibilidade e baixíssimo risco, atingiram 167,2 milhões de reais. O objetivo do Banif Brasil é, também, desenvolver o crédito consignado no financiamento a trabalhadores do sector privado, aproveitando a sua base de clientes Corporate.

Outro produto core business relevante para o crescimento do Banco tem sido o Financiamento ao Comércio Externo, o qual, em Junho de 2009, atingiu 201,5 milhões de reais e tem permitido ao banco operar em diversas linhas de negócios com os clientes exportadores, circunstância que tem permitido uma multiplicidade de outras operações, designadamente, que envolvem o Banco de Investimento (Brasil) e as empresas do Grupo fora do Brasil.

Por outro lado, o desenvolvimento das operações na Financeira Banif habilitou o banco a competir no mercado do financiamento de bens de consumo, principalmente no financiamento de veículos, ligeiros e pesados, máquinas industriais e no crédito pessoal, com empréstimos pulverizados quanto ao risco e com excelentes margens de rendibilidade.

A Financeira Banif encerrou o 1.º semestre de 2009 com um volume de financiamentos na ordem dos 119,8 milhões de reais, tendo apresentado um forte crescimento e um excelente histórico de crédito, projectando uma imagem positiva e activa do banco, para o que beneficiou de uma fase inicial caracterizada pela falta de liquidez de alguns grupos bancários concorrentes, que lhe permitiu estabelecer-se no mercado. Hoje, a Financeira Banif é, de facto, uma marca cada vez mais reconhecida nacionalmente.

O Banif Brasil tem aumentado a sua presença no sector da construção através de operações amplamente cobertas por garantias, que têm por objectivo final assegurar uma continuidade dos processos de financiamento, de forma capilarizada e diluída junto dos compradores finais, adquirentes de residência de família (com baixo grau de inadimplência) o que deverá assegurar a manutenção de activos de longo prazo, bem garantidos, com geração de spread adequado, e, ao mesmo tempo, a conquista/fidelização de clientes particulares.

No final de 2008, a crise externa dos mercados financeiros afectou negativamente o mercado interbancário brasileiro, que se ressentiu fortemente da ausência dos recursos externos antes abundantes. Com o objectivo de contornar esta situação, a Administração do Banco concentrou atenção e esforços no sentido do aumento da captação de depósitos na rede, a fim de assegurar a estabilidade do funding e de evitar a concentração em grandes investidores ou aplicadores. Esta situação teve como consequência um aumento do custo de captação, num primeiro momento, com impacto no resultado do Banif Brasil no 1.º semestre de 2009.

A tesouraria do Banif Brasil tem-se mantido activa, com forte presença no mercado de câmbio, na captação de recursos junto de investidores institucionais e dando suporte às agências na intermediação com os interesses dos Clientes. Os esforços desenvolvidos no 1.º semestre de 2009 levaram a que o Banif Brasil apresentasse um importante crescimento na captação de recursos, conforme refletido pelo volume de recursos de Clientes, que se cifra em 661 milhões de reais, que representam um crescimento de cerca de 41% relativamente ao 1.º semestre de 2008 e que asseguram ao banco uma confortável posição em termos de liquidez.

Também tem sido relevante o esforço de ampliação da base de clientes particulares através da divulgação, junto das agências, de um programa, mensalmente acompanhado pela administração, para o estabelecimento de protocolos com associações profissionais (v.g. advogados, engenheiros, economistas, dentistas). Através desta iniciativa, espera-se conseguir uma rápida e substancial ampliação da base de clientes particulares e, consequentemente, aumentar a actividade da Financeira Banif e os níveis de comercialização de cartões de crédito.

O Banif Brasil continua com o seu projecto de expansão geográfica das agências e escritórios, de modo a aumentar a sua capacidade competitiva no negócio bancário e da Financeira, com vista a atingir, num futuro próximo, a condição de banco médio de carácter múltiplo, com uma boa rede de agências, substituindo os bancos médios que foram adquiridos nas duas últimas décadas e que deixaram um nicho de mercado que se pretende preencher. Todavia, em função da conjuntura económica adversa que se fez sentir a partir do 2.º semestre de 2008, foi decidido adiar a abertura de novas unidades de negócio.

Actualmente, o Banif Brasil dispõe de 20 pontos de venda, dos quais 8 são em conjunto com a rede da Financeira Banif, nas principais cidades do Estado de São Paulo e noutras capitais de Estados brasileiros, consideradas de maior relevância estratégica, principalmente no Nordeste do pais onde o banco necessitava de representação. Nestes casos, os escritórios da Financeira Banif servem de apoio e base para as actividades do banco comercial.

Além dos referidos 20 pontos de venda, o Banif Brasil deu início à sua presença na cidade de Campinas (São Paulo) e mantém o objectivo de, ainda durante o ano de 2009, inaugurar as Agências Brasília (Distrito Federal), Agência Centro (São Paulo), Agência de Santana (São Paulo) e Agência de Joinville (Santa Catarina).

O Banif Brasil tem um representante residente em Recife (Pernambuco) e o seu escopo de atividade será ampliado de modo a cobrir efectivamente o Nordeste Brasileiro, incluíndo Fortaleza (Ceará), que tem recebido um enorme investimento português.

O resultado do Banif Brasil no 1.º semestre de 2009 foi de 530 mil reais, condicionado por um forte programa de investimentos na expansão da rede de agências e escritórios, por um forte investimento na diversificação dos produtos, designadamente os comercializados pela Financeira Banif e pelos investimentos no desenvolvimento dos cartões de débito e crédito comercializados sob a bandeira "Visa".

Os referidos resultados semestrais foram igualmente condicionados pelo elevado montante de provisões que o Banif Brasil realizou no 1º. Semestre de 2009, que ascenderam a 24 milhões de reais, em resultado de uma política de provisionamento muito conservadora, em linha com os parâmetros mais conservadores do Banco Central do Brasil e através da qual se pretende salvaguardar o banco no futuro.

Valores expressos em milhares de reais
30-06-2009 30-06-2008 Variação
%
Activo Líquido 1.829.877 2.041.436 -10%
Crédito Líquido 847.612 659.186 29%
Recursos de Clientes 660.764 467.118 41%
Capitais Próprios 132.211 82.673 60%
Margem Financeira 50.850 26.155 94,42%
Produto da Actividade 54.055 35.122 53,91%
Cash-Flow de Exploração 27.080 8.718 211%
Resultado Líquido 530 3.868 -86%
ROA (anualizado) 0,06% 0,38% ----
ROE (anualizado) 0,80% 9,36% ----
Número de Agências 20 11 82%
Número de Empregados 300 274 9%

Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 2,73985 Reais (BRL)

3.2.7 Finab – International Corporate Management Services, Ltd.

A Finab é uma sociedade com sede nas Ilhas Cayman, participada em 60% pelo Banif (Cayman), que presta serviços referentes à formação e incorporação de sociedades.

No primeiro semestre de 2009 registou-se um aumento pouco significativo na actividade da companhia relativamente ao mesmo período de 2008, em virtude de um Struck-Off de 15 sociedades durante o primeiro semestre do ano em curso.

Resultado da continuidade do esforço na venda dos produtos e servicos da Finab, bem como das alianças com empresas intermediárias, a Finab aumentou a sua carteira de clientes em mais 35 sociedades, o que se traduziu num acréscimo de 9% em relação a 31 de Dezembro de 2008.

O número de sociedades representadas pela Finab, era, no final do mês de Junho de 2009 de 510 e as comissões cobradas no período atingiram 405.000 dólares.

Dada a natureza limitada das operações desenvolvidas, o controlo dos riscos de natureza reputacional e legal (cumprimento das leis e regulamentações aplicáveis e em vigor no país, regras de controlo e detecção de lavagem de dinheiro ["AML rules and regulations"]) e as regras de identificação de Clientes ["KYC rules"]), são devidamente assumidos e assegurados pelo Head Office nas Ilhas Cayman, que reporta directamente ao Conselho de Administração.

3.2.8 Banca Pueyo, S.A.

No 1.º semestre de 2009, a Banca Pueyo alcançou o montante de 745 milhões de euros em depósitos de clientes, o que representa um crescimento de 2,84% relativamente ao período homólogo de 2008.

Por outro lado, o crédito concedido atingiu os 637 milhões de euros, o que representa um crescimento de 2,37% relativamente ao mesmo período do ano anterior.

Os dados descritos representam algum abrandamento relativamente à trajectória de crescimento que se vinha verificando nos exercícios anteriores mas, por outro lado, demonstram que a Banca Pueyo continua em crescimento, de forma equilibrada, mantendo excelentes rácios de solvabilidade e de liquidez.

Os resultados líquidos no período em referência foram de 4.987 milhares de euros, o que representa uma redução de 5,48% relativamente ao mesmo período do exercício anterior, que se deveu essencialmente ao estreitamento da margem de intermediação e à política de constituição de provisões para crédito vencido.

O rácio de crédito vencido/crédito total é de1,04%, muito inferior à média do sector financeiro espanhol, além de que existe uma excelente cobertura por provisões, que atinge 218,83% do crédito em mora.

No 1.º semestre de 2009, foram abertas 4 novas Agências na Província de Badajoz, nas localidades de La Roca de la Sierra, Calera de León, Higuera de la Serena e Nogales. Para o 2.º semestre do ano em curso, está prevista a abertura de, pelo menos, uma nova Agência.

Em face da situação descrita, a Banca Pueyo inicia o 2.º semestre de 2009 numa situação confortável e com o firme propósito de alcançar os objectivos previstos no início do ano.

Valores expressos em milhares de euros
30-06-2009 30-06-2008 Variação
%
Activo Líquido 870.520 823.215 5,75%
Crédito Concedido Bruto 637.166 622.412 2,37%
Depósitos de Clientes 745.689 725.078 2,84%
Capitais Próprios 75.176 67.372 11,58%
Margem Financeira 13.310 12.916 3,05%
Produto da Actividade 17.673 15.671 12,78%
Cash-Flow de Exploração 9.420 8.424 11,82%
Resultado Líquido 4.987 5.276 -5,48%
ROA 1,11% 1,23% ----
ROE 12,89% 15,29% ----
Crédito Vencido / Crédito Total 1,04% 0,50% ----
Cost to Income 44,25% 42,92% ----
Número de Agências 84 80 5,00%
Número de Empregados 226 225 0,44%

3.2.9 Banco Caboverdiano de Negócios, S.A.

O Banco Caboverdiano de Negócios, SA (BCN) obteve resultados líquidos de cerca de 319.000 euros no 1.º semestre de 2009, o que corresponde a uma redução de cerca de 49% face ao 1.º semestre de 2008.

O desempenho obtido pelo BCN a nível dos resultados líquidos foi baseada nos seguintes contributos, apresentados em termos de variação obtida face ao 1.º semestre de 2008:

  • − Crescimento da margem financeira em cerca de 11%;
  • − Crescimento do produto bancário em cerca de 5%;
  • − Crescimento dos custos de pessoal em cerca de 35%;
  • − Crescimento dos gastos gerais administrativos em cerca de 44%;
  • − Redução do cash flow bruto de exploração em cerca de 27%;
  • − Crescimento das amortizações em cerca de 19%;
  • − Crescimento das provisões em cerca de 47%.

Em síntese, no que concerne à conta de resultados, o BCN, actuando num contexto de expansão da sua Rede de Agências e de intensificação da crise económica em Cabo Verde, sofreu uma desaceleração da sua capacidade de crescimento na geração de proveitos, tanto a nível da margem financeira como da margem complementar, e, em simultâneo, tem vindo a reflectir uma base de custos operacionais mais ampla. É ainda de salientar uma tendência de alguma deterioração da qualidade da carteira de crédito.

Assim, no 1.º semestre de 2009, o Banco apresentou um indicador de Cost-to-Income de 77,6,% (contra 60,1% no período homólogo de 2008) e um ROE de 6,6% (contra 17,7% no período homólogo de 2008).

O rácio de solvabilidade situa-se em 10,9% e o rácio de crédito vencido com mais de 90 dias situa-se em 3,7%.

O BCN possui cerca de 15.000 clientes activos.

Em termos de volumes, a carteira de crédito situa-se em 78,3 milhões de euros, tendo esta apresentado um crescimento de 27% face ao período homólogo de 2008. A carteira de recursos situase em 88,2 milhões de euros, tendo apresentado um crescimento de 26,1% face ao período homólogo de 2008. A taxa de transformação é de 88%, mantendo assim níveis semelhantes aos observados no 1º semestre de 2008.

A Rede de Agências cresceu 67%, passando de 12 pontos de venda em Junho de 2008 para 20 Agências no final de Junho de 2009. O banco planeia concluir 2009 com uma rede de 21 pontos de venda. Actualmente, o BCN está já presente em 8 das 9 ilhas do arquipélago.

Em termos de marketing e lançamento de novos produtos e serviços, o BCN realizou as seguintes iniciativas, no 1.º semestre de 2009:

  • − Alteração da imagem dos cartões bancários;
  • − Relançamento e actualização da Conta Nova Geração;
  • − Actualização da Conta 2xOrdenado;
  • − Redesenho do site institucional;
  • − Celebração de protocolo com a Western Union;
  • − Criação do Manual de Produtos;

O BCN procedeu ainda a aprofundadas revisões do preçário, do manual de crédito e do regulamento de crédito vencido. Foi implementado o SIC – Sistema de Informação Comercial, baseado numa ferramenta de controlo de gestão desenvolvida e disponibilizada na intranet, junto do igualmente criado Portal Interno.

A nível de recursos humanos, procedeu-se à adesão à plataforma on-line de formação do Instituto de Formação Bancária – Webanca.

Ainda no período em referência, foi dada continuidade ao processo de implementação das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) no BCN, a concluir até ao final de 2009.

Valores expressos em milhares de euros
30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 110.181 81.522 35%
Crédito Concedido Bruto 78.299 61.819 27%
Depósitos de Clientes 88.168 69.924 26%
Capitais Próprios 9.708 7.143 36%
Margem Financeira 2.025 1.824 11%
Produto da actividade 2.671 2.552 5%
Cash - Flow de Exploração 988 1.348 -27%
Resultado Líquido 319 631 -49%
ROA 0,6% 1,5% --
ROE 6,6% 17,7% --
Crédito Vencido + 90 dias /
Crédito Total
3,70% 2,2% --
Cost to Income 77,6% 60,1% --
N.º de Agências 20 12 67%
N.º de Empregados 122 108 13%

Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 110,265 Escudos Caboverdianos (CVE)

3.2.10 Banif Bank (Malta), Plc.

O ano de 2009, que consubstancia o primeiro ano completo de operações do Banif Bank (Malta) Plc. (Banif Malta), teve início num contexto de crise financeira e recessão global, com repercussões em toda a comunidade bancária local, entre elas a queda significativa nos lucros, em 2008 e no 1.º semestre de 2009, de dois dos principais bancos locais.

Não obstante, o Banif Malta manteve em execução a sua estratégia de desenvolvimento, tendo implementado uma infra-estrutura sólida, com o objectivo de se tornar um player de referência no mercado bancário local.

Na primeira metade do ano, a instituição registou um aumento das taxas de crescimento nas carteiras de crédito e depósitos, embora não estritamente em linha com o crescimento projectado. Neste âmbito, a crise financeira e a recessão foram um obstáculo acrescido que o Banif Malta teve de ultrapassar. No entanto, o facto de fazer parte de um Grupo internacional de maior dimensão, coloca-o numa posição favorável para atravessar as dificuldades da presente conjuntura económica, razão pela qual o Banif Malta continua empenhado na prossecução das estratégias de penetração e crescimento, em linha com o plano estabelecido.

O Banif Malta iniciou o ano com quatro Agências de retalho em pleno funcionamento e abriu mais duas durante o período em análise, a primeira na ilha de Gozo e a segunda, no início do 2.º trimestre, em Attard. No início do 3.º trimestre de 2009, o Banif Malta vai expandir a sua rede através da abertura de mais duas Agências.

Também durante o período em análise, foram atingidos objectivos importantes no que se refere à oferta de produtos, com o lançamento de cartões de crédito pessoais e do site Banifast. Durante o 2.º semestre de 2009, o Banif Malta vai lançar cartões de débito e apresentar a rede ATM aos clientes.

A instituição tem ainda lançado um conjunto de produtos de depósito e de crédito inovadores e muito competitivos, com o objectivo de chegar a uma grande parte do mercado local.

A fim de suportar o aumento da oferta comercial, foi necessário empreender um melhoramento significativo da infra-estrutura técnica, juntamente com um reforço adicional de meios humanos, quer a nível do front office, quer a nível do back office, de modo a garantir um nível de serviço de alta qualidade, em linha com um crescimento exponencial. No final de Junho, o número de colaboradores era de 101.

Durante o período em análise, o Banif Malta estabeleceu cerca de 2.000 novas relações de negócio com vários clientes de diferentes segmentos do mercado local. No final de Junho, o Banif Malta atingiu 4.574 contas de clientes activas, com um valor total de depósitos de 39,1 milhões de euros(no final de Junho de 2008: 5,5 milhões de euros). Por outro lado, na mesma data, o crédito atingiu 30,8 milhões de euros (no final de Junho de 2008: 3,5 milhões de euros).

Durante o primeiro semestre, o Produto da Actividade cobriu 20,97% dos gastos gerais administrativos, os quais, incluindo a amortização de activos fixos e a depreciação de activos intangíveis, foram de 2,9 milhões de euros (em Junho 2008: 2,0 milhões de euros), sendo que 42,5% representam custos com o pessoal.

A actividade do banco ao longo do 1.º semestre de 2009 foi ainda insuficiente para cobrir os elevados custos incorridos com a sua implementação e os elevados investimentos efectuados, pelo que o resultado do 1.º semestre de 2009 se cifra num prejuízo de 1.532 milhares de euros.

Valores expressos em milhares de euros
30-06-2009 30-06-2008 Variação
%
Activo Líquido 9.085 12.619 -28,01%
Crédito Concedido Bruto 30.774 3.511 776,44%
Depósitos de Clientes 39.068 5.514 608,54%
Capitais Próprios 15.000 15.000 0%
Margem Financeira 465 265 75,47%
Produto da actividade 590 225 162,22%
Cash-Flow de Exploração -2.063 -1.595 -29,34%
Resultado Líquido -1.532 - 1.154 32,80%
ROA -3,73% -9,22% --
ROE -25,72% -11,16% --
Crédito Vencido / Crédito Total 0% 0% --
Cost-to-Income 476,98% 736,25% --
Número de Agências 6 2 200,00%
Número de Empregados 101 53 90,57%

3.2.11 Outras Actividades Offshore e Internacionais

A Banif International Holdings, Ltd. (BIH) é uma sociedade holding constituída em 2004 nas Ilhas Cayman, que possui 100% das acções ordinárias das subsidiárias Banif Finance (USA) Corp. ("BFUSA"), Banif Financial Services, Inc. ("BFS") e Banif Forfaiting Company ("BFC"), bem como 10% do capital social do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil) SA.

O objectivo da BIH consiste no financiamento, sob a forma de contribuições iniciais e adicionais de capital, das suas subsidiárias a fim de que estas possam desenvolver os respectivos negócios, responder às suas obrigações financeiras e cumprir todos os requisitos regulamentares, de acordo com as licenças e jurisdições em que desenvolvem as suas actividades.

O resultado negativo líquido de 4,1 milhões de dólares verificado no 1.º semestre de 2009 resulta, por um lado, de provisões adicionais para perdas em investimentos, no montante de 1,6 milhões de dólares e, por outro, a uma perda de 2,0 milhões de dólares no seu portfólio de instrumentos financeiros.

Valores expressos em milhares de dólares
30-06-2009 30-06-2008 Variação
%
Activo Líquido 25.883 14.537 78%
Capitais Próprios 11.710 13.207 -11%
Proveitos Totais 294 827 -64%
Lucro Líquido -4.100 479 -956%

O quadro seguinte traduz a evolução dos principais indicadores:

Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)

A Banif Forfaiting Company, Ltd. (BFC), empresa constituída nas Bahamas em Novembro de 2005, iniciou a sua actividade durante o segundo trimestre de 2007. A BFC fornece apoio adicional às operações de trade finance do Grupo no continente americano. Especificamente, conserva nos seus livros uma carteira de instrumentos de trade finance (letras, promissórias, aceites, etc) para posterior venda/distribuição a terceiros.

Os resultados líquidos negativos de 459 milhares de dólares verificados no 1.º semestre de 2009 são o resultado da constituição de provisões para perdas em operações de financiamento no montante de 683 milhares de dólares.

O quadro seguinte traduz a evolução dos principais indicadores:

Expresso em milhares de dólares
30-06-2009
30-06-2008
Variação %
Activo Líquido 30.223 4.554 564%

63

Capitais Próprios -112 352 -132%
Proveitos Totais 396 210 89%
Lucro Líquido -459 69 -765%

Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)

4. BANCA DE INVESTIMENTO

4.1 Banif – Banco de Investimento, S.A.

A evolução da actividade no 1.º semestre de 2009 traduziu-se num aumento do Produto Bancário, de 104% no Banco de Investimento e de 29,8% a nível consolidado, e de uma melhoria no Resultado Líquido, de -115 milhares de euros (-2.188 milhares de euros em 2008) no individual e em 1.682 milhares de euros a nível consolidado (0,04 milhares de euros em 2008). O desempenho obtido ao nível do Produto Bancário deveu-se a uma forte expansão do agregado margem financeira e resultados em operações financeiras e à resiliência da linha de comissões, para a qual contribui decisivamente a prestação de serviços financeiros. Os custos mantiveram-se genericamente ao nível do ano transacto. As perdas por imparidade subiram em linha com a deterioração de alguns activos cifrando-se em 72 bp´s sobre os activos médios de crédito.

Valores expressos em milhares de euros
Contas Individuais 30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 976.235,9 862.965.0 + 13,1%
Capitais Próprios 46.534,5 33.024,8 + 40,9%
Produto Bancário 9.968,9 4.723,9 +104,8%
Cash-Flow 2.627,69 -2.504,8 -
Resultado do Exercício -115,86 -2.188,3 + 94,7%
ROA -0,0% -0.5% -
ROE -0,6% -13,6% -
Cost-to-Income 77,7% 160,8% -
Rácio de Solvabilidade 10,6% 9,6% -
Contas Consolidadas 30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 975.301,5 862.440,5 +13,1%
Capitais Próprios 58.962,3 41.096,0 +43,5%
Produto Bancário 14.763,1 11.374,0 +29,8%
Cash-Flow 3.793,6 410,0 +825,4%
Resultado do Exercício 1.682,5 0,04 -
ROA 0,4% 0,0% -
ROE 6,8% 0,0% -
Cost-to-Income 77,9% 100,4% -

Valores expressos em milhares de euros

4.1.1 Corporate Finance

Durante o 1.º semestre de 2009, de acordo com a informação recolhida pela Bloomberg, a actividade de Fusões & Aquisições em Portugal registou apenas 19 transacções, o que traduz um decréscimo superior a 50% face ao 1.º semestre de 2008 (com 41 transacções registadas). O agravar das consequências da crise do sistema financeiro internacional e a incerteza associada à retoma das economias continuou a provocar um adiamento generalizado das decisões de investimento, com reflexos óbvios no mercado de Fusões & Aquisições, como provam os dados antes referidos.

Ainda assim, a Direcção de Corporate Finance esteve envolvida em vários projectos e transacções de relevo no decorrer do 1.º semestre, dos quais merecem destaque as seguintes operações:

  • − Assessoria financeira à Olmea na aquisição da PEA Parques Eólicos de Arganil, S.A. (102MW) ;
  • − Assessoria financeira ao Grupo ETE no estudo de viabilidade financeira do Lisbon Multipurpose Terminal;
  • − Assessoria financeira ao Grupo Mesquita na alienação das suas participações nas concessões rodoviárias do Grupo Aenor;
  • − Assessoria financeira à Banif SGPS na integração do Grupo Tecnicrédito (Banco Mais);
  • − Assessoria financeira à Future Health Technologies na análise e estudo de oportunidade de investimento na área da criopreservação de células estaminais;
  • − Assessoria financeira ao fundo Magnum Capital na análise e estudo de oportunidade de investimento na área do aluguer de equipamentos;
  • − Assessoria financeira ao Fundo Capvest e à sua participada Drie Mollen na análise e estudo de oportunidade de investimento em Portugal;
  • − Assessoria financeira à Tecneira, EFACEC Capital e New Energy Fund na análise e estudo de oportunidade de investimento no sector das energias renováveis.

Assumindo uma postura moderadamente optimista, acredita-se na retoma progressiva da actividade de Fusões & Aquisições no último quadrimestre de 2009, o que, a verificar-se, poderá ter impactos muito positivos nos resultados desta área.

4.1.2 Structured Finance

O 1.º semestre de 2009 consolidou a tendência, já verificada no final de 2008, de muito maior selectividade e restrição na concessão de crédito às empresas e projectos de investimento, que foi acompanhada por um ajustamento em alta das condições de pricing das operações. Em consequência, a maior parte das operações de financiamento Project Finance e Acquisition Finance foi estruturada em club deal incluindo vários bancos, sendo que, mesmo assim, verifica-se uma muito limitada disponibilidade de concessão de crédito estruturado por parte dos bancos tradicionalmente mais activos neste segmento de mercado.

A Direcção de Structured Finance tem vindo a aproveitar esta janela de oportunidade para conquistar importantes clientes por via da estruturação e montagem de relevantes operações de Project Finance e Acquisition Finance em Portugal e Espanha, sendo pertinente destacar as seguintes intervenções:

  • Mandated Lead Arranger no financiamento à Magnum Capital Partners para a aquisição do Grupo Farma APS/ Generis;
  • Mandated Lead Arranger no financiamento à Generg Sol do Alentejo para a segunda maior Central Solar em Portugal, de 12,7MW, localizada em Ferreira do Alentejo;
  • Mandated Lead Arranger no financiamento à Ventos da Serra (Grupo Tecneira) para uma Central Solar de 10MW em Ferreira do Alentejo;
  • − Assessor financeiro exclusivo da LIPOR no âmbito do processo de selecção de um parceiro privado para o desenvolvimento de uma concessão para o novo aterro sanitário na Póvoa do Varzim;
  • − Assessor financeiro do Governo Regional da Madeira no acompanhamento da concessão rodoviária da ViaMadeira;
  • − Assessor financeiro da Alberto Couto Alves, S.A. no estudo de viabilidade e estruturação de uma nova concessão rodoviária;
  • − Emissão de Garantia Bancária dos Fundos Próprios da Sociedade de Construções H. Hagen no contexto da sua participação na Subconcessão Rodoviária do Douro Interior.

Para além das operações acima referenciadas, a Direcção de Structured Finance está envolvida na análise e estruturação de vários outros financiamentos em regime de Project Finance, com claro destaque para o sector das energias renováveis, bem como em regime de Acquisition Finance, cuja conclusão se estima vir a concretizar-se durante o 2.º semestre de 2009.

4.1.3 Mercado de Capitais

a. Dívida

Nos primeiros seis meses do ano, o Banco de Investimento participou na estruturação e colocação de 7 transacções de dívida, num montante equivalente a 657 milhões de euros. Refira-se que o número e volume de transacções de dívida ficaram em linha com o registado no período homólogo do ano anterior.

Neste sentido, e no âmbito da política de captação de recursos para o Banif – Grupo Financeiro, foram estruturadas diversas operações, nomeadamente: (i) duas emissões de Zero Coupon Notes para o Banif – Banco de Investimento (Brasil), S.A., nos montantes de 20 milhões de euros e 8 milhões de dólares; (ii) uma emissão de obrigações subordinadas para o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. no montante de 100 milhões de euros, através do lançamento de uma oferta pública de distribuição dirigida ao público em geral ao abrigo do seu Programa de Euro Medium Term Notes; (iii) duas emissões de acções preferenciais perpétuas para o Banif Finance Ltd. nos montantes de 15 milhões de dólares e de 10 milhões de euros; e (iv) uma emissão de acções preferenciais perpétuas para o Banif International Bank, Ltd. no montante de 10 milhões de euros.

Merece realce o envolvimento do Banco de Investimento na estruturação da emissão de obrigações do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. com garantia da República Portuguesa ao abrigo da Lei n.º 60-A/2008, de 20 de Outubro e da Portaria n.º 1219-A/2008, de 23 de Outubro, no montante de 500 milhões de euros. A emissão foi colocada maioritariamente junto de investidores institucionais (Bancos, Fundos de Investimento, Companhias de Seguros e Bancos Centrais) situados em Portugal (49%), seguida de investidores localizados na Alemanha, Reino Unido, Espanha e Itália. A operação foi um sucesso, tendo o livro de ordens atingido o montante de 1,4 mil milhões de euros.

É de realçar ainda a actuação do banco na qualidade de Dealer Manager, em conjunto com o Barclays Capital, na operação de recompra da emissão de senior notes pelo Banif Finance, Ltd., no montante nominal global de 300 milhões de euros, com vencimento em Maio de 2012, ao abrigo do Programa de Euro Medium Term Notes do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Refira-se que as ordens recebidas por investidores que já detinham os títulos ascenderam a 37,7 milhões de euros, tendo o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. aceite recomprar um valor inferior.

No segmento de mercado secundário assistiu-se a uma recuperação gradual do volume de títulos transaccionados e a geração de receita mostrou uma evolução muito favorável, tendo mais do que triplicado face ao período homólogo de 2008 (valor superior a 1 milhão de euros). As condições de mercado evidenciaram uma melhoria significativa capturada em todos os índices de crédito, tendo este recuperado das perdas implícitas registadas após o default da Lehman Brothers.

b. Carteira Própria

Ao longo do primeiro semestre de 2009, o Banco de Investimento optou por manter uma posição conservadora na tomada de risco em activos financeiros. Neste sentido, não efectuou qualquer investimento em acções e a sua actuação no mercado de dívida foi limitada. O banco procurou investir gradualmente à medida que o mercado foi dando sinais de estabilização, tendo a carteira própria estabilizado para um valor de cerca de 330 milhões de euros (incremento de 10% face ao período homólogo do ano passado). Refira-se que os investimentos realizados privilegiaram activos financeiros representativos de dívida, de perfil de risco limitado, nomeadamente títulos garantidos por estados soberanos, emitidos por entidades com notação de rating elevada e de liquidez assegurada pelo Banco Central Europeu.

c. Acções

Relativamente ao mercado secundário, não obstante a forte recuperação registada nos principais mercados bolsistas desde os mínimos atingidos em Março (recuperações superiores a 20%), os principais índices mundiais encerraram o primeiro semestre do ano em terreno negativo. O índice de referência da Euronext Lisbon, o PSI20, foi uma excepção, tendo encerrado com uma valorização de cerca de 12%. Apesar da boa performance do índice PSI20, os volumes transaccionados em bolsa observaram uma queda de cerca de 60%. Este contexto foi particularmente penalizador para a geração de receitas da área de intermediação de acções (queda superior a 50%). No entanto, o Banco de Investimento continua empenhado na consolidação do negócio de equity sales de acções ibéricas em Portugal e nos mercados internacionais. Nesse sentido, destaca-se, no período em análise, a realização de diversas iniciativas, nomeadamente roadshows com empresas junto dos principais investidores institucionais e a participação em eventos de promoção de entidades portuguesas em Londres e Paris. Adicionalmente, é de salientar a consistência da qualidade da equipa de Research do banco que mais uma vez foi nomeada para a categoria de "Melhor Analista" em Portugal pela Deloitte, Investor & Governance Awards.

No âmbito do contrato de liquidez da Banif SGPS, o Banco de Investimento intermediou transacções referentes a 1.323.136 acções.

d. Securitização

Durante o 1.º semestre de 2009, o Banco de Investimento envolveu-se como arranger na operação de securitização denominada Atlantes Mortgage No.4, concretizada através da Gamma - Sociedade de Titularização de Créditos S.A. (Gamma) em Fevereiro de 2009. Esta operação, que envolveu a cessão de créditos imobiliários por parte do Banif ascendeu a 550 milhões de euros. Foi atribuída uma notação de rating AAA por parte da Standard and Poor's às obrigações emitidas no âmbito da referida operação.

No que se refere à actividade de gestão, o montante médio de operações de securitização sob gestão ascendeu a aproximadamente 2.060 milhões de euros, correspondentes a 7 transacções e a um acréscimo de activos de 36% face ao ano anterior. A função de gestão das operações envolve, nomeadamente: (i) a monitorização da performance dos créditos securitizados; (ii) o controlo dos fluxos financeiros; (iii) a elaboração de relatórios periódicos; e (iv) a interacção com terceiros, nomeadamente Agências de Rating, Entidades de Regulação e Supervisão e Investidores.

Adicionalmente, a equipa de securitização assessorou o Banif num processo de antecipação de rendas futuras decorrentes de um contrato de arrendamento celebrado entre a Azores Parque e a Câmara Municipal de Ponta Delgada. No final do semestre, o Banco de Investimento foi mandatado pela Sofinloc (Grupo Banco Finantia) para actuar como Back Up Servicer numa futura operação de securitização, que envolverá a cessão de crédito ao consumo e automóvel num montante global estimado de aproximadamente 400 milhões de euros. Estima-se que esta operação venha a estar concluída durante o 3.º trimestre de 2009.

A 30 de Junho de 2009 a Gamma registou um activo liquido total de 1.924,3 milhões de euros, capitais próprios de 2,4 milhões de euros e um resultado líquido de 97,9 milhares de euros. O crescimento significativo da actividade está relacionado com as 3 operações concretizadas pelo Grupo Banif, nos últimos 12 meses, cujo valor global ascendeu a aproximadamente 1.500 milhões de euros.

30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 1.924.250,2 534.206,6 +260,2%
Capitais Próprios 2.430,3 862,3 +181,8%
Resultado do Exercício 97,9 16,0 +511,3%

Valores expressos em milhares de euros

4.1.4 Private e Corporate Clients

a. Private Clients

A reorganização efectuada na Direcção de Private Clients iniciada no último trimestre de 2008 terminou nos primeiros meses de 2009. Neste sentido, efectuou-se a re-alocação de colaboradores para outras direcções e procedeu-se à transferência de carteiras de Clientes Institucionais e de Crédito para as direcções respectivas. Estas alterações permitiram concentrar os recursos desta direcção no acompanhamento de clientes particulares de alto rendimento, activos em investimento e intermediação financeira. O Banco de Investimento pretende implementar uma dinâmica de crescimento centrada na geração de receitas oriundas da venda de produtos de investimento para as redes comerciais de Clientes particulares do Grupo, não descurando o potencial dos Clientes já conduzidos pelos núcleos de banca de investimento. Saliente-se que, após esta reorganização, no 1.º semestre do ano, o volume de actividade relacionada com o processo de gestão personalizada de investimentos de Clientes privados envolveu um volume de activos correspondente a 70 milhões de euros.

b. Corporate Clients

A Direcção de Corporate Clients tem como missão a originação proactiva de negócios junto de empresas e de entidades e organismos públicos, promovendo as soluções financeiras de todas as áreas de produto do Banco de Investimento e estabelecendo relações de confiança e de médio prazo com os clientes, contribuindo para o reforço da dimensão e posição competitiva do Banif – Grupo Financeiro.

Os resultados atingidos na actual conjuntura reflectem, por um lado, a aposta sectorial efectuada e a forte integração com as diversas áreas de produto no Banco de Investimento, e, por outro lado, o esforço integrado de abordagem comercial para o segmento empresarial entre o Banco de Investimento e o Banif.

Destaca-se ainda o esforço de cross selling desenvolvido juntamente com as unidades de negócio no estrangeiro, com especial destaque para o negócio originado por esta equipa para o Banco de Investimento (Brasil) em várias operações cross border com empresas portuguesas e brasileiras.

Durante o 1.º semestre de 2009, a Direcção de Corporate Clients foi responsável pela apresentação de mais de 28 propostas junto de Clientes, bem como pela angariação de 10 importantes mandatos de assessoria financeira e de 3 operações de financiamento. Para além das 16 propostas presentemente em análise junto de Clientes diversos, é de destacar o elevado número de contactos efectuado e a média de 4 reuniões semanais por Corporate Banker ao longo do ano, que permitiram o estabelecimento de importantes contactos pelos Corporate Bankers junto de empresas e grupos financeiros de referência nacionais, que deverão permitir a criação de relacionamentos de longo prazo, a materializar durante o próximo semestre.

4.1.5 Gestão de Activos

A actividade de gestão de activos foi desenvolvida pelo Banco de Investimento, na gestão de patrimónios de clientes particulares e institucionais, pela Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. nos fundos de investimento mobiliário, imobiliário e nos fundos especiais de investimento e pela Banif Açor Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. nos fundos de pensões.

A actividade continuou a ser extremamente afectada pela conjuntura muito adversa verificada nos mercados financeiros até Março do corrente ano, a qual conduziu a uma aversão generalizada ao risco por parte de todos os segmentos de Clientes. No entanto, a partir de Abril, verificou-se uma melhoria progressiva deste enquadramento, à medida que os preços dos activos financeiros em geral foram recuperando e as taxas de juro dos depósitos foram descendo para mínimos históricos, reforçando fortemente a atractividade das aplicações em fundos de investimento.

A estratégia da Área de Gestão de Activos para o ano de 2009 tem assentado nos seguintes vectores:

  • − Consolidar o relacionamento com o Banif Grupo Financeiro, aumentando o universo de clientes que detêm fundos de investimento e o carácter recorrente da respectiva comercialização;
  • − Desenvolver o relacionamento com investidores institucionais exteriores ao Banif Grupo Financeiro, de modo a potenciar as aplicações desses investidores em fundos de investimento e em serviços integrados de gestão de patrimónios;
  • − Manter a ênfase na procura de factores de diferenciação e de valor acrescentado para a actividade, expressa na constituição de novos fundos de investimento, com realce para os fundos especiais, quer os multi-classe de activos, quer os especializados em activos alternativos;
  • − Potenciar o negócio de fundos imobiliários de subscrição particular, de forma a desenvolver mais uma área de produto com elevada estabilidade e reforçar a vinculação dos clientes.

Em 30 de Junho de 2009, a Área de Gestão de Activos administrava um volume total de activos de 2.112 milhões de euros, que compara com 1.546 milhões de euros em 30 de Junho de 2008, consubstanciando, portanto, um crescimento de 36,6%.

a. Banif Gestão de Activos (Fundos de Investimento Mobiliário, Imobiliário e Fundos Especiais de Investimento).

Considerando a estratégia delineada, a sociedade colocou o acento tónico na promoção de um leque de fundos adequado ao interesse comercial por eles suscitado e no alargamento das redes de colocação dos seus fundos. Assim, foi acentuado o foco na constituição de novos fundos de investimento imobiliário, na constituição e colocação de um fundo oportunístico focado no investimento em dívida corporativa e no lançamento de um fundo especial de investimento destinado a aplicações em activos de infra-estruturas.

Em 30 de Junho de 2009, o volume de activos sob gestão cifrava-se em 958 milhões de euros, o que representou um decréscimo de 7,08% relativamente ao valor gerido no final do 1.º semestre de 2008 (1.031 milhões), evolução bastante mais favorável do que a registada no sector de fundos de investimento em Portugal. Neste contexto, a quota de mercado da Banif Gestão de Activos, que se situava nos 2,2% no final de Junho de 2005, em 2,9% em Junho de 2006, em 2,98% no final de Junho de 2007 e em 3,29% em Junho de 2008, cifrou-se em 3,8% em 30 de Junho de 2009.

Como referido, foram constituídos no 2.º trimestre do corrente ano três novos fundos de investimento, o Banif Euro Crédito, fundo mobiliário destinado ao investimento em dívida corporativa, o Banif Fortuny, fundo imobiliário especializado na reabilitação de imóveis urbanos resultante de uma parceria entre a Banif Gestão de Activos e a empresa espanhola Inversiones Financieras Fortuny, e, finalmente, o Infra Invest (FEI), focado no investimento em activos de infra-estruturas em geral. Entretanto, foi igualmente aprovado pela CMVM um outro fundo imobiliário de subscrição particular, a lançar no mês de Julho.

Valores expressos em milhares de euros
30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 12.059,7 13.389,2 - 9,9%
Capitais Próprios 8.077,6 8.756,1 -7,7%
Resultado do Exercício 884,8 1.924,1 -54,0%

Esta evolução da actividade da sociedade traduziu-se num resultado líquido de cerca de 885 milhares de euros neste semestre, para capitais próprios de 8.078 milhares de euros.

b. Banif Açor Pensões (Fundos de Pensões)

A sociedade continuou a desenvolver uma actividade comercial intensa, que se traduziu, no 1.º semestre deste ano, no estabelecimento de contactos com cerca de 238 empresas, associações, ordens profissionais e sindicatos, com o intuito de obter novos mandatos de gestão de fundos de pensões.

No 1.º semestre deste ano, a sociedade obteve um mandato para a constituição de um fundo de pensões para a Banif Rent.

A estratégia de investimento prosseguida nos fundos sob gestão manteve-se com uma tónica relativamente conservadora no período, continuando a componente accionista dos investimentos totais a ser relativamente reduzida (entre 7,5% e 10%, em média, embora com um aumento progressivo, à medida que se assiste a uma estabilização macroeconómica e a uma retoma dos mercados).

O volume de activos sob gestão passou de 257 milhões de euros em Junho de 2008 para 248 milhões no final deste semestre.

O Resultado Líquido obtido pela sociedade cifrou-se em 7,1 milhares de euros negativos, contra 50,8 milhares de euros no mesmo período do ano anterior.

30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 4.140,9 3.777,9 +9,6%
Capitais Próprios 3.654,5 3.586,8 +1,9%
Resultado do Exercício -7,1 50,8 -114,0%

Valores expressos em milhares de euros

c. Gestão de Patrimónios

A actividade de gestão de patrimónios continuou a assentar predominantemente na utilização de fundos de investimento geridos pela Banif Gestão de Activos, combinados com a selecção de fundos específicos de entidades terceiras. Esta actividade enquadra-se no serviço de Gestão Global de Patrimónios e Assessoria Patrimonial prestado pelo Banco de Investimento aos seus Clientes.

Por outro lado, no contexto dos contactos regulares e crescentes com clientes institucionais, tem-se colocado o acento tónico no desenvolvimento de um serviço de gestão de patrimónios adequado a Clientes com grandes patrimónios, quer institucionais, quer particulares, o qual assentará num superior nível de personalização, desenhado para Clientes com necessidades e objectivos específicos.

O Banco de Investimento detinha, em 30 de Junho de 2009, um total de activos sob gestão de 906 milhões de euros, contra os cerca de 258 milhões de euros em Junho de 2008, em resultado da inclusão de 658 milhões de euros provenientes da Companhia de Seguros Açoreana, S.A., que passaram a ser geridos por esta área de actividade do Banco de Investimento.

4.1.6 Pequenas e Médias Empresas

A Direcção de PMEs tem como missão a execução de mandatos de assessoria financeira e a estruturação de financiamentos na área das pequenas e médias empresas, tendo como principal objectivo a oferta de serviços de banca de investimento que se coadunem com as necessidades do tipo de empresas e das operações dominantes originadas junto do Banif – Grupo Financeiro. Neste âmbito, os contactos promovidos com os Centros de Empresa do Banif intensificaram-se de forma a alavancar a capacidade de parceria e de cross selling, alargando a base de clientes e o número de mandatos de assessoria financeira em execução.

O primeiro semestre de 2009 foi marcado por um abrandamento da actividade desta direcção, fruto da actual envolvente económica. No entanto, as perspectivas para o segundo semestre de 2009 evidenciam o retomar do dinamismo vigente no ano anterior, com a adjudicação de dois novos mandatos de assessoria financeira. Adicionalmente, espera-se que as diversas propostas em análise junto de potenciais Clientes contribuam para a consolidação da carteira de operações.

4.1.7 Crédito

A Direcção de Crédito pautou a sua actuação, durante o primeiro semestre de 2009, pela criteriosa análise e selecção de projectos para os quais foi solicitado apoio financeiro, mantendo o apoio a operações de crédito originadas em outras Direcções do Banco de Investimento.

As condições económicas globais e de mercado estancaram o crescimento da carteira de crédito colaterizado com imobiliário, que tradicionalmente se vinha verificando. A composição da carteira colaterizada por hipoteca mantém-se em 41,6%.

O crescimento da carteira de crédito do banco, que registou um acréscimo, face ao período homólogo de 2008, de 24,2%, passando de 215 milhões de euros em Junho de 2008 para 267 milhões de euros em Junho de 2009, assentou sobretudo em financiamentos de operações de Project Finance e Structured Finance.

Em termos de pricing, as comissões afectas a operações de crédito, cobradas até Junho de 2009, ascenderam a 560 milhares de euros, face a 460 milhares de euros cobradas no período homólogo de 2008. O spread médio da carteira passou de 1,87% para 2,36% no período homólogo de 2008. Este crescimento é reflexo, por um lado, das alterações económicas e financeiras verificadas no mercado e, por outro lado, do esforço que tem vindo a ser desenvolvido para a melhoria do produto bancário, pela Direcção de Crédito e por todo o Banco de Investimento.

4.1.8 Private Equity

a. Banif Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

A actividade da Banif Capital no 1.º semestre de 2009 foi marcada pela constituição do Banif Capital Infrastructure Fund - FCR, um novo fundo criado ao abrigo da legislação de fundos de capital de risco vigente em Portugal, que está especificamente orientado para o investimento em infra-estruturas, nomeadamente de transporte, sociais, de energia, de comunicações, utilities e outros activos regulados. Este fundo, que se destina exclusivamente a investidores qualificados, tem a duração de 10 anos e um capital objectivo de 125 milhões de euros, dos quais 25 milhões de euros já se encontram subscritos. Em face da dimensão e representatividade deste fundo, a Banif Capital entendeu reforçar a sua equipa de gestão com a nomeação de uma nova Directora-Geral, que assegurará o desenvolvimento do projecto e a gestão operacional da sociedade e dos restantes fundos sob sua gestão (Capven e Madeira Capital).

A Banif Capital assegurou igualmente o acompanhamento activo das participadas dos seus fundos Capven e Madeira Capital, merecendo destaque a deliberação da Assembleia de Participantes do fundo Madeira Capital de redução do seu capital de 2.250 milhares euros para 1.750 milhares de euros, cuja formalização está pendente da autorização por parte da CMVM.

30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 1.896,1 2.280,3 -16,8%
Capitais Próprios 337,2 672,7 -49,9%
Resultado do Exercício -214,0 2,1 -

Valores expressos em milhares de euros

b. Centro Venture – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

A Centro Venture registava, a 30 de Junho de 2009, um activo líquido total de 528,8 milhares de euros, capitais próprios de 528,8 milhares de euros e um resultado líquido de 1,3 milhares de euros.

30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 528,8 519,8 +1,7%
Capitais Próprios 528,8 519,8 +1,7%
Resultado do Exercício 1,3 4,3 -70,6%

Valores expressos em milhares de euros

4.2 A actividade de Banca de Investimento nos EUA, no Brasil e em Espanha

A actividade de Banca de Investimento do Banif – Grupo Financeiro é coordenada pelo Banco de Investimento e abrange a actividade desenvolvida nos Estados Unidos da América (Nova Iorque e Miami) pela Banif Securities, Inc e, no Brasil, pelo Banco de Investimento (Brasil) e suas participadas, a que acresce a actividade desenvolvida em Espanha pelo Banco de la Pequeña y Mediana Empresa, S.A. (Bankpime), no qual o Grupo detém uma importante participação.

Neste contexto, foram as seguintes as linhas gerais da actividade desenvolvida por estas entidades no decurso do 1.º semestre de 2009:

4.2.1 Banif Securities, Inc.

Os primeiros 6 meses do ano foram particularmente desafiantes para esta corretora especializada em transaccionar títulos latino-americanos. Apesar do ambiente adverso de mercado, a Banif Securities, Inc. fechou o semestre com um resultado ligeiramente negativo, comparando este valor favoravelmente com o do ano anterior. Para este facto contribuiu a conclusão do processo de reestruturação iniciado no ano de 2008 com o objectivo de racionalizar e optimizar a estrutura operacional da corretora, o qual veio favorecer a redução dos custos de exploração da empresa. Do lado da receita, registou-se uma quebra de 14% face ao ano anterior. Esta performance, ainda assim, ficou acima das estimativas iniciais.

Refira-se que o comportamento adverso do mercado de corretagem internacional, caracterizado por uma redução significativa do volume de transacções e pela intensificação do ambiente concorrencial, antecipava um desfecho bem mais desfavorável para a geração de receitas no primeiro semestre de 2009.

Neste contexto, e para o 2.º semestre do corrente ano, existe a convicção de que a Banif Securities, Inc. encontra-se numa posição singular para participar na recuperação do volume de actividade de corretagem, especialmente no segmento de acções latino-americanas, onde é esperado um maior dinamismo pelos principais operadores de mercado, já visível nos meses de Maio e Junho.

Contas Individuais 30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 1.136.234 3.030.955 -62,51%
Capitais Próprios 1.108.302 3.469.107 -68,05%
Produto Bancário 768.049 629.278 22,05%
Cash-Flow -669.248 -1.612.356 58,49%
Resultado do Exercício -679.243 -1.625.127 58,20%
ROA -18,31% -63,80% -
ROE -93,21% -50,12% -
Cost-to-Income 188,44% 358,59% -

Valores expressos em milhares de dólares

Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)

4.2.2 Banif Banco de Investimento (Brasil), S.A.

Durante o 1.º semestre de 2009, continuou a registar-se uma significativa aversão ao risco por parte da generalidade do sistema bancário brasileiro. A grande consequência deste reposicionamento da generalidade das instituiçoes de crédito foi a desalavancagem dos seus balanços.

A grave crise de liquidez verificada no final do 2.º semestre de 2008 gerou uma preocupação adicional com a manutenção de um nível de liquidez adequado. No Banif Banco de Investimento (Brasil) S.A. ("Banco de Investimento (Brasil)"), a constutuição de uma reserva de liquidez confortável foi considerada uma prioridade, de modo a garantir ao banco uma maior segurança e a reforçar a sua credibilidade. Desta forma, o aumento do valor e do prazo nas captações locais, decorrentes principalmente da criação de um Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGE), permitiu captar cerca de 110 milhões de reais, com um prazo mínimo de 180 dias mas extendendo-se até 3 anos. A disponibilidade destes recursos permitiu antecipar outros passivos mais onerosos que tinham sido contratados na fase mais crítica da crise de liquidez.

Em termos de activos, o enfoque da actuação do Banco de Investimento (Brasil) foi no sentido da redução da carteira de derivativos com Clientes, a qual, em Janeiro de 2009, estava em aproximadamente 600 milhões de reais, tendo finalizado o semestre com aproximadamente 110 milhões de reais. Com a finalidade de dar resposta à procura de alguns Clientes desta carteira, foi alocado a crédito o montante de 71 milhões de reais.

A área de Mercado de Capitais promoveu, no 1.º semestre de 2009, em conjunto com o Banco Santander, a venda secundária de 107.070.000 quotas do FIP Amazónia Energia ao Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Administrado pela Caixa Económica Federal, este fundo tornou-se detentor de 24,90% das quotas do FIP Amazónia Energia.

Também neste semestre, o Banco de Investimento (Brasil) obteve um mandato para actuar como Coordenador na emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários da RB Capital Securitizadora S.A., colateralizados com créditos cedidos pela Petrobrás Distribuidora S.A., no montante de R\$110.100.000 e como Coordenador Líder na emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários da Beta Securitizadora S.A., com colateral de créditos cedidos pela Odebrecht Realizações Imobiliárias S.A., no montante de R\$ 44.400.000, estando as referidas operações sob análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No primeiro semestre de 2009, o Banco de Investimento (Brasil) obteve resultados muito positivos com a reorganização da área de Advisory Services ocorrida ao final de 2008. Foi contratada uma nova equipa, especializada na prestação de serviços de assessoria financeira e com enfoque em diversos sectores de infra-estrutura, designadamente transportes, energia, meio ambiente e social, empresas de média dimensão e oportunidades cross border entre o Brasil e os países ibéricos.

De entre os trabalhos realizados no período, destacam-se as assessorias prestadas nos sectores de energias renováveis, portos e engenharia. Cabe realçar também a assessoria a um Estado da Federação no desenvolvimento do processo de concurso para uma parceria público-privada no sector da segurança pública. Dando continuidade à experiência do Banco de Investimento (Brasil) na área das concessões rodoviárias, merece destaque a assessoria ao Consórcio Brasileiro de Rodovias na assessoria financeira com vista à participação no Leilão da Concessão para Exploração das Rodovias Federais da Bahia (BR-116 e BR-324). Adicionalmente, foram realizadas assessorias em processos de avaliação económico-financeira, nomeadamente a assessoria na avaliação de participações societárias para a Fundação Atlântico de Seguridade Social.

Na área dos Investimentos Imobiliários, o Banco de Investimento (Brasil) tem uma carteira de projectos com um Volume Geral de Vendas de cerca de 1,3 mil milhões de reais para 100% de participação. Refira-se, no entanto, que o Banco de Investimento (Brasil) participa parcialmente nesses projectos, seguindo uma estratégia de parcerias locais. Os diversos empreendimentos imobiliários foram iniciados em 2008, vocacionados maioritariamente para o segmento residencial baixa/média renda, comercial e logística (eixo Rio de Janeiro e São Paulo). A grande maioria dos empreendimentos encontra-se em fase de desenvolvimento e aprovação legal dos respectivos projectos e, nalguns casos, estão em fase de financiamento para a construção e comercialização, por forma a viabilizar o lançamento das vendas. De salientar que um dos empreendimentos, o único do segmento de logística (armazéns modulares) denominado Modular II e localizado na Rodovia Castelo Branco (Barueri, São Paulo) tem uma previsão de conclusão para o final do próximo mês de Agosto. Neste caso, através de empresas especializadas, está em curso a fase de identificação de inquilinos para essas unidades. Posteriormente, efectuar-se-á a venda do projecto a um fundo imobiliário ou a investidores.

A Banif Nitor Asset Management encerrou o 1.º semestre de 2009 com activos sob gestão de 890 milhões de reais, representados por fundos: Referenciado DI, Fundos Multimercados Macro, Fundo Multimercados Multiestratégia, Fundo de Acção e Fundos Exclusivos.

Ao longo do 1.º semestre, o novo Fundo Multimercado Macro, Banif Nitor Maestro FIM, completou 12 meses e, desde o seu lançamento (16 de Junho de 2008) até ao dia 30 de Junho de 2009, acumulava uma rendibilidade nominal de 18,14% ou 141% do CDI. O fundo sujeito à mesma estratégia, porém voltado para o segmento de investidores Institucionais, Banif Nitor Institucional FIM, acompanhou o excelente resultado da gestão Macro e, desde o seu início, (6 de Julho de 2007) até 30 de Junho de 2009, acumulava uma rendibilidade nominal de 28,34% ou 115% do CDI.

Na área de Private Equity, merece destaque o envolvimento do Banco de Investimento (Brasil) em dois importantes fundos de investimento em participações: FIP Caixa Ambiental e FIP Brasil de Governança Corporativa.

O FIP Caixa Ambiental é uma parceria entre o Banco de Investimento (Brasil), que desempenha o papel de gestor, a Caixa Económica Federal, que desempenha o papel de administrador, e a VOGA, que desempenha o papel de consultor de investimentos. O FIP conta com um capital comprometido de R\$ 400 milhões, que será 50% alocado a saneamento e 50% alocado a outras actividades, como equipamentos ligados a saneamento, reciclagem de resíduos para fins industriais, produção de energia, biodiesel, técnicas e tecnologias que privilegiem a redução do consumo de matérias-primas e/ou energia e empresas geradoras de créditos de carbono, como reflorestamento e unidades termoeléctricas de energia renovável.

O FIP Brasil de Governança Corporativa, por sua vez, é uma parceria entre o Banco de Investimento (Brasil), que desempenha os papéis de gestor e administrador, e o Banco do Brasil, que desempenha o papel de assessor financeiro. O FIP conta com um capital comprometido de R\$ 600 milhões, que será alocado a empresas, de diversos sectores, que possuam uma probabilidade elevada de realizar oferta pública em Bolsa, no prazo de 3 anos.

Fundo Capital Comprometido (em R\$ milhões)
FIP Caixa Ambiental 400
FIP Brasil de Governança Corporativa 600
TOTAL 1.000

Nos primeiros 6 meses do ano, no âmbito da actividade de corretagem, verificou-se uma redução significativa do volume de negócios realizados por investidores institucionais locais e internacionais no mercado de capitais brasileiro, o que, naturalmente, veio afectar as receitas da Banif Corretora neste segmento de cliente. No entanto, o aumento da participação dos investidores particulares no volume de negócios da Bovespa verificado no primeiro semestre veio favorecer a Banif Corretora, através da sua plataforma homebroker denominada Banif Invest, e criar condições de sustentabilidade no ranking brasileiro e no negócio consolidado de particulares e Institucionais.

O volume negociado pela Banif CVC foi de 22,74 mil mihões de reais no 1.ºo semestre de 2009, contra 31,30 mil mihões de reais negociados no período homólogo do ano anterior o que representa uma diminuição de 27,4%

Banif Invest

A BanifInvest, operação de homebroker da Banif Corretora, apresentou, durante o primeiro semestre de 2009 um crescimento de 7,43% no total de ordens executadas por intermédio dos seus clientes. Existe a convicção de que o sucesso desta operação, mesmo em momentos de forte turbulência no mercado local e internacional, tem sido fruto do investimento constante em novas tecnologias e de uma estratégia de marketing diferenciada. É importante destacar que durante o primeiro semestre foi observada a entrada de novos concorrentes, incluindo a chegada de corretoras estrangeiras.

volume negociado pela Banif Invest foi de 13,9 mil mihões de reais no 1.º semestre de 2009, contra 13,1 mil mihões de reais negociados no período homólogo do ano anterior, o que representa um aumento de 6,5%.

O número de ordens executadas pela Banif Invest foi de 612 mil no 1.º semestre de 2009 contra 592 mil ordens executadas no período homólogo do ano anterior, o que representa um aumento de 3,3%.

Na comparação dos resultados da banca de investimento no Brasil obtidos nos primeiros semestres de 2008 e 2009, resumidamente expressos no quadro infra, importa relevar que o significativo decréscimo do Produto Bancário e, consequentemente, do Resultado Líquido, se deveu essencialmente aos ganhos extraordinários registados em 2008 na venda da posição detida pelo banco em acções da Bovespa e, subsidiariamente, ao aumento da imparidade em 2009. Há que referir ainda que a redução observada nos capitais próprios se deveu ao pagamento de dividendos no 2º semestre de 2008.

30-06-2009 30-06-2008 Variação
%
Activo Líquido 858.541 995.604 -13,8%
Crédito Concedido Bruto 156.544 50.677 208.9%
Depósitos de Clientes 269.740 236.702 14.0%
Capitais Próprios 104.122 173.407 -40.0%
Produto da Actividade 32.641 96.272 -66.1%

Valores expressos em milhares de Reais

Resultado Líquido -8.305 63.561 -
ROA -0,58% 7.05% -
ROE -4,35% 30,98% -
Número de Agências 2 2 -
Número de Empregados 188 236 -20%

Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 2,73985 Reais (BRL)

4.2.3 Banco de la Pequeña e Mediana Empresa, S.A. (Bankpime)

No 1.º semestre de 2009, o Bankpime deu continuidade à implementação do "Projecto Bankpime 2008- 2011", cuja finalidade é desenvolver um novo modelo de negócio no qual o empresário constutui o segmento target do banco.

A liquidez de que a instituição dispõe permitiu-lhe crescer em crédito concedido aos seus clientes de uma forma significativa (+15,43%). Num momento em que os créditos se restringiram por falta de liquidez, o Bankpime prosseguiu sem condicionamentos a concessão de crédito aos seus clientes, situação que se deverá manter no futuro.

A margem financeira cresceu 10,68% apesar da queda das taxas de juro que se verificou neste período. Paralelamente, o Bankpime conseguiu, durante o 1.º semestre de 2009, reforçar a fidelização dos seus Clientes aumentando o número de produtos vendidos por Cliente. Esta estratégia de negócio continuará a ser potenciada no 2.º semestre de 2009.

Tal como em todo o sector financeiro, a adversa conjuntura económica e financeira teve influência na actividade do Bankpime, reflectindo-se na diminuição das receitas das margens de juro, na redução de comissões cobradas pelos fundos de investimento e no aumento das situações de mora, que provocaram o aumento das provisões. Paralelamente, as comissões por outros serviços aumentaram 28%.

Em Junho de 2009, o Bankpime lançou um fundo de obrigações corporativas: Bankpime RF Privada Junio 2011 FI, fundo este que investe numa carteira de obrigações de empresas muito diversificada, com vencimento pré-determinado, a 30 de Junho de 2011, para evitar uma excessiva sensibilidade às taxas de juro e torná-lo numa atractiva alternativa de investimento. A maior parte da carteira do fundo (97%) consubstancia investimento em títulos de empresas de taxa fixa, denominadas em euros, emitidos por entidades com alta/média qualidade creditícia (rating mínimo BBB-) e com um peso de cada uma das emissões sobre o património do fundo inferior a 5%, de modo a permitir a dispersão dos riscos.

Esta emissão foi comercializada exclusivamente pela rede de agências bancárias do Bankpime, através de uma campanha específica, tendo sido captados 22 milhões de euros.

Também neste período foi definida a 3.ª fase do "Projecto Bankpime": a implementação do "Plan Director (Tigre)". Este plano visa o desenvolvimento e implementação da visão e objectivos estratégicos estabelecidos no "Projecto Bankpime 2008-2011".

Para tal, foram seleccionados projectos estratégicos considerados essenciais para o Bankpime em todas as áreas e elaborados planos operativos específicos por cada área. No total, foram definidos 24 projectos em 7 áreas operativas, com o objectivo de implementar uma metodologia de gestão de projectos baseada no trabalho em equipa entre as diversas áreas, com vista a desenvolver futuros projectos de maneira transversal e atingir os resultados pretendidos num calendário previa e rigorosamente definido.

Dadas estas características foi escolhido o nome de "Plan TIGRE". Cada letra desta designação plasma a filosofia do projecto (Transformação, Impulso, Gestão, Rentabilidade, Eficiência).

Destaca-se também o prémio atribuído ao Bankpime pela revista "Dirigentes Catalunya" que distinguiu a entidade na Categoria de Gestão Empresarial. Com este galardão foi reconhecido o modelo de gestão, o carácter inovador e a atenção personalizada prestada a todos os clientes, aspectos que pautam o modo de trabalhar do banco e de todos os seus trabalhadores.

30-06-2009 30-06-2008 Variação
%
Activo Líquido 138.973 158.614 -12,38%
Crédito Concedido Bruto 442.858 383.661 15,43%
Depósitos de Clientes 567.094 558.382 1,56%
Capitais Próprios 66.824 72.840 -8,26%
Produto da Actividade 12.635 12.785 -1,17%
Cash-Flow de Exploração 388 -7 -
Resultado Líquido -1.177 92 -
ROA -0,33% 0,01% -
ROE -3,46% 0,25% -
Crédito Vencido / Crédito Total 6,08% 2,48%
Cost to Income 104,09% 106,86% -
Número de Agências 22 23 -1
Número de Empregados 250 285 -35

Valores expressos em milhares de euros

5. SEGUROS

5.1 Companhia de Seguros Açoreana, S.A.

Sector Segurador

No 1.º semestre de 2009, de acordo com os dados disponibilizados pela APS – Associação Portuguesa de Seguradores, o Sector Segurador registou um decréscimo de 5,8% do volume de prémios.

O Ramo Vida, considerando os contratos de investimento, apresentou até Junho de 2009 uma variação negativa na produção de -6,2%.

O conjunto dos Ramos Não Vida continua a demonstrar uma fraca performance ao registar, até Junho de 2009, uma variação negativa na produção de -5,1%. A desaceleração da produção dos Ramos Não Vida foi, em parte, condicionada por uma conjuntura macroeconómica adversa, afectando sobretudo os Ramos Automóvel (-9,4%) e Acidentes de Trabalho (-9,4%).

Principais Linhas de Actuação

As opções estratégicas prosseguidas ao longo dos últimos anos fizeram da Açoreana uma companhia moderna, competitiva e eficiente, pelo que importa prosseguir, com os necessários acertos, a mesma linha de rumo.

O ano 2009 deverá traduzir o início do impulso estratégico e de afirmação da Açoreana, que teve início em 2008, considerando o vigor dos programas delineados para o triénio 2008-2010, o expressivo reforço e modernização dos meios e instrumentos de suporte ao negócio e a ambição das metas a atingir em todos os domínios da actividade.

A diferença substancial nas opções estratégicas para o período 2008-2010 reside no foco das variáveis crescimento e sustentabilidade, na enorme ambição traduzida nas metas a alcançar, nos objectivos corporativos relacionados com o crescimento do volume do negócio nos Ramos Não Vida, Vida Risco, Poupança e Previdência, na manutenção dos níveis de rentabilidade e na melhoria do ratio combinado nos Ramos Não Vida.

No ano anterior foi lançada como fórmula essencial da actuação da Açoreana a equação "R2E" significando, "Rigor, Rapidez e Equipa". Para 2009, foi acrescentado um terceiro R, de "Referência", fruto da convicção de que a Açoreana é, cada vez mais, uma referência de mercado pela qualidade de serviço, capacidade de inovação e rapidez de resposta.

Actualmente, os objectivos da Açoreana traduzem-se em três eixos de actuação:

  • − Crescimento,
  • − Aumento da produtividade;
  • − Eficiência operativa e gestão de risco;

os quais englobam a quase totalidade do funcionamento da Companhia e das suas áreas orgânicas.

Evolução da Actividade e Principais Indicadores

O volume de negócios da Açoreana atingiu, durante o 1.º semestre de 2009, o montante global de 215,8 milhões de euros, dos quais 123,7 milhões de euros referentes ao Ramo Vida e 92,1 milhões de euros referentes aos Ramos Não Vida.

Mantendo a tendência de crescimento verificada no final do ano anterior, os Ramos Não Vida na Açoreana, apresentam, no final de Junho, uma variação positiva do volume de prémios na ordem dos 3,2%, em que os Ramos Automóvel e Multi-Riscos foram os que mais contribuíram para esta variação.

Salienta-se o excelente desempenho da Açoreana na vertente comercial, que se manifesta num crescimento sustentado, atendendo à conjuntura económica actual em que o Mercado apresenta um decréscimo no volume de prémios na ordem dos -5,1%. Merecedor de destaque, o facto desse crescimento se verificar acima do mercado, em todos os grupos dos Ramos Não Vida.

No Ramo Vida, realça-se o significativo crescimento evidenciado nos produtos de Vida Risco e PPR´s, respectivamente de cerca de 4,3% e 69,3%, quando o sector registou um crescimento nos mesmos produtos de respectivamente 4,4% e 45,7%.

A distribuição dos produtos de seguros, ao longo dos últimos anos, tem vindo a ser efectuada através da rede de mediação, dos mediadores da Genius – Mediação de Seguros, SA nas agências do Banif e por 51 sucursais próprias.

O esforço de captação dos melhores agentes a actuar no mercado nacional, conjugado com a orientação para uma produção eficaz e de qualidade, foram os principais alicerces que permitiram à Açoreana um crescimento evidenciado, acima da média do mercado.

A rede de mediação, que integra cerca de 3190 mediadores activos, representava, no final do 1.º semestre de 2009, 51,6% na estrutura de distribuição da Açoreana, sendo responsável, nos Ramos Não Vida, por 95,6% da distribuição.

O canal bancário foi responsável pela distribuição de 81,1% e 4,4% da produção dos Ramos Vida e Não Vida respectivamente, representando 48,4% na estrutura de distribuição global da Açoreana.

No final do 1.º semestre de 2009, a quota de mercado da Açoreana era de 3,2%, ocupando o 7.º lugar no ranking das Companhias de Seguros. No segmento Vida, a quota era de 2,7% e no segmento Não Vida de 4,4%, evidenciando um crescimento absoluto de 0,3% no segmento Não Vida face ao 1.º semestre de 2008.

Tendo em conta a actual conjuntura desfavorável dos mercados de capitais e os seus impactos na gestão das carteiras de investimento mobiliárias, proveniente da extrema volatilidade dos títulos face às tendências das taxas de juro de referência, os resultados líquidos da Companhia apresentam valores negativos no montante de 7,0 milhões de euros.

O activo líquido da Companhia, no 1.º semestre de 2009, atingiu o montante de 911,7 milhões de euros, que compara com o activo líquido de 915,5 milhões de euros no início do ano, traduzindo um ligeiro decréscimo de -0,4%. Considerando o período homólogo do ano anterior, o activo líquido registou uma variação positiva de 0,95%.

Os capitais próprios evoluíram de 37,1 milhões de euros para cerca de 32,0 milhões de euros, assinalando um decréscimo no 1.º semestre de 2009, motivado pelos resultados líquidos negativos acima mencionados.

30-06-2009 Valores expressos em milhares de euros
30-06-2008
Variação %
Volume Negócios 215.848 223.012 -3,2%
Vida 123.692 133.736 -7,5%

Grandes Agregados Económico – Financeiros (em IAS)

Não Vida 92.156 89.277 3,2%
Activo Líquido 911.710 903.148 0,9%
Capitais Próprios 31.986 42.832 -25,3%
Investimentos 817.995 834.756 -2,0%
Cash–Flow Operacional -7.616 6.609 -215,2%
Resultado Antes Imposto -9.229 4.265 -316,4%
Resultados Líquidos -7.002 3.554 -297,0%

6. OUTRAS ACTIVIDADES DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO

6.1 Banif Imobiliária, S.A.

A Banif Imobiliária tem desenvolvido a sua actividade, consubstanciada na gestão dos imóveis "afectos à exploração" das sociedades integradas no Banif - Grupo Financeiro, no ramo da Banif Comercial, especialmente o Banif.

A Sociedade desenvolve, também, a sua actividade no âmbito dos imóveis "não afectos à exploração", propriedade das sociedades do Grupo, localizados quer no Continente quer nas Regiões Autónomas, tendo como principal objectivo proceder à sua venda, arrendamento e, ainda, à sua valorização para posterior alienação ou arrendamento.

O valor total do conjunto dos activos imobiliários, próprios e alheios, sob gestão na Banif Imobiliária, reportados a 30 de Junho de 2009, para os imóveis "não afectos à exploração" era de 93.295 milhares de euros (contra 56.783 milhares de euros em igual período do ano transacto), enquanto que, para os imóveis "afectos à exploração" era de 37.080 milhares de euros (contra 64.056 milhares de euros no período homólogo de 2008). Esta redução verificada no seu activo ficou a dever-se, essencialmente, ao facto da sociedade ter vendido, no final do 1.º semestre de 2009, a um fundo de investimento imobiliário (o Banif Property – Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado), um novo conjunto de imóveis, no valor de 31.491 milhares de euros, tendo apurado uma mais valia de 1.576 milhares de euros.

Quanto aos imóveis para "desinvestimento" a sociedade concluiu vendas durante o 1.º semestre de 2009 no montante de 1.257 milhares de euros (contra 1.461 milhares de euros em igual período do ano anterior).

Também no decurso do primeiro semestre de 2009, prosseguiram um conjunto de acções em diferentes domínios tendentes à valorização e arrendamento dos imóveis de maior expressão financeira, tendo, para o efeito, sido estabelecidos contactos com as entidades competentes e com potenciais interessados, encontrando-se negociações em curso para alguns imóveis de elevado montante.

30-06-2009 30-06-2008 Variação %
Activo Líquido 73.692 71.868 3%
Capitais Próprios 4.052 1.829 222%

(Valores expressos em milhares de Euros)

Resultado do Exercício 1.135 -1.068 -

6.2 Banifserv – Empresa de Serviços, Sistemas e Tecnologias de Informação, A.C.E.

O plano de actividades da Banifserv para 2009 comporta 45 projectos, dos quais 11 foram concluídos no 1.º semestre.

Destes projectos, alguns englobando mais do que uma Agrupada, merecem referência os seguintes:

  • Fusão do BBCA e do Banif, através da integração dos sistemas de informação do BBCA no Banif (concluído no início do ano);
  • Desenvolvimento de uma nova operativa de D.O. para o Banif, melhorando o nível de funcionalidades, operacionalidade, integração e flexibilidade do sistema, criando um novo patamar de cobertura dos requisitos de negócio (em curso);
  • Disponibilização de novas funcionalidades na Banca Electrónica, incluindo a corretagem online, alargando dessa forma o leque de operações ao dispor dos clientes (em curso);
  • Aumento da janela de disponibilidade da Banca Electrónica, reforçando a proximidade com os Clientes na medida proporcional em que aumenta o horário em que os mesmos podem contactar e utilizar os serviços do Banco (concluído em Maio de 2009);
  • Estudo e avaliação de uma solução de suporte à actividade seguradora nos balcões do Banif, envolvendo as Agrupadas Banif e CSA e a empresa Genius, como forma de promover o reforço das vendas de seguros através do canal bancário (concluído em Junho de 2009);
  • Desenvolvimento de um novo sistema de recuperação de crédito no Banif, incluindo as Agrupadas Banif e a Banif Go na componente de Agendas Judiciais (primeira fase concluída em Junho de 2009);
  • Implementação de um sistema AML Controlo de lavagem de dinheiro, envolvendo as Agrupadas Banif e Banco de Investimento (em curso);
  • Selecção e implementação de um novo sistema de suporte a operações de factoring (em curso);
  • Continuação do desenvolvimento do Sistema de Informação de Gestão do Banif, reforçando a qualidade e o tipo de informação ao dispor do negócio (em curso).

A tecnologia continuou a ser encarada enquanto meio para aportar valor acrescentado à actividade, num quadro de reforço da estabilidade das infra-estruturas de suporte e da racionalização de recursos. No âmbito infraestrutural é de realçar a instalação de raiz de um novo datacenter para o Grupo (concluído em Maio de 2009), a preparação de um novo edifício de escritórios para a Banifserv em Lisboa (concluída em Maio de 2009) e a renovação da infra-estrutura central de backup's/salvaguarda de dados (em curso).

O número de colaboradores da Banifserv é de 93, um dos quais em regime de contrato a termo. Destes elementos, 49 estão afectos à manutenção, ao desenvolvimento de projectos e ao órgão de relacionamento com os clientes, 34 à Exploração do Sistema, 5 ao Suporte Administrativo e 5 são elementos de gestão.

No 1.º semestre de 2009, a BanifServ apresentou proveitos de 6.945 milhares de euros, dos quais 6.298 milhares de euros respeitantes à prestação de serviços às Agrupadas e 625 milhares de euros de trabalhos para o próprio ACE.

O imobilizado, no termo do 1.º trimestre de 2009, era de 38.368 milhares de euros, dos quais 15.218 milhares de euros referentes a imobilizados em curso.

III. ANÁLISE ÀS CONTAS CONSOLIDADAS E PERSPECTIVAS FUTURAS

1. ANÁLISE ÀS CONTAS CONSOLIDADAS

Relativamente às contas consolidadas da Banif - SGPS, S.A., holding do Banif – Grupo Financeiro, no 1.º semestre de 2009, destacam-se, em primeiro lugar, os factos mais relevantes que caracterizaram a actividade neste período:

  • O Lucro consolidado foi de 15,7 milhões de euros, que se traduz numa diminuição de 64,6% quando comparado com o resultado obtido no período homólogo de 2008;
  • O ROE (Return on Equity) fixou-se em 5,4%, contra 15,5% em Junho de 2008, enquanto o ROA (Return on Assets) situou-se nos 0,24%, que compara com 0,78% em Junho de 2008;
  • O Activo Líquido, totalizou 13.038,6 milhões de euros, registando um crescimento de 8,1% face ao final do 1.º semestre de 2008;
  • O Crédito a Clientes líquido elevou-se a 10.513,1 milhões de euros, mais 9,1% do que no final de Junho de 2008. No mesmo período, o rácio de "Imparidade do Crédito/Crédito Total" subiu de 2,27% para 2,94%;
  • O rácio de solvabilidade, calculado estritamente de acordo com as Core Criteria de Basileia situou-se em 9,1%, no final do 1.º semestre de 2009.

Apresenta-se, seguidamente, com maior detalhe, a análise das Demonstrações Financeiras com referência a 30 de Junho de 2009, assim como os respectivos comparativos de 2008.

O Produto da Actividade do Banif - Grupo Financeiro atingiu 252,6 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, registando um aumento de 1,9% em relação ao período homólogo do ano anterior, sobressaindo, ao nível dos seus principais componentes, os aspectos seguintes:

  • A Margem Financeira cresceu 2,7% para 134,1 milhões de euros. Apesar do aumento verificado no volume da Carteira de Crédito, aquela foi afectada pela redução da margem de intermediação financeira em 0,38%, principalmente como resultado do maior peso do custo dos recursos;
  • Os Lucros em Operações Financeiras, que sofreram um decréscimo de 11,4 milhões de euros, passaram de 60,9 milhões de euros no 1.º semestre de 2008 para 49,5 milhões de euros no 1.º semestre do ano em curso. Embora no 1.º semestre de 2009 o Grupo tenha realizado mais valias na venda das participações na Zon Madeira, Zon Açores e Via Litoral, que atingiram 20,5 milhões de euros, o resultado global daquelas operações foi inferior às mais valias significativas alcançadas em participações financeiras detidas pela Banif Corretora de Valores e Câmbios (Brasil), no montante de 58,5 milhões de euros, conseguidas em 2008;
  • Os Outros Proveitos líquidos, que incluem comissões líquidas, progrediram 22,1% para 69,0 milhões de euros, favorecidos pelo crescimento da actividade comercial do Grupo, apesar da crise continuada que se vem registando ao nível dos principais mercados financeiros internacionais, que tem tido como consequência uma redução do movimento das áreas da banca de investimento e da gestão de activos;
  • Mau grado o ambiente económico menos favorável, o Produto da Actividade do Banif Grupo Financeiro atingiu 252,5 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, registando uma subida de 1,9% em relação ao período homólogo do ano anterior, o que resulta da conjugação

da expansão da actividade, do aprofundamento das relações com os clientes e da variedade de produtos e serviços oferecidos;

  • Os Custos de Funcionamento, que compreendem os Gastos Gerais Administrativos e os Custos com Pessoal, totalizaram 133,6 milhões de euros, um decréscimo de 3,3% quando comparado com igual período de 2008, apesar da expansão das redes de distribuição em Portugal, Brasil, Cabo Verde e Malta. Porém, no 1.º semestre de 2008, os Gastos Gerais Administrativos foram particularmente agravados pelos encargos com a campanha publicitária no âmbito da divulgação da nova imagem do Banif – Grupo Financeiro e com a celebração do 20.º aniversário do Grupo;
  • O Cash Flow de Exploração Consolidado do Banif Grupo Financeiro ascendeu a 119,0 milhões de euros, mais 8,4% relativamente ao período homólogo do ano anterior, enquanto que o rácio Cost to Income (Custos de Funcionamento + Amortizações / Produto da Actividade) diminuiu de 59,9%, no 1.º semestre de 2008, para 59,4%, nos semestres comparados, não obstante a expansão das redes de agências.
  • As Provisões e Imparidade líquidas do exercício apresentam um acréscimo de 123,1%, elevando-se a 67,9 milhões de euros, no 1.º semestre de 2009, repercutindo a deterioração da actual conjuntura macroeconómica nacional e internacional, que obrigou, inclusivé, a um incremento na prudência de avaliação da imparidade do crédito. É de referir o registo, no 1.º semestre de 2009, de uma imparidade, no montante de 16,1 milhões de euros, relativa à participação financeira no Finibanco - Holding, SGPS, S.A.;
  • Como consequência do desempenho da exploração, o Lucro Consolidado da Banif SGPS, S.A., holding do Banif – Grupo Financeiro, no 1.º semestre de 2009, situou-se em 15,7 milhões de euros, o que traduz um decréscimo de 64,6%, quando comparado com igual período do ano anterior;
  • Considerando apenas os resultados recorrentes no período em análise, a evolução entre os 1.os semestres de 2008 e 2009 apresenta uma diminuição de 23,5%, passando os Resultados Líquidos consolidados de 22,8 milhões de euros, para 17,4 milhões de euros. Esta redução é explicada, principalmente, pela obtenção de menores proveitos na actividade seguradora e na banca de investimento, no âmbito das comissões e das operações de trading e, também, devido à redução da margem de intermediação financeira e ao aumento da imparidade do crédito, na banca comercial.

Balanço

Activo

  • O Activo Líquido do Banif Grupo Financeiro totalizava 13.038,6 milhões de euros em 30 de Junho de 2009, registando um crescimento de 8,1% face ao final do 1.º semestre de 2008.
  • O saldo da rubrica "Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais e OIC´s" , que ascendeu a 348,2 milhões de euros, apresentou uma descida de 31,5% quando comparado com o período homólogo de 2008, resultante da diminuição do saldo em Caixa e dos Depósitos à Ordem em Bancos Centrais, no montante de 124,2 milhões de euros, e da diminuição dos saldos junto das outras Instituições de Crédito, no valor de 35,6 milhões de euros.
  • A rubrica "Aplicações em Instituições de Crédito" apresentava, em 30 de Junho de 2009, um saldo de 215,4 milhões de euros, reflectindo um acréscimo de 30,8%, entre as datas em análise.
  • Por seu turno, o Crédito Concedido a Clientes (Bruto), deduzido de títulos reclassificados em empréstimos concedidos e contas a receber, elevou-se a 10.674,0 milhões de euros, superior

em 8,3% ao valor registado em 30 de Junho de 2008. O peso deste agregado no total do Activo Líquido, era de 81,9% no final de Junho de 2009. Por segmentos, o crédito concedido a Empresas, que representava 52,8% da carteira de crédito, no final de Junho de 2009, apresentou um crescimento de 8,2%, com especial destaque para a rúbrica "Empréstimos" (+22,1%). Quanto ao Crédito a Particulares, que representava, no final do 1.º semestre de 2009, 43,0% do Crédito Total, cresceu 7,1%, no período em análise. Dentro do crédito a particulares, merece destaque o crédito à habitação, que já representa 66,5% deste agregado, evidenciando um crescimento de 13,6% face à mesma data do ano anterior. Apesar do contexto económico-financeiro, continua a revelar uma performance favorável e a contribuir para nivelar o perfil de risco da carteira, uma vez que este é um produto âncora na fidelização de clientes, proporcionando o aprofundamento da relação e favorecendo o cross-selling de produtos de várias empresas do Grupo.

  • No mesmo período, o rácio de Imparidade do Crédito/Crédito Total subiu de 2,27% para 2,94% (2,44% no final de 2008), como reflexo da crise económica, apesar da prudente gestão de risco, do acompanhamento das operações de crédito e da atenta actuação sobre o crédito vencido.

Passivo

  • Os Recursos em Bancos Centrais, que têm ganho representatividade como fonte de financiamento alternativo, apresentaram um saldo de 564,6 milhões de euros, no final do Junho de 2009, um aumento de 393,8 milhões de euros quando comparado com o período homólogo de 2008. Este crescimento decorre da tomada de fundos em operações de refinanciamento do Banco Central Europeu, realizada pela banca comercial do Grupo, que utilizou como colateral obrigações adquiridas no âmbito de operações de securitização de crédito à habitação, concretizadas no período em análise, no valor global de 1.450 milhões de euros.
  • Os Recursos de Instituições de Crédito decresceram 14,6% face ao 1.º semestre de 2008, espelhando a falta de liquidez que tem ocorrido nos mercados.
  • Relativamente aos Recursos de Clientes de balanço, que integram "Depósitos de Clientes", "Outros Passivos Financeiros ao justo valor através de resultados" e "Responsabilidades representadas por Títulos" subiram 10,3%, relativamente a Junho de 2008, cifrando-se em 8.902,5 milhões de euros. O conjunto de Depósitos de Clientes e Certificados de Depósitos cresceram 23,7%, onde se destaca o crescimento dos Depósito a Prazo (+1.039 milhões de euros). Ao nível dos recursos "fora de balanço", o Grupo evidenciava um montante de 2.867 milhões de euros, isto é, mais 12,8% que o valor registado no final do 1.º Semestre de 2008.
  • A evolução favorável dos recursos de clientes beneficiou do crescimento do número de pontos de venda do Banif – Grupo Financeiro, que passaram de 459 para 531, entre finais dos semestres de 2008 e de 2009, excluindo 83 Agências da Banca Pueyo e 23 Agências do Bankpime, em Espanha, nos quais a Banif SGPS não detém a maioria do capital social.

Capitais Próprios

Os Capitais Próprios do Banif – Grupo Financeiro (deduzidos de Interesses Minoritários) registaram uma diminuição de 11,8%, de 664,7 milhões de euros para 586,4 milhões de euros entre o final dos semestres de 2008 e 2009, originada, essencialmente, pelas seguintes situações:

  • Resultado do primeiro semestre de 2009, de 15,7 milhões de euros;
  • Resultado do último semestre de 2008, de 14,8 milhões de euros.

  • Distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2009 no montante de 22,8 milhões de euros;

  • Variação cambial de –31,2 milhões de euros, decorrente, na sua quase totalidade, da depreciação do Real Brasileiro (BRL), que afectou negativamente o valor dos capitais próprios das subsidiárias do Grupo com sede no Brasil;
  • Diminuição das Reservas de Reavaliação dos títulos classificados na rubrica do balanço "activos financeiros disponíveis para venda" no montante de –51,0 milhões de euros, nomeadamente causada pela desvalorização e venda de participações financeiras no Brasil (- 26,7 milhões de euros), pela desvalorização da carteira de títulos da Companhia de Seguros Açoreana (-1,4 milhões de euros) e pela venda de participações financeiras (-15,2 milhões de euros).

O rácio de solvabilidade, calculado estritamente de acordo com as definições de Basileia II situou-se em 9,1%, valor idêntico ao registado no final do 1º semestre de 2008. O Core Tier 1, que exclui no seu cálculo as acções preferenciais, fixou-se em 5,4% no final do 1º semestre de 2009, contra 5,1% no final do 1º semestre de 2008. O Tier I apresentava um valor de 6,5% no final do 1º semestre de 2009 contra 6,1% no final do período homólogo do ano anterior.

Face ao Resultado Líquido obtido pelo Banif – Grupo Financeiro em 30 de Junho de 2009, de 15,7 milhões de euros, o ROE (Return on Equity) fixou-se em 5,4% (contra 15,5% no período homólogo do ano anterior), enquanto o ROA (Return on Assets) atingiu os 0,24% (contra 0,78% no período homólogo do ano anterior). Ambos os rácios foram calculados com valores médios dos Capitais Próprios e dos Activos do Grupo e anualizados.

2. PERSPECTIVAS FUTURAS

Actualmente, o enquadramento em que o Banif – Grupo Financeiro desenvolve a sua actividade caracteriza-se por condições de mercado bastante exigentes, novas regras de supervisão do sector financeiro, por uma subida dos custos de funding e por uma deterioração da qualidade da Carteira de Crédito, resultante da crise económica que se vem sentindo desde meados de 2008, quer a nível nacional quer, em especial, a nível internacional.

Nos últimos três anos, o Banif – Grupo Financeiro tem vindo a apostar fortemente na captação de novos clientes, sendo ainda de sublinhar o importante movimento de expansão e consolidação do Grupo nos mercados internacionais.

Ao nível nacional, o Banif – Grupo Financeiro pretende alcançar uma quota no mercado bancário de 5%, perspectivando crescimentos do crédito e dos recursos para o triénio 2008-2010 de cerca do dobro das taxas de crescimento previstas para o sector. Estes crescimentos enquadram-se numa política expansionista das redes de distribuição do Grupo em Portugal e da continuação das campanhas efectuadas de captação de novos clientes e de aumento das taxas de penetração dos principais produtos e serviços bancários.

Com efeito, e no que se refere à área de clientes particulares, o Grupo pretende manter uma tendência de crescimento nos recursos obtidos junto deste segmento baseado em iniciativas de alargamento da base de Clientes, retenção e fidelização e de reforço do dinamismo comercial, apostando na melhoria dos níveis de serviço e na prestação de um serviço diferenciado e de qualidade. Refira-se ainda que se espera manter igualmente uma evolução positiva no que respeita ao crédito a Clientes particulares.

Ao nível da área de empresas, o Grupo pretende manter a prossecução das prioridades estratégicas definidas para esta área no presente triénio (2008-2010), as quais apontam para uma tentativa de reforçar a quota de mercado e os resultados da actividade nesta área de negócio.

Com o objectivo de reduzir os custos operacionais, evitando a duplicação de infra-estruturas materiais e humanas, ao nível dos departamentos operacionais e de apoio técnico e logístico foi concluído, no final de 2008, o projecto de fusão por incorporação, mediante a transferência global do património do BBCA no Banif, sem que daí resultasse qualquer alteração ao perímetro de consolidação do Banif – Grupo Financeiro, uma vez que os dois bancos já eram detidos (indirectamente) pela Banif SGPS a 100%.

Ao nível da banca de investimento, a aposta do Banif – Grupo Financeiro continuará em dois vectores estratégicos fundamentais:

    1. Globalização da actividade de banca de investimento, integrando o mercado europeu, o mercado brasileiro e o mercado norte americano.
    1. Forte sinergia com a actividade da banca comercial e seguros do Grupo, com o objectivo de gerar negócios complementares e que permitam potenciar a fidelização dos clientes.

A actividade de banca comercial do Banif – Grupo Financeiro no estrangeiro seguirá, ao longo do triénio 2008-2010, uma política de consolidação dos investimentos efectuados, em especial:

  • No Brasil, o Grupo irá alargar a sua rede de distribuição para próximo de 30 unidades, procurando estar representado nos principais Estados brasileiros, com o enfoque especial nas operações de financiamento imobiliário, de crédito ao consumo e ao comércio externo (trade finance), private banking e um relacionamento privilegiado com a comunidade portuguesa empresarial radicada no Brasil;
  • Em Malta, após o início das actividades do novo banco, ocorrido em Janeiro de 2008, desenvolveu-se um projecto estratégico de posicionamento no segmento de middle market, contando já com uma rede de 8 agências projectando-se a abertura de mais 2 unidades até ao final do corrente ano;
  • Em Cabo Verde, onde o Banif Grupo Financeiro, detém uma participação de 51,69% e o controlo de gestão sobre o BCN, pretende-se atingir um acréscimo significativo da quota de mercado, através da expansão da rede de distribuição para o negócio de retalho e de empresas, tendo-se atingido, em 2008, 18 pontos de venda e prevendo-se a abertura de mais 2 agências em 2009, passando assim a deter uma cobertura nacional neste arquipélago.
  • Em Espanha, onde o Banif Grupo Financeiro detém participações minoritárias no Bankpime e na Banca Pueyo, o objectivo será reforçar as relações com as equipas de gestão desses bancos, no sentido de explorar sinergias, evitando duplicações de estruturas e implementando estratégias de estreitamento das relações e aproveitamento das "melhores práticas".

Com vista a uma maior diversificação do risco do negócio bancário, é estratégia do Banif – Grupo Financeiro que a actividade internacional da banca comercial do Grupo represente, já em 2010, um mínimo de 25% dos resultados líquidos desta área de negócio.

Por fim, salienta-se que a actual conjuntura de mercado pode acarretar riscos para o Banif – Grupo Financeiro, quer ao nível da compressão da margem financeira, quer no que respeita a uma eventual deterioração na qualidade dos activos, ambas com potencial impacto negativo nos resultados do Grupo.

Não obstante, e por forma a mitigar o impacto decorrente destes riscos, o Grupo vem reanalisando as políticas de originação de activos, adequando o pricing e as garantias a uma nova realidade económica, tendo sido igualmente reforçados os mecanismos de supervisão e gestão das diversas posições do activo remunerado e intensificada a política de diversificação da captação de recursos.

ANÁLISE COMPARATIVA – Grupo Banif

Expresso em milhares de Euros
Balanço 30-06-2009 30-06-2008 Variação Variação
absoluta %
Activo Líquido 13.038.623 12.062.475 976.148 8,1%
Crédito Concedido (Bruto) (1) 10.674.005 9.860.103 813.902 8,3%
Depósitos de clientes 7.799.681 6.303.325 1.496.356 23,7%
Recursos totais de Clientes (balanço) 8.902.542 8.072.063 830.479 10,3%
Capitais Próprios (2) 586.375 664.655 -78.280 -11,8%
Demonstração de resultados 30-06-2009 30-06-2008 Variação Variação
absoluta %
Margem Financeira 134.057 130.520 3.537 2,7%
Lucros em Operações Financeiras (líq.) 49.468 60.880 -11.412 -18,7%
Outros Proveitos (líq.) 69.031 56.555 12.476 22,1%
Produto da Actividade 252.556 247.955 4.601 1,9%
Custos com Pessoal 79.217 78.836 381 0,5%
Gastos Gerais Administrativos 54.378 59.376 -4.998 -8,4%
Cash Flow 118.961 109.743 9.218 8,4%
Amortizações do Exercício 16.939 14.406 2.533 17,6%
Provisões e Imparidade (líq.) 67.909 30.436 37.473 123,1%
Equivalência Patrimonial -2.007 3.561 -5.568 -156,4%
Resultado antes de Impostos 32.106 68.462 -36.356 -53,1%
Impostos (correntes e diferidos) 11.224 20.592 -9.368 -45,5%
Interesses Minoritários 5.144 3.451 1.693 49,1%
Resultado Consolidado do Exercício 15.738 44.419 -28.681 -64,6%
Outros indicadores 30-06-2009 30-06-2008 Variação Variação
absoluta %
Prémios de Seguros (Total) 215.848 223.013 -7.165 -3,2%
- Prémios Vida 123.692 133.736 -10.044 -7,5%
- Prémios Não Vida 92.156 89.277 2.879 3,2%
Activos sob Gestão (valores em milhões de euros) 2.867 2.541 326 12,8%
Imparidade de Crédito / Crédito Total 2,94% 2,27% - -
ROE 5,4% 15,5% - -
ROA 0,24% 0,78% - -
Resultado Antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Activo Líquido Médio 0,50% 1,20% - -
Produto da Actividade / Activo Líquido Médio 3,91% 4,36% - -
Resultado Antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Capitais Próprios Médios (Incluindo
Interesses Minoritários) 7,5% 18,7% - -
Custos de Funcionamento + Amortizações / Produto da Actividade (3) 59,4% 59,9% - -
Custos Com Pessoal / Produto da Actividade (3) 31,2% 31,6% - -

(1) Deduzidos de títulos de dívida registados em empréstimos concedidos e contas a receber

(2) Deduzidos de Interesses Minoritários

(3) Estes rácios excluem as actividades não financeiras e auxiliares. O produto da actividade inclui o resultado de Investimento em associadas excluídas da consolidação

1. Balanço

BANIF - SGPS, S.A. E SUBSIDIÁRIAS

BALANÇO CONSOLIDADO

EM 30 DE JUNHO DE 2009 E 31 DE DEZEMBRO DE 2008

(Montantes expressos em milhares de Euros)

30-06-2009 31-12-2008
Notas Valor antes de
imparidade e
amortizações
Imparidade e
amortizações
Valor líquido Valor líquido
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 6 243.442 - 243.442 313.199
Disponibilidades em outras instituições de crédito 7 104.796 - 104.796 149.231
Activos financeiros detidos para negociação 285.971 - 285.971 277.124
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 293.136 - 293.136 248.046
Activos financeiros disponíveis para venda 13 183.980 (19.886) 164.094 159.476
Aplicações em instituições de crédito 215.401 - 215.401 149.668
Crédito a clientes 8,13 10.826.798 (313.744) 10.513.054 10.336.949
Investimentos detidos até à maturidade 77.887 - 77.887 84.003
Activos com acordo de recompra 80.024 - 80.024 91.283
Derivados de cobertura - - - -
Activos não correntes detidos para venda 13 14.110 (925) 13.185 8.633
Propriedades de investimento 9 104.169 - 104.169 107.990
Outros activos tangíveis 10 370.168 (124.845) 245.323 262.538
Activos intangíveis 11 84.758 (55.599) 29.159 29.034
Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação 12 106.225 - 106.225 107.375
Activos por impostos correntes 18.829 - 18.829 30.801
Activos por impostos diferidos 31.206 - 31.206 41.874
Provisões técnicas de resseguro cedido - - - -
Outros activos 524.840 (12.118) 512.722 479.392
Devedores por seguro directo e resseguro - - - -
Outros activos 13 524.840 (12.118) 512.722 479.392
Total do Activo 13.565.740 (527.117) 13.038.623 12.876.616
Recursos de Bancos Centrais 14 - - 564.633 965.843
Passivos financeiros detidos para negociação - - 58.102 41.934
Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 15 - - 238.681 267.196
Recursos de outras instituições de crédito 16 - - 1.890.186 2.081.009
Recursos de clientes e outros empréstimos 17 - - 6.721.021 6.514.863
Responsabilidades representadas por títulos 18 - - 1.942.840 1.385.895
Passivos financeiros associados a activos transferidos - - - -
Derivados de cobertura - - 791 -
Passivos não correntes detidos para venda - - - -
Provisões 19 - - 12.533 13.224
Provisões técnicas - - -
Passivos por impostos correntes - - 12.457 6.810
Passivos por impostos diferidos - - 6.476 16.415
Instrumentos representativos de capital - - -
Outros passivos subordinados 20 - - 327.773 323.105
Outros passivos - - 411.402 397.552
Credores por seguro directo e resseguro - - - -
Outros passivos - - 411.402 397.552
Total do Passivo - - 12.186.895 12.013.846
Capital 21 - - 350.000 350.000
Prémios de emissão 21 - - 78.214 78.214
Outros instrumentos de capital - - -
Acções próprias 21 - - (1.051) (764)
Reservas de reavaliação 21 - - (32.045) (24.539)
Outras reservas e resultados transitados 21 - - 175.519 121.221
Resultado do exercício 21 - - 15.738 59.237
Dividendos antecipados - - - -
Interesses minoritários 22 - - 265.353 279.401
Total do Capital - - 851.728 862.770
- - 13.038.623 12.876.616
Total do Passivo + Capital

BANIF - SGPS, S.A. E SUBSIDIÁRIAS

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS

EM 30 DE JUNHO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em milhares de Euros)

1.º Semestre 2009 2.º Trimestre 2009
Notas 30-06-2009 30-06-2008 30-06-2009 30-06-2008
Juros e rendimentos similares 415.986 413.826 190.304 218.864
Juros e encargos similares (281.929) (283.306) (123.146) (151.143)
Margem financeira 134.057 130.520 67.158 67.721
Rendimentos de instrumentos de capital 1.465 2.381 411 71
Rendimentos de serviços e comissões 58.391 53.397 29.387 27.059
Encargos com serviços e comissões (6.806) (6.419) (3.819) (2.651)
Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados (18.393) (5.747) (21.167) 4.126
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 21.365 58.581 20.973 32.671
Resultados de reavaliação cambial 23.518 5.665 22.688 5.143
Resultados de alienação de outros activos 859 741 859 741
Prémios líquidos de resseguro - - - -
Custos com sinistros líquidos de resseguros - - - -
Variação das provisões técnicas líquidas de resseguro - - - -
Outros resultados de exploração 38.100 8.836 21.014 753
Produto da actividade 252.556 247.955 137.504 135.634
Custos com pessoal (79.217) (78.836) (40.860) (41.311)
Gastos gerais administrativos (54.378) (59.376) (28.983) (31.445)
Amortizações do exercício 10,11 (16.939) (14.406) (8.637) (7.537)
Provisões líquidas de reposições e anulações 19 (755) (1.806) (990) (2.681)
Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 13 (49.333) (28.339) (37.776) (19.559)
Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 13 (17.317) (122) (890) 1.002
Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações
Diferenças de consolidação negativas
13 (504)
-
(169)
-
283
-
194
-
Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) 12 (2.007) 3.561 (1.709) 1.319
Resultado antes de impostos e de interesses minoritários 32.106 68.462 17.942 35.616
Impostos (11.224) (20.592) (4.010) (20.592)
Correntes (10.116) (29.384) (2.834) (16.738)
Diferidos (1.108) 8.792 (1.176) 5.978
Resultado após impostos e antes de interesses minoritários 20.882 47.870 13.932 24.856
Da qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas - - - -
Interesses minoritários 22 (5.144) (3.451) (2.385) 1.525
Resultado consolidado do exercício 15.738 44.419 11.547 26.381
Quantidade média ponderada de acções ordinárias em circulação 348.978.888 252.209.945 348.978.888 252.209.945
Resultados por acção (€/ acção) 0,06 0,18 0,05 0,11

BANIF - SGPS, S.A. E SUBSIDIÁRIAS

DEMONSTRAÇOES DE VARIAÇÕES EM CAPITAIS PRÓPRIOS

EM 30 DE JUNHO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em milhares de Euros)

Resultado do
Capital Acções
Próprias
Prémios
de
Emissão
Reservas de
reavaliação
Resultados
transitados
Outras
reservas
exercício deduzido
de Interesses
Minoritários
Total
Saldos em 31-12-2008 350.000 (764) 78.214 (24.539) 292.228 (171.007) 59.237 583.369
Transferência para reservas - - - - 36.487 - (36.487) -
Distribuição de dividendos - - - - - - (22.750) (22.750)
Aquisição\alienação de acções próprias - (287) - - - - - (287)
Activos financeiros disponíveis para venda - - - (6.861) - - - (6.861)
Correcções CP associadas: operações com IM - - - - - 7.214 - 7.214
Variação cambial - - - - - 11.123 - 11.123
Outras variações em capital próprio - - - (645) - (526) - (1.171)
Resultado líquido do período - - - - - - 15.738 15.738
Saldos em 30-06-2009 350.000 (1.051) 78.214 (32.045) 328.715 (153.196) 15.738 586.375
Saldos em 31-12-2007 250.000 (203) 78.214 76.073 228.644 (118.747) 101.084 615.065
Transferência para reservas - - - - 63.584 - (63.584) -
Distribuição de dividendos - - - - - - (37.500) (37.500)
Aumento de capital 100.000 - - - - - - 100.000
Aquisição\alienação de acções próprias - 152 - - - - - 152
Correcções CP associadas: operações com IM - - - - - (4.634) - (4.634)
Activos financeiros disponíveis para venda - - - (56.417) - 2.212 - (54.205)
Diferenças capitais próprios em associadas - - - - - 307 - 307
Outras variações em capital próprio - - - - - 1.051 - 1.051
Resultado líquido do período - - - - - - 44.419 44.419
Saldos em 30-06-2008 350.000 (51) 78.214 19.656 292.228 (119.811) 44.419 664.655

BANIF - SGPS ,SA E SUBSIDIÁRIAS DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA EM 30 DE JUNHO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em milhares de Euros)

ACTIVIDADE OPERACIONAL 30-06-2009 30-06-2008
Resultados de Exploração:
Resultado líquido do exercício 15.738 44.419
Imparidade em Crédito Concedido 49.333 28.339
Outras perdas por imparidade 17.821 291
Provisões do exercício 755 1.806
Amortizações do Exercício 16.939 14.406
Dotação para impostos do exercício 11.224 20.592
Interesses minoritários 5.144 3.452
Derivados (liquido) 47.476 (11.082)
Resultados de empresas excluídas da consolidação 2.007 (3.561)
Dividendos reconhecidos (1.465) (2.380)
Juros pagos de Passivos subordinados 10.572 10.325
Variação dos Activos e Passivos Operacionais: 175.544 106.607
(Aumento)/Diminuição de Activos financeiros detidos para negociação (8.847) (90.197)
(Aumento)/Diminuição de Activos financeiros ao justo valor através de resultados (45.090) 35.185
(Aumento)/Diminuição de Activos financeiros disponíveis para venda (20.725) (48.214)
(Aumento)/Diminuição de Aplicações em Outras Instituições de Crédito (65.733) 25.095
(Aumento)/Diminuição de Investimentos detidos até à maturidade 6.116 -
(Aumento)/Diminuição de Empréstimos a Clientes (236.135) (1.045.103)
(Aumento)/Diminuição de Activos não correntes detidos para venda 29.314 (7.530)
(Aumento)/Diminuição de Activos com acordo de recompra 11.259 2.620
(Aumento)/Diminuição de Outros activos (58.422) (64.044)
(Diminuição)/Aumento de Recursos de Bancos Centrais (401.210) 170.876
(Diminuição)/Aumento de Passivos financeiros detidos para negociação 16.168 6.729
(Diminuição)/Aumento de Outros Passivos financeiros ao justo valor através de resultados (28.515) 16.732
(Diminuição)/Aumento de Recursos de Outras Instituições de Crédito (190.823) 434.790
(Diminuição)/Aumento de Recursos de Clientes 206.158 663.596
(Diminuição)/Aumento de Responsabilidades representadas por titulos 556.945 (19.879)
(Diminuição)/Aumento de Outros Passivos (45.832) 40.092
Impostos 7.124 (73.888)
(268.248) 46.860
Fluxos das actividades operacionais (92.704) 153.467
ACTIVIDADE DE INVESTIMENTO
Investimento em Subsidiárias - (35.500)
Investimento em Activos Tangíveis (26.451) (26.437)
Alienação de Activos Tangíveis 31.491 -
Investimento em Activos Intangíveis (3.530) (3.373)
Investimento em Propriedades de Investimento (1.471) -
Alienação de Propriedades de Investimento 5.292 -
Dividendos recebidos 1.465 2.381
Fluxos das actividades de investimento 6.796 (62.929)
ACTIVIDADE DE FINANCIAMENTO
Aumento do Capital social -
(22.750)
100.000
(37.500)
Dividendos distribuídos no exercício (287) 152
(Aquisição)/Alienação de Acções próprias
Emissão/(Reembolso ou recompra) de Passivos subordinados
5.325 (30.164)
Juros pagos de Passivos subordinados (10.572) (10.325)
Fluxos das actividades de financiamento (28.284) 22.163
(114.192) 112.701
VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
Caixa e seus equivalentes no inicio do período 462.430 395.359
Efeito das diferenças de câmbio nas rubricas de caixa e seus equivalentes - -
Caixa e seus equivalentes no fim do período 348.238 508.060
(114.192) 112.701
Valor de Balanço das rubricas de Caixa e Seus Equivalentes, em 30 de Junho
Caixa 57.066 41.529
Depósitos à Ordem em Bancos Centrais 178.079 326.114
Depósitos à Ordem em Outras Instituições de Crédito 83.599 97.455
Cheques a cobrar 29.418 42.962
Outros 76 -
348.238 508.060

Caixa e Seus Equivalentes não disponíveis para utilização pela entidade - -

BANIF - SGPS, SA E SUBSIDIÁRIAS DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE GANHOS E PERDAS RECONHECIDAS EM 30 DE JUNHO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em milhares de Euros)

30-06-2009 30-06-2008
Alteração de justo valor, liquida de impostos (6.861) (54.205)
Variações cambiais 11.123 -
Ganhos e perdas reconhecidos directamente em reservas 4.262 (54.205)
Resultado Líquido 15.738 44.419
Total ganhos e perdas reconhecidos no período 20.000 (9.786)

1. INFORMAÇÃO GERAL

O Banif - Grupo Financeiro (Grupo) é composto por Sociedades de competência especializada nos sectores bancário e segurador, apoiadas num conjunto de outras sociedades que operam em diversas áreas do sector financeiro.

A Banif - SGPS, S.A., empresa-mãe do Grupo, com sede na Rua João Tavira, nº 30, 9004 – 509 Funchal, tem por objecto exclusivo a gestão de participações sociais noutras Sociedades, conforme descrito nas Notas 4 e 12.

A Banif – SGPS, SA é detida, directa e indirectamente, em 64,64% pela Rentipar Financeira, SGPS, SA e esta pelo Comendador Horácio da Silva Roque.

As acções da Banif - SGPS, S.A. encontram-se admitidas à cotação na Euronext Lisboa.

Em 24 de Julho de 2009, o Conselho de Administração da Sociedade reviu, aprovou e autorizou as Demonstrações Financeiras de 30 de Junho de 2009.

Nos termos do n.º3, artigo 8º do Código dos Valores Mobiliários, declara-se que as presentes demonstrações financeiras não foram sujeitas a auditoria ou a revisão limitada.

2. ADOPÇÃO DE NORMAS INTERNACIONAIS DE RELATO FINANCEIRO NOVAS OU REVISTAS

Em 2009 entraram em vigor as seguintes Normas com impactos no Grupo:

IFRS 8 – Segmentos Operacionais

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em 30 de Novembro de 2006 a IFRS 8 - Segmentos operacionais, tendo sido aprovada pela Comissão Europeia em 21 de Novembro de 2007. Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios a começar ou a partir de 1 de Janeiro de 2009.

IAS 1 (Alterada) - Apresentação das Demonstrações Financeiras O IASB emitiu em Setembro de 2007, a IAS 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras alterada com data efectiva de aplicação obrigatória em 1 de Janeiro de 2009.

3. BASES DE APRESENTAÇÃO E POLITÍCAS CONTABILISTICAS

3.1 Bases de apresentação de contas

As demonstrações financeiras do período findo em 30 de Junho de 2009 estão elaboradas de acordo com a IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar.

As demonstrações financeiras consolidadas do Banif - Grupo Financeiro estão preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS – Internacional Financial Reporting Standards) tal como adoptadas na União Europeia, no âmbito das disposições do Regulamento do Conselho e do Parlamento Europeu nº 1606/02.

As demonstrações financeiras foram preparadas numa base de custo histórico, com excepção dos activos e passivos financeiros detidos para negociação (incluindo derivados), activos e passivos ao justo valor através de resultados, activos financeiros disponíveis para venda, imóveis registados em activos tangíveis e propriedades de investimento que são mensurados ao justo valor. As principais políticas contabilísticas utilizadas pelo Grupo são apresentadas abaixo.

3.2 Informação comparativa

O Grupo não procedeu a alterações de políticas contabilísticas, pelo que em geral os valores apresentados são comparáveis, nos aspectos relevantes, com os do exercício anterior.

3.3 Uso de estimativas na preparação das Demonstrações Financeiras

A preparação das Demonstrações Financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos pela Gestão do Grupo, os quais afectam o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados. Na elaboração destas estimativas, a Gestão utilizou o seu julgamento, assim como a informação disponível na data da preparação das demonstrações financeiras. Consequentemente, os valores futuros efectivamente realizados poderão diferir das estimativas efectuadas.

As situações onde o uso de estimativas é mais significativo são as seguintes:

Justo valor dos instrumentos financeiros

Quando os justos valores dos instrumentos financeiros não podem ser determinados através de cotações (marked to market) nos mercados activos, são determinados através da utilização de técnicas de valorização que incluem modelos matemáticos de discounted cash-flows (marked to model). O dados de input nesses modelos são, sempre que possível, dados observáveis de mercado, mas quando tal não é possível um grau de julgamento é requerido para estabelecer os justos valores, nomeadamente ao nível da liquidez, correlação e volatilidade.

Perdas por Imparidade em créditos a clientes

Os créditos de clientes com posições vencidas e responsabilidades totais consideradas de montante significativo são objecto de análise individual para avaliar as necessidades de registo de perdas por imparidade. Nesta análise é estimado o montante e prazo dos fluxos futuros. Estas estimativas são baseadas em assumpções sobre um conjunto de factores que se podem modificar no futuro e consequentemente alterar os montantes de imparidade. Adicionalmente, é também realizada uma análise colectiva de imparidade por segmentos de crédito com características e riscos similares e determinadas perdas por imparidade com base no comportamento histórico das perdas para o mesmo tipo de activos.

Imparidade em instrumentos de capital

Os activos financeiros disponíveis para venda são analisados quando existam indícios objectivos de imparidade, nomeadamente quando se verifica um significativo ou prolongado declínio nos justos valores, abaixo do preço de custo. A determinação do nível de declínio em que se considera "significativo ou prolongado" requer julgamentos. Neste contexto o Grupo considera que um declínio no justo valor de um instrumento de capital igual ou superior a 30% (30% em 2008) ou um declínio por mais de 1 ano (1 ano em 2008) pode ser considerado significativo ou prolongado. Contudo, são avaliados outros factores, tal como o comportamento da volatilidade nos preços dos activos.

Propriedades de investimento e imóveis de serviço próprio

O justo valor das propriedades de investimento e de imóveis de serviço próprio, classificados em Outros Activos Tangíveis, são determinados com base em avaliações efectuadas por peritos independentes, tendo por base estimativas de rendimento e de custos de manutenção ou substituição e ainda valores comparáveis de mercado.

Activos por impostos diferidos

São reconhecidos activos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não utilizados, na medida em que seja provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais positivos. Para o efeito são efectuados julgamentos para a determinação do montante de impostos diferidos activos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais futuros esperado.

Benefícios de reforma

O nível de responsabilidades relativas a benefícios de reforma (planos de benefícios definidos) é determinado através de avaliação actuarial, na qual se utilizam pressupostos e assumpções sobre taxas de desconto, taxa de retorno esperado dos activos do Fundo de Pensões, aumentos salariais e de pensões futuros e tábuas de mortalidade. Face à natureza de longo prazo dos planos de pensões, estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas.

3.4 Princípios de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas da Banif - SGPS, S.A. e entidades por si controladas (denominadas "subsidiárias"), incluindo entidades de propósito especial (SPE'S), preparadas para a mesma data de referência das presentes demonstrações financeiras consolidadas. Considera-se que existe controlo sempre que o Grupo tenha a possibilidade de determinar as políticas operacionais e financeiras de uma entidade com vista a obter benefícios das suas actividades, o que normalmente sucede quando o Grupo detém pelo menos 50% dos direitos de voto da entidade. As entidades de finalidades especiais, relativamente às quais o Grupo retenha a maioria dos riscos e benefícios inerentes à sua actividade, são também incluídas na consolidação. Incluem-se neste âmbito, essencialmente, entidades utilizadas pelo Grupo no âmbito de operações de titularização de créditos e emissão de dívida estruturada.

Sempre que aplicável, as contas das subsidiárias são ajustadas de forma a reflectir a utilização das políticas contabilísticas do Banif - Grupo Financeiro.

Os saldos e transacções significativos existentes entre as empresas do Grupo são eliminados no decorrer do processo de consolidação.

O valor correspondente à participação de terceiros nas subsidiárias é apresentado na rubrica "Interesses minoritários", incluída no capital próprio.

3.5 Concentrações de actividades empresariais e goodwill

A aquisição de subsidiárias é registada de acordo com o método da compra. O custo de aquisição corresponde ao justo valor, na data da transacção, de activos entregues, passivos assumidos, instrumentos de capital próprio emitidos, acrescidos de quaisquer custos directamente atribuíveis à transacção. Os activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da entidade adquirida devem ser medidos pelo justo valor na data de aquisição.

O goodwill corresponde à diferença entre o custo de aquisição e a proporção adquirida pelo Grupo do justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes identificados. Sempre que, se verifique que o justo valor excede o custo de aquisição ("goodwill negativo"), o diferencial é reconhecido imediatamente em resultados.

Quando o custo de aquisição excede o justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes, o goodwill positivo é registado no activo, não sendo amortizado. No entanto, é objecto de testes de imparidade numa base anual, sendo reflectidas eventuais perdas por imparidade que sejam apuradas.

Para efeitos da realização do teste de imparidade, o goodwill apurado é imputado a cada uma das Unidades Geradoras de Caixa (UGC) que beneficiaram da operação de concentração. O goodwill imputado a cada Unidade é objecto de teste de imparidade anualmente, ou sempre que exista uma indicação de que possa existir imparidade.

A imparidade do goodwill é determinada calculando o montante recuperável para cada UGC ou grupo UGC a que o goodwill respeita. Quando o montante recuperável das UGC for inferior ao montante registado é reconhecida imparidade.

As perdas por imparidade em goodwill não podem ser revertidas em períodos futuros.

3.6 Investimentos em associadas

Trata-se de investimentos em entidades em que o Grupo tem influência significativa e que não sejam nem subsidiárias nem "Joint ventures". Considera-se que existe influência significativa sempre que o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 20% dos direitos de voto.

Os investimentos em associadas são registados de acordo com o método da equivalência patrimonial. O registo inicial do investimento é efectuado pelo custo de aquisição, o qual é incrementado ou diminuído pelo reconhecimento das variações subsequentes na parcela detida na situação líquida da associada. Deste modo, o goodwill originado na aquisição fica reflectido no valor do investimento, sendo objecto de análise de imparidade como parte do valor do investimento. Qualquer goodwill negativo é imediatamente reconhecido em resultados.

À semelhança do procedimento seguido relativamente às subsidiárias, sempre que aplicável, as contas das associadas são ajustadas de forma a reflectir a utilização das políticas contabilísticas do Grupo.

3.7 Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbios indicativas da moeda funcional na data da transacção. Na data de balanço, os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de câmbio de fecho. Os itens não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os itens não monetários que sejam mantidos ao custo histórico são mantidos ao câmbio original.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão são reconhecidas como ganhos ou perdas do período na demonstração de resultados, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários classificados como disponíveis para venda, que são registadas por contrapartida de uma rubrica específica de capital próprio até à alienação do activo.

Na data de balanço os activos e passivos denominados em moeda funcional distinta do Euro são convertidos à taxa de câmbio à data do fecho do balanço, enquanto itens de proveitos e custos são convertidos à taxa média do período. As diferenças que resultam da utilização da taxa de fecho e da taxa média são registadas por contrapartida de uma rubrica específica de capital próprio até à alienação das respectivas entidades.

3.8 Caixa e seus equivalentes

Para efeitos da demonstração de fluxos de caixa, caixa e seus equivalentes incluem moeda nacional e estrangeira, em caixa, depósitos à ordem junto de bancos centrais, depósitos à ordem junto de outros bancos no país e estrangeiro, cheques a cobrar sobre outros bancos.

3.9 Instrumentos financeiros

3.9.1 Reconhecimento e mensuração inicial de instrumentos financeiros

As compras e vendas de activos financeiros que implicam a entrega de activos de acordo com os prazos estabelecidos, por regulamento ou convenção no mercado, são reconhecidos na data da transacção, isto é, na data em que é assumido o compromisso de compra ou venda. Os instrumentos financeiros derivados são igualmente reconhecidos na data da transacção.

A classificação dos instrumentos financeiros na data de reconhecimento inicial depende das suas características e da intenção de aquisição. Todos os instrumentos financeiros são inicialmente mensurados ao justo valor acrescido dos custos directamente atribuíveis à compra ou emissão, excepto no caso dos activos e passivos ao justo valor através de resultados em que tais custos são reconhecidos directamente em resultados.

3.9.2 Mensuração subsequente de instrumentos financeiros

Activos financeiros detidos para negociação

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação são os adquiridos com o propósito de venda no curto prazo e de realização de lucros a partir de flutuações no preço ou na margem do negociador, incluindo todos os instrumentos financeiros derivados que não sejam enquadrados como operações de cobertura.

Após reconhecimento inicial, os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo valor são reflectidos em resultados do exercício. Nos derivados os justos valores positivos são registados no activo e os justos valores negativos no passivo. Os juros e dividendos ou encargos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido.

Os passivos financeiros de negociação incluem também vendas de títulos a descoberto. Estas operações são relevadas em balanço ao justo valor, com variações subsequentes de justo valor relevadas em resultados do exercício na rubrica "Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados".

Activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados

Estas rubricas incluem os activos e passivos financeiros classificados pelo Grupo de forma irrevogável no seu reconhecimento inicial como ao justo valor através de resultados, de acordo com a opção prevista no IAS 39 (fair value option), desde que satisfeitas as condições previstas para o seu reconhecimento, nomeadamente:

  • i) a designação elimina ou reduz significativamente inconsistências de mensuração de activos e passivos financeiros e reconhecimento dos respectivos de ganhos ou perdas (accounting mismatch);
  • ii) os activos e passivos financeiros são parte de um grupo de activos ou passivos ou ambos que é gerido e a sua performance avaliada numa base de justo valor, de acordo com uma estratégia de investimento e gestão de risco devidamente documentada; ou
  • iii) o instrumento financeiro integra um ou mais derivados embutidos, excepto quando os derivados embutidos não modifiquem significativamente os fluxos de caixa

inerentes ao contrato, ou seja claro, com reduzida ou nenhuma análise, que a separação dos derivados embutidos não possa ser efectuada.

Após reconhecimento inicial os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo valor dos activos e passivos financeiros são reflectidos em resultados do exercício na rubrica "Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados".

O Grupo classifica em activos financeiros ao justo valor através de resultados a quase totalidade da carteira de títulos constituída no âmbito da actividade bancária, cuja gestão e avaliação da performance tem por base o justo valor, com excepção das participações estratégicas e de títulos para os quais não é possível a obtenção de valorizações fiáveis.

Os passivos financeiros foram designados como passivos ao justo valor através de resultados por se tratar de instrumentos de dívida (subordinada e não subordinada) com um ou mais derivados embutidos.

Activos financeiros disponíveis para venda

São classificados nesta rubrica instrumentos que podem ser alienados em resposta ou em antecipação a necessidades de liquidez ou alterações de taxas de juro, taxas de câmbio ou alterações do seu preço de mercado, e que o Grupo não classificou em qualquer uma das outras categorias. Deste modo, em 30 de Junho de 2009 esta rubrica inclui essencialmente participações consideradas estratégicas e títulos para os quais não é possível a obtenção de valorizações fiáveis.

Após o reconhecimento inicial são subsequentemente mensurados ao justo valor, ou mantendo o custo de aquisição caso não seja possível apurar o justo valor com fiabilidade, sendo os respectivos ganhos e perdas reflectidos na rubrica "Reservas de Reavaliação" até à sua venda (ou ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento no qual o valor acumulado é transferido para resultados do exercício para a rubrica "Resultados de activos financeiros disponíveis para venda".

Os juros inerentes aos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de "Juros e rendimentos similares". Os dividendos são reconhecidos em resultados, quando o direito ao seu pagamento é estabelecido, na rubrica "Rendimentos de instrumentos de capital". Nos instrumentos de dívida emitidos em moeda estrangeira, as diferenças cambiais apuradas são reconhecidas em resultados do exercício na rubrica "Resultados de reavaliação cambial".

É efectuada uma análise da existência de evidência de perdas por imparidade em activos financeiros disponíveis para venda em cada data de referência das demonstrações financeiras. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica "Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações".

Activos financeiros detidos até à maturidade

Os activos financeiros detidos até à maturidade compreendem os investimentos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas, sobre os quais existe a intenção e capacidade de os deter até à maturidade.

Após o reconhecimento inicial são subsequentemente mensurados ao custo amortizado, usando o método da taxa de juro efectiva, deduzido de perdas por imparidade. O custo amortizado é calculado tendo em conta o prémio ou desconto na data de aquisição e outros encargos directamente imputáveis à compra como parte da taxa de juro efectiva. A amortização é reconhecida em resultados na rubrica de "Juros e rendimentos similares".

As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica "Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações".

Aplicações em outras Instituições de Crédito e Crédito a clientes

Estas rubricas incluem aplicações junto de instituições de crédito e crédito concedido a clientes do Grupo.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo, que não sejam activos adquiridos ou originados com intenção de alienação a curto prazo (detidos para negociação) ou classificados como activos financeiros ao justo valor através de resultados no seu reconhecimento inicial

Após o reconhecimento inicial, normalmente ao valor desembolsado que inclui todos os custos inerentes à transacção, incluindo comissões cobradas que não tenham a natureza de prestação de serviço, subsequentemente estes activos são mensurados ao custo amortizado, usando o método da taxa efectiva, e sujeitos a testes de imparidade.

O custo amortizado é calculado tendo em conta rendimentos ou encargos directamente imputáveis à originação do activo como parte da taxa de juro efectiva. A amortização destes rendimentos ou encargos é reconhecida em resultados na rubrica de "Juros e rendimentos similares" ou "Juros e encargos similares". As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica "Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações".

Os empréstimos concedidos e contas a receber apenas são abatidos ao activo (writeoff), quando não há expectativas realísticas de recuperação desses montantes, incluindo através das garantias associadas (colaterais). Esta avaliação é independente dos procedimentos de abate ao activo de empréstimos nas contas individuais das subsidiárias, ao abrigo das normas locais aplicáveis a essas entidades.

Recursos de outras instituições de crédito, Recursos de clientes e outros empréstimos, Responsabilidades representadas por títulos e Outros passivos subordinados

Os restantes passivos financeiros, que incluem essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e emissões de dívida não designadas como passivos financeiros ao justo valor através de resultados e cujos termos contratuais resultam na obrigação de entrega ao detentor de fundos ou activos financeiros, são reconhecidos inicialmente pela contraprestação recebida líquida dos custos de transacção directamente associados e subsequentemente valorizados ao custo amortizado, usando o método da taxa efectiva. A amortização é reconhecida em resultados na rubrica "Juros e encargos similares".

Justo valor

O justo valor utilizado na valorização de activos e passivos financeiros de negociação, classificados como ao justo valor por contrapartida de resultados e activos financeiros disponíveis para venda é determinado de acordo com os seguintes critérios:

  • − No caso de instrumentos transaccionados em mercados activos, o justo valor é determinado com base na cotação de fecho, no preço da última transacção efectuada ou no valor da última oferta ("bid") conhecida;
  • − No caso de activos não transaccionados em mercados activos, o justo valor é determinado com recurso a técnicas de valorização, que incluem preços de transacções recentes de instrumentos equiparáveis e outros métodos de

valorização normalmente utilizados pelo mercado ("discounted cash flow", modelos de valorização de opções, etc.).

Os activos de rendimento variável (v.g. acções) e instrumentos derivados que os tenham como subjacente, para os quais não seja possível a obtenção de valorizações fiáveis, são mantidos ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Imparidade

O Grupo avalia regularmente se existe evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito concedido e de valores a receber. As perdas por imparidade identificadas são relevadas por contrapartida de resultados.

Sempre que num período subsequente, se registe uma diminuição do montante da perda por imparidade estimada, o montante previamente reconhecido é revertido pelo ajustamento da conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados na mesma rubrica.

Um crédito, ou uma carteira de crédito sobre clientes, definida como um conjunto de créditos de características de risco semelhantes, está em imparidade sempre que:

  • exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial e,
  • quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros do crédito ou carteira de créditos sobre clientes, e cuja mensuração possa ser estimada com razoabilidade.

Para determinação das perdas por imparidade são utilizados dois métodos de análise:

a) Análise individual

A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é realizada através de uma análise casuística da situação de clientes com exposição total de crédito considerada significativa. Para cada cliente o Grupo avalia, em cada data de balanço, a existência de evidência objectiva de imparidade, considerando nomeadamente os seguintes factores:

  • situação económico-financeira do cliente;
  • exposição global do cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento no Grupo e no sistema financeiro;
  • informações comerciais relativas ao cliente;
  • análise do sector de actividade em que o cliente se integra, quando aplicável;
  • as ligações do cliente com o Grupo em que se integra, quando aplicável, e a análise deste relativamente às variáveis anteriormente referidas em termos do cliente individualmente considerado.

Na determinação das perdas por imparidade em termos individuais são considerados os seguintes factores:

  • A viabilidade económico financeira do cliente gerar meios suficientes para fazer face ao serviço da dívida no futuro;
  • O valor das garantias reais associadas e o montante e prazo de recuperação estimados;
  • O património do cliente em situações de liquidação ou falência e a existência de credores privilegiados.

Os crédito analisados individualmente para os quais não se tenha verificado a existência objectiva de imparidade, são agrupados tendo por base características de risco semelhantes e, avaliados colectivamente para efeitos de imparidade.

Os créditos analisados individualmente para os quais se tenha estimado uma perda por imparidade, não são incluídos para efeitos da avaliação colectiva.

Sempre que seja identificada uma perda de imparidade nos créditos a clientes avaliados individualmente, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor contabilístico desse crédito e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do contrato. O crédito a clientes apresentado no balanço é reduzido pela utilização de uma conta de perdas por imparidade e o montante reconhecido na demonstração de resultados na rubrica "Imparidade do crédito líquida de recuperações e reversões". Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa de efectiva anual, determinada pelo contrato.

O cálculo do valor actual dos cash flows futuros estimados de um crédito com garantias reais, reflecte os fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e alienação do colateral, deduzido dos custos inerentes à sua recuperação e venda.

b) Análise colectiva

Os créditos avaliados numa base colectiva, são agrupados por segmentos com características e riscos similares. As perdas por imparidade para estes créditos são estimadas considerando a experiência histórica de perdas em carteiras de risco semelhante, a envolvente económica e sua influência sobre o nível de perdas históricas. O Grupo, com uma periodicidade regular, procede à actualização dos parâmetros históricos utilizados para estimar as perdas na análise colectiva.

Sempre que um crédito é considerado incobrável, sendo a sua perda por imparidade estimada de 100% do valor do crédito, é efectuada a respectiva anulação contabilística por contrapartida do valor da perda. O crédito, é assim, abatido ao activo.

Se forem recuperados créditos abatidos, o montante recuperado é creditado em resultados na mesma rubrica de "Imparidade do crédito líquida de recuperações e reversões" acima referida.

Derivados

Na sua actividade corrente, o Grupo utiliza alguns instrumentos financeiros derivados quer para satisfazer as necessidades dos seus clientes, quer para gerir as suas próprias posições de risco de taxa de juro ou outros riscos de mercado. Estes instrumentos envolvem graus variáveis de risco de crédito (máxima perda contabilística potencial devida a eventual incumprimento das contrapartes das respectivas obrigações contratuais) e de risco de mercado (máxima perda potencial devida à alteração de valor de um instrumento financeiro em resultado de variações de taxas de juro, câmbio e cotações).

Os montantes nocionais das operações de derivados são utilizados para calcular os fluxos a trocar nos termos contratuais, eventualmente em termos líquidos, e embora constituam a medida de volume mais usual nestes mercados, não correspondem a qualquer quantificação do risco de crédito ou de mercado das respectivas operações. Para derivados de taxa de juro ou de câmbio, o risco de crédito é medido pelo custo de substituição a preços correntes de mercado dos contratos em que se detém uma posição potencial de ganho (valor positivo de mercado) no caso de a contraparte entrar em incumprimento.

Os derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são separados do instrumento de acolhimento sempre que os seus riscos e características não estão intimamente relacionados com os do contrato de acolhimento e a totalidade do instrumento não é designado no reconhecimento inicial como ao justo valor através de resultados (fair value option).

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo na sua gestão de exposição a riscos financeiros e de mercado, são contabilizados como derivados de cobertura de acordo com os critérios definidos pela norma IAS 39, caso cumpram os requisitos de elegibilidade previstos pela norma, nomeadamente para o registo de coberturas da exposição à variação do justo valor de elementos cobertos ("Coberturas de justo valor"). Caso contrário, os derivados são considerados pelo seu justo valor como activos ou passivos financeiros de negociação, consoante tenham, respectivamente, justo valor positivo ou negativo.

O Grupo não efectua, por sistema, trading short / long sobre estes instrumentos financeiros. Os instrumentos derivados têm sido utilizados no Banif - Grupo Financeiro, principalmente, nas seguintes situações:

  • 1) Cobertura de passivos com indexação a activos de referência: na prática o Grupo emite passivos financeiros cuja remuneração e pagamento de capital estão ligados à performance de um activo de referência (acções, crédito e taxa de juro, etc.) e faz a cobertura contratando derivativos OTC para transformar estes passivos em operações indexadas à Euribor. Estes derivados embutidos são valorizados em conjunto com o passivo financeiro ("A opção do justo valor"), classificados na categoria de passivos financeiros ao justo valor através de resultados.
  • 2) Cobertura do risco de operações de derivativos com clientes: o Grupo contrata derivativos OTC (cross currency swap, interest rate swap, equity swap, etc.) com clientes cujo risco é coberto com operações de back-to-back com contrapartes no mercado.
  • 3) Cobertura de risco de activos financeiros com derivados embutidos e cuja valorização é efectuada, de uma forma global, ao justo valor por contrapartida de resultados: o Grupo contrata operações de back-to-back (cross currency swap, interest rate swap, etc.) com contrapartes no mercado de derivativos OTC, para cobertura do risco subjacente a estes activos.
  • 4) Operações de swap de taxa de juro relacionadas com as operações de titularização de créditos e de contratos de leasing efectuadas pelo Banif - Grupo Financeiro, encontrando-se os swaps com risco significativo (taxa fixa contra taxa variável) cobertos na integra com contrapartes no mercado.

3.9.3 Desreconhecimento de activos e passivos financeiros

Activos financeiros

Um activo financeiro (ou quando aplicável uma parte de um activo financeiro ou parte de um grupo de activos financeiros) é desreconhecido quando:

  • I. os direitos de recebimento dos fluxos de caixa do activo expirem; ou
  • II. os direitos de recebimento dos fluxos de caixa tenham sido transferidos, ou foi assumida a obrigação de pagar na totalidade os fluxos de caixa a receber, sem demora significativa, a terceiros no âmbito de um acordo "pass-through"; e
  • III. Os riscos e benefícios do activo foram substancialmente transferidos, ou os riscos e benefícios não foram transferidos nem retidos, mas foi transferido o controlo sobre o activo.

Quando os direitos de recebimento dos fluxos de caixa tenham sido transferidos ou tenha sido celebrado um acordo de "pass-through" e não tenham sido transferidos nem retidos substancialmente todos os riscos e benefícios do activo, nem transferido o controlo sobre o mesmo, o activo financeiro é reconhecido na extensão do envolvimento continuado, o qual é mensurado ao menor entre o valor original do activo e o máximo valor de pagamento que ao Grupo pode ser exigido.

Quando o envolvimento continuado toma a forma de opção de compra sobre o activo transferido, a extensão do envolvimento continuado é o montante do activo que pode ser recomprado, excepto no caso de opção de venda mensurável ao justo valor, em que o valor do envolvimento continuado é limitado ao mais baixo entre o justo valor do activo e o preço de exercício da opção.

Passivos financeiros

Um passivo financeiro é desreconhecido quando a obrigação subjacente expira ou é cancelada. Quando um passivo financeiro existente é substituído por outro com a mesma contraparte em termos substancialmente diferentes dos inicialmente estabelecidos, ou os termos iniciais são substancialmente alterados, esta substituição ou alteração é tratada como um desreconhecimento do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo e qualquer diferença entre os respectivos valores é reconhecida em resultados do exercício.

3.10 Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes são classificados como detidos para venda sempre que se determine que o seu valor de balanço será recuperado através de venda. Esta condição apenas se verifica quando a venda seja altamente provável e o activo esteja disponível para venda imediata no seu estado actual. A operação de venda deverá verificar-se até um período máximo de um ano após a classificação nesta rubrica. Uma extensão do período durante o qual se exige que a venda seja concluída não exclui que um activo (ou grupo para alienação) seja classificado como detido para venda se o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do controlo do Grupo e se mantiver o compromisso de venda do activo.

O Grupo regista nesta rubrica essencialmente imóveis recebidos em dação em pagamento de dívidas referentes a crédito concedido.

Os activos registados nesta categoria são valorizados ao menor do custo de aquisição e do justo valor, determinado com base em avaliações de peritos independentes, deduzido de custos a incorrer na venda. Estes activos não são amortizados.

Nos casos em que os activos classificados nesta categoria deixem de reunir as condições de venda imediata, nomeadamente por ter decorrido mais de 1 ano e o Grupo não ter recebido ofertas razoáveis, estes activos são reclassificados para a rubrica "Outros activos", mantendo o critério de mensuração, conforme disposto nas IAS 36 – Imparidade de activos – paragráfos 7 a 17.

3.11 Propriedades de investimento

As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente pelo custo, incluindo custos de transacção. O montante escriturado inclui os custos de investimento adicionais nas propriedades de investimento existentes, se estiverem cumpridos os critérios de reconhecimento, mas exclui os custos correntes de manutenção.

Subsequente ao reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são registadas ao justo valor, que reflecte as condições de mercado na data de balanço.

Os ganhos e perdas resultantes das alterações no justo valor das propriedades de investimento são incluídas nos resultados do ano a que respeitam.

As propriedades de investimento são desreconhecidas quando forem alienadas ou quando deixam de ser esperados benefícios económicos futuros com a sua detenção. Na alienação a diferença entre o valor liquido da alienação e o montante do activo registado é reconhecido em resultados no período da alienação.

As transferências de e para propriedades de investimento são efectuadas quando se verifica uma alteração no uso. Na transferência de propriedades de investimento para imóveis de serviço próprio, o custo estimado para contabilização subsequente é o justo valor à data da alteração do uso. Se um imóvel de serviço próprio é classificado em propriedades de investimento, o Grupo regista esse activo de acordo com a política aplicável a imóveis de serviço próprio até à data da sua transferência para propriedades de investimento.

3.12 Outros activos fixos tangíveis

A rubrica de activos fixos tangíveis inclui os imóveis de serviço próprio, veículos e outros equipamentos.

São classificados como imóveis de serviço próprio, os imóveis utilizados pelo Grupo no desenvolvimento das suas actividades. Os imóveis de serviço próprio são valorizados ao justo valor, determinado com base em avaliações de peritos independentes, deduzido de subsequentes amortizações e perdas por imparidade. Os imóveis de serviço próprio do Grupo são avaliados com a regularidade necessária, para que os valores contabilísticos não difiram significativamente do seu justo valor na data do balanço, utilizando-se como referência um período de três anos entre reavaliações.

As variações positivas de justo valor são creditadas em reservas de reavaliação, incluídas em capital próprio, excepto e até à medida em que essa variação constitua reversão de perdas do mesmo activo reconhecidas em resultados, em que essa variação positiva deve ser reconhecida em resultados.

As variações negativas do justo valor são reconhecidas em resultados, excepto e na medida em que possam ser compensados com reservas de reavaliação positivas existentes para o mesmo activo.

Os restantes activos fixos tangíveis encontram-se registados pelo seu custo, deduzido de subsequentes amortizações e perdas por imparidade. Os custos de reparação e manutenção e outras despesas associadas ao seu uso, são reconhecidos como custo quando ocorrem.

Os activos tangíveis são amortizados numa base linear, de acordo com a sua vida útil esperada, que é:

Imóveis [10 – 50] anos Veículos 4 anos

107

Outros equipamentos [2 – 15] anos

Na data de transição, o Grupo utilizou a opção permitida pelo IAS de considerar como "custo estimado" de activos tangíveis o respectivo justo valor ou, em alguns casos, o valor de balanço resultante de reavaliações legais efectuadas até 1 de Janeiro de 2004 ao abrigo da legislação portuguesa.

Um activo tangível é desreconhecido quando vendido ou quando não é expectável a existência de benefícios económicos futuros pelo seu uso ou venda. Na data do desreconhecimento o ganho ou perda calculado pela diferença entre o valor líquido de venda e o valor líquido contabilístico é reconhecido em resultados na rubrica "Outros Resultados de exploração".

3.13 Locação

O Grupo classifica as operações de locação financeiras ou locação operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal. São classificados como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.

Estas operações são registadas da seguinte forma:

3.13.1 Locações operacionais

Os pagamentos efectuados pelo Grupo de acordo com os contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.

3.13.2 Locações financeiras

Como locatário

Os activos em regime de locação financeira são registados em "Outros activos fixos tangíveis", pelo justo valor do activo ou, se inferior, pelo valor actual dos pagamentos mínimos do leasing.

As rendas relativas a contratos de locação financeira são desdobradas em encargos financeiros e amortizações, de forma a obter-se uma taxa de juro constante até à maturidade do passivo. Os juros suportados são registados como custos financeiros. Os activos em regime de locação financeira são amortizados ao longo da sua vida útil. Contudo, se não houver certeza razoável de que o Grupo obtenha a propriedade no final do contrato, a amortização do activo é efectuada pelo menor da vida útil do activo ou do contrato de locação financeira.

Como locador

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, pelo montante igual ao investimento liquido do bem locado, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros, de acordo com a taxa efectiva do contrato.

3.14 Activos intangíveis

Os activos intangíveis, que correspondem essencialmente a "software", encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas numa base linear, ao longo da vida útil estimada dos activos, que actualmente se encontra entre 3 e 4 anos.

O período e o método de amortização para activos intangíveis são revistos no final de cada ano. As alterações no prazo de vida útil estimada ou no padrão de consumo dos benefícios económicos futuros são tratados como alterações de estimativas. As amortizações são reconhecidas na respectiva rubrica da demonstração de resultados.

Os activos intangíveis podem incluir valores de despesas internas capitalizadas, nomeadamente com o desenvolvimento interno de software. Para este efeito, as despesas apenas são capitalizadas a partir do momento em que estão reunidas as condições previstas na norma IAS 38, nomeadamente os requisitos inerentes à fase de desenvolvimento.

3.15 Impostos sobre o rendimento

Os custos com impostos sobre o rendimento correspondem à soma do imposto corrente e do imposto diferido.

O imposto corrente é apurado com base nas taxas de imposto em vigor nas jurisdições em que o Grupo opera.

O Grupo regista ainda como impostos diferidos passivos ou activos os valores respeitantes ao reconhecimento de impostos a pagar/ recuperar no futuro, decorrentes de diferenças temporárias tributáveis/ dedutíveis, nomeadamente relacionadas com provisões temporariamente não dedutíveis para efeitos fiscais, reavaliações de títulos e derivados apenas tributáveis no momento da sua realização, o regime de tributação das responsabilidades com pensões e outros benefícios dos empregados e mais-valias não tributadas por reinvestimento. Adicionalmente, são reconhecidos impostos diferidos activos relativos a prejuízos fiscais reportáveis apresentados por algumas empresas do Grupo.

Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e avaliados numa base anual, utilizando as taxas de tributação que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data do balanço. Os passivos por impostos diferidos são sempre registados. Os activos por impostos diferidos apenas são registados na medida em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam o seu aproveitamento.

Os impostos sobre o rendimento são registados por contrapartida de resultados do exercício, excepto em situações em que os eventos que os originaram tenham sido reflectidos em rubrica específica de capital próprio, nomeadamente, no que respeita à valorização de activos disponíveis para venda e imóveis de serviço próprio. Neste caso, o efeito fiscal associado às valorizações é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

3.16 Benefícios aos empregados

As responsabilidades com benefícios aos empregados são reconhecidas de acordo com as regras definidas pelo IAS 19. Deste modo, as políticas reflectidas nas contas consolidadas em 30 de Junho de 2009 são as seguintes:

Responsabilidades com pensões

Ao nível do Grupo existem diversos planos de pensões, incluindo planos de benefício definido e de contribuição definida. Estas responsabilidades são normalmente financiadas através de fundos de pensões autónomos, ou de pagamentos a Companhias de Seguros.

As entidades do Banif - Grupo Financeiro, seguidamente identificadas, apresentam responsabilidades relativamente ao pagamento de pensões:

  • Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

Na sequência do Acordo de Empresa celebrado com os Sindicatos do Sector em 2008, a Sociedade assume a obrigação com os seguintes Planos de Pensões:

  • − Plano de Pensões I, de benefício definido, ao abrigo do qual a Sociedade financia a sua responsabilidade (i) pelo pagamento de pensões de reforma por invalidez, invalidez presumível e sobrevivência aos empregados abrangidos pelo plano de benefícios definido, em regime de complementaridade da Segurança Social, e (ii) pelo pagamento futuro das contribuições obrigatórias relativas a cuidados médicos pós-emprego para o Serviço de Assistência Médico Social (SAMS, com uma taxa de contribuição de 6,5%) abrangendo todos os seus empregados no activo e os pensionistas do Fundo;
  • − Plano de Pensões II, de contribuição definida, ao abrigo do qual a Sociedade assume a obrigação de contribuir mensalmente com um montante equivalente a 4,5% da remuneração de incidência e de uma contribuição inicial realizada na data de constituição do Plano;
  • − Plano de Pensões III, de contribuição definida, ao abrigo do qual a Sociedade assume a obrigação de contribuir mensalmente com um montante equivalente a 1,5% da remuneração de incidência.

Adicionalmente o Banif – Banco Internacional do funchal assume as responsabilidades com pensões dos colaboradores do ex. Banco Banif e Comercial dos Açores, S.A., Sociedade incorporada com efeitos a partir de 01/01/2009.

De acordo com as condições estabelecidas no Contrato Constitutivo do Fundo de Pensões (plano de benefício definido), e em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o Sector Bancário, o banco assume responsabilidades no pagamento de pensões de reforma, invalidez, invalidez presumível e sobrevivência aos seus funcionários ou às suas famílias. Em complemento aos benefícios previstos no plano de pensões, a referida sociedade assume a responsabilidade de liquidação das contribuições obrigatórias para o Serviço de Assistência Médico Social (SAMS, com uma taxa de contribuição de 6,5%).

  • Outras entidades do Grupo:

As sociedades Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A., o Banif – Banco de Investimento, S.A. e as sociedades participadas Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., Banif Açor Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. e Banif New Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A., proporcionam aos seus empregados planos de pensões de contribuição definida, financiados através de fundos de pensões.

Para os planos de benefício definido, o passivo ou activo reconhecido no balanço corresponde à diferença entre o valor actual das responsabilidades com pensões e o justo valor dos activos dos fundos de pensões, considerando ajustamentos relativos a ganhos e perdas actuariais diferidos. O valor das responsabilidades é determinado numa base anual por actuários independentes, utilizando o método "Projected Unit Credit", e pressupostos actuariais considerados adequados. A actualização das responsabilidades é efectuada com base numa taxa de desconto que reflecte as taxas de juro de mercado de obrigações de empresas de elevada qualidade, denominadas na moeda em que são pagáveis as responsabilidades, e com prazos até ao vencimento similares aos de liquidação das responsabilidades com pensões.

Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento do fundo de pensões são diferidos numa rubrica de activo ou passivo ("corredor"), até ao limite de 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor do fundo de pensões, dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. O valor de ganhos e perdas actuariais acumulados, que excedam o corredor são reconhecidos por contrapartida de resultados ao longo do período médio remanescente de serviço dos empregados abrangidos pelo plano.

Na data de transição para as IFRS, o Grupo adoptou a possibilidade permitida pelo IFRS 1 de não recalcular os ganhos e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos. Deste modo, os ganhos e perdas actuariais diferidos reflectidos nas contas do Grupo em 31 de Dezembro de 2003 foram integralmente anulados por contrapartida de resultados transitados, no âmbito da determinação dos ajustamentos de transição para IFRS.

Os encargos com os planos de contribuição definida são reconhecidos como custo do respectivo exercício.

Outros benefícios de longo prazo

Para além das pensões, o Grupo tem ainda outras responsabilidades por benefícios dos trabalhadores, incluindo responsabilidades com assistência médica, prémios de antiguidade e outros subsídios.

As responsabilidades com estes benefícios são igualmente determinadas com base em avaliações actuariais, de forma similar às responsabilidades com pensões e registados na rubrica de "Outros passivos" por contrapartida da rubrica de Resultados.

3.17 Provisões e passivos contingentes

Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. A provisão corresponde à melhor estimativa do Grupo de eventuais montantes que seria necessário desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço. Se o efeito temporal do custo do dinheiro for significativo, as provisões são descontadas utilizando uma taxa de juro de antes de impostos que reflicta o risco especifico do passivo. Nestes casos o aumento da provisão devido à passagem do tempo é reconhecido em custos financeiros.

Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.

3.18 Dividendos

Os dividendos são reconhecidos como passivo e deduzidos da rubrica de Capital quando são aprovados pelos accionistas. Os dividendos relativos ao exercício aprovados pelo Conselho de Administração após a data de referência das demonstrações financeiras são divulgados nas Notas às Demonstrações Financeiras.

3.19 Reconhecimento de proveitos e custos

Em geral os proveitos e custos reconhecem-se em função do período de vigência das operações de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, isto é, são registados à medida que são gerados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Os proveitos são reconhecidos na medida em que seja provável que benefícios económicos associados à transacção fluam para o grupo e a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada.

Para os instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e para os instrumentos financeiros classificados como "Activos Financeiros disponíveis para venda" os juros são reconhecidos usando o método da taxa efectiva, que corresponde à taxa que desconta exactamente o conjunto de recebimentos ou pagamentos de caixa futuros até à maturidade, ou até à próxima data de repricing, para o montante líquido actualmente registado do activo ou passivo financeiro. Quando calculada a taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando os termos contratuais e considerados todos os restantes rendimentos ou encargos directamente atribuíveis aos contratos.

Os dividendos são reconhecidos quando estabelecido o direito de receber o pagamento.

3.20 Rendimentos e encargos por serviços e comissões

O Grupo cobra comissões aos seus clientes pela prestação de um amplo conjunto de serviços. Estas incluem comissões pela prestação de serviços continuados, relativamente aos quais os clientes são usualmente debitados de forma periódica, ou comissões cobradas pela realização de um determinado acto significativo.

As comissões cobradas por serviços prestados durante um período determinado são reconhecidas ao longo do período de duração do serviço. As comissões relacionadas com a realização de um acto significativo são reconhecidas no momento em que ocorre o referido acto.

As comissões e encargos associados a instrumentos financeiros são incluídas na taxa de juro efectiva dos mesmos.

3.21 Garantias Financeiras

No decurso normal das suas actividades bancárias, o Grupo presta garantias financeiras, tais como cartas de crédito, garantias bancárias, e créditos documentários.

As garantias financeiras são reconhecidas inicialmente como um passivo, pelo justo valor. Subsequentemente, o passivo é escriturado pelo montante da estimativa de gastos futuros para liquidar a obrigação, à data do balanço. As comissões obtidas pela prestação das garantias financeiras são reconhecidas em resultados, na rubrica "rendimento de serviços e comissões", durante o período de vigência das mesmas.

4. EMPRESAS DO GRUPO

Em 30 de Junho de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, as empresas do Grupo incluídas no processo de consolidação são as seguintes:

30-06-2009 31-12-2008
Nome da Sociedade Sede Detentor do Capital %
participação
efectiva
%
participação
directa
Interesses
minoritários
%
participação
efectiva
%
participação
directa
Interesses
minoritários
Banif Comercial, SGPS, S.A. Portugal Banif SGPS, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.
Banif (Açores ) SGPS, S.A.
Banif Finance, Ltd.
Portugal
Portugal
Ilhas Cayman
Banif - Investimentos - SGPS, S.A.
Banif Comercial, SGPS, S.A.
Banif Comercial, SGPS, S.A.
Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
0,00%
0,00%
0,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Banif & Comercial Açores, Inc San José E.U.A Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif & Comercial Açores, Inc Fall River E.U.A Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Investaçor, SGPS, S.A. Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 59,20% 59,20% 40,80% 59,20% 59,20% 40,80%
Investaçor Hoteis S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 59,20% 59,20% 40,80% 59,20% 59,20% 40,80%
Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 49,37% 49,37% 50,63% 49,37% 49,37% 50,63%
Turotel, Turismo e Hoteis dos Açores, S.A. Portugal Investaçor, SGPS, SA 58,07% 58,07% 41,93% 58,07% 58,07% 41,93%
Investimentos Turísticos e Similares e Apart-Hotel Pico Lda.
Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A.
Portugal
Portugal
Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A.
Banif Comercial, SGPS, S.A.
49,37%
100,00%
49,37%
100,00%
50,63%
0,00%
49,37%
100,00%
49,37%
100,00%
50,63%
0,00%
Banif Rent - Aluguer Gestão e Comercio de Veículos Automóveis Portugal Banif Comercial, SGPS, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. Brasil Banif Comercial, SGPS
Banif International Holdings, Ltd
98,50% 98,50% 1,50% 98,50% 98,50% 1,50%
Banif - Investimentos - SGPS, S.A. Portugal Banif - SGPS, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif - Banco de Investimento, S.A. Portugal Banif - Investimentos - SGPS, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif Gestão Activos - Soc. Gestora de Fundos de Investimento Mobiliario,
S.A.
Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif Açor Pensões - Soc. Gestora Fundos Pensões, S.A. Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.
Banif - Banco de Investimentos, S.A.
61,89% 61,89% 38,11% 61,89% 61,89% 38,11%
Banif Capital - Soc. de Capital. de Risco S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 80,00% 80,00% 20,00% 80,00% 80,00% 20,00%
Centro Venture - Soc. Capital de Risco S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 51,00% 51,00% 49,00% 51,00% 51,00% 49,00%
Gamma - Soc. Titularização de Créditos, S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Numberone SGPS, Lda Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif International Asset Management Ltd. Ilhas Cayman Numberone SGPS, Lda 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif Multifund Ltd. Ilhas Cayman Banif International Asset Management Ltd. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd
Banif Internacional Holdings, Ltd
Ilhas Cayman
Ilhas Cayman
Banif - Investimentos - SGPS, S.A.
Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman)
100,00%
85,00%
100,00%
85,00%
0,00%
15,00%
100,00%
85,00%
100,00%
85,00%
0,00%
15,00%
Ltd
Banif Financial Services, Inc E.U.A Banif Internacional Holdings Ltd 85,00% 85,00% 15,00% 85,00% 85,00% 15,00%
Banif Finance (USA) corp. E.U.A Banif Internacional Holdings Ltd 85,00% 85,00% 15,00% 85,00% 85,00% 15,00%
Banif Forfaiting Company, Ltd. Bahamas Banif Internacional Holdings Ltd 85,00% 85,00% 15,00% 85,00% 85,00% 15,00%
Banif Trading, Inc. E.U.A Banif Internacional Holdings Ltd 85,00% 85,00% 15,00% 85,00% 85,00% 15,00%
FINAB - International Corporate Management Services, Ltd. Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman)
Ltd.
60,00% 60,00% 40,00% 60,00% 60,00% 40,00%
Banif Securities, Inc. E.U.A Banif Securities Holding, Ltd 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Econofinance, S.A Brasil Banif Securities Holding, Ltd 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif Securities Holding, Ltd Ilhas Cayman Banif - Investimentos - SGPS, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif ( Brasil), Ltd. Brasil Banif - Investimentos - SGPS, S.A.
Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.
100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif International Bank, Ltd Bahamas Banif Comercial - SGPS, S.A.
Banif - Investimentos - SGPS, S.A.
100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif - Banco de Investimento (Brasil), SA Brasil Banif - Investimentos - SGPS, S.A.
Banif Securities Holding, Ltd
100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif Corretora de Valores e Câmbio S.A. Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil), SA 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif Nitor Asset Management S.A. Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Nitor Administração de Recursos Brasil Banif Nitor Asset Management S. A. - - - - - -
Banif Private Equity S.A. Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif - Imobiliária, S.A. Portugal Banif - SGPS, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Sociedade Imobiliária Piedade, S.A.
Banifserv-Empresa de Serviços, Sistemas e Tecnologias de
Portugal
Portugal
Banif - Imobiliária, S.A.
ACE (*)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
0,00%
0,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
0,00%
0,00%
Banif Bank (Malta) PLC Malta Banif - SGPS, S.A. 72,00% 72,00% 28,00% 72,00% 72,00% 28,00%
Banco Caboverdiano de Negócios S.A. Cabo Verde Banif - SGPS, S.A. 51,69% 51,69% 48,31% 51,69% 51,69% 48,31%
Banif Holding (Malta) PLC Malta Banif - SGPS, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%

Anexo às Demonstrações Consolidadas em 30 de Junho de 2009 BANIF-SGPS e Subsidiárias (Montantes expressos em milhares de Euros, excepto quando expressamente indicado)

30-06-2009 31-12-2008
Nome da Sociedade Sede Detentor do Capital %
participação
efectiva
%
participação
directa
Interesses
minoritários
%
participação
efectiva
%
participação
directa
Interesses
minoritários
Global Cash Fund Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman)
Ltd
98,97% 98,97% 1,03% 98,97% 98,97% 1,03%
Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.
Banif - Banco de Investimento, S.A.
Agressive Strategy Fund Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.
Banif - Banco de Investimento, S.A.
100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Balanced Strategy Fund Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman)
Ltd
Banif -
Banco Internacional do Funchal, S.A
Banif - Banco de Investimento, S.A.
100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Brazilian Bond Fund Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal S.A.
Banif - Banco de Investimento, S.A.
100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Brazilian Equity Fund Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman)
Ltd
Banif - Banco
Internacional do Funchal, S.A
Banif - Banco de Investimento, S.A.
100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Conservative Strategy Fund Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.
Banif - Banco de Investimento, S.A.
100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
European Bond Fund Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman)
Ltd
Banif - Banco
Internacional do Funchal, S.A.
99,05% 99,05% 0,95% 99,05% 99,05% 0,95%
European Equity Fund Ilhas Cayman Banif - Banco de Investimento, S.A.
Banif - Banco Internacional do Funchal S.A.
100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Banif US Real Estate Brasil Banif - Banco de Investimento, S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Beta Securitizadora Brasil FIP Banif Real Estate 99,25% 99,25% 0,75% 99,25% 99,25% 0,75%
FIP Banif Real Estate Brasil Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil )
S.A.
99,25% 99,25% 0,75% 99,25% 99,25% 0,75%
SPE Panorama Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A.
FIP Banif Real Estate
94,26% 94,26% 5,74% 94,26% 94,26% 5,74%
FIP Banif Real Estate II Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. - - - 100,00% 100,00% 0,00%
FIP Amazônia Energia II Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. - - - 50,01% 50,01% 49,99%
Banif Nitor Caravelas Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Art Invest Portugal Banif - Banco de Investimento S.A. 60,58% 60,58% 39,42% 60,58% 60,58% 39,42%
Global Real State Ilhas Cayman Banif - Banco de Investimento S.A. 52,89% 52,89% 47,11% 52,89% 52,89% 47,11%
Banif Nitor FI Ações Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. 58,46% 58,46% 41,54% - - -
Banif Nitor Port. Crédito Privado Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. - - - 93,25% 93,25% 6,75%
Imogest Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.
Banif - Banco de Investimento, S.A.
63,34% 63,34% 36,66% 58,39% 58,39% 41,61%
Capven Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A.
Banif Capital - Soc. de Capital. de Risco S.A
Banif - Banco de Investimento, S.A.
60,07% 60,07% 39,93% 58,73% 58,73% 41,27%
(*) A Banifserv – ACE tem como agrupadas as seguintes empresas do Banif - Grupo Financeiro:
Banif – Banco Internacional do Funchal, SA 85,0%
Companhia de Seguros Açoreana, SA 1,5%
Banif GO 8,0%
Banif Banco de Investimento, SA 1,5%
Banif Rent - Aluguer, gestão e Comércio de Veiculos Automóveis 4,0%

Em 30 de Junho de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, as entidades de propósitos especiais incluídas na consolidação são as seguintes:

Nome da Sociedade Natureza 30-06-2009
% participação
31-12-2008
% participação
Atlantes Nº1 Limited Veículos de Securitização - 100,00%
Atlantes Nº2 plc Veículos de Securitização - 100,00%
Atlantes Mortgage Nº1 plc Veículos de Securitização 100,00% 100,00%
Atlantes Mortgage Nº2 plc Veículos de Securitização 100,00% 100,00%
Atlantes Mortgage Nº3 plc Veículos de Securitização 100,00% 100,00%
Atlantes Mortgage Nº4 plc Veículos de Securitização 100,00% -
Azor Mortgage Nº 1 Veículos de Securitização 100,00% 100,00%
Azor Mortgage Nº 2 Veículos de Securitização 100,00% 100,00%
Euro Invest Series 3A, 3B, 6, 7, 8 Emissão de Dívida Estruturada 100,00% 100,00%
Euro Invest Series 5 Emissão de Dívida Estruturada - 100,00%
Trade Invest Series 12, 13, 14 Emissão de Dívida Estruturada 100,00% 100,00%

No decorrer do período findo em 30 de Junho de 2009, as alterações verificadas no Grupo foram as seguintes:

  • Com efeitos a 1 de Janeiro de 2009, o Grupo procedeu à fusão por incorporação do Banco Banif e Comercial dos Açores, SA no Banif – Banco Internacional do Funchal, SA, filiais cujo capital é detido integralmente pela Banif Comercial, SGPS, SA.
  • Aumento de capital no montante de 50 milhões de euros no Banif Banco Internacional do Funchal, subscrito pela Banif Comercial, SGPS, SA.
  • Emissão pela Banif Finance de acções preferenciais no montante de 10 milhões de euros e 15 milhões de dólares.
  • Emissão pelo Banif International Bank de acções preferenciais no montante de 10 milhões de euros, subscrito pela Banif Finance.

5. RELATO POR SEGMENTOS

O Banif - Grupo Financeiro encontra-se organizado por áreas autónomas de negócio, através de duas sub-holdings: Banif Comercial, SGPS, SA, que agrega a actividade bancária e de crédito especializado, e Banif – Investimentos - SGPS, SA, que engloba a área da banca de investimentos e outras actividades financeiras. O Grupo detém ainda uma unidade autónoma que se dedica exclusivamente à gestão dos imóveis do Grupo.

No relato por segmentos do Grupo, o reporting primário é feito por áreas de negócio, as quais incluem Banca Comercial, Banca de Retalho, Banca de Investimento, Gestão de Activos, Tesouraria e Mercado de Capitais e outras actividades (rubrica residual).

Banca de Retalho – Abrange a captação de recursos e produtos de crédito específicos para particulares, como sendo Crédito à Habitação e Crédito ao Consumo; e produtos para empresários em nome individual (ENI) e pequenas empresas. Este segmento reflecte a actividade desenvolvida pela rede tradicional de agências e serviços centrais vocacionados para actividades comerciais com particulares e pequenas empresas.

Banca Comercial – Abrange a captação de recursos e produtos específicos para empresas e instituições, como sendo Factoring, Facilidades de Tesouraria e Créditos de Importação e Exportação.

Este segmento reflecte a actividade desenvolvida pelos centros de empresas e serviços centrais vocacionados para actividades comerciais com empresas.

Banca de Investimento – Abrange a actividade de intervenção no mercado primário e secundário de capitais, por conta própria ou por conta de terceiros, como sendo transacções, corporate finance e aquisições e fusões.

Este segmento reflecte a actividade desenvolvida pelos serviços centrais vocacionados para a intervenção nos mercados financeiros.

Gestão de Activos – Abrange a oferta de produtos de investimento e respectivos serviços de gestão a particulares e empresas, assim como outros serviços financeiros prestados.

Tesouraria e Mercado de Capitais – Abrange as operações de financiamento e de cedência de liquidez da instituição em mercados financeiros, assim como serviços prestados no âmbito de pagamentos e liquidações.

Outros – Abrange todas as operações não enquadráveis em nenhum dos segmentos operacionais definidos acima.

ACTIVO 30/06/2009

Banca de
Retalho
Banca
Comercial
Banca de
Investimento
Gestão de
Activos
Tesouraria e
Mercado de
Capitais
Outros TOTAL
Aplicações e Disponibilidades junto de Bancos
Centrais e de Instituições de Crédito - - 160.123 8.481 387.038 7.997 563.639
Activos Financeiros Detidos para Negociação - - 281.079 - 4.680 212 285.971
Activos Financeiros ao Justo Valor - - 167.778 - 124.379 979 293.136
Activos Financeiros Disponíveis para Venda - - 71.186 - 92.908 - 164.094
Empréstimos a Clientes (Líquido) 4.514.593 5.561.714 436.747 - - - 10.513.054
Investimentos Detidos até à Maturidade - - 77.887 - - - 77.887
Outros activos (dos quais): 153.122 41.910 336.142 4.985 5.355 599.328 1.140.842
Activos Tangíveis 68.172 3.187 23.739 446 248 149.531 245.323
Activos Intangíveis 4.358 1.017 2.800 56 770 20.158 29.159
TOTAL 4.667.715 5.603.624 1.530.942 13.466 614.360 608.516 13.038.623

PASSIVO

Banca de
Retalho
Banca
Comercial
Banca de
Investimento
Gestão de
Activos
Tesouraria e
Mercado de
Capitais
Outros TOTAL
Recursos de Bancos Centrais e Instituições de
Crédito - - 365.755 - 2.089.064 - 2.454.819
Passivos Financeiros ao Justo Valor - - 18.397 - 220.284 - 238.681
Depósitos de clientes 4.305.192 2.415.829 - - - 6.721.021
Débitos representados por títulos 419.807 209.669 48.899 - 1.262.021 2.444 1.942.840
Passivos Subordinados - - - - 327.773 - 327.773
Outros Passivos 153.045 144.990 136.107 4.208 9.540 53.871 501.761
TOTAL 4.878.044 2.770.488 569.158 4.208 3.908.682 56.315 12.186.895

31/12/2008

ACTIVO

Banca de Retalho Banca
Comercial
Banca de
Investimento
Gestão de
Activos
Tesouraria e
Mercado de
Capitais
Outros TOTAL
Aplicações e Disponibilidades junto de Bancos Centrais e de
Instituições de Crédito - 373.740 113.827 527 123.705 299 612.098
Activos Financeiros Detidos para Negociação - - 277.124 - - - 277.124
Activos Financeiros ao Justo Valor - - 248.046 - - - 248.046
Activos Financeiros Disponíveis para Venda - - 159.476 - - - 159.476
Empréstimos a Clientes (Líquido) 4.461.853 5.684.724 190.372 - - - 10.336.949
Investimentos Detidos até à Maturidade - - 84.003 - - - 84.003
Outros activos (dos quais): 97.235 63.418 387.766 5.649 15.451 589.401 1.158.920
Activos Tangíveis 42.106 7.581 19.798 874 408 191.722 262.489
Activos Intangíveis 631 941 2.903 66 66 24.428 29.035
TOTAL 4.559.088 6.121.882 1.483.315 6.176 139.156 589.700 12.876.616

PASSIVO

Banca de Retalho Banca
Comercial
Banca de
Investimento
Gestão de
Activos
Tesouraria e
Mercado de
Capitais
Outros TOTAL
Recursos de Bancos Centrais e Instituições de Crédito - - 230.157 - 2.816.695 - 3.046.852
Passivos Financeiros ao Justo Valor - - - - 267.196 - 267.196
Depósitos de clientes 5.394.443 1.120.420 - - - - 6.514.863
Débitos representados por títulos 427.807 298.094 63.806 - 596.188 - 1.385.895
Passivos Subordinados - - - - 323.105 - 323.105
Outros Passivos 146.691 129.586 62.067 6.151 80.648 50.792 475.935
TOTAL 5.968.941 1.548.100 356.030 6.151 4.083.832 50.792 12.013.846

Anexo às Demonstrações Consolidadas em 30 de Junho de 2009 BANIF-SGPS e Subsidiárias (Montantes expressos em milhares de Euros, excepto quando expressamente indicado)

30/06/2009 Banca de
Retalho
1º Semestre
2009
Banca
Comercial
1º Semestre
2009
Banca de
Investimento
1º Semestre
2009
Gestão de
Activos
1º Semestre
2009
Tesouraria e
Mercado de
Capitais
1º Semestre
2009
Outros
1º Semestre
2009
TOTAL
Juros e Rendimentos Similares 165.495 171.981 32.978 266 43.811 1.455 415.986
Juros e Encargos Similares -86.113 -100.294 -21.538 -16 -70.173 -3.795 -281.929
Margem financeira 79.382 71.687 11.440 250 -26.362 -2.340 134.057
Rendimento de instrumentos de capital 1.465 1.465
Rendimento de serviços e comissões 14.905 16.748 12.441 6.448 4.359 3.490 58.391
Encargos com serviços e comissões -510 -2.064 -1.446 -1.327 -262 -1.197 -6.806
Resultados de Activos e Passivos avaliados ao
Justo Valor através de resultados - - -12.412 - -5.981 - -18.393
Resultados de Activos Financeiros disponíveis
para Venda - - 413 - 20.952 - 21.365
Resultados de Reavaliação Cambial - - 15.188 - 8.330 - 23.518
Resultados de Alienação de Outros Activos - - - - - 859 859
Outros Resultados de Exploração 6.670 10.478 -73 -495 18.978 2.542 38.100
Produto da Actividade 100.447 96.849 25.551 4.876 21.479 3.354 252.556
Custos com Pessoal -35.675 -26.841 -10.993 -1.225 -3.156 -1.327 -79.217
Outros gastos administrativos -25.845 -14.788 -8.358 -2.888 -1.512 -987 -54.378
Cash Flow de Exploração 38.927 55.220 6.200 763 16.812 1.040 118.961
Depreciações e Amortizações -7.574 -5.353 -877 -160 -338 -2.637 -16.939
Provisões líquidas de anulações - - - - - -755 -755
Imparidade do crédito líquida de reversões e
recuperações -10.270 -36.852 -2211 - - - -49.333
Imparidade de outros activos financeiros líquida
de reversões e recuperações - - - - -17.317 - -17.317
Imparidade de outros activos líquida de
reversões e recuperações - - - - - -504 -504
Diferenças de Consolidação negativas - - - - - - -
Resultados de associadas e empreendimentos
conjuntos (Eq. Patrim) - - - - - -2.007 -2.007
Resultados antes de impostos e Interesses
Minoritários 21.083 13.015 3.112 603 -843 -4.863 32.106
Impostos -6.734 -3.367 -785 -338 - - -11.224
Correntes -6.070 -3.035 -708 -303 - - -10.116
Diferidos -664 -332 -77 -35 - - -1.108
Resultados depois de impostos e Interesses
Minoritários 14.349 9.648 2.327 265 -843 -4.863 20.882
Interesses Minoritários - - - - - -5.144 -5.144
Resultado do Exercício 14.349 9.648 2.327 265 -843 -10.007 15.738
Banca de
Retalho

Trimestre 2009
Banca
Comercial
2º Trimestre
2009
Banca de
Investimento
2º Trimestre
2009
Gestão de
Activos
2º Trimestre
2009
Tesouraria e
Mercado de
Capitais
2º Trimestre
2009
Outros
2º Trimestre
2009
TOTAL
Juros e Rendimentos Similares 81.496 85.540 7.558 202 15.494 14 190.304
Juros e Encargos Similares -37.336 -44.537 -584 0 -39.625 -1.064 -123.146
Margem financeira 44.160 41.003 6.974 202 -24.131 -1.050 67.158
Rendimento de instrumentos de capital - - - - 411 - 411
Rendimento de serviços e comissões 6.370 8.997 7.987 3.271 2.749 13 29.387
Encargos com serviços e comissões -316 -1.303 -649 -726 -211 -614 -3.819
Resultados de Activos e Passivos avaliados ao
Justo Valor através de resultados - - -9.569 - -11.598 - -21.167
Resultados de Activos Financeiros disponíveis
para Venda - - 21 - 20.952 - 20.973
Resultados de Reavaliação Cambial - - 14.365 - 8.323 - 22.688
Resultados de Alienação de Outros Activos - - - 859 859
Outros Resultados de Exploração -2.115 4.929 -1.372 -385 18.953 1.004 21.014
Produto da Actividade 48.099 53.626 17.757 2.362 15.448 212 137.504
Custos com Pessoal -18.223 -12.304 -8.943 -387 -983 -20 -40.860
Outros gastos administrativos -14.291 -5.164 -7.001 -2.333 -73 -121 -28.983
Cash Flow de Exploração 15.585 36.158 1.813 -358 14.393 71 67.661
Depreciações e Amortizações -4.221 -5.073 -514 -93 -161 1.425 -8.637
Provisões líquidas de anulações - - - - -990 -990
Imparidade do crédito líquida de reversões e
recuperações -8.122 -27.560 -2013 - -81 - -37.776
Imparidade de outros activos financeiros líquida
de reversões e recuperações - - - -890 - -890
Imparidade de outros activos líquida de
reversões e recuperações - - - - - 283 283
Diferenças de Consolidação negativas - - - - - - 0
Resultados de associadas e empreendimentos
conjuntos (Eq. Patrim) - - - - - -1.709 -1.709
Resultados antes de impostos e Interesses
Minoritários 3.242 3.525 -714 -451 13.261 -920 17.942
Impostos -2.302 -1.103 -437 -168 - 0 -4.010
Correntes -1.597 -749 -357 -131 - -2.834
Diferidos -705 -354 -80 -37 - -1.176
Resultados depois de impostos e Interesses
Minoritários 940 2.422 -1.151 -619 13.261 -920 13.932
Interesses Minoritários - - - - -2.385 -2.385
Resultado do Exercício 940 2.422 -1.151 -619 13.261 -3.305 11.547

Anexo às Demonstrações Consolidadas em 30 de Junho de 2009 BANIF-SGPS e Subsidiárias (Montantes expressos em milhares de Euros, excepto quando expressamente indicado)

30/06/2008 Banca de
Retalho
1º Semestre
2008
Banca
Comercial
1º Semestre
2008
Banca de
Investimento
1º Semestre
2008
Gestão de
Activos
1º Semestre
2008
Tesouraria e
Mercado de
Capitais
1º Semestre
2008
Outros
1º Semestre
2008
TOTAL
Juros e Rendimentos Similares 204.762 104.878 36.817 178 67.169 22 413.826
Juros e Encargos Similares -138.147 -48.786 -27.852 - -68.485 -36 -283.306
Margem financeira 66.615 56.092 8.965 178 -1.316 -14 130.520
Rendimento de instrumentos de capital 0 2.381 2.381
Rendimento de serviços e comissões 15.294 14.391 15.493 7.614 461 144 53.397
Encargos com serviços e comissões -1.090 -1.400 -1.300 -855 -1.374 -400 -6.419
Resultados de Activos e Passivos avaliados ao
Justo Valor através de resultados
Resultados de Activos Financeiros disponíveis
- - -5.747 - - - -5.747
para Venda - - 58.581 - - - 58.581
Resultados de Reavaliação Cambial - 398 7.312 -1 -2.932 888 5.665
Resultados de Alienação de Outros Activos - 88 -1 7 647 741
Outros Resultados de Exploração 4.829 3.082 -7.024 -10 8.140 -181 8.836
Produto da Actividade 85.648 72.651 76.279 6.926 5.367 1.084 247.955
Custos com Pessoal -26.985 -24.065 -9.851 -1.950 -15.639 -346 -78.836
Outros gastos administrativos -20.324 -18.125 -8.163 -1.468 -11.035 -261 -59.376
Cash Flow de Exploração 38.339 30.461 58.265 3.508 -21.307 477 109.743
Depreciações e Amortizações -7.295 -5.389 -388 -82 -553 -699 -14.406
Provisões líquidas de anulações - -158 -1.262 - - -386 -1.806
Imparidade do crédito líquida de reversões e
recuperações -8.456 -19.883 - - - -28.339
Imparidade de outros activos financeiros líquida
de reversões e recuperações -598 493 - - - -17 -122
Imparidade de outros activos líquida de
reversões e recuperações
- - - - - -169 -169
Diferenças de Consolidação negativas - - - - - 0
Resultados de associadas e empreendimentos
conjuntos (Eq. Patrim) - - - - - 3.561 3.561
Resultados antes de impostos e Interesses
Minoritários 21.990 5.524 56.615 3.426 -21.860 2.767 68.462
Impostos -3.627 4.301 -19.962 -797 - -507 -20.592
Correntes -9.200 -3.403 -14.920 -1.137 - -724 -29.384
Diferidos 5.573 7.704 -5.042 340 - 217 8.792
Resultados depois de impostos e Interesses
Minoritários 18.363 9.825 36.653 2.629 -21.860 2.260 47.870
Interesses Minoritários - - - - - -3.451 -3.451
Resultado do Exercício 18.363 9.825 36.653 2.629 -21.860 -1.191 44.419
Banca de
Retalho
2º Trimestre
2008
Banca
Comercial
2º Trimestre
2008
Banca de
Investimento
2º Trimestre
2008
Gestão de
Activos
2º Trimestre
2008
Tesouraria e
Mercado de
Capitais
2º Trimestre
Outros
2º Trimestre
2008
TOTAL
Juros e Rendimentos Similares 114.370 52.439 22.415 88 2008
29.541
11 218.864
Juros e Encargos Similares -78.567 -24.393 -15.266 - -32.898 -19 -151.143
Margem financeira 35.803 28.046 7.149 88 -3.357 -8 67.721
Rendimento de instrumentos de capital 0 71 71
Rendimento de serviços e comissões 6.759 6.640 9.039 4.437 110 74 27.059
Encargos com serviços e comissões -158 -581 -699 -30 -1.003 -180 -2.651
Resultados de Activos e Passivos avaliados ao
Justo Valor através de resultados - - 4.126 - - - 4.126
Resultados de Activos Financeiros disponíveis
para Venda - - 32.671 - - - 32.671
Resultados de Reavaliação Cambial - 199 7.434 -1 -2.932 443 5.143
Resultados de Alienação de Outros Activos - 88 -1 7 647 741
Outros Resultados de Exploração 914 41 -6.386 -5 6.950 -761 753
Produto da Actividade 43.318 34.433 53.333 4.489 -154 215 135.634
Custos com Pessoal -13.140 -11.530 -2.672 -926 -12.988 -55 -41.311
Outros gastos administrativos -10.019 -8.795 -2.820 -705 -9.062 -44 -31.445
Cash Flow de Exploração 20.159 14.108 47.841 2.858 -22.204 116 62.878
Depreciações e Amortizações
Provisões líquidas de anulações
-3.647 -3.029 -317 -41 -160 -343 -7.537
Imparidade do crédito líquida de reversões e - -158 -1.262 - - -1.261 -2.681
recuperações -4.724 -14.835 - - - -19.559
Imparidade de outros activos financeiros líquida
de reversões e recuperações - 1.019 - - - -17 1.002
Imparidade de outros activos líquida de
reversões e recuperações - - - - - 194 194
Diferenças de Consolidação negativas - - - - - 0
Resultados de associadas e empreendimentos
conjuntos (Eq. Patrim) - - - - - 1.319 1.319
Resultados antes de impostos e Interesses
Minoritários 11.788 -2.895 46.262 2.817 -22.364 8 35.616
Impostos -839 6.612 -17.299 -426 874 318 -10.760
Correntes -5.614 -431 -11.495 -660 1.124 338 -16.738
Diferidos 4.775 7.043 -5.804 234 -250 -20 5.978
Resultados depois de impostos e Interesses
Minoritários
10.949 3.717 28.963 2.391 -21.490 326 24.856
Interesses Minoritários - - - - - 1.525 1.525

6. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Descrição 30-06-2009 31-12-2008
Caixa 57.066 57.766
Dépositos à ordem em Banco Centrais 186.376 255.393
Juros de disponibilidades - 40
243.442 313.199

Os depósitos à ordem no Banco de Portugal, no montante de 176.221 milhares de euros, incluem os depósitos que visam satisfazer as exigências legais de constituição de disponibilidades mínimas de caixa. De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 7/94 de 19 de Outubro, o coeficiente a aplicar ascende a 2% dos passivos elegíveis. Estes depósitos passaram a ser remunerados a partir de 1 de Janeiro de 1999.

7. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Descrição 30-06-2009 31-12-2008
Cheques a cobrar 29.418 43.300
No país 28.914 41.821
No estrangeiro 504 1.479
Déposito à ordem 75.302 105.779
No país 1.536 3.375
No estrangeiro 73.766 102.404
Outros 76 152
104.796 149.231

Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no País em 30 de Junho de 2009 foram compensados na Câmara de Compensação nos primeiros dias úteis de Julho de 2009.

8. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Rubricas de Crédito 30-06-2009 31-12-2008
Crédito a Empresas
Contas Correntes 1.763.335 1.791.105
Desconto e outros créditos titulados por efeitos 412.766 460.229
Empréstimos 2.328.161 2.211.076
Descobertos 121.340 117.804
Factoring 167.937 173.287
Locação Financeira 447.271 452.346
Outros 312.079 307.341
Crédito a Particulares
Habitação 3.007.548 2.854.648
Consumo 461.333 439.441
Outras finalidades
Empréstimos 621.979 691.149
Contas Correntes 178.505 201.261
Desconto e outros créditos titulados por efeitos 32.461 36.281
Descobertos 58.478 50.521
Outros 160.669 125.701
Outros créditos e valores a receber (titulados) 230.142 279.150
Crédito e juros vencidos 447.839 329.760
Rendimentos a receber 80.409 80.051
Despesas com rendimento diferido 10.113 9.967
Receitas com rendimento diferido (15.570) (20.455)
Imparidade em Crédito Concedido (313.744) (253.714)
Total
10.513.054
10.336.949

Em empréstimos a empresas, o montante de 48 milhões de euros está sendo utilizado como caução de operações de refinanciamento como o BCE.

A rubrica de crédito a clientes inclui o montante de 2.048.547 milhares de euros de créditos objecto de securitização.

9. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Esta rubrica apresentou o seguinte movimento no exercício findo:

Transferências
Categoria de activo Saldo em
31-12-2008
Aquisições Reavaliações Alienações Imóveis de
serviço
próprio
Activos
detidos p/
venda
Diferenças
de câmbio
Saldo em
30-06-2009
Edifícios 107.990 1.471 - (5.292) - - - 104.169
107.990 1.471 - -- - - - 104.169

Os imóveis temporariamente não arrendados elevam-se a 34.655 milhares de euros.

As valorizações das propriedades de investimento são realizadas por peritos especializados e independentes de acordo com os critérios e metodologias geralmente aceites para o efeito, que integram análises pelo método do custo e pelo método de mercado, sendo o justo valor definido pelo montante que pode ser razoavelmente esperado pela transacção entre um comprador e um vendedor interessados, com equidade entre ambos, nenhum deles estando obrigado a vender ou a comprar e ambos estando conhecedores de todos os factores relevantes a uma determinada data.

10. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

Conforme referido na Nota 3.12, os imóveis de serviço próprio são registados pelo justo valor, actualizado de 3 em 3 anos. A última reavaliação foi efectuada com referência a 31/12/2006.

Movimento ocorrido no período

Saldo liquído em Entrada de
entidades no
Aumentos Amortizações do Diferenças Saldo liquído em
Categoria de activo 31-12-2008 perímetro de
consolidação
Aquisições Reavaliações
(líquido)
Transferências exercício Abates Alienações Regularizações de cambio 30-06-2009
Imóveis 145.995 - 8.836 - - 3.968 722 (31.491) 289 830 119.769
Equipamento 24.826 - 4.031 - 3.261 4.405 153 - 11 45 27.616
Activos em locação operacional 66.608 - 7.023 - 1.268 4.866 - - - - 70.033
Activos em locação financeira - - - - - - - - - - -
Activos tangíveis em curso 21.893 - 5.728 - (1.332) - - - - 1.059 27.348
Outros activos tangíveis 3.216 - 833 - (3.197) 295 - - - - 557
Total 262.538 0 26.451 - - 13.534 875 (31.491) 300 1.934 245.323

11. GOODWILL E OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido no período foi:

Saldo liquído Entrada de
entidades no
Aumentos Amortizações Saldo
Categoria de activo em 31-12-2008 perímetro de
consolidação
Aquisições Reavaliações
(líquido)
Transferên
cias
do exercício Abates liquído em
30-06-2009
Goodwill 4.253 - - - - - - 4.253
Activos intangíveis em curso 11.980 - 3.113 - - - - 15.093
Sistemas de tratamento automático de dados (Software) 12.407 - 417 - - 3.370 - 9.454
Outros activos intangíveis 394 - - - - 35 - 359
Total 29.034 0 3.530 - - 3.405 - 29.159

Relativamente ao goodwill, em 30 de Junho de 2009:

  • Para a sociedade Investaçor, SGPS, SA, foi efectuado um estudo inicial, que justifica o goodwill reconhecido (no montante de 2.218 milhares de euros), e foi efectuado em 2008 uma actualização do mesmo, concluindo-se não existir razões para registo de imparidade. Nesta análise foi utilizado o método Discounted Cash-Flows, tendo por base a análise prospectiva da actividade futura da Empresa e dos seus negócios consubstanciada em projecções económicas e financeiras a médio e longo prazo (6 anos) e à determinação dos respectivos fluxos financeiros previsionais. Na avaliação foi utilizada uma taxa de capitalização de 7,69%.
  • Para a sociedade Banif Nitor Asset Management, SA, foi efectuado um estudo inicial, que justifica o goodwill reconhecido (no montante de 949 milhares de euros), e foi efectuado em 2008 uma actualização do mesmo, concluindo-se não existir razões para registo de imparidade. Nesta análise foi utilizado o método Discounted Cash-Flows. Na avaliação foi utilizada os seguintes parâmetros: Taxa desconto real anual: 12,91%, Inflação projectada: 5,23% e taxa de desconto nominal anual: 18,81%
  • Para a sociedade Banco Caboverdiano de Negócios, foi efectuado um estudo inicial, que justifica o goodwill reconhecido (no montante de 872 milhares de euros, 274 milhares de euros referentes à aquisição em 2008 de 5,7%), e foi efectuado em 2008 uma actualização do mesmo, concluindo-se não existir razões para registo de imparidade. Nesta análise foi utilizado o método Discounted Cash-Flows. Na avaliação foi utilizada os seguintes parâmetros: Euro Risk f ree Rat e (Rf ) 3,30%, Mat ure Market Risk Prem ium (Rm - Rf ) 5,00%, Count ry Rat ing B1, Def ault sp read 6,50%, Relat ive Volat ilit y Eq uit y vs Fixed Incom e Market s 1,5, Ad just ed Risk Prem ium 14,75%, Im p lied KE 17,32%, Perp et ual grow t h rat e 3,00%.

No p eríod o f ind o em 30 d e Junho d e 2009 não f oram regist as p erd as p or im p arid ad e em act ivos int angíveis.

12. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

Em 30 de Junho de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica de Investimentos em Associadas apresenta a seguinte composição:

% de
Valor da
Total de Capital
Resultado
Contributo
Nome da Sociedade
SEDE SOCIAL
ACTIVIDADE PRINCIPAL
DETENTOR DE CAPITAL
participação
participação
Goodwill
Próprio
Líquido
Líquido
Banif - SGPS, SA
Companhia de Seguros
Largo da Matriz 45-52
1500
Açoreana, SA
Ponta Delgada
Seguradora
Banif, SA
47,69%
15.998
-
16.832
(6.928)
(3.304)
Banca Pueyo
Virgen de Guadalupe , 2
Villanuea de la Serena, Badajoz
Banca
Banif - SGPS, SA
33,32%
25.975
28.400
72.845
4.987
1.662
Bankpime
Banca
Banif - SGPS, SA
Travessera de Gràcia, nº 11
Barcelona
27,50%
18.046
15.157
65.914
(1.177)
(324)
Inmobiliaria Vegas Altas
Parque de la Constitución, 9
Villanueva
de la Serena
Imobiliário
Banif - SGPS, SA
33,33%
2.560
-
7.411
56
19
Espaço 10
Av. Barbosa do Bocage 83-85
1050-050 Lisboa
Imobiliário
Banif Investimentos - SGPS, SA
25,00%
-
-
(900)
(237)
(59)
MCO2
Rua Tierno Galvan, Torre 3, 10.º Piso
Amoreiras, Lisboa
Gestão Investimentos
Banif - Banco de Investimento, SA
20,00%
89
-
450
(4)
(1)
62.668
43.557
162.552
(3.303)
(2.007)
30-06-2009

Para goodwill registado nas participações da Banca Pueyo e Bankpime foram realizados teste de imparidade, com recurso à metodologia dos "Discouted Free Cash Flows to Equity". Na sequência desta análise não foi registado imparidade no goodwill em 30/06/2009.

Pressup o st o s d o t est e d e im p arid ad e ao Bankp im e: CoE = 11.0%, Tx. Crescim en t o Anual d o Term inal Value = 2.0%.

Pressup o st o s d o t est e d e im p arid ad e à Banca Pueyo: CoE = 9.1%, Tx. Crescim ent o Anual d o Valo r Term inal = 2.0%.

31-12-2008
Nome da Sociedade SEDE SOCIAL ACTIVIDADE PRINCIPAL DETENTOR DE CAPITAL % de
participação
Valor da
participação
Goodwill Total de Capital
Próprio
Resultado
Líquido
Contributo
Líquido
Companhia de Seguros
Açoreana, SA
Largo da Matriz 45-52
Ponta Delgada
1500 Seguradora Banif - SGPS, SA
Banco Comercial dos Açores S.A.
47,69% 18.435 - 38.658 3.122 1.489
Banca Pueyo Virgen de Guadalupe , 2
Villanuea de la Serena, Badajoz
Banca Banif - SGPS, SA 33,32% 24.375 28.400 73.155 9.201 3.066
Bankpime Travessera de Gràcia, nº 11 Barcelona Banca Banif - SGPS, SA 27,50% 18.363 15.157 66.774 (4.750) (1.306)
Inmobiliaria Vegas Altas Parque de la Constitución, 9
de la Serena
Villanueva Imobiliário Banif - SGPS, SA 33,33% 2.555 - 7.666 169 56
Espaço 10 Av. Barbosa do Bocage 83-85
1050-050 Lisboa
Imobiliário Banif Investimentos - SGPS, SA 25,00% - - (674) (91) (23)
MCO2 Rua Tierno Galvan, Torre 3, 10.º Piso
Amoreiras, Lisboa
Gestão Investimentos Banif - Banco de Investimento, SA 20,00% 90 - 450 - -
63.818 43.557 186.029 7.651 3.282

As Sociedades registadas de acordo com o método da equivalência patrimonial reportam os seus dados de acordo com as políticas contabilísticas do Banif – Grupo Banif (Nota 3), não existindo problemas na harmonização das políticas contabilísticas.

13. IMPARIDADE EM CRÉDITO E OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS

O movimento ocorrido na rubrica de Imparidade em Crédito a Clientes no período findo em 30 de Junho de 2009 foi o seguinte:

Descrição Saldo em
31-12-2008
Reforços Regularizações Reversões e
recuperações
Saldo em
30-06-2009
Imparidade em crédito concedido 253.714 105.769 6.910 (52.649) 313.744
Total 253.714 105.769 6.910 (52.649) 313.744

No 1.º Semestre de 2009, o Banif – Grupo Financeiro recuperou 3.787 milhares de euros de crédito abatido ao activo, incluídos na rubrica "Imparidade de crédito líquida de reversões e recuperações" da demonstração de resultados.

O movimento em imparidades de outros activos no período findo em 30 de Junho de 2009 foi o seguinte:

Descrição Saldo em Reversões e Saldo em
31-12-2008 Reforços Regularização Utilizações recuperações 30-06-2009
Activos Financeiros disponíveis para venda 3.779 16.274 - (167) - 19.886
Activos não correntes detidos para venda 1.539 938 - (904) (648) 925
Devedores e outras aplicações 11.221 1.461 - (360) (204) 12.118
Total 16.539 18.673 - (1.431) (852) 32.929

Na coluna "reforços" referente a Activos financeiros disponíveis para venda está incluído a desvalorização na participação no Finibanco Holding SGPS no montante de 16,075 milhões de euros.

14. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Descrição 30-06-2009 31-12-2008
Recursos de Bancos Centrais - Banco Central Europeu 564.098 961.334
Juros de recursos de Bancos Centrais 535 4.509
564.633 965.843

Os "Recursos de Bancos Centrais" correspondem a operações de refinanciamento com o Banco Central Europeu (BCE), no âmbito das operações de cedência de liquidez, garantidas por penhor de activos elegíveis.

15. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Os passivos financeiros ao justo valor através de resultados respeitam a instrumentos de dívida emitida pelo Grupo, com um ou mais derivados implícitos que de acordo com a emenda ao texto da IAS 39 – "Fair Value Option", foram designados no seu reconhecimento inicial ao justo valor através de resultados.

Esta rubrica tem a seguinte composição por entidade emitente:

30-06-2009 31-12-2008
Banif - Banco Internacional do Funchal, SA 19.643 27.699
Euro Invest Série 6 - 28.097
Euro Invest Série 7 21.840 20.956
Euro Invest Série 8 27.044 25.910
Euro Invest Série 9 36.715 35.219
Trade Invest Série 12 - 28.002
Trade Invest Série 13 9.558 6.925
Trade Invest Série 14 73.942 78.988
Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil) 25.065 36.503
Banif - Banco Investimento (Brasil) 37.199 41.266
Banif Cayman 43.273 38.701
Detidos pelo Banif - Grupo Financeiro (55.598) (101.070)
238.681 267.196

As emissões de títulos de dívida pelo Grupo apresentam as seguintes características:

Banif – Banco Internacional do Funchal, SA

Emissões reembolsadas no exercício findo em 30-06-2009:

  • Reembolso de obrigações de Caixa Banif SFE 2006-2009 no montante de 7,5 milhões de euros.

Emissões realizadas em exercícios anteriores:

  • Em 28 de Fevereiro de 2005, o Banif Banco Internacional do Funchal S.A. emitiu Obrigações de Caixa no montante de 10 milhões de Euros por um prazo de cinco anos. Os juros são pagos anual e postecipadamente a partir da data de subscrição, em 28 de Fevereiro de cada ano. O Banco poderá proceder ao reembolso antecipado a totalidade da emissão, pelo seu valor nominal ("call option"), em qualquer data de pagamento de juros a partir da data de vencimento do 2º cupão (28 de Fevereiro de 2007), inclusive, desde que seja publicada tal intenção no Boletim de Cotações da Euronext Lisbon e num jornal de grande circulação, com pelo menos trinta dias de antecedência. A taxa de juro nominal bruta encontra-se sujeita à evolução de um cabaz subjacente, o qual integra três índices de acções (S&P 500 Index, DJ Euro Stoxx 50 Index e Nikkei 225 Index), um índice de commodity (Contrato Genérico de Futuro sobre o preço do petróleo) e um índice de obrigações (Citigroup World Government Bond índex), com um valor mínimo de 1%. O Banif, SA readquiriu o montante de 4,5 milhões de euros.
  • Em 28 de Fevereiro de 2005, o Banif Banco Internacional do Funchal S.A. SFE emitiu Obrigações de Caixa no montante de 5 milhões de Dólares por um prazo de cinco anos. Os juros são pagos anual e postecipadamente a partir da data de subscrição, em 28 de Fevereiro de cada ano. O Banco poderá proceder ao reembolso antecipado a totalidade da emissão, pelo seu valor nominal ("call option"), em qualquer data de pagamento de juros a partir da data de vencimento do 2º cupão (28 de Fevereiro de 2007), inclusive, desde que seja publicada tal intenção no Boletim de Cotações da Euronext Lisbon e num jornal de grande circulação, com pelo menos trinta dias de antecedência. A taxa de juro nominal bruta encontra-se sujeita à evolução de um cabaz subjacente, o qual integra três índices de acções (S&P 500 Index, DJ Euro Stoxx 50 Index e Nikkei 225 Index), um índice de commodity (Contrato Genérico de Futuro sobre o preço do petróleo) e um índice de obrigações (Citigroup World Government Bond índex), com um valor mínimo de 1%.
  • Em 01 de Julho de 2005, o Banif Banco Internacional do Funchal S.A. emitiu Obrigações de Caixa no montante de 10 milhões de Euros por um prazo de cinco anos. Os juros são pagos anual e postecipadamente a partir da data de subscrição, em 01 de Julho de cada ano. O Banco poderá proceder ao reembolso antecipado da totalidade da emissão, pelo seu valor nominal ("call option"), em qualquer data a partir do 2º aniversário da data de subscrição (23 de Maio de 2007), inclusive, desde que seja publicada tal intenção no Boletim de Cotações da Euronext Lisbon e num jornal de grande circulação, com pelo menos trinta dias de antecedência. A remuneração é composta por uma percentagem fixa de 1% ao ano acrescida de uma percentagem variável associada ao Índice DJ Eurostoxx 50. O Banif, SA readquiriu o montante de 4,1 milhões de euros.
  • Em 31 de Março de 2006, o Banif (origem no BBCA) emitiu Obrigações de Caixa no montante de 5.000.000 Euros, representado por 5.000 títulos de 1.000 Euros cada. Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 31 de Março e 30 de Setembro e são calculados durante o 1º ano a uma taxa fixa de 3,25% e nos restantes 4 anos, à taxa equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 1,00%. O empréstimo será amortizado ao par, de uma só vez, em 31 de Março de 2011, podendo ser reembolsado antecipadamente por opção da Sociedade, mediante

autorização prévia do Banco de Portugal, a partir de 31 de Março de 2008 (inclusive). O Banif, SA readquiriu o montante de 45 milhares de euros. Veículos de emissão de dívida: Trade Invest, Ltd. e Euro Invest, Ltd.

Dentro da sua estratégia global de captação de funding, o Banif – Grupo Financeiro tem recorrido à emissão de títulos de dívida com remuneração e reembolso indexados a um ou mais instrumentos financeiros (produtos estruturados), através de sociedades veículo com sede nas Ilhas Caimão designadas Trade Invest, Ltd. e Euro Invest, Ltd., que possuem um programa de emissão de dívida nos mercados internacionais (EMTN).

As emissões de dívida efectuadas por estes veículos são tituladas através de "Notes".

Nas diferentes emissões efectuadas por estas entidades existe uma compartimentação estanque entre activos e passivos relacionados que não contemplam benefícios residuais associados, pelo que são igualmente utilizadas para a estruturação e colocação de operações para Clientes.

Neste contexto procedeu-se à consolidação integral das emissões destes veículos associadas a funding do Grupo dado que, apenas nesses casos, se verifica a efectiva retenção dos benefícios da actividade.

Classificadas como passivos ao justo valor nas contas do Grupo em 30-06-2009 existiam as seguintes emissões de "Notes", cujos riscos subjacentes foram assumidos pelos respectivos detentores:

Emissão Valor
Nominal
Cupão * Data de
Emissão
Data de
Vencimento
Risco Subjacente
Euro Invest Série 7 EUR
20.000.000
Variável 07/12/2006 07/12/2009 Risco de Crédito de Bancos
(Brasil)
Euro Invest Série 8 EUR
35.000.000
5% 13/04/2007 13/04/2012 Risco de Crédito de Corporates
(Ibérico)
Euro Invest Série 9 EUR
50.000.000
6% 22/10/2007 22/10/2012 Risco de Crédito de Corporates
Trade Invest Série 13 USD
16.505.000
USD
9.415.000
USD-3,25%
USD –3,7%
25/08/2006
25/08/2006
25/10/2008
08/06/2009
Risco de Crédito de
Corporates, Bancos e
Soberano
Trade Invest Série 14 EUR
60.000.000
Variável 30/07/2007 30/07/2010 Risco de crédito de Corporates
(EU e EUA)

* - pagamento sujeito a condições

Emissões reembolsadas no exercício findo em 30-06-2009:

  • Reembolso do Euro Invest Série 12, no montante de 7,5 milhões de euros e 19 milhões de dólares.
  • Reembolso do Euro Invest Série 6, no montante de 25 milhões de euros.

Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil)

  • Em 7 de Dezembro de 2006, o Banif Banco Internacional do Funchal (Brasil), emitiu obrigações no montante de 26,65 milhões dólares, com data de reembolso em 7 de Dezembro de 2009. A taxa do cupão em vigor é 7%.
  • Em 17 de Dezembro de 2004, o Banif Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA emitiu dívida subordinada no montante de 8 milhões de dólares, com prazo de 10 anos e juros de 7% a.a. nos primeiros 5 anos e USD Libor acrescido de 4,5%

nos últimos 5 anos. O pagamento dos juros é anual, a partir da data de emissão, em 17 de Dezembro de cada ano.

  • Reembolso em 26 de Maio de 2009,da emissão de obrigações no montante de 16 milhões dólares.

Banif – Banco de Investimento (Brasil)

  • O Banif Banco de Investimento (Brasil), S.A., emitiu obrigações no montante de 14,6 milhões dólares, com data de reembolso em 17 de Fevereiro de 2010. A taxa do cupão em vigor é 6%.
  • O Banif Banco de Investimento (Brasil), S.A., emitiu obrigações no montante de 12,8 milhões dólares, com data de reembolso em 10 de Fevereiro de 2010. A taxa do cupão em vigor é 1,60%.
  • O Banif Banco de Investimento (Brasil), S.A., emitiu obrigações no montante de 19,9ilhões dólares, com data de reembolso em 14de Junho 2010. A taxa do cupão em vigor é 1,01%.
  • Reembolso em 26 de Maio de 2009 da emissão de obrigações no montante de 16 milhões dólares.
  • Reembolso em 16 de Fevereiro de 2009 da emitiu obrigações no montante de 30,102 milhões dólares.
  • Reembolso em 17 de Junho de 2009 da emitiu obrigações no montante de 8,8 milhões dólares.

Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman)

  • Em 2 de Maio de 2008, o Banif Banco Internacional do Funchal (Cayman) emitiu Zero Coupon Notes, pelo prazo de 10 anos, no montante de 56.263 milhares de dólares.
  • Em 28 de Abril de 2008, o Banif Banco Internacional do Funchal (Cayman) emitiu o montante de 2.000 milhares de euros, com prazo de 2,5 anos. A remuneração está indexada à performance de um cabaz de cinco acções do sector financeiro.
  • Em 28 de Março de 2008, o Banif Banco Internacional do Funchal (Cayman) emitiu o montante de 10.000 milhares de dólares, com prazo de 2 anos. A remuneração está indexada ao risco de crédito de um conjunto de entidades brasileiras com participação de grupos empresariais portugueses. A taxa de juro fixa de 4,50% p.a.

16. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Descrição 30-06-2009 31-12-2008
De Instituições de crédito do país
Depósitos 191.776 290.913
Empréstimos 262.359 260.180
Outros 1.080 1.640
455.215 552.733
De Instituições de crédito no estrangeiro
Depósitos 16.977 328.489
Empréstimos 1.198.970 939.456
Operações de venda com acordo de recompra 153.396 146.969
Outros 60.972 97.699
1.430.315 1.512.613
Juros 4.656 15.663
1.890.186 2.081.009

17. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Descrição 30-06-2009 31-12-2008
Depositos
À Vista 1.361.905 1.415.660
A prazo 4.736.529 4.499.332
Poupança 120.008 181.801
Outros 392.820 334.884
6.611.262 6.431.677
Outros débitos
Empréstimos 45.265 19.234
Outros 64.494 63.952
109.759 83.186
6.721.021 6.514.863

18. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Esta rubrica tem a seguinte composição por entidade emitente:

30-06-2009 31-12-2008
Banif Finance 755.225 812.008
Atlantes Mortgage N.º4 550.000 -
Atlantes Mortgage N.º3 579.589 600.000
Atlantes Mortgage N.º2 341.008 353.667
Azor Mortgage N.º2 278.716 289.478
Atlantes Mortgage N.º1 222.283 233.198
Azor Mortgage N.º1 93.128 100.095
Banif 499.134 -
Banif - SGPS 50.000 50.000
Banif Go 20.000 42.800
Banif Cayman 34.150 32.355
Beta Securitizadora 3.496 3.242
SPE Panorama 2.444 1.956
Detidos pelo Banif - Grupo financeiro (1.793.145) (1.315.744)
Sub - Total 1.636.028 1.203.055
Certificados de depósito 302.292 173.754
Encargos Financeiros 4.520 9.086
1.942.840 1.385.895

As emissões de títulos de dívida pelo Grupo apresentam as seguintes características:

Banif Finance

Emissões realizadas em exercícios anteriores:

  • Em 05 de Agosto de 2004, o Banif Finance LTD, emitiu Floating Rate Notes, no montante global de 225 milhões de Euros, cujo valor de emissão foi de 99,668% e duração de cinco anos. Os juros são pagos em 05 de Fevereiro, 05 de Maio, 05 de Agosto e 05 de Novembro de cada ano. A taxa de juro está indexada à Euribor a 3 meses mais uma margem de 0,45%. A Banif Finance readquiriu o montante de 22,2 milhões de euros em 2009.
  • Em 3 de Novembro de 2006, o Banif Finance LTD emitiu Floating Rate Notes, no montante global de 300 milhões de Euros, cujo valor de emissão foi de 99,925% e duração de quatro anos. Os juros são pagos em 3 de Fevereiro, 3 de Maio, 3 de Agosto e 3 de Novembro de cada ano. A taxa de juro está indexada à Euribor a 3 meses mais uma margem de 0,35%. A Banif Finance readquiriu o montante de 28,0 milhões de euros em 2009.
  • Em 22 de Maio de 2007, o Banif Finance LTD emitiu Floating Rate Notes, no montante global de 300 milhões de Euros, cujo valor de emissão foi de 99,729% e duração de cinco anos. Os juros são pagos em 22 de Fevereiro, 22 de Maio, 22 de Agosto e 22 de Novembro de cada ano.

A taxa de juro está indexada à Euribor a 3 meses mais uma margem de 0,30%. A Banif Finance readquiriu o montante de 12,9 milhões de euros em 2008 e 6,5 milhões de euros em 2009.

Operações de Titularização

O Grupo realizou operações de titularização de crédito ao consumo e hipotecário, através da alienação desses activos a entidades de finalidades especiais (veículos) constituídos para o efeito. Estas entidades, como forma de financiamento, emitiram instrumentos de dívida com diferentes níveis de subordinação e de remuneração. O interesse residual nos activos titularizados é usualmente retido pelo Grupo através da detenção de títulos de natureza residual. Os veículos constituídos no âmbito de operações de titularização são incluídos nas contas consolidadas do Banif - Grupo Financeiro, na medida em que o Grupo detém substancialmente todos os riscos (riscos de crédito e taxa de juro) e benefícios (margem taxa de juro de crédito), estando por isso sujeito ao efeito do comportamento das operações em causa.

As operações de titularização de créditos em que o Banif – Grupo Financeiro participou através do Banif, SA, Banco Banif e Comercial dos Açores e Banif Go, como forma de financiamento das respectivas actividades correntes foram:

  • Atlantes Finance No. 1: Novembro 1999 (terminada em 2005)
  • Atlantes Finance No. 2: Maio 2002 (terminada em 2008);
  • Atlantes Mortgage No. 1: Fevereiro 2003;
  • Azor Mortgages: Novembro 2004;
  • Atlantes Mortgage No. 2: Março de 2008;
  • Azor Mortgage No. 2: Julho de 2008;
  • Atlantes Mortgage No. 3: Outubro de 2008,
  • Atlantes Mortgage No 4: Fevereiro de 2009

Na operação Atlantes Finance No. 1, foram cedidos inicialmente créditos num valor total de 200 milhões de euros. Adicionalmente, foram cedidos mais 245 milhões de Euros em rollovers até Maio 2002, data em que terminou o período de revolving da Operação. A operação de titularização Atlantes Finance No. 1, terminou em Agosto de 2005, com o exercício da respectiva clean-up call.

No âmbito da operação Atlantes Finance No. 2 foram cedidos inicialmente créditos no valor de 150 milhões de Euros. Adicionalmente foram cedidos mais 203 milhões de Euros em rollovers até Abril 2005, data em que terminou o período de revolving da Operação. Ao abrigo da legislação em vigor, foi constituído um Fundo de Titularização de Créditos designado Atlantes Finance No. 2 Fundo, actualmente administrado pela Navegator – Sociedade Gestora de Fundos de Titularização de Créditos, SA, que adquiriu aos cedentes os créditos pessoais e os contratos de leasing, e emitiu unidades de participação do Fundo, subscritas por uma sociedade de direito irlandês denominada Atlantes Finance No. 2 Plc. Para se financiar, a sociedade Atlantes Finance No. 2 Plc emitiu Obrigações no valor global de 150 milhões de Euros.

Na operação Atlantes Mortgage No. 1, foram cedidos apenas contratos de crédito à habitação do Banif, SA, no valor de 500 milhões de Euros. Ao abrigo da legislação em vigor, foi igualmente constituído um Fundo de Titularização de Créditos designado Atlantes Mortgage No.1 Fundo, administrado pela Navegator – Sociedade Gestora de Fundos de Titularização de Créditos, SA, que adquiriu ao cedente os contratos de crédito à habitação e emitiu unidades de participação subscritas pela sociedade de direito irlandês Atlantes Mortgage No. 1 Plc. Para se financiar, a sociedade Atlantes Mortgage No. 1 Plc emitiu Obrigações no valor global de 500 milhões de Euros.

A Azor Mortgages, com início em Novembro de 2004, foi a primeira operação de securitização de créditos imobiliários levada a cabo pelo BBCA (a 2ª do Grupo Banif) com um valor total de 281 milhões de Euros. Na Azor Mortgages, ao abrigo da legislação em vigor, os créditos cedidos inicialmente foram adquiridos pela Sagres - Sociedade de Titularização de Créditos, que emitiu as obrigações Azor Notes inteiramente subscritas por uma sociedade de direito irlandês denominada Azor Mortgages Plc. Para se financiar, a sociedade Azor Mortgages Plc emitiu Obrigações no valor global de 281 milhões de Euros.

Em Dezembro de 2006, no âmbito dos objectivos propostos para a recentemente constituída sociedade de titularização do Grupo Banif, Gamma STC, foram transferidas para esta sociedade as Azor Notes assim como os respectivos direitos de recebimento dos créditos e deveres de pagamento ao veículo Azor Mortgages plc, originalmente pertencentes à Sagres STC. Esta transferência teve o acordo do originador dos créditos, da sociedade de securitização original, agências de rating, CMVM, dos investidores, e outras entidades envolvidas na operação, após avaliação da boa capacidade da Gamma para assegurar a gestão da mesma.

Na operação Atlantes Mortgage No. 2, foram cedidos apenas contratos de crédito à habitação do Banif, SA, no valor de 375 milhões de Euros. Ao abrigo da legislação em vigor, foi igualmente constituído um Fundo de Titularização de Créditos designado Atlantes Mortgage No.2 Fundo, administrado pela Gamma – Sociedade Titularização de Créditos, SA, que adquiriu ao cedente os contratos de crédito à habitação e emitiu unidades de participação subscritas pela sociedade de direito irlandês Atlantes Mortgage No. 2 Plc. Para se financiar, a sociedade Atlantes Mortgage No. 2 Plc emitiu Obrigações no valor global de 375 milhões de Euros.

Em Julho do corrente ano, teve início a Azor Mortgages No. 2, uma emissão de obrigações titularizadas, colateralizadas por uma carteira de crédito imobiliário originado pelo BBCA. Ao contrário de emissões anteriores que envolveram veículos sediados no estrangeiro, esta emissão foi realizada directamente pela Gamma STC, não envolvendo qualquer outro veículo fora do território nacional.

Nesta emissão, o BBCA cedeu à Gamma STC uma carteira de 300 milhões de Euros. Esta aquisição, bem como a constituição da necessária reserva de caixa, foram financiadas através da emissão das obrigações titularizada Azor Mortages No. 2 Class A, B e C, num montante nominal total de 306,75 milhões de Euros.

No final de Outubro do corrente ano foi concretizada uma nova operação, neste caso a Atlantes Mortgage No. 3, uma emissão de obrigações titularizadas, envolvendo uma carteira de crédito imobiliário originado pelo Banif, SA.

A estrutura foi semelhante à Atlantes Mortgage No. 2, ou seja, o Banco cedeu à Gamma uma carteira de crédito imobiliário, cujo valor ascendeu neste caso a 600 milhões de Euros. Esta aquisição, bem como a constituição da necessária reserva de caixa, foram financiadas através da emissão das obrigações titularizada Atlantes Mortgage No. 2 Class A, B e C com um valor nominal agregado de 623.7 milhões de Euros.

Em Fevereiro de 2009, a Atlantes Mortgage n.º4 cedeu à Gamma uma carteira de crédito imobiliário, cujo valor ascendeu neste caso a 550 milhões de Euros.

As obrigações emitidas no âmbito Atlantes Mortgage N.º2, Atlantes Mortgage N.º3, Atlantes Mortgage nº.4 e Azor Mortgage N.º2 estão detidas por entidades do Grupo, sendo utilizadas como caução em operações de refinanciamento junto do BCE.

Banif

  • Em 8 de Maio de 2009, o Banif – Banco Internacional do funchal, emitiu obrigações com garantia da República Portuguesa no montante de 500 milhões de euros. O reembolso ao par no prazo de três anos. A taxa de juto da emissão fixa é de 3,25%. O Banif contratou instrumentos financeiros derivados para cobrir parcialmente a sua exposição ao risco de taxa de juro.

Banif – SGPS

  • Em 15 de Julho de 2008, a Banif – SGPS, SA, emitiu obrigações no montante de 50 milhões euros. Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente. Para o 1º ano de vida a taxa de juro é 6,25% e para os cupões seguintes de acordo com a taxa Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período semestral, acrescida de 0,75%. O empréstimo obrigacionista tem uma duração máxima de três anos a contar da data de subscrição e será reembolsado integralmente, ao par, de uma só vez, na data de vencimento do 6º cupão, ou seja a 15 de Julho de 2011, salvo se ocorrer o reembolso antecipado.

Banif Go

  • Em 25 de Novembro de 2006, a Banif Go, emitiu Papel Comercial no montante de 20 milhões Euros por um prazo de três anos, prorrogável automaticamente por períodos de três anos, com taxa de juro igual à Euribor em vigor no segundo dia útil anterior à data de subscrição, para o período de emissão respectivo, adicionada de 0,5%.
  • Reembolso em 26 de Maio de 2006 da emissão de Papel Comercial no montante de 22,8 milhões Euros.

Banif Cayman

  • Em 22 de Dezembro de 2008, o Banif Cayman emitiu obrigações Zero Coupon Notes 2008/2011 no montante de 20 milhões euros. Reembolso ao par na data de maturidade desde que não ocorra o reembolso antecipado.
  • Em 22 de Dezembro de 2008, o Banif Cayman emitiu obrigações Zero Coupon Notes 2008/2011 no montante de 20 milhões dólares americanos. Reembolso ao par na data de maturidade desde que não ocorra o reembolso antecipado.

Beta Securitizadora

  • A Sociedade Beta Securitizadora emitiu duas emissões de 7.219 milhares de BRL (tx. Juro: 11%) e 2.861 milhares de BRL (tx. Juro: 10,50%) com maturidade 06/06/2017 e 06/11/2018 respectivamente.

SPE Panorama

  • A Sociedade SPE Panorama emitiu duas emissões de 7.000 milhares de BRL e 1.000 milhares BRL com maturidade em 14/04/2009.

19. PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES

O movimento ocorrido nas provisões no período findo em 30 de Junho de 2009 foi o seguinte:

Descrição Saldo em
31.12.2008
Reforços Regularizações Utilizações Reversões e
recuperações
Saldo em
30.06.2009
Contingências fiscais 8.408 729 - - - 9.137
Outras provisões 1.604 462 - - (384) 1.682
Provisões para garantias e compromissos 3.211 2 - (1.446) (54) 1.713
Total 13.224 1.193 - (1.446) (438) 12.533

Atendendo à elevada incerteza quanto ao prazo de pagamento das situações contingentes provisionadas, não foi considerado qualquer desconto temporal.

Na rubrica "provisões para contingências fiscais", encontra-se registado, o montante de 1.632 milhares de euros (1.632 milhares de euros em 2008), relativo ao diferendo que opõe o Banif à Comissão Europeia no contexto da decisão desta entidade relativamente à adaptação do Sistema Fiscal às especificidades da Região Autónoma dos Açores, que exclui o sector financeiro do âmbito da aplicação da taxa reduzida de IRC nos Açores.

Apresenta-se a seguir uma descrição mais pormenorizada da natureza das obrigações em causa:

Contingências fiscais: existe a obrigação presente resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos relacionada com impostos sobre os lucros.

Provisões para garantias e compromissos: existe a obrigação presente resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos relacionada com a prestação de garantias e compromissos.

Outras provisões: existe a obrigação presente resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos (processos judiciais contra o Grupo e outros riscos bancários).

As garantias prestadas correspondem aos seguintes valores nominais registados em contas extrapatrimoniais:

Descrição 30-06-2009 31-12-2008
Garantias prestadas (das quais:) 870.246 1.030.119
Garantias e avales 836.213 914.398
Aceites e endossos - 85.467
Cartas de crédito stand-by 2.805 2.844
Créditos documentários abertos 31.228 27.410

As contingências e outros compromissos assumidos perante terceiros, não reconhecidos nas Demonstrações Financeiras com referência a 30 de Junho de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, apresentam a seguinte composição:

Descrição 30-06-2009 31-12-2008
Outros passivos eventuais (das quais:) 2.098.623 1.204.888
Fianças e indeminizações - 538
Outras garantias pessoais prestadas e outros passivos eventuais - -
Activos dados em Garantia 2.098.623 1.204.350
Compromissos perante terceiros (dos quais:) 1.625.987 1.575.955
Compromissos irrevogáveis 456.820 462.651
Compromissos revogáveis 1.169.167 1.113.304
3.724.610 2.780.843
134

Os "Activos dados em garantia" correspondem a títulos cedidos em repo's e Obrigações do Tesouro, que se encontram a caucionar os compromissos irrevogáveis com o Fundo de Garantia de Depósitos, o Sistema de Indemnização aos Investidores, o Crédito Intradiário junto do Banco de Portugal e as operações de refinanciamento com o Banco Central Europeu.

20. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição por entidade emitente:

Banif - Banco de Investimento
30.000
30.000
Banif - Banco Internacional do Funchal
408.540
333.893
Banif Go
21.000
21.000
Banif Finance
146.592
198.249
Detidos pelo Banif - Grupo financeiro
(278.919)
(261.158)
Sub total
327.213
321.984
Encargos Financeiros
560
1.121
327.773 323.105

As emissões de títulos de dívida subordinada pelo Grupo apresentam as seguintes características:

Banif - Banco de Investimento

  • Em 29 de Junho de 2006, o Banif Banco de Investimento, SA, emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas, Taxa Variável 2006/2016 no montante de 15.000.000 Euros. Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 29 de Dezembro e 29 de Junho de cada ano e são calculados, durante os cinco primeiros anos de vida do empréstimo, à taxa equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao do início de cada período de contagem de juros, acrescida de 0,875%. A partir do 11º cupão (inclusive) e até ao final da vida do empréstimo, a taxa de juro será a equivalente à Euribor a 6 meses acrescida de 1,15%.
  • Em 5 de Maio de 2007, o Banif Banco de Investimento, SA, emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas, Taxa Variável 2007/perpétua no montante de 15.000.000 Euros. Os juros destas obrigações vencem-se trimestralmente e postecipadamente, sendo a primeiro cupão em 28 de Agosto. A taxa de juro aplicada é Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao do início de cada período de contagem de juros, acrescida de 1,35%.

Banif - Banco Internacional do Funchal

  • Em 16 de Julho de 2001, o Banif – Banco Internacional do Funchal, SA, emitiu, Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 12,5 milhões euros representado por 12.500 títulos de 1.000 euros cada. Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 16 de Janeiro e 16 de Julho de cada ano e foram calculadas para o 1º cupão com base na taxa de 5,375% e para os cupões seguintes de acordo com a taxa Euribor a 6 meses em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período semestral, acrescida de 0,75%. O empréstimo será amortizado ao par de uma só vez, em 16 de Julho de 2011 podendo, contudo ser reembolsado antecipadamente por opção do Banco ("call option"), mediante autorização prévia do Banco de Portugal, no vencimento do 10º, 12º, 14º 16º e 18º cupões, aos quais não acresce nenhum prémio sobre o valor reembolsado. O Banif, SA readquiriu o montante de 8,7 milhões de euros.

  • Em 30 de Dezembro de 2005, o Banif Banco Internacional do Funchal, SA , emitiu, Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 50 milhões euros. Nos períodos de pagamento de juros anterior a 30 de Dezembro de 2010 (primeira data de reembolso antecipado por opção do emitente), o emitente pagará uma taxa de juro correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 0,75% por ano. Para cada período posterior o emitente pagará uma taxa correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 1,25% por ano.

  • Em 22 de Junho de 2006, o Banif Banco Internacional do Funchal, SA , contratou um Empréstimo Subordinado no montante de 75 milhões euros com prazo indeterminado, concedido pela Banif Finance. Os juros são pagos trimestralmente e postecipadamente em 22 de Março, 22 de Junho, 22 de Setembro e 22 de Dezembro de cada ano. O Banco pagará juros a uma taxa variável correspondente a Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 1%. Para cada período posterior a 22 de Dezembro de 2014, a taxa de juro será equivalente à Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 2% (incremento de 1% por ano (Step up) sobre a Euribor a 3 meses acrescida de 1% paga até à primeira data de reembolso). A partir de 22 de Dezembro de 2014 o Empréstimo Subordinado poderá ser reembolsado por iniciativa do Mutuário, total ou parcialmente, em qualquer data de pagamento de juros.
  • Em 22 de Dezembro de 2006, o Banif Banco Internacional do Funchal, SA , contratou um Empréstimo Subordinado no montante de 50 milhões euros com prazo de dez anos, concedido pela Banif Finance. Os juros são pagos trimestralmente e postecipadamente em 22 de Dezembro, 22 de Março, 22 de Junho e 22 de Setembro de cada ano. O Banco pagará juros a uma taxa variável correspondente a Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 0,75%. Para cada período posterior a 22 de Dezembro de 2011, a taxa de juro será equivalente à Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 1,25%. A partir de 22 de Dezembro de 2011 o Empréstimo Subordinado poderá ser reembolsado por iniciativa do Mutuário, na sua totalidade, em qualquer data de pagamento de juros. O Banif readquiriu o montante de 12,0 milhões de euros
  • Em 22 de Dezembro de 2007, o Banif Banco Internacional do Funchal, SA SFE, contratou um empréstimo subordinado no montante de 50 milhões de euros com vencimento indeterminado, concedido pela Banif Finance. Nos períodos de pagamento de juros anterior a 22 de Dezembro de 2016 (primeira data de reembolso antecipado por opção do emitente), o emitente pagará uma taxa de juro correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 1,37% por ano. Para cada período posterior o emitente pagará uma taxa correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 2,37% por ano. O Banif readquiriu o montante de 11,4 milhões de euros
  • Em 30 de Junho de 2008, o Banif Banco Internacional do Funchal, SA SFE, contratou um empréstimo subordinado no montante de 15 milhões de euros com

vencimento indeterminado, concedido pela Banif Finance. Nos períodos de pagamento de juros anterior a 28 de Dezembro de 2017 (primeira data de reembolso antecipado por opção do emitente), o emitente pagará uma taxa de juro correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 3,0362% por ano. Para cada período posterior o emitente pagará uma taxa correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 4,0362% por ano.

  • Em 18 de Agosto de 2008, o Banif – Banco Internacional do Funchal, SA, emitiu, Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 25 milhões euros representado por 25.000 títulos de 1.000 euros cada. Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 18 de Agosto e 18 de Fevereiro de cada ano e foram calculadas para o 1º ano de vida 6,25% e para os cupões seguintes de acordo com a taxa Euribor a 6 meses em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período semestral, acrescida de 1%. A partir do 11.º cupão (inclusive) e até à data de maturidade à Euribor a 6 meses é acrescido 1,15%. O empréstimo será amortizado ao par de uma só vez, na data de maturidade, contudo ser reembolsado antecipadamente por opção do Banco ("call option"), mediante autorização prévia do Banco de Portugal, a partir do 10.º cupaão (inclusive). O Banif, SA readquiriu o montante de 0,35 milhões de euros.

  • Obrigações de Caixa Subordinadas BBCA/06 Taxa Variável – 2006 –2016 A Sociedade emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 20.000.000 Euros representado por 400.000 títulos de 50 Euros cada. A emissão das obrigações em causa foi efectuada em 3 séries sendo a data de subscrição de cada uma das séries, 23 de Outubro, 27 de Novembro e 4 de Dezembro

de 2006 respectivamente. Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 23 de Abril e 23 de Outubro e são calculados, durante os cinco primeiros anos de vida do empréstimo, à taxa equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de contagem de juros, acrescida de 1,00%. Caso não ocorra o reembolso antecipado, e a partir do 11º cupão (inclusive) e até final da vida do empréstimo, a taxa de juro será a equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de contagem de juros, acrescida de 1,25%. A taxa de juro do 1º cupão é de 4,647%. O empréstimo será amortizado ao par, de uma só vez, em 23 de Outubro de 2016, podendo ser reembolsado antecipadamente por opção da Sociedade ("call option"), mediante autorização prévia do Banco de Portugal, a partir do vencimento do 10º cupão (inclusive). O Banif, SA readquiriu o montante de 0,8 milhões de euros.

- Obrigações de Caixa Subordinadas BBCA/06 Taxa Variável – 2007 – 2017

Em 25 de Setembro de 2007 a Sociedade emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 10.000.000 Euros representado por 200.000 títulos de 50 Euros cada. Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 25 de Setembro e 25 de Março e são calculados, durante os cinco primeiros anos de vida do empréstimo, à taxa equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de contagem de juros, acrescida de 1,00%. Caso não ocorra o reembolso antecipado, e a partir do 11º cupão (inclusive) e até final da vida do empréstimo, a taxa de juro será a equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de contagem de juros, acrescida de 1,25%. A taxa de juro do 1º cupão é de 5,72%. O empréstimo será amortizado ao par, de uma só vez, em 25 de Setembro de 2017, podendo ser reembolsado antecipadamente por opção da Sociedade ("call option"), mediante autorização prévia do Banco de Portugal, a partir do vencimento do 10º cupão (inclusive). O Banif, SA readquiriu o montante de 0,5 milhões de euros.

  • Em 22 de Dezembro de 2007 o BBCA contratou um Empréstimo Subordinado no montante de 25.000.000 Euros com prazo indeterminado, concedido pela Banif Finance Plc.

Os juros são pagos trimestralmente e postecipadamente em 22 de Março, 22 de Junho, 22 de Setembro e 22 de Dezembro de cada ano. A sociedade pagará juros a uma taxa variável correspondente à Euribor a 3 meses, em vigor no segundo "Dia Útil Target" imediatamente anterior à data início de cada período de juros, acrescida de 1,37% por ano. Para cada período posterior a 22 de Dezembro de 2016, a taxa de juro será equivalente à Euribor a 3 meses, em vigor no segundo "Dia Útil Target" anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 2,37% por ano (Step-up de 1% ). A taxa de juro do 1º período é de 6,16%. A partir de 22 de Dezembro de 2016 o Empréstimo Subordinado poderá ser reembolsado por iniciativa do Mutuário, em qualquer data de pagamento de juros.

  • Em 30 de Junho de 2008, o BBCA, contratou um empréstimo subordinado no montante de 10 milhões de euros com vencimento indeterminado, concedido pela Banif Finance. Nos períodos de pagamento de juros anterior a 28 de Dezembro de 2017 (primeira data de reembolso antecipado por opção do emitente), o emitente pagará uma taxa de juro correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 3,0362% por ano. Para cada período posterior o emitente pagará uma taxa correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 4,0362% por ano.
  • Em 30 de Junho de 2009, o Banif, contratou um empréstimo subordinado no montante de 100 milhões de euros com vencimento em 2019. Nos períodos de pagamento de juros anterior a 30 de Junho de 2014 (primeira data de reembolso antecipado por opção do emitente), o emitente pagará uma taxa de juro fixa correspondente 4,5% por ano. Para cada período posterior o emitente pagará uma taxa correspondente à Euribor a 6 meses acrescida de 2,75% por ano.

Banif Go

  • Em 30 de Junho de 2005, a Banif Go emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 6 milhões de Euros por um prazo de dez anos. Os juros são pagos anual e postecipadamente a partir da data de subscrição, em 30 de Junho de cada ano. A Banif Go. poderá proceder ao reembolso antecipado da totalidade da emissão, pelo seu valor nominal ("call option"), em qualquer data de pagamento de juros a partir da data de vencimento do 5º cupão (30 de Junho de 2010), inclusive, desde que seja publicada tal intenção no Boletim de Cotações da Euronext Lisbon e num jornal de grande circulação, com pelo menos trinta dias de antecedência. A taxa de juro nominal bruta é igual à Euribor a doze meses em vigor no segundo dia útil anterior ao início do período de juros, adicionada de 1,5%.
  • Em 30 de Junho de 2008, a Banif Go, contratou um empréstimo subordinado no montante de 15 milhões de euros com vencimento indeterminado, concedido pela Banif, SA. Nos períodos de pagamento de juros anterior a 28 de Dezembro de 2017 (primeira data de reembolso antecipado por opção do emitente), o emitente pagará uma taxa de juro correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 3,0362% por ano. Para cada período posterior o emitente pagará uma taxa correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 4,0362% por ano.

Banif Finance

  • Obrigações de Caixa da Banif Finance, Ltd Taxa Variável - 2004 / 2014. Em 29 de Dezembro de 2004, a Banif Finance Ltd, emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 50.000.000 Euros representado por 50.000 Títulos de 1.000 Euros cada. Os juros destas obrigações vencem-se trimestral e postecipadamente em 29 de Março, 29 de Junho, 29 de Setembro e 29 de Dezembro de cada ano, com início em 29 de Março de 2005 e são calculados, durante os cinco primeiros anos de vida do empréstimo, à taxa equivalente à Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao do início de cada período de contagem de juros, acrescida de 0,80%. A partir do 21º cupão (inclusive) e até ao final da vida do empréstimo, a taxa de juro será a equivalente à Euribor a 3 meses acrescida de 1,30%. O empréstimo será amortizado ao par, de uma só vez, em 29 de Dezembro de 2014, podendo ser reembolsado antecipadamente por opção do Banif Finance (call option), mediante autorização prévia do Banco de Portugal, em qualquer data de pagamento de juros a partir do vencimento do 20º cupão. O empréstimo poderá também ser reembolsado antecipadamente por motivos fiscais (tax option), em qualquer data de pagamento de juros mediante pré-aviso de 30 a 60 dias aos titulares das obrigações, se por motivo de alteração das leis aplicáveis a Banif Finance fique obrigada a pagamentos adicionais e tal não possa ser evitado através da tomada de medidas razoáveis. No 1.º semestre de 2009 foi adquirido por entidades do Banif – Grupo Financeiro o montante de 30,1 milhões de euros.

  • Em 22 de Dezembro de 2006, a Banif Finance LTD , emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 125.000 milhares euros com prazo indeterminado. Os juros são pagos trimestralmente e postecipadamente em 22 de Março, 22 de Junho e 22 de Setembro e 22 de Dezembro de cada ano e são calculados a uma taxa variável correspondente a Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 1,37%. Para cada período posterior a 22 de Dezembro de 2016, a taxa de juro será equivalente à Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 2,37%. A partir de 22 de Dezembro de 2016 o Empréstimo Subordinado poderá ser reembolsado por iniciativa do Mutuário, na sua totalidade, em qualquer data de pagamento de juros. Em 2008, foi adquirido por entidades do Banif – Grupo Financeiro o montante de 26,8 milhões de euros e, no 1.º semestre de 2009, o montante de 9,6 milhões de euros.

  • Em 22 de Dezembro de 2006, a Banif Finance LTD , emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 50.000 milhares euros com prazo de dez anos. Os juros são pagos trimestralmente e postecipadamente em 22 de Março, 22 de Junho e 22 de Setembro e 22 de Dezembro de cada ano e são calculados a uma taxa variável correspondente a Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 0,75%. Para cada período posterior a 22 de Dezembro de 2011, a taxa de juro será equivalente à Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 1,25%. A partir de 22 de Dezembro de 2011 o Empréstimo Subordinado poderá ser reembolsado por iniciativa do Mutuário, na sua totalidade, em qualquer data de pagamento de juros. Foi adquirido por entidades do Banif – Grupo Financeiro o montante de 11,9 milhões de euros.

21. OPERAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO

Em 30 de Junho de 2009 e 2008 e 31 de Dezembro de 2008, as rubricas de Capital Próprio apresentam a seguinte composição:

Descrição 30-06-2009 31-12-2008 30-06-2008
Capital 350.000 350.000 350.000
Prémios de emissão 78.214 78.214 78.214
Outros instrumentos de capital
Acções próprias (1.051) (764) (51)
Reservas de reavaliação (32.045) (24.539) 19.656
Reserva Legal 28.881 25.910 25.910
Outras reservas e resultados transitados (livres) 146.638 95.311 146.507
Resultado do exercício 15.738 59.237 44.419
Dividendos antecipados
Interesses minoritários 265.353 279.401 138.498
Total do Capital 851.728 862.770 803.153
139

O capital social é constituído por 350.000.000 acções, de valor nominal de €1,00 por acção, encontrando-se totalmente realizado.

As reservas de reavaliação registadas correspondem às seguinte situações (valores líquidos de impostos): carteira títulos CSA (-33.698 milhares de euros), carteira títulos Banif – Banco de Investimento (-854 milhares de euros), outros (2.507 milhares de euros).

No 1º Semestre de 2009 foram realizadas as mais valias das participações Zon Madeira, Zon Açores e Via Litoral, no montante liquido de 15,2 milhões de euros e constituída imparidade para a participação no Finibanco Holding, SGPS no montante de 16,1 milhões de euros.

O resultado consolidado do Banif – Grupo Financeiro, foi determinado da seguinte forma:

30-06-2009 30-06-2008
BANIF - SGPS (6.691) (4.354)
SOCIEDADE IMOBILIARIA PIEDADE
ESPAÇO DEZ
(8)
(59)
(34)
(5)
BANIF IMOBILIARIA (485) (813)
BANIF BANK (MALTA) (1.089) (795)
BANCA PUEYO
BANCO CABOVERDIANO DE NEGÓCIOS
1.662
178
1.758
441
BANKPIME (324) 25
INMOBILIARIA VEGAS ALTAS 19 52
BANIF HOLDINGS (MALTA), LTD
BANIF COMERCIAL-SGPS
125
(264)
-
(90)
BANIF-BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL 6.895 16.919
BANIF FINANCE 21.410 -
BANIF AÇORES, SGPS (5) 159
INVESTAÇOR, SGPS
INVESTAÇOR HÓTEIS
(48)
(180)
(113)
(107)
AÇORTUR (132) (143)
TUROTEL (100) (129)
HOTEL PICO
BANIF & COMERCIAL AÇORES, Inc FALL RIVER
1
-
(38)
-
BANIF & COMERCIAL AÇORES, Inc SAN JOSÉ 5 (2)
BANIF GO (63) (1.106)
BANIF RENT
BANCO BANIF BRASIL
181
4.939
37
1.477
COMPANHIA DE SEGUROS AÇOREANA (3.304) 1.730
BANIF - INVESTIMENTOS SGPS (1.359) (3.530)
BANIF BANCO DE INVESTIMENTO 810 (1.644)
BANIF (CAYMAN)
BANIF BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL)
(299)
(836)
(413)
8.794
BANIF NITOR ASSET MANAGEMENT (274) (102)
BANIF CORRETORA DE VALORES E CAMBIOS 2.073 26.163
BANIF PRIVATE EQUITY (50) -
BETA SECURITIZADORA
NUMBERONE SGPS
94
(1)
143
(3)
BANIF INT. ASSET MANAGEMENT 53 116
BANIF GESTÃO DE ACTIVOS 885 1.606
BANIF AÇOR PENSOES (4) 32
BANIF (BRASIL)
FINAB
(2)
70
(4)
81
BANIF INTERN. HOLDINGS Ltd (1.314) 273
BANIF SECURITIES HOLDINGS (1.356) (460)
ECONOFINANCE
BANIF FINANCIAL SERVICES
2
(80)
(2)
(80)
BANIF SECURITIES INC. (510) (1.062)
BANIF FINANCE (USA) CORP. (17) 590
BANIF FORFAITING COMPANY (251) 38
BANIF INTERNATIONAL BANK
BANIF CAPITAL - SOC DE CAPITAL DE RISCO
(1.566)
(171)
19
2
BANIF MULTIFUND 3 -
CENTRO VENTURE 1 2
GAMMA 98 16
BANIF TRADING INC
MCO2
(16)
(1)
(13)
-
ATLANTES N.2 (9) 195
ATLANTES MORTGAGE (610) 415
ATLANTES MORTGAGE 2
ATLANTES MORTGAGE 3
(521)
(3.268)
(1.876)
-
ATLANTES MORTGAGE 4 560 -
AZOR MORTGAGE 430 (106)
AZOR MORTGAGE 2
TRADE INVEST S13, S14
(1.294)
315
-
(304)
EURO INVEST S3a, S3b, S7, S8, S9 1.505 581
FIP BANIF REAL ESTATE - -
BANIF US REAL ESTATE - 115
BANIF NITOR FI AÇOES
BANIF NITOR CARAVELAS
-
-
-
-
ART INVEST - -
GLOBAL REAL ESTATE - -
SPE PANORAMA
IMOGEST
(15)
-
(11)
-
CAPVEN - -
IFRA INVEST - -
AGGRESSIVE STRATEGY FUND - (17)
BALANCED STRATTEGY FUND
BRAZILIAN BOND FUND
-
-
(7)
4
BRAZILIAN EQUITY FUND - 48
CONSERVATIVE STRATEGY FUND - (9)
EUROPEAN BOND FUND
EUROPEAN EQUITY FUND
-
-
(10)
(33)
GLOBAL CASH FUND - 3
15.738 44.419

22. INTERESSES MINORITÁRIOS

Em 30 de Junho de 2009 e 2008 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica de interesses minoritários (IM) apresenta a seguinte composição:

30-06-2009 31-12-2008 30-06-2009 30-06-2008
Entidade Valor balanço Valor balanço Resultado
de IM
Resultado
de IM
Banif Finance 178.105 176.941 (3.292) (5.251)
Imogest 50.273 56.345 - (634)
Banif Cayman 12.105 12.863 (413) (349)
Fundos Banif Multi Fund 25 4.840 2 -
Banco Caboverdiano de Negocios 4.624 4.438 (518) (353)
Banif Bank (Malta) 2.801 2.972 323 170
Investaçor SGPS SA 3.135 2.738 78 33
Capven 2.123 2.528 - 324
Açortur - Investimentos Turísticos dos Açores 983 3.457 147 136
Banif Açor Pensões 1.393 1.395 (20) 3
Banif Portofolio - 1.133 -
Art Invest 1.189 1.241 - (32)
Banif International Holdings 1.017 1.269 (48) 236
Banif Banco Internacional do Funchal (Brasil) 655 615 (22) (2)
Investimentos Turísticos e Similares Hóteis e Apart-Hotel Pico 432 431 39 (1)
Banif Finance (USA) 137 759 (60) 174
Centro Venture 259 259 (2) -
Global Real Estate 5.314 - - 184
SPE Panorama 279 214 1 1
FIP Banif Real Estate 228 172 (4) (1)
Banif Nitor FI Ações 230 - - (43)
Banif Capital 67 139 - 43
Finab 110 156 (54) (47)
Investaçor Hoteis SA (38) 3.262 73 124
Turotel - turismo e Hóteis dos Açores (109) 1.147 93 72
Banif Forfaiting (39) 37 (7) 52
Banif Trading Inc 20 23 2 3
Beta Securitizadora 25 20 (1) -
Banif Financial Services Inc 10 6 14 14
Amazonia Energia II - 1 - -
Banif Nitor Asset - - 218 -
265.353 279.401 -3.451 -5.144

A rubrica de interesses minoritários relativa à Banif Finance respeita:

  • à emissão, em 22 de Dezembro de 2004, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 Euros, no montante de 75 milhões de Euros. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração da Sociedade, trimestral e postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial ("call option"), em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso (22 de Dezembro de 2014), acrescido: (i) de uma quantia correspondente ao dividendo preferencial acumulado e não pago respeitante ao período de dividendo preferencial mais recente, declarado ou não, até à data fixada para o reembolso, e (ii) de quaisquer quantias adicionais, desde que previamente autorizado pelo Banco de Portugal, pelo Garante da Emissão (Banif – Banco Internacional do Funchal), e em conformidade com os requisitos da Lei das Ilhas Cayman.
  • à emissão, em 28 de Dezembro de 2007, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 Euros, no

montante de 25 milhões de Euros. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração da Sociedade, trimestral e postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial ("call option"), em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso (28 de Dezembro de 2017). O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman.

  • à emissão, em 29 de Dezembro de 2008, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 Euros, no montante de 20 milhões de Euros. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração da Sociedade, trimestral e postecipadamente A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial ("call option"), em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso (29 de Dezembro de 2018). O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman.
  • à emissão, em 29 de Dezembro de 2008, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 Euros, no montante de 35 milhões de Dólares Americanos. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração da Sociedade, trimestral e postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial ("call option"), em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso (29 de Dezembro de 2018). O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman.
  • à emissão, em 31 de Dezembro de 2008, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 Euros, no montante de 25 milhões de Euros. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração da Sociedade, trimestral e postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial ("call option"), em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso (31 de Dezembro de 2018). O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman.
  • à emissão, em 30 de Junho de 2009, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 Euros, no montante de 15 milhões de Dolares. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração da Sociedade, trimestral e postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial ("call option"), em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso (30 de Junho de 2019). O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman.
  • à emissão, em 30 de Junho de 2009, de Acções Preferenciais Perpétuas Garantidas com um valor de liquidação preferencial unitário de 1.000 Euros, no montante de 10 milhões de Euros. Os dividendos preferenciais são pagos aos

detentores das acções preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração da Sociedade, trimestral e postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial ("call option"), em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso (30 de Junho de 2019). O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman.

A rubrica de interesses minoritários relativa ao Banif Cayman respeita:

  • à emissão, em 12 de Novembro de 2003, de 16.000.000 Acções Preferenciais com um valor de liquidação preferencial unitário de 1 Dólar, emitidas em dois montantes de 10 milhões Dólares e 6 milhões Dólares. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração da Sociedade, anual e postecipadamente em 12 de Dezembro de cada ano.

23. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS

No curso normal da sua actividade financeira, o Grupo efectua transacções com partes relacionadas. Estas incluem créditos e aplicações bancárias, depósitos, suprimentos, garantias e outras operações e serviços bancários.

O saldo dessas transacções com partes relacionadas no balanço e respectivos custos e proveitos no exercício findo são os seguintes:

Elementos chave de gestão Associadas Acionistas Outras Entidades
Jun-09 Dez-08 Jun-09 Dez-08 Jun-09 Dez-08 Jun-09 Dez-08
Crédito e aplicações 1.556 1.884 9.319 1.894 6.601 13.868 16.205 16.907
Depósitos 2.889 5.747 29.413 42.970 8.223 37.675 5.354 1.747
Suprimentos - - 6.677 6.677 - - 13.750 13.750
Emprestimos obtidos - - - - 41.500 15.000 - -
Garantias prestadas - - - 915 5 5 12.098 15.802
Jun-09 Jun-08 Jun-09 Jun-08 Jun-09 Jun-08 ,
Jun-09
Jun-08
Comissões e serviçoes prestados - - 144 - 13 - 194 -
Juros e encargos similares 55 113 757 296 797 1.939 28 12
Juros e Rendimentos similares 16 21 163 116 159 - 594 18

Para além do referido no quadro acima, a rubrica de crédito e aplicações inclui cerca de 91,2 milhões de euros relativos a produtos financeiros emitidos por associada que não se encontravam colocados junto de clientes da rede do Grupo em 30 de Junho de 2009. Adicionalmente, a rubrica de Activos com Acordos de Recompra inclui 56,1 milhões de euros relativos a títulos adquiridos com acordo de venda por um preço pré estabelecido com a mesma associada.

As transacções com entidades relacionadas são analisadas de acordo com os critérios aplicáveis a operações similares com terceiras entidades e são realizadas em condições normais de mercado. Estas operações estão sujeitas à aprovação da Comissão Executiva.

No Semestre findo, não foram constituídas provisões específicas para saldos com entidades relacionadas.

Não se verificam alterações substanciais à lista de Entidades Relacionadas apresentada com o Relatório Anual de 2008.

Remunerações do pessoal chave de gestão Elementos chave de gestão
Jun-09 Jun-08
Benefícios de curto prazo 4.006 4.459
Benefícios pós-emprego (benefício definido) - -
Benefícios de cessação de emprego - -
Pagamentos com base em acções - -

24. EVENTOS APÓS A DATA DE BALANÇO

À data das presentes Demonstrações Financeiras, não se verificava nenhum acontecimento subsequente a 30 de Junho de 2009, data de referência das referidas Demonstrações Financeiras, que exigissem ajustamentos ou modificações dos valores dos activos e dos passivos, nos termos da IAS 10 – Acontecimentos após a data de balanço.

Sem prejuízo do referido, dá-se conhecimento de que, em 10 de Julho de 2009, a Banif SGPS celebrou um acordo com os accionistas controladores da Tecnicrédito, holding do grupo financeiro que integra, entre outras entidades, o Banco Mais, S.A., especializado na área de crédito automóvel, através da aquisição, pela Banif SGPS, de acções representativas de um mínimo de 90,01% e de um máximo de 100% do capital social da Tecnicrédito ("Integração").

A Tecnicrédito, detida maioritariamente pelo Grupo Auto-Industrial, é actualmente um dos principais operadores nacionais no mercado do financiamento automóvel, através do Banco Mais.

A Tecnicrédito está presente em Portugal e em mais 5 mercados estrangeiros: Hungria (onde detêm 100% do Bank Plus Hungria), Espanha, Brasil (em parceria com a Société Générale), Eslováquia e Polónia.

A Tecnicrédito, no final do exercício de 2008 e de acordo com as suas contas consolidadas, evidenciava um Activo Líquido de € 1.115,6 milhões, capitais próprios de € 239,9 milhões e um resultado líquido de € 30,3 milhões.

Nos termos do acordo celebrado, após a Integração, a Rentipar Financeira – SGPS, S.A, controlada pelo Comendador Horácio Roque, continuará a deter uma participação maioritária e de domínio na Banif SGPS.

Ainda nos termos do acordo celebrado, a Integração terá por base uma permuta, recebendo os accionistas da Tecnicrédito valores mobiliários emitidos pela Banif SGPS, sendo que, nos termos da relação de troca acordada ("Relação de Troca"), por cada acção da Tecnicrédito entregue deverão ser dadas em contrapartida 4 acções ordinárias representativas do capital social da Banif SGPS e 4 Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis("VMOCs") em acções representativas do capital social da Banif SGPS;

Para concretização da Integração, foi convocada uma Assembleia Geral da Banif SGPS para deliberar sobre a aprovação de um aumento de capital social e a emissão de VMOCs, nos termos propostos pelo Conselho de Administração.

A Assembleia Geral de Accionistas da Banif SGPS teve lugar no dia 14 de Agosto de 2009 e ali foi deliberado, designadamente:

1.º - Aprovar um aumento do capital social da Banif SGPS, de € 350.000.000,00 para até € 490.000.000,00, sendo o montante do aumento de até € 140.000.000,00, através da emissão das correspondentes acções escriturais, com o valor nominal unitário de € 1,00, em duas tranches:

a) Uma primeira tranche, reservada aos Accionistas da Banif SGPS, por entradas em dinheiro no montante de até € 70.000.000,00, através da emissão de até 70.000.000 de acções escriturais com o valor nominal de € 1,00 cada, sendo o respectivo preço de subscrição de € 1,00 na proporção de uma nova acção por cada cinco actualmente detidas;

b) Uma segunda tranche, reservada aos accionistas da Tecnicrédito, como contrapartida parcial das entradas em espécie, sendo estas constituídas por até 17.500.000 acções representativas de até 100 % do capital social da Tecnicrédito, através da emissão de até 70.000.000 de acções escriturais com o valor nominal de € 1,00 cada;

2.º - Aprovar a emissão de até 70.000.000 de "VMOCs convertíveis" com o valor nominal de € 1,00 cada, obrigatoriamente convertíveis em acções da Banif SGPS, mediante um factor de conversão igual ou inferior a um, a determinar em 28 de Fevereiro de 2010, conforme abaixo descrito, a subscrever integralmente pelos accionistas da Tecnicrédito, com a consequente aprovação de um aumento de capital da Banif SGPS de um montante máximo de até € 70.000.000,00, através da emissão de até 70.000.000 de acções escriturais da Banif SGPS, com o valor nominal de € 1,00, para satisfazer a conversão dos VMOCs emitidos e segundo o referido factor de conversão.

Nos termos do Acordo celebrado, o factor de conversão, isto é o número de acções em que cada VMOC será convertido (com o limite máximo de uma acção por cada VMOC) será fixado em 28 de Fevereiro de 2010, tendo por base a Relação de Troca Final, isto é, a percentagem do capital social da Banif SGPS atribuível às 17.500.000 acções representativas do capital social da Tecnicrédito.

Em resultado da Integração e considerando já o capital social máximo após a conversão dos VMOCs, nunca poderá resultar uma participação superior a 25% do capital social da Banif SGPS para os actuais accionistas da Tecnicrédito.

Ainda nos termos do acordo celebrado, no caso de o factor de conversão (f) determinado em função da Relação de Troca Final ser superior a um, a Banif SGPS pagará adicionalmente por cada acção Tecnicrédito entregue um montante em dinheiro (D), arredondado por defeito à quinta casa decimal do euro, calculado da seguinte forma:

D = (f -1)* 4*Pm *1,2

Em que "Pm" significa o preço médio unitário ponderado das acções ordinárias do BANIF no mercado regulamentado Eurolist by Euronext Lisbon nas 30 (trinta) sessões anteriores a 28 de Fevereiro de 2010.

Este montante em dinheiro, a pagar aos accionistas da Tecnicrédito partes no referido contrato, caso o factor de conversão dos VMOCs seja superior a 1, não será significativo, no pressuposto da não ocorrência de alterações materialmente relevantes no valor das situações líquidas da Tecnicrédito ou da Banif SGPS, as quais, tanto quanto é do conhecimento da Banif SGPS, não se perspectivam ocorrer.

A efectiva concretização da integração da Tecnicrédito está ainda sujeita à verificação das condições usuais neste tipo de operações, designadamente, a obtenção das aprovações regulatórias ou declarações de não oposição, consoante aplicável, necessárias à realização da transacção, incluindo do Banco de Portugal, bem como a aprovação, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, do prospecto da oferta pública de subscrição e admissão à negociação.

V. OUTRAS INFORMAÇÕES

1. Órgãos Sociais e Estatutários

Em Assembleia Geral Anual da Sociedade, realizada em 31 de Março de 2009, foram eleitos os órgãos sociais e a Comissão de Remunerações, para o triénio 2009-2011, bem como o Conselho Consultivo e o Revisor Oficial de Contas, em ambos os casos com referência ao exercício de 2009.

À data de 30 de Junho de 2009, é a seguinte a composição dos órgãos sociais e estatutários:

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

  • Presidente: Prof. Doutor Luís Manuel Moreira de Campos e Cunha
  • Secretário: Dr. Miguel José Luís de Sousa

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente: Comendador Horácio da Silva Roque
Vice-Presidentes: Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos
Dr. Carlos David Duarte de Almeida
Vogais: Dr. António Manuel Rocha Moreira
Dr. Artur Manuel da Silva Fernandes
Dr. José Marques de Almeida
Eng.º Diogo António Rodrigues da Silveira
Suplente: Dr. Fernando José Inverno da Piedade

CONSELHO FISCAL

Presidente: Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida
Vogais Efectivos: Dr. António Ernesto Neto da Silva
Dr. José Lino Tranquada Gomes

Vogal Suplente: Dr. José Pedro Lopes Trindade

CONSELHO CONSULTIVO

Presidente: Rentipar Financeira SGPS, SA, representada pelo
Comendador Horácio da Silva Roque
Vice-Presidentes: Comendador João Francisco Justino
Prof. Doutor Luís Manuel Moreira de Campos e Cunha
Membros Efectivos: Renticapital - Investimentos Financeiros, SA, representada pelo
Dr. Fernando José Inverno da Piedade
Empresa de Electricidade da Madeira, SA, representada pelo
Dr. Rui Alberto Faria Rebelo
Dr. Gonçalo Cristóvam Meirelles de Araújo Dias

Eng.º António Fernando Couto dos Santos Dr. Miguel José Luís de Sousa Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro Prof. Doutor António Soares Pinto Barbosa Comendador Jorge Sá

COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES

  • Dr. Deodato Nuno de Azevedo Coutinho
  • Dr. António Gonçalves Monteiro
  • Dr. Enrique Santos

2. Carteira de Acções Próprias

Durante o primeiro semestre de 2009, o Banif– Banco de Investimento, SA, sociedade dominada pela Banif - SGPS, SA, efectuou as transacções a seguir descritas de acções da Banif - SGPS, SA, as quais foram todas executadas na Euronext Lisboa (operações em bolsa), em execução do contrato de liquidez celebrado entre aquele banco e a Euronext Lisboa. Face ao disposto no art.º 325-A do Código das Sociedades Comerciais, são as referidas acções consideradas acções próprias da sociedade dominante.

Total em 31 de Dezembro de 2008: 14.374 acções detidas através do Banif – Banco de Investimento, SA
Tipo de Transacção Data Mercado Quantidade Valor (em EUR)
Compra 05-Jan-09 Euronext Lisboa 18.300 20.220
Venda 05-Jan-09 Euronext Lisboa 18.300 20.586
Venda 12-Jan-09 Euronext Lisboa 8.500 10.030
Compra 12-Jan-09 Euronext Lisboa 8.500 10.115
Compra 15-Jan-09 Euronext Lisboa 8.900 10.146
Venda 16-Jan-09 Euronext Lisboa 8.500 9.860
Compra 19-Jan-09 Euronext Lisboa 8.800 10.032
Compra 20-Jan-09 Euronext Lisboa 26.500 30.170
Compra 21-Jan-09 Euronext Lisboa 2.239 2.485
Venda 21-Jan-09 Euronext Lisboa 2.239 2.508
Compra 23-Jan-09 Euronext Lisboa 710 802
Compra 27-Jan-09 Euronext Lisboa 9.000 10.080
Venda 27-Jan-09 Euronext Lisboa 9.000 10.247
Compra 28-Jan-09 Euronext Lisboa 100.000 113.000
Compra 29-Jan-09 Euronext Lisboa 10.000 11.190
Venda 30-Jan-09 Euronext Lisboa 19.100 21.491
Compra 30-Jan-09 Euronext Lisboa 9.100 10.010
Venda 03-Fev-09 Euronext Lisboa 25.000 28.750
Venda 03-Fev-09 Euronext Lisboa 18.800 21.720
Venda 04-Fev-09 Euronext Lisboa 25.000 29.150
Compra 05-Fev-09 Euronext Lisboa 1.500 1.740
Venda 06-Fev-09 Euronext Lisboa 5.000 5.850
Venda 06-Fev-09 Euronext Lisboa 18.600 21.712
Venda 06-Fev-09 Euronext Lisboa 24.969 29.463
Venda 09-Fev-09 Euronext Lisboa 8.500 10.030
Venda 09-Fev-09 Euronext Lisboa 10.000 11.895
Venda 10
-Fev
-09
Euronext Lisboa 8.350 10.020
Compra 10
-Fev
-09
Euronext Lisboa 135 162
Venda 11
-Fev
-09
Euronext Lisboa 7.000 8.330
Compra 11
-Fev
-09
Euronext Lisboa 54 64
Compra 12
-Fev
-09
Euronext Lisboa 3.746 4.533
Compra 13
-Fev
-09
Euronext Lisboa 11.300 14.238
Venda 13
-Fev
-09
Euronext Lisboa 16.300 20.372
Compra 17
-Fev
-09
Euronext Lisboa 26.600 32.561
Compra 18
-Fev
-09
Euronext Lisboa 8.600 10.234
Compra 19
-Fev
-09
Euronext Lisboa 500 590
Compra 23
-Fev
-09
Euronext Lisboa 14.300 16.359
Venda 23
-Fev
-09
Euronext Lisboa 3.020 3.563
Venda 25
-Fev
-09
Euronext Lisboa 8.980 10.327
Venda 26
-Fev
-09
Euronext Lisboa 8.500 10.030
Venda 27
-Fev
-09
Euronext Lisboa 785 934
Venda 02
-Mar
-09
Euronext Lisboa 8.500 10.030
Compra 02
-Mar
-09
Euronext Lisboa 8.650 10.121
Compra 03
-Mar
-09
Euronext Lisboa 1.135 1.339
Compra 09
-Mar
-09
Euronext Lisboa 8.810 10.043
Venda 09
-Mar
-09
Euronext Lisboa 8.810 10.220
Compra 10
-Mar
-09
Euronext Lisboa 28.150 30.213
Venda 10
-Mar
-09
Euronext Lisboa 18.650 20.422
Venda 11
-Mar
-09
Euronext Lisboa 29.050 30.715
Compra 11
-Mar
-09
Euronext Lisboa 19.550 20.528
Compra 12
-Mar
-09
Euronext Lisboa 9.700 9.991
Venda 12
-Mar
-09
Euronext Lisboa 9.700 10.088
Venda 13-Mar
-09
Euronext Lisboa 2.801 2.997
Venda 16
-Mar
-09
Euronext Lisboa 2.199 2.375
Venda 23
-Mar
-09
Euronext Lisboa 5.000 5.300
Compra 25
-Mar
-09
Euronext Lisboa 9.600 10.080
Venda 25
-Mar
-09
Euronext Lisboa 1.521 1.612
Venda 26
-Mar
-09
Euronext Lisboa 8.07
9
8.564
Compra 27
-Mar
-09
Euronext Lisboa 1.588 1.636
Venda 27
-Mar
-09
Euronext Lisboa 1.588 1.652
Venda 31
-Mar
-09
Euronext Lisboa 9.900 10.296
Compra 31
-Mar
-09
Euronext Lisboa 9.900 10.395
Venda 02
-Abr
-09
Euronext Lisboa 14.705 15.734
Compra 02
-Abr
-09
Euronext Lisboa 14.705 15.827
Venda 03
-Abr
-09
Euronext Lisboa 9.300 10.044
Compra 03
-Abr
-09
Euronext Lisboa 9.400 10.058
Venda 06
-Abr
-09
Euronext Lisboa 5.000 5.498
Compra 06
-Abr
-09
Euronext Lisboa 5.000 5.550
Compra 07
-Abr
-09
Euronext Lisboa 9.105 10.016
Venda 08
-Abr
-09
Euronext Lisboa 9.100 10.010
Venda 09
-Abr
-09
Euronext Lisboa 9.000 10.080
Venda 14
-Abr
-09
Euronext Lisboa 11.105 12.945
Compra 14
-Abr
-09
Euronext Lisboa 15.050 17.615
Venda 14
-Abr
-09
Euronext Lisboa 14.094 16.429
Compra 15
-Abr
-
0
9
Euronext Lisboa 4.044 4.691
Venda 16
-Abr
-09
Euronext Lisboa 479 565
Compra 16-Abr-09 Euronext Lisboa 479 575
Compra 17-Abr-09 Euronext Lisboa 19.400 21.914
Venda 17-Abr-09 Euronext Lisboa 19.400 22.023
Compra 20-Abr-09 Euronext Lisboa 14.150 15.615
Compra 23-Abr-09 Euronext Lisboa 20.000 20.702
Venda 23-Abr-09 Euronext Lisboa 20.000 20.900
Venda 04-Mai-09 Euronext Lisboa 9.150 10.333
Venda 05-Mai-09 Euronext Lisboa 8.000 9.280
Venda 06-Mai-09 Euronext Lisboa 2.000 2.445
Compra 06-Mai-09 Euronext Lisboa 26.183 32.551
Venda 06-Mai-09 Euronext Lisboa 26.183 32.009
Compra 11-Mai-09 Euronext Lisboa 14.679 19.887
Venda 11-Mai-09 Euronext Lisboa 14.679 20.034
Compra 12-Mai-09 Euronext Lisboa 26.000 34.037
Venda 12-Mai-09 Euronext Lisboa 17.700 23.164
Compra 13-Mai-09 Euronext Lisboa 14.850 18.481
Venda 13-Mai-09 Euronext Lisboa 10.000 12.579
Venda 13-Mai-09 Euronext Lisboa 4.354 5.486
Venda 14-Mai-09 Euronext Lisboa 8.796 11.240
Compra 18-Mai-09 Euronext Lisboa 7.900 10.428
Venda 18-Mai-09 Euronext Lisboa 7.900 10.191
Compra 19-Mai-09 Euronext Lisboa 14.535 19.151
Venda 19-Mai-09 Euronext Lisboa 14.535 19.297
Compra 20-Mai-09 Euronext Lisboa 1.670 2.271
Venda 20-Mai-09 Euronext Lisboa 1.670 2.305
Compra 21-Mai-09 Euronext Lisboa 7.550 10.268
Venda 22-Mai-09 Euronext Lisboa 7.250 10.078
Compra 25-Mai-09 Euronext Lisboa 395 537
Venda 25-Mai-09 Euronext Lisboa 395 545
Compra 26-Mai-09 Euronext Lisboa 7.500 10.125
Venda 26-Mai-09 Euronext Lisboa 7.500 10.187
Compra 01-Jun-09 Euronext Lisboa 130 170
Compra 05-Jun-09 Euronext Lisboa 3.489 4.641
Venda 05-Jun-09 Euronext Lisboa 3.919 5.291
Compra 09-Jun-09 Euronext Lisboa 5.233 6.855
Compra 10-Jun-09 Euronext Lisboa 2.317 3.082
Venda 09-Jun-09 Euronext Lisboa 7.550 10.042
Compra 17-Jun-09 Euronext Lisboa 12.514 16.027
Venda 17-Jun-09 Euronext Lisboa 12.514 16.268
Compra 18-Jun-09 Euronext Lisboa 7.900 10.033
Venda 18-Jun-09 Euronext Lisboa 7.900 10.191
Compra 19-Jun-09 Euronext Lisboa 8.000 10.160
Compra 24-Jun-09 Euronext Lisboa 7.900 9.717
Venda 24-Jun-09 Euronext Lisboa 7.900 9.847
Compra 25-Jun-09 Euronext Lisboa 8.100 10.044
Venda 25-Jun-09 Euronext Lisboa 8.100 10.170
Venda 29-Jun-09 Euronext Lisboa 422 532
Compra 30-Jun-09 Euronext Lisboa 8.250 10.065
Total em 30 de Junho de 2009: 15.828 acções detidas através do Banif – Banco de Investimento, SA

Por outro lado, durante o período em apreciação, foi efectuada a seguinte transacção de acções próprias pela Banif - SGPS, SA, executadas na Euronext Lisboa (operação em bolsa):

Total em 31 de Dezembro de 2008: 571.951 acções detidas directamente
Tipo de Transacção Data Mercado Quantidade Valor (em EUR)
Compra 26-Jan-09 Euronext Lisboa 250.000 285.000
Total em 30 de Junho de 2009: 821.951 acções detidas directamente

O total de acções próprias existente em 30 de Junho de 2009 era, assim, de 837.779 unidades.

3. Titulares de Participações Sociais Qualificadas

Nos termos do art.º 9 n.º 1, al. c) do Regulamento n.º 5/2008 da CMVM, informa-se sobre os accionistas titulares de participações qualificadas, com referência ao final do 1.º semestre de 2009, de acordo com o artigo 20.º do CVM, em conformidade com os elementos existentes na sociedade:

  • HORÁCIO DA SILVA ROQUE, residente na Av. Conde de Barcelona, 4, Estoril, detinha directamente 1.090.740 acções da Banif – SGPS, SA, sendo-lhe imputáveis os direitos de voto correspondentes a
  • 180.853.414 acções detidas pela Rentipar Financeira SGPS, SA, sociedade detida maioritariamente por Horácio da Silva Roque;
  • 839.062 acções detidas por membros do Conselho de Administração da Rentipar Financeira, SGPS, SA;
  • 36.020.093 acções detidas pela Renticapital Investimentos Financeiros, S.A.,sociedade dominada pela Rentipar Financeira, SGPS, SA
  • 12.100.655 acções detidas pela Vestiban Gestão e Investimentos, SA, sociedade dominada pela Rentipar Financeira, SGPS, SA;
  • 223.125 acções da Espaço Dez Sociedade Imobiliária, Lda, sociedade dominada por Horácio da Silva Roque.
  • 2.330.199 acções da Fundação Horácio Roque, entidade considerada dominada por Horácio da Silva Roque.
  • INSTITUTO DE SEGUROS DE PORTUGAL FUNDO DE GARANTIA AUTOMÓVEL, pessoa colectiva n.º 501 328 599, com sede na Av. de Berna, nº 19, 1050-037, Lisboa, era titular de 8.906.095 acções da Banif - SGPS, SA.
  • JORGE SÁ, residente à Rua do Til, n.º 56, 3050-328, Funchal, detinha directamente 7.122.017 acções da Banif – SGPS, SA, sendo-lhe ainda imputáveis os direitos de voto correspondentes a 120.000 acções detidas pela J. Sá & Filhos, Lda e 1.150.000 acções detidas pela sociedade Oliveira, Freitas & Ferreira, Lda, ambas por si controladas.
  • JOAQUIM FERREIRA DE AMORIM, a quem são imputáveis os direitos de voto inerentes às 8.049.113 acções da Banif – SGPS, SA tituladas pela sociedade por si dominada Evalesco SGPS,

SA, com sede na Rua da Corticeira, 34, 4536-902, Mozelos, pessoa colectiva n.º 504 220 160, e as 8.851 acções detidas por um membro do Conselho de Administração desta sociedade.

PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS - IMPUTAÇÃO DE DIREITOS DE VOTO – ART.º 20.º CVM % CAPITAL
SOCIAL
N.º DE
ACÇÕES
Horácio da Silva Roque
- directamente 0,312% 1.090.740
- através da RENTIPAR FINANCEIRA1 51,672% 180.853.414
1
- através de membros do Conselho de Administração da RENTIPAR FINANCEIRA
0,240% 839.062
- através da RENTICAPITAL 2 10,291% 36.020.093
2
- através da VESTIBAN
3,457% 12.100.655
- através da ESPAÇO DEZ 3 0,064% 223.125
- através da Fundação Horácio Roque 0,666% 2.330.199
Total imputável 66,702% 233.457.288
Instituto de Seguros de Portugal – Fundo de Garantia Automóvel 2,544% 8.906.095
Jorge Sá
- directamente 2,035% 7.122.017
- através da J. Sá & Filhos, Lda 0,034% 120.000
- através da Oliveira, Freitas & Ferreira, Lda 0,328% 1.150.000
Total imputável 2,398% 8.392.017
Joaquim Ferreira de Amorim
- através da Evalesco SGPS, S.A. 4 2,300% 8.049.113
- através de membro do Conselho de Administração da Evalesco SGPS, S.A. 0,002% 8.851
Total imputável 2,302% 8.057.964

4. Valores Mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA e Sociedades do Banif – Grupo Financeiro detidos por Titulares de Órgãos Sociais

Em conformidade com o disposto no art.º 9.º n.º 1, alínea a) do Regulamento n.º 5/2008 da CMVM, informa-se sobre o número de valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA e sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, detidos, adquiridos, onerados ou transmitidos por titulares dos órgãos sociais durante o período a que se refere o presente relatório.

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Professor Luís Manuel Moreira de Campos e Cunha

- Não é titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.

- Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

1 Sociedade detida maioritariamente pelo Senhor Comendador Horácio da Silva Roque

2 Sociedades dominadas pela RENTIPAR FINANCEIRA 3 Sociedade dominada por membro do Conselho de Administração da RENTIPAR FINANCEIRA 4 Senhor Joaquim Ferreira de Amorim detém 82,2% do capital social da Evalesco SGPS, S.A.

Dr. Miguel José Luís de Sousa

  • Pessoalmente, era titular de 618 acções da Banif - SGPS, S.A..

  • Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com elas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Comendador Horácio da Silva Roque

  • Pessoalmente era titular de 1.090.740 acções da Banif - SGPS, SA.

Detinha ainda 1 acção do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA, 1 acção do Banif Banco de Investimento (Brasil), SA e 1 acção da Banif Corretora de Valores e Câmbio, SA, (acções preferenciais e sem direito a voto).

  • Era titular de mais de metade do capital social da Rentipar Financeira, SGPS, SA, a qual detinha mais de metade do capital social da Renticapital – Investimentos Financeiros, SA e da Vestiban – Gestão e Investimentos, SA.:
  • − A Rentipar Financeira, SGPS, SA era titular de 180.853.414 acções da Banif SGPS, SA.;
  • − A Renticapital Investimentos Financeiros, SA, era titular de 36.020.093 acções da Banif SGPS, SA.;
  • − A Vestiban Gestão e Investimentos, SA, era titular de 12.100.655 acções da Banif SGPS, SA.
  • A Espaço Dez Sociedade Imobiliária, Lda., sociedade da qual é indirectamente detentor da maioria do capital social, era titular de 223.125 acções da Banif - SGPS, SA.
  • A Fundação Horácio Roque entidade considerada por si dominada era titular de 2.330.199 acções da Banif – SGPS, SA.
Transacções de valores mobiliários no 1.º semestre de 2009 (art.º 9.º, n.º 1, al. a) e 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008)
Entidade Envolvida Tipo Operação Data Unidades Preço (€) Montante (€) Identificação do Valor Mobiliário
Rentipar Financeira Compra 29-05-2009 100.000 1,345 134.500,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
SGPS,S.A. Compra 02-06-2009 25.000 1,340 33.500,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 03-06-2009 75.000 1,333 100.000,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 04-06-2009 50.000 1,335 66.750,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 05-06-2009 10.000 1,335 13.350,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 09-06-2009 50.000 1,310 65.500,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Fundação Horácio Compra 07-01-2009 27.071 1,120 30.319,52 Acções Banif – SGPS, S.A.
Roque Compra 08-01-2009 20.328 1,1495 23.367,04 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 11-03-2009 202.000 1,0558 213.271,60 Acções Banif – SGPS, S.A.

Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos

  • Pessoalmente, era titular de 1.105.000 acções da Banif - SGPS, SA.

Era titular, ainda, de 1 acção do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA, 1 acção do Banif - Banco de Investimento (Brasil), SA e 1 acção da Banif – Corretora de Valores e Câmbio, SA (acções preferenciais sem direito a voto).

  • Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com elas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

Dr. Carlos David Duarte de Almeida

- Pessoalmente, era titular de 120 acções da Banif - SGPS, SA.

Era titular, ainda, de 1 acção do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA, 1 acção do Banif - Banco de Investimento (Brasil), SA e 1 acção da Banif – Corretora de Valores e Câmbio, SA (acções preferenciais sem direito a voto).

  • Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com elas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

Dr. António Manuel Rocha Moreira

- Pessoalmente, era titular de 135.563 acções da Banif - SGPS, SA, de 37 Obrigações Banif SGPS, SA 2008/2011, com o valor unitário de € 1.000,00 e de 30 Obrigações Rentipar Financeira, SGPS, SA 2008/2012, no valor unitário de € 1.000,00.

Transacções de valores mobiliários no 1.º semestre de 2009 (art.º 9.º, n.º 1, al. a) e 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008)
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Entidade Envolvida Tipo Operação Data Unidades Preço (€) Montante (€) Identificação do Valor Mobiliário
Dr. António Manuel Compra 14-01-2009 18.480 1,15 21.252,00 Acções Banif – SGPS, S.A
Rocha Moreira Compra 03-02-2009 30 1.000,00 30.000,00 Obrigações Rentipar Financeira,
SGPS, SA 2008/2012

Dr. Artur Manuel da Silva Fernandes

  • Pessoalmente não era titular de quaisquer acções da Banif - SGPS, SA.

Era titular de 1 acção do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil) SA, de 1 acção do Banif Banco de Investimento (Brasil), SA, de 1 acção da Banif Corretora de Valores e Câmbio, SA, de 1 acção da Econofinance, SA (todas acções preferenciais sem direito a voto), bem como de 1 acção da Banif Nitor Asset Management SA e de 1 acção da Banif Private Equity, SA (ambas acções ordinárias com direito a voto).

  • Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com elas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

Dr. José Marques de Almeida

  • Pessoalmente era titular de 814.800 acções da Banif SGPS, SA.
  • A Rentipar Financeira, SGPS, SA, sociedade da qual é membro do Conselho de Administração, era titular de 180.853.414 acções da Banif - SGPS, SA.;
  • A Vestiban Gestão e Investimentos, SA, sociedade da qual é membro do Conselho de Administração, era titular de 12.100.655 acções da Banif - SGPS, SA.
  • A Fundação Horácio Roque entidade da qual é Vogal do Conselho de Administração era titular de 2.330.199 acções da Banif – SGPS, SA.

Detinha ainda 40 acções Banif Finance FLI PERP

Transacções de valores mobiliários no 1.º semestre de 2009 (art.º 9.º, n.º 1, al. a) e 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008)

Entidade Envolvida Tipo Operação Data Unidades Preço (€) Montante (€) Identificação do Valor Mobiliário
Rentipar Financeira Compra 29-05-2009 100.000 1,345 134.500,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
SGPS,S.A. Compra 02-06-2009 25.000 1,340 33.500,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 03-06-2009 75.000 1,333 100.000,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 04-06-2009 50.000 1,335 66.750,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 05-06-2009 10.000 1,335 13.350,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 09-06-2009 50.000 1,310 65.500,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Fundação Horácio Compra 07-01-2009 27.071 1,120 30.319,52 Acções Banif – SGPS, S.A.
Roque Compra 08-01-2009 20.328 1,1495 23.367,04 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 11-03-2009 202.000 1,0558 213.271,60 Acções Banif – SGPS, S.A.

Eng.º Diogo António Rodrigues da Silveira

- Não é titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.

- Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

CONSELHO FISCAL

Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida

  • Pessoalmente era titular de 186.000 acções da Banif - SGPS, SA.

  • A sociedade Quinta do Sourinho – Agricultura e Turismo, Lda, integralmente detida pelo próprio e pelas pessoas previstas nas alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais, era titular de 183.001 acções da Banif - SGPS, SA.

- Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

Dr. António Ernesto Neto da Silva

- Não é titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.

- Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.

Dr. José Lino Tranquada Gomes

- Não é titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.

  • É titular das seguintes obrigações/Unidades de Participação: Banif Eurostoxx 2010, € 25.000; Rentipar 2008/2012, € 30.000; Banif Property FEIIF (210 UP's).
Entidade Envolvida Tipo Operação Data Unidades Preço (€) Montante (€) Identificação do Valor Mobiliário
Dr. José Lino Tranquada Venda 09-02-2009 4.500 1,18 5.310,00 Acções Banif – SGPS, S.A
Gomes Venda 10-02-2009 4.500 1,19 5.355,00 Acções Banif – SGPS, S.A
Compra 13-03-2009 10.000 1,06 10.600,00 Acções Banif – SGPS, S.A
Venda 06-05-2009 7.500 1,30 9.750,00 Acções Banif – SGPS, S.A
Venda 06-05-2009 2.500 1,31 3.275,00 Acções Banif – SGPS, S.A

Transacções de valores mobiliários no 1.º semestre de 2009 (art.º 9.º, n.º 1, al. a) e 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008)

5. Transacções de acções ou de instrumentos financeiros com elas relacionados efectuadas pela Rentipar Financeira, SGPS, SA, pelos seus dirigentes e por pessoas estreitamente relacionadas com aqueles.

Em cumprimento do disposto nos n.º 6 e 7 do art.º 14.º do Regulamento da CMVM n.º 5/2008, segue a descrição das transacções realizadas no 1.º semestre de 2009, referentes a acções da Banif - SGPS, SA ou a instrumentos financeiros com elas relacionados, efectuadas pela Rentipar Financeira, SGPS, SA, 5 pelos seus dirigentes e pelas pessoas estreitamente relacionadas com aqueles. A referência é feita apenas aos dirigentes da Rentipar Financeira, SGPS, SA que não são comuns à Banif – SGPS, SA, uma vez que as acções/instrumentos relacionados transaccionados por estes estão divulgados no ponto imediatamente anterior.

5 Sociedade considerada em relação de domínio com a Banif – SGPS, SA, nos termos e para os efeitos do art.º 21.º do Código dos Valores Mobiliários.

RENTIPAR FINANCEIRA, SGPS, SA

Entidade Envolvida Tipo Operação Data Unidades Preço (€) Montante (€) Identificação do Valor Mobiliário
Rentipar Financeira Compra 29-05-2009 100.000 1,345 134.500,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
SGPS,S.A. Compra 02-06-2009 25.000 1,340 33.500,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 03-06-2009 75.000 1,333 100.000,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 04-06-2009 50.000 1,335 66.750,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 05-06-2009 10.000 1,335 13.350,00 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 09-06-2009 50.000 1,310 65.500,00 Acções Banif – SGPS, S.A.

Transacções de acções ou instrumentos financeiros com elas relacionados (art.º 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA RENTIPAR FINANCEIRA, SGPS, SA

Dr. Fernando José Inverno da Piedade

Pessoalmente, não efectuou transacções. Foram efectuadas transacções pela própria Rentipar Financeira, SGPS, SA, acima indicadas, e pela Fundação Horácio Roque, da qual é Vogal do Conselho de Administração.

Transacções de acções ou instrumentos financeiros com elas relacionados (art.º 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008)
Entidade Envolvida Tipo Operação Data Unidades Preço (€) Montante (€) Identificação do Valor Mobiliário
Fundação Horácio Compra 07-01-2009 27.071 1,120 30.319,52 Acções Banif – SGPS, S.A.
Roque Compra 08-01-2009 20.328 1,1495 23.367,04 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 11-03-2009 202.000 1,0558 213.271,60 Acções Banif – SGPS, S.A.

Dr. Victor Hugo Simons

Pessoalmente, não efectuou transacções. Foram efectuadas transacções pela própria Rentipar Financeira, SGPS, SA, acima indicadas, e pela Fundação Horácio Roque, da qual é Vogal do Conselho Fiscal.

Transacções de acções ou instrumentos financeiros com elas relacionados (art.º 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008)
Entidade Envolvida Tipo Operação Data Unidades Preço (€) Montante (€) Identificação do Valor Mobiliário
Fundação Horácio Compra 07-01-2009 27.071 1,120 30.319,52 Acções Banif – SGPS, S.A.
Roque Compra 08-01-2009 20.328 1,1495 23.367,04 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 11-03-2009 202.000 1,0558 213.271,60 Acções Banif – SGPS, S.A.

Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro

Pessoalmente, não efectuou transacções. Foram efectuadas transacções pela própria Rentipar Financeira, SGPS, SA, acima indicadas, e pela Fundação Horácio Roque, da qual é Vogal do Conselho de Administração.

Transacções de acções ou instrumentos financeiros com elas relacionados (art.º 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008)
Entidade Envolvida Tipo Operação Data Unidades Preço (€) Montante (€) Identificação do Valor Mobiliário
Fundação Horácio Compra 07-01-2009 27.071 1,120 30.319,52 Acções Banif – SGPS, S.A.
Roque Compra 08-01-2009 20.328 1,1495 23.367,04 Acções Banif – SGPS, S.A.
Compra 11-03-2009 202.000 1,0558 213.271,60 Acções Banif – SGPS, S.A.

FISCAL ÚNICO DA RENTIPAR FINANCEIRA, SGPS, SA

Dr. João Carlos Miguel Alves

Pessoalmente, não efectuou transacções. Foram efectuadas transacções pela própria Rentipar Financeira, SGPS, SA, acima indicadas.

6. Recomendações do FSF e do CEBS relativas à transparência da informação e à valorização de activos

A informação que segue, relativa à transparência da informação e à valorização dos activos, consubstancia o cumprimento do disposto na Carta-Circular n.º 46/08/DSBDR, de 15 de Julho de 2008, na Carta-Circular n.º 97/2008/DSB de 3 de Dezembro de 2008 e na Carta-Circular n.º 58/09/DSB de 5 de Agosto de 2009, do Banco de Portugal, sobre a "Adopção das recomendações do FSF e do CEBS relativas à transparência da informação e à valorização de activos".

I. Modelo de Negócio

1. Descrição do modelo de negócio (i.e., razões para o desenvolvimento das actividades/negócios e respectiva contribuição para o processo de criação de valor) e, se aplicável, das alterações efectuadas (por exemplo, em resultado do período de turbulência).

O modelo de negócio do Grupo encontra-se pormenorizadamente descrito na parte "II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009" do Relatório de Gestão.

2. Descrição das estratégias e objectivos (incluindo as estratégias e objectivos especificamente relacionados com a realização de operações de titularização e com produtos estruturados).

As estratégias e objectivos especificamente relacionados com a realização de operações de titularização e com produtos estruturados encontram-se descritos nas notas "18. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS" e "15. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS", respectivamente, do ponto "6 Anexo às Demonstrações Financeiras" consolidadas, da parte "VI DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS".

  • 3. Descrição da importância das actividades desenvolvidas e respectiva contribuição para o negócio (incluindo uma abordagem em termos quantitativos). As actividades desenvolvidas pelo Grupo e respectiva contribuição para o negócio encontram-se pormenorizadamente descritas na parte "II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009" do Relatório de Gestão.
  • 4. Descrição do tipo de actividades desenvolvidas, incluindo a descrição dos instrumentos utilizados, o seu funcionamento e critérios de qualificação que os produtos/investimentos devem cumprir.

O tipo de actividades desenvolvidas, instrumentos e produtos/investimentos encontram-se pormenorizadamente descritos na parte "II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009" do Relatório de Gestão.

5. Descrição do objectivo e da amplitude do envolvimento da instituição (i.e. compromissos e obrigações assumidos), relativamente a cada actividade desenvolvida. Os objectivos e envolvimento da instituição relativamente a cada actividade desenvolvida

encontram-se descritos na parte "II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009" do Relatório de Gestão.

  • II. Riscos e Gestão dos Riscos
  • 6. Descrição da natureza e amplitude dos riscos incorridos em relação a actividades desenvolvidas e instrumentos utilizados.

A natureza e amplitude dos riscos incorridos nas diversas actividades desenvolvidas e instrumentos utilizados pelo Grupo encontram-se pormenorizadamente descritos no ponto "2.3 Controlo dos Riscos de Actividade" da parte "II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009" do Relatório de Gestão.

7. Descrição das práticas de gestão de risco (incluindo, em particular, na actual conjuntura, o risco de liquidez) relevantes para as actividades, descrição de quaisquer fragilidades/fraquezas identificadas e das medidas correctivas adoptadas. As práticas de gestão de risco encontram-se pormenorizadamente descritas no ponto "2.3

Controlo dos Riscos de Actividade" da parte "II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009" do Relatório de Gestão.

  • III. Impacto do período de turbulência financeira nos resultados
  • 8. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados, com ênfase nas perdas (quando aplicável) e impacto dos "write-downs" nos resultados. Descrição apresentada no ponto seguinte.
  • 9. Decomposição dos "write-downs"/perdas por tipos de produtos e instrumentos afectados pelo período de turbulência, designamente, dos seguintes: commercial mortgage-backed securities (CMBS), residential mortgage-backed securities (RMBS), colateralised debt obligations (CDO), asset-backed securities (ABS).

Nos mapas seguintes são apresentados os valores registados em resultados (potenciais e realizados) e em reservas por tipo de produto definido, nomeadamente: commmercial mortgage-backed securities (CMBS), residential mortgage-backed securities (RMBS), colateralised debt obligations (CDO) e asset-backed securities (ABS), para os períodos em referência.

(valores em Euros)

30-06-2008 30-06-2009
Tipo Produto +/- Valia Potencial +/- Valia Realizada Reservas +/- Valia Potencial +/- Valia Realizada Reservas
ABS -531.150 -313.268 -424.487 -1.986.178 255.560 -399.768
CDO -1.319.618 123.250 -172.250 0 -4.007
CLO -2.505.167 34.200 -68.400 297.964 0 -212.638
CMBS -322.751 -7.864 1.360 -2.066.233 0 -7.055
RMBS -56.750 -31.641 -154.247 432.895 0 -11.751
Total -4.735.435 -195.323 -645.775 -3.493.802 255.560 -635.219

10. Descrição dos motivos e factores responsáveis pelo impacto sofrido.

As perdas no mercado americano de crédito hipotecário sub-prime foram o principal factor que despoletou a crise iniciada no Verão de 2007, a qual se traduziu num acentuado alargamento dos spreads e na redução generalizada da liquidez no mercado, com fortes perdas a fazerem-se sentir, em particular, nas estruturas complexas de activos. A aversão ao risco dos investidores cresceu substancialmente, manifestando-se em uma enorme relutância em transaccionar todo o tipo de instrumentos estruturados - o mercado tornou-se ilíquido -, fazendo aumentar a pressão sobre os respectivos preços de mercado. O colapso da Lehman Brothers em Setembro de 2008 veio agravar ainda mais a situação, despoletando uma crise ímpar no sector financeiro, com particular impacto na vertente de liquidez, traduzindo-se num contínuo agravamento dos spreads de crédito e níveis históricos de aversão ao risco por parte dos investidores, com especial impacto nos activos do sector financeiro e de maior complexidade, entre os quais, os produtos estruturados.

Ao nível do Grupo Banif, um dos principais impactos resultantes da turbulência sofrida nos mercados financeiros adveio, desta forma, do risco de mercado inerente às exposições em produtos estruturados, reavaliados integralmente marked-to-market até à primeira metade do ano, o que se reflectiu em fortes desvalorizações nesta classe de activos. A 30 de Junho de 2009, as menos-valias potenciais, incluindo reservas, correspondiam a cerca de €4,1 milhões. As mais-valias realizadas no semestre corresponderam a cerca de €256 mil.

Contudo, no último semestre, em particular a partir de Março, registou-se uma forte recuperação dos mercados de crédito, com os spreads a reduzirem-se substancialmente, atingindo níveis comparáveis ao registados anteriormente ao colapso da Lehman Brothers, mas com o segmento de crédito estruturado a apresentar sinais de recuperação ainda modestos.

11. Comparação de i) impactos entre períodos (relevantes) e de ii) demonstrações financeiras antes e depois do impacto do período de turbulência.

A comparação dos impactos entre períodos (relevantes) está apresentada no ponto 9 deste Anexo. As rubricas de balanço e demonstração de resultados nas quais se reflectiram os referidos impactos do período de turbulência são os seguintes (em milhares de euros):

30-06-2009
BALANÇO Valor líquido Valor líquido sem o
impacto do período
de turbulência
Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através 579.107 582.345
de resultados
Activos financeiros disponíveis para venda
164.094 164.729
Activos por impostos diferidos 31.206 31.374

13.038.623

13.042.328
Total do Activo

Passivos por impostos diferidos

6.476

7.334
Total do Passivo 12.186.895 12.187.753
Reservas de reavaliação (32.045) (31.578)
Resultado do exercício
15.738
18.118
Total do Capital 851.728 854.922
Total do Passivo + Capital 13.038.623 13.042.328
30-06-2009
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Valor líquido Valor líquido sem o
impacto do período
de turbulência
Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de (18.393) (15.155)
resultados
Resultado antes de impostos e de interesses minoritários 32.106 35.344
Impostos (11.224) (12.082)
Correntes (10.116) (10.116)
Diferidos (1.108)
20.882
(1.966)
23.262
Resultado após impostos e antes de interesses minoritários
Da qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas
- -
Interesses minoritários (5.144) (5.144)
Resultado consolidado do exercício 15.738 18.118

12. Decomposição dos "write-downs" entre montantes realizados e não realizados. Informação apresentada no ponto 9 deste Anexo.

13. Descrição da influência da turbulência financeira na cotação das acções da entidade.

Conforme já referido anteriormente neste Anexo e ao longo do Relatório de Gestão, o período de turbulência nos mercados financeiros, iniciado em 2007, traduziu-se numa crise generalizada dos mercados accionistas e obrigacionistas internacionais. Ao nível do sector financeiro, as preocupações com a qualidade e os riscos dos activos detidos pelas instituições, originou uma crise de liquidez que se traduziu num acréscimo dos spreads de crédito e, consequentemente, num aumento dos custos de funding, colocando dúvidas relativamente à capacidade destas instituições em dar continuidade aos seus planos de crescimento da actividade e nos ROE evidenciados nos últimos anos.

Esta conjuntura de extrema aversão ao risco, de crise de liquidez e de incerteza relativamente à capacidade de crescimento e de rendibilidade futura, levou a uma quebra muito acentuada das cotações de mercado das acções das instituições financeiras.

A cotação das acções da Banif-SGPS, SA acompanhou esta evolução do mercado, evidenciando uma maior volatilidade em períodos mais turbulentos, explicada pela menor dimensão da instituição, pela elevada concentração accionista e logo menor "free-float" e liquidez.

O facto de o Grupo ter numa estratégia de forte crescimento orgânico e em termos de quota de mercado contribuiu igualmente para essa maior volatilidade pontual, embora a quebra verificada na cotação das acções da Banif-SGPS se situar perto da média verificada no sector.

14. Divulgação do risco de perda máxima e descrição de como a situação da instituição poderá ser afectada pelo prolongamento ou agravamento do período de turbulência ou pela recuperação do mercado.

A 30 de Junho de 2009, a exposição a produtos estruturados do Grupo ascendia a cerca de €52 milhões em termos de valor de mercado, o que corresponde a menos de 1% do activo líquido consolidado do Grupo Banif e cerca de 6% dos capitais próprios. A mitigar este risco existe ainda uma compra de protecção (credit default swap) que cobre mais de metade do valor nominal da carteira de produtos estruturados, em que o risco de crédito é transferido para terceiros, e cujo montante outstanding ascende a cerca de €39 milhões – ver detalhes no ponto 17. Desta forma, o impacto sobre o Grupo é pouco significativo, mesmo admitindo o cenário extremo de perda total do valor dos activos, situação de probabilidade reduzida tendo por base os dados observáveis no mercado, nomeadamente as taxas de default e as taxas de recuperação para instrumentos comparáveis aos detidos em carteira.

A assinalar que durante o semestre houve uma redução efectiva da exposição do Grupo a este tipo de activos, em virtude de alguns títulos que estavam em carteira terem chegado ao vencimento, com o reembolso dos mesmos pelo valor nominal (não ocorrência de eventos negativos de crédito), num total de €13 milhões – ver ponto 19.

Tendo-se verificado que os produtos estruturados deixaram de ser um mercado activo com uma extrema falta de liquidez e face às alterações à IAS 39 emitidas pelo IASB em Outubro de 2008 – "Amendments to IAS 39 Financial Instruments: Recognition" – o banco de investimento procedeu à reclassificação da larga maioria dos produtos estruturados detidos para a carteira LaR (Loans and Receivables), tendo em consideração o objectivo de mantêlos em carteira a prazo (foreseeable future) e a qualidade creditícia dos mesmos, usufruindo de um tratamento contabilístico idêntico a uma carteira de crédito. Desta forma, houve uma alteração significativa em termos dos impactos desta carteira, sendo que o banco deixou de estar sujeito às flutuações de preço destes títulos, não sendo afectado em termos de risco de mercado, mas apenas em termos de risco de crédito, ou seja, na possibilidade de perdas devido a defaults ou imparidade nos títulos. Fazendo uma análise à qualidade creditícia da carteira – ver ponto 18, verifica-se que, a 30 de Junho de 2009, cerca de 87% da carteira de produtos estruturados do Grupo Banif era Investment Grade, tendo em consideração o rating médio das três principais agências internacionais: Moody´s, S&P e Fitch.

Não obstante o tratamento contabilístico, a alocação de capital à carteira de produtos estruturados tem sido realizada tendo por base os requisitos de capital prudenciais para cobertura de risco de crédito, específica para este tipo de activos, de acordo com as regras actuais de Basel II, o que constitui uma posição mais conservadora do que a alocação de capital tendo por base os requisitos de capital para cobertura do risco de mercado, e que se encontra em linha com as recomendações do FSF publicadas no relatório de Abril de 2008.

15. Divulgação do impacto que a evolução dos "spreads" associados às responsabilidades da própria instituição teve em resultados, bem como dos métodos utilizados para determinar este impacto.

Apresenta-se uma análise das categorias de instrumentos financeiros reconhecidos ao justo valor nas demonstrações financeiras com referência a 30 de Junho de 2009 e respectivos métodos de valorização:

Técnicas de avaliação
Valor de mercado
ou cotação
Análise de
mercado
Outras Total
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação - 58.102 - 58.102
Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados - 238.681 - 238.681

Nos modelos de valorização internos dos instrumentos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados, as taxas de juro de mercado são apuradas com base em informação difundida pela Bloomberg. Os prazos até um ano são referentes às taxas de mercado do mercado monetário interbancário, enquanto que os prazos superiores a um ano são através das cotações dos swaps de taxa de juro. A curva de taxa de juro obtida é ainda ajustada contra os valores dos futuros de taxa de juro de curto prazo. As taxas de juro para os prazos específicos são determinadas por métodos de interpolação. As mesmas curvas de taxa de juro são ainda utilizadas na projecção dos fluxos de caixa não determinísticos como por exemplo os indexantes.

As alterações ao justo valor de "Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados" tiveram um impacto de 3.394 milhares de euros nos resultados do 1.º Semestre de 2009.

IV. Níveis e tipos das exposições afectadas pelo período de turbulência

16. Valor nominal (ou custo amortizado) e justo valor das exposições "vivas".

Detalhe do valor nominal (outstanding) e justo valor das posições "vivas" nos instrumentos acima identificados.

(valores em Euros)

30-06-08 30-06-09
Tipo Produto Valor Mercado
Valor Nominal
Valor Mercado Valor Nominal
ABS 35.738.260 38.301.144 23.421.971 26.489.738
CDO 5.101.297 8.268.714 2.927.900 5.000.000
CLO 17.197.149 21.537.428 13.742.633 21.830.056
CMBS 6.692.112 7.166.976 5.056.834 7.076.415
RMBS 8.132.171 8.610.689 7.171.836 6.943.936
Total 72.860.990 83.884.950 52.321.174 67.340.145

17. Informação sobre mitigantes do risco de crédito (e.g. através de credit default swaps) e o respectivo efeito nas exposições existentes.

O quadro seguinte apresenta o detalhe do credit default swap em que se efectuou uma compra de protecção para alguns instrumentos que compõem a carteira em análise.

(valores em Euros)
-------------------- --
30-06-2009
Tipo Produto CDS Outstanding CDS +/- Valia
ABS 9.000.000 1.392.061
CDO 2.000.000 806.704
CMBS 3.749.532 -61.019
RMBS 4.000.000 -114.538
CLO 20.330.055 5.166.889
Grand Total 39.079.587 7.190.097

18. Divulgação detalhada sobre as exposições, com decomposição por:

  • Nível de senioridade das exposições/tranches detidas;
  • Nível da qualidade de crédito (e.g. ratings, vintages);
  • Áreas geográficas de origem;
  • Sector de actividade;
  • Origem das exposições (emitidas, retidas ou adquiridas);
  • Características do produto: e.g. ratings, peso/parcela de activos sub-prime associados, taxas de desconto, spreads, financiamento;
  • Características dos activos subjacentes: e.g. vintages, rácio "loan-to-value", privilégios creditórios; vida média ponderada do activo subjacente, pressupostos de evolução das situações de pré-pagamento, perdas esperadas.

A 30 de Junho de 2009, a exposição do Grupo a produtos estruturados ascendia a cerca de €52 milhões em termos de valor de mercado, com o segmento dos ABS, excluindo crédito hipotecário, a representar a principal fatia com um peso de cerca de 45%, diversificado por vários sectores, entre os quais crédito automóvel, cartões de crédito e dívidas fiscais de governos centrais, conforme se apresenta no quadro abaixo. Durante o semestre verificou-se o reembolso de seis títulos, em virtude de terem chegado ao vencimento, o que resultou numa diminuição do peso do segmento dos ABS na carteira total de produtos estruturados.

Dentro do segmento de crédito hipotecário, a exposição a CMBS (commercial mortgage backed securities) representava 10% e os RMBS (residential mortgage backed securities) 14%, não existindo qualquer exposição a crédito sub-prime nestes segmentos. Os restantes 32% da carteira de produtos estruturados encontravam-se distribuídos por CDOs e CLOs (colateralised debt and loans obligations), existindo nestes produtos uma exposição marginal a sub-prime.

Em termos de senioridade das posições detidas, por regra, o Grupo investe nas tranches mais seniores das operações. A 30 de Junho de 2009, o Grupo possuía apenas duas exposições correspondentes a first loss position num total de €1,4 milhões, com um peso total de 2.6% na carteira.

Durante este semestre continuou a assistir-se a um downgrade dos ratings dos produtos estruturados, em linha com o movimento generalizado de corte das notações de crédito pelas principais agências internacionais em todo o crédito, incluindo dívida pública, mas também em virtude de alterações nas metodologias utilizadas para a avaliação deste tipo de activos. Ainda assim, a 30 de Junho de 2009, cerca de 87% da carteira total de produtos estruturados do Grupo Banif era Investment Grade, sendo que cerca de 60% possuía rating superior ou igual a A- atribuído pelas principais agências de rating internacionais, Moody´s, S&P e Fitch (valor médio das notações) – ver quadro 18.2.

Todas as exposições foram adquiridas, maioritariamente no mercado primário, à excepção das posições detidas referentes às titularizações do Grupo Banif, como por exemplo a Azor Mortgage, que é anulada em termos de posição consolidada do Grupo Banif (é realizada a consolidação com as SPEs/ veículos de titularização). Em termos de anos de aquisição, a maioria da carteira foi adquirida em 2003 e 2004, anteriormente portanto ao pico registado no mercado de crédito, em particular, nos segmentos de produtos estruturados.

A carteira de produtos estruturados apresenta um perfil de investimento de médio prazo, com a WAL média (weighted average life; vida média) nos 3,9 anos, a 30 de Junho de 2009, para a qual contribui favoravelmente o peso significativo do segmento de ABS com prazos de vencimento dos títulos mais curtos (WAL média de 1,4 anos). Com efeito, tem-se assistido a uma redução natural da carteira de produtos estruturados do Grupo Banif decorrente dos vencimentos dos títulos, que no primeiro semestre atingiram os €13 milhões. A 30 de Junho de 2009, cerca de 25% da carteira possuía uma vida média residual inferior a um ano.

Tipo de Produto/ Valor Mercado
Sector Exposição (€) Peso
ABS 23.421.971 44,8%
Crédito Automóvel 4.113.500 7,9%
Cartões de Crédito 3.336.601 6,4%
Leasing 1.949.766 3,7%
Credito PME 3.553.150 6,8%
Recebíveis 4.912.000 9,4%
Dívidas Fiscais 1.619.087 3,1%
Outros 3.937.868 7,5%
CDO 2.927.900 5,6%
CLO 13.742.633 26,3%
CMBS 5.056.834 9,7%
RMBS 7.171.836 13,7%
TOTAL 52.321.174 100,0%

18.1 – REPARTIÇÃO DA CARTEIRA POR TIPO/SECTOR

Valores em euros

18.2 – REPARTIÇÃO DA CARTEIRA A VALOR DE MERCADO POR RATING DE EMISSÃO

Ratings ABS CDO CLO CMBS RMBS TOTAL Peso
AAA 4.912.000 4.912.000 9,4%
AA+ 1.224.615 1.224.615 2,3%
AA 1.433.850 1.433.850 2,7%
AA- 1.075.700 1.075.700 2,1%
A+ 3.013.500 539.180 4.033.400 7.586.080 14,5%
A 3.367.482 5.330.000 4.517.654 13.215.136 25,3%
A- 616.386 616.386 1,2%
BBB+ 4.591.287 2.304.600 838.121 7.734.008 14,8%
BBB 4.543.034 1.307.400 1.807.600 7.658.034 14,6%
BB+ 2.994.668 1.923.750 4.918.418 9,4%
BB 326.447 326.447 0,6%
B- 1.545.500 1.545.500 3,0%
NR 75.000 75.000 0,1%
TOTAL 23.421.971 2.927.900 13.742.633 5.056.834 7.171.836 52.321.174 100%

Valores em euros. Ratings médios das emissões, atribuídos pelas agências Moody´s, S&P e Fitch.

Região / ABS CDO CLO CMBS RMBS TOTAL Peso
País de Origem
Alemanha 943.200 889.177 2.523.500 4.355.877 8,3%
EUA 942.833 942.833 1,8%
França 2.749.035 2.749.035 5,3%
Holanda 3.013.500 879.442 3.892.942 7,4%
Itália 1.949.766 1.949.766 3,7%
Portugal 1.619.087 1.619.087 3,1%
Reino Unido 5.365.601 4.648.336 10.013.936 19,1%
Rússia 4.094.668 4.094.668 7,8%
Europa Global 4.912.000 1.307.400 12.799.800 539.180 19.558.380 37,4%
Supranacional 1.524.150 1.620.500 3.144.650 6,0%
TOTAL 23.421.971 2.927.900 13.742.633 5.056.834 7.171.836 52.321.174 100,0%

18.3 – REPARTIÇÃO DA CARTEIRA A VALOR DE MERCADO POR REGIÃO/ PAÍS DE ORIGEM

Valores em euros.

18.4 – REPARTIÇÃO A VALOR DE MERCADO POR VINTAGE

Vintage ABS CDO CLO CMBS RMBS TOTAL Peso
2003 7.925.500 7.925.500 15,1%
2004 6.905.453 2.852.900 3.325.683 3.288.215 4.648.336 21.020.587 40,2%
2005 2.029.000 3.241.750 879.442 2.523.500 8.673.692 16,6%
2006 6.562.018 75.000 5.819.600 889.177 13.345.795 25,5%
2007 1.355.600 1.355.600 2,6%
TOTAL 23.421.971 2.927.900 13.742.633 5.056.834 7.171.836 52.321.174 100,0%

Valores em euros. Vintage corresponde ao ano de emissão da estrutura

18.5- WAL
Buckets < 6 meses 6m a 1 ano 1 a 2 anos 2 a 3 anos 3 a 5 anos >= 5 anos TOTAL WAL Média
(anos)
ABS 6.055.688 3.507.918 5.855.200 6.053.400 1.949.766 23.421.971 1,4
CDO 1.545.500 1.382.400 2.927.900 9,5
CLO 1.433.850 1.053.500 11.255.283 13.742.633 7,8
CMBS 539.180 879.442 3.638.212 5.056.834 3,4
RMBS 1.509.900 2.523.500 1.224.615 1.913.821 7.171.836 2,6
TOTAL 6.594.868 5.897.260 9.812.550 7.278.015 8.186.978 14.551.504 52.321.174 3,9
Peso 12,6% 11,3% 18,8% 13,9% 15,6% 27,8% 100,0% --

Fonte: Bloomberg

19. Movimentos ocorridos nas exposições entre períodos relevantes de reporte e as razões subjacentes a essas variações (vendas, "write-downs", compras, etc.). Os movimentos ocorridos durante os períodos em referência foram os seguintes:

(valores em Euros)

Tipo Produto Tipo de Transacção 30-06-08 30-06-09
ABS REEMBOLSO 31.117.889
COMPRA 11.817.178
VENDA 27.159.650
CDO VENDA 2.507.500
CLO COMPRA 3.782.000
VENDA 3.780.000
CMBS COMPRA 6.832.840
VENDA 6.829.340
RMBS COMPRA 8.714.850
REEMBOLSO 1.500.000
VENDA 7.258.185
  • 20. Explicações acerca das exposições (incluindo "veículos" e, neste caso, as respectivas actividades) que não tenham sido consolidadas (ou que tenham sido reconhecidas durante a crise) e as razões associadas. Não se verificavam exposições nesta situação.
  • 21. Exposição a seguradoras de tipo "monoline" e qualidade dos activos segurados:
  • Valor nominal (ou custo amortizado) das exposições seguradas bem como o montante de protecção de crédito adquirido;
  • Justo valor das exposições "vivas", bem como a respectiva protecção de crédito;
  • Valor dos "write-downs" e das perdas, diferenciado entre montantes realizados e não realizados;
  • Decomposição das exposições por rating ou contraparte.

No âmbito de exposição a Monoline Insurers, o Grupo tem apenas em carteira cerca de 6,3 milhões de euros de Notes Trade Invest Série 14 cujo activo subjacente é um portfolio sintético composto por diversas emitentes, incluindo a MBIA Insurance Corp. Estas Notes têm vencimento em 30/07/2010 e 50% do seu reembolso está condicionado à performance de crédito do referido portfolio baseado no conceito de first-to-default. Assim, caso uma das entidades entre em incumprimento, de acordo com as definições standard internacionais (contempladas na documentação ISDA), o título vence antecipadamente e o seu subscritor receberá o valor de mercado da dívida em incumprimento. Tendo em conta a estrutura de risco da emissão, o valor da exposição indirecta ao risco da MBIA Insurance Corp (ratings: CAA3/BBB) é de 50% do valor da exposição às notes ou seja, cerca de 3,2 milhões de euros.

  • V. Políticas contabilísticas e métodos de valorização
  • 22. Classificação das transacções e dos produtos estruturados para efeitos contabilísticos e o respectivo tratamento contabilístico.

A política de classificação de instrumentos financeiros está descrita na nota "3.9 instrumentos financeiros" do ponto "6 Anexo às Demonstrações Financeiras" consolidadas, da parte "IV DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS".

23. Consolidação das Special Purpose Entities (SPE) e de outros "veículos" e reconciliação destes com os produtos estruturados afectados pelo período de turbulência.

Os SPE e outros "veículos" incluídos no perímetro de consolidação estão discriminados na nota "4. EMPRESAS DO GRUPO" do ponto "6 Anexo às Demonstrações Financeiras" consolidadas, da parte "IV DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS". A exposição destas entidades a produtos estruturados afectados pelo período de turbulência está descrita no ponto 21 deste Anexo.

  • 24. Divulgação detalhada do justo valor dos instrumentos financeiros:
  • Instrumentos financeiros aos quais é aplicado o justo valor;
  • Hierarquia do justo valor (decomposição de todas as exposições mensuradas ao justo valor na hierarquia do justo valor e decomposição entre disponibilidades e instrumentos derivados bem como divulgação acerca da migração entre níveis da hierarquia);
  • Tratamento dos "day 1 profits" (incluindo informação quantitativa);
  • Utilização da opção do justo valor (incluindo as condições para a sua utilização) e respectivos montantes (com adequada decomposição).

Os critérios de determinação do justo valor de instrumentos financeiros e restante informação solicitada estão descritos na nota "3.9 instrumentos financeiros" do ponto "6 Anexo às Demonstrações Financeiras" consolidadas, da parte "IV DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS".

Instrumentos financeiros reconhecidos ao justo valor nas demonstrações financeiras com referência a 30 de Junho de 2009 e respectivos métodos de valorização.

Técnicas de avaliação
Valor de mercado Análise de
ou cotação mercado Outras Total
Activos
Activos financeiros detidos para negociação 63.700 222.271 - 285.971
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 232.043 61.093 - 293.136
Activos financeios disponíveis para venda 144.212 - 19.882 164.094
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação - 58.102 - 58.102
Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados - 238.681 - 238.681

Os instrumentos de capital não cotados, reconhecido em Activos financeiros disponíveis para venda ao custo de aquisição, por não ser possível determinar valorizações fiáveis, encontram-se na coluna "outros".

Nos modelos de valorização internos dos instrumentos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados, as taxas de juro de mercado são apuradas com base em informação difundida pela Bloomberg. Os prazos até um ano são referentes às taxas de mercado do mercado monetário interbancário, enquanto que os prazos superiores a um ano são através das cotações dos swaps de taxa de juro. A curva de taxa de juro obtida é ainda ajustada contra os valores dos futuros de taxa de juro de curto prazo. As taxas de juro para os prazos específicos são determinadas por métodos de interpolação. As mesmas curvas de taxa de juro são ainda utilizadas na projecção dos fluxos de caixa não determinísticos como por exemplo os indexantes.

25. Descrição das técnicas de modelização utilizadas para a valorização dos instrumentos financeiros, incluindo informação sobre:

  • Técnicas de modelização e dos instrumentos a que são aplicadas;
  • Processos de valorização (incluindo em particular os pressupostos e os inputs nos quais se baseiam os modelos);
  • Tipos de ajustamento aplicados para reflectir o risco de modelização e outras incertezas na valorização;
  • Sensibilidade do justo valor (nomeadamente a variações em pressupostos e inputs chave);
  • Stress scenarios. Informação incluída no ponto anterior.

VI. Outros aspectos relevantes na divulgação

26. Descrição das políticas de divulgação e dos princípios que são utilizados no reporte das divulgações e do reporte financeiro.

As políticas, princípios e procedimentos de divulgação de informação financeira encontramse descritos no ponto "III.12. Referência à existência de um Gabinete de Apoio ao Investidor ou a outro serviço similar" da parte "VII RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE" do "Relatório de Gestão e Contas de 2008" da Banif-SGPS, S.A.,

7. Declarações Obrigatórias

Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 246.º do Código dos Valores Mobiliários, cada um dos membros do Conselho de Administração, signatários do presente documento, infra identificados, declara, sob sua responsabilidade própria e individual, que, tanto quanto é do seu conhecimento, as demonstrações financeiras condensadas foram elaboradas em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Banif - SGPS, SA e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, a indicação dos acontecimentos importantes ocorridos no período a que se refere e o impacto nas respectivas demonstrações financeiras e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas para os seis meses seguintes.

Nos termos do n.º 3 do artigo 8.º do Código dos Valores Mobiliários declara-se ainda que a presente informação semestral não foi sujeita a auditoria ou a revisão limitada.

Lisboa, 31 de Agosto de 2009

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Horácio da Silva Roque – Presidente

Joaquim Filipe Marques dos Santos - Vice-Presidente

Carlos David Duarte de Almeida – Vice-Presidente

António Manuel Rocha Moreira

Artur Manuel da Silva Fernandes

José Marques de Almeida

Diogo António Rodrigues da Silveira

Talk to a Data Expert

Have a question? We'll get back to you promptly.