Management Reports • Sep 1, 2009
Management Reports
Open in ViewerOpens in native device viewer
1.º SEMESTRE 2009
Banif - SGPS, S.A.
e
Sociedade Aberta * Sede Social: Rua de João Tavira, 30 9004 – 509 Funchal Número único de matrícula e pessoa colectiva 511 029 730 * Capital Social 350.000.000 Euros
| I. | ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO | 6 | ||
|---|---|---|---|---|
| II. | ACTIVIDADE DO BANIF - GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009 | 12 | ||
| 1. | SOCIEDADES HOLDING | 12 | ||
| 1.1 | Banif - SGPS, S.A. | 12 | ||
| 1.2 | Banif Comercial, SGPS, S.A. | 13 | ||
| 1.3 | Banif Investimentos, SGPS, S.A. | 14 | ||
| 2. | ACTIVIDADE CORPORATIVA | 15 | ||
| 2.1 | Recursos Humanos | 15 | ||
| 2.2 | Operativa e Tecnologia | 17 | ||
| 2.3 | Controlo dos Riscos de Actividade | 19 | ||
| 2.4 | Compliance | 22 | ||
| 2.5 | Auditoria | 24 | ||
| 2.6 | Imagem e Comunicação | 25 | ||
| 3. | BANCA COMERCIAL | 27 | ||
| 3.1 | Actividade em Portugal | 27 | ||
| 3.1.1 | Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. | 27 | ||
| 3.1.1.1 | Actividade Comercial na Região Autónoma da Madeira | 27 | ||
| 3.1.1.2 | Actividade Comercial na Região Autónoma dos Açores | 28 | ||
| 3.1.1.3 | Actividade Comercial no Continente | 30 | ||
| 3.1.1.4 | Novos Canais de Distribuição e de Apoio às Áreas de Negócio | 33 | ||
| 3.1.1.5 | Produtos de Crédito e de Poupança | 37 | ||
| 3.1.1.6 | Recuperação de Crédito Vencido e em Contencioso | 40 | ||
| 3.1.1.7 | Actividade Financeira | 41 | ||
| 3.1.1.8 | Síntese da Actividade e Resultados do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. | 42 | ||
| 3.1.1.9 | Perspectivas Futuras para o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. | 46 | ||
| 3.1.2 | Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A. | 48 | ||
| 3.1.3 | Banif Rent – Aluguer, Gestão e Com. de Veículos Automóveis, S.A. | 49 | ||
| 3.2 | Actividade Internacional | 50 | ||
| 3.2.1 | Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. | 50 | ||
| 3.2.2 | Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd. | 51 | ||
| 3.2.3 | Banif International Bank, Ltd. | 52 | ||
| 3.2.4 | Banif Finance (USA) Corp. | 53 | ||
| 3.2.5 | Banif Financial Services Inc. | 54 | ||
| 3.2.6 | Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. | 55 | ||
| 3.2.7 | Finab – International Corporate Management Services, Ltd. | 58 | ||
| 3.2.8 | Banca Pueyo, S.A. | 59 | ||
| 3.2.9 | Banco Caboverdiano de Negócios, S.A. | 60 | ||
| 3.2.10 Banif Bank (Malta), Ltd. | 61 |
| 3.2.11 Outras Actividades Offshore e Internacionais | 63 | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 4. | BANCA DE INVESTIMENTO | 65 | |||||
| 4.1 | Banif – Banco de Investimento, S.A. | 65 | |||||
| 4.1.1 | Corporate Finance | 66 | |||||
| 4.1.2 | Structured Finance | 66 | |||||
| 4.1.3 | Mercado de Capitais | 67 | |||||
| 4.1.4 | Private e Corporate Clients | 69 | |||||
| 4.1.5 | Gestão de Activos | 70 | |||||
| 4.1.6 | Pequenas e Médias Empresas | 72 | |||||
| 4.1.7 4.1.8 |
Crédito Private Equity |
72 73 |
|||||
| 4.2 | A actividade de Banca de Investimento nos EUA, no Brasil e em Espanha | 74 | |||||
| 4.2.1 | Banif Securities, Inc. | 74 | |||||
| 4.2.2 | Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. | 75 | |||||
| 4.2.3 | Banco de la Pequeña y Mediana Empresa, S.A. (Bankpime) | 78 | |||||
| 5. | SEGUROS | 80 | |||||
| 5.1 | Companhia de Seguros Açoreana, S.A. | 80 | |||||
| 6. | OUTRAS ACTIVIDADES DO BANIF - GRUPO FINANCEIRO | 82 | |||||
| 6.1 | Banif Imobiliária, S.A. | 82 | |||||
| 6.2 | Banifserv–Empresa de Serviços, Sist. e Tecnologias de Informação, A.C.E. | 83 | |||||
| III | ANÁLISE ÀS CONTAS CONSOLIDADAS E PERSPECTIVAS FUTURAS | ||||||
| 1. | Análise às Contas Consolidadas | 85 | |||||
| 2. | Perspectivas Futuras | 88 | |||||
| IV | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS | 91 | |||||
| 1. | Balanço | 91 | |||||
| 2. | Demonstração de Resultados | 92 | |||||
| 3. | Demonstração de Variações em Capitais Próprios | 93 | |||||
| 4. | Demonstração de Fluxos de Caixa | 94 | |||||
| 5. | Demonstração Consolidada de Ganhos e Perdas Reconhecidas | 95 | |||||
| 6. | Anexo às Demonstrações Financeiras | 96 | |||||
| V | OUTRAS INFORMAÇÕES | 147 | |||||
| 1. | Órgãos Sociais e Estatutários | 147 | |||||
| 2. | Carteira de Acções Próprias | 148 | |||||
| 3. | Titulares de Participações Sociais Qualificadas | 151 | |||||
| 4. | Valores mobiliários emitidos pela Banif SGPS, SA e por sociedades do Banif – | ||||||
| Grupo Financeiro detidos por titulares de Órgãos Sociais | 152 | ||||||
| 5. | Transacções de acções ou de instrumentos financeiros com elas relacionados | |
|---|---|---|
| efectuadas pela Rentipar Financeira, SGPS, SA, pelos seus dirigentes e por | ||
| pessoas estreitamente relacionadas com aqueles | 156 | |
| AIC | Auditoria Interna Corporativa (Banif SGPS) |
|---|---|
| Banco | Banif – banco Internacional do Funchal, S.A. |
| Banco de Investimento | Banif - Banco de Investimento, S.A. |
| Banco de Investimento (Brasil) | Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. |
| Banif | Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. |
| Banif Brasil | Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. |
| Banif Malta | Banif Bank (Malta), Plc. |
| Banif Capital | Banif Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A. |
| Banif (Cayman) | Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman), S.A. |
| Banif Comercial | Banif Comercial, SGPS, S.A. |
| Banif Go | Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A. |
| Banif Imobiliária | Banif Imobiliária, S.A. |
| Banif Investimentos | Banif Investimentos, SGPS, S.A. |
| Banif Rent | Banif Rent - Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, S.A. |
| Banifserv | BanifServ - Empresa de Serviços, Sistemas e Tecnologias de Informação, A.C.E. |
| Banif SGPS | Banif - SGPS, S.A. |
| Bankpime | Banco de la Pequeña y Mediana Empresa, S.A. |
| Banif Açor Pensões | Banif Açor Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. |
| BBCA | Banco Banif e Comercial dos Açores, S.A. |
| BCE | Banco Central Europeu |
| BCN | Banco Caboverdiano de Negócios, S.A. |
| BFC | Banif Forfaiting Company |
| BFS | Banif Financial Services, Inc. |
| BFUSA | Banif Finance (USA), Inc. |
| Banif Gestão de Activos | Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. |
| BIB | Banif International Bank, Ltd. |
| BIH | Banif International Holdings, Ltd. |
| BoE | Banco de Inglaterra (Bank of England) |
| CEBS | Committee of European Banking Supervisors |
| Centro Venture | Centro Venture – Sociedade de Capital de Risco, S.A. |
| Companhia | Companhia de Seguros Açoreana, S.A. |
| CSA | Companhia de Seguros Açoreana, S.A. |
| DCA | Direcção de Canais Agenciados (Banif) |
| DCRAM | Direcção Comercial da Região Autónoma da Madeira (Banif) |
| DEP | Direcção de Empresas e Banca Privada (Banif) |
| DF | Direcção Financeira (Banif) |
| DGR | Direcção de Gestão Global de Risco (Banif) |
|---|---|
| DI | Direcção Internacional (Banif) |
| DMC | Direcção de Marketing e Comunicação (Banif) |
| DME | Direcção de Marketing Estratégico (Banif) |
| Dólares | Dólares norte-americanos (USD) |
| DRA | Direcção da Rede de Agências (Banif) |
| DRD | Direcção de Rede Directa (Banif) |
| FED | Reserva Federal Norte-americana (Federal Reserve) |
| Finab | Finab International Corporate Management Services Ltd. |
| FSF | Financial Stability Forum |
| Gamma | Gamma – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A. |
| Grupo | Banif - Grupo Financeiro |
| IPC | Índice de Preços no Consumidor |
| PIB | Produto Interno Bruto |
| RH Corporativos | Recursos Humanos Corporativos |
| Tecnicrédito | Tecnicrédito SGPS, S.A. |
O primeiro semestre de 2009 ficou marcado pelo agravamento dos principais indicadores macro das economias mais desenvolvidas, confirmando o início de um ciclo recessivo sem precedentes nas últimas décadas. Neste contexto particularmente adverso e como forma de atenuar os efeitos desta recessão, os Governos mostraram um forte empenho na criação e implementação de planos de estímulo às economias, nomeadamente através da injecção de liquidez nos mercados, da redução das taxas de juro e, quando necessário, da intervenção e garantia a bancos. Esta estratégia começou a dar frutos nos últimos meses do semestre, tendo-se registado uma mudança das expectativas dos agentes económicos com uma evidente melhoria ao nível dos principais índices de confiança. Neste sentido, os mercados mostraram sinais de alguma estabilidade, a capitalização bolsista e o nível de liquidez do sistema financeiro evoluíram para patamares mais confortáveis e o clima de pânico e desconfiança vivido no final de 2008 e início de 2009 parece estar ultrapassado.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) projectou, em Abril deste ano, um decréscimo do PIB dos países desenvolvidos (Estados Unidos, Canadá, Japão e países da Europa) de 3,8% em 2009 e uma estabilização para o ano de 2010, em comparação com o ano anterior. No início de Julho de 2009, este organismo alterou as suas estimativas para 2010, estando a prever um crescimento do PIB dos países desenvolvidos de 0,6% face a 2009. Uma melhoria aparentemente marginal, mas relevante. No que se refere à economia mundial, aquela organização estima agora um crescimento mundial de 2,5% em 2010, contra a estimativa anterior de 1,9%. As mudanças mais importantes foram em relação às economias dos Estados Unidos e do Japão, para as quais o FMI passou a ter uma estimativa de incremento do PIB de 0,8% e 1,7% em 2010, contra a projecção anterior de 0% e 0,5%, respectivamente. Refira-se que, no entanto, a contracção destas duas economias vai ser expressiva em 2009 (o FMI projecta uma queda do PIB americano de 2,6% e de 6,0% no Japão em 2009 face a 2008). Em relação à Europa, especialmente em relação aos países da Zona Euro, o FMI espera uma contracção do PIB de 4,8% em 2009 e de 0,3% em 2010, o que representa um agravamento face à estimativa divulgada em Abril de 2009 no que diz respeito ao ano corrente, mas uma ligeira melhora para o ano seguinte. De facto, anteriormente as projecções apontavam para um declínio do PIB de 4,2% e 0,4%, respectivamente. Tendo por base a informação anteriormente apresentada, torna-se evidente que a recuperação económica é mais expressiva em determinados países, especialmente naqueles onde os programas governamentais de estímulo à economia foram mais agressivos ou cuja implementação foi mais rápida, como é o caso dos Estados Unidos. No caso da China, o pacote de estímulo à economia doméstica foi decisivo para a elevação das estimativas de crescimento do PIB em um ponto percentual face a Abril (projecção anterior). Neste sentido, o FMI estima um crescimento do PIB da China de 7,5% e 8,5% em 2009 e 2010, respectivamente. Os primeiros sinais de recuperação surgiram na China, o que favoreceu a subida dos preços das commodities em todos os mercados dadas as elevadas necessidades de matérias-primas para obras públicas e infra-estruturas e o défice na produção de determinados alimentos que o país apresenta. Com o preço das commodities em alta, as bolsas reagiram e as acções de empresas do segmento de petróleo e metalúrgico estiveram em destaque no período. A maior liquidez no mercado monetário também ajudou as acções do sector financeiro (bancos), cujos títulos estavam muito deprimidos. Todavia, boa parte desta recuperação dos mercados de acções e dívida decorre do facto das expectativas anteriores estarem exageradamente baixas. De facto, apesar do clima de pânico vivido estar já ultrapassado com o sentimento crescente de esperança numa recuperação, a crise económica ainda não terminou. De um modo geral, nas economias mais desenvolvidas o fraco nível da produção industrial e da venda de veículos denotam que a actividade económica continua deprimida e que os inventários no retalho e na indústria demorarão a ajustar-se a esta nova realidade. O nível de desemprego tem mantido uma trajectória de crescimento no primeiro semestre de 2009. Adicionalmente, as finanças públicas dos Estados estão a apresentar uma deterioração gradual, por um lado devido à queda das receitas de impostos e, por outro lado, pelo aumento das despesas, nomeadamente com os programas de estímulo económico.
Nos Estados Unidos a Reserva Federal manteve inalterada a taxa de juro de referência em 0,25% ao ano, ao longo do primeiro semestre de 2009, enquanto que o índice de preços do consumidor (CPI) indicou deflação e a medida de inflação usada pela Reserva Federal (PCE) mostrou uma inflação anual abaixo de 2% ao ano. Apesar dos riscos inflacionistas serem reduzidos e a taxa de juro estar num nível historicamente baixo, a economia mantêm-se recessiva. A produção industrial caiu continuamente ao longo do primeiro semestre do ano, o desemprego aumentou de 7,2% no fim de 2008 para 9,5% em Junho de 2009 e o PIB apresentou uma queda de 5,5% no primeiro trimestre do ano face ao período homólogo do ano anterior. As medidas de estímulo aprovadas pelo Congresso e implementadas pelo Governo devem começar a evidenciar resultados positivos ao longo de 2009, mas o efeito nocivo nas contas do Governo deve igualmente manifestar-se de forma mais significativa em 2010.
No Japão o Banco Central manteve a taxa de juro de referência inalterada em 0,10% ao ano durante todo o primeiro semestre de 2009. A taxa de desemprego subiu de 4,4% em 2008 para 5,2% em Maio de 2009. A produção de veículos apresentou uma queda de cerca de 50%, em comparação com o ano anterior. A produção industrial registou uma ligeira recuperação no final do semestre, embora ainda com números preocupantes, nomeadamente, um declínio homólogo de 29,5% em Maio de 2009, contra uma queda de 38,4% em Fevereiro e 34,2% em Março. O PIB no primeiro trimestre apresentou uma queda de 3,8% face ao quarto trimestre de 2008, correspondendo a uma taxa de contracção anual de 14,2%.
Na Europa, a redução da taxa de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE) foi menos agressiva que a implementada pela Reserva Federal nos Estados Unidos em 2008, e pelo Banco da Inglaterra (BoE) no primeiro semestre de 2009. A taxa de juro na Europa foi reduzida de 2,5% em Dezembro de 2008 para 2% no início de 2009, passando para 1,5% em Março, 1,25% em Abril e 1% ao ano em Maio, terminando o primeiro semestre de 2009 neste patamar. O BoE no Reino Unido iniciou o ano com 2%, mas passou para 1,5% em Janeiro, 1% em Fevereiro e 0,5% em Março, mantendo-se neste nível até o final de Junho. Paralelamente à queda das taxas de juro, o BoE iniciou uma política monetária expansiva (quantitative easing), elevando a liquidez no sistema financeiro com o objectivo de reduzir as taxas no mercado e aliviar as restrições de crédito sentidas especialmente pelas instituições financeiras de menor dimensão. O comité de política monetária inglesa tinha permissão para comprar activos no mercado até GBP 150 mil milhões, tendo já usado GBP 125 mil milhões até Junho de 2009. A inflação na Zona Euro chegou a -0,1% em Junho de 2009 em termos homólogos, devido à recessão económica, contra um pico de 4,0% em Junho de 2008 em resultado da subida dos preços da energia, em especial o petróleo. De salientar que o petróleo ultrapassou US\$140/barril na primeira parte do ano de 2008, mas fechou o ano abaixo de US\$40, recuperando até os US\$70 em Junho de 2009. Numa análise por país, os preços mostraram alguma estabilidade na Alemanha em Maio, e queda em Espanha e Irlanda desde Março. Tal como nos Estados Unidos, a autoridade monetária europeia teve espaço para reduzir o nível das taxas de juro, face a uma actividade económica deprimida e a uma inflação em queda. A produção industrial na Zona Euro, excluindo-se o sector de construção, apresentou uma queda de cerca de 2% em todos os quatro primeiros meses de 2009 e relativa estabilização em Maio. O nível de desemprego, de acordo com a Eurostat, aumentou de 8% no fim de 2008 para 9,5% no início de Junho de 2009, o nível mais elevado dos últimos 10 anos. As vendas a retalho na Europa apresentaram uma queda mensal entre 2% e 4% durante os primeiros seis meses do ano.
Em Portugal, assim como noutros países da Europa, a recessão ainda se faz sentir, embora gradualmente com menos intensidade que no início de 2009. A produção industrial apresentou uma queda de 7,9% em Maio de 2009, face ao período homólogo do ano anterior, o que, apesar de representar uma forte retracção, é uma evolução positiva face ao declínio de 19,1% registado em Janeiro de 2009. As vendas a retalho também melhoraram, embora ainda com uma queda em relação ao ano anterior, passando de -5% em Fevereiro e Março para cerca de -2,3% em Abril e Maio. A venda de veículos ligeiros e comerciais pesados acumulou uma queda de 39% e 41%, respectivamente, até Maio de 2009, em comparação com o ano passado. Do lado das contas públicas, as receitas de impostos apresentaram uma queda de 15% no primeiro trimestre de 2009, contra o mesmo período em 2008. A taxa de desemprego em Portugal atingiu 8,9% em Março de 2009, uma forte subida quando comparada com 7,3% em Junho de 2008. Diante deste quadro recessivo, as empresas devem reduzir seus investimentos em 10,1% em 2009, em comparação com 2008, de acordo com inquérito efectuado pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) e divulgado no início de Julho. Do lado negativo espera-se um menor nível de investimento no segmento de comércio de veículos e combustíveis (-62%) e construção (-37%) e do lado positivo, electricidade, água e gás (+6,8%) e transportes e armazenagem (+5,2%). A inflação (IPC) chegou a -1,6% em Junho de 2009, em comparação com Junho de 2008, com destaque para a queda dos preços de produtos energéticos, de 11,4%. O IPC apresenta uma variação negativa desde Março e até Maio de 2009 acumula 1,3% nos últimos doze meses, contra 2,7% em Junho de 2008. O Banco de Portugal manteve em Julho a sua estimativa para a evolução da economia portuguesa em 2009, uma retracção do PIB de 3,5%, que só encontra paralelo na recessão de 1975. Para 2010 o Banco de Portugal espera uma nova queda para a economia, embora de intensidade muito menor (-0,6%).
No Brasil, de destacar, neste primeiro semestre do ano de 2009, a intervenção do Governo através do seu plano de estímulo para a economia, com redução de impostos para a venda de veículos e bens duráveis, para além da forte redução da taxa de juro. A taxa de juro SELIC foi reduzida de 13,75% ao ano no final de 2008 para 9,25% a.a. em Junho, uma taxa nominal jamais vista na história recente do país. A inflação, medida pelo Governo (IPCA), apresentou uma queda e atingiu 0,36% em Junho (4,8% anual), de 0,48% em Janeiro (5,8% anual). A inflação e as expectativas dos agentes económicos convergem agora para a meta de inflação de 4,5% do Banco Central. A estimativa do mercado para 2010 é de 4,4%, ligeiramente abaixo da meta para 2010. No final de 2008 a estimativa média de mercado, medida pelo Banco Central no seu relatório Focus, era de 6% para 2009 e 5% para 2010 (IPCA). Todavia os efeitos da crise mundial na economia brasileira não eram tão evidentes para os economistas, pois o boletim Focus de Dezembro de 2008 mostrava que estes esperavam um crescimento do PIB de 2,4% em 2009, contra uma projecção de -0,34% naquele boletim do dia 10 de Julho. Deste modo, verificou-se claramente uma deterioração das expectativas em relação à actividade económica, dado que as exportações apresentaram uma forte queda, seja pelo declínio dos preços médios das commodities em comparação com o período homólogo do ano anterior, como pela queda dos volumes. A média diária das exportações de Janeiro a Junho decresceu 22,2% em relação a 2008. Como em outras partes do mundo, o desemprego subiu de forma abrupta, de 6,8% em Dezembro de 2008 para 8,8% em Maio de 2009. O PIB apresentou um decréscimo homólogo de 1,8% nos três primeiros meses do ano, sendo que desde 2003 que não se registava uma variação anual negativa num trimestre.
Nos mercados cambiais observou-se um aumento da volatilidade durante os primeiros meses do semestre, motivado, num primeiro momento, pelas expectativas económicas terem apontado para uma recessão mais forte em determinados países e, num segundo momento, mais recentemente, pela mudança expressiva de expectativas que actualmente apontam para uma recuperação mais rápida do que o esperado. Nos momentos mais conturbados da crise, alguns países, em especial os emergentes, questionaram se o Dólar Americano poderia permanecer como moeda dominante de reserva dos bancos centrais. No entanto, as outras moedas Euro, Libra Esterlina e Iene, individualmente não se afiguram como alternativas exclusivas, uma vez que as suas economias de base se encontram em forte contracção económica. O chamado bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) encontrou-se para estudar alternativas, como por exemplo usar as próprias moedas (entre si) para diversificar o "risco Dólar". Apesar desta iniciativa, por enquanto, o bloco BRIC não executou qualquer compromisso formal para além de analisar esta possibilidade. No final de Junho a China, pela primeira vez, superou a marca de US\$2 biliões de reservas, contra US\$208 mil milhões do Brasil e US\$410 mil milhões da Rússia e no final de Abril a Índia possuía US\$251 mil milhões. Enquanto os países emergentes continuam a aumentar as suas reservas, os Estados Unidos acumularam um défice fiscal recorde superior a US\$1,1 bilião em Junho (nove meses do ano fiscal que se inicia em Outubro). Mesmo assim, no final do primeiro semestre de 2009, o Dólar Americano permaneceu praticamente inalterado em relação ao Euro e ao Renminbi Chinês, valorizou 6,3% face ao Iene e 6% face ao Rublo. A Libra Esterlina valorizou 12,8% face ao Dólar Americano, para GBP 1,65/USD, mas não voltou ao patamar de GBP 2/USD transaccionado em 2007 e no primeiro semestre de 2008, chegando a negociar abaixo de GBP 1,40/USD durante o primeiro semestre de 2009. O Real Brasileiro também se valorizou perante o Dólar Americano, suportado na balança comercial do Brasil que apresentou um desempenho positivo (com a queda das importações superior à das exportações) e no fluxo de dólares americanos para o país com o regresso dos estrangeiros a investir em acções brasileiras, dado que a perspectiva é de apenas uma modesta retracção do PIB.
Os mercados accionistas tiveram comportamento misto no primeiro semestre de 2009. O PSI 20 subiu 12%, contra 6% do IBEX 35 em Espanha, 0% do DAX na Alemanha, -2% do DJ Euro Stoxx 50 e -4% do FTSE 100 no Reino Unido. Este desempenho diferenciado pode ser explicado, pela positiva, pelo peso nos índices das acções de commodities e construção, mas também pela performance registada em 2008 pelos diferentes índices: PSI 20 -51%, IBEX 35 -39%, DAX -40%, DJ Euro Stoxx 50 -44% e FTSE 100 -31%. As economias emergentes, em geral, registaram um melhor desempenho nos primeiros meses do ano, o que foi reflectido no preço dos títulos. A capitalização bolsista chinesa ultrapassou a do Japão no dia 15 de Julho de 2009, atingindo a posição de segunda maior do mundo. O Ibovespa subiu 37% no primeiro semestre de 2009, recuperando parte das perdas acumuladas em 2008. Para além das fusões e aquisições entre empresas que ocorreram no Brasil, permitindo ganhos de escala, muitas empresas brasileiras beneficiaram da forte redução das taxas de juro no período, do pacote de estímulo governamental e da recuperação do preço internacional de algumas commodities.
No final do 1.º semestre de 2009, a rede de pontos de venda e a estrutura do Banif – Grupo Financeiro eram as constantes das páginas seguintes:
| Pontos de Atendimento em 30 de Junho de 2009 | ||||
|---|---|---|---|---|
| -- | ---------------------------------------------- | -- | -- | -- |
| Continente | Madeira | Açores | Estrangeiro | Total | |
|---|---|---|---|---|---|
| BANIF Comercial | 294 | 43 | 53 | 160 | 550 |
| 1. BANIF | 289 | 42 | 53 | 7 | 391 |
| - Agências | 251 | 37 | 45 | 0 | 333 |
| - Centros de Empresas | 20 | 1 | 4 | 0 | 25 |
| - Centros de Clientes Institucionais | 0 | 0 | 1 | 0 | 1 |
| - BANIF Privado | 15 | 1 | 1 | 0 | 17 |
| - Call Centre | 1 | 0 | 0 | 0 | 1 |
| - S.F.E. | 0 | 2 | 1 | 0 | 3 |
| - Lojas de Habitação | 2 | 1 | 0 | 0 | 3 |
| - Escritórios de Representação/Outros | 0 | 0 | 1 | 7 | 8 |
| 2. BANIF GO | 3 | 1 | 0 | 0 | 4 |
| 3. BANIF-Banco Internacional do Funchal (Brasil) | 0 | 0 | 0 | 21 | 21 |
| - Agências | 0 | 0 | 0 | 12 | 12 |
| - BANIF Financeira | 0 | 0 | 0 | 8 | 8 |
| - Outros | 0 | 0 | 0 | 1 | 1 |
| 4. BANIF BANK (Malta) | 0 | 0 | 0 | 6 | 6 |
| 5. Banco Caboverdiano de Negócios | 0 | 0 | 0 | 19 | 19 |
| 6. Banca Pueyo (Espanha) (*) | 0 | 0 | 0 | 83 | 83 |
| 7. Bankpime (Espanha) (*) | 0 | 0 | 0 | 23 | 23 |
| 8. Outros | 2 | 0 | 0 | 1 | 3 |
| BANIF Investimentos | 7 | 1 | 1 | 17 | 26 |
| 1. BANIF-Cayman | 0 | 0 | 0 | 1 | 1 |
| 2. BANIF International Bank | 0 | 0 | 0 | 1 | 1 |
| 3. BANIF Banco de Investimento | 2 | 1 | 1 | 1 | 5 |
| 4. BANIF Banco de Investimento (Brasil) | 0 | 0 | 0 | 5 | 5 |
| 5. Outros | 5 | 0 | 0 | 9 | 14 |
| Seguros | 37 | 7 | 17 | 0 | 61 |
| 1. CSA | 37 | 7 | 17 | 0 | 61 |
| - Sucursais | 37 | 1 | 17 | 0 | 55 |
| - Outros | 0 | 6 | 0 | 0 | 6 |
| TOTAL | 338 | 51 | 71 | 177 | 637 |
(*) Não Consolida integralmente
Cap. Social: R\$ 250.000,00
Equity, SA
100%
No decurso do 1.º semestre de 2009, a sociedade deu enfoque à gestão das suas participações financeiras, consubstanciada na gestão da tesouraria e na definição e implementação de estratégias nas diferentes participadas do Banif – Grupo Financeiro, nos termos que se concretizam no capitulo 2 - "Actividade Corporativa".
Com o objectivo de gerir as suas participações financeiras, a sociedade reforçou a tesouraria recorrendo a financiamento junto de outras sociedades participadas do Grupo. Assim, obteve um financiamento junto da Rentipar Financeira SGPS, S.A., no montante de 26,5 milhões de euros, pelo prazo de um ano, ascendendo o endividamento junto deste accionista ao montante de 41,5 milhões de euros. Obteve ainda, junto do Banif, um outro financiamento no valor de 115 milhões de euros, também pelo prazo de um ano. Nesta última instituição, foi igualmente constituída uma conta corrente caucionada, pela importância de 50 milhões de euros, dos quais foram utilizados 37,5 milhões de euros, totalizando 182,5 milhões de euros o endividamento junto do Banif, à data de 30 de Junho de 2009.
A sociedade concedeu à Banif Comercial SGPS, S.A. prestações acessórias de natureza pecuniária no montante de 38,5 milhões de euros, a fim de dotar esta participada de fundos para efectivar o aumento de capital do Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A., em 50 milhões de euros. Concedeu, ainda, à Banif Imobiliária, S.A. um financiamento, a título de suprimentos, no valor de 1 milhão de euros, pelo prazo de 1 ano e 1 dia.
Durante o 1.º semestre de 2009, a sociedade recebeu das suas participadas dividendos no montante total de 39.339.225,00 euros e colocou à disposição dos seus accionistas dividendos no valor de 22.692.818,01 euros.
A sociedade adquiriu, no 1.º semestre de 2009, um total de 6.097.420 acções e 12.492 direitos de voto do Finibanco Holding, SGPS, S.A., pelo valor de 7.733.207,14 euros, passando a deter um total de 17.217.294 acções, representativas de 9,84% do capital social daquele banco, sendo que o investimento total ascende a 43.278.747,60 euros.
Dando cumprimento à cláusula 3.1, conjugada com as cláusulas 4.3 e 6.4.1, do contrato de compra e venda de acções da Banca Pueyo, S.A., celebrado a 13-02-2007, a sociedade liquidou, junto dos então accionistas vendedores, um total de 8.213.347,07 euros referentes a parte do preço que havia sido retido e respectivos juros.
De referir ainda que, tal como oportunamente foi comunicado ao mercado, a Banif SGPS celebrou um acordo com os accionistas controladores da Tecnicrédito – SGPS, S.A., (Tecnicrédito), holding do grupo financeiro que integra, entre outras entidades, o Banco Mais, S.A., especializado na área de crédito automóvel, que prevê a aquisição, pela Banif SGPS, de acções representativas de um mínimo de 90,01% e de um máximo de 100% do capital social da Tecnicrédito.
No âmbito desta operação, foi aprovada em reunião de Assembleia Geral de accionistas de 14-08- 2009 uma deliberação para aumento do capital da sociedade, nos termos seguintes:
1.º - Aumento do capital social, dos actuais € 350.000.000,00 para até € 490.000.000,00, sendo o montante do aumento de até € 140.000.000,00, através da emissão das correspondentes acções escriturais, com o valor nominal unitário de € 1, em duas tranches:
No período em referência, a sociedade alienou as participações que detinha nas sociedades Zon TV Cabo Madeirense (97.147 acções) e Zon TV Cabo Açoreana (66.000 acções), pelos valores de 13.794.874,00 euros e 5.940.000,00 euros, respectivamente, tendo registado menos valias de 1.153.366,00 euros.
A sociedade entregou ao Estado dividendos de 2002, que não foram reclamados, no valor de 1.512,99 euros.
Também durante o período em análise, a sociedade adquiriu 250.000 acções próprias pelo montante de 285.447,58 euros.
No que se refere aos principais indicadores, o Activo Líquido da sociedade ascendeu a 726,0 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, contra 666,6 milhões de euros no período homólogo de 2008. No mesmo período, foi apurado um Resultado Líquido negativo de 20,7 milhões de euros que compara com um Resultado Líquido negativo de 4,1 milhões de euros obtidos no 1.º semestre de 2008. De salientar que o resultado do 1.º Semestre de 2009 incorpora um impacto negativo da imparidade, relativa à participação financeira da sociedade no Finibanco – Holding SGPS, S.A., no montante de 16,1 milhões de euros.
Os capitais próprios da sociedade ascendiam, em 30 de Junho de 2009, a 447,1 milhões de euros, um decréscimo de 16,5 milhões de euros, relativamente a 463,6 milhões de euros registados em Junho de 2008.
A sociedade não dispunha, no final do 1.º semestre de 2009, de um quadro de pessoal próprio.
A actividade da sociedade, durante o 1.º semestre de 2009, consistiu fundamentalmente na gestão das suas participações financeiras ligadas à actividade da banca comercial e do crédito especializado.
Tendo em vista o reforço da actividade, a sociedade recorreu a um financiamento junto da Banif Açores (SGPS) S.A., no montante de 500 mil euros, pelo prazo de um ano e solicitou ao Banif a concessão de uma conta corrente caucionada, até 60 milhões de euros, também pelo prazo de um ano, dos quais utilizou 30 milhões de euros.
A sociedade obteve prestações acessórias de capital no montante total de 48,0 milhões de euros, sendo 38,5 milhões de euros oriundos da sua accionista Banif SGPS e 9,5 milhões de euros, por parte da sua accionista Banif Investimentos.
Durante o 1.º semestre de 2009, a sociedade recebeu das suas participadas dividendos no montante total de 7.125.496,41 euros e disponibilizou aos seus accionistas dividendos no valor de 35.839.019,56 euros.
Ao nível das participações, a sociedade, subscreveu integralmente um aumento de capital de 50 milhões de euros do Banif, cujo capital social aumentou de 366 milhões de euros para 416 milhões de euros e passou a estar representado por 83.200.000 acções, com o valor nominal unitário de 5 euros.
A sociedade comprou ao Banif, em 2008, 4.016.983 acções representativas de 100% do capital social da sociedade Banif (Açores), SGPS, S.A. e, durante o primeiro semestre de 2009, liquidou 1.036.774,85 euros, referentes a 5% da participação na sociedade em causa, sendo o remanescente liquidado até ao final de 2009.
Relativamente aos principais indicadores, o Activo Líquido da sociedade elevava-se a 503,2 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, contra 420,0 milhões de euros no período homólogo de 2008. No mesmo período, foi apurado um Resultado Líquido positivo de 12,0 milhares de euros enquanto no 1.º semestre de 2008 havia sido obtido um Resultado Líquido negativo de 89,7 milhares de euros. Os capitais próprios da sociedade ascendiam, em 30 de Junho de 2009, a 419,9 milhões de euros contra 387,1 milhões de euros registados no período homólogo de 2008.
A sociedade não dispunha, no final do 1.º semestre de 2009, de um quadro de pessoal próprio.
A actividade da sociedade, durante o 1.º semestre de 2009, consistiu principalmente na gestão das suas participações sociais, as quais estão predominantemente ligadas às áreas do mercado de capitais e da gestão de activos, nacionais e internacionais.
No que se refere à gestão da sua tesouraria, destaca-se a constituição de uma aplicação de excedentes, junto do Banif, no montante de 14,0 milhões de euros e o pagamento de juros no valor de 1,4 milhões de euros, referentes a financiamentos obtidos em exercícios anteriores.
Durante o 1.º semestre de 2009, a sociedade recebeu das suas participadas dividendos no montante total de 5.447.530,97 euros e alocou aos seus accionistas dividendos no valor de 7.300.000,00 euros.
A sociedade obteve junto do seu accionista Banif Holding Malta Plc um financiamento, a título de suprimentos, no montante de 20 milhões de euros e concedeu à sua participada Banif Comercial prestações acessórias de capital, no montante de 9,5 milhões de euros.
No que se refere aos principais indicadores, o Activo Líquido da Sociedade elevava-se a 175 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, contra 155,3 milhões de euros no período homólogo de 2008. No mesmo período, foi apurado um Resultado Líquido negativo de 1.359,1 milhares de euros, enquanto no 1.º semestre de 2008 havia sido obtido um Resultado Líquido positivo de 7.837,1 milhares de euros. Os capitais próprios da Sociedade ascendiam, em 30 de Junho de 2009, a 32,4 milhões de euros contra 31,2 milhões de euros no período homólogo de 2008.
A sociedade não dispunha, no final do 1.º semestre de 2009, de um quadro de pessoal próprio.
Durante o primeiro semestre de 2009, os Recursos Humanos Corporativos (RH Corporativos) intensificaram a sua actividade operacional, tendo iniciado a implementação da estratégia e plano de acção definidos aquando da sua constituição. Da actividade desenvolvida, destaca-se, pelo seu impacto, o "Projecto ValoresCentauro". Este projecto está integrado no âmbito da cultura e valores do Banif – Grupo Financeiro e pretende reforçar o sentimento de pertença e afiliação de todos os colaboradores. Os objectivos práticos deste projecto visam o levantamento, comunicação e dinamização da Missão, Visão e Valores do Grupo.
Ao nível das empresas, os RH Corporativos, em parceria com uma consultora externa, estão a apoiar a implementação do projecto "Caminhar com as pessoas" na Banifserv. Este projecto visa o desenvolvimento dos modelos de funções, competências, carreiras e gestão de desempenho. Em simultâneo, a Direcção de Recursos Humanos (DRH) do Banif está a desenvolver um projecto de gestão integrada de recursos humanos nas empresas Banif Go e Banif Rent, no âmbito do projecto de integração do negócio automóvel. Foram, até agora, desenhados pela DRH modelos de funções, de categorias, de carreiras, de gestão de desempenho, de formação e desenvolvimento, e foram aperfeiçoados os processos administrativos e de controlo de cadastro. Foi ainda iniciado o estudo de remunerações e benefícios. Os RH Corporativos estão a efectuar o acompanhamento deste projecto para alinhamento de políticas e procedimentos transversais a todo o Grupo.
Com o objectivo de aumentar a coesão e o intercâmbio dentro do Banif – Grupo Financeiro, foi decidido divulgar em todas as sua empresas em Portugal, a abertura de vagas para o Centro Corporativo da Banif SGPS. Deste modo, foram divulgadas vagas para as Finanças e Compliance Corporativos.
Em termos globais, o número de colaboradores do Grupo a 30 de Junho de 2009 era composto por 4.718 empregados. Relativamente a 30 de Junho de 2008, verifica-se um aumento de 184 empregados. Em termos de peso relativo, o Banif, com 2.646 empregados, representa 56,1% do total do quadro de pessoal do Grupo, seguido da CSA que, com 558 empregados tem um peso de 11,8% no Grupo.
No que respeita às actividades desenvolvidas pelas Direcções de Recursos Humanos das maiores empresas do Grupo destaca-se:
No Banif, a continuidade dada ao programa de formação em gestão do tempo e stress, agora direccionado às estruturas comerciais. Ao nível da estratégia de e-learning foi decidido contratualizar um novo LMS (Learning Management System), para efectuar a gestão de toda a formação on-line do Banco. Paralelamente, estão em processo de adaptação diversos cursos na área de produtos, parte dos quais serão lançados no decorrer do 2.º semestre.
A CSA lançou a "R2 - Academia Açoreana", através da qual pretende reforçar competências base como a gestão de equipas, orientação para o cliente, comunicação, gestão do tempo, venda e negociação. Ainda no decorrer do 1.º semestre foi lançado o novo sistema de objectivos e incentivos (SOI), um benchmarking salarial e um estudo de satisfação interna, que obteve uma taxa de resposta de 82%.
O Banco de Investimento desenvolveu formação para as equipas de primeira intervenção em caso de incêndio, terramoto e outras situações de emergência. Ao nível da comunicação, desenvolveu a página de informação de recursos humanos para a nova intranet da empresa.
O Banif Brasil lançou o programa de certificação profissional 10 (CPA-10), destinado a todos os profissionais com funções de venda e distribuição de produtos bancários. Paralelamente, desenvolveu formação em prevenção de crimes de lavagem de dinheiro e/ou ocultação de bens, direitos e valores. Lançou ainda o programa de estágios qualificados CIEE. Durante o primeiro semestre de 2008 foi definida a política salarial e a descrição das funções de coordenação. Ao nível da comunicação a empresa lançou a página de recursos humanos na nova intranet e a newsletter "RH Informa".
O Banco de Investimento (Brasil) desenvolveu diversas acções de formação tendo em vista a obtenção de certificação nas áreas de operações bancárias, branqueamento de capitais, entre outras.
O BCN lançou diversos cursos de formação na área de operações bancárias gerais em sistema de elearning, através de uma parceria com o Instituto de Formação Bancária. Também na área da formação, procurou dotar os seus quadros de competências em língua inglesa, através do curso "Banking English e Business English". Ainda durante o primeiro semestre, desenvolveu e implementou o sistema de gestão de desempenho e promoveu o II Encontro de Quadros. Na área da comunicação de recursos humanos lançou uma newsletter interna para todos os seus colaboradores.
No que se refere à Segurança e Higiene do Trabalho (SHT), o Banif – Grupo Financeiro considera que se trata de uma matéria da maior importância, não só ao nível da gestão das diversas sociedades mas também enquanto factor consubstanciador da responsabilidade social do Grupo, do respeito pelos Colaboradores, pelas suas famílias e pela Sociedade em geral.
Neste contexto, o Banif – Grupo Financeiro aprovou no 1.º semestre de 2009 a sua Política de Segurança e Higiene, apostando numa Cultura de Segurança, sustentada na prevenção, potenciando uma elevada qualidade de vida aos seus Colaboradores.
A Política de Segurança e Higiene do Banif – Grupo Financeiro representa um compromisso para a melhoria contínua do desempenho de SHT, assentando nos seguintes princípios:
Tendo por base o compromisso assumido, a recente alteração do quadro legal de SHT e o avanço tecnológico dos sistemas integrados de segurança, foi aprovado o plano de acção para o ano de 2009, considerando três objectivos estratégicos a desenvolver:
Na materialização destes objectivos "macro", foi proposto um conjunto de medidas, das quais se destacam:
– A definição dos requisitos mínimos de SHT, aplicável de uma forma transversal a todo o Grupo, através da elaboração e aprovação de normativos, constituindo um referencial para todos os empregados e empresas contratadas;
Foram realizadas duas reuniões trimestrais, presididas pelo Responsável do Órgão Corporativo, para coordenação e acompanhamento da execução das medidas aprovadas e planeadas para o 1.º Semestre de 2009. O envolvimento e a colaboração dos Representantes de SHT foi de particular importância para a adequação das medidas gerais à especificidade de cada Empresa do Grupo e para garantir os meios e recursos necessários.
No âmbito da formação, foram ministradas seis acções de formação vestibular no Banif e realizadas cinco acções de formação, teórica e prática, em prevenção e segurança contra incêndio e evacuação, para reforçar e actualizar as equipas de 1.ª intervenção dos edifícios centrais das empresas do Grupo, face às alterações organizacionais e de infra-estruturas ocorridas.
Foi, igualmente, realizada a manutenção dos meios de extinção do fogo e dos sistemas de detecção e alarme nas unidades de negócio e nos edifícios centrais, garantindo, deste modo, a sua operacionalidade. Os sistemas integrados de segurança foram testados durante os exercícios de evacuação realizados em quatro dos edifícios centrais do Grupo, estando prevista a realização desses exercícios nos outros edifícios do Grupo, no decorrer do 2.º semestre.
Tendo em vista a eliminação, redução e controlo dos riscos nos posto de trabalho, no 1.º semestre de 2009 foram realizadas 65 avaliações de risco a unidades de negócio, representando um acréscimo de 2,8 vezes em relação ao período homólogo do ano transacto. Em cada uma dessas avaliações, foi entregue ao Responsável da unidade de negócio a listagem das medidas recomendadas, de modo a assegurar um maior envolvimento da própria unidade na implementação das mesmas.
Na sequência da aprovação do Plano de Contingência, em Junho de 2008, pelo Conselho de Administração da Banif SGPS, foi prevista a elaboração de Planos de Contingência operacionais para situações específicas, tendo sido desenvolvido o Plano de Contingência para a Pandemia de "Gripe A", face à evolução deste problema de saúde pública, a nível mundial.
Neste âmbito, e para além dos demais procedimentos, foram desenvolvidas e divulgadas as medidas de prevenção e protecção recomendadas pelo Ministério da Saúde, de acordo com os vários níveis de crise expectáveis, tendo ainda sido criado um Gabinete de Gestão de Crise que se espera virá a permitir, de forma ágil, pôr em pratica a activação urgente do Plano de Contingência e todas as demais instruções associadas a este específico cenário.
O 1.º semestre de 2009, em termos das infra-estruturas tecnológicas, ficou marcado pela conclusão da construção do novo datacenter do Grupo Banif e pelo lançamento de projectos centrais no domínio da salvaguarda de dados e da telecompensação. Para além do suporte à actividade, contínuo ao longo do período em análise, procurou-se através destes projectos reforçar qualitativamente as condições infraestruturais de suporte, os níveis de serviços, o grau de disponibilidade das aplicações/soluções, e a fiabilidade e capacidade de crescimento dos meios técnicos ao dispor.
Neste âmbito merecem referência as seguintes realizações:
Durante o período final do semestre, decorreu a negociação com o actual fornecedor do Plano de Continuidade de Operações, com vista a reforçar a infra-estrutura de suporte do centro alternativo a utilizar em situação de desastre, respondendo dessa forma ao crescimento vegetativo dos Sistemas de Informação e aos novos objectivos de recuperação, actualizados de acordo com a evolução do negócio.
Ainda ao nível da banca comercial, foram promovidas importantes medidas no que se refere à organização e qualidade dos serviços, tendo o Banif, através da Direcção de Organização e Qualidade (DOQ) empreendido um ambicioso plano, integrado por 52 actividades/projectos, dos quais 7 foram já concluídos e 45 encontram-se em curso.
No âmbito da organização, o enfoque foi colocado na operativa de recuperação do crédito vencido, informação de clientes, consolidação da integração do ex-BBCA e na racionalização de processos de suporte à actividade, assente na análise custo/benefício.
No âmbito da Qualidade, o corrente ano de 2009 servirá para consolidar os processos que já se encontram certificados, bem como para privilegiar a extensão do Sistema de Gestão da Qualidade à Rede de Agências da Região Autónoma dos Açores.
As actividades desenvolvidas no decurso do 1.º semestre de 2009 estão de acordo com as exigências da entidade certificadora (SGS), nomeadamente no que diz respeito ao aumento do grau de eficácia e de eficiência dos processos certificados.
Também a Direcção do Executivo de Operações (DEO), à qual cabe assegurar, diariamente, a execução propriamente dita das operações que consubstanciam a actividade do Banif, conheceu um significativo aumento de actividade, com maior expressão nos cartões, cheques, transferências, contas empréstimo, créditos e remessas exportação/importação, reformulação de operações de crédito e nas passagens para Contencioso.
Grande parte da actividade da DEO, no 1.º semestre de 2009, esteve ainda relacionada com o processo de fusão do BBCA no BANIF, assegurando a realização das operações no novo sistema informático, dando apoio às Unidades de Negócio na resolução de questões e no esclarecimento de dúvidas, colaborando na resolução dos processos mais críticos, designadamente aqueles susceptíveis de perturbar a relação com os Clientes.
Paralelamente, foram integrados mais alguns serviços em Lisboa, que foram descontinuados em Ponta Delgada, nomeadamente penhoras, OPRs e contratação de crédito à habitação, estando já em preparação a centralização da operativa de cartões.
Foi ainda iniciado um novo projecto, através do qual se pretende uma identificação mais rápida e eficaz de todos os intervenientes (v.g. avalistas, fiadores) em cada uma das operações de financiamento, bem como a digitalização dos principais documentos, em termos que possibilitem a sua consulta, em caso de necessidade, por todos os Orgãos do Banco.
A gestão e controlo dos riscos no Grupo assenta num conjunto de estratégias que asseguram a prevenção e mitigação dos diversos riscos e garantem a rendibilidade e sustentabilidade da actividade, sem prejuízo do cumprimento do normativo emanado pelas entidades de supervisão.
A gestão dos riscos assenta na identificação e análise da exposição aos diversos riscos – risco de crédito, mercado, estrutural e operacional, entre outros – e na adopção de políticas que os mantêm dentro dos limites estabelecidos.
O Grupo mantém o exercício da gestão dos riscos numa estrutura de desenvolvimento transversal, sendo da responsabilidade do Conselho de Administração da Banif SGPS, a gestão das funções corporativas onde o Risco Corporativo se insere. O Conselho de Administração é responsável pela definição das políticas de risco, apoiado pela avaliação e monitorização dos riscos realizada pela Função Corporativa.
No início do 1.º semestre, foi aprovado o Plano de Actividades para a função do Risco Corporativo, o qual integrou um conjunto de actividades e projectos, a desenvolver no exercício, dando corpo a uma maior consciência e controlo dos riscos no Grupo.
Continuou a dar-se prioridade ao desenvolvimento de um DataMart Corporativo, que incorpora informação regular proveniente de todas as empresas do Grupo que fazem parte do perímetro de consolidação prudencial. Actualmente, este centro de informação dispõe dos dados necessários para o cálculo de requisitos de fundos próprios, de acordo com a metodologia em vigor no Grupo. O Grupo dispõe de uma solução informática que possibilita a realização dos cálculos de requisitos de fundos próprios em base individual e consolidada. A informação e a tecnologia existentes possibilitam também a produção de informação de gestão individual e agregada. O programa de construção do DataMart Corporativo irá continuar, de modo a abranger um leque de informação mais vasto que possibilite a gestão e integração de todos os riscos.
Ao nível do Controlo Interno, foram desenvolvidas actividades em linha com as orientações constantes do Aviso 5/2008 do Banco de Portugal, iniciadas pelo kick-off do projecto de Remediação, em face das deficiências detectadas pelos exercícios de self-assessment realizados no exercício anterior ao sistema de controlo interno das principais filiais do Grupo, assegurando o acompanhamento das acções de remediação e a realização de acções de formação junto de interlocutores designados.
Ainda no 1.º semestre, foram desenvolvidas acções de modelização da solução tecnológica utilizada, à data, pelo Grupo como ferramenta para a gestão do risco operacional, criando um módulo de Controlo Interno para utilização das diversas filiais, visando a optimização e a criação de todas as funcionalidades necessárias a uma gestão adequada do sistema de Controlo Interno no Grupo.
O Banif - Grupo Financeiro procede, com regularidade, à realização de testes de esforço em conformidade com a Instrução n.º 18/2007 do Banco de Portugal, com referência aos valores financeiros do 1.º semestre do corrente exercício. Foram efectuadas análises de sensibilidade, considerando os produtos comercializados, as características dos clientes, as principais massas de balanço, o seu plano estratégico e, bem assim, as ferramentas disponíveis para a gestão dos riscos. Os resultados dos testes de esforço são analisados e aprovados pelo Conselho de Administração, cabendo a este órgão preconizar as acções que considera relevantes para a mitigação do efeito das magnitudes plausíveis imprimidas aos principais riscos da actividade.
Os resultados obtidos são considerados pelo Grupo como uma ferramenta de gestão que contribui para o planeamento de medidas correctivas, nos casos considerados relevantes.
No período em referência e no âmbito do Aviso 10/2007 do Banco de Portugal, o Banif - Grupo Financeiro publicou um documento para divulgação pública designado "Disciplina de Mercado", o qual contempla os riscos incorridos no âmbito das actividades do Grupo, atendendo aos objectivos estratégicos definidos e aos processos e sistemas de avaliação instituídos.
O Grupo considera que a disciplina de mercado é condição necessária para a promoção da estabilidade de longo prazo das instituições. A atitude de transparência na prestação de informações fortalece a intervenção dos participantes do mercado para gerar pressões favoráveis a práticas que garantam a solidez e a segurança do sistema financeiro.
O documento publicado segue a linha de entendimento do Grupo sobre esta matéria, pelo que a informação divulgada foi apreciada nos termos indicados no referido Aviso, valorizando os montantes envolvidos e a sua natureza, considerados quer individualmente, quer de forma agregada.
No contexto do Pilar II do Acordo de Basileia II e, em particular, como resposta aos requisitos da Instrução n.º 15/2007 do Banco de Portugal, o Banif – Grupo Financeiro desenvolveu, no 1.º semestre do corrente exercício, um conjunto de actividades que conduziram ao desenvolvimento e implementação de um Modelo de Gestão de Capital Económico, com processos e metodologias próprias de identificação, quantificação e monitorização dos riscos, assegurando a necessária adequação do capital interno.
O risco de crédito é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante o Grupo, incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos do exterior.
A estratégia de risco de crédito no Grupo assenta num conjunto de políticas que orientam a actividade de concessão e acompanhamento do crédito que, sempre que necessário, são ajustadas em função do desenvolvimento do negócio e das condições de mercado.
A gestão do risco de crédito e, bem assim, a delegação de competências, desenvolvem-se de acordo com os princípios e as regras de concessão e manutenção de créditos concedidos a clientes previstos em normativos, os quais são alvo de actualizações e ajustamentos sempre que tal se mostre necessário.
Os normativos são de aplicação genérica no Grupo porquanto incluem regulamentos aplicáveis a cada uma das áreas de negócio e às suas redes de comercialização, assim como regras de preparação, análise e seguimento do crédito concedido aos clientes.
A monitorização do risco de crédito assenta no acompanhamento e controlo da evolução da exposição ao risco de crédito da carteira do Grupo e na implementação de acções de mitigação para preservação da qualidade do crédito e dos limites de risco definidos.
No 1.º semestre, foram desenvolvidas acções de promoção à harmonização das políticas de gestão e controlo dos riscos no Grupo, iniciadas, nomeadamente, pelo desenvolvimento e implementação de Modelos de factores de risco para o Grupo. Foram também desenvolvidas acções conducentes à implementação e actualização do Modelo de Imparidade do Grupo para diversas sociedades do Grupo, consoante o seu estádio de desenvolvimento nesta matéria.
O risco de mercado ou de preço prende-se como a possibilidade do Grupo incorrer em perdas decorrentes de variações inesperadas no valor dos instrumentos ou operações financeiras de mercado.
A gestão de risco de mercado no Grupo define-se como prudente e é monitorizada de forma contínua. Em base sistemática, os limites de actuação nos mercados são revistos e ajustados pelo Órgão de Gestão, sempre que necessário. A sua actuação assenta em regras de funcionamento e controlo internas e nas normas emanadas pelas entidades de supervisão.
A política de gestão do risco de mercado no Grupo caracteriza-se pela cobertura de risco nos activos de maior volatilidade, nomeadamente nos produtos de taxa fixa e taxa de câmbio das operações contratadas com clientes.
São realizadas periodicamente análises de sensibilidade à taxa de juro, com recurso a cenários para medição do seu impacto ao nível da margem de juros e nos fundos próprios, de acordo com as recomendações da entidade de supervisão.
O risco de taxa de juro é monitorizado em base sistemática em função dos períodos de repricing dos activos e dos passivos, sendo que, no exercício, manteve-se dentro dos limites superiormente aprovados.
O risco de liquidez, definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital decorrentes da incapacidade da instituição dispor, sobretudo no curto prazo, de fundos líquidos para o cumprimento das suas obrigações financeiras, à medida que as mesmas se vencem, é gerido de forma centralizada no Banif - Grupo Financeiro.
A monitorização dos níveis de liquidez corrente e estrutural, necessários em função dos montantes e prazos dos compromissos assumidos e dos recursos em carteira, é efectuada através da identificação de gaps de liquidez.
As políticas de obtenção de funding, quer junto dos Clientes, quer no mercado financeiro e Banco Central Europeu, têm garantido, apesar de uma redução generalizada dos níveis de liquidez no sistema financeiro, a estabilidade dos recursos, mantendo-se quer o liquidity gap quer o cumulative gap dentro dos limites aceitáveis para os vários períodos analisados.
O Grupo mantém o acompanhamento mais apertado na situação de liquidez corrente, não apenas pelos indicadores presentes nas disposições emanadas do Banco de Portugal, mas também pelos indicadores internos orientados a uma gestão diária mais eficiente.
No âmbito da gestão da liquidez corrente, enquadradas no Plano de Financiamento de curto prazo do Grupo, têm sido elaboradas regularmente análises quantitativas e qualitativas e stress testings que permitem identificar debilidades e preconizar a tomada de medidas, consagradas num Plano de Contingência, que visem o restabelecimento da situação de liquidez, sempre que se julgue necessário.
Ainda no que respeita à gestão de activos e passivos, salienta-se a conclusão do projecto de definição de Modelo de ALM - Asset and Liabillity Management para o Grupo. O projecto envolveu a definição de uma estrutura organizacional do Comité ALCO, que incluiu a identificação e definição das diversas funções, bem como a proposta de distribuição das responsabilidades entre as diversas Direcções para a prestação de informação.
O Grupo prevê iniciar o projecto de implementação e desenvolvimento da fase II do Projecto "Modelo de ALM", após aprovação do Modelo organizacional previsto para o 2.º semestre de 2009.
O risco operacional é o risco de perdas resultantes da inadequação ou deficiência de procedimentos, do pessoal ou dos sistemas internos ou de acontecimentos externos, incluindo os riscos jurídicos.
No 1º semestre do corrente exercício, manteve-se em curso o alargamento e o desenvolvimento de acções com vista à melhoria dos processos de comunicação e reporte dos eventos de risco operacional, quer por via do aumento do número de gestores de RO existentes no Grupo quer por via do reporte entre sistemas operacionais e contabilísticos.
Ao nível do Compliance Corporativo, foi submetido à apreciação do Conselho de Administração, e por este aprovado, o Plano de Acção para 2009 que, definindo a matriz de temas de compliance considerados relevantes no contexto das actividades desenvolvidas pelo Grupo e precisando, consequentemente, os temas relativamente aos quais deverão ser desenvolvidas políticas e standards do Grupo e as respectivas prioridades, consolida a abordagem corporativa ao risco de compliance, no quadro do modelo de governo do Grupo.
Este Plano de Acção preconiza ainda a implementação de um processo de recolha de informação suportado num conjunto de controlos comuns de Compliance que deverá assegurar ao Conselho de Administração que o referencial de controlo de riscos de compliance estabelecido é adequado às actividades desenvolvidas e permite uma visão global de como são geridos e mitigados estes riscos.
Tendo em consideração a estabilização do quadro regulamentar das funções de controlo operada pelos Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008 e Regulamento da CMVM n.º 3/2008, o Compliance Corporativo submeteu igualmente à apreciação do Conselho de Administração o Diagrama Geral da Função Compliance no Grupo, estabilizando assim o quadro de Entidades do Grupo onde é relevante o exercício desta função de controlo.
Neste enquadramento, está já em implementação o Programa de Compliance Corporativo que contempla quatro fases distintas: A 1ª Fase visa proceder à identificação da situação concreta das Unidades de Compliance que operam ao nível das diversas Entidades do Grupo. Na 2ª Fase, e já na posse da informação relevante, proceder-se-á à avaliação da situação global e ao desenvolvimento de políticas e procedimentos de alto nível. A 3ª Fase refere-se à implementação das mencionadas políticas e procedimentos e a 4ª Fase corresponderá à análise dos resultados de tal implementação e à aplicação das medidas correctivas que se revelem adequadas. Já no início de Julho, foram remetidos os suportes de recolha de informação a que se refere a 1ª Fase.
Ainda no quadro do Plano de Acção para 2009, o Compliance Corporativo deu continuidade ao trabalho relativo ao Projecto de Manuais de Ética e Deontologia, concluindo o processo de divulgação do Código de Conduta do Banif – Grupo Financeiro, que dota as Entidades do Grupo de um quadro de referências éticas e deontológicas que devem presidir à conduta de todos os seus Colaboradores.
No plano do acompanhamento das iniciativas e medidas legislativas e regulamentares dirigidas ao sector financeiro, cumpre salientar, pelo respectivo relevo e impactos:
No âmbito das responsabilidades cometidas ao Compliance Corporativo em matéria de corporate governance, este órgão coordenou a elaboração do contributo do Grupo no âmbito do processo de discussão pública do Ante-Projecto de Código de Bom Governo das Sociedades, iniciativa do Instituto Português de Corporate Governance.
Uma referência ainda para o trabalho desenvolvido com o Banif, no que respeita ao normativo interno que aquela Entidade do Grupo tem em processo de elaboração no domínio da prevenção do abuso de informação privilegiada, com vista à correcta articulação dos procedimentos relativos ao acesso regular e ocasional a informação privilegiada.
Paralelamente, o Compliance Corporativo prosseguiu ainda o acompanhamento de vários outros temas de entre os quais se destacam os processos de self-assessment, de remediação de deficiências e de elaboração dos relatórios anuais individuais, no âmbito do sistema de controlo interno do Grupo.
Integrado no Centro Corporativo do Banif - Grupo Financeiro, a Auditoria Interna Corporativa (AIC), segundo o seu Estatuto Orgânico e Funcional, detém as seguintes atribuições principais:
A principal acção estruturante desenvolvida pela AIC, no 1.º semestre de 2009, consistiu na implementação da função de auditoria interna no Grupo, procurando assegurar a aplicação, no essencial, dos requisitos mínimos do Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal, os quais já implicam grandes exigências de controlo interno/auditoria, dentro de princípios de rigor e eficácia, ao nível das instituições do Grupo sujeitas ao referido Aviso.
Neste âmbito, encontra-se em vigor o organigrama geral dos serviços de auditoria interna, abrangendo as filiais do Grupo, estão nomeados os respectivos responsáveis, bem assim definidas as prioridades de actuação e estabelecido o plano de acção corporativo, dentro de princípios de rigor, eficácia e adequação aos novos desenvolvimentos colocados, na conjuntura actual, pelas autoridades reguladoras em matéria de auditoria das instituições de crédito e das sociedades financeiras.
Decorrente da nova estrutura orgânica geral passaram a existir novas entidades do Grupo dispondo da função de auditoria interna e, ao mesmo tempo, verificou-se um aumento do quadro de pessoal, atingindo o total de 40 elementos, o que permitiu melhorar e aproximar do valor de referência do rácio de auditores/colaboradores reconhecido internacionalmente (1%).
No 1.º semestre, o Conselho de Administração da Banif – SGPS S.A. aprovou os documentos estruturantes da AIC, designadamente, a Carta de Princípios de Auditoria, a Estratégia de Auditoria 2009-12 e o Regulamento de Auditoria, que completam a moldura orgânica e de actuação da função de auditoria interna, em base coerente e consistente, reforçando o controlo interno corporativo e, consequentemente, a convergência e eficiência na consecução dos objectivos a nível individual.
A AIC desenvolveu actividades de coordenação inerentes à relação funcional necessárias à implementação da estrutura, ao acompanhamento de acções de auditoria, à elaboração dos relatórios de controlo interno e à gestão de informação para efeitos de controlo interno na vertente de auditoria. Por outro lado, definiu um modelo e está em execução uma acção de auditoria à carteira de crédito das filiais no estrangeiro, envolvendo um universo de clientes representativo, com o objectivo de avaliar o risco de crédito e o sistema de controlo interno associado.
No período em referência, a AIC iniciou acções de auditoria directas com o objectivo de avaliar os requisitos do sistema de controlo interno que devem ser implementados pela empresa-mãe conforme previsto no n.º 2 do artigo 24º do referido Aviso: (i) auditoria ao risco de concentração e (ii) auditoria aos limites de natureza prudencial referidos na alínea a) do n.º 1.º do Aviso 8/94 (limites das participações detidas pela Rentipar Financeira, SGPS, S.A. e rácio de imobilizado).
A AIC efectuou também a revisão independente do processo de auto-avaliação da adequação do capital interno (ICAAP - Internal Capital Adequacy Assessment Process) e elaborou o parecer com as respectivas conclusões para o Conselho de Administração da Banif – SGPS S.A., conforme estipulado na Instrução n.º 15/2007 do Banco de Portugal.
A AIC encontra-se dotada de um modelo organizacional sólido, coerente e consistente, que incorpora os requisitos regulamentares, as orientações e as melhores práticas de auditoria interna, reconhecidas e aceites a nível nacional e internacional, para a prossecução da sua visão, missão, objectivos estratégicos e atribuições.
De acordo com estes objectivos, o 2.º semestre constituirá uma fase de consolidação da sua estrutura e actuação, a nível do Grupo, em conformidade com o Plano de Actividades que se encontra aprovado e em execução dentro dos prazos programados.
A Função Imagem Corporativa efectuou, durante o primeiro semestre de 2009, a gestão da marca do Banif – Grupo Financeiro e nesse pressuposto assegurou que todas as empresas do Grupo cumprissem com as normas estabelecidas nesta matéria.
Nesse contexto, e consequência lógica da fase pos-rebranding, destaca-se o projecto de Brand Center da marca, que se encontra em avançada fase de desenvolvimento e que constitui uma ferramenta fundamental que permitirá disponibilizar a Marca de forma transparente, normalizada e facilitadora junto dos vários Stakeholders.
Neste período, foram igualmente iniciados um conjunto de projectos que têm por objectivo estabelecer uma comunicação (interna/externa) mais acessível e eficaz do Banif - Grupo Financeiro, designadamente intranet, newsletter para Clientes, nova revista interna e brochura institucional.
No âmbito da Imagem Corporativa e no que diz respeito aos factos relevantes registados no 1.º semestre de 2009, destaca-se o facto de o Banif - Grupo Financeiro ter integrado, pela primeira vez, o Top500 mundial da terceira edição do "Global 500 Banking Brands Index", tendo sido reconhecido como a 491.º marca mais valiosa do mundo, com 78 milhões de dólares de brand value. Da edição de 2009, agora publicada, fazem ainda parte mais 4 marcas financeiras portuguesas.
Este resultado demonstra que a marca "Banif", após o recente rebranding, conseguiu relançar a sua imagem corporativa de forma eficaz, reforçando o seu valor. A tangibilização de tal valor encontra-se igualmente reflectida na manutenção, em níveis elevados, das notoriedades "Expontânea" e "Total".
Uma outra evidencia deste rebranding, registada neste 1.º semestre de 2009, foi o facto de o Banif ter sido nomeado para um conjunto de prémios de referência na área do Marketing, Publicidade e Comunicação. Foram os casos dos Prémios Marketeer, da revista com o mesmo nome, onde o Banif esteve nomeado nas categorias de "Banca" e "Rebranding", e dos Prémios "Meios e Publicidade 2008", nas categorias "Branding / Rebranding" e "Marketeer do ano".
Também no período em referência, foi divulgada a versão editada, bilingue e em CD, do Relatório e Contas de 2008, o qual constitui um importante veículo de informação e divulgação institucional. Foi ainda editado em CD o Código de Conduta do Banif - Grupo Financeiro e promovida a sua distribuição/divulgação aos colaboradores de cada uma das empresas que o integram.
No 1.º semestre de 2009, a área de Sustentabilidade desenvolveu iniciativas com vista à melhoria dos sistemas de recolha e reporte de informação para a elaboração do 2.º Relatório de Sustentabilidade do Grupo. Este Relatório dá continuidade ao compromisso de transparência, reporte e accountability de temas ambientais e sociais e apresenta de uma forma detalhada a estratégia de sustentabilidade e as acções que têm vindo a ser desenvolvidas. Este ano, o Grupo subiu um patamar na escala de qualidade e abrangência da informação, tendo alcançado o nível B das "Directrizes para a Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade" da organização internacional Global Reporting Initiative (GRI). O relatório, editado em português e inglês, tem sido divulgado interna e externamente.
Foi formalizada a política ambiental do Grupo, lançados dois produtos Crédito Mais Ambiente - Crédito Pessoal e Crédito Investimento - dirigidos a apoiar um vasto leque de soluções ambientais, e foi preparada a adesão a um protocolo com o Estado, com vista à oferta do produto Crédito Pessoal Solar Térmico.
Ao nível do trabalho das task forces criadas para implementar a estratégia de sustentabilidade, destaca-se a continuação da análise de riscos ambientais na carteira de crédito, a continuação da aposta na responsabilidade climática do Grupo (em que se procurou implementar medidas para reduzir o consumo de energia e se procedeu à neutralização de emissões de carbono dos Relatórios e Contas do Grupo e do Relatório de Sustentabilidade) e a sensibilização interna para os temas da sustentabilidade, através, por exemplo, de revistas e newsletters internas.
Destaca-se ainda a participação nos Prémios Sustentabilidade promovidos pela Heidrick & Struggles e pelo Diário Económico, que pretendem premiar as empresas com melhores práticas de sustentabilidade em Portugal. O Grupo obteve uma classificação acima do best player do Dow Jones Sustainability Index (DJSI) em 4 áreas: gestão da relação com os clientes/utentes, desenvolvimento do capital humano, atracção e retenção de talento e reporting social. Todas as outras áreas (dimensão de gestão, social e ambiental) registaram variações positivas relativamente ao ano de 2008.
Relativamente ao sítio de internet do Banif – Grupo Financeiro, foi aprofundada a área de Sustentabilidade (bilingue), para além das habituais actualizações de todas as informações referentes à relação com os investidores (v.g. indicadores financeiros, relatórios e contas, dividendos, assembleia geral) e foram disponibilizados todos os comunicados efectuados ao mercado, bem como um clipping permanente de notícias sobre o Grupo.
A actividade do Banif – Banco Internacional do Funchal, SA na Região Autónoma da Madeira, durante o 1.º Semestre de 2009, foi desenvolvida num contexto marcado pelas adversidades decorrentes da actual conjuntura económica e pelo aumento da já forte concorrência sentida ao nível do sector bancário na região.
Apesar do enquadramento económico adverso, a DCRAM continuou a manter uma orientação estratégica coerente com a actividade desenvolvida ao longo dos últimos anos, sustentando-a em dois pilares fundamentais: a manutenção do crescimento da actividade e a consolidação da posição de liderança no mercado regional.
Neste sentido, em comparação com o período homólogo do ano anterior, regista-se o aumento da base de Clientes, com um crescimento de 4126 novos Clientes, a par do aumento do número médio de produtos por Cliente, indicador que atesta e materializa a maior fidelização ao Banco dos novos e actuais Clientes.
Apesar de se verificar actualmente um período de menor procura, o crédito concedido a Clientes, registou um crescimento de 1,9% face ao período homólogo do ano anterior, para um total de 1.618,4 milhões de euros. A consubstanciar essa evolução positiva, e durante o mesmo período, o Crédito ao Consumo registou um crescimento de 3,9% e o Crédito Imobiliário um crescimento de 5,4%.
Apesar da volatilidade dos mercados cambiais, da liquidação de responsabilidades por parte de alguns Clientes Empresa e da utilização de recursos por parte de Instituições Públicas para investimentos diversos, a DCRAM conseguiu compensar essas saídas de recursos com a captação junto de particulares (residentes e emigrantes), registando na rúbrica "Recursos de Clientes" uma evolução positiva de 1% em termos homólogos, para um total de 2.060,9 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009.
Com o intuito de reforçar a estrutura comercial do Banif e, consequentemente, o acompanhamento do negócio e a qualidade do serviço prestado, procedeu-se à reestruturação da Direcção da Rede de Agências, com a criação de uma nova Área de Negócio, e da Direcção do Centro de Empresas da RAM, com a nomeação de um novo Director e a reorganização interna das Equipas de Serviço ao Cliente.
Também de referir, no período, o relançamento de uma campanha conjunta com a empresa ZON TV Cabo Madeirense, S.A., de âmbito regional, que teve por base dois objectivos estratégicos: abertura de novas contas e fidelização do Cliente, uma vez que a campanha tinha por base a subscrição de vários produtos por cada Cliente.
Destaque ainda para a contínua acção junto das comunidades madeirenses emigrantes, através de deslocações de Colaboradores do Banco aos Países de forte implementação dessas comunidades, nomeadamente Venezuela, África do Sul e Reino Unido, iniciativas que visam aumentar os níveis de envolvimento dessas comunidades com o Banif.
Em linha com o espírito de responsabilidade social e de valorização do empreendedorismo que o Banco pretende promover, foram concretizadas duas novas parcerias: com a AJEM – Associação de Jovem Empresários da Madeira, para apoio ao Prémio de Empreendedorismo e com a Associação "Aprender a Empreender" no âmbito do projecto com o mesmo nome. Foram ainda entregues os prémios da iniciativa "rs4e" – road show for entrepreneurship – que premeia as ideias mais empreendedoras dos alunos da região.
Ainda num contexto da responsabilidade social, continuou o desenvolvimento do trabalho de parceria com o Clube Sport Marítimo e com o Clube Desportivo Nacional, através das campanhas de promoção da poupança junto dos atletas mais novos de ambos os Clubes e de iniciativas solidárias junto de crianças e jovens com necessidades especiais em várias escolas da Região, aos quais o Banco proporcionou a oportunidade de assistir a jogos de futebol e de conviver de perto com os seus ídolos.
Enquanto agente dinamizador da economia regional, o Banif apoiou ainda diversas iniciativas no âmbito sócio-cultural, dos quais merecem destaque a III Conferência Anual do Turismo, organizada pela Secção Regional da Ordem dos Economistas, o VIII Encontro de Gerações, que decorreu na Venezuela e teve como convidado especial o Exmo. Sr. Secretário de Estado do Turismo, Dr. Bernardo Trindade, o Festival Infantil da Canção da Madeira 2009 e a Semana do Desporto Escolar, estes últimos organizados pela Secretaria Regional da Educação e Cultura.
| Rubrica | Variação homóloga 2009/2008 |
|---|---|
| Recursos | + 1,0% |
| Crédito | + 1,9% |
| Base de Clientes | + 1,8% |
A gradual convergência do ex-BBCA com o Banif – Grupo Financeiro culminou, em Janeiro de 2009, com a sua total integração no Banif, passando a actividade comercial na Região Autónoma dos Açores (RAA) a ser coordenada pela então constituída Direcção Comercial da Região Autónoma dos Açores (DCRAA).
O referido processo de integração obrigou, nos primeiros meses do ano, a um grande esforço de adaptação de todos os Colaboradores do ex-BBCA à nova plataforma informática, com a correspondente alteração de métodos e procedimentos.
Não obstante as importantes mudanças verificadas a nível operacional, foi mantida a marca "Banif Açores" no relacionamento do Banco com o mercado regional, tendo em consideração a especificidade deste mercado e o reconhecimento de que a própria marca já usufruia.
A actividade comercial do Banco na RAA foi essencialmente dirigida para o reforço das parcerias locais, a celebração de protocolos com o Governo Regional, a realização de diversas iniciativas institucionais e a continuidade da política de campanhas. De entre as iniciativas realizadas, destacamse:
− Venda do Cartão Interjovem, pelo 3.º ano consecutivo, em parceria com a Direcção Regional da Juventude, que tem possibilitado uma maior divulgação do Banco junto do segmento jovem;
− Visita do "Ruca" (personagem de animação infantil de renome mundial) às crianças internadas no Serviço de Pediatria do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, bem como diversas acções lúdico-pedagógicas com a mascote da conta Nova Geração, direccionadas para os jardins-de-infância e público em geral, no Centro Comercial Parque Atlântico, onde as crianças puderam brincar e aprender a poupar de uma forma muito divertida, com o "Jogo da Poupança do Ruca";
Em virtude da expansão da rede e da integração no Banif, as agências Horta, Angra do Heroísmo e Sede, passaram, a partir do final de Maio, a designar-se Largo do Infante, Sé e Avenida, respectivamente.
Para reforçar a ligação do Banco às comunidades açoreanas nos Estados Unidos da América e no Canadá, o Banif promoveu e patrocinou diversas iniciativas, entre as quais se destacam, nos EUA, o jantar de gala do Boston Portuguese Festival, um jantar beneficiente cuja receita foi entregue à Associação dos Deficientes Portugueses de Toronto, e, no Canadá, uma reunião entre empresários luso-descendentes e açoreanos da área do turismo.
O Banco celebrou, ainda, diversos protocolos de colaboração institucional com o Governo Regional, que visam minimizar o impacto da conjuntura económica e financeira internacional adversa na Região, designadamente, em 4 de Fevereiro, as Linhas de Crédito Açores Investe e de Apoio à Reestruturação da Dívida Bancária, em 25 de Fevereiro, o PRORURAL, em 31 de Março, o SAFIAGRI, em 17 de Abril, o RICTA, e, em 19 de Junho, as Linhas de Crédito Açores Empresas e de Apoio à Aquisição de Primeira Habitação.
Ao nível da intervenção cultural e desportiva, o Banco deu continuidade à parceria que mantém com o Coliseu Micaelense desde 2005, realizou o 3.º torneio de golfe com a marca "Banif Açores", efectuou um donativo à Fundação Pauleta (entregue pelo Comendador Horácio Roque no decurso de um cocktail organizado pelo Banco em homenagem ao desportista açoreano) e reforçou a sua parceria com a Universidade dos Açores, através do apoio à realização da semana académica nos pólos de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo.
No desfavorável contexto macroeconómico actual, o desempenho do negócio revelou-se, no 1.º semestre de 2009, mais contido do que o observado no período homólogo de 2008.
Quanto à carteira de recursos, com um total de 940 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, regista-se um decréscimo na ordem dos 5,5%, resultante da quebra verificada nos depósitos à ordem, que penalizou sobremaneira o esforço de captação de recursos estáveis (depósitos a prazo e poupanças), os quais cresceram 7,2% face ao período homólogo de 2008. O saldo dos recursos do balanço soma, assim, no 1.º semestre de 2009, um total de 940 milhões de euros.
Ao nível do Crédito a Clientes, regista-se alguma estabilidade da carteira (+0,6%), com um total de 1.583 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, em que os incrementos no crédito habitação (+6,6%) e no crédito ao consumo (+4,7%) contrastam com um decréscimo do crédito destinado a outras finalidades (-14,1%).
| Rubrica | Variação homóloga 2009/2008 |
|---|---|
| Recursos | -5,5% |
| Crédito | +0,6% |
| (1) Base de Clientes |
-0,5% |
(1) Clientes Activos da Rede de Agências. Não inclui Rede de Centros de Empresas, Privado e Institucionais.
A Direcção de Empresas e Banca Privada (DEP) é o órgão responsável pela coordenação e desenvolvimento das áreas de negócio de médias e grandes empresas, institucionais e particulares de médio-alto rendimento. Para além destas Unidades de Negócio, integra o Núcleo de Factoring, órgão que gere o negócio de Factoring e Confirming do Banco.
A actividade desenvolvida pela DEP ao longo do 1.º semestre de 2009 centrou-se no acompanhamento e controlo do negócio face à conjuntura económico-financeira dos mercados, implementando medidas que permitiram reagir de forma eficaz aos desafios financeiros que surgiram.
Desta forma, no final do 1.º semestre de 2009, o Crédito por Desembolso concedido a Clientes da DEP atingia os 3.080 milhões de euros e o saldo final de Recursos 942 milhões de euros.
Por outro lado, e como consequência da implementação do Projecto Empresas*2, continuou o esforço de racionalização e optimização das unidades de negócio. Paralelamente, verificou-se a estabilização do Projecto de Reestruturação do segmento Privado, com a alocação de Gestores Privados a todos os Centros de Empresas.
O segmento Empresas da Direcção de Empresas e Banca Privada (DEP) é responsável por gerir e desenvolver a área de negócio do Banco relacionada em especial com pequenas e médias empresas.
No 1.º Semestre de 2009, fruto da crise financeira, o Sector Bancário continuou a ser marcado por falta de liquidez, custos de funding elevados e deterioração da carteira de crédito, que já se faziam sentir no último trimestre de 2008.
Neste contexto, o negócio do segmento de Empresas do Banif foi gerido através da consolidação de uma política de crédito selectiva e rigorosa, dando prioridade aos Clientes de bom risco e aos projectos de qualidade superior. Paralelamente, a política de pricing continuou a reflectir quer o risco do sector de actividade, quer o próprio risco da Empresa, devidamente ponderado pelas Garantias associadas e pelo consequente custo do financiamento das operações. Por outro lado, foi efectuado um esforço adicional de captação de recursos, tendo em vista a manutenção dos níveis adequados de liquidez.
Adicionalmente, implementou-se uma política de visitas trimestrais aos Clientes (anteriormente quadrimestrais), por forma a garantir um acompanhamento mais próximo e rigoroso da situação económico-financeira das Empresas.
Considerando os aspectos atrás referidos, nomeadamente os crescentes custos do funding e o facto de se apostar no apoio aos Clientes actuais, aplicando uma política de crédito restritiva, continuou-se o processo de adequação do modelo organizacional, iniciado com o Projecto Empresas*2. A DEP encerrou o semestre com uma rede de 13 Centros de Empresas e 48 Gestores.
Desta forma, ao nível do negócio do segmento Empresas no Banif, o 1.º semestre de 2009 foi marcado pela implementação de uma política de gestão de risco rigorosa, com critérios de concessão mais restritos, obtenção de garantias adicionais associadas às operações de crédito e diminuição dos períodos de renovação das linhas de crédito, tendo em vista o combate à deterioração da carteira de crédito.
Relativamente ao período homólogo de 2008, a Direcção de Empresas registou uma variação positiva nos Recursos de 15 milhões de euros (+4%), tendo atingido o montante total de 361 milhões de euros. Relativamente ao Crédito por Desembolso, o valor global da carteira de crédito ascendeu a 3.013 milhões de euros, correspondendo a um crescimento de cerca de 360 milhões de euros (+14%) em termos homólogos. Reflectindo a passagem de Clientes para outras áreas do Banco, realizada em 2008 com vista a assegurar uma mais correcta segmentação da carteira (mantendo-se na DEP somente os Clientes com facturação superior a 2 milhões de euros), verificou-se um decréscimo da Base de Clientes (-7%) face ao período homólogo do ano anterior.
| Rubrica | Variação homóloga 2009/2008 |
|---|---|
| Recursos | +4% |
| Crédito por Desembolso | +14% |
| Base de Clientes | -7% |
No 1.º semestre de 2009, a actividade desenvolvida pela área de factoring e gestão de pagamentos a fornecedores, foi influenciada pela integração dos contratos com origem no BBCA.
As variações homólogas registadas ao nível do volume de cedências e saldo médio de antecipações, foram de +10% e +63% respectivamente.
Em linha com a evolução do volume de negócio gerido, o montante de comissões cobradas apresentou uma evolução positiva de 1,7% relativamente ao período homólogo do ano anterior. Os proveitos financeiros aumentaram 51,7%, face ao mesmo período de 2008.
No 1.º semestre de 2009, não houve alterações relevantes na estrutura da carteira de créditos sobre Clientes, em comparação com o final do 1.º semestre de 2008, continuando o sector da construção a registar o maior peso.
O 1.º semestre de 2009 da DEP Privado foi marcado pela estabilização do Projecto de Reestruturação da Rede Comercial, que implicou que, desde o final de 2008, todos os Centros de Empresas tenham um Gestor Privado em permanência.
A implementação do Projecto e o consequente aumento da capacidade de resposta integrada para sócios/accionistas e empresas e/ou institucionais, tem vindo a possibilitar um aumento da capacidade de captação e dos próprios níveis de serviço prestado.
Desta forma, verificou-se que este reforço da equipa comercial privada, estruturada em 21 Equipas Comerciais, e a consequente articulação da sua actividade com a área de empresas, contribuiu para o aumento da base de Clientes deste segmento. Este crescimento tem sido ainda potenciado pelo Programa Banif Privado.
Em relação ao período homólogo de 2008, a rubrica Recursos apresentou um decréscimo (-41%), o qual resultou, essencialmente, da diminuição de recursos do sector institucional. Quanto à evolução do Crédito por Desembolso, este revelou um decréscimo de 5% em relação a Junho de 2008.
A Direcção da Rede de Agências (DRA) manteve o enfoque comercial na captação de recursos, na colocação de produtos e na prestação de serviços nos seus segmentos alvo: particulares, pequenas empresas, profissionais liberais e empresários, no Continente.
A DRA tem vindo a implementar uma cada vez mais forte atitude multiproduto na venda, assumindo-se como canal principal da comercialização dos produtos estratégicos da banca comercial no Continente (Crédito Pessoal, Crédito Imobiliário, Conta Gestão de Tesouraria e Cartões). Paralelamente, a DRA tem vindo a manter uma posição de destaque na captação de recursos e na colocação de produtos de outras empresas do Grupo, para além dos produtos de crédito tradicionais da Rede de Empresas e Empresários.
A DRA encerrou o 1.º semestre com uma rede de 251 Agências em Portugal Continental, após a abertura de 9 Agências desde o início do ano. Dando continuidade à estratégia de forte expansão no Continente, assumida pelo Banif desde 2006, espera-se atingir as 267 Agências no final do ano.
Com o Programa de Gestão de Clientes no Continente, traçou-se para 2009 um objectivo muito ambicioso quanto à captação de Clientes e colocação de Produtos: 75.000 novos Clientes e 130.000 novos produtos, em termos de acréscimo líquido, e um rácio de 2,86 produtos por cliente activo.
A DRA terminou o semestre captando cerca de 30.000 novos clientes e colocando, em termos líquidos, quase 45.000 produtos novos.
Durante este semestre reforçaram-se os dois grandes projectos estruturantes do negócio, iniciados no 2.º semestre de 2008:
Comparando os finais dos 1.os semestres de 2008 e 2009, a DRA registou uma variação positiva nos recursos de 662 milhões de euros (+38%), tendo atingido o montante total de 2.559 milhões de euros. Relativamente ao crédito total, o valor global da carteira de crédito da DRA ascendeu a 2.773 milhões de euros, correspondendo a um crescimento de cerca de 216 milhões de euros (+8%).
| Rubrica | Variação Homóloga 2009/2008 |
|---|---|
| Recursos | +38% |
| Crédito | +8% |
| Base de Clientes Activos | +12% |
O início de 2009 foi marcado pela conclusão do processo de fusão por incorporação do BBCA no Banif. A Direcção da Rede Directa (DRD), exerceu um papel activo neste processo, ajustando as suas competências comerciais, contribuindo assim para a necessária harmonização de produtos e procedimentos.
Alinhada com a estratégia comercial do Banco, as acções na vertente "Outbound" registaram, no 1.º semestre de 2009, um incremento de 10%, face ao período homólogo de 2008. No período em análise, decorreu uma campanha de crédito pessoal que registou uma taxa de subscrição (relação entre os clientes que, aquando do contactacto telefónico, manifestaram interesse na adesão ao produto e aqueles que efectivamente vieram a subscrevê-lo) de 87,83%, cerca de 4 p.p. acima da taxa média apurada para iniciativas idênticas nos primeiros 6 meses de 2008. Os contactos comerciais de Conta Gestão de Tesouraria sobre não clientes resultaram numa taxa de subscrição que ascendeu aos 28,3%.
Por outro lado, o enfoque na captação de recursos motivou a concretização de várias iniciativas comerciais, as quais permitiram alcançar uma taxa média de subscrição da ordem dos 95%.
Em articulação com a DME, voltaram a ser realizados vários inquéritos de satisfação, no âmbito do plano de acompanhamento a Clientes e Promotores.
Merece ainda destaque a realização de campanhas dirigidas à promoção/colocação de produtos específicos, designadamente, referentes à activação de cartões, à Conta Triplus e ao Crédito à Habitação (Transferências).
No início de 2009 teve lugar uma reestruturação nas linhas de atendimento ao cliente. A Linha Banifone foi integrada na Linha Banif (808 200 200), permitindo a existência de um número universal de fácil identificação. O número de chamadas atendidas na Linha Banif ultrapassou as 48.000, um acréscimo significativo face aos 29.000 registos das Linhas Banif e Banifone em igual período de 2008.
Na actividade de recuperação de crédito não contenciosa, através do canal telefónico, atingiram-se as seguintes taxas globais de recuperação, nos diferentes segmentos: Crédito Pessoal - 80%, Crédito Imobiliário e recuperação dos juros e descobertos DO das Contas Gestão de Tesouraria - 84%.
Ainda no período em referência, foram divulgados os resultados das "Chamadas Mistério", relativos ao 2.º Semestre de 2008. Dos 13 bancos em análise, o Banif manteve a liderança nos dois itens avaliados (banca comercial e banca operacional), consolidando assim o reconhecimento da qualidade do serviço prestado.
A integração do BBCA no Banif, a nível do serviço Banif@st, obrigou a uma uniformização de conteúdos genéricos e de conteúdos dos produtos em particular, tanto ao nível das suas características como ao nível das suas condições. Aproveitou-se, ainda, a oportunidade para se reestruturar alguns processos de navegação que permitiram simplificar a utilização do serviço.
O 1.º semestre de 2009 ficou igualmente marcado pelo lançamento de um conjunto alargado de novas funcionalidades, que se pretende irem de encontro às necessidades dos Clientes. Destas funcionalidades destacam-se a possibilidade dos Clientes efectuarem entregas programadas ou pontuais sobre as suas poupanças, de optarem pela renovação automática dos depósitos a prazo e, nas empresas, a criação de uma área específica de estrangeiro que inclui novas soluções, bem como a reformulação de outras já existentes.
Ainda no 1.º semestre de 2009 foram concluídos os desenvolvimentos que possibilitaram o alargamento do horário de funcionamento em cerca de 25%.
Relativamente aos resultados quantitativos alcançados, em 30 de Junho de 2009, 67% dos Clientes do Banco já tinham aderido ao serviço e, destes, 17% utilizam regularmente os canais disponíveis. O número de entradas nos diversos canais cresceu 20% face a igual período de 2008, o que originou um aumento de 23% nas transacções realizadas pelos utilizadores. A par destes crescimentos, os proveitos gerados subiram 16%.
No que respeita à captação de recursos, apesar da descida contínua das taxas de juro, as campanhas mensais de depósitos a prazo com taxas atractivas mantiveram-se e, em conjunto com a disponibilização de novos produtos através do Banif@st, permitiram aumentar em 19% o volume de recursos captados, face a igual período de 2008.
A Direcção de Canais Agenciados (DCA) coordena a actividade dos promotores de negócio externos ao Banco, os quais continuam a representar um importante contributo, nomeadamente na colocação de produtos de crédito considerados estratégicos, na captação de recursos e na abertura de novas contas.
A crise financeira internacional afectou, a exemplo do sucedido com os diversos canais de distribuição, o contributo da Rede de Canais Agenciados para o negócio estratégico do Banco, nomeadamente na colocação dos produtos de crédito.
A forte quebra na procura, transversal a todas as Instituições de Crédito, provocou, com importante impacto no 1.º trimestre do ano em curso, uma contracção no contributo para a colocação de produtos de crédito. No 2.º trimestre já se assistiu a uma sustentada recuperação, colocando o contributo para o negócio de crédito, através da Rede de Canais Agenciados, em cerca de 60 milhões de euros. Todavia, revelando a confiança que os já Clientes e novos Clientes depositam no Banif, os recursos captados através desta rede de negócio registaram um crescimento, face ao período homólogo, de aproximadamente 10%. A carteira média de recursos com origem na Rede de Canais Agenciados situa-se em cerca de 73 milhões de euros.
Também o negócio direccionado a Clientes Não Residentes, nomeadamente financiamento destinando à construção e/ou aquisição imobiliária, revelou, essencialmente no 1.º trimestre do ano, uma redução significativa. Contudo, a especialização dos promotores deste tipo de negócio, assente na referência de mercado que o Banif já representa e a multiplicidade de produtos disponibilizados para este segmento, permitiram uma sustentada recuperação no contributo de negócio, situação que permite à DCA perspectivar a manutenção de um importante contributo para o crédito estratégico do Banco.
Dando continuidade à política dos anos anteriores, os Promotores que constituem a Rede de Canais Agenciados contribuíram para o "Programa de Captação de Novos Clientes" com a captação, no período em apreço, de cerca de 3.500 novas contas, continuando a representar um importante contributo para o alargamento da base de clientes do Banco.
A Rede de Canais Agenciados é constituída por 1.635 Promotores, dos quais 1.073 são Promotores Comerciais, 167 são Promotores Assurfinance e os restantes 397 são Consultores Financeiros e Agentes Imobiliários, com os quais o Banif estabeleceu acordos de parceria.
O "Projecto Assurfinance", cujo projecto-piloto teve inicio no último trimestre de 2008, com 50 promotores, já conta com 167 promotores aderentes, em linha com o objectivo traçado para o final de 2010, de constituição de uma Rede de 400 profissionais de seguros a comercializarem produtos bancários. O seu contributo tem vindo a evoluir de uma forma consolidada, assente num forte conceito de cross-selling entre o Banif e a CSA.
Com a integração do BBCA no início do ano de 2009, o parque de Caixas Automáticos Multibanco do Banif passou a ser constituído por um total de 520 terminais. No final do 1.º semestre de 2009, o parque contava já com 532 Caixas Automáticos Multibanco, representando cerca de 4% de quota de mercado.
Verificou-se um aumento sustentado nos proveitos gerados durante o 1.º semestre face ao mesmo período de 2008, na ordem dos 12%.
No início de 2009, o parque de Terminais de Pagamento Automático do Banco contava com 5.144 unidades, considerando já a integração do parque do BBCA. O Banif detém actualmente cerca de 2,37% de quota de mercado de Terminais de Pagamento Automático. Em termos de proveitos gerados no 1.º semestre de 2009, verificou-se um decréscimo de cerca de 16% face ao período homólogo de 2008.
No que concerne aos protocolos comerciais, o 1.º semestre de 2009 foi um período de aprofundamento e intensificação da utilização destes mecanismos de captação e fidelização de Clientes.
As melhorias introduzidas nos protocolos existentes e a sua utilização mais intensiva pelas redes comerciais permitiram contribuir em mais de 10% para a captação de Clientes novos para o Banco.
A par dos Protocolos Ordenado, que assentam na Conta Triplus, a celebração e dinamização de protocolos com organizações de âmbito nacional, e, portanto, com uma grande base de associados, foram uma prioridade durante este período, do que são exemplo os protocolos celebrados com a Ordem dos Economistas, com a União das Misericórdias Portuguesas, e ainda a parceria estabelecida com a Via Verde.
Em matéria de cross-selling de produtos de investimento, os Fundos de Investimento Imobiliário terminaram o semestre com alguma recuperação, em termos de carteira. A variação homóloga negativa (–3%) reflectiu ainda a onda de resgates ocorrida entre Setembro de 2008 e Março de 2009, fruto da queda ocorrida nos mercados financeiros, realidade comum a todo o sector.
Os Fundos de Investimento Mobiliário continuaram com um volume de resgates superior ao das subscrições, também em linha com o sector, tendo, contudo, o semestre terminado com uma clara tendência para a estabilização da carteira.
A conjuntura adversa ao investimento condicionou as prestações ao nível do Leasing Mobiliário e do Renting. O Leasing Imobiliário denotou uma prestação positiva, com uma variação de +14% face ao período homólogo do ano anterior.
A venda de Seguros Financeiros caracterizou-se por excelentes prestações, tendo o Banco registado variações homólogas de +413% na venda de seguros de capitalização e de +83% na venda de Planos Poupança Reforma (PPR), face a igual período de 2008.
Os Seguros Não Financeiros evidenciaram igualmente um bom desempenho, com o Banco a registar uma variação homóloga de +20%.
Ao nível do marketing estratégico, a actividade no 1.º semestre de 2009 esteve essencialmente relacionada com o processo de incorporação do BBCA no Banif. Neste contexto, a Direcção de Marketing Estratégico (DME) desempenhou um importante papel no processo de harmonização do catálogo de produtos e serviços, do preçário e do sistema de informação de gestão.
Na vertente de aplicações de suporte ao negócio, a DME desenvolveu e concluiu, no 1.º semestre de 2009, um conjunto de projectos e iniciativas estruturantes nas diferentes áreas do seu perímetro de actuação, com vista a uma resposta, em tempo oportuno, aos requisitos da actividade.
Destes projectos e iniciativas merecem realce:
Na área do Planeamento e Estratégia de Marketing destacam-se, no primeiro semestre de 2009, as seguintes actividades:
− Gestão estratégica e operacional do preçário disponibilizado pelo Banco aos seus Clientes, com propostas de alteração em comissões consideradas relevantes para a actividade do Banco;
− Gestão permanente do programa de aferição do nível de satisfação dos Clientes particulares e empresas do Banco, estabelecimento de objectivos anuais para os principais indicadores de desempenho do inquérito à satisfação dos Clientes de retalho e introdução de um novo inquérito de satisfação para os Promotores Assurfinance;
Foram ainda desenvolvidas iniciativas em articulação com outras entidades do Banif – Grupo Financeiro, designadamente:
Durante o 1.º semestre de 2009 registou-se uma quebra acentuada do negócio de Crédito Imobiliário face ao período homólogo do ano anterior, em consequência de condições de mercado muito adversas.
No período em referência foram formalizados 2.104 contratos, no valor global de 170,2 milhões de euros (Continente: 123,5 milhões de euros; Madeira: 23,5 milhões de euros: Açores 23,2 milhões de euros), representando um decréscimo, em valor absoluto, de 105,5 milhões de euros (-48%), relativamente ao mesmo período do ano transacto.
O rácio Loan-to-Value da contratação deste período situou-se nos 70%, com um spread médio de 1,23%, contra um um rácio LTV de 74% e um spread médio de 0,79% no período homólogo, o que significa uma melhoria do risco e da rendibilidade.
A carteira de crédito imobiliário do Banif representava, no início do presente ano, 3.049,2 milhões de euros (Continente: 1.943,0 milhões de euros; Madeira: 475,8 milhões de euros; Açores: 630,4 milhões de euros), correspondentes a 51.384 contratos.
Fruto da produção verificada, a carteira do Banco teve um aumento de 75,6 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 2,5%, face ao final de 2008 e de 6,8% (200,2 milhões de euros) face ao final do 1.º semestre de 2008, taxas de crescimento que deverão situar-se ligeiramente acima da média do sector.
O total sob gestão do Banif, incluindo a carteira securitizada representa, no final de Junho de 2009, 3.124,8 milhões de euros (Continente: 1.997,8 milhões de euros; Madeira: 483,3 milhões de euros; Açores: 643,7 milhões de euros) que correspondem a cerca de 52.482 contratos.
O saldo securitizado era, no final do 1.º semestre de 2009, de 2.035,6 milhões de euros.
O segmento de Não Residentes, que vinha registando níveis de crescimento significativos, também conheceu uma evolução negativa no que respeita à produção do 1.º semestre de 2009, passando de 73,5 milhões de euros para 32,5 milhões de euros, o que representa menos 56% relativamente ao período homólogo do ano anterior. Salienta-se, no entanto, que a carteira de Não Residentes correspondia a 10% da carteira total, no final do 1.º semestre de 2009.
O Banco continua a manter uma oferta completa no domínio do crédito imobiliário, que foi recentemente alargada com a introdução de opções de taxa fixa para os Clientes, continuando a apostar na competitividade, inovação e qualidade do serviço.
No decurso do 1.º semestre de 2009, a Direcção de Meios de Pagamento (DMP) deu continuidade ao processo de implementação e estabilização da nova operativa de suporte ao negócio de cartões, tendo concluído com sucesso a 2.ª fase do novo sistema de administração e gestão de cartões.
Neste semestre, foi ainda concluída a migração da carteira de cartões de débito do ex-BBCA para a carteira do Banif, o que permitiu a integração de toda esta gama de produtos numa operativa única.
Paralelamente, a DMP tem vindo a ajustar a oferta de produtos e serviços merecendo, a este nível, destaque no 1.º semestre de 2009:
Durante o 1.º semestre de 2009, a carteira de cartões de crédito do Banco apresentou um decréscimo de -7% quando comparada com igual período de 2008. Pese embora a redução da carteira, verificouse, em igual período, um aumento no valor do crédito concedido na ordem dos 3,3%, ascendendo a 40,3 milhões de euros.
Os cartões de débito no 1.º semestre de 2009 apresentam um crescimento de 2,6% face a igual período de 2008, situando-se a actual carteira em 302.706 cartões.
Os proveitos decorrentes da actividade de cartões do Banif fixaram-se nos 8 milhões de euros, apresentando um decréscimo de 6,6% face ao mesmo período do ano anterior. De destacar que 3,2 milhões de euros resultam de comissões sobre o transaccional dos cartões.
A diversidade e a adequação da oferta de produtos de Crédito Pessoal ao perfil e relacionamento dos Clientes com o Banif conduziram, no 1.º semestre de 2009, ao crescimento sustentado do volume de crédito concedido e do número de contratos em carteira.
No período em referência, procedeu-se à revisão do preçário praticado nos produtos de Crédito Pessoal, no que concerne à tipologia de taxa de juro praticada, permitindo aos Clientes a contratação de taxa de juro fixa. Neste âmbito, implementou-se a Campanha de Crédito Pessoal Revolving, com a oferta simultânea de upgrade de montantes de crédito e nova taxa de juro a Clientes com experiência positiva na contratação desta modalidade de financiamento.
O lançamento de novos produtos - Crédito Pessoal Arte, Crédito Pessoal Mais Ambiente e Crédito Pessoal Multimédia - bem como a adesão ao Protocolo com o Estado Português para financiamento da aquisição de equipamentos solares térmicos a condições vantajosas, contribuíram para a expansão da oferta de crédito ao consumo com finalidades pré-definidas.
No 1.º semestre de 2009 verificou-se um decréscimo de 10% e 14% no número e volume de crédito de novos contratos, face ao mesmo período do ano anterior. A carteira de Crédito Pessoal cifrou-se em 320,9 milhões de euros de crédito.
Nos produtos de crédito concedido a Pequenos Negócios através da Rede de Retalho, destaca-se, no 1.º semestre de 2009, o impacto da conjuntura económica na redução da carteira de crédito concedido sob gestão, a implementação de medidas com vista à adequação das condições praticadas no crédito a empresas e a expansão do portfólio com o lançamento de dois novos produtos.
A carteira de crédito de Soluções Conta Gestão Tesouraria registou um decréscimo de -3% face a igual período do ano anterior, cifrando-se em 308,7 milhões de euros o volume de crédito concedido ao abrigo deste produto. Para a variação negativa da carteira contribuiu a redução do número de novos contratos (-25%) face a igual período de 2008 e o acréscimo do número de liquidações solicitadas no período.
No âmbito da gestão de produtos para esta área de negócio, procedeu-se à revisão do preçário associado a operações de crédito a micro e pequenas empresas, promovendo o seu ajustamento às condições do mercado e ao perfil dos Clientes.
Com o intuito de ampliar a oferta para Pequenos Negócios, desenvolveram-se dois novos produtos com finalidades pré-definidas: o Crédito Investimento Mais Ambiente, para financiamento da aquisição e/ou instalação de soluções tecnológicas para redução de custos energéticos e o Crédito Business Multimédia, para financiamento de soluções de apoio ao negócio e mobilidade das empresas.
No âmbito da gestão do portfólio de produtos para captação e aplicação de recursos de Clientes Particulares, assistiu-se, no 1.º semestre de 2009, à reestruturação global da oferta, com integração, ajustamento e descontinuação de produtos.
No contexto da gestão e distribuição multicanal de produtos de Depósitos a Prazo e Poupança, procedeu-se à integração na carteira e revisão das condições praticadas nos produtos Depósito e Super Depósito @st. Com o Projecto de Integração do BBCA no Banif, promoveu-se a revisão e harmonização de procedimentos e produtos com distribuição nas Unidades de Negócio da Região Autónoma dos Açores.
Com o intuito de incentivar a poupança, garantindo a adequação das condições praticadas à evolução do mercado e ao perfil dos Clientes, lançaram-se dois novos produtos – Depósito Crescente a 2 e 4 anos e foram descontinuados alguns produtos de poupança.
No que concerne à dinamização de produtos de passivo para os diversos segmentos de Clientes, desenvolveram-se acções promocionais da Conta Nova Geração envolvendo a mascote "Ruca", e realizaram-se parcerias com várias entidades, no sentido de promover a poupança no segmento jovem. Ainda neste âmbito, encontra-se em desenvolvimento o projecto de revisão da abordagem ao segmento sénior, com vista ao ajustamento das características de aspectos promocionais e de comunicação dos produtos para este segmento.
No final de Junho de 2009, o crédito em incumprimento, sem crédito titularizado, atingia 257,6 milhões de euros, sendo que o crédito afecto à Direcção de Recuperação de Créditos (DRC) ascendia a 176,3 milhões de euros, face aos 101,4 milhões de euros registados em Junho de 2008.
O crescimento de 74% verificado no crédito sob gestão da DRC é explicado de um modo preponderante pelo desempenho do segmento de Empresas, o qual registou um aumento das entradas na DRC de 174% face ao período homólogo (45,5 milhões de euros contra 16,6 milhões de euros). O segmento de Retalho, no mesmo período, apresentou um crescimento de 37% (34,8 milhões de euros contra 25,3 milhões de euros).
Por outro lado, o valor acumulado dos recebimentos (capital, juros e encargos) registou um aumento de 11% relativamente ao período homólogo do ano anterior, tendo ascendido a 27,9 milhões de euros contra os 25 milhões de euros acumulados a Junho de 2008.
Ainda no âmbito da recuperação do crédito concedido, o Banif prosseguiu durante este semestre à implementação do novo Modelo de Recuperação de Crédito. Este modelo visa uma maior eficiência e eficácia na gestão do crédito vencido, privilegiando a maior sistematização e celeridade na actuação das áreas de recuperação especializada. Tal facto traduziu-se:
A Direcção Financeira manteve como principal função a gestão integrada dos activos e passivos do Banco, assegurando a intervenção deste e de algumas empresas do Banif – Grupo Financeiro nos mercados monetário e cambial, a coordenação da actividade do Banco com outras instituições financeiras nacionais e estrangeiras e, ainda, o apoio às Direcções Comerciais e de produtos na sua área de actuação, designadamente através da colaboração na estruturação de produtos para venda nas redes comerciais.
Face à volatilidade que continuou a marcar os mercados, o Banif manteve a sua política de diversificação das suas áreas de actuação, limitando as suas carteiras de acções e obrigações e privilegiando a liquidez.
O 1.º semestre de 2009 continuou marcado pela falta de confiança no sistema financeiro, afectando a liquidez, o que levou os Bancos a utilizarem mais frequentemente as operações de refinanciamento do BCE para estabilizarem as suas posições de liquidez.
A política de investimentos continuou a ser conduzida com o apoio do Banco de Investimento, seguindo um perfil conservador na selecção dos emitentes e privilegiando uma diversificação sectorial.
Os resultados líquidos globais em operações financeiras cifraram-se num lucro de 5,04 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, contra um resultado negativo de 2,2 milhões de euros no período homólogo de 2008. O valor apurado resulta principalmente de ganhos com a reavaliação da carteira de títulos de investimento.
O mercado cambial continuou marcado por alguma volatilidade durante o 1.º semestre de 2009.
Uma melhoria dos indicadores conjunturais e as revisões em alta do Produto Interno Bruto norteamericano para 2009 não foram suficientes para alterar os cenários de contracção económica nas principais economias mundiais, prevendo-se que a retoma seja lenta e prolongada.
Por seu lado, as autoridades monetárias prosseguiram as suas políticas expansionistas, com o FED a manter as suas taxas directoras na banda entre 0% e 0,25%, e o BCE a proceder à sua redução, situando-se em 1% com referência a Junho de 2009.
A conjugação destes factores contribuiu para uma ligeira valorização do Euro face ao Dólar Americano, cotando-se nos 1,4134 no final de Junho, e originou um aumento da actividade cambial durante este semestre, resultante de operações comerciais, quando comparado com o período homólogo de 2008.
Uma gestão conservadora nas operações de risco do Banco originou um aumento nos resultados cambiais, que ascenderam a 950 milhares de euros no final do 1.º semestre de 2009, contra os 445 milhares de euros obtidos em igual período em 2008.
O Banif manteve uma política equilibrada de gestão da liquidez, com o intuito de minimizar os riscos de mercado, apostando em aplicações de menor risco, fazendo a cobertura de risco nos activos mais voláteis, reduzindo os mismatches das taxas de juro e fazendo uma avaliação periódica do risco de taxa de juro, com o intuito de reduzir essa exposição.
A estabilidade da liquidez foi feita através do funding de Clientes, do recurso ao mercado monetário, do recurso a operações nos mercados internacionais através de empréstimos de médio/longo prazo e do recurso às operações de refinanciamento do BCE.
Durante o 1.º semestre de 2009, os Clientes do Banco continuaram a apostar em aplicações de títulos de curto prazo, em virtude da grande instabilidade dos mercados financeiros.
No âmbito dos mercados de capitais, a Direcção Financeira participou na preparação da emissão de uma operação de Titularização de Crédito Hipotecário do Banif no montante de 514,25 milhões de euros, finalizada em Março. Os títulos desta operação foram convertidos em activos elegíveis para o Banco poder beneficiar da facilidade de refinanciamento junto do BCE.
Em Maio, foi efectuada uma emissão de Obrigações de Taxa Fixa no montante de 500 milhões de euros, com o prazo de 3 anos e a Garantia do Estado Português.
A liquidez do Banco continuou a mostrar alguma estabilidade no 1.º semestre de 2009, com o respectivo rácio, conforme medido pelo Banco de Portugal, a registar um ligeiro decréscimo, passando de 103,1% no final do 1.º semestre de 2008 para 94,9 % em igual período de 2009.
As demonstrações financeiras do Banif - Banco Internacional do Funchal, SA, referentes aos períodos em análise, foram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 1/2005. Contudo, tendo em vista a análise do desempenho económico e a respectiva comparabilidade a nível internacional, bem como o contributo que o Banif representa para o Grupo, considera-se mais adequado a utilização de elementos contabilísticos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), as quais são adoptadas pela Banif-SGPS, empresa-mãe do Grupo, na apresentação das suas Demonstrações Financeiras consolidadas.
Por outro lado, a partir de 1 de Janeiro de 2009, o Banif incorporou por fusão o Banco Banif e Comercial dos Açores, SA, instituição líder do mercado da Região Autónoma dos Açores.
Neste contexto e para que as demonstrações financeiras em análise sejam directamente comparáveis nos períodos em causa, foram preparados elementos contabilísticos pró-forma para o período homólogo de 2008, em base IAS/IFRS, e respectivos indicadores, apresentados no quadro inserto no final desta análise, e que espelham adequadamente o contributo do Banif, com a inclusão do BBCA, para as contas consolidadas do Banif – Grupo Financeiro.
Assim, a análise daqueles elementos contabilísticos e dos seus principais indicadores permite salientar o desempenho do Banco na actividade desenvolvida no primeiro semestre de 2009, em comparação com igual período do ano anterior.
O Lucro Líquido cifrou-se em 10.227 milhares de Euros no final do 1º semestre de 2009, o que expressa uma rendibilidade dos capitais próprios (ROE) e uma rendibilidade do activo (ROA) anualizadas, de respectivamente 3,8% e 0,19%. A principal razão para a divergência dos resultados do exercício em base IAS/IFRS e em NCA's deve-se ao elevado volume de provisões para riscos gerais e específicos de crédito, constituídas nos termos do Aviso 3/95 do Banco de Portugal, que atingiram 61,9 milhões de euros, comparados com 33,3 milhões de euros no 1º semestre de 2008, enquanto a imparidade de crédito, em base IAS/IFRS, se situou em 50,0 milhões de euros (24,9 milhões de euros no período homólogo de 2008).
A Margem Financeira, incluindo o Rendimento de Instrumentos de Capital, apresentou um crescimento de apenas 3,7% face ao 1º semestre de 2008, cifrando-se em 106,5 milhões de euros. De facto, o crescimento registado na Margem Financeira foi inferior à expansão da actividade, que medida pela variação do Activo Líquido, subiu 10,5% entre os períodos em análise. No actual contexto de descida continuada das taxas de juro, a Margem Financeira foi prejudicada devido à estrutura temporal das carteiras activas e passivas, na medida em que o prazo médio de revisão de taxas activas é inferior ao prazo médio da revisão das taxas passivas. Além desta questão estrutural, a política seguida para crescimento dos Depósitos de Clientes, que subiram 27,9% entre Junho de 2008 e Junho de 2009, aliou-se, por vezes, a uma maior agressividade de preço.
Os Lucros de Operações Financeiras registaram, no 1º semestre de 2009, um acréscimo de 7,8 milhões de euros, face a igual período de 2008, situando-se em 5,2 milhões de euros. Para este resultado contribuíram a mais valia realizada na venda da participação na Via Litoral, no valor de 2,6 milhões de euros, contabilizada na rubrica "Activos Financeiros Disponíveis para Venda", e também a valorização da carteira de títulos ao justo valor em 1,5 milhões de euros, relevados na rubrica "Resultados de Activos e Passivos avaliados ao Justo Valor através de Resultados".
Os Outros Proveitos Líquidos, que incluem Comissões por Prestação de Serviços e Reembolso de Despesas, evidenciam um acréscimo de 7,9%, quando comparados com o período homólogo de 2008, atingindo 44,6 milhões de euros, o que traduz a eficiência na aplicação do preçário nos serviços prestados a uma base de clientes mais alargada.
O Produto da Actividade, formado pela Margem Financeira, pelos Lucros de Operações Financeiras e pelas Comissões e Outros Resultados Líquidos, cresceu 10,5%, totalizando 156,3 milhões de euros. Apesar do crescimento orgânico do Banco, os custos de funcionamento, que compreendem os Custos com o Pessoal, os Gastos Gerais Administrativos e as Amortizações, ascenderam a 95,5 milhões de euros, um decréscimo de 0,5% quando comparado com o período homólogo de 2008. Durante o primeiro semestre de 2008, os custos de funcionamento foram particularmente agravados pelos encargos com o rebranding e sua divulgação, e com a celebração do 20º aniversário do Banif – Grupo Financeiro, que ocorreram em Fevereiro.
Os Custos com o Pessoal, que se elevaram 51,9 milhões de euros, cresceram 0,5%, em relação a igual período do ano anterior, apesar do reforço do quadro de pessoal em 197 colaboradores, para um total de 2.646 no final do semestre. Aquele aumento seria de 4,6% se eliminado o efeito da contabilização da gratificação extraordinária atribuída em 2008 no âmbito das comemorações dos 20 anos do Grupo Banif e que correspondeu a um vencimento adicional.
Os Gastos Gerais Administrativos atingiram 36,5 milhões de euros, reflectindo uma descida de 5,4% relativamente ao 1º semestre de 2008, período este em que se registaram os custos com o rebranding, na sequência da uniformização das marcas do Grupo. Por seu turno, as Amortizações apresentaram, no período, um crescimento de 23,5%, em função dos investimentos realizados com a expansão da rede de agências. Foram abertas 14 novas agências durante o 1º semestre de 2009.
Como resultado da redução dos custos de funcionamento, o rácio "Cost to Income" exprime um acréscimo de eficiência de 6,8 p.p., tendo passado de 67,9%, no final do 1º semestre de 2008, para 61,1% no final do 1º semestre do ano em curso.
O Cash Flow de Exploração ascendeu a 67,9 milhões de euros, no final de Junho de 2009, uma subida de 32,7% quando comparado com o alcançado no final do período homólogo do ano anterior.
As Provisões e Imparidade, líquidas, calculadas de acordo com as IAS/IFRS, conforme o referido na introdução a esta análise, totalizaram 50,0 milhões de euros, no final do 1º semestre de 2009, como reflexo da deterioração da actual conjuntura macro-económica nacional e internacional, que obrigou a uma política de maior prudência na avaliação de alguns coeficientes de análise colectiva da imparidade de crédito.
Deste modo, o Lucro Líquido depois de impostos do Banif - Banco Internacional do Funchal, SA, ascendeu a 10,2 milhões de euros, em base IAS/IFRS, menos 35,2% do que o resultado obtido em 30 de Junho de 2008, 15,8 milhões de euros.
No Balanço, constata-se o crescimento do Activo Líquido, que alcançou 11.114,6 milhões de euros, mais 10,5% do que no período homólogo de 2008.
A rubrica "Crédito a Clientes" apresentou um valor bruto de 9.694,0 milhões de euros, representando um aumento de 9,0% quando comparado com o final do 1º semestre de 2008. Apesar do abrandamento verificado na concessão de crédito, devido à actual conjuntura económica, o crédito à habitação, que constituiu, no final do 1º semestre de 2008, 70,4% da carteira de crédito a Particulares, contribuiu com um incremento de 11,9% enquanto que a carteira de Crédito a Empresas, que no mesmo período representava 56,1% do total do crédito, em valores brutos, contribuiu com um crescimento de 12,1%. O quadro seguinte compara o saldo do crédito concedido a clientes no final dos períodos em análise:
| (milhares de euros) | Jun-08 | Jun-09 | Variação |
|---|---|---|---|
| Particulares | |||
| Crédito imobiliário | 2.655.177 | 2.970.516 | 11,9% |
| do qual titularizado | 721.814 | 2.043.426 | 183,1% |
| Crédito ao consumo | 465.747 | 487.433 | 4,7% |
| Outro | 882.985 | 759.523 | -14,0% |
| Total Particulares | 4.003.909 | 4.217.472 | 5,3% |
| Empresas | |||
| Desconto | 450.674 | 427.961 | -5,0% |
| Empréstimos | 1.871.116 | 2.301.591 | 23,0% |
| Contas Correntes | 2.021.041 | 2.192.818 | 8,5% |
| Outros | 504.123 | 513.135 | 1,8% |
| Total Empresas | 4.846.953 | 5.435.506 | 12,1% |
| Juros a receber e vencidos | 45.824 | 41.056 | -10,4% |
| Total Crédito Bruto | 8.896.687 | 9.694.034 | 9,0% |
| Imparidade de Crédito | 198.075 | 260.204 | 31,4% |
| Total Crédito Líquido | 8.698.612 | 9.433.830 | 8,5% |
Apesar da melhoria do sentimento dos investidores, alicerçada em indícios da desaceleração da recessão ocorrida no 2º semestre de 2008, mantém-se uma conjuntura económica pouco favorável. Porém a criteriosa selecção e acompanhamento do risco de crédito têm permitido manter, ainda, níveis de qualidade da Carteira de Crédito, expressos num rácio de "Imparidade/Crédito Total" de 2,68% (2,23% em 30 de Junho de 2008) e um rácio de "Crédito em Incumprimento/Crédito Total" de 2,80% (1,76% em finais de Junho de 2008).
Relativamente à carteira de Activos Financeiros ao Justo Valor através de Resultados, verificou-se um crescimento de 133,4 milhões devido, principalmente, à recompra de unidades de participação de fundos no montante de 150,9 milhões de euros.
A carteira de Activos Financeiros Disponíveis para Venda que totalizou 92,9 milhões de euros, apresentou um acréscimo de 52,5 milhões de euros, no 1º semestre de 2009, quando comparado com o período homólogo, porque neste último registaram-se a venda da participação da Via Litoral no montante de 3,4 milhões de euros, bem como os títulos residuais das operações de securitização de crédito hipotecário Azor Mortgage Nº2, Atlantes Mortgage Nº 3 e Atlantes Mortgage Nº 4, no montante de 45,8 milhões de euros.
Nas actuais condições de crise que tem condicionado o normal funcionamento do mercado, o Banif tem conseguido manter níveis adequados de liquidez diversificando a sua estrutura de recursos financeiros. Ao nível do funding captado, salienta-se o aumento verificado nos Recursos de Bancos Centrais, no montante de 319,7 milhões de euros, devido à realização de operações de crédito no Eurosistema (operações de cedência de liquidez) e o decréscimo de 1.371,0 milhões de euros ocorrido nos Recursos de Outras Instituições de Crédito que traduz a falta de liquidez ocorrida nos mercados, compensado, porém, pela excelente performance na captação de recursos de clientes.
| Milhares de Euros | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Jun-09 | Est. | Jun-08 | Est. | Variação | |
| Recursos de Bancos Centrais | 490.577 | 4,7% | 170.877 | 1,7% | 187,1% |
| Recursos de Outras Instituições de Crédito | 1.893.335 | 18,2% | 3.264.342 | 33,2% | -42,0% |
| Recursos de Clientes | 6.760.981 | 64,9% | 5.242.214 | 53,3% | 29,0% |
| Responsabilidades representadas por títulos | 525.797 | 5,0% | 64.061 | 0,7% | 720,8% |
| Outros Passivos Financeiros | 344.442 | 3,3% | 778.647 | 7,9% | -55,8% |
| Passivos Subordinados | 409.645 | 3,9% | 309.668 | 3,2% | 32,3% |
| Total de funding | 10.424.777 | 100,0% 9.829.808 | 100,0% | 6,1% |
Quanto à evolução dos Depósitos de Clientes, atingiram 6.761 milhões de euros, um acréscimo de 29%, equivalentes a 1.518,7 milhões de euros, quando comparado com o final do 1º semestre de 2008. Os Depósitos a Prazo registaram um crescimento de 1.667,7 milhões de euros, no final de Junho de 2009, quando comparado com igual período de 2008, que já inclui os recursos da Banif Finance, que só foram reclassificados para Depósito de Clientes em Dezembro de 2008. Retirado este efeito, o crescimento verificado foi de 22,2%, que reflecte as diversas iniciativas de captação de recursos através de produtos inovadores e taxas competitivas, servindo uma base mais alargada de clientes através de uma rede geograficamente mais abrangente.
| Milhares de euros | |||
|---|---|---|---|
| Jun-09 | Jun-08 | Variação | |
| Depósitos de Clientes | 6.713.297 | 5.204.265 | 29,0% |
| À ordem | 1.192.055 | 1.437.064 | -17,0% |
| A prazo | 5.003.900 | 3.336.198 | 50,0% |
| Poupança | 117.273 | 197.517 | -40,6% |
| Outros | 400.069 | 233.487 | 71,3% |
| Certificados de Depósito | 25.114 | 63.307 | -60,3% |
Durante o 1º semestre de 2009 foi reembolsada uma emissão de Obrigações de caixa Banif SFE 2006- 2009, no montante de 7,5 milhões de euros, tendo a rubrica "Passivos Financeiros ao Justo Valor através de Resultados", apresentado um decréscimo de 26,4 milhões de euros, totalizando 20,0 milhões de euros no final de Junho de 2009.
Em Abril de 2009, e ao abrigo da Lei nº 60-A/2008, de 20 de Outubro e da Portaria nº 1219-A/2008, de 23 de Outubro, o Banco emitiu Obrigações Não Subordinadas com Garantia da República Portuguesa, no montante de 500 milhões de euros, registados na rubrica Responsabilidades Representadas por Títulos.
Durante o período em análise, o Banco emitiu obrigações subordinadas, no montante total de 100 milhões de euros, e reembolsou um empréstimo subordinado no montante de 23,3 milhões de euros, concedidos pela Banif Finance, pelo que a rubrica "Outros Passivos Subordinados" apresentou um acréscimo de 32,3%, totalizando 409,6 milhões de euros.
Os Capitais Próprios do Banco, em base IAS/IFRS, atingiram os 529,4 milhões de euros no final do 1º semestre de 2009, um aumento de 16,5% face ao registado no final do 1º semestre de 2008, devido ao efeito conjugado do aumento do capital social do Banco, em 50 milhões de euros, realizado pela Banif Comercial, SGPS e à incorporação, por fusão, do Banif Banco Comercial dos Açores já referida.
Como resultado do reforço de capitais próprios, acima referido, o Rácio de Solvabilidade, calculado nos termos regulamentares do Banco de Portugal, subiu para 9,80%, no final de Junho de 2009, face a 9,64%, no final de Junho de 2008, não obstante a expansão da actividade. O Rácio de Solvabilidade, em contas IAS/IFRS, e determinado de acordo com as Core Criteria de Basileia, situava-se em 9,24% no final do 1º semestre de 2009 (9,52% em Junho de 2008), enquanto o rácio CoreTier I atingiu 5,75% (5,72% em Junho de 2008).
Para o mesmo período, este rácio, calculado numa base consolidada do Banif e Banif Finance Ltd, entidade controlada pelo Banif e vocacionada para a emissão de dívida, em contas IAS/IFRS, situavase em 11,82% (10,82% em Junho de 2008), enquanto o rácio Core Tier I atingiu 7,76% (6,90% em Junho de 2008).
Face ao Resultado Líquido do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. em 30 de Junho de 2009, de 10,2 milhões de euros, registou-se um ROE de 3,8% (7,0% em 2008) e um ROA de 0,19% (0,30% em 2008), ambos calculados a valores médios dos Capitais Próprios e dos Activos do Banco e anualizados.
O Banif aprovou, no final de 2007, o seu Plano Trienal 2008-2010, que prevê, em linha gerais, os seguintes objectivos:
(1) Revisto recentemente face à actual situação dos mercados e à recessão económica
Análise Comparativa, em base IAS/IFRS:
| Balanço | 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação | Variação |
|---|---|---|---|---|
| absoluta | % | |||
| Activo Líquido | 11.114.634 | 10.062.057 | 1.052.577 | 10,5% |
| Crédito Concedido (Bruto) | 9.694.034 | 8.896.687 | 797.347 | 9,0% |
| Depósitos de clientes | 6.737.545 | 5.267.573 | 1.469.972 | 27,9% |
| Recursos totais de Clientes (balanço) | 7.306.814 | 5.352.729 | 1.954.085 | 36,5% |
| Capitais Próprios | 529.368 | 454.549 | 74.819 | 16,5% |
| Demonstração de resultados | 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação | Variação |
| absoluta | % | |||
| Margem Financeira | 106.568 | 102.735 | 3.833 | 3,7% |
| Lucros em Operações Financeiras (líq.) | 5.126 | -2.668 | 7.794 | 292,1% |
| Outros Proveitos (líq.) | 44.639 | 41.368 | 3.271 | 7,9% |
| Produto da Actividade | 156.333 | 141.435 | 14.898 | 10,5% |
| Custos com Pessoal | 51.931 | 51.674 | 257 | 0,5% |
| Gastos Gerais Administrativos | 36.488 | 38.569 | -2.081 | -5,4% |
| Cash Flow | 67.914 | 51.192 | 16.722 | 32,7% |
| Amortizações do Exercício | 7.115 | 5.764 | 1.351 | 23,4% |
| Provisões e Imparidade (líq.) | 49.998 | 24.953 | 25.045 | 100,4% |
| Resultado antes de Impostos | 10.801 | 20.475 | -9.674 | -47,2% |
| Impostos (correntes e diferidos) | 574 | 4.684 | -4.110 | -87,7% |
| Resultado do Exercício | 10.227 | 15.791 | -5.564 | -35,2% |
| Outros indicadores | 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação | Variação |
| Imparidade de Crédito / Crédito Total | 2,68% | 2,23% | - | - |
| ROE | 3,8% | 7,0% | - | - |
| ROA | 0,19% | 0,30% | - | - |
| Resultado Antes de Impostos / Activo Líquido Médios* | 0,10% | 0,20% | - | - |
| Produto da Actividade / Activo Líquido Médios* | 2,81% | 2,81% | - | - |
| Resultado Antes de Impostos / Capitais Próprios Médios* | 4,1% | 9,0% | - | - |
| Custos de Funcionamento + Amortizações / Produto da Actividade | 61,1% | 67,9% | - | - |
| Custos Com Pessoal / Produto da Actividade | 33,2% | 36,5% | - | - |
| Rácio de Solvabilidade** | 9,2% | 9,5% | - | - |
| Core Tier I** | 5,8% | 5,7% | - | - |
| Total de Activos Ponderados** | 8.130 | 7.583 | 547 | 7,2% |
| Nº de empregados | 2.646 | 2.449 | 197 | 8,0% |
| N º de Agências Bancárias | 333 | 299 | 34 | 11,4% |
(*) - Anualizado
(**) - Calculado nos termos do Acordo de Basileia
A produção global no 1.º semestre de 2009 foi de 74,7 milhões de euros, dos quais 49,7 milhões de euros referem-se a contratos de locação financeira mobiliária, 21,4 milhões de euros a contratos de locação financeira imobiliária e 3,6 milhões de euros a contratos de crédito.
Em relação ao período homólogo de 2008, verificou-se um decréscimo de 36,6% da produção global da empresa. Em termos parcelares, há a referir que, em relação ao mesmo período, a locação financeira mobiliária decresceu 44%, a locação financeira imobiliária cresceu 13% e os contratos de crédito decresceram 65%.
As redes de distribuição do Banif contribuíram com cerca de 61% para a produção de leasing mobiliário e contribuíram para a totalidade da produção de leasing imobiliário. No que concerne ao crédito, as delegações da empresa foram responsáveis pela totalidade das operações concretizadas.
A carteira de crédito, antes de provisões, em 30 de Junho de 2009, ascendia a 588,9 milhões de euros, o que significa um crescimento de 2,2% relativamente ao período homólogo de 2008.
A margem financeira teve uma quebra de cerca de 11,8%, em relação ao 1.º semestre de 2008, em virtude da evolução muito desfavorável dos custos de funding da actividade, apesar da descida constante dos principais indexantes.
O Cost to Income, relação entre custos operativos e o produto bancário, teve um acréscimo significativo, reflexo da quebra na margem financeira e do investimento na nova solução informática, tendo passado de 30,4% no final do 1.º semestre de 2008, para 37,3% no final do 1.º semestre de 2009.
O resultado líquido apurado em 30 de Junho de 2009 foi de -5,8 milhões de euros em base NCAs, motivado essencialmente pela quebra da margem financeira e pelo reforço significativo do valor das provisões associadas ao crédito a clientes.
O cash-flow gerado, no montante de 4.065 milhares de euros, representou um decréscimo de 20,6% face ao mesmo período de 2008.
Em 30 de Junho de 2009, o número de colaboradores da sociedade era de 69.
| Valores expressos em milhares de euros | ||||
|---|---|---|---|---|
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | ||
| Produção global | 74.707 | 117.841 | -36,60% | |
| Activo líquido | 565.041 | 588.891 | -4,05% | |
| Crédito Total | 588.940 | 576.345 | 2,19% | |
| Capitais Próprios | 22.700 | 28.663 | -20,80% | |
| Margem Financeira | 5.453 | 6.182 | -11,79% | |
| Cash-Flow | 4.065 | 5.121 | -20,62% | |
| Resultado líquido | -5.842 | -2.433 | 140,11% | |
| ROE | -12,25% | -4,24% | - | |
| ROA | -1,03% | -0,83% | - | |
| RAI/Activo Líquido Médio | -1,35% | -1,21% | - | |
| Produto Bancário/Activo Líquido Médio | 1,08% | 2,71% | - | |
| RAI/Capitais Próprios Médios | -56,89% | -26,48% | - |
| Custos Pessoal/Produto Bancário | 17,35% | 15,61% | - |
|---|---|---|---|
| Cost to Income | 37,30% | 30,39% | - |
| Crédito Vencido/Crédito Total | 6,76% | 5,04% | - |
| Crédito c/ incumprimento/ Crédito Total | 10,52% | 6,70% | - |
| Crédito c/ incumprimento/ Crédito Total Liq. | 3,46% | 2,39% | - |
| Provisões Totais/Crédito Vencido | 122,85% | 107,10% | - |
| N.º de Empregados | 69 | 78 | -11,54% |
No 1.º semestre de 2009 foram celebrados 1.243 novos contratos (1.045 no período homólogo de 2008) num total de investimento de 9,6 milhões de euros (14,9 milhões de euros no período homólogo de 2008), o que se traduziu num acréscimo de 19% face aos contratos celebrados em igual período de 2008. O acréscimo de produção, com um menor volume de investimento associado quando comparado com o período homólogo do ano anterior, fica a dever-se à introdução de um novo produto denominado "realuguer de veículos".
A frota total sob gestão, no final do 1.º semestre de 2009, era composta por 4.207 veículos (3.189 no período homólogo de 2008) o que representa um acréscimo de 32% face a igual período de 2008.
Do total dos veículos sob gestão, 2.381 (2.047 no período homólogo de 2008) incluem serviços (manutenção, pneus, viatura de substituição e seguro), o que significa um acréscimo de 16% face a igual período de 2008 e representa mais de metade da frota total (56,6%).
No período em análise, a actividade da sociedade gerou um resultado líquido de 106,8 milhares de euros, o que constitui mais do dobro do resultado líquido apurado em igual período de 2008.
Dando cumprimento ao estabelecido no plano estratégico para o triénio 2008-2010, foi reforçada a estrutura da Direcção Comercial, a qual passou a dispor de uma equipa no Porto, constituída por uma assistente e dois técnicos comerciais, responsável pelo apoio aos clientes e unidades de negócio do Banif a norte dos distritos de Coimbra e de Viseu.
Procedeu-se igualmente ao reforço da equipa da Direcção de Operações Automóvel, com a contratação de um Director com comprovada experiência no sector e de uma colaboradora para a área de Logística Automóvel, com o objectivo de melhorar a qualidade do serviço prestado e o controlo de custos de uma frota em crescimento.
| Valores expressos em milhares de euros | |||
|---|---|---|---|
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | |
| Produção - Nº Contratos | 1.243 | 1.045 | 19% |
| Produção – Investimento | 9.600 | 14.913 | -36% |
| Frota sob gestão | 4.207 | 3.189 | 32% |
| Activo | 80.007 | 57.392 | 39% |
| Capitais Próprios | 383 | 233 | 64% |
| Cash-Flow | 5.044 | 3.768 | 34% |
|---|---|---|---|
| EBITDA | 6.094 | 4.591 | 33% |
| Resultado Líquido | 107 | 52 | 106% |
| N.º de Empregados | 22 | 14 | 57% |
Durante o 1.º semestre de 2009, assistiu-se a uma melhoria, embora muito ligeira, no funcionamento dos mercados interbancários e financeiros internacionais, pese embora a manutenção da falta de liquidez, nos prazos mais longos.
Na Europa e EUA, a intervenção dos vários Governos no capital e estrutura accionista dos bancos manteve-se. As respostas dadas pelos vários Estados foram adequadas, permitindo sustentar os vários sistemas bancários nacionais e, consequentemente, as empresas e famílias, conferindo alguma estabilidade e credibilidade ao Sistema Financeiro e ao tecido económico no seu todo.
Apesar da situação referida dos mercados financeiros internacionais, durante o 1.º semestre de 2009 o Banif conseguiu lançar com sucesso um empréstimo obrigacionista, num total de 500 milhões de euros a 3 anos, com Garantia do Estado Português.
Por outro lado, o Banco continuou a tomar (e também a ceder) funding em regime de empréstimos bilaterais (banco a banco ou com grupos seleccionados de instituições financeiras de relacionamento) e, paralelamente, manteve regular interacção com os seus mais de 250 contrapartes bancários, com os quais mantém limites de trabalho recíprocos e opera nos mercados cambiais e monetário. Vem trabalhando também, numa base regular e crescente, em operações comerciais, nomeadamente, Pagamentos, Remessas, Cartas de Crédito e Garantias.
O Banif conta com um universo de 1.500 bancos correspondentes em todo o mundo e mantém cerca de 35 contas directas de correspondentes (Nostro e Vostro).
Em Junho de 2009, realizou-se a 27.ª reunião anual do GEB (Groupement Européen de Banques) do qual o Banif é o membro português de pleno direito desde 2001 e com cujos demais membros tem vindo a estreitar relações nas mais diversas áreas de negócios. O Banif desempenhou as funções de coordenação do Grupo (Presidência no biénio 2008/2009) tendo procurado incrementar as relações e o cross-selling intra-grupo durante o período em causa.
Para todos estes feitos e performances têm contribuído o bom nome que o Banif tem vindo a construir no mercado há já alguns anos, o histórico e a experiência em muito bem sucedidas operações passadas e as suas notações de rating, actualmente perfeitamente alinhadas: "Moody's" (Baa1; P-2) e "Fitch" (BBB+; F2).
O Banif tem dado seguimento a uma cuidada estratégia de crescimento internacional, posicionando-se em mercados com potencial de negócio e crescimento, como Malta, Espanha, Reino Unido, e também em mercados com especial atenção ao acompanhamento das relações de negócio com países de expressão portuguesa, designadamente Cabo Verde e Brasil.
O Banif - Grupo Financeiro reforçou e mantém a aposta na sua presença na Venezuela, à semelhança de igual posição assumida junto da comunidade emigrante portuguesa nos Estados Unidos da América, Canadá e África do Sul.
A fusão por incorporação do Banco Banif e Comercial dos Açores, SA no Banif foi feita em termos de assegurar a manutenção da cobertura geográfica e do nível de prestação de serviços nos EUA e Canadá às comunidades açorianas aí residentes. Igual aposta, a nível de serviços, irá ser brevemente iniciada no Reino Unido, a partir da Sucursal de Londres.
Em termos de negócio internacional, durante o 1.º semestre de 2009 e apesar de políticas creditícias mais restritivas, o Banif manteve a aposta no trade finance internacional, com destaque para as operações de risco brasileiro.
Por força do arrefecimento da economia mundial e de alguns problemas específicos das economias emergentes da Europa Central e de Leste, o Banco assumiu uma postura mais conservadora, reduzindo o tamanho da sua carteira trade related com aqueles mercados, não tendo sido concretizadas grandes operações ou participações em empréstimos sindicados/bilaterais durante o semestre em causa. Esta carteira totalizava 76,3 milhões de euros a 30 de Junho de 2009, contra 126,4 milhões de euros em finais de 2008.
O Banco pretende agora concentrar esforços no Trade Finance internacional puro e no Structured Trade Finance, em operações internacionais específicas, por um lado, e, por outro, no apoio às empresas portuguesas através de equipas de especialistas, com enfoque no vector Lisboa/Londres, para além da interacção entre outras Unidades do Banco baseadas no Brasil, Malta e EUA.
Correspondendo à boa actividade da Banif Finance (USA), Inc. na concessão de crédito hipotecário não obstante a performance do real estate a nível mundial - o Banco procedeu ao funding desta carteira, num total de 190 milhões de dólares (178 milhões de dólares em finais de 2008).
À data de 30 de Junho de 2009, o volume de activos do Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd ascendia a aproximadamente 891 milhões de dólares, o que se traduziu num crescimento do Activo Total em cerca de 3%, face ao período homólogo de 2008.
Pese embora um aumento pouco significativo do Activo total do Banco face ao 1.º semestre de 2008, a sua estrutura registou alterações substanciais, nomeadamente no que diz respeito às rubricas de "Activos financeiros detidos para negociação" e "Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados" que registaram um decréscimo de 58% e 72%, respectivamente, e "Disponibilidades em outras instituições de crédito", que registou um incremento de cerca de 169%, face ao semestre homólogo de 2008.
Adicionalmente, verificou-se também um acréscimo no valor da participação no BIH de cerca de 3 milhões de dólares, em resultado do aumento de capital efectuado por esta entidade no 3.º trimestre de 2008. A percentagem de participação do Banif (Cayman) na BIH, manteve-se, no entanto, inalterada, correspondendo, à data de 30 de Junho de 2009, a 85%.
No que respeita ao passivo do Banif (Cayman), verificou-se um decréscimo face a Junho de 2008, de cerca de 17 milhões de dólares na carteira de depósitos de clientes, compensado por um acréscimo de cerca de 26 milhões de dólares na carteira de depósitos de outras instituições de crédito.
Adicionalmente, verificou-se também um aumento da rubrica de "Responsabilidades representadas por títulos" em cerca de 37 milhões de dólares, justificado pela emissão de "notes" no 2.º semestre de 2008.
No 1.º semestre de 2009, o Banif (Cayman) apresentou um resultado líquido positivo de 717 mil dólares, o que evidencia uma melhoria significativa nos resultados face a 30 de Junho de 2008, data em que o Banco apresentou um resultado líquido negativo de 87 mil dólares.
Este incremento no Resultado Líquido é essencialmente explicado pela contribuição da rubrica "Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados", que passou a assumir um valor positivo de aproximadamente 1,9 milhões de dólares, quando no período homólogo de 2008 se cifrou em 3,9 milhões de dólares negativos.
Dada a natureza limitada das operações desenvolvidas, o controlo dos riscos de natureza reputacional e legal (cumprimentos das leis e regulamentações aplicáveis e em vigor no País, regras de controlo e detecção de lavagem de dinheiro ("AML rules and regulations") e as regras de identificação de Clientes ("KYC rules"), são devidamente assumidos e assegurados pela Direcção-Geral do Banif (Cayman) nas Ilhas Caimão, que reporta directamente ao Conselho de Administração.
À data de 30 de Junho de 2009, para além da participação acima referida no BIH, o Banco continuava a deter uma participação de 60% no capital da FINAB, sociedade de gestão e incorporação de empresas, sediada também nas Ilhas Caimão.
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | |
|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 891.269 | 868.802 | 3% |
| Crédito Concedido | 382.584 | 418.370 | -9% |
| Depósito de Clientes | 169.230 | 186.255 | -9% |
| Capitais Próprios | 49.854 | 50.713 | -2% |
| Resultado Líquido | 717 | -87 | -928% |
Valores expressos em milhares de dólares
Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)
O Banif International Bank, Ltd (BIB) desenvolve a sua actividade há cerca de quatro anos e meio, desde a sua constituição e autorização pelo Banco Central das Bahamas. O capital social deste banco é detido pela Banif Investimentos em 99,9%, e pela Banif Comercial em 0,1%.
Dada a natureza e montantes das operações desenvolvidas, o controlo dos riscos de natureza reputacional e legal (cumprimento das leis e regulamentações aplicáveis e em vigor no País, regras de controlo e detecção de lavagem de dinheiro - "AML rules and regulations" - e as regras de identificação de Clientes - "KYC rules"), são devidamente assumidos e assegurados pelo Head Office nas Bahamas, que reporta directamente ao Conselho de Administração.
À data de 30 de Junho de 2009, o volume de activos do BIB, ascendia a cerca de 654 milhões de dólares, o que representa um decréscimo de cerca de 39% face ao primeiro semestre de 2008, em que o activo total do banco ascendeu a cerca de 1.074 milhões de dólares.
Esta quebra de aproximadamente 39% no volume de activos do BIB, resulta essencialmente do comportamento das rubricas de "Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito" e "Aplicações em Instituições de Crédito", que registaram um decréscimo de 21% e 100%, respectivamente, face ao período homólogo de 2008.
Pese embora o comportamento da referida rubrica, é de salientar o crescimento verificado na rubrica de "Crédito a Clientes", que registou um aumento de cerca de 16% face ao período homólogo de 2008. À data de 30 de Junho de 2009, a carteira de crédito do banco ascendia a 154 milhões de dólares, face aos 133 milhões de dólares registados no final do primeiro semestre de 2008.
No que diz respeito ao Passivo do BIB, as principais variações ocorridas face ao 1.º semestre de 2008 foram registadas nas rubricas de "Recursos em Instituições de Crédito" e "Responsabilidades Representadas por Títulos", que apresentaram um decréscimo de 57% cada.
Adicionalmente, também a carteira de depósitos de Clientes apresentou um decréscimo de volume de cerca de 24% face ao período homólogo de 2008, cifrando-se no final do 1.º semestre de 2009 em cerca de 365 milhões de dólares.
Ainda no 1.º semestre de 2009, foi levado a cabo um aumento de capital no valor de 10 milhões de euros, por via da emissão de acções preferenciais. Esta ocorrência originou um aumento dos capitais próprios do BIB, os quais, à data de 30 de Junho de 2009, ascendiam a cerca de 50 milhões de dólares.
No final do 1.º semestre de 2009, o BIB apresentava um resultado líquido positivo de 81 mil dólares, o que evidencia uma redução do resultado face a 30 de Junho de 2008, data em que o banco apresentou um resultado líquido de 112 mil dólares.
A margem financeira do BIB apresentou em acréscimo de 3% face ao semestre homólogo de 2008, cifrando-se em 3,7 milhões de dólares. Contudo, os custos de exploração, custos com pessoal e gastos gerais administrativos, acabaram por absorver a quase totalidade da margem gerada.
| Valores expressos em milhares de dólares | |||
|---|---|---|---|
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | |
| Activo Líquido | 653.668 | 1.074.054 | -39% |
| Carteira de Crédito | 154.171 | 132.949 | 16% |
| Depósitos de Clientes | 364.525 | 476.957 | -24% |
| Capitais Próprios | 49.892 | 39.893 | 25% |
| Resultado Líquido | 81 | 112 | -28% |
Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)
A Banif Finance (USA), Corp. (BFUSA), é uma instituição de crédito licenciada no Estado da Florida, cuja actividade principal consiste na concessão de crédito imobiliário para habitação e comércio e na concessão de financiamentos ao comércio internacional, a importadores e exportadores com sede nas Américas.
A sociedade iniciou a sua actividade em Fevereiro de 2002. Em 31 de Dezembro de 2008, mudou a sua designação de Banif Mortgage Company para Banif Finance (USA), Corp. assim reflectindo a expansão das suas actividades, as quais incluem hoje os financiamentos de comércio internacional, como resultado da fusão com a Banif Forfaiting (USA), Inc..
No que diz respeito ao crédito imobiliário, a BFUSA não só financia Clientes do Banif – Grupo Financeiro, na compra e/ou construção de habitação própria ou imóveis para investimento, mas também financia a compra e/ou construção de imóveis comerciais a Clientes institucionais. Todas as operações de crédito imobiliário são fundamentadas numa análise de crédito e/ou de viabilidade do projecto, para além de uma avaliação feita por uma firma independente especializada. Todos os projectos imobiliários financiados pela BFUSA estão garantidos por hipoteca sobre o activo financiado.
Em resultado da crise financeira internacional, a sociedade concretizou apenas 26 novos financiamentos até ao final de Junho de 2009, totalizando 30 milhões de dólares, valor inferior aos 60 milhões de dólares financiados no período homólogo de 2008. Devido a esta quebra na produção, as comissões cobradas a clientes decresceram para 278 milhares de dólares, de um total de 346 milhares de dólares no mesmo período de 2008. Por seu turno registou-se um significativo crescimento das provisões para a carteira de crédito, de 595 milhares de dólares no 1.º semestre de 2008 para 5.844 milhares de dólares no 1.º semestre de 2009, o que justifica a deterioração do resultado líquido da sociedade, que se fixou, neste último semestre, em – 1.547 milhares de dólares
O quadro seguinte apresenta os principais indicadores da actividade, não obstante os valores relativos ao ano de 2009 não sejam rigorosamente comparáveis com os de 2008, uma vez que estes são prévios à fusão entre a Banif Forfaiting (USA), Inc. e a Banif Mortgage Company e apenas reflectem a actividade desta última sociedade.
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | ||
|---|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 275.646 | 133.505 | 106% | |
| Capitais Próprios | 7.483 | 8.948 | -19% | |
| Proveitos Totais | 8.513 | 4.954 | 72% | |
| Lucro Líquido | -1.547 | 468 | -430% |
Valores expressos em milhares de dólares
Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)
A Banif Financial Services, Inc. (BFS) é uma sociedade constituída em 2000, registada no Estado da Flórida, licenciada como Registered Investment Adviser, que fornece aos seus Clientes serviços de aconselhamento ao investimento. Como entidade regulada pelo Governo e sob a jurisdição do Florida Office of Financial Regulation, Division of Securities and Finance, a BFS segue todos os procedimentos operacionais, códigos de ética e políticas anti-branqueamento de capitais a que está sujeita, assim reduzindo os riscos legais e operacionais da actividade.
A BFS actua nos EUA como US Investment Adviser e tem como missão:
Desenvolver e apoiar os negócios do Banif - Private Wealth Management contando, para tal, com uma equipa de Investment Advisers que, a partir de Miami, cobre os mercados do Brasil, Venezuela e Argentina;
Articular com a sede do Banif – Grupo Financeiro em Lisboa, com o Banif Brasil, com o Banif (Cayman), com BIB e outros prestadores de serviços, todo o processo de criação, implementação e manutenção de serviços e produtos do Banif - Private Wealth Management.
No final do 1.º semestre de 2009, o Banif – Private Wealth Management contava com um total de 489 Clientes e um total de activos sob gestão de USD 131 milhões.
| Expresso em milhares de dólares | |||
|---|---|---|---|
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | |
| Activo Líquido | 269 | 289 | -7% |
| Capitais Próprios | 227 | 207 | 10% |
| Proveitos Totais | 240 | 201 | 19% |
| Lucro Líquido | -126 | -144 | 13% |
O quadro seguinte traduz a evolução dos principais indicadores da actividade
Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)
No final de 2008, num contexto de incertezas a nível internacional, caracterizado pelo receio de que a crise nos sectores da construção e imobiliário nos EUA pudesse vir a contaminar todo o sistema financeiro mundial, antevia-se uma crise longa e profunda, com a convicção de que o impacto na actividade bancária poderia causar uma forte e duradoura restrição de crédito.
A economia brasileira também foi sensivelmente afectada por esta crise, através da forte redução de parceiros financeiros e, consequentemente, dos limites disponíveis pelos grandes bancos internacionais e organismos multinacionais que, historicamente, financiavam os bancos brasileiros, fornecendo-lhes os fundos com os quais, por sua vez, estes financiavam o sector mais produtivo da economia brasileira, ou seja, a industria de exportação e o financiamento ao comércio externo do país.
A economia brasileira, no 1º. trimestre de 2009, reflectiu uma queda de 1,8%. Ainda assim, a expectativa é de um crescimento modesto do PIB, na ordem dos 0,8%, no ano de 2009.
Durante o 1.º semestre de 2009, o Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA (Banif Brasil) registou uma redução nos seus activos totais na ordem dos 18%, atingindo o volume total de 668 milhões de euros, com um forte redução das suas operacções interbancárias, consequência da própria contraçcção do mercado. Em contrapartida, o banco dedicou uma atenção especial ao desenvolvimento da sua rede de agências, da sua base de clientes, do crédito ao consumo e pessoal, bem como à consolidação da Financeira Banif, em qualquer dos casos tendo em vista o crescimento da base de clientes e a pulverização do crédito concedido.
O Banif Brasil continuou com uma posição de destaque, entre as 50 maiores instituições bancárias comerciais no país. Quando consolidadas as operações do Grupo Banif no Brasil, esse posicionamento situa-se entre as 30 maiores instituições financeiras. Neste contexto, o Banif Brasil continua a ser nomeado pelo Banco Central do Brasil, entre os 17 maiores bancos de Câmbio e Comércio Exterior no país, como Dealer do Mercado de Câmbio, o que tem sido uma agradável surpresa, na medida em que representa o reconhecimento de um trabalho bem desenvolvido e que, apesar da forte competição com os grandes grupos bancários, se tem consolidado durante os últimos 5 anos.
No tocante à balança de pagamentos, os sinais da direcção da economia brasileira são positivos, em geral indicadores de uma melhoria da performance. No tocante à inflação, a política ortodoxa e conservadora das autoridades monetárias brasileiras tem contribuído efectivamente para que a mesma se mantenha em baixa e estimada em cerca de 4%, em 2009.
Provavelmente, esta será a primeira vez que o Brasil não sofre pesados efeitos de uma crise internacional, passando, inclusive, a ser visto como um dos paises emergentes, com um outlook favorável para continuar a receber investimentos estrangeiros, sejam eles de risco ou de capital efectivo.
As incertezas assinaladas e a extensão da crise a nível internacional, no 1.º trimestre de 2009, levaram a que a estratégia da gestão do Banif Brasil, acompanhando a tendência do mercado e a sua própria contracção, passasse pela desaceleração do processo de expansão que o banco vinha conhecendo nos últimos anos.
Apesar da sensível redução da atividade de tesouraria e interbancário, a estratégia de consolidar a base de clientes e diversificar fortemente o risco de crédito comercial permitiu que o crédito líquido, em 30 de Junho passado, atingisse 847 milhões de reais, apresentando um forte crescimento, da ordem dos 29%, quando comparado com os 659 milhões de reais atingidos no 1.º semestre de 2008. Este indicador demonstra a competitividade do Banif Brasil, num mercado que, apesar da crise, sempre mostrou vitalidade, principalmente no crédito ao consumidor, impactado fortemente pelas medidas governamentais de distribuição de renda e de apoio às regiões mais pobres do país.
O Banif Brasil continua com enfoque nas operações de crédito consignado ao funcionalismo público, com pagamento descontado directamente no salário mensal dos funcionários. Estas operações, com excelente rendibilidade e baixíssimo risco, atingiram 167,2 milhões de reais. O objetivo do Banif Brasil é, também, desenvolver o crédito consignado no financiamento a trabalhadores do sector privado, aproveitando a sua base de clientes Corporate.
Outro produto core business relevante para o crescimento do Banco tem sido o Financiamento ao Comércio Externo, o qual, em Junho de 2009, atingiu 201,5 milhões de reais e tem permitido ao banco operar em diversas linhas de negócios com os clientes exportadores, circunstância que tem permitido uma multiplicidade de outras operações, designadamente, que envolvem o Banco de Investimento (Brasil) e as empresas do Grupo fora do Brasil.
Por outro lado, o desenvolvimento das operações na Financeira Banif habilitou o banco a competir no mercado do financiamento de bens de consumo, principalmente no financiamento de veículos, ligeiros e pesados, máquinas industriais e no crédito pessoal, com empréstimos pulverizados quanto ao risco e com excelentes margens de rendibilidade.
A Financeira Banif encerrou o 1.º semestre de 2009 com um volume de financiamentos na ordem dos 119,8 milhões de reais, tendo apresentado um forte crescimento e um excelente histórico de crédito, projectando uma imagem positiva e activa do banco, para o que beneficiou de uma fase inicial caracterizada pela falta de liquidez de alguns grupos bancários concorrentes, que lhe permitiu estabelecer-se no mercado. Hoje, a Financeira Banif é, de facto, uma marca cada vez mais reconhecida nacionalmente.
O Banif Brasil tem aumentado a sua presença no sector da construção através de operações amplamente cobertas por garantias, que têm por objectivo final assegurar uma continuidade dos processos de financiamento, de forma capilarizada e diluída junto dos compradores finais, adquirentes de residência de família (com baixo grau de inadimplência) o que deverá assegurar a manutenção de activos de longo prazo, bem garantidos, com geração de spread adequado, e, ao mesmo tempo, a conquista/fidelização de clientes particulares.
No final de 2008, a crise externa dos mercados financeiros afectou negativamente o mercado interbancário brasileiro, que se ressentiu fortemente da ausência dos recursos externos antes abundantes. Com o objectivo de contornar esta situação, a Administração do Banco concentrou atenção e esforços no sentido do aumento da captação de depósitos na rede, a fim de assegurar a estabilidade do funding e de evitar a concentração em grandes investidores ou aplicadores. Esta situação teve como consequência um aumento do custo de captação, num primeiro momento, com impacto no resultado do Banif Brasil no 1.º semestre de 2009.
A tesouraria do Banif Brasil tem-se mantido activa, com forte presença no mercado de câmbio, na captação de recursos junto de investidores institucionais e dando suporte às agências na intermediação com os interesses dos Clientes. Os esforços desenvolvidos no 1.º semestre de 2009 levaram a que o Banif Brasil apresentasse um importante crescimento na captação de recursos, conforme refletido pelo volume de recursos de Clientes, que se cifra em 661 milhões de reais, que representam um crescimento de cerca de 41% relativamente ao 1.º semestre de 2008 e que asseguram ao banco uma confortável posição em termos de liquidez.
Também tem sido relevante o esforço de ampliação da base de clientes particulares através da divulgação, junto das agências, de um programa, mensalmente acompanhado pela administração, para o estabelecimento de protocolos com associações profissionais (v.g. advogados, engenheiros, economistas, dentistas). Através desta iniciativa, espera-se conseguir uma rápida e substancial ampliação da base de clientes particulares e, consequentemente, aumentar a actividade da Financeira Banif e os níveis de comercialização de cartões de crédito.
O Banif Brasil continua com o seu projecto de expansão geográfica das agências e escritórios, de modo a aumentar a sua capacidade competitiva no negócio bancário e da Financeira, com vista a atingir, num futuro próximo, a condição de banco médio de carácter múltiplo, com uma boa rede de agências, substituindo os bancos médios que foram adquiridos nas duas últimas décadas e que deixaram um nicho de mercado que se pretende preencher. Todavia, em função da conjuntura económica adversa que se fez sentir a partir do 2.º semestre de 2008, foi decidido adiar a abertura de novas unidades de negócio.
Actualmente, o Banif Brasil dispõe de 20 pontos de venda, dos quais 8 são em conjunto com a rede da Financeira Banif, nas principais cidades do Estado de São Paulo e noutras capitais de Estados brasileiros, consideradas de maior relevância estratégica, principalmente no Nordeste do pais onde o banco necessitava de representação. Nestes casos, os escritórios da Financeira Banif servem de apoio e base para as actividades do banco comercial.
Além dos referidos 20 pontos de venda, o Banif Brasil deu início à sua presença na cidade de Campinas (São Paulo) e mantém o objectivo de, ainda durante o ano de 2009, inaugurar as Agências Brasília (Distrito Federal), Agência Centro (São Paulo), Agência de Santana (São Paulo) e Agência de Joinville (Santa Catarina).
O Banif Brasil tem um representante residente em Recife (Pernambuco) e o seu escopo de atividade será ampliado de modo a cobrir efectivamente o Nordeste Brasileiro, incluíndo Fortaleza (Ceará), que tem recebido um enorme investimento português.
O resultado do Banif Brasil no 1.º semestre de 2009 foi de 530 mil reais, condicionado por um forte programa de investimentos na expansão da rede de agências e escritórios, por um forte investimento na diversificação dos produtos, designadamente os comercializados pela Financeira Banif e pelos investimentos no desenvolvimento dos cartões de débito e crédito comercializados sob a bandeira "Visa".
Os referidos resultados semestrais foram igualmente condicionados pelo elevado montante de provisões que o Banif Brasil realizou no 1º. Semestre de 2009, que ascenderam a 24 milhões de reais, em resultado de uma política de provisionamento muito conservadora, em linha com os parâmetros mais conservadores do Banco Central do Brasil e através da qual se pretende salvaguardar o banco no futuro.
| Valores expressos em milhares de reais | |||
|---|---|---|---|
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % |
|
| Activo Líquido | 1.829.877 | 2.041.436 | -10% |
| Crédito Líquido | 847.612 | 659.186 | 29% |
| Recursos de Clientes | 660.764 | 467.118 | 41% |
| Capitais Próprios | 132.211 | 82.673 | 60% |
| Margem Financeira | 50.850 | 26.155 | 94,42% |
| Produto da Actividade | 54.055 | 35.122 | 53,91% |
| Cash-Flow de Exploração | 27.080 | 8.718 | 211% |
| Resultado Líquido | 530 | 3.868 | -86% |
| ROA (anualizado) | 0,06% | 0,38% | ---- |
| ROE (anualizado) | 0,80% | 9,36% | ---- |
| Número de Agências | 20 | 11 | 82% |
| Número de Empregados | 300 | 274 | 9% |
Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 2,73985 Reais (BRL)
A Finab é uma sociedade com sede nas Ilhas Cayman, participada em 60% pelo Banif (Cayman), que presta serviços referentes à formação e incorporação de sociedades.
No primeiro semestre de 2009 registou-se um aumento pouco significativo na actividade da companhia relativamente ao mesmo período de 2008, em virtude de um Struck-Off de 15 sociedades durante o primeiro semestre do ano em curso.
Resultado da continuidade do esforço na venda dos produtos e servicos da Finab, bem como das alianças com empresas intermediárias, a Finab aumentou a sua carteira de clientes em mais 35 sociedades, o que se traduziu num acréscimo de 9% em relação a 31 de Dezembro de 2008.
O número de sociedades representadas pela Finab, era, no final do mês de Junho de 2009 de 510 e as comissões cobradas no período atingiram 405.000 dólares.
Dada a natureza limitada das operações desenvolvidas, o controlo dos riscos de natureza reputacional e legal (cumprimento das leis e regulamentações aplicáveis e em vigor no país, regras de controlo e detecção de lavagem de dinheiro ["AML rules and regulations"]) e as regras de identificação de Clientes ["KYC rules"]), são devidamente assumidos e assegurados pelo Head Office nas Ilhas Cayman, que reporta directamente ao Conselho de Administração.
No 1.º semestre de 2009, a Banca Pueyo alcançou o montante de 745 milhões de euros em depósitos de clientes, o que representa um crescimento de 2,84% relativamente ao período homólogo de 2008.
Por outro lado, o crédito concedido atingiu os 637 milhões de euros, o que representa um crescimento de 2,37% relativamente ao mesmo período do ano anterior.
Os dados descritos representam algum abrandamento relativamente à trajectória de crescimento que se vinha verificando nos exercícios anteriores mas, por outro lado, demonstram que a Banca Pueyo continua em crescimento, de forma equilibrada, mantendo excelentes rácios de solvabilidade e de liquidez.
Os resultados líquidos no período em referência foram de 4.987 milhares de euros, o que representa uma redução de 5,48% relativamente ao mesmo período do exercício anterior, que se deveu essencialmente ao estreitamento da margem de intermediação e à política de constituição de provisões para crédito vencido.
O rácio de crédito vencido/crédito total é de1,04%, muito inferior à média do sector financeiro espanhol, além de que existe uma excelente cobertura por provisões, que atinge 218,83% do crédito em mora.
No 1.º semestre de 2009, foram abertas 4 novas Agências na Província de Badajoz, nas localidades de La Roca de la Sierra, Calera de León, Higuera de la Serena e Nogales. Para o 2.º semestre do ano em curso, está prevista a abertura de, pelo menos, uma nova Agência.
Em face da situação descrita, a Banca Pueyo inicia o 2.º semestre de 2009 numa situação confortável e com o firme propósito de alcançar os objectivos previstos no início do ano.
| Valores expressos em milhares de euros | ||||
|---|---|---|---|---|
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % |
||
| Activo Líquido | 870.520 | 823.215 | 5,75% | |
| Crédito Concedido Bruto | 637.166 | 622.412 | 2,37% | |
| Depósitos de Clientes | 745.689 | 725.078 | 2,84% | |
| Capitais Próprios | 75.176 | 67.372 | 11,58% | |
| Margem Financeira | 13.310 | 12.916 | 3,05% | |
| Produto da Actividade | 17.673 | 15.671 | 12,78% | |
| Cash-Flow de Exploração | 9.420 | 8.424 | 11,82% | |
| Resultado Líquido | 4.987 | 5.276 | -5,48% | |
| ROA | 1,11% | 1,23% | ---- | |
| ROE | 12,89% | 15,29% | ---- | |
| Crédito Vencido / Crédito Total | 1,04% | 0,50% | ---- | |
| Cost to Income | 44,25% | 42,92% | ---- | |
| Número de Agências | 84 | 80 | 5,00% | |
| Número de Empregados | 226 | 225 | 0,44% |
O Banco Caboverdiano de Negócios, SA (BCN) obteve resultados líquidos de cerca de 319.000 euros no 1.º semestre de 2009, o que corresponde a uma redução de cerca de 49% face ao 1.º semestre de 2008.
O desempenho obtido pelo BCN a nível dos resultados líquidos foi baseada nos seguintes contributos, apresentados em termos de variação obtida face ao 1.º semestre de 2008:
Em síntese, no que concerne à conta de resultados, o BCN, actuando num contexto de expansão da sua Rede de Agências e de intensificação da crise económica em Cabo Verde, sofreu uma desaceleração da sua capacidade de crescimento na geração de proveitos, tanto a nível da margem financeira como da margem complementar, e, em simultâneo, tem vindo a reflectir uma base de custos operacionais mais ampla. É ainda de salientar uma tendência de alguma deterioração da qualidade da carteira de crédito.
Assim, no 1.º semestre de 2009, o Banco apresentou um indicador de Cost-to-Income de 77,6,% (contra 60,1% no período homólogo de 2008) e um ROE de 6,6% (contra 17,7% no período homólogo de 2008).
O rácio de solvabilidade situa-se em 10,9% e o rácio de crédito vencido com mais de 90 dias situa-se em 3,7%.
O BCN possui cerca de 15.000 clientes activos.
Em termos de volumes, a carteira de crédito situa-se em 78,3 milhões de euros, tendo esta apresentado um crescimento de 27% face ao período homólogo de 2008. A carteira de recursos situase em 88,2 milhões de euros, tendo apresentado um crescimento de 26,1% face ao período homólogo de 2008. A taxa de transformação é de 88%, mantendo assim níveis semelhantes aos observados no 1º semestre de 2008.
A Rede de Agências cresceu 67%, passando de 12 pontos de venda em Junho de 2008 para 20 Agências no final de Junho de 2009. O banco planeia concluir 2009 com uma rede de 21 pontos de venda. Actualmente, o BCN está já presente em 8 das 9 ilhas do arquipélago.
Em termos de marketing e lançamento de novos produtos e serviços, o BCN realizou as seguintes iniciativas, no 1.º semestre de 2009:
O BCN procedeu ainda a aprofundadas revisões do preçário, do manual de crédito e do regulamento de crédito vencido. Foi implementado o SIC – Sistema de Informação Comercial, baseado numa ferramenta de controlo de gestão desenvolvida e disponibilizada na intranet, junto do igualmente criado Portal Interno.
A nível de recursos humanos, procedeu-se à adesão à plataforma on-line de formação do Instituto de Formação Bancária – Webanca.
Ainda no período em referência, foi dada continuidade ao processo de implementação das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) no BCN, a concluir até ao final de 2009.
| Valores expressos em milhares de euros | |||
|---|---|---|---|
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | |
| Activo Líquido | 110.181 | 81.522 | 35% |
| Crédito Concedido Bruto | 78.299 | 61.819 | 27% |
| Depósitos de Clientes | 88.168 | 69.924 | 26% |
| Capitais Próprios | 9.708 | 7.143 | 36% |
| Margem Financeira | 2.025 | 1.824 | 11% |
| Produto da actividade | 2.671 | 2.552 | 5% |
| Cash - Flow de Exploração | 988 | 1.348 | -27% |
| Resultado Líquido | 319 | 631 | -49% |
| ROA | 0,6% | 1,5% | -- |
| ROE | 6,6% | 17,7% | -- |
| Crédito Vencido + 90 dias / Crédito Total |
3,70% | 2,2% | -- |
| Cost to Income | 77,6% | 60,1% | -- |
| N.º de Agências | 20 | 12 | 67% |
| N.º de Empregados | 122 | 108 | 13% |
Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 110,265 Escudos Caboverdianos (CVE)
O ano de 2009, que consubstancia o primeiro ano completo de operações do Banif Bank (Malta) Plc. (Banif Malta), teve início num contexto de crise financeira e recessão global, com repercussões em toda a comunidade bancária local, entre elas a queda significativa nos lucros, em 2008 e no 1.º semestre de 2009, de dois dos principais bancos locais.
Não obstante, o Banif Malta manteve em execução a sua estratégia de desenvolvimento, tendo implementado uma infra-estrutura sólida, com o objectivo de se tornar um player de referência no mercado bancário local.
Na primeira metade do ano, a instituição registou um aumento das taxas de crescimento nas carteiras de crédito e depósitos, embora não estritamente em linha com o crescimento projectado. Neste âmbito, a crise financeira e a recessão foram um obstáculo acrescido que o Banif Malta teve de ultrapassar. No entanto, o facto de fazer parte de um Grupo internacional de maior dimensão, coloca-o numa posição favorável para atravessar as dificuldades da presente conjuntura económica, razão pela qual o Banif Malta continua empenhado na prossecução das estratégias de penetração e crescimento, em linha com o plano estabelecido.
O Banif Malta iniciou o ano com quatro Agências de retalho em pleno funcionamento e abriu mais duas durante o período em análise, a primeira na ilha de Gozo e a segunda, no início do 2.º trimestre, em Attard. No início do 3.º trimestre de 2009, o Banif Malta vai expandir a sua rede através da abertura de mais duas Agências.
Também durante o período em análise, foram atingidos objectivos importantes no que se refere à oferta de produtos, com o lançamento de cartões de crédito pessoais e do site Banifast. Durante o 2.º semestre de 2009, o Banif Malta vai lançar cartões de débito e apresentar a rede ATM aos clientes.
A instituição tem ainda lançado um conjunto de produtos de depósito e de crédito inovadores e muito competitivos, com o objectivo de chegar a uma grande parte do mercado local.
A fim de suportar o aumento da oferta comercial, foi necessário empreender um melhoramento significativo da infra-estrutura técnica, juntamente com um reforço adicional de meios humanos, quer a nível do front office, quer a nível do back office, de modo a garantir um nível de serviço de alta qualidade, em linha com um crescimento exponencial. No final de Junho, o número de colaboradores era de 101.
Durante o período em análise, o Banif Malta estabeleceu cerca de 2.000 novas relações de negócio com vários clientes de diferentes segmentos do mercado local. No final de Junho, o Banif Malta atingiu 4.574 contas de clientes activas, com um valor total de depósitos de 39,1 milhões de euros(no final de Junho de 2008: 5,5 milhões de euros). Por outro lado, na mesma data, o crédito atingiu 30,8 milhões de euros (no final de Junho de 2008: 3,5 milhões de euros).
Durante o primeiro semestre, o Produto da Actividade cobriu 20,97% dos gastos gerais administrativos, os quais, incluindo a amortização de activos fixos e a depreciação de activos intangíveis, foram de 2,9 milhões de euros (em Junho 2008: 2,0 milhões de euros), sendo que 42,5% representam custos com o pessoal.
A actividade do banco ao longo do 1.º semestre de 2009 foi ainda insuficiente para cobrir os elevados custos incorridos com a sua implementação e os elevados investimentos efectuados, pelo que o resultado do 1.º semestre de 2009 se cifra num prejuízo de 1.532 milhares de euros.
| Valores expressos em milhares de euros | ||||
|---|---|---|---|---|
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % |
||
| Activo Líquido | 9.085 | 12.619 | -28,01% | |
| Crédito Concedido Bruto | 30.774 | 3.511 | 776,44% | |
| Depósitos de Clientes | 39.068 | 5.514 | 608,54% | |
| Capitais Próprios | 15.000 | 15.000 | 0% | |
| Margem Financeira | 465 | 265 | 75,47% | |
| Produto da actividade | 590 | 225 | 162,22% | |
| Cash-Flow de Exploração | -2.063 | -1.595 | -29,34% | |
| Resultado Líquido | -1.532 | - 1.154 | 32,80% | |
| ROA | -3,73% | -9,22% | -- | |
| ROE | -25,72% | -11,16% | -- | |
| Crédito Vencido / Crédito Total | 0% | 0% | -- | |
| Cost-to-Income | 476,98% | 736,25% | -- | |
| Número de Agências | 6 | 2 | 200,00% | |
| Número de Empregados | 101 | 53 | 90,57% |
A Banif International Holdings, Ltd. (BIH) é uma sociedade holding constituída em 2004 nas Ilhas Cayman, que possui 100% das acções ordinárias das subsidiárias Banif Finance (USA) Corp. ("BFUSA"), Banif Financial Services, Inc. ("BFS") e Banif Forfaiting Company ("BFC"), bem como 10% do capital social do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil) SA.
O objectivo da BIH consiste no financiamento, sob a forma de contribuições iniciais e adicionais de capital, das suas subsidiárias a fim de que estas possam desenvolver os respectivos negócios, responder às suas obrigações financeiras e cumprir todos os requisitos regulamentares, de acordo com as licenças e jurisdições em que desenvolvem as suas actividades.
O resultado negativo líquido de 4,1 milhões de dólares verificado no 1.º semestre de 2009 resulta, por um lado, de provisões adicionais para perdas em investimentos, no montante de 1,6 milhões de dólares e, por outro, a uma perda de 2,0 milhões de dólares no seu portfólio de instrumentos financeiros.
| Valores expressos em milhares de dólares | |||
|---|---|---|---|
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % |
|
| Activo Líquido | 25.883 | 14.537 | 78% |
| Capitais Próprios | 11.710 | 13.207 | -11% |
| Proveitos Totais | 294 | 827 | -64% |
| Lucro Líquido | -4.100 | 479 | -956% |
O quadro seguinte traduz a evolução dos principais indicadores:
Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)
A Banif Forfaiting Company, Ltd. (BFC), empresa constituída nas Bahamas em Novembro de 2005, iniciou a sua actividade durante o segundo trimestre de 2007. A BFC fornece apoio adicional às operações de trade finance do Grupo no continente americano. Especificamente, conserva nos seus livros uma carteira de instrumentos de trade finance (letras, promissórias, aceites, etc) para posterior venda/distribuição a terceiros.
Os resultados líquidos negativos de 459 milhares de dólares verificados no 1.º semestre de 2009 são o resultado da constituição de provisões para perdas em operações de financiamento no montante de 683 milhares de dólares.
O quadro seguinte traduz a evolução dos principais indicadores:
| Expresso em milhares de dólares | ||||
|---|---|---|---|---|
| 30-06-2009 30-06-2008 |
Variação % | |||
| Activo Líquido | 30.223 | 4.554 | 564% |
63
| Capitais Próprios | -112 | 352 | -132% |
|---|---|---|---|
| Proveitos Totais | 396 | 210 | 89% |
| Lucro Líquido | -459 | 69 | -765% |
Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)
A evolução da actividade no 1.º semestre de 2009 traduziu-se num aumento do Produto Bancário, de 104% no Banco de Investimento e de 29,8% a nível consolidado, e de uma melhoria no Resultado Líquido, de -115 milhares de euros (-2.188 milhares de euros em 2008) no individual e em 1.682 milhares de euros a nível consolidado (0,04 milhares de euros em 2008). O desempenho obtido ao nível do Produto Bancário deveu-se a uma forte expansão do agregado margem financeira e resultados em operações financeiras e à resiliência da linha de comissões, para a qual contribui decisivamente a prestação de serviços financeiros. Os custos mantiveram-se genericamente ao nível do ano transacto. As perdas por imparidade subiram em linha com a deterioração de alguns activos cifrando-se em 72 bp´s sobre os activos médios de crédito.
| Valores expressos em milhares de euros | |||
|---|---|---|---|
| Contas Individuais | 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % |
| Activo Líquido | 976.235,9 | 862.965.0 | + 13,1% |
| Capitais Próprios | 46.534,5 | 33.024,8 | + 40,9% |
| Produto Bancário | 9.968,9 | 4.723,9 | +104,8% |
| Cash-Flow | 2.627,69 | -2.504,8 | - |
| Resultado do Exercício | -115,86 | -2.188,3 | + 94,7% |
| ROA | -0,0% | -0.5% | - |
| ROE | -0,6% | -13,6% | - |
| Cost-to-Income | 77,7% | 160,8% | - |
| Rácio de Solvabilidade | 10,6% | 9,6% | - |
| Contas Consolidadas | 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % |
|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 975.301,5 | 862.440,5 | +13,1% |
| Capitais Próprios | 58.962,3 | 41.096,0 | +43,5% |
| Produto Bancário | 14.763,1 | 11.374,0 | +29,8% |
| Cash-Flow | 3.793,6 | 410,0 | +825,4% |
| Resultado do Exercício | 1.682,5 | 0,04 | - |
| ROA | 0,4% | 0,0% | - |
| ROE | 6,8% | 0,0% | - |
| Cost-to-Income | 77,9% | 100,4% | - |
Valores expressos em milhares de euros
Durante o 1.º semestre de 2009, de acordo com a informação recolhida pela Bloomberg, a actividade de Fusões & Aquisições em Portugal registou apenas 19 transacções, o que traduz um decréscimo superior a 50% face ao 1.º semestre de 2008 (com 41 transacções registadas). O agravar das consequências da crise do sistema financeiro internacional e a incerteza associada à retoma das economias continuou a provocar um adiamento generalizado das decisões de investimento, com reflexos óbvios no mercado de Fusões & Aquisições, como provam os dados antes referidos.
Ainda assim, a Direcção de Corporate Finance esteve envolvida em vários projectos e transacções de relevo no decorrer do 1.º semestre, dos quais merecem destaque as seguintes operações:
Assumindo uma postura moderadamente optimista, acredita-se na retoma progressiva da actividade de Fusões & Aquisições no último quadrimestre de 2009, o que, a verificar-se, poderá ter impactos muito positivos nos resultados desta área.
O 1.º semestre de 2009 consolidou a tendência, já verificada no final de 2008, de muito maior selectividade e restrição na concessão de crédito às empresas e projectos de investimento, que foi acompanhada por um ajustamento em alta das condições de pricing das operações. Em consequência, a maior parte das operações de financiamento Project Finance e Acquisition Finance foi estruturada em club deal incluindo vários bancos, sendo que, mesmo assim, verifica-se uma muito limitada disponibilidade de concessão de crédito estruturado por parte dos bancos tradicionalmente mais activos neste segmento de mercado.
A Direcção de Structured Finance tem vindo a aproveitar esta janela de oportunidade para conquistar importantes clientes por via da estruturação e montagem de relevantes operações de Project Finance e Acquisition Finance em Portugal e Espanha, sendo pertinente destacar as seguintes intervenções:
Para além das operações acima referenciadas, a Direcção de Structured Finance está envolvida na análise e estruturação de vários outros financiamentos em regime de Project Finance, com claro destaque para o sector das energias renováveis, bem como em regime de Acquisition Finance, cuja conclusão se estima vir a concretizar-se durante o 2.º semestre de 2009.
Nos primeiros seis meses do ano, o Banco de Investimento participou na estruturação e colocação de 7 transacções de dívida, num montante equivalente a 657 milhões de euros. Refira-se que o número e volume de transacções de dívida ficaram em linha com o registado no período homólogo do ano anterior.
Neste sentido, e no âmbito da política de captação de recursos para o Banif – Grupo Financeiro, foram estruturadas diversas operações, nomeadamente: (i) duas emissões de Zero Coupon Notes para o Banif – Banco de Investimento (Brasil), S.A., nos montantes de 20 milhões de euros e 8 milhões de dólares; (ii) uma emissão de obrigações subordinadas para o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. no montante de 100 milhões de euros, através do lançamento de uma oferta pública de distribuição dirigida ao público em geral ao abrigo do seu Programa de Euro Medium Term Notes; (iii) duas emissões de acções preferenciais perpétuas para o Banif Finance Ltd. nos montantes de 15 milhões de dólares e de 10 milhões de euros; e (iv) uma emissão de acções preferenciais perpétuas para o Banif International Bank, Ltd. no montante de 10 milhões de euros.
Merece realce o envolvimento do Banco de Investimento na estruturação da emissão de obrigações do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. com garantia da República Portuguesa ao abrigo da Lei n.º 60-A/2008, de 20 de Outubro e da Portaria n.º 1219-A/2008, de 23 de Outubro, no montante de 500 milhões de euros. A emissão foi colocada maioritariamente junto de investidores institucionais (Bancos, Fundos de Investimento, Companhias de Seguros e Bancos Centrais) situados em Portugal (49%), seguida de investidores localizados na Alemanha, Reino Unido, Espanha e Itália. A operação foi um sucesso, tendo o livro de ordens atingido o montante de 1,4 mil milhões de euros.
É de realçar ainda a actuação do banco na qualidade de Dealer Manager, em conjunto com o Barclays Capital, na operação de recompra da emissão de senior notes pelo Banif Finance, Ltd., no montante nominal global de 300 milhões de euros, com vencimento em Maio de 2012, ao abrigo do Programa de Euro Medium Term Notes do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Refira-se que as ordens recebidas por investidores que já detinham os títulos ascenderam a 37,7 milhões de euros, tendo o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. aceite recomprar um valor inferior.
No segmento de mercado secundário assistiu-se a uma recuperação gradual do volume de títulos transaccionados e a geração de receita mostrou uma evolução muito favorável, tendo mais do que triplicado face ao período homólogo de 2008 (valor superior a 1 milhão de euros). As condições de mercado evidenciaram uma melhoria significativa capturada em todos os índices de crédito, tendo este recuperado das perdas implícitas registadas após o default da Lehman Brothers.
Ao longo do primeiro semestre de 2009, o Banco de Investimento optou por manter uma posição conservadora na tomada de risco em activos financeiros. Neste sentido, não efectuou qualquer investimento em acções e a sua actuação no mercado de dívida foi limitada. O banco procurou investir gradualmente à medida que o mercado foi dando sinais de estabilização, tendo a carteira própria estabilizado para um valor de cerca de 330 milhões de euros (incremento de 10% face ao período homólogo do ano passado). Refira-se que os investimentos realizados privilegiaram activos financeiros representativos de dívida, de perfil de risco limitado, nomeadamente títulos garantidos por estados soberanos, emitidos por entidades com notação de rating elevada e de liquidez assegurada pelo Banco Central Europeu.
Relativamente ao mercado secundário, não obstante a forte recuperação registada nos principais mercados bolsistas desde os mínimos atingidos em Março (recuperações superiores a 20%), os principais índices mundiais encerraram o primeiro semestre do ano em terreno negativo. O índice de referência da Euronext Lisbon, o PSI20, foi uma excepção, tendo encerrado com uma valorização de cerca de 12%. Apesar da boa performance do índice PSI20, os volumes transaccionados em bolsa observaram uma queda de cerca de 60%. Este contexto foi particularmente penalizador para a geração de receitas da área de intermediação de acções (queda superior a 50%). No entanto, o Banco de Investimento continua empenhado na consolidação do negócio de equity sales de acções ibéricas em Portugal e nos mercados internacionais. Nesse sentido, destaca-se, no período em análise, a realização de diversas iniciativas, nomeadamente roadshows com empresas junto dos principais investidores institucionais e a participação em eventos de promoção de entidades portuguesas em Londres e Paris. Adicionalmente, é de salientar a consistência da qualidade da equipa de Research do banco que mais uma vez foi nomeada para a categoria de "Melhor Analista" em Portugal pela Deloitte, Investor & Governance Awards.
No âmbito do contrato de liquidez da Banif SGPS, o Banco de Investimento intermediou transacções referentes a 1.323.136 acções.
Durante o 1.º semestre de 2009, o Banco de Investimento envolveu-se como arranger na operação de securitização denominada Atlantes Mortgage No.4, concretizada através da Gamma - Sociedade de Titularização de Créditos S.A. (Gamma) em Fevereiro de 2009. Esta operação, que envolveu a cessão de créditos imobiliários por parte do Banif ascendeu a 550 milhões de euros. Foi atribuída uma notação de rating AAA por parte da Standard and Poor's às obrigações emitidas no âmbito da referida operação.
No que se refere à actividade de gestão, o montante médio de operações de securitização sob gestão ascendeu a aproximadamente 2.060 milhões de euros, correspondentes a 7 transacções e a um acréscimo de activos de 36% face ao ano anterior. A função de gestão das operações envolve, nomeadamente: (i) a monitorização da performance dos créditos securitizados; (ii) o controlo dos fluxos financeiros; (iii) a elaboração de relatórios periódicos; e (iv) a interacção com terceiros, nomeadamente Agências de Rating, Entidades de Regulação e Supervisão e Investidores.
Adicionalmente, a equipa de securitização assessorou o Banif num processo de antecipação de rendas futuras decorrentes de um contrato de arrendamento celebrado entre a Azores Parque e a Câmara Municipal de Ponta Delgada. No final do semestre, o Banco de Investimento foi mandatado pela Sofinloc (Grupo Banco Finantia) para actuar como Back Up Servicer numa futura operação de securitização, que envolverá a cessão de crédito ao consumo e automóvel num montante global estimado de aproximadamente 400 milhões de euros. Estima-se que esta operação venha a estar concluída durante o 3.º trimestre de 2009.
A 30 de Junho de 2009 a Gamma registou um activo liquido total de 1.924,3 milhões de euros, capitais próprios de 2,4 milhões de euros e um resultado líquido de 97,9 milhares de euros. O crescimento significativo da actividade está relacionado com as 3 operações concretizadas pelo Grupo Banif, nos últimos 12 meses, cujo valor global ascendeu a aproximadamente 1.500 milhões de euros.
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | |
|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 1.924.250,2 | 534.206,6 | +260,2% |
| Capitais Próprios | 2.430,3 | 862,3 | +181,8% |
| Resultado do Exercício | 97,9 | 16,0 | +511,3% |
Valores expressos em milhares de euros
A reorganização efectuada na Direcção de Private Clients iniciada no último trimestre de 2008 terminou nos primeiros meses de 2009. Neste sentido, efectuou-se a re-alocação de colaboradores para outras direcções e procedeu-se à transferência de carteiras de Clientes Institucionais e de Crédito para as direcções respectivas. Estas alterações permitiram concentrar os recursos desta direcção no acompanhamento de clientes particulares de alto rendimento, activos em investimento e intermediação financeira. O Banco de Investimento pretende implementar uma dinâmica de crescimento centrada na geração de receitas oriundas da venda de produtos de investimento para as redes comerciais de Clientes particulares do Grupo, não descurando o potencial dos Clientes já conduzidos pelos núcleos de banca de investimento. Saliente-se que, após esta reorganização, no 1.º semestre do ano, o volume de actividade relacionada com o processo de gestão personalizada de investimentos de Clientes privados envolveu um volume de activos correspondente a 70 milhões de euros.
A Direcção de Corporate Clients tem como missão a originação proactiva de negócios junto de empresas e de entidades e organismos públicos, promovendo as soluções financeiras de todas as áreas de produto do Banco de Investimento e estabelecendo relações de confiança e de médio prazo com os clientes, contribuindo para o reforço da dimensão e posição competitiva do Banif – Grupo Financeiro.
Os resultados atingidos na actual conjuntura reflectem, por um lado, a aposta sectorial efectuada e a forte integração com as diversas áreas de produto no Banco de Investimento, e, por outro lado, o esforço integrado de abordagem comercial para o segmento empresarial entre o Banco de Investimento e o Banif.
Destaca-se ainda o esforço de cross selling desenvolvido juntamente com as unidades de negócio no estrangeiro, com especial destaque para o negócio originado por esta equipa para o Banco de Investimento (Brasil) em várias operações cross border com empresas portuguesas e brasileiras.
Durante o 1.º semestre de 2009, a Direcção de Corporate Clients foi responsável pela apresentação de mais de 28 propostas junto de Clientes, bem como pela angariação de 10 importantes mandatos de assessoria financeira e de 3 operações de financiamento. Para além das 16 propostas presentemente em análise junto de Clientes diversos, é de destacar o elevado número de contactos efectuado e a média de 4 reuniões semanais por Corporate Banker ao longo do ano, que permitiram o estabelecimento de importantes contactos pelos Corporate Bankers junto de empresas e grupos financeiros de referência nacionais, que deverão permitir a criação de relacionamentos de longo prazo, a materializar durante o próximo semestre.
A actividade de gestão de activos foi desenvolvida pelo Banco de Investimento, na gestão de patrimónios de clientes particulares e institucionais, pela Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. nos fundos de investimento mobiliário, imobiliário e nos fundos especiais de investimento e pela Banif Açor Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. nos fundos de pensões.
A actividade continuou a ser extremamente afectada pela conjuntura muito adversa verificada nos mercados financeiros até Março do corrente ano, a qual conduziu a uma aversão generalizada ao risco por parte de todos os segmentos de Clientes. No entanto, a partir de Abril, verificou-se uma melhoria progressiva deste enquadramento, à medida que os preços dos activos financeiros em geral foram recuperando e as taxas de juro dos depósitos foram descendo para mínimos históricos, reforçando fortemente a atractividade das aplicações em fundos de investimento.
A estratégia da Área de Gestão de Activos para o ano de 2009 tem assentado nos seguintes vectores:
Em 30 de Junho de 2009, a Área de Gestão de Activos administrava um volume total de activos de 2.112 milhões de euros, que compara com 1.546 milhões de euros em 30 de Junho de 2008, consubstanciando, portanto, um crescimento de 36,6%.
Considerando a estratégia delineada, a sociedade colocou o acento tónico na promoção de um leque de fundos adequado ao interesse comercial por eles suscitado e no alargamento das redes de colocação dos seus fundos. Assim, foi acentuado o foco na constituição de novos fundos de investimento imobiliário, na constituição e colocação de um fundo oportunístico focado no investimento em dívida corporativa e no lançamento de um fundo especial de investimento destinado a aplicações em activos de infra-estruturas.
Em 30 de Junho de 2009, o volume de activos sob gestão cifrava-se em 958 milhões de euros, o que representou um decréscimo de 7,08% relativamente ao valor gerido no final do 1.º semestre de 2008 (1.031 milhões), evolução bastante mais favorável do que a registada no sector de fundos de investimento em Portugal. Neste contexto, a quota de mercado da Banif Gestão de Activos, que se situava nos 2,2% no final de Junho de 2005, em 2,9% em Junho de 2006, em 2,98% no final de Junho de 2007 e em 3,29% em Junho de 2008, cifrou-se em 3,8% em 30 de Junho de 2009.
Como referido, foram constituídos no 2.º trimestre do corrente ano três novos fundos de investimento, o Banif Euro Crédito, fundo mobiliário destinado ao investimento em dívida corporativa, o Banif Fortuny, fundo imobiliário especializado na reabilitação de imóveis urbanos resultante de uma parceria entre a Banif Gestão de Activos e a empresa espanhola Inversiones Financieras Fortuny, e, finalmente, o Infra Invest (FEI), focado no investimento em activos de infra-estruturas em geral. Entretanto, foi igualmente aprovado pela CMVM um outro fundo imobiliário de subscrição particular, a lançar no mês de Julho.
| Valores expressos em milhares de euros | ||||
|---|---|---|---|---|
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | ||
| Activo Líquido | 12.059,7 | 13.389,2 | - 9,9% | |
| Capitais Próprios | 8.077,6 | 8.756,1 | -7,7% | |
| Resultado do Exercício | 884,8 | 1.924,1 | -54,0% |
Esta evolução da actividade da sociedade traduziu-se num resultado líquido de cerca de 885 milhares de euros neste semestre, para capitais próprios de 8.078 milhares de euros.
A sociedade continuou a desenvolver uma actividade comercial intensa, que se traduziu, no 1.º semestre deste ano, no estabelecimento de contactos com cerca de 238 empresas, associações, ordens profissionais e sindicatos, com o intuito de obter novos mandatos de gestão de fundos de pensões.
No 1.º semestre deste ano, a sociedade obteve um mandato para a constituição de um fundo de pensões para a Banif Rent.
A estratégia de investimento prosseguida nos fundos sob gestão manteve-se com uma tónica relativamente conservadora no período, continuando a componente accionista dos investimentos totais a ser relativamente reduzida (entre 7,5% e 10%, em média, embora com um aumento progressivo, à medida que se assiste a uma estabilização macroeconómica e a uma retoma dos mercados).
O volume de activos sob gestão passou de 257 milhões de euros em Junho de 2008 para 248 milhões no final deste semestre.
O Resultado Líquido obtido pela sociedade cifrou-se em 7,1 milhares de euros negativos, contra 50,8 milhares de euros no mesmo período do ano anterior.
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | |
|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 4.140,9 | 3.777,9 | +9,6% |
| Capitais Próprios | 3.654,5 | 3.586,8 | +1,9% |
| Resultado do Exercício | -7,1 | 50,8 | -114,0% |
Valores expressos em milhares de euros
A actividade de gestão de patrimónios continuou a assentar predominantemente na utilização de fundos de investimento geridos pela Banif Gestão de Activos, combinados com a selecção de fundos específicos de entidades terceiras. Esta actividade enquadra-se no serviço de Gestão Global de Patrimónios e Assessoria Patrimonial prestado pelo Banco de Investimento aos seus Clientes.
Por outro lado, no contexto dos contactos regulares e crescentes com clientes institucionais, tem-se colocado o acento tónico no desenvolvimento de um serviço de gestão de patrimónios adequado a Clientes com grandes patrimónios, quer institucionais, quer particulares, o qual assentará num superior nível de personalização, desenhado para Clientes com necessidades e objectivos específicos.
O Banco de Investimento detinha, em 30 de Junho de 2009, um total de activos sob gestão de 906 milhões de euros, contra os cerca de 258 milhões de euros em Junho de 2008, em resultado da inclusão de 658 milhões de euros provenientes da Companhia de Seguros Açoreana, S.A., que passaram a ser geridos por esta área de actividade do Banco de Investimento.
A Direcção de PMEs tem como missão a execução de mandatos de assessoria financeira e a estruturação de financiamentos na área das pequenas e médias empresas, tendo como principal objectivo a oferta de serviços de banca de investimento que se coadunem com as necessidades do tipo de empresas e das operações dominantes originadas junto do Banif – Grupo Financeiro. Neste âmbito, os contactos promovidos com os Centros de Empresa do Banif intensificaram-se de forma a alavancar a capacidade de parceria e de cross selling, alargando a base de clientes e o número de mandatos de assessoria financeira em execução.
O primeiro semestre de 2009 foi marcado por um abrandamento da actividade desta direcção, fruto da actual envolvente económica. No entanto, as perspectivas para o segundo semestre de 2009 evidenciam o retomar do dinamismo vigente no ano anterior, com a adjudicação de dois novos mandatos de assessoria financeira. Adicionalmente, espera-se que as diversas propostas em análise junto de potenciais Clientes contribuam para a consolidação da carteira de operações.
A Direcção de Crédito pautou a sua actuação, durante o primeiro semestre de 2009, pela criteriosa análise e selecção de projectos para os quais foi solicitado apoio financeiro, mantendo o apoio a operações de crédito originadas em outras Direcções do Banco de Investimento.
As condições económicas globais e de mercado estancaram o crescimento da carteira de crédito colaterizado com imobiliário, que tradicionalmente se vinha verificando. A composição da carteira colaterizada por hipoteca mantém-se em 41,6%.
O crescimento da carteira de crédito do banco, que registou um acréscimo, face ao período homólogo de 2008, de 24,2%, passando de 215 milhões de euros em Junho de 2008 para 267 milhões de euros em Junho de 2009, assentou sobretudo em financiamentos de operações de Project Finance e Structured Finance.
Em termos de pricing, as comissões afectas a operações de crédito, cobradas até Junho de 2009, ascenderam a 560 milhares de euros, face a 460 milhares de euros cobradas no período homólogo de 2008. O spread médio da carteira passou de 1,87% para 2,36% no período homólogo de 2008. Este crescimento é reflexo, por um lado, das alterações económicas e financeiras verificadas no mercado e, por outro lado, do esforço que tem vindo a ser desenvolvido para a melhoria do produto bancário, pela Direcção de Crédito e por todo o Banco de Investimento.
A actividade da Banif Capital no 1.º semestre de 2009 foi marcada pela constituição do Banif Capital Infrastructure Fund - FCR, um novo fundo criado ao abrigo da legislação de fundos de capital de risco vigente em Portugal, que está especificamente orientado para o investimento em infra-estruturas, nomeadamente de transporte, sociais, de energia, de comunicações, utilities e outros activos regulados. Este fundo, que se destina exclusivamente a investidores qualificados, tem a duração de 10 anos e um capital objectivo de 125 milhões de euros, dos quais 25 milhões de euros já se encontram subscritos. Em face da dimensão e representatividade deste fundo, a Banif Capital entendeu reforçar a sua equipa de gestão com a nomeação de uma nova Directora-Geral, que assegurará o desenvolvimento do projecto e a gestão operacional da sociedade e dos restantes fundos sob sua gestão (Capven e Madeira Capital).
A Banif Capital assegurou igualmente o acompanhamento activo das participadas dos seus fundos Capven e Madeira Capital, merecendo destaque a deliberação da Assembleia de Participantes do fundo Madeira Capital de redução do seu capital de 2.250 milhares euros para 1.750 milhares de euros, cuja formalização está pendente da autorização por parte da CMVM.
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | |
|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 1.896,1 | 2.280,3 | -16,8% |
| Capitais Próprios | 337,2 | 672,7 | -49,9% |
| Resultado do Exercício | -214,0 | 2,1 | - |
Valores expressos em milhares de euros
A Centro Venture registava, a 30 de Junho de 2009, um activo líquido total de 528,8 milhares de euros, capitais próprios de 528,8 milhares de euros e um resultado líquido de 1,3 milhares de euros.
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | |
|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 528,8 | 519,8 | +1,7% |
| Capitais Próprios | 528,8 | 519,8 | +1,7% |
| Resultado do Exercício | 1,3 | 4,3 | -70,6% |
Valores expressos em milhares de euros
A actividade de Banca de Investimento do Banif – Grupo Financeiro é coordenada pelo Banco de Investimento e abrange a actividade desenvolvida nos Estados Unidos da América (Nova Iorque e Miami) pela Banif Securities, Inc e, no Brasil, pelo Banco de Investimento (Brasil) e suas participadas, a que acresce a actividade desenvolvida em Espanha pelo Banco de la Pequeña y Mediana Empresa, S.A. (Bankpime), no qual o Grupo detém uma importante participação.
Neste contexto, foram as seguintes as linhas gerais da actividade desenvolvida por estas entidades no decurso do 1.º semestre de 2009:
Os primeiros 6 meses do ano foram particularmente desafiantes para esta corretora especializada em transaccionar títulos latino-americanos. Apesar do ambiente adverso de mercado, a Banif Securities, Inc. fechou o semestre com um resultado ligeiramente negativo, comparando este valor favoravelmente com o do ano anterior. Para este facto contribuiu a conclusão do processo de reestruturação iniciado no ano de 2008 com o objectivo de racionalizar e optimizar a estrutura operacional da corretora, o qual veio favorecer a redução dos custos de exploração da empresa. Do lado da receita, registou-se uma quebra de 14% face ao ano anterior. Esta performance, ainda assim, ficou acima das estimativas iniciais.
Refira-se que o comportamento adverso do mercado de corretagem internacional, caracterizado por uma redução significativa do volume de transacções e pela intensificação do ambiente concorrencial, antecipava um desfecho bem mais desfavorável para a geração de receitas no primeiro semestre de 2009.
Neste contexto, e para o 2.º semestre do corrente ano, existe a convicção de que a Banif Securities, Inc. encontra-se numa posição singular para participar na recuperação do volume de actividade de corretagem, especialmente no segmento de acções latino-americanas, onde é esperado um maior dinamismo pelos principais operadores de mercado, já visível nos meses de Maio e Junho.
| Contas Individuais | 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % |
|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 1.136.234 | 3.030.955 | -62,51% |
| Capitais Próprios | 1.108.302 | 3.469.107 | -68,05% |
| Produto Bancário | 768.049 | 629.278 | 22,05% |
| Cash-Flow | -669.248 | -1.612.356 | 58,49% |
| Resultado do Exercício | -679.243 | -1.625.127 | 58,20% |
| ROA | -18,31% | -63,80% | - |
| ROE | -93,21% | -50,12% | - |
| Cost-to-Income | 188,44% | 358,59% | - |
Valores expressos em milhares de dólares
Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 1,4134 Dólares (USD)
Durante o 1.º semestre de 2009, continuou a registar-se uma significativa aversão ao risco por parte da generalidade do sistema bancário brasileiro. A grande consequência deste reposicionamento da generalidade das instituiçoes de crédito foi a desalavancagem dos seus balanços.
A grave crise de liquidez verificada no final do 2.º semestre de 2008 gerou uma preocupação adicional com a manutenção de um nível de liquidez adequado. No Banif Banco de Investimento (Brasil) S.A. ("Banco de Investimento (Brasil)"), a constutuição de uma reserva de liquidez confortável foi considerada uma prioridade, de modo a garantir ao banco uma maior segurança e a reforçar a sua credibilidade. Desta forma, o aumento do valor e do prazo nas captações locais, decorrentes principalmente da criação de um Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGE), permitiu captar cerca de 110 milhões de reais, com um prazo mínimo de 180 dias mas extendendo-se até 3 anos. A disponibilidade destes recursos permitiu antecipar outros passivos mais onerosos que tinham sido contratados na fase mais crítica da crise de liquidez.
Em termos de activos, o enfoque da actuação do Banco de Investimento (Brasil) foi no sentido da redução da carteira de derivativos com Clientes, a qual, em Janeiro de 2009, estava em aproximadamente 600 milhões de reais, tendo finalizado o semestre com aproximadamente 110 milhões de reais. Com a finalidade de dar resposta à procura de alguns Clientes desta carteira, foi alocado a crédito o montante de 71 milhões de reais.
A área de Mercado de Capitais promoveu, no 1.º semestre de 2009, em conjunto com o Banco Santander, a venda secundária de 107.070.000 quotas do FIP Amazónia Energia ao Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Administrado pela Caixa Económica Federal, este fundo tornou-se detentor de 24,90% das quotas do FIP Amazónia Energia.
Também neste semestre, o Banco de Investimento (Brasil) obteve um mandato para actuar como Coordenador na emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários da RB Capital Securitizadora S.A., colateralizados com créditos cedidos pela Petrobrás Distribuidora S.A., no montante de R\$110.100.000 e como Coordenador Líder na emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários da Beta Securitizadora S.A., com colateral de créditos cedidos pela Odebrecht Realizações Imobiliárias S.A., no montante de R\$ 44.400.000, estando as referidas operações sob análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No primeiro semestre de 2009, o Banco de Investimento (Brasil) obteve resultados muito positivos com a reorganização da área de Advisory Services ocorrida ao final de 2008. Foi contratada uma nova equipa, especializada na prestação de serviços de assessoria financeira e com enfoque em diversos sectores de infra-estrutura, designadamente transportes, energia, meio ambiente e social, empresas de média dimensão e oportunidades cross border entre o Brasil e os países ibéricos.
De entre os trabalhos realizados no período, destacam-se as assessorias prestadas nos sectores de energias renováveis, portos e engenharia. Cabe realçar também a assessoria a um Estado da Federação no desenvolvimento do processo de concurso para uma parceria público-privada no sector da segurança pública. Dando continuidade à experiência do Banco de Investimento (Brasil) na área das concessões rodoviárias, merece destaque a assessoria ao Consórcio Brasileiro de Rodovias na assessoria financeira com vista à participação no Leilão da Concessão para Exploração das Rodovias Federais da Bahia (BR-116 e BR-324). Adicionalmente, foram realizadas assessorias em processos de avaliação económico-financeira, nomeadamente a assessoria na avaliação de participações societárias para a Fundação Atlântico de Seguridade Social.
Na área dos Investimentos Imobiliários, o Banco de Investimento (Brasil) tem uma carteira de projectos com um Volume Geral de Vendas de cerca de 1,3 mil milhões de reais para 100% de participação. Refira-se, no entanto, que o Banco de Investimento (Brasil) participa parcialmente nesses projectos, seguindo uma estratégia de parcerias locais. Os diversos empreendimentos imobiliários foram iniciados em 2008, vocacionados maioritariamente para o segmento residencial baixa/média renda, comercial e logística (eixo Rio de Janeiro e São Paulo). A grande maioria dos empreendimentos encontra-se em fase de desenvolvimento e aprovação legal dos respectivos projectos e, nalguns casos, estão em fase de financiamento para a construção e comercialização, por forma a viabilizar o lançamento das vendas. De salientar que um dos empreendimentos, o único do segmento de logística (armazéns modulares) denominado Modular II e localizado na Rodovia Castelo Branco (Barueri, São Paulo) tem uma previsão de conclusão para o final do próximo mês de Agosto. Neste caso, através de empresas especializadas, está em curso a fase de identificação de inquilinos para essas unidades. Posteriormente, efectuar-se-á a venda do projecto a um fundo imobiliário ou a investidores.
A Banif Nitor Asset Management encerrou o 1.º semestre de 2009 com activos sob gestão de 890 milhões de reais, representados por fundos: Referenciado DI, Fundos Multimercados Macro, Fundo Multimercados Multiestratégia, Fundo de Acção e Fundos Exclusivos.
Ao longo do 1.º semestre, o novo Fundo Multimercado Macro, Banif Nitor Maestro FIM, completou 12 meses e, desde o seu lançamento (16 de Junho de 2008) até ao dia 30 de Junho de 2009, acumulava uma rendibilidade nominal de 18,14% ou 141% do CDI. O fundo sujeito à mesma estratégia, porém voltado para o segmento de investidores Institucionais, Banif Nitor Institucional FIM, acompanhou o excelente resultado da gestão Macro e, desde o seu início, (6 de Julho de 2007) até 30 de Junho de 2009, acumulava uma rendibilidade nominal de 28,34% ou 115% do CDI.
Na área de Private Equity, merece destaque o envolvimento do Banco de Investimento (Brasil) em dois importantes fundos de investimento em participações: FIP Caixa Ambiental e FIP Brasil de Governança Corporativa.
O FIP Caixa Ambiental é uma parceria entre o Banco de Investimento (Brasil), que desempenha o papel de gestor, a Caixa Económica Federal, que desempenha o papel de administrador, e a VOGA, que desempenha o papel de consultor de investimentos. O FIP conta com um capital comprometido de R\$ 400 milhões, que será 50% alocado a saneamento e 50% alocado a outras actividades, como equipamentos ligados a saneamento, reciclagem de resíduos para fins industriais, produção de energia, biodiesel, técnicas e tecnologias que privilegiem a redução do consumo de matérias-primas e/ou energia e empresas geradoras de créditos de carbono, como reflorestamento e unidades termoeléctricas de energia renovável.
O FIP Brasil de Governança Corporativa, por sua vez, é uma parceria entre o Banco de Investimento (Brasil), que desempenha os papéis de gestor e administrador, e o Banco do Brasil, que desempenha o papel de assessor financeiro. O FIP conta com um capital comprometido de R\$ 600 milhões, que será alocado a empresas, de diversos sectores, que possuam uma probabilidade elevada de realizar oferta pública em Bolsa, no prazo de 3 anos.
| Fundo | Capital Comprometido (em R\$ milhões) |
|---|---|
| FIP Caixa Ambiental | 400 |
| FIP Brasil de Governança Corporativa | 600 |
| TOTAL | 1.000 |
Nos primeiros 6 meses do ano, no âmbito da actividade de corretagem, verificou-se uma redução significativa do volume de negócios realizados por investidores institucionais locais e internacionais no mercado de capitais brasileiro, o que, naturalmente, veio afectar as receitas da Banif Corretora neste segmento de cliente. No entanto, o aumento da participação dos investidores particulares no volume de negócios da Bovespa verificado no primeiro semestre veio favorecer a Banif Corretora, através da sua plataforma homebroker denominada Banif Invest, e criar condições de sustentabilidade no ranking brasileiro e no negócio consolidado de particulares e Institucionais.
O volume negociado pela Banif CVC foi de 22,74 mil mihões de reais no 1.ºo semestre de 2009, contra 31,30 mil mihões de reais negociados no período homólogo do ano anterior o que representa uma diminuição de 27,4%
A BanifInvest, operação de homebroker da Banif Corretora, apresentou, durante o primeiro semestre de 2009 um crescimento de 7,43% no total de ordens executadas por intermédio dos seus clientes. Existe a convicção de que o sucesso desta operação, mesmo em momentos de forte turbulência no mercado local e internacional, tem sido fruto do investimento constante em novas tecnologias e de uma estratégia de marketing diferenciada. É importante destacar que durante o primeiro semestre foi observada a entrada de novos concorrentes, incluindo a chegada de corretoras estrangeiras.
volume negociado pela Banif Invest foi de 13,9 mil mihões de reais no 1.º semestre de 2009, contra 13,1 mil mihões de reais negociados no período homólogo do ano anterior, o que representa um aumento de 6,5%.
O número de ordens executadas pela Banif Invest foi de 612 mil no 1.º semestre de 2009 contra 592 mil ordens executadas no período homólogo do ano anterior, o que representa um aumento de 3,3%.
Na comparação dos resultados da banca de investimento no Brasil obtidos nos primeiros semestres de 2008 e 2009, resumidamente expressos no quadro infra, importa relevar que o significativo decréscimo do Produto Bancário e, consequentemente, do Resultado Líquido, se deveu essencialmente aos ganhos extraordinários registados em 2008 na venda da posição detida pelo banco em acções da Bovespa e, subsidiariamente, ao aumento da imparidade em 2009. Há que referir ainda que a redução observada nos capitais próprios se deveu ao pagamento de dividendos no 2º semestre de 2008.
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % |
||
|---|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 858.541 | 995.604 | -13,8% | |
| Crédito Concedido Bruto | 156.544 | 50.677 | 208.9% | |
| Depósitos de Clientes | 269.740 | 236.702 | 14.0% | |
| Capitais Próprios | 104.122 | 173.407 | -40.0% | |
| Produto da Actividade | 32.641 | 96.272 | -66.1% |
Valores expressos em milhares de Reais
| Resultado Líquido | -8.305 | 63.561 | - |
|---|---|---|---|
| ROA | -0,58% | 7.05% | - |
| ROE | -4,35% | 30,98% | - |
| Número de Agências | 2 | 2 | - |
| Número de Empregados | 188 | 236 | -20% |
Em 30 de Junho de 2009: 1 Euro (EUR) equivalente a 2,73985 Reais (BRL)
No 1.º semestre de 2009, o Bankpime deu continuidade à implementação do "Projecto Bankpime 2008- 2011", cuja finalidade é desenvolver um novo modelo de negócio no qual o empresário constutui o segmento target do banco.
A liquidez de que a instituição dispõe permitiu-lhe crescer em crédito concedido aos seus clientes de uma forma significativa (+15,43%). Num momento em que os créditos se restringiram por falta de liquidez, o Bankpime prosseguiu sem condicionamentos a concessão de crédito aos seus clientes, situação que se deverá manter no futuro.
A margem financeira cresceu 10,68% apesar da queda das taxas de juro que se verificou neste período. Paralelamente, o Bankpime conseguiu, durante o 1.º semestre de 2009, reforçar a fidelização dos seus Clientes aumentando o número de produtos vendidos por Cliente. Esta estratégia de negócio continuará a ser potenciada no 2.º semestre de 2009.
Tal como em todo o sector financeiro, a adversa conjuntura económica e financeira teve influência na actividade do Bankpime, reflectindo-se na diminuição das receitas das margens de juro, na redução de comissões cobradas pelos fundos de investimento e no aumento das situações de mora, que provocaram o aumento das provisões. Paralelamente, as comissões por outros serviços aumentaram 28%.
Em Junho de 2009, o Bankpime lançou um fundo de obrigações corporativas: Bankpime RF Privada Junio 2011 FI, fundo este que investe numa carteira de obrigações de empresas muito diversificada, com vencimento pré-determinado, a 30 de Junho de 2011, para evitar uma excessiva sensibilidade às taxas de juro e torná-lo numa atractiva alternativa de investimento. A maior parte da carteira do fundo (97%) consubstancia investimento em títulos de empresas de taxa fixa, denominadas em euros, emitidos por entidades com alta/média qualidade creditícia (rating mínimo BBB-) e com um peso de cada uma das emissões sobre o património do fundo inferior a 5%, de modo a permitir a dispersão dos riscos.
Esta emissão foi comercializada exclusivamente pela rede de agências bancárias do Bankpime, através de uma campanha específica, tendo sido captados 22 milhões de euros.
Também neste período foi definida a 3.ª fase do "Projecto Bankpime": a implementação do "Plan Director (Tigre)". Este plano visa o desenvolvimento e implementação da visão e objectivos estratégicos estabelecidos no "Projecto Bankpime 2008-2011".
Para tal, foram seleccionados projectos estratégicos considerados essenciais para o Bankpime em todas as áreas e elaborados planos operativos específicos por cada área. No total, foram definidos 24 projectos em 7 áreas operativas, com o objectivo de implementar uma metodologia de gestão de projectos baseada no trabalho em equipa entre as diversas áreas, com vista a desenvolver futuros projectos de maneira transversal e atingir os resultados pretendidos num calendário previa e rigorosamente definido.
Dadas estas características foi escolhido o nome de "Plan TIGRE". Cada letra desta designação plasma a filosofia do projecto (Transformação, Impulso, Gestão, Rentabilidade, Eficiência).
Destaca-se também o prémio atribuído ao Bankpime pela revista "Dirigentes Catalunya" que distinguiu a entidade na Categoria de Gestão Empresarial. Com este galardão foi reconhecido o modelo de gestão, o carácter inovador e a atenção personalizada prestada a todos os clientes, aspectos que pautam o modo de trabalhar do banco e de todos os seus trabalhadores.
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % |
||
|---|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 138.973 | 158.614 | -12,38% | |
| Crédito Concedido Bruto | 442.858 | 383.661 | 15,43% | |
| Depósitos de Clientes | 567.094 | 558.382 | 1,56% | |
| Capitais Próprios | 66.824 | 72.840 | -8,26% | |
| Produto da Actividade | 12.635 | 12.785 | -1,17% | |
| Cash-Flow de Exploração | 388 | -7 | - | |
| Resultado Líquido | -1.177 | 92 | - | |
| ROA | -0,33% | 0,01% | - | |
| ROE | -3,46% | 0,25% | - | |
| Crédito Vencido / Crédito Total | 6,08% | 2,48% | ||
| Cost to Income | 104,09% | 106,86% | - | |
| Número de Agências | 22 | 23 | -1 | |
| Número de Empregados | 250 | 285 | -35 |
Valores expressos em milhares de euros
No 1.º semestre de 2009, de acordo com os dados disponibilizados pela APS – Associação Portuguesa de Seguradores, o Sector Segurador registou um decréscimo de 5,8% do volume de prémios.
O Ramo Vida, considerando os contratos de investimento, apresentou até Junho de 2009 uma variação negativa na produção de -6,2%.
O conjunto dos Ramos Não Vida continua a demonstrar uma fraca performance ao registar, até Junho de 2009, uma variação negativa na produção de -5,1%. A desaceleração da produção dos Ramos Não Vida foi, em parte, condicionada por uma conjuntura macroeconómica adversa, afectando sobretudo os Ramos Automóvel (-9,4%) e Acidentes de Trabalho (-9,4%).
As opções estratégicas prosseguidas ao longo dos últimos anos fizeram da Açoreana uma companhia moderna, competitiva e eficiente, pelo que importa prosseguir, com os necessários acertos, a mesma linha de rumo.
O ano 2009 deverá traduzir o início do impulso estratégico e de afirmação da Açoreana, que teve início em 2008, considerando o vigor dos programas delineados para o triénio 2008-2010, o expressivo reforço e modernização dos meios e instrumentos de suporte ao negócio e a ambição das metas a atingir em todos os domínios da actividade.
A diferença substancial nas opções estratégicas para o período 2008-2010 reside no foco das variáveis crescimento e sustentabilidade, na enorme ambição traduzida nas metas a alcançar, nos objectivos corporativos relacionados com o crescimento do volume do negócio nos Ramos Não Vida, Vida Risco, Poupança e Previdência, na manutenção dos níveis de rentabilidade e na melhoria do ratio combinado nos Ramos Não Vida.
No ano anterior foi lançada como fórmula essencial da actuação da Açoreana a equação "R2E" significando, "Rigor, Rapidez e Equipa". Para 2009, foi acrescentado um terceiro R, de "Referência", fruto da convicção de que a Açoreana é, cada vez mais, uma referência de mercado pela qualidade de serviço, capacidade de inovação e rapidez de resposta.
Actualmente, os objectivos da Açoreana traduzem-se em três eixos de actuação:
os quais englobam a quase totalidade do funcionamento da Companhia e das suas áreas orgânicas.
O volume de negócios da Açoreana atingiu, durante o 1.º semestre de 2009, o montante global de 215,8 milhões de euros, dos quais 123,7 milhões de euros referentes ao Ramo Vida e 92,1 milhões de euros referentes aos Ramos Não Vida.
Mantendo a tendência de crescimento verificada no final do ano anterior, os Ramos Não Vida na Açoreana, apresentam, no final de Junho, uma variação positiva do volume de prémios na ordem dos 3,2%, em que os Ramos Automóvel e Multi-Riscos foram os que mais contribuíram para esta variação.
Salienta-se o excelente desempenho da Açoreana na vertente comercial, que se manifesta num crescimento sustentado, atendendo à conjuntura económica actual em que o Mercado apresenta um decréscimo no volume de prémios na ordem dos -5,1%. Merecedor de destaque, o facto desse crescimento se verificar acima do mercado, em todos os grupos dos Ramos Não Vida.
No Ramo Vida, realça-se o significativo crescimento evidenciado nos produtos de Vida Risco e PPR´s, respectivamente de cerca de 4,3% e 69,3%, quando o sector registou um crescimento nos mesmos produtos de respectivamente 4,4% e 45,7%.
A distribuição dos produtos de seguros, ao longo dos últimos anos, tem vindo a ser efectuada através da rede de mediação, dos mediadores da Genius – Mediação de Seguros, SA nas agências do Banif e por 51 sucursais próprias.
O esforço de captação dos melhores agentes a actuar no mercado nacional, conjugado com a orientação para uma produção eficaz e de qualidade, foram os principais alicerces que permitiram à Açoreana um crescimento evidenciado, acima da média do mercado.
A rede de mediação, que integra cerca de 3190 mediadores activos, representava, no final do 1.º semestre de 2009, 51,6% na estrutura de distribuição da Açoreana, sendo responsável, nos Ramos Não Vida, por 95,6% da distribuição.
O canal bancário foi responsável pela distribuição de 81,1% e 4,4% da produção dos Ramos Vida e Não Vida respectivamente, representando 48,4% na estrutura de distribuição global da Açoreana.
No final do 1.º semestre de 2009, a quota de mercado da Açoreana era de 3,2%, ocupando o 7.º lugar no ranking das Companhias de Seguros. No segmento Vida, a quota era de 2,7% e no segmento Não Vida de 4,4%, evidenciando um crescimento absoluto de 0,3% no segmento Não Vida face ao 1.º semestre de 2008.
Tendo em conta a actual conjuntura desfavorável dos mercados de capitais e os seus impactos na gestão das carteiras de investimento mobiliárias, proveniente da extrema volatilidade dos títulos face às tendências das taxas de juro de referência, os resultados líquidos da Companhia apresentam valores negativos no montante de 7,0 milhões de euros.
O activo líquido da Companhia, no 1.º semestre de 2009, atingiu o montante de 911,7 milhões de euros, que compara com o activo líquido de 915,5 milhões de euros no início do ano, traduzindo um ligeiro decréscimo de -0,4%. Considerando o período homólogo do ano anterior, o activo líquido registou uma variação positiva de 0,95%.
Os capitais próprios evoluíram de 37,1 milhões de euros para cerca de 32,0 milhões de euros, assinalando um decréscimo no 1.º semestre de 2009, motivado pelos resultados líquidos negativos acima mencionados.
| 30-06-2009 | Valores expressos em milhares de euros 30-06-2008 |
Variação % | |
|---|---|---|---|
| Volume Negócios | 215.848 | 223.012 | -3,2% |
| Vida | 123.692 | 133.736 | -7,5% |
Grandes Agregados Económico – Financeiros (em IAS)
| Não Vida | 92.156 | 89.277 | 3,2% |
|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 911.710 | 903.148 | 0,9% |
| Capitais Próprios | 31.986 | 42.832 | -25,3% |
| Investimentos | 817.995 | 834.756 | -2,0% |
| Cash–Flow Operacional | -7.616 | 6.609 | -215,2% |
| Resultado Antes Imposto | -9.229 | 4.265 | -316,4% |
| Resultados Líquidos | -7.002 | 3.554 | -297,0% |
A Banif Imobiliária tem desenvolvido a sua actividade, consubstanciada na gestão dos imóveis "afectos à exploração" das sociedades integradas no Banif - Grupo Financeiro, no ramo da Banif Comercial, especialmente o Banif.
A Sociedade desenvolve, também, a sua actividade no âmbito dos imóveis "não afectos à exploração", propriedade das sociedades do Grupo, localizados quer no Continente quer nas Regiões Autónomas, tendo como principal objectivo proceder à sua venda, arrendamento e, ainda, à sua valorização para posterior alienação ou arrendamento.
O valor total do conjunto dos activos imobiliários, próprios e alheios, sob gestão na Banif Imobiliária, reportados a 30 de Junho de 2009, para os imóveis "não afectos à exploração" era de 93.295 milhares de euros (contra 56.783 milhares de euros em igual período do ano transacto), enquanto que, para os imóveis "afectos à exploração" era de 37.080 milhares de euros (contra 64.056 milhares de euros no período homólogo de 2008). Esta redução verificada no seu activo ficou a dever-se, essencialmente, ao facto da sociedade ter vendido, no final do 1.º semestre de 2009, a um fundo de investimento imobiliário (o Banif Property – Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado), um novo conjunto de imóveis, no valor de 31.491 milhares de euros, tendo apurado uma mais valia de 1.576 milhares de euros.
Quanto aos imóveis para "desinvestimento" a sociedade concluiu vendas durante o 1.º semestre de 2009 no montante de 1.257 milhares de euros (contra 1.461 milhares de euros em igual período do ano anterior).
Também no decurso do primeiro semestre de 2009, prosseguiram um conjunto de acções em diferentes domínios tendentes à valorização e arrendamento dos imóveis de maior expressão financeira, tendo, para o efeito, sido estabelecidos contactos com as entidades competentes e com potenciais interessados, encontrando-se negociações em curso para alguns imóveis de elevado montante.
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação % | |
|---|---|---|---|
| Activo Líquido | 73.692 | 71.868 | 3% |
| Capitais Próprios | 4.052 | 1.829 | 222% |
(Valores expressos em milhares de Euros)
| Resultado do Exercício | 1.135 | -1.068 | - |
|---|---|---|---|
O plano de actividades da Banifserv para 2009 comporta 45 projectos, dos quais 11 foram concluídos no 1.º semestre.
Destes projectos, alguns englobando mais do que uma Agrupada, merecem referência os seguintes:
A tecnologia continuou a ser encarada enquanto meio para aportar valor acrescentado à actividade, num quadro de reforço da estabilidade das infra-estruturas de suporte e da racionalização de recursos. No âmbito infraestrutural é de realçar a instalação de raiz de um novo datacenter para o Grupo (concluído em Maio de 2009), a preparação de um novo edifício de escritórios para a Banifserv em Lisboa (concluída em Maio de 2009) e a renovação da infra-estrutura central de backup's/salvaguarda de dados (em curso).
O número de colaboradores da Banifserv é de 93, um dos quais em regime de contrato a termo. Destes elementos, 49 estão afectos à manutenção, ao desenvolvimento de projectos e ao órgão de relacionamento com os clientes, 34 à Exploração do Sistema, 5 ao Suporte Administrativo e 5 são elementos de gestão.
No 1.º semestre de 2009, a BanifServ apresentou proveitos de 6.945 milhares de euros, dos quais 6.298 milhares de euros respeitantes à prestação de serviços às Agrupadas e 625 milhares de euros de trabalhos para o próprio ACE.
O imobilizado, no termo do 1.º trimestre de 2009, era de 38.368 milhares de euros, dos quais 15.218 milhares de euros referentes a imobilizados em curso.
Relativamente às contas consolidadas da Banif - SGPS, S.A., holding do Banif – Grupo Financeiro, no 1.º semestre de 2009, destacam-se, em primeiro lugar, os factos mais relevantes que caracterizaram a actividade neste período:
Apresenta-se, seguidamente, com maior detalhe, a análise das Demonstrações Financeiras com referência a 30 de Junho de 2009, assim como os respectivos comparativos de 2008.
O Produto da Actividade do Banif - Grupo Financeiro atingiu 252,6 milhões de euros no final do 1.º semestre de 2009, registando um aumento de 1,9% em relação ao período homólogo do ano anterior, sobressaindo, ao nível dos seus principais componentes, os aspectos seguintes:
da expansão da actividade, do aprofundamento das relações com os clientes e da variedade de produtos e serviços oferecidos;
em 8,3% ao valor registado em 30 de Junho de 2008. O peso deste agregado no total do Activo Líquido, era de 81,9% no final de Junho de 2009. Por segmentos, o crédito concedido a Empresas, que representava 52,8% da carteira de crédito, no final de Junho de 2009, apresentou um crescimento de 8,2%, com especial destaque para a rúbrica "Empréstimos" (+22,1%). Quanto ao Crédito a Particulares, que representava, no final do 1.º semestre de 2009, 43,0% do Crédito Total, cresceu 7,1%, no período em análise. Dentro do crédito a particulares, merece destaque o crédito à habitação, que já representa 66,5% deste agregado, evidenciando um crescimento de 13,6% face à mesma data do ano anterior. Apesar do contexto económico-financeiro, continua a revelar uma performance favorável e a contribuir para nivelar o perfil de risco da carteira, uma vez que este é um produto âncora na fidelização de clientes, proporcionando o aprofundamento da relação e favorecendo o cross-selling de produtos de várias empresas do Grupo.
Os Capitais Próprios do Banif – Grupo Financeiro (deduzidos de Interesses Minoritários) registaram uma diminuição de 11,8%, de 664,7 milhões de euros para 586,4 milhões de euros entre o final dos semestres de 2008 e 2009, originada, essencialmente, pelas seguintes situações:
Resultado do último semestre de 2008, de 14,8 milhões de euros.
Distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2009 no montante de 22,8 milhões de euros;
O rácio de solvabilidade, calculado estritamente de acordo com as definições de Basileia II situou-se em 9,1%, valor idêntico ao registado no final do 1º semestre de 2008. O Core Tier 1, que exclui no seu cálculo as acções preferenciais, fixou-se em 5,4% no final do 1º semestre de 2009, contra 5,1% no final do 1º semestre de 2008. O Tier I apresentava um valor de 6,5% no final do 1º semestre de 2009 contra 6,1% no final do período homólogo do ano anterior.
Face ao Resultado Líquido obtido pelo Banif – Grupo Financeiro em 30 de Junho de 2009, de 15,7 milhões de euros, o ROE (Return on Equity) fixou-se em 5,4% (contra 15,5% no período homólogo do ano anterior), enquanto o ROA (Return on Assets) atingiu os 0,24% (contra 0,78% no período homólogo do ano anterior). Ambos os rácios foram calculados com valores médios dos Capitais Próprios e dos Activos do Grupo e anualizados.
Actualmente, o enquadramento em que o Banif – Grupo Financeiro desenvolve a sua actividade caracteriza-se por condições de mercado bastante exigentes, novas regras de supervisão do sector financeiro, por uma subida dos custos de funding e por uma deterioração da qualidade da Carteira de Crédito, resultante da crise económica que se vem sentindo desde meados de 2008, quer a nível nacional quer, em especial, a nível internacional.
Nos últimos três anos, o Banif – Grupo Financeiro tem vindo a apostar fortemente na captação de novos clientes, sendo ainda de sublinhar o importante movimento de expansão e consolidação do Grupo nos mercados internacionais.
Ao nível nacional, o Banif – Grupo Financeiro pretende alcançar uma quota no mercado bancário de 5%, perspectivando crescimentos do crédito e dos recursos para o triénio 2008-2010 de cerca do dobro das taxas de crescimento previstas para o sector. Estes crescimentos enquadram-se numa política expansionista das redes de distribuição do Grupo em Portugal e da continuação das campanhas efectuadas de captação de novos clientes e de aumento das taxas de penetração dos principais produtos e serviços bancários.
Com efeito, e no que se refere à área de clientes particulares, o Grupo pretende manter uma tendência de crescimento nos recursos obtidos junto deste segmento baseado em iniciativas de alargamento da base de Clientes, retenção e fidelização e de reforço do dinamismo comercial, apostando na melhoria dos níveis de serviço e na prestação de um serviço diferenciado e de qualidade. Refira-se ainda que se espera manter igualmente uma evolução positiva no que respeita ao crédito a Clientes particulares.
Ao nível da área de empresas, o Grupo pretende manter a prossecução das prioridades estratégicas definidas para esta área no presente triénio (2008-2010), as quais apontam para uma tentativa de reforçar a quota de mercado e os resultados da actividade nesta área de negócio.
Com o objectivo de reduzir os custos operacionais, evitando a duplicação de infra-estruturas materiais e humanas, ao nível dos departamentos operacionais e de apoio técnico e logístico foi concluído, no final de 2008, o projecto de fusão por incorporação, mediante a transferência global do património do BBCA no Banif, sem que daí resultasse qualquer alteração ao perímetro de consolidação do Banif – Grupo Financeiro, uma vez que os dois bancos já eram detidos (indirectamente) pela Banif SGPS a 100%.
Ao nível da banca de investimento, a aposta do Banif – Grupo Financeiro continuará em dois vectores estratégicos fundamentais:
A actividade de banca comercial do Banif – Grupo Financeiro no estrangeiro seguirá, ao longo do triénio 2008-2010, uma política de consolidação dos investimentos efectuados, em especial:
Com vista a uma maior diversificação do risco do negócio bancário, é estratégia do Banif – Grupo Financeiro que a actividade internacional da banca comercial do Grupo represente, já em 2010, um mínimo de 25% dos resultados líquidos desta área de negócio.
Por fim, salienta-se que a actual conjuntura de mercado pode acarretar riscos para o Banif – Grupo Financeiro, quer ao nível da compressão da margem financeira, quer no que respeita a uma eventual deterioração na qualidade dos activos, ambas com potencial impacto negativo nos resultados do Grupo.
Não obstante, e por forma a mitigar o impacto decorrente destes riscos, o Grupo vem reanalisando as políticas de originação de activos, adequando o pricing e as garantias a uma nova realidade económica, tendo sido igualmente reforçados os mecanismos de supervisão e gestão das diversas posições do activo remunerado e intensificada a política de diversificação da captação de recursos.
| Expresso em milhares de Euros | ||||
|---|---|---|---|---|
| Balanço | 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação | Variação |
| absoluta | % | |||
| Activo Líquido | 13.038.623 | 12.062.475 | 976.148 | 8,1% |
| Crédito Concedido (Bruto) (1) | 10.674.005 | 9.860.103 | 813.902 | 8,3% |
| Depósitos de clientes | 7.799.681 | 6.303.325 | 1.496.356 | 23,7% |
| Recursos totais de Clientes (balanço) | 8.902.542 | 8.072.063 | 830.479 | 10,3% |
| Capitais Próprios (2) | 586.375 | 664.655 | -78.280 | -11,8% |
| Demonstração de resultados | 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação | Variação |
| absoluta | % | |||
| Margem Financeira | 134.057 | 130.520 | 3.537 | 2,7% |
| Lucros em Operações Financeiras (líq.) | 49.468 | 60.880 | -11.412 | -18,7% |
| Outros Proveitos (líq.) | 69.031 | 56.555 | 12.476 | 22,1% |
| Produto da Actividade | 252.556 | 247.955 | 4.601 | 1,9% |
| Custos com Pessoal | 79.217 | 78.836 | 381 | 0,5% |
| Gastos Gerais Administrativos | 54.378 | 59.376 | -4.998 | -8,4% |
| Cash Flow | 118.961 | 109.743 | 9.218 | 8,4% |
| Amortizações do Exercício | 16.939 | 14.406 | 2.533 | 17,6% |
| Provisões e Imparidade (líq.) | 67.909 | 30.436 | 37.473 | 123,1% |
| Equivalência Patrimonial | -2.007 | 3.561 | -5.568 | -156,4% |
| Resultado antes de Impostos | 32.106 | 68.462 | -36.356 | -53,1% |
| Impostos (correntes e diferidos) | 11.224 | 20.592 | -9.368 | -45,5% |
| Interesses Minoritários | 5.144 | 3.451 | 1.693 | 49,1% |
| Resultado Consolidado do Exercício | 15.738 | 44.419 | -28.681 | -64,6% |
| Outros indicadores | 30-06-2009 | 30-06-2008 | Variação | Variação |
| absoluta | % | |||
| Prémios de Seguros (Total) | 215.848 | 223.013 | -7.165 | -3,2% |
| - Prémios Vida | 123.692 | 133.736 | -10.044 | -7,5% |
| - Prémios Não Vida | 92.156 | 89.277 | 2.879 | 3,2% |
| Activos sob Gestão (valores em milhões de euros) | 2.867 | 2.541 | 326 | 12,8% |
| Imparidade de Crédito / Crédito Total | 2,94% | 2,27% | - | - |
| ROE | 5,4% | 15,5% | - | - |
| ROA | 0,24% | 0,78% | - | - |
| Resultado Antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Activo Líquido Médio | 0,50% | 1,20% | - | - |
| Produto da Actividade / Activo Líquido Médio | 3,91% | 4,36% | - | - |
| Resultado Antes de Impostos e de Interesses Minoritários / Capitais Próprios Médios (Incluindo | ||||
| Interesses Minoritários) | 7,5% | 18,7% | - | - |
| Custos de Funcionamento + Amortizações / Produto da Actividade (3) | 59,4% | 59,9% | - | - |
| Custos Com Pessoal / Produto da Actividade (3) | 31,2% | 31,6% | - | - |
(1) Deduzidos de títulos de dívida registados em empréstimos concedidos e contas a receber
(2) Deduzidos de Interesses Minoritários
(3) Estes rácios excluem as actividades não financeiras e auxiliares. O produto da actividade inclui o resultado de Investimento em associadas excluídas da consolidação
BALANÇO CONSOLIDADO
(Montantes expressos em milhares de Euros)
| 30-06-2009 | 31-12-2008 | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Notas | Valor antes de imparidade e amortizações |
Imparidade e amortizações |
Valor líquido | Valor líquido | |||
| Caixa e disponibilidades em bancos centrais | 6 | 243.442 | - | 243.442 | 313.199 | ||
| Disponibilidades em outras instituições de crédito | 7 | 104.796 | - | 104.796 | 149.231 | ||
| Activos financeiros detidos para negociação | 285.971 | - | 285.971 | 277.124 | |||
| Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados | 293.136 | - | 293.136 | 248.046 | |||
| Activos financeiros disponíveis para venda | 13 | 183.980 | (19.886) | 164.094 | 159.476 | ||
| Aplicações em instituições de crédito | 215.401 | - | 215.401 | 149.668 | |||
| Crédito a clientes | 8,13 | 10.826.798 | (313.744) | 10.513.054 | 10.336.949 | ||
| Investimentos detidos até à maturidade | 77.887 | - | 77.887 | 84.003 | |||
| Activos com acordo de recompra | 80.024 | - | 80.024 | 91.283 | |||
| Derivados de cobertura | - | - | - | - | |||
| Activos não correntes detidos para venda | 13 | 14.110 | (925) | 13.185 | 8.633 | ||
| Propriedades de investimento | 9 | 104.169 | - | 104.169 | 107.990 | ||
| Outros activos tangíveis | 10 | 370.168 | (124.845) | 245.323 | 262.538 | ||
| Activos intangíveis | 11 | 84.758 | (55.599) | 29.159 | 29.034 | ||
| Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação | 12 | 106.225 | - | 106.225 | 107.375 | ||
| Activos por impostos correntes | 18.829 | - | 18.829 | 30.801 | |||
| Activos por impostos diferidos | 31.206 | - | 31.206 | 41.874 | |||
| Provisões técnicas de resseguro cedido | - | - | - | - | |||
| Outros activos | 524.840 | (12.118) | 512.722 | 479.392 | |||
| Devedores por seguro directo e resseguro | - | - | - | - | |||
| Outros activos | 13 | 524.840 | (12.118) | 512.722 | 479.392 | ||
| Total do Activo | 13.565.740 | (527.117) | 13.038.623 | 12.876.616 | |||
| Recursos de Bancos Centrais | 14 | - | - | 564.633 | 965.843 | ||
| Passivos financeiros detidos para negociação | - | - | 58.102 | 41.934 | |||
| Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados | 15 | - | - | 238.681 | 267.196 | ||
| Recursos de outras instituições de crédito | 16 | - | - | 1.890.186 | 2.081.009 | ||
| Recursos de clientes e outros empréstimos | 17 | - | - | 6.721.021 | 6.514.863 | ||
| Responsabilidades representadas por títulos | 18 | - | - | 1.942.840 | 1.385.895 | ||
| Passivos financeiros associados a activos transferidos | - | - | - | - | |||
| Derivados de cobertura | - | - | 791 | - | |||
| Passivos não correntes detidos para venda | - | - | - | - | |||
| Provisões | 19 | - | - | 12.533 | 13.224 | ||
| Provisões técnicas | - | - | - | ||||
| Passivos por impostos correntes | - | - | 12.457 | 6.810 | |||
| Passivos por impostos diferidos | - | - | 6.476 | 16.415 | |||
| Instrumentos representativos de capital | - | - | - | ||||
| Outros passivos subordinados | 20 | - | - | 327.773 | 323.105 | ||
| Outros passivos | - | - | 411.402 | 397.552 | |||
| Credores por seguro directo e resseguro | - | - | - | - | |||
| Outros passivos | - | - | 411.402 | 397.552 | |||
| Total do Passivo | - | - | 12.186.895 | 12.013.846 | |||
| Capital | 21 | - | - | 350.000 | 350.000 | ||
| Prémios de emissão | 21 | - | - | 78.214 | 78.214 | ||
| Outros instrumentos de capital | - | - | - | ||||
| Acções próprias | 21 | - | - | (1.051) | (764) | ||
| Reservas de reavaliação | 21 | - | - | (32.045) | (24.539) | ||
| Outras reservas e resultados transitados | 21 | - | - | 175.519 | 121.221 | ||
| Resultado do exercício | 21 | - | - | 15.738 | 59.237 | ||
| Dividendos antecipados | - | - | - | - | |||
| Interesses minoritários | 22 | - | - | 265.353 | 279.401 | ||
| Total do Capital | - | - | 851.728 | 862.770 | |||
| - | - | 13.038.623 | 12.876.616 | ||||
| Total do Passivo + Capital |
EM 30 DE JUNHO DE 2009 E 2008
(Montantes expressos em milhares de Euros)
| 1.º Semestre 2009 | 2.º Trimestre 2009 | |||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Notas | 30-06-2009 | 30-06-2008 | 30-06-2009 | 30-06-2008 | ||
| Juros e rendimentos similares | 415.986 | 413.826 | 190.304 | 218.864 | ||
| Juros e encargos similares | (281.929) | (283.306) | (123.146) | (151.143) | ||
| Margem financeira | 134.057 | 130.520 | 67.158 | 67.721 | ||
| Rendimentos de instrumentos de capital | 1.465 | 2.381 | 411 | 71 | ||
| Rendimentos de serviços e comissões | 58.391 | 53.397 | 29.387 | 27.059 | ||
| Encargos com serviços e comissões | (6.806) | (6.419) | (3.819) | (2.651) | ||
| Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados | (18.393) | (5.747) | (21.167) | 4.126 | ||
| Resultados de activos financeiros disponíveis para venda | 21.365 | 58.581 | 20.973 | 32.671 | ||
| Resultados de reavaliação cambial | 23.518 | 5.665 | 22.688 | 5.143 | ||
| Resultados de alienação de outros activos | 859 | 741 | 859 | 741 | ||
| Prémios líquidos de resseguro | - | - | - | - | ||
| Custos com sinistros líquidos de resseguros | - | - | - | - | ||
| Variação das provisões técnicas líquidas de resseguro | - | - | - | - | ||
| Outros resultados de exploração | 38.100 | 8.836 | 21.014 | 753 | ||
| Produto da actividade | 252.556 | 247.955 | 137.504 | 135.634 | ||
| Custos com pessoal | (79.217) | (78.836) | (40.860) | (41.311) | ||
| Gastos gerais administrativos | (54.378) | (59.376) | (28.983) | (31.445) | ||
| Amortizações do exercício | 10,11 | (16.939) | (14.406) | (8.637) | (7.537) | |
| Provisões líquidas de reposições e anulações | 19 | (755) | (1.806) | (990) | (2.681) | |
| Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações | 13 | (49.333) | (28.339) | (37.776) | (19.559) | |
| Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações | 13 | (17.317) | (122) | (890) | 1.002 | |
| Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações Diferenças de consolidação negativas |
13 | (504) - |
(169) - |
283 - |
194 - |
|
| Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) | 12 | (2.007) | 3.561 | (1.709) | 1.319 | |
| Resultado antes de impostos e de interesses minoritários | 32.106 | 68.462 | 17.942 | 35.616 | ||
| Impostos | (11.224) | (20.592) | (4.010) | (20.592) | ||
| Correntes | (10.116) | (29.384) | (2.834) | (16.738) | ||
| Diferidos | (1.108) | 8.792 | (1.176) | 5.978 | ||
| Resultado após impostos e antes de interesses minoritários | 20.882 | 47.870 | 13.932 | 24.856 | ||
| Da qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas | - | - | - | - | ||
| Interesses minoritários | 22 | (5.144) | (3.451) | (2.385) | 1.525 | |
| Resultado consolidado do exercício | 15.738 | 44.419 | 11.547 | 26.381 | ||
| Quantidade média ponderada de acções ordinárias em circulação | 348.978.888 | 252.209.945 | 348.978.888 | 252.209.945 | ||
| Resultados por acção (€/ acção) | 0,06 | 0,18 | 0,05 | 0,11 |
(Montantes expressos em milhares de Euros)
| Resultado do | ||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Capital | Acções Próprias |
Prémios de Emissão |
Reservas de reavaliação |
Resultados transitados |
Outras reservas |
exercício deduzido de Interesses Minoritários |
Total | |
| Saldos em 31-12-2008 | 350.000 | (764) | 78.214 | (24.539) | 292.228 | (171.007) | 59.237 | 583.369 |
| Transferência para reservas | - | - | - | - | 36.487 | - | (36.487) | - |
| Distribuição de dividendos | - | - | - | - | - | - | (22.750) | (22.750) |
| Aquisição\alienação de acções próprias | - | (287) | - | - | - | - | - | (287) |
| Activos financeiros disponíveis para venda | - | - | - | (6.861) | - | - | - | (6.861) |
| Correcções CP associadas: operações com IM | - | - | - | - | - | 7.214 | - | 7.214 |
| Variação cambial | - | - | - | - | - | 11.123 | - | 11.123 |
| Outras variações em capital próprio | - | - | - | (645) | - | (526) | - | (1.171) |
| Resultado líquido do período | - | - | - | - | - | - | 15.738 | 15.738 |
| Saldos em 30-06-2009 | 350.000 | (1.051) | 78.214 | (32.045) | 328.715 | (153.196) | 15.738 | 586.375 |
| Saldos em 31-12-2007 | 250.000 | (203) | 78.214 | 76.073 | 228.644 | (118.747) | 101.084 | 615.065 |
| Transferência para reservas | - | - | - | - | 63.584 | - | (63.584) | - |
| Distribuição de dividendos | - | - | - | - | - | - | (37.500) | (37.500) |
| Aumento de capital | 100.000 | - | - | - | - | - | - | 100.000 |
| Aquisição\alienação de acções próprias | - | 152 | - | - | - | - | - | 152 |
| Correcções CP associadas: operações com IM | - | - | - | - | - | (4.634) | - | (4.634) |
| Activos financeiros disponíveis para venda | - | - | - | (56.417) | - | 2.212 | - | (54.205) |
| Diferenças capitais próprios em associadas | - | - | - | - | - | 307 | - | 307 |
| Outras variações em capital próprio | - | - | - | - | - | 1.051 | - | 1.051 |
| Resultado líquido do período | - | - | - | - | - | - | 44.419 | 44.419 |
| Saldos em 30-06-2008 | 350.000 | (51) | 78.214 | 19.656 | 292.228 | (119.811) | 44.419 | 664.655 |
BANIF - SGPS ,SA E SUBSIDIÁRIAS DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA EM 30 DE JUNHO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em milhares de Euros)
| ACTIVIDADE OPERACIONAL | 30-06-2009 | 30-06-2008 |
|---|---|---|
| Resultados de Exploração: | ||
| Resultado líquido do exercício | 15.738 | 44.419 |
| Imparidade em Crédito Concedido | 49.333 | 28.339 |
| Outras perdas por imparidade | 17.821 | 291 |
| Provisões do exercício | 755 | 1.806 |
| Amortizações do Exercício | 16.939 | 14.406 |
| Dotação para impostos do exercício | 11.224 | 20.592 |
| Interesses minoritários | 5.144 | 3.452 |
| Derivados (liquido) | 47.476 | (11.082) |
| Resultados de empresas excluídas da consolidação | 2.007 | (3.561) |
| Dividendos reconhecidos | (1.465) | (2.380) |
| Juros pagos de Passivos subordinados | 10.572 | 10.325 |
| Variação dos Activos e Passivos Operacionais: | 175.544 | 106.607 |
| (Aumento)/Diminuição de Activos financeiros detidos para negociação | (8.847) | (90.197) |
| (Aumento)/Diminuição de Activos financeiros ao justo valor através de resultados | (45.090) | 35.185 |
| (Aumento)/Diminuição de Activos financeiros disponíveis para venda | (20.725) | (48.214) |
| (Aumento)/Diminuição de Aplicações em Outras Instituições de Crédito | (65.733) | 25.095 |
| (Aumento)/Diminuição de Investimentos detidos até à maturidade | 6.116 | - |
| (Aumento)/Diminuição de Empréstimos a Clientes | (236.135) | (1.045.103) |
| (Aumento)/Diminuição de Activos não correntes detidos para venda | 29.314 | (7.530) |
| (Aumento)/Diminuição de Activos com acordo de recompra | 11.259 | 2.620 |
| (Aumento)/Diminuição de Outros activos | (58.422) | (64.044) |
| (Diminuição)/Aumento de Recursos de Bancos Centrais | (401.210) | 170.876 |
| (Diminuição)/Aumento de Passivos financeiros detidos para negociação | 16.168 | 6.729 |
| (Diminuição)/Aumento de Outros Passivos financeiros ao justo valor através de resultados | (28.515) | 16.732 |
| (Diminuição)/Aumento de Recursos de Outras Instituições de Crédito | (190.823) | 434.790 |
| (Diminuição)/Aumento de Recursos de Clientes | 206.158 | 663.596 |
| (Diminuição)/Aumento de Responsabilidades representadas por titulos | 556.945 | (19.879) |
| (Diminuição)/Aumento de Outros Passivos | (45.832) | 40.092 |
| Impostos | 7.124 | (73.888) |
| (268.248) | 46.860 | |
| Fluxos das actividades operacionais | (92.704) | 153.467 |
| ACTIVIDADE DE INVESTIMENTO | ||
| Investimento em Subsidiárias | - | (35.500) |
| Investimento em Activos Tangíveis | (26.451) | (26.437) |
| Alienação de Activos Tangíveis | 31.491 | - |
| Investimento em Activos Intangíveis | (3.530) | (3.373) |
| Investimento em Propriedades de Investimento | (1.471) | - |
| Alienação de Propriedades de Investimento | 5.292 | - |
| Dividendos recebidos | 1.465 | 2.381 |
| Fluxos das actividades de investimento | 6.796 | (62.929) |
| ACTIVIDADE DE FINANCIAMENTO | ||
| Aumento do Capital social | - (22.750) |
100.000 (37.500) |
| Dividendos distribuídos no exercício | (287) | 152 |
| (Aquisição)/Alienação de Acções próprias Emissão/(Reembolso ou recompra) de Passivos subordinados |
5.325 | (30.164) |
| Juros pagos de Passivos subordinados | (10.572) | (10.325) |
| Fluxos das actividades de financiamento | (28.284) | 22.163 |
| (114.192) | 112.701 | |
| VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES | ||
| Caixa e seus equivalentes no inicio do período | 462.430 | 395.359 |
| Efeito das diferenças de câmbio nas rubricas de caixa e seus equivalentes | - | - |
| Caixa e seus equivalentes no fim do período | 348.238 | 508.060 |
| (114.192) | 112.701 | |
| Valor de Balanço das rubricas de Caixa e Seus Equivalentes, em 30 de Junho | ||
| Caixa | 57.066 | 41.529 |
| Depósitos à Ordem em Bancos Centrais | 178.079 | 326.114 |
| Depósitos à Ordem em Outras Instituições de Crédito | 83.599 | 97.455 |
| Cheques a cobrar | 29.418 | 42.962 |
| Outros | 76 | - |
| 348.238 | 508.060 | |
Caixa e Seus Equivalentes não disponíveis para utilização pela entidade - -
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | |
|---|---|---|
| Alteração de justo valor, liquida de impostos | (6.861) | (54.205) |
| Variações cambiais | 11.123 | - |
| Ganhos e perdas reconhecidos directamente em reservas | 4.262 | (54.205) |
| Resultado Líquido | 15.738 | 44.419 |
| Total ganhos e perdas reconhecidos no período | 20.000 | (9.786) |
O Banif - Grupo Financeiro (Grupo) é composto por Sociedades de competência especializada nos sectores bancário e segurador, apoiadas num conjunto de outras sociedades que operam em diversas áreas do sector financeiro.
A Banif - SGPS, S.A., empresa-mãe do Grupo, com sede na Rua João Tavira, nº 30, 9004 – 509 Funchal, tem por objecto exclusivo a gestão de participações sociais noutras Sociedades, conforme descrito nas Notas 4 e 12.
A Banif – SGPS, SA é detida, directa e indirectamente, em 64,64% pela Rentipar Financeira, SGPS, SA e esta pelo Comendador Horácio da Silva Roque.
As acções da Banif - SGPS, S.A. encontram-se admitidas à cotação na Euronext Lisboa.
Em 24 de Julho de 2009, o Conselho de Administração da Sociedade reviu, aprovou e autorizou as Demonstrações Financeiras de 30 de Junho de 2009.
Nos termos do n.º3, artigo 8º do Código dos Valores Mobiliários, declara-se que as presentes demonstrações financeiras não foram sujeitas a auditoria ou a revisão limitada.
Em 2009 entraram em vigor as seguintes Normas com impactos no Grupo:
O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em 30 de Novembro de 2006 a IFRS 8 - Segmentos operacionais, tendo sido aprovada pela Comissão Europeia em 21 de Novembro de 2007. Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios a começar ou a partir de 1 de Janeiro de 2009.
IAS 1 (Alterada) - Apresentação das Demonstrações Financeiras O IASB emitiu em Setembro de 2007, a IAS 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras alterada com data efectiva de aplicação obrigatória em 1 de Janeiro de 2009.
As demonstrações financeiras do período findo em 30 de Junho de 2009 estão elaboradas de acordo com a IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar.
As demonstrações financeiras consolidadas do Banif - Grupo Financeiro estão preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS – Internacional Financial Reporting Standards) tal como adoptadas na União Europeia, no âmbito das disposições do Regulamento do Conselho e do Parlamento Europeu nº 1606/02.
As demonstrações financeiras foram preparadas numa base de custo histórico, com excepção dos activos e passivos financeiros detidos para negociação (incluindo derivados), activos e passivos ao justo valor através de resultados, activos financeiros disponíveis para venda, imóveis registados em activos tangíveis e propriedades de investimento que são mensurados ao justo valor. As principais políticas contabilísticas utilizadas pelo Grupo são apresentadas abaixo.
O Grupo não procedeu a alterações de políticas contabilísticas, pelo que em geral os valores apresentados são comparáveis, nos aspectos relevantes, com os do exercício anterior.
A preparação das Demonstrações Financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos pela Gestão do Grupo, os quais afectam o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados. Na elaboração destas estimativas, a Gestão utilizou o seu julgamento, assim como a informação disponível na data da preparação das demonstrações financeiras. Consequentemente, os valores futuros efectivamente realizados poderão diferir das estimativas efectuadas.
As situações onde o uso de estimativas é mais significativo são as seguintes:
Quando os justos valores dos instrumentos financeiros não podem ser determinados através de cotações (marked to market) nos mercados activos, são determinados através da utilização de técnicas de valorização que incluem modelos matemáticos de discounted cash-flows (marked to model). O dados de input nesses modelos são, sempre que possível, dados observáveis de mercado, mas quando tal não é possível um grau de julgamento é requerido para estabelecer os justos valores, nomeadamente ao nível da liquidez, correlação e volatilidade.
Os créditos de clientes com posições vencidas e responsabilidades totais consideradas de montante significativo são objecto de análise individual para avaliar as necessidades de registo de perdas por imparidade. Nesta análise é estimado o montante e prazo dos fluxos futuros. Estas estimativas são baseadas em assumpções sobre um conjunto de factores que se podem modificar no futuro e consequentemente alterar os montantes de imparidade. Adicionalmente, é também realizada uma análise colectiva de imparidade por segmentos de crédito com características e riscos similares e determinadas perdas por imparidade com base no comportamento histórico das perdas para o mesmo tipo de activos.
Os activos financeiros disponíveis para venda são analisados quando existam indícios objectivos de imparidade, nomeadamente quando se verifica um significativo ou prolongado declínio nos justos valores, abaixo do preço de custo. A determinação do nível de declínio em que se considera "significativo ou prolongado" requer julgamentos. Neste contexto o Grupo considera que um declínio no justo valor de um instrumento de capital igual ou superior a 30% (30% em 2008) ou um declínio por mais de 1 ano (1 ano em 2008) pode ser considerado significativo ou prolongado. Contudo, são avaliados outros factores, tal como o comportamento da volatilidade nos preços dos activos.
O justo valor das propriedades de investimento e de imóveis de serviço próprio, classificados em Outros Activos Tangíveis, são determinados com base em avaliações efectuadas por peritos independentes, tendo por base estimativas de rendimento e de custos de manutenção ou substituição e ainda valores comparáveis de mercado.
São reconhecidos activos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não utilizados, na medida em que seja provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais positivos. Para o efeito são efectuados julgamentos para a determinação do montante de impostos diferidos activos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais futuros esperado.
O nível de responsabilidades relativas a benefícios de reforma (planos de benefícios definidos) é determinado através de avaliação actuarial, na qual se utilizam pressupostos e assumpções sobre taxas de desconto, taxa de retorno esperado dos activos do Fundo de Pensões, aumentos salariais e de pensões futuros e tábuas de mortalidade. Face à natureza de longo prazo dos planos de pensões, estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas.
As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas da Banif - SGPS, S.A. e entidades por si controladas (denominadas "subsidiárias"), incluindo entidades de propósito especial (SPE'S), preparadas para a mesma data de referência das presentes demonstrações financeiras consolidadas. Considera-se que existe controlo sempre que o Grupo tenha a possibilidade de determinar as políticas operacionais e financeiras de uma entidade com vista a obter benefícios das suas actividades, o que normalmente sucede quando o Grupo detém pelo menos 50% dos direitos de voto da entidade. As entidades de finalidades especiais, relativamente às quais o Grupo retenha a maioria dos riscos e benefícios inerentes à sua actividade, são também incluídas na consolidação. Incluem-se neste âmbito, essencialmente, entidades utilizadas pelo Grupo no âmbito de operações de titularização de créditos e emissão de dívida estruturada.
Sempre que aplicável, as contas das subsidiárias são ajustadas de forma a reflectir a utilização das políticas contabilísticas do Banif - Grupo Financeiro.
Os saldos e transacções significativos existentes entre as empresas do Grupo são eliminados no decorrer do processo de consolidação.
O valor correspondente à participação de terceiros nas subsidiárias é apresentado na rubrica "Interesses minoritários", incluída no capital próprio.
A aquisição de subsidiárias é registada de acordo com o método da compra. O custo de aquisição corresponde ao justo valor, na data da transacção, de activos entregues, passivos assumidos, instrumentos de capital próprio emitidos, acrescidos de quaisquer custos directamente atribuíveis à transacção. Os activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da entidade adquirida devem ser medidos pelo justo valor na data de aquisição.
O goodwill corresponde à diferença entre o custo de aquisição e a proporção adquirida pelo Grupo do justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes identificados. Sempre que, se verifique que o justo valor excede o custo de aquisição ("goodwill negativo"), o diferencial é reconhecido imediatamente em resultados.
Quando o custo de aquisição excede o justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes, o goodwill positivo é registado no activo, não sendo amortizado. No entanto, é objecto de testes de imparidade numa base anual, sendo reflectidas eventuais perdas por imparidade que sejam apuradas.
Para efeitos da realização do teste de imparidade, o goodwill apurado é imputado a cada uma das Unidades Geradoras de Caixa (UGC) que beneficiaram da operação de concentração. O goodwill imputado a cada Unidade é objecto de teste de imparidade anualmente, ou sempre que exista uma indicação de que possa existir imparidade.
A imparidade do goodwill é determinada calculando o montante recuperável para cada UGC ou grupo UGC a que o goodwill respeita. Quando o montante recuperável das UGC for inferior ao montante registado é reconhecida imparidade.
As perdas por imparidade em goodwill não podem ser revertidas em períodos futuros.
Trata-se de investimentos em entidades em que o Grupo tem influência significativa e que não sejam nem subsidiárias nem "Joint ventures". Considera-se que existe influência significativa sempre que o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 20% dos direitos de voto.
Os investimentos em associadas são registados de acordo com o método da equivalência patrimonial. O registo inicial do investimento é efectuado pelo custo de aquisição, o qual é incrementado ou diminuído pelo reconhecimento das variações subsequentes na parcela detida na situação líquida da associada. Deste modo, o goodwill originado na aquisição fica reflectido no valor do investimento, sendo objecto de análise de imparidade como parte do valor do investimento. Qualquer goodwill negativo é imediatamente reconhecido em resultados.
À semelhança do procedimento seguido relativamente às subsidiárias, sempre que aplicável, as contas das associadas são ajustadas de forma a reflectir a utilização das políticas contabilísticas do Grupo.
As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbios indicativas da moeda funcional na data da transacção. Na data de balanço, os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de câmbio de fecho. Os itens não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os itens não monetários que sejam mantidos ao custo histórico são mantidos ao câmbio original.
As diferenças de câmbio apuradas na conversão são reconhecidas como ganhos ou perdas do período na demonstração de resultados, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários classificados como disponíveis para venda, que são registadas por contrapartida de uma rubrica específica de capital próprio até à alienação do activo.
Na data de balanço os activos e passivos denominados em moeda funcional distinta do Euro são convertidos à taxa de câmbio à data do fecho do balanço, enquanto itens de proveitos e custos são convertidos à taxa média do período. As diferenças que resultam da utilização da taxa de fecho e da taxa média são registadas por contrapartida de uma rubrica específica de capital próprio até à alienação das respectivas entidades.
Para efeitos da demonstração de fluxos de caixa, caixa e seus equivalentes incluem moeda nacional e estrangeira, em caixa, depósitos à ordem junto de bancos centrais, depósitos à ordem junto de outros bancos no país e estrangeiro, cheques a cobrar sobre outros bancos.
As compras e vendas de activos financeiros que implicam a entrega de activos de acordo com os prazos estabelecidos, por regulamento ou convenção no mercado, são reconhecidos na data da transacção, isto é, na data em que é assumido o compromisso de compra ou venda. Os instrumentos financeiros derivados são igualmente reconhecidos na data da transacção.
A classificação dos instrumentos financeiros na data de reconhecimento inicial depende das suas características e da intenção de aquisição. Todos os instrumentos financeiros são inicialmente mensurados ao justo valor acrescido dos custos directamente atribuíveis à compra ou emissão, excepto no caso dos activos e passivos ao justo valor através de resultados em que tais custos são reconhecidos directamente em resultados.
Os activos e passivos financeiros detidos para negociação são os adquiridos com o propósito de venda no curto prazo e de realização de lucros a partir de flutuações no preço ou na margem do negociador, incluindo todos os instrumentos financeiros derivados que não sejam enquadrados como operações de cobertura.
Após reconhecimento inicial, os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo valor são reflectidos em resultados do exercício. Nos derivados os justos valores positivos são registados no activo e os justos valores negativos no passivo. Os juros e dividendos ou encargos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido.
Os passivos financeiros de negociação incluem também vendas de títulos a descoberto. Estas operações são relevadas em balanço ao justo valor, com variações subsequentes de justo valor relevadas em resultados do exercício na rubrica "Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados".
Estas rubricas incluem os activos e passivos financeiros classificados pelo Grupo de forma irrevogável no seu reconhecimento inicial como ao justo valor através de resultados, de acordo com a opção prevista no IAS 39 (fair value option), desde que satisfeitas as condições previstas para o seu reconhecimento, nomeadamente:
inerentes ao contrato, ou seja claro, com reduzida ou nenhuma análise, que a separação dos derivados embutidos não possa ser efectuada.
Após reconhecimento inicial os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo valor dos activos e passivos financeiros são reflectidos em resultados do exercício na rubrica "Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados".
O Grupo classifica em activos financeiros ao justo valor através de resultados a quase totalidade da carteira de títulos constituída no âmbito da actividade bancária, cuja gestão e avaliação da performance tem por base o justo valor, com excepção das participações estratégicas e de títulos para os quais não é possível a obtenção de valorizações fiáveis.
Os passivos financeiros foram designados como passivos ao justo valor através de resultados por se tratar de instrumentos de dívida (subordinada e não subordinada) com um ou mais derivados embutidos.
São classificados nesta rubrica instrumentos que podem ser alienados em resposta ou em antecipação a necessidades de liquidez ou alterações de taxas de juro, taxas de câmbio ou alterações do seu preço de mercado, e que o Grupo não classificou em qualquer uma das outras categorias. Deste modo, em 30 de Junho de 2009 esta rubrica inclui essencialmente participações consideradas estratégicas e títulos para os quais não é possível a obtenção de valorizações fiáveis.
Após o reconhecimento inicial são subsequentemente mensurados ao justo valor, ou mantendo o custo de aquisição caso não seja possível apurar o justo valor com fiabilidade, sendo os respectivos ganhos e perdas reflectidos na rubrica "Reservas de Reavaliação" até à sua venda (ou ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento no qual o valor acumulado é transferido para resultados do exercício para a rubrica "Resultados de activos financeiros disponíveis para venda".
Os juros inerentes aos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de "Juros e rendimentos similares". Os dividendos são reconhecidos em resultados, quando o direito ao seu pagamento é estabelecido, na rubrica "Rendimentos de instrumentos de capital". Nos instrumentos de dívida emitidos em moeda estrangeira, as diferenças cambiais apuradas são reconhecidas em resultados do exercício na rubrica "Resultados de reavaliação cambial".
É efectuada uma análise da existência de evidência de perdas por imparidade em activos financeiros disponíveis para venda em cada data de referência das demonstrações financeiras. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica "Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações".
Os activos financeiros detidos até à maturidade compreendem os investimentos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas, sobre os quais existe a intenção e capacidade de os deter até à maturidade.
Após o reconhecimento inicial são subsequentemente mensurados ao custo amortizado, usando o método da taxa de juro efectiva, deduzido de perdas por imparidade. O custo amortizado é calculado tendo em conta o prémio ou desconto na data de aquisição e outros encargos directamente imputáveis à compra como parte da taxa de juro efectiva. A amortização é reconhecida em resultados na rubrica de "Juros e rendimentos similares".
As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica "Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações".
Estas rubricas incluem aplicações junto de instituições de crédito e crédito concedido a clientes do Grupo.
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo, que não sejam activos adquiridos ou originados com intenção de alienação a curto prazo (detidos para negociação) ou classificados como activos financeiros ao justo valor através de resultados no seu reconhecimento inicial
Após o reconhecimento inicial, normalmente ao valor desembolsado que inclui todos os custos inerentes à transacção, incluindo comissões cobradas que não tenham a natureza de prestação de serviço, subsequentemente estes activos são mensurados ao custo amortizado, usando o método da taxa efectiva, e sujeitos a testes de imparidade.
O custo amortizado é calculado tendo em conta rendimentos ou encargos directamente imputáveis à originação do activo como parte da taxa de juro efectiva. A amortização destes rendimentos ou encargos é reconhecida em resultados na rubrica de "Juros e rendimentos similares" ou "Juros e encargos similares". As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica "Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações".
Os empréstimos concedidos e contas a receber apenas são abatidos ao activo (writeoff), quando não há expectativas realísticas de recuperação desses montantes, incluindo através das garantias associadas (colaterais). Esta avaliação é independente dos procedimentos de abate ao activo de empréstimos nas contas individuais das subsidiárias, ao abrigo das normas locais aplicáveis a essas entidades.
Os restantes passivos financeiros, que incluem essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e emissões de dívida não designadas como passivos financeiros ao justo valor através de resultados e cujos termos contratuais resultam na obrigação de entrega ao detentor de fundos ou activos financeiros, são reconhecidos inicialmente pela contraprestação recebida líquida dos custos de transacção directamente associados e subsequentemente valorizados ao custo amortizado, usando o método da taxa efectiva. A amortização é reconhecida em resultados na rubrica "Juros e encargos similares".
O justo valor utilizado na valorização de activos e passivos financeiros de negociação, classificados como ao justo valor por contrapartida de resultados e activos financeiros disponíveis para venda é determinado de acordo com os seguintes critérios:
valorização normalmente utilizados pelo mercado ("discounted cash flow", modelos de valorização de opções, etc.).
Os activos de rendimento variável (v.g. acções) e instrumentos derivados que os tenham como subjacente, para os quais não seja possível a obtenção de valorizações fiáveis, são mantidos ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas por imparidade.
O Grupo avalia regularmente se existe evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito concedido e de valores a receber. As perdas por imparidade identificadas são relevadas por contrapartida de resultados.
Sempre que num período subsequente, se registe uma diminuição do montante da perda por imparidade estimada, o montante previamente reconhecido é revertido pelo ajustamento da conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados na mesma rubrica.
Um crédito, ou uma carteira de crédito sobre clientes, definida como um conjunto de créditos de características de risco semelhantes, está em imparidade sempre que:
Para determinação das perdas por imparidade são utilizados dois métodos de análise:
A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é realizada através de uma análise casuística da situação de clientes com exposição total de crédito considerada significativa. Para cada cliente o Grupo avalia, em cada data de balanço, a existência de evidência objectiva de imparidade, considerando nomeadamente os seguintes factores:
Na determinação das perdas por imparidade em termos individuais são considerados os seguintes factores:
Os crédito analisados individualmente para os quais não se tenha verificado a existência objectiva de imparidade, são agrupados tendo por base características de risco semelhantes e, avaliados colectivamente para efeitos de imparidade.
Os créditos analisados individualmente para os quais se tenha estimado uma perda por imparidade, não são incluídos para efeitos da avaliação colectiva.
Sempre que seja identificada uma perda de imparidade nos créditos a clientes avaliados individualmente, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor contabilístico desse crédito e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do contrato. O crédito a clientes apresentado no balanço é reduzido pela utilização de uma conta de perdas por imparidade e o montante reconhecido na demonstração de resultados na rubrica "Imparidade do crédito líquida de recuperações e reversões". Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa de efectiva anual, determinada pelo contrato.
O cálculo do valor actual dos cash flows futuros estimados de um crédito com garantias reais, reflecte os fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e alienação do colateral, deduzido dos custos inerentes à sua recuperação e venda.
Os créditos avaliados numa base colectiva, são agrupados por segmentos com características e riscos similares. As perdas por imparidade para estes créditos são estimadas considerando a experiência histórica de perdas em carteiras de risco semelhante, a envolvente económica e sua influência sobre o nível de perdas históricas. O Grupo, com uma periodicidade regular, procede à actualização dos parâmetros históricos utilizados para estimar as perdas na análise colectiva.
Sempre que um crédito é considerado incobrável, sendo a sua perda por imparidade estimada de 100% do valor do crédito, é efectuada a respectiva anulação contabilística por contrapartida do valor da perda. O crédito, é assim, abatido ao activo.
Se forem recuperados créditos abatidos, o montante recuperado é creditado em resultados na mesma rubrica de "Imparidade do crédito líquida de recuperações e reversões" acima referida.
Na sua actividade corrente, o Grupo utiliza alguns instrumentos financeiros derivados quer para satisfazer as necessidades dos seus clientes, quer para gerir as suas próprias posições de risco de taxa de juro ou outros riscos de mercado. Estes instrumentos envolvem graus variáveis de risco de crédito (máxima perda contabilística potencial devida a eventual incumprimento das contrapartes das respectivas obrigações contratuais) e de risco de mercado (máxima perda potencial devida à alteração de valor de um instrumento financeiro em resultado de variações de taxas de juro, câmbio e cotações).
Os montantes nocionais das operações de derivados são utilizados para calcular os fluxos a trocar nos termos contratuais, eventualmente em termos líquidos, e embora constituam a medida de volume mais usual nestes mercados, não correspondem a qualquer quantificação do risco de crédito ou de mercado das respectivas operações. Para derivados de taxa de juro ou de câmbio, o risco de crédito é medido pelo custo de substituição a preços correntes de mercado dos contratos em que se detém uma posição potencial de ganho (valor positivo de mercado) no caso de a contraparte entrar em incumprimento.
Os derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são separados do instrumento de acolhimento sempre que os seus riscos e características não estão intimamente relacionados com os do contrato de acolhimento e a totalidade do instrumento não é designado no reconhecimento inicial como ao justo valor através de resultados (fair value option).
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo na sua gestão de exposição a riscos financeiros e de mercado, são contabilizados como derivados de cobertura de acordo com os critérios definidos pela norma IAS 39, caso cumpram os requisitos de elegibilidade previstos pela norma, nomeadamente para o registo de coberturas da exposição à variação do justo valor de elementos cobertos ("Coberturas de justo valor"). Caso contrário, os derivados são considerados pelo seu justo valor como activos ou passivos financeiros de negociação, consoante tenham, respectivamente, justo valor positivo ou negativo.
O Grupo não efectua, por sistema, trading short / long sobre estes instrumentos financeiros. Os instrumentos derivados têm sido utilizados no Banif - Grupo Financeiro, principalmente, nas seguintes situações:
Um activo financeiro (ou quando aplicável uma parte de um activo financeiro ou parte de um grupo de activos financeiros) é desreconhecido quando:
Quando os direitos de recebimento dos fluxos de caixa tenham sido transferidos ou tenha sido celebrado um acordo de "pass-through" e não tenham sido transferidos nem retidos substancialmente todos os riscos e benefícios do activo, nem transferido o controlo sobre o mesmo, o activo financeiro é reconhecido na extensão do envolvimento continuado, o qual é mensurado ao menor entre o valor original do activo e o máximo valor de pagamento que ao Grupo pode ser exigido.
Quando o envolvimento continuado toma a forma de opção de compra sobre o activo transferido, a extensão do envolvimento continuado é o montante do activo que pode ser recomprado, excepto no caso de opção de venda mensurável ao justo valor, em que o valor do envolvimento continuado é limitado ao mais baixo entre o justo valor do activo e o preço de exercício da opção.
Um passivo financeiro é desreconhecido quando a obrigação subjacente expira ou é cancelada. Quando um passivo financeiro existente é substituído por outro com a mesma contraparte em termos substancialmente diferentes dos inicialmente estabelecidos, ou os termos iniciais são substancialmente alterados, esta substituição ou alteração é tratada como um desreconhecimento do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo e qualquer diferença entre os respectivos valores é reconhecida em resultados do exercício.
Os activos não correntes são classificados como detidos para venda sempre que se determine que o seu valor de balanço será recuperado através de venda. Esta condição apenas se verifica quando a venda seja altamente provável e o activo esteja disponível para venda imediata no seu estado actual. A operação de venda deverá verificar-se até um período máximo de um ano após a classificação nesta rubrica. Uma extensão do período durante o qual se exige que a venda seja concluída não exclui que um activo (ou grupo para alienação) seja classificado como detido para venda se o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do controlo do Grupo e se mantiver o compromisso de venda do activo.
O Grupo regista nesta rubrica essencialmente imóveis recebidos em dação em pagamento de dívidas referentes a crédito concedido.
Os activos registados nesta categoria são valorizados ao menor do custo de aquisição e do justo valor, determinado com base em avaliações de peritos independentes, deduzido de custos a incorrer na venda. Estes activos não são amortizados.
Nos casos em que os activos classificados nesta categoria deixem de reunir as condições de venda imediata, nomeadamente por ter decorrido mais de 1 ano e o Grupo não ter recebido ofertas razoáveis, estes activos são reclassificados para a rubrica "Outros activos", mantendo o critério de mensuração, conforme disposto nas IAS 36 – Imparidade de activos – paragráfos 7 a 17.
As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente pelo custo, incluindo custos de transacção. O montante escriturado inclui os custos de investimento adicionais nas propriedades de investimento existentes, se estiverem cumpridos os critérios de reconhecimento, mas exclui os custos correntes de manutenção.
Subsequente ao reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são registadas ao justo valor, que reflecte as condições de mercado na data de balanço.
Os ganhos e perdas resultantes das alterações no justo valor das propriedades de investimento são incluídas nos resultados do ano a que respeitam.
As propriedades de investimento são desreconhecidas quando forem alienadas ou quando deixam de ser esperados benefícios económicos futuros com a sua detenção. Na alienação a diferença entre o valor liquido da alienação e o montante do activo registado é reconhecido em resultados no período da alienação.
As transferências de e para propriedades de investimento são efectuadas quando se verifica uma alteração no uso. Na transferência de propriedades de investimento para imóveis de serviço próprio, o custo estimado para contabilização subsequente é o justo valor à data da alteração do uso. Se um imóvel de serviço próprio é classificado em propriedades de investimento, o Grupo regista esse activo de acordo com a política aplicável a imóveis de serviço próprio até à data da sua transferência para propriedades de investimento.
A rubrica de activos fixos tangíveis inclui os imóveis de serviço próprio, veículos e outros equipamentos.
São classificados como imóveis de serviço próprio, os imóveis utilizados pelo Grupo no desenvolvimento das suas actividades. Os imóveis de serviço próprio são valorizados ao justo valor, determinado com base em avaliações de peritos independentes, deduzido de subsequentes amortizações e perdas por imparidade. Os imóveis de serviço próprio do Grupo são avaliados com a regularidade necessária, para que os valores contabilísticos não difiram significativamente do seu justo valor na data do balanço, utilizando-se como referência um período de três anos entre reavaliações.
As variações positivas de justo valor são creditadas em reservas de reavaliação, incluídas em capital próprio, excepto e até à medida em que essa variação constitua reversão de perdas do mesmo activo reconhecidas em resultados, em que essa variação positiva deve ser reconhecida em resultados.
As variações negativas do justo valor são reconhecidas em resultados, excepto e na medida em que possam ser compensados com reservas de reavaliação positivas existentes para o mesmo activo.
Os restantes activos fixos tangíveis encontram-se registados pelo seu custo, deduzido de subsequentes amortizações e perdas por imparidade. Os custos de reparação e manutenção e outras despesas associadas ao seu uso, são reconhecidos como custo quando ocorrem.
Os activos tangíveis são amortizados numa base linear, de acordo com a sua vida útil esperada, que é:
Imóveis [10 – 50] anos Veículos 4 anos
107
Na data de transição, o Grupo utilizou a opção permitida pelo IAS de considerar como "custo estimado" de activos tangíveis o respectivo justo valor ou, em alguns casos, o valor de balanço resultante de reavaliações legais efectuadas até 1 de Janeiro de 2004 ao abrigo da legislação portuguesa.
Um activo tangível é desreconhecido quando vendido ou quando não é expectável a existência de benefícios económicos futuros pelo seu uso ou venda. Na data do desreconhecimento o ganho ou perda calculado pela diferença entre o valor líquido de venda e o valor líquido contabilístico é reconhecido em resultados na rubrica "Outros Resultados de exploração".
O Grupo classifica as operações de locação financeiras ou locação operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal. São classificados como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.
Estas operações são registadas da seguinte forma:
Os pagamentos efectuados pelo Grupo de acordo com os contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.
Os activos em regime de locação financeira são registados em "Outros activos fixos tangíveis", pelo justo valor do activo ou, se inferior, pelo valor actual dos pagamentos mínimos do leasing.
As rendas relativas a contratos de locação financeira são desdobradas em encargos financeiros e amortizações, de forma a obter-se uma taxa de juro constante até à maturidade do passivo. Os juros suportados são registados como custos financeiros. Os activos em regime de locação financeira são amortizados ao longo da sua vida útil. Contudo, se não houver certeza razoável de que o Grupo obtenha a propriedade no final do contrato, a amortização do activo é efectuada pelo menor da vida útil do activo ou do contrato de locação financeira.
Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, pelo montante igual ao investimento liquido do bem locado, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros, de acordo com a taxa efectiva do contrato.
Os activos intangíveis, que correspondem essencialmente a "software", encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas numa base linear, ao longo da vida útil estimada dos activos, que actualmente se encontra entre 3 e 4 anos.
O período e o método de amortização para activos intangíveis são revistos no final de cada ano. As alterações no prazo de vida útil estimada ou no padrão de consumo dos benefícios económicos futuros são tratados como alterações de estimativas. As amortizações são reconhecidas na respectiva rubrica da demonstração de resultados.
Os activos intangíveis podem incluir valores de despesas internas capitalizadas, nomeadamente com o desenvolvimento interno de software. Para este efeito, as despesas apenas são capitalizadas a partir do momento em que estão reunidas as condições previstas na norma IAS 38, nomeadamente os requisitos inerentes à fase de desenvolvimento.
Os custos com impostos sobre o rendimento correspondem à soma do imposto corrente e do imposto diferido.
O imposto corrente é apurado com base nas taxas de imposto em vigor nas jurisdições em que o Grupo opera.
O Grupo regista ainda como impostos diferidos passivos ou activos os valores respeitantes ao reconhecimento de impostos a pagar/ recuperar no futuro, decorrentes de diferenças temporárias tributáveis/ dedutíveis, nomeadamente relacionadas com provisões temporariamente não dedutíveis para efeitos fiscais, reavaliações de títulos e derivados apenas tributáveis no momento da sua realização, o regime de tributação das responsabilidades com pensões e outros benefícios dos empregados e mais-valias não tributadas por reinvestimento. Adicionalmente, são reconhecidos impostos diferidos activos relativos a prejuízos fiscais reportáveis apresentados por algumas empresas do Grupo.
Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e avaliados numa base anual, utilizando as taxas de tributação que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data do balanço. Os passivos por impostos diferidos são sempre registados. Os activos por impostos diferidos apenas são registados na medida em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam o seu aproveitamento.
Os impostos sobre o rendimento são registados por contrapartida de resultados do exercício, excepto em situações em que os eventos que os originaram tenham sido reflectidos em rubrica específica de capital próprio, nomeadamente, no que respeita à valorização de activos disponíveis para venda e imóveis de serviço próprio. Neste caso, o efeito fiscal associado às valorizações é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.
As responsabilidades com benefícios aos empregados são reconhecidas de acordo com as regras definidas pelo IAS 19. Deste modo, as políticas reflectidas nas contas consolidadas em 30 de Junho de 2009 são as seguintes:
Ao nível do Grupo existem diversos planos de pensões, incluindo planos de benefício definido e de contribuição definida. Estas responsabilidades são normalmente financiadas através de fundos de pensões autónomos, ou de pagamentos a Companhias de Seguros.
As entidades do Banif - Grupo Financeiro, seguidamente identificadas, apresentam responsabilidades relativamente ao pagamento de pensões:
Na sequência do Acordo de Empresa celebrado com os Sindicatos do Sector em 2008, a Sociedade assume a obrigação com os seguintes Planos de Pensões:
Adicionalmente o Banif – Banco Internacional do funchal assume as responsabilidades com pensões dos colaboradores do ex. Banco Banif e Comercial dos Açores, S.A., Sociedade incorporada com efeitos a partir de 01/01/2009.
De acordo com as condições estabelecidas no Contrato Constitutivo do Fundo de Pensões (plano de benefício definido), e em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o Sector Bancário, o banco assume responsabilidades no pagamento de pensões de reforma, invalidez, invalidez presumível e sobrevivência aos seus funcionários ou às suas famílias. Em complemento aos benefícios previstos no plano de pensões, a referida sociedade assume a responsabilidade de liquidação das contribuições obrigatórias para o Serviço de Assistência Médico Social (SAMS, com uma taxa de contribuição de 6,5%).
As sociedades Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A., o Banif – Banco de Investimento, S.A. e as sociedades participadas Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., Banif Açor Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. e Banif New Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A., proporcionam aos seus empregados planos de pensões de contribuição definida, financiados através de fundos de pensões.
Para os planos de benefício definido, o passivo ou activo reconhecido no balanço corresponde à diferença entre o valor actual das responsabilidades com pensões e o justo valor dos activos dos fundos de pensões, considerando ajustamentos relativos a ganhos e perdas actuariais diferidos. O valor das responsabilidades é determinado numa base anual por actuários independentes, utilizando o método "Projected Unit Credit", e pressupostos actuariais considerados adequados. A actualização das responsabilidades é efectuada com base numa taxa de desconto que reflecte as taxas de juro de mercado de obrigações de empresas de elevada qualidade, denominadas na moeda em que são pagáveis as responsabilidades, e com prazos até ao vencimento similares aos de liquidação das responsabilidades com pensões.
Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento do fundo de pensões são diferidos numa rubrica de activo ou passivo ("corredor"), até ao limite de 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor do fundo de pensões, dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. O valor de ganhos e perdas actuariais acumulados, que excedam o corredor são reconhecidos por contrapartida de resultados ao longo do período médio remanescente de serviço dos empregados abrangidos pelo plano.
Na data de transição para as IFRS, o Grupo adoptou a possibilidade permitida pelo IFRS 1 de não recalcular os ganhos e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos. Deste modo, os ganhos e perdas actuariais diferidos reflectidos nas contas do Grupo em 31 de Dezembro de 2003 foram integralmente anulados por contrapartida de resultados transitados, no âmbito da determinação dos ajustamentos de transição para IFRS.
Os encargos com os planos de contribuição definida são reconhecidos como custo do respectivo exercício.
Para além das pensões, o Grupo tem ainda outras responsabilidades por benefícios dos trabalhadores, incluindo responsabilidades com assistência médica, prémios de antiguidade e outros subsídios.
As responsabilidades com estes benefícios são igualmente determinadas com base em avaliações actuariais, de forma similar às responsabilidades com pensões e registados na rubrica de "Outros passivos" por contrapartida da rubrica de Resultados.
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. A provisão corresponde à melhor estimativa do Grupo de eventuais montantes que seria necessário desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço. Se o efeito temporal do custo do dinheiro for significativo, as provisões são descontadas utilizando uma taxa de juro de antes de impostos que reflicta o risco especifico do passivo. Nestes casos o aumento da provisão devido à passagem do tempo é reconhecido em custos financeiros.
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.
Os dividendos são reconhecidos como passivo e deduzidos da rubrica de Capital quando são aprovados pelos accionistas. Os dividendos relativos ao exercício aprovados pelo Conselho de Administração após a data de referência das demonstrações financeiras são divulgados nas Notas às Demonstrações Financeiras.
Em geral os proveitos e custos reconhecem-se em função do período de vigência das operações de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, isto é, são registados à medida que são gerados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Os proveitos são reconhecidos na medida em que seja provável que benefícios económicos associados à transacção fluam para o grupo e a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada.
Para os instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e para os instrumentos financeiros classificados como "Activos Financeiros disponíveis para venda" os juros são reconhecidos usando o método da taxa efectiva, que corresponde à taxa que desconta exactamente o conjunto de recebimentos ou pagamentos de caixa futuros até à maturidade, ou até à próxima data de repricing, para o montante líquido actualmente registado do activo ou passivo financeiro. Quando calculada a taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando os termos contratuais e considerados todos os restantes rendimentos ou encargos directamente atribuíveis aos contratos.
Os dividendos são reconhecidos quando estabelecido o direito de receber o pagamento.
O Grupo cobra comissões aos seus clientes pela prestação de um amplo conjunto de serviços. Estas incluem comissões pela prestação de serviços continuados, relativamente aos quais os clientes são usualmente debitados de forma periódica, ou comissões cobradas pela realização de um determinado acto significativo.
As comissões cobradas por serviços prestados durante um período determinado são reconhecidas ao longo do período de duração do serviço. As comissões relacionadas com a realização de um acto significativo são reconhecidas no momento em que ocorre o referido acto.
As comissões e encargos associados a instrumentos financeiros são incluídas na taxa de juro efectiva dos mesmos.
No decurso normal das suas actividades bancárias, o Grupo presta garantias financeiras, tais como cartas de crédito, garantias bancárias, e créditos documentários.
As garantias financeiras são reconhecidas inicialmente como um passivo, pelo justo valor. Subsequentemente, o passivo é escriturado pelo montante da estimativa de gastos futuros para liquidar a obrigação, à data do balanço. As comissões obtidas pela prestação das garantias financeiras são reconhecidas em resultados, na rubrica "rendimento de serviços e comissões", durante o período de vigência das mesmas.
Em 30 de Junho de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, as empresas do Grupo incluídas no processo de consolidação são as seguintes:
| 30-06-2009 | 31-12-2008 | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Nome da Sociedade | Sede | Detentor do Capital | % participação efectiva |
% participação directa |
Interesses minoritários |
% participação efectiva |
% participação directa |
Interesses minoritários |
| Banif Comercial, SGPS, S.A. | Portugal | Banif SGPS, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif (Açores ) SGPS, S.A. Banif Finance, Ltd. |
Portugal Portugal Ilhas Cayman |
Banif - Investimentos - SGPS, S.A. Banif Comercial, SGPS, S.A. Banif Comercial, SGPS, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. |
100,00% 100,00% 100,00% |
100,00% 100,00% 100,00% |
0,00% 0,00% 0,00% |
100,00% 100,00% 100,00% |
100,00% 100,00% 100,00% |
0,00% 0,00% 0,00% |
| Banif & Comercial Açores, Inc San José | E.U.A | Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif & Comercial Açores, Inc Fall River | E.U.A | Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Investaçor, SGPS, S.A. | Portugal | Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. | 59,20% | 59,20% | 40,80% | 59,20% | 59,20% | 40,80% |
| Investaçor Hoteis S.A. | Portugal | Investaçor, SGPS, SA | 59,20% | 59,20% | 40,80% | 59,20% | 59,20% | 40,80% |
| Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. | Portugal | Investaçor, SGPS, SA | 49,37% | 49,37% | 50,63% | 49,37% | 49,37% | 50,63% |
| Turotel, Turismo e Hoteis dos Açores, S.A. | Portugal | Investaçor, SGPS, SA | 58,07% | 58,07% | 41,93% | 58,07% | 58,07% | 41,93% |
| Investimentos Turísticos e Similares e Apart-Hotel Pico Lda. Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, S.A. |
Portugal Portugal |
Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. Banif Comercial, SGPS, S.A. |
49,37% 100,00% |
49,37% 100,00% |
50,63% 0,00% |
49,37% 100,00% |
49,37% 100,00% |
50,63% 0,00% |
| Banif Rent - Aluguer Gestão e Comercio de Veículos Automóveis | Portugal | Banif Comercial, SGPS, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. | Brasil | Banif Comercial, SGPS Banif International Holdings, Ltd |
98,50% | 98,50% | 1,50% | 98,50% | 98,50% | 1,50% |
| Banif - Investimentos - SGPS, S.A. | Portugal | Banif - SGPS, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif - Banco de Investimento, S.A. | Portugal | Banif - Investimentos - SGPS, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif Gestão Activos - Soc. Gestora de Fundos de Investimento Mobiliario, S.A. |
Portugal | Banif - Banco de Investimento, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif Açor Pensões - Soc. Gestora Fundos Pensões, S.A. | Portugal | Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimentos, S.A. |
61,89% | 61,89% | 38,11% | 61,89% | 61,89% | 38,11% |
| Banif Capital - Soc. de Capital. de Risco S.A. | Portugal | Banif - Banco de Investimento, S.A. | 80,00% | 80,00% | 20,00% | 80,00% | 80,00% | 20,00% |
| Centro Venture - Soc. Capital de Risco S.A. | Portugal | Banif - Banco de Investimento, S.A. | 51,00% | 51,00% | 49,00% | 51,00% | 51,00% | 49,00% |
| Gamma - Soc. Titularização de Créditos, S.A. | Portugal | Banif - Banco de Investimento, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Numberone SGPS, Lda | Portugal | Banif - Banco de Investimento, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif International Asset Management Ltd. | Ilhas Cayman | Numberone SGPS, Lda | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif Multifund Ltd. | Ilhas Cayman | Banif International Asset Management Ltd. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd Banif Internacional Holdings, Ltd |
Ilhas Cayman Ilhas Cayman |
Banif - Investimentos - SGPS, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) |
100,00% 85,00% |
100,00% 85,00% |
0,00% 15,00% |
100,00% 85,00% |
100,00% 85,00% |
0,00% 15,00% |
| Ltd | ||||||||
| Banif Financial Services, Inc | E.U.A | Banif Internacional Holdings Ltd | 85,00% | 85,00% | 15,00% | 85,00% | 85,00% | 15,00% |
| Banif Finance (USA) corp. | E.U.A | Banif Internacional Holdings Ltd | 85,00% | 85,00% | 15,00% | 85,00% | 85,00% | 15,00% |
| Banif Forfaiting Company, Ltd. | Bahamas | Banif Internacional Holdings Ltd | 85,00% | 85,00% | 15,00% | 85,00% | 85,00% | 15,00% |
| Banif Trading, Inc. | E.U.A | Banif Internacional Holdings Ltd | 85,00% | 85,00% | 15,00% | 85,00% | 85,00% | 15,00% |
| FINAB - International Corporate Management Services, Ltd. | Ilhas Cayman | Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd. |
60,00% | 60,00% | 40,00% | 60,00% | 60,00% | 40,00% |
| Banif Securities, Inc. | E.U.A | Banif Securities Holding, Ltd | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Econofinance, S.A | Brasil | Banif Securities Holding, Ltd | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif Securities Holding, Ltd | Ilhas Cayman | Banif - Investimentos - SGPS, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif ( Brasil), Ltd. | Brasil | Banif - Investimentos - SGPS, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. |
100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif International Bank, Ltd | Bahamas | Banif Comercial - SGPS, S.A. Banif - Investimentos - SGPS, S.A. |
100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif - Banco de Investimento (Brasil), SA | Brasil | Banif - Investimentos - SGPS, S.A. Banif Securities Holding, Ltd |
100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif Corretora de Valores e Câmbio S.A. | Brasil | Banif - Banco de Investimento (Brasil), SA | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif Nitor Asset Management S.A. | Brasil | Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Nitor Administração de Recursos | Brasil | Banif Nitor Asset Management S. A. | - | - | - | - | - | - |
| Banif Private Equity S.A. | Brasil | Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif - Imobiliária, S.A. | Portugal | Banif - SGPS, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Sociedade Imobiliária Piedade, S.A. Banifserv-Empresa de Serviços, Sistemas e Tecnologias de |
Portugal Portugal |
Banif - Imobiliária, S.A. ACE (*) |
100,00% 100,00% |
100,00% 100,00% |
0,00% 0,00% |
100,00% 100,00% |
100,00% 100,00% |
0,00% 0,00% |
| Banif Bank (Malta) PLC | Malta | Banif - SGPS, S.A. | 72,00% | 72,00% | 28,00% | 72,00% | 72,00% | 28,00% |
| Banco Caboverdiano de Negócios S.A. | Cabo Verde | Banif - SGPS, S.A. | 51,69% | 51,69% | 48,31% | 51,69% | 51,69% | 48,31% |
| Banif Holding (Malta) PLC | Malta | Banif - SGPS, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| 30-06-2009 | 31-12-2008 | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Nome da Sociedade | Sede | Detentor do Capital | % participação efectiva |
% participação directa |
Interesses minoritários |
% participação efectiva |
% participação directa |
Interesses minoritários |
| Global Cash Fund | Ilhas Cayman | Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd |
98,97% | 98,97% | 1,03% | 98,97% | 98,97% | 1,03% |
| Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. |
||||||||
| Agressive Strategy Fund | Ilhas Cayman | Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. |
100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Balanced Strategy Fund | Ilhas Cayman | Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A Banif - Banco de Investimento, S.A. |
100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Brazilian Bond Fund | Ilhas Cayman | Banif - Banco Internacional do Funchal S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. |
100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Brazilian Equity Fund | Ilhas Cayman | Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A Banif - Banco de Investimento, S.A. |
100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Conservative Strategy Fund | Ilhas Cayman | Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. |
100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| European Bond Fund | Ilhas Cayman | Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman) Ltd Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. |
99,05% | 99,05% | 0,95% | 99,05% | 99,05% | 0,95% |
| European Equity Fund | Ilhas Cayman | Banif - Banco de Investimento, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal S.A. |
100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Banif US Real Estate | Brasil | Banif - Banco de Investimento, S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| Beta Securitizadora | Brasil | FIP Banif Real Estate | 99,25% | 99,25% | 0,75% | 99,25% | 99,25% | 0,75% |
| FIP Banif Real Estate | Brasil | Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil ) S.A. |
99,25% | 99,25% | 0,75% | 99,25% | 99,25% | 0,75% |
| SPE Panorama | Brasil | Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. FIP Banif Real Estate |
94,26% | 94,26% | 5,74% | 94,26% | 94,26% | 5,74% |
| FIP Banif Real Estate II | Brasil | Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. | - | - | - | 100,00% | 100,00% | 0,00% |
| FIP Amazônia Energia II | Brasil | Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. | - | - | - | 50,01% | 50,01% | 49,99% |
| Banif Nitor Caravelas | Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. | 100,00% | 100,00% | 0,00% | 100,00% | 100,00% | 0,00% | |
| Art Invest | Portugal | Banif - Banco de Investimento S.A. | 60,58% | 60,58% | 39,42% | 60,58% | 60,58% | 39,42% |
| Global Real State | Ilhas Cayman | Banif - Banco de Investimento S.A. | 52,89% | 52,89% | 47,11% | 52,89% | 52,89% | 47,11% |
| Banif Nitor FI Ações | Brasil | Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. | 58,46% | 58,46% | 41,54% | - | - | - |
| Banif Nitor Port. Crédito Privado | Brasil | Banif - Banco de Investimento (Brasil) S.A. | - | - | - | 93,25% | 93,25% | 6,75% |
| Imogest | Portugal | Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. |
63,34% | 63,34% | 36,66% | 58,39% | 58,39% | 41,61% |
| Capven | Portugal | Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif Capital - Soc. de Capital. de Risco S.A Banif - Banco de Investimento, S.A. |
60,07% | 60,07% | 39,93% | 58,73% | 58,73% | 41,27% |
| (*) A Banifserv – ACE tem como agrupadas as seguintes empresas do Banif - Grupo Financeiro: | |
|---|---|
| Banif – Banco Internacional do Funchal, SA | 85,0% |
| Companhia de Seguros Açoreana, SA | 1,5% |
| Banif GO | 8,0% |
| Banif Banco de Investimento, SA | 1,5% |
| Banif Rent - Aluguer, gestão e Comércio de Veiculos Automóveis | 4,0% |
Em 30 de Junho de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, as entidades de propósitos especiais incluídas na consolidação são as seguintes:
| Nome da Sociedade | Natureza | 30-06-2009 % participação |
31-12-2008 % participação |
|---|---|---|---|
| Atlantes Nº1 Limited | Veículos de Securitização | - | 100,00% |
| Atlantes Nº2 plc | Veículos de Securitização | - | 100,00% |
| Atlantes Mortgage Nº1 plc | Veículos de Securitização | 100,00% | 100,00% |
| Atlantes Mortgage Nº2 plc | Veículos de Securitização | 100,00% | 100,00% |
| Atlantes Mortgage Nº3 plc | Veículos de Securitização | 100,00% | 100,00% |
| Atlantes Mortgage Nº4 plc | Veículos de Securitização | 100,00% | - |
| Azor Mortgage Nº 1 | Veículos de Securitização | 100,00% | 100,00% |
| Azor Mortgage Nº 2 | Veículos de Securitização | 100,00% | 100,00% |
| Euro Invest Series 3A, 3B, 6, 7, 8 | Emissão de Dívida Estruturada | 100,00% | 100,00% |
| Euro Invest Series 5 | Emissão de Dívida Estruturada | - | 100,00% |
| Trade Invest Series 12, 13, 14 | Emissão de Dívida Estruturada | 100,00% | 100,00% |
No decorrer do período findo em 30 de Junho de 2009, as alterações verificadas no Grupo foram as seguintes:
O Banif - Grupo Financeiro encontra-se organizado por áreas autónomas de negócio, através de duas sub-holdings: Banif Comercial, SGPS, SA, que agrega a actividade bancária e de crédito especializado, e Banif – Investimentos - SGPS, SA, que engloba a área da banca de investimentos e outras actividades financeiras. O Grupo detém ainda uma unidade autónoma que se dedica exclusivamente à gestão dos imóveis do Grupo.
No relato por segmentos do Grupo, o reporting primário é feito por áreas de negócio, as quais incluem Banca Comercial, Banca de Retalho, Banca de Investimento, Gestão de Activos, Tesouraria e Mercado de Capitais e outras actividades (rubrica residual).
Banca de Retalho – Abrange a captação de recursos e produtos de crédito específicos para particulares, como sendo Crédito à Habitação e Crédito ao Consumo; e produtos para empresários em nome individual (ENI) e pequenas empresas. Este segmento reflecte a actividade desenvolvida pela rede tradicional de agências e serviços centrais vocacionados para actividades comerciais com particulares e pequenas empresas.
Banca Comercial – Abrange a captação de recursos e produtos específicos para empresas e instituições, como sendo Factoring, Facilidades de Tesouraria e Créditos de Importação e Exportação.
Este segmento reflecte a actividade desenvolvida pelos centros de empresas e serviços centrais vocacionados para actividades comerciais com empresas.
Banca de Investimento – Abrange a actividade de intervenção no mercado primário e secundário de capitais, por conta própria ou por conta de terceiros, como sendo transacções, corporate finance e aquisições e fusões.
Este segmento reflecte a actividade desenvolvida pelos serviços centrais vocacionados para a intervenção nos mercados financeiros.
Gestão de Activos – Abrange a oferta de produtos de investimento e respectivos serviços de gestão a particulares e empresas, assim como outros serviços financeiros prestados.
Tesouraria e Mercado de Capitais – Abrange as operações de financiamento e de cedência de liquidez da instituição em mercados financeiros, assim como serviços prestados no âmbito de pagamentos e liquidações.
Outros – Abrange todas as operações não enquadráveis em nenhum dos segmentos operacionais definidos acima.
| Banca de Retalho |
Banca Comercial |
Banca de Investimento |
Gestão de Activos |
Tesouraria e Mercado de Capitais |
Outros | TOTAL | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Aplicações e Disponibilidades junto de Bancos | |||||||
| Centrais e de Instituições de Crédito | - | - | 160.123 | 8.481 | 387.038 | 7.997 | 563.639 |
| Activos Financeiros Detidos para Negociação | - | - | 281.079 | - | 4.680 | 212 | 285.971 |
| Activos Financeiros ao Justo Valor | - | - | 167.778 | - | 124.379 | 979 | 293.136 |
| Activos Financeiros Disponíveis para Venda | - | - | 71.186 | - | 92.908 | - | 164.094 |
| Empréstimos a Clientes (Líquido) | 4.514.593 | 5.561.714 | 436.747 | - | - | - | 10.513.054 |
| Investimentos Detidos até à Maturidade | - | - | 77.887 | - | - | - | 77.887 |
| Outros activos (dos quais): | 153.122 | 41.910 | 336.142 | 4.985 | 5.355 | 599.328 | 1.140.842 |
| Activos Tangíveis | 68.172 | 3.187 | 23.739 | 446 | 248 | 149.531 | 245.323 |
| Activos Intangíveis | 4.358 | 1.017 | 2.800 | 56 | 770 | 20.158 | 29.159 |
| TOTAL | 4.667.715 | 5.603.624 | 1.530.942 | 13.466 | 614.360 | 608.516 | 13.038.623 |
| Banca de Retalho |
Banca Comercial |
Banca de Investimento |
Gestão de Activos |
Tesouraria e Mercado de Capitais |
Outros | TOTAL | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Recursos de Bancos Centrais e Instituições de | |||||||
| Crédito | - | - | 365.755 | - | 2.089.064 | - | 2.454.819 |
| Passivos Financeiros ao Justo Valor | - | - | 18.397 | - | 220.284 | - | 238.681 |
| Depósitos de clientes | 4.305.192 | 2.415.829 | - | - | - | 6.721.021 | |
| Débitos representados por títulos | 419.807 | 209.669 | 48.899 | - | 1.262.021 | 2.444 | 1.942.840 |
| Passivos Subordinados | - | - | - | - | 327.773 | - | 327.773 |
| Outros Passivos | 153.045 | 144.990 | 136.107 | 4.208 | 9.540 | 53.871 | 501.761 |
| TOTAL | 4.878.044 | 2.770.488 | 569.158 | 4.208 | 3.908.682 | 56.315 | 12.186.895 |
ACTIVO
| Banca de Retalho | Banca Comercial |
Banca de Investimento |
Gestão de Activos |
Tesouraria e Mercado de Capitais |
Outros | TOTAL | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Aplicações e Disponibilidades junto de Bancos Centrais e de | |||||||
| Instituições de Crédito | - | 373.740 | 113.827 | 527 | 123.705 | 299 | 612.098 |
| Activos Financeiros Detidos para Negociação | - | - | 277.124 | - | - | - | 277.124 |
| Activos Financeiros ao Justo Valor | - | - | 248.046 | - | - | - | 248.046 |
| Activos Financeiros Disponíveis para Venda | - | - | 159.476 | - | - | - | 159.476 |
| Empréstimos a Clientes (Líquido) | 4.461.853 5.684.724 | 190.372 | - | - | - 10.336.949 | ||
| Investimentos Detidos até à Maturidade | - | - | 84.003 | - | - | - | 84.003 |
| Outros activos (dos quais): | 97.235 | 63.418 | 387.766 | 5.649 | 15.451 589.401 | 1.158.920 | |
| Activos Tangíveis | 42.106 | 7.581 | 19.798 | 874 | 408 191.722 | 262.489 | |
| Activos Intangíveis | 631 | 941 | 2.903 | 66 | 66 | 24.428 | 29.035 |
| TOTAL | 4.559.088 6.121.882 | 1.483.315 | 6.176 | 139.156 589.700 12.876.616 |
| Banca de Retalho | Banca Comercial |
Banca de Investimento |
Gestão de Activos |
Tesouraria e Mercado de Capitais |
Outros | TOTAL | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Recursos de Bancos Centrais e Instituições de Crédito | - | - | 230.157 | - | 2.816.695 | - | 3.046.852 |
| Passivos Financeiros ao Justo Valor | - | - | - | - | 267.196 | - | 267.196 |
| Depósitos de clientes | 5.394.443 1.120.420 | - | - | - | - | 6.514.863 | |
| Débitos representados por títulos | 427.807 | 298.094 | 63.806 | - | 596.188 | - | 1.385.895 |
| Passivos Subordinados | - | - | - | - | 323.105 | - | 323.105 |
| Outros Passivos | 146.691 | 129.586 | 62.067 | 6.151 | 80.648 | 50.792 | 475.935 |
| TOTAL | 5.968.941 1.548.100 | 356.030 | 6.151 | 4.083.832 | 50.792 12.013.846 |
| 30/06/2009 | Banca de Retalho 1º Semestre 2009 |
Banca Comercial 1º Semestre 2009 |
Banca de Investimento 1º Semestre 2009 |
Gestão de Activos 1º Semestre 2009 |
Tesouraria e Mercado de Capitais 1º Semestre 2009 |
Outros 1º Semestre 2009 |
TOTAL |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Juros e Rendimentos Similares | 165.495 | 171.981 | 32.978 | 266 | 43.811 | 1.455 | 415.986 |
| Juros e Encargos Similares | -86.113 | -100.294 | -21.538 | -16 | -70.173 | -3.795 | -281.929 |
| Margem financeira | 79.382 | 71.687 | 11.440 | 250 | -26.362 | -2.340 | 134.057 |
| Rendimento de instrumentos de capital | 1.465 | 1.465 | |||||
| Rendimento de serviços e comissões | 14.905 | 16.748 | 12.441 | 6.448 | 4.359 | 3.490 | 58.391 |
| Encargos com serviços e comissões | -510 | -2.064 | -1.446 | -1.327 | -262 | -1.197 | -6.806 |
| Resultados de Activos e Passivos avaliados ao | |||||||
| Justo Valor através de resultados | - | - | -12.412 | - | -5.981 | - | -18.393 |
| Resultados de Activos Financeiros disponíveis | |||||||
| para Venda | - | - | 413 | - | 20.952 | - | 21.365 |
| Resultados de Reavaliação Cambial | - | - | 15.188 | - | 8.330 | - | 23.518 |
| Resultados de Alienação de Outros Activos | - | - | - | - | - | 859 | 859 |
| Outros Resultados de Exploração | 6.670 | 10.478 | -73 | -495 | 18.978 | 2.542 | 38.100 |
| Produto da Actividade | 100.447 | 96.849 | 25.551 | 4.876 | 21.479 | 3.354 | 252.556 |
| Custos com Pessoal | -35.675 | -26.841 | -10.993 | -1.225 | -3.156 | -1.327 | -79.217 |
| Outros gastos administrativos | -25.845 | -14.788 | -8.358 | -2.888 | -1.512 | -987 | -54.378 |
| Cash Flow de Exploração | 38.927 | 55.220 | 6.200 | 763 | 16.812 | 1.040 | 118.961 |
| Depreciações e Amortizações | -7.574 | -5.353 | -877 | -160 | -338 | -2.637 | -16.939 |
| Provisões líquidas de anulações | - | - | - | - | - | -755 | -755 |
| Imparidade do crédito líquida de reversões e | |||||||
| recuperações | -10.270 | -36.852 | -2211 | - | - | - | -49.333 |
| Imparidade de outros activos financeiros líquida | |||||||
| de reversões e recuperações | - | - | - | - | -17.317 | - | -17.317 |
| Imparidade de outros activos líquida de | |||||||
| reversões e recuperações | - | - | - | - | - | -504 | -504 |
| Diferenças de Consolidação negativas | - | - | - | - | - | - | - |
| Resultados de associadas e empreendimentos | |||||||
| conjuntos (Eq. Patrim) | - | - | - | - | - | -2.007 | -2.007 |
| Resultados antes de impostos e Interesses | |||||||
| Minoritários | 21.083 | 13.015 | 3.112 | 603 | -843 | -4.863 | 32.106 |
| Impostos | -6.734 | -3.367 | -785 | -338 | - | - | -11.224 |
| Correntes | -6.070 | -3.035 | -708 | -303 | - | - | -10.116 |
| Diferidos | -664 | -332 | -77 | -35 | - | - | -1.108 |
| Resultados depois de impostos e Interesses | |||||||
| Minoritários | 14.349 | 9.648 | 2.327 | 265 | -843 | -4.863 | 20.882 |
| Interesses Minoritários | - | - | - | - | - | -5.144 | -5.144 |
| Resultado do Exercício | 14.349 | 9.648 | 2.327 | 265 | -843 | -10.007 | 15.738 |
| Banca de Retalho 2º Trimestre 2009 |
Banca Comercial 2º Trimestre 2009 |
Banca de Investimento 2º Trimestre 2009 |
Gestão de Activos 2º Trimestre 2009 |
Tesouraria e Mercado de Capitais 2º Trimestre 2009 |
Outros 2º Trimestre 2009 |
TOTAL | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Juros e Rendimentos Similares | 81.496 | 85.540 | 7.558 | 202 | 15.494 | 14 | 190.304 |
| Juros e Encargos Similares | -37.336 | -44.537 | -584 | 0 | -39.625 | -1.064 | -123.146 |
| Margem financeira | 44.160 | 41.003 | 6.974 | 202 | -24.131 | -1.050 | 67.158 |
| Rendimento de instrumentos de capital | - | - | - | - | 411 | - | 411 |
| Rendimento de serviços e comissões | 6.370 | 8.997 | 7.987 | 3.271 | 2.749 | 13 | 29.387 |
| Encargos com serviços e comissões | -316 | -1.303 | -649 | -726 | -211 | -614 | -3.819 |
| Resultados de Activos e Passivos avaliados ao | |||||||
| Justo Valor através de resultados | - | - | -9.569 | - | -11.598 | - | -21.167 |
| Resultados de Activos Financeiros disponíveis | |||||||
| para Venda | - | - | 21 | - | 20.952 | - | 20.973 |
| Resultados de Reavaliação Cambial | - | - | 14.365 | - | 8.323 | - | 22.688 |
| Resultados de Alienação de Outros Activos | - | - | - | 859 | 859 | ||
| Outros Resultados de Exploração | -2.115 | 4.929 | -1.372 | -385 | 18.953 | 1.004 | 21.014 |
| Produto da Actividade | 48.099 | 53.626 | 17.757 | 2.362 | 15.448 | 212 | 137.504 |
| Custos com Pessoal | -18.223 | -12.304 | -8.943 | -387 | -983 | -20 | -40.860 |
| Outros gastos administrativos | -14.291 | -5.164 | -7.001 | -2.333 | -73 | -121 | -28.983 |
| Cash Flow de Exploração | 15.585 | 36.158 | 1.813 | -358 | 14.393 | 71 | 67.661 |
| Depreciações e Amortizações | -4.221 | -5.073 | -514 | -93 | -161 | 1.425 | -8.637 |
| Provisões líquidas de anulações | - | - | - | - | -990 | -990 | |
| Imparidade do crédito líquida de reversões e | |||||||
| recuperações | -8.122 | -27.560 | -2013 | - | -81 | - | -37.776 |
| Imparidade de outros activos financeiros líquida | |||||||
| de reversões e recuperações | - | - | - | -890 | - | -890 | |
| Imparidade de outros activos líquida de | |||||||
| reversões e recuperações | - | - | - | - | - | 283 | 283 |
| Diferenças de Consolidação negativas | - | - | - | - | - | - | 0 |
| Resultados de associadas e empreendimentos | |||||||
| conjuntos (Eq. Patrim) | - | - | - | - | - | -1.709 | -1.709 |
| Resultados antes de impostos e Interesses | |||||||
| Minoritários | 3.242 | 3.525 | -714 | -451 | 13.261 | -920 | 17.942 |
| Impostos | -2.302 | -1.103 | -437 | -168 | - | 0 | -4.010 |
| Correntes | -1.597 | -749 | -357 | -131 | - | -2.834 | |
| Diferidos | -705 | -354 | -80 | -37 | - | -1.176 | |
| Resultados depois de impostos e Interesses | |||||||
| Minoritários | 940 | 2.422 | -1.151 | -619 | 13.261 | -920 | 13.932 |
| Interesses Minoritários | - | - | - | - | -2.385 | -2.385 | |
| Resultado do Exercício | 940 | 2.422 | -1.151 | -619 | 13.261 | -3.305 | 11.547 |
| 30/06/2008 | Banca de Retalho 1º Semestre 2008 |
Banca Comercial 1º Semestre 2008 |
Banca de Investimento 1º Semestre 2008 |
Gestão de Activos 1º Semestre 2008 |
Tesouraria e Mercado de Capitais 1º Semestre 2008 |
Outros 1º Semestre 2008 |
TOTAL |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Juros e Rendimentos Similares | 204.762 | 104.878 | 36.817 | 178 | 67.169 | 22 | 413.826 |
| Juros e Encargos Similares | -138.147 | -48.786 | -27.852 | - | -68.485 | -36 | -283.306 |
| Margem financeira | 66.615 | 56.092 | 8.965 | 178 | -1.316 | -14 | 130.520 |
| Rendimento de instrumentos de capital | 0 | 2.381 | 2.381 | ||||
| Rendimento de serviços e comissões | 15.294 | 14.391 | 15.493 | 7.614 | 461 | 144 | 53.397 |
| Encargos com serviços e comissões | -1.090 | -1.400 | -1.300 | -855 | -1.374 | -400 | -6.419 |
| Resultados de Activos e Passivos avaliados ao | |||||||
| Justo Valor através de resultados Resultados de Activos Financeiros disponíveis |
- | - | -5.747 | - | - | - | -5.747 |
| para Venda | - | - | 58.581 | - | - | - | 58.581 |
| Resultados de Reavaliação Cambial | - | 398 | 7.312 | -1 | -2.932 | 888 | 5.665 |
| Resultados de Alienação de Outros Activos | - | 88 | -1 | 7 | 647 | 741 | |
| Outros Resultados de Exploração | 4.829 | 3.082 | -7.024 | -10 | 8.140 | -181 | 8.836 |
| Produto da Actividade | 85.648 | 72.651 | 76.279 | 6.926 | 5.367 | 1.084 | 247.955 |
| Custos com Pessoal | -26.985 | -24.065 | -9.851 | -1.950 | -15.639 | -346 | -78.836 |
| Outros gastos administrativos | -20.324 | -18.125 | -8.163 | -1.468 | -11.035 | -261 | -59.376 |
| Cash Flow de Exploração | 38.339 | 30.461 | 58.265 | 3.508 | -21.307 | 477 | 109.743 |
| Depreciações e Amortizações | -7.295 | -5.389 | -388 | -82 | -553 | -699 | -14.406 |
| Provisões líquidas de anulações | - | -158 | -1.262 | - | - | -386 | -1.806 |
| Imparidade do crédito líquida de reversões e | |||||||
| recuperações | -8.456 | -19.883 | - | - | - | -28.339 | |
| Imparidade de outros activos financeiros líquida | |||||||
| de reversões e recuperações | -598 | 493 | - | - | - | -17 | -122 |
| Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações |
- | - | - | - | - | -169 | -169 |
| Diferenças de Consolidação negativas | - | - | - | - | - | 0 | |
| Resultados de associadas e empreendimentos | |||||||
| conjuntos (Eq. Patrim) | - | - | - | - | - | 3.561 | 3.561 |
| Resultados antes de impostos e Interesses | |||||||
| Minoritários | 21.990 | 5.524 | 56.615 | 3.426 | -21.860 | 2.767 | 68.462 |
| Impostos | -3.627 | 4.301 | -19.962 | -797 | - | -507 | -20.592 |
| Correntes | -9.200 | -3.403 | -14.920 | -1.137 | - | -724 | -29.384 |
| Diferidos | 5.573 | 7.704 | -5.042 | 340 | - | 217 | 8.792 |
| Resultados depois de impostos e Interesses | |||||||
| Minoritários | 18.363 | 9.825 | 36.653 | 2.629 | -21.860 | 2.260 | 47.870 |
| Interesses Minoritários | - | - | - | - | - | -3.451 | -3.451 |
| Resultado do Exercício | 18.363 | 9.825 | 36.653 | 2.629 | -21.860 | -1.191 | 44.419 |
| Banca de Retalho 2º Trimestre 2008 |
Banca Comercial 2º Trimestre 2008 |
Banca de Investimento 2º Trimestre 2008 |
Gestão de Activos 2º Trimestre 2008 |
Tesouraria e Mercado de Capitais 2º Trimestre |
Outros 2º Trimestre 2008 |
TOTAL | |
| Juros e Rendimentos Similares | 114.370 | 52.439 | 22.415 | 88 | 2008 29.541 |
11 | 218.864 |
| Juros e Encargos Similares | -78.567 | -24.393 | -15.266 | - | -32.898 | -19 | -151.143 |
| Margem financeira | 35.803 | 28.046 | 7.149 | 88 | -3.357 | -8 | 67.721 |
| Rendimento de instrumentos de capital | 0 | 71 | 71 | ||||
| Rendimento de serviços e comissões | 6.759 | 6.640 | 9.039 | 4.437 | 110 | 74 | 27.059 |
| Encargos com serviços e comissões | -158 | -581 | -699 | -30 | -1.003 | -180 | -2.651 |
| Resultados de Activos e Passivos avaliados ao | |||||||
| Justo Valor através de resultados | - | - | 4.126 | - | - | - | 4.126 |
| Resultados de Activos Financeiros disponíveis | |||||||
| para Venda | - | - | 32.671 | - | - | - | 32.671 |
| Resultados de Reavaliação Cambial | - | 199 | 7.434 | -1 | -2.932 | 443 | 5.143 |
| Resultados de Alienação de Outros Activos | - | 88 | -1 | 7 | 647 | 741 | |
| Outros Resultados de Exploração | 914 | 41 | -6.386 | -5 | 6.950 | -761 | 753 |
| Produto da Actividade | 43.318 | 34.433 | 53.333 | 4.489 | -154 | 215 | 135.634 |
| Custos com Pessoal | -13.140 | -11.530 | -2.672 | -926 | -12.988 | -55 | -41.311 |
| Outros gastos administrativos | -10.019 | -8.795 | -2.820 | -705 | -9.062 | -44 | -31.445 |
| Cash Flow de Exploração | 20.159 | 14.108 | 47.841 | 2.858 | -22.204 | 116 | 62.878 |
| Depreciações e Amortizações Provisões líquidas de anulações |
-3.647 | -3.029 | -317 | -41 | -160 | -343 | -7.537 |
| Imparidade do crédito líquida de reversões e | - | -158 | -1.262 | - | - | -1.261 | -2.681 |
| recuperações | -4.724 | -14.835 | - | - | - | -19.559 | |
| Imparidade de outros activos financeiros líquida | |||||||
| de reversões e recuperações | - | 1.019 | - | - | - | -17 | 1.002 |
| Imparidade de outros activos líquida de | |||||||
| reversões e recuperações | - | - | - | - | - | 194 | 194 |
| Diferenças de Consolidação negativas | - | - | - | - | - | 0 | |
| Resultados de associadas e empreendimentos | |||||||
| conjuntos (Eq. Patrim) | - | - | - | - | - | 1.319 | 1.319 |
| Resultados antes de impostos e Interesses | |||||||
| Minoritários | 11.788 | -2.895 | 46.262 | 2.817 | -22.364 | 8 | 35.616 |
| Impostos | -839 | 6.612 | -17.299 | -426 | 874 | 318 | -10.760 |
| Correntes | -5.614 | -431 | -11.495 | -660 | 1.124 | 338 | -16.738 |
| Diferidos | 4.775 | 7.043 | -5.804 | 234 | -250 | -20 | 5.978 |
| Resultados depois de impostos e Interesses Minoritários |
10.949 | 3.717 | 28.963 | 2.391 | -21.490 | 326 | 24.856 |
| Interesses Minoritários | - | - | - | - | - | 1.525 | 1.525 |
Esta rubrica tem a seguinte composição:
| Descrição | 30-06-2009 | 31-12-2008 |
|---|---|---|
| Caixa | 57.066 | 57.766 |
| Dépositos à ordem em Banco Centrais | 186.376 | 255.393 |
| Juros de disponibilidades | - | 40 |
| 243.442 | 313.199 |
Os depósitos à ordem no Banco de Portugal, no montante de 176.221 milhares de euros, incluem os depósitos que visam satisfazer as exigências legais de constituição de disponibilidades mínimas de caixa. De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 7/94 de 19 de Outubro, o coeficiente a aplicar ascende a 2% dos passivos elegíveis. Estes depósitos passaram a ser remunerados a partir de 1 de Janeiro de 1999.
Esta rubrica tem a seguinte composição:
| Descrição | 30-06-2009 | 31-12-2008 |
|---|---|---|
| Cheques a cobrar | 29.418 | 43.300 |
| No país | 28.914 | 41.821 |
| No estrangeiro | 504 | 1.479 |
| Déposito à ordem | 75.302 | 105.779 |
| No país | 1.536 | 3.375 |
| No estrangeiro | 73.766 | 102.404 |
| Outros | 76 | 152 |
| 104.796 | 149.231 |
Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no País em 30 de Junho de 2009 foram compensados na Câmara de Compensação nos primeiros dias úteis de Julho de 2009.
Esta rubrica tem a seguinte composição:
| Rubricas de Crédito | 30-06-2009 | 31-12-2008 |
|---|---|---|
| Crédito a Empresas | ||
| Contas Correntes | 1.763.335 | 1.791.105 |
| Desconto e outros créditos titulados por efeitos | 412.766 | 460.229 |
| Empréstimos | 2.328.161 | 2.211.076 |
| Descobertos | 121.340 | 117.804 |
| Factoring | 167.937 | 173.287 |
| Locação Financeira | 447.271 | 452.346 |
| Outros | 312.079 | 307.341 |
| Crédito a Particulares | ||
| Habitação | 3.007.548 | 2.854.648 |
| Consumo | 461.333 | 439.441 |
| Outras finalidades | ||
| Empréstimos | 621.979 | 691.149 |
| Contas Correntes | 178.505 | 201.261 |
| Desconto e outros créditos titulados por efeitos | 32.461 | 36.281 |
| Descobertos | 58.478 | 50.521 |
| Outros | 160.669 | 125.701 |
| Outros créditos e valores a receber (titulados) | 230.142 | 279.150 |
| Crédito e juros vencidos | 447.839 | 329.760 |
| Rendimentos a receber | 80.409 | 80.051 |
| Despesas com rendimento diferido | 10.113 | 9.967 |
| Receitas com rendimento diferido | (15.570) | (20.455) |
| Imparidade em Crédito Concedido | (313.744) | (253.714) |
| Total 10.513.054 |
10.336.949 |
Em empréstimos a empresas, o montante de 48 milhões de euros está sendo utilizado como caução de operações de refinanciamento como o BCE.
A rubrica de crédito a clientes inclui o montante de 2.048.547 milhares de euros de créditos objecto de securitização.
Esta rubrica apresentou o seguinte movimento no exercício findo:
| Transferências | ||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Categoria de activo | Saldo em 31-12-2008 |
Aquisições | Reavaliações | Alienações | Imóveis de serviço próprio |
Activos detidos p/ venda |
Diferenças de câmbio |
Saldo em 30-06-2009 |
| Edifícios | 107.990 | 1.471 | - | (5.292) | - | - | - | 104.169 |
| 107.990 | 1.471 | - | -- | - | - | - | 104.169 |
Os imóveis temporariamente não arrendados elevam-se a 34.655 milhares de euros.
As valorizações das propriedades de investimento são realizadas por peritos especializados e independentes de acordo com os critérios e metodologias geralmente aceites para o efeito, que integram análises pelo método do custo e pelo método de mercado, sendo o justo valor definido pelo montante que pode ser razoavelmente esperado pela transacção entre um comprador e um vendedor interessados, com equidade entre ambos, nenhum deles estando obrigado a vender ou a comprar e ambos estando conhecedores de todos os factores relevantes a uma determinada data.
Conforme referido na Nota 3.12, os imóveis de serviço próprio são registados pelo justo valor, actualizado de 3 em 3 anos. A última reavaliação foi efectuada com referência a 31/12/2006.
| Saldo liquído em | Entrada de entidades no |
Aumentos | Amortizações do | Diferenças | Saldo liquído em | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Categoria de activo | 31-12-2008 | perímetro de consolidação |
Aquisições | Reavaliações (líquido) |
Transferências | exercício | Abates | Alienações | Regularizações | de cambio | 30-06-2009 |
| Imóveis | 145.995 | - | 8.836 | - | - | 3.968 | 722 | (31.491) | 289 | 830 | 119.769 |
| Equipamento | 24.826 | - | 4.031 | - | 3.261 | 4.405 | 153 | - | 11 | 45 | 27.616 |
| Activos em locação operacional | 66.608 | - | 7.023 | - | 1.268 | 4.866 | - | - | - | - | 70.033 |
| Activos em locação financeira | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - |
| Activos tangíveis em curso | 21.893 | - | 5.728 | - | (1.332) | - | - | - | - | 1.059 | 27.348 |
| Outros activos tangíveis | 3.216 | - | 833 | - | (3.197) | 295 | - | - | - | - | 557 |
| Total | 262.538 | 0 | 26.451 | - | - | 13.534 | 875 | (31.491) | 300 | 1.934 | 245.323 |
O movimento ocorrido no período foi:
| Saldo liquído | Entrada de entidades no |
Aumentos | Amortizações | Saldo | |||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Categoria de activo | em 31-12-2008 | perímetro de consolidação |
Aquisições | Reavaliações (líquido) |
Transferên cias |
do exercício | Abates | liquído em 30-06-2009 |
|
| Goodwill | 4.253 | - | - | - | - | - | - | 4.253 | |
| Activos intangíveis em curso | 11.980 | - | 3.113 | - | - | - | - | 15.093 | |
| Sistemas de tratamento automático de dados (Software) | 12.407 | - | 417 | - | - | 3.370 | - | 9.454 | |
| Outros activos intangíveis | 394 | - | - | - | - | 35 | - | 359 | |
| Total | 29.034 | 0 | 3.530 | - | - | 3.405 | - | 29.159 |
Relativamente ao goodwill, em 30 de Junho de 2009:
No p eríod o f ind o em 30 d e Junho d e 2009 não f oram regist as p erd as p or im p arid ad e em act ivos int angíveis.
Em 30 de Junho de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica de Investimentos em Associadas apresenta a seguinte composição:
| % de Valor da Total de Capital Resultado Contributo Nome da Sociedade SEDE SOCIAL ACTIVIDADE PRINCIPAL DETENTOR DE CAPITAL participação participação Goodwill Próprio Líquido Líquido Banif - SGPS, SA Companhia de Seguros Largo da Matriz 45-52 1500 Açoreana, SA Ponta Delgada Seguradora Banif, SA 47,69% 15.998 - 16.832 (6.928) (3.304) Banca Pueyo Virgen de Guadalupe , 2 Villanuea de la Serena, Badajoz Banca Banif - SGPS, SA 33,32% 25.975 28.400 72.845 4.987 1.662 Bankpime Banca Banif - SGPS, SA Travessera de Gràcia, nº 11 Barcelona 27,50% 18.046 15.157 65.914 (1.177) (324) Inmobiliaria Vegas Altas Parque de la Constitución, 9 Villanueva de la Serena Imobiliário Banif - SGPS, SA 33,33% 2.560 - 7.411 56 19 Espaço 10 Av. Barbosa do Bocage 83-85 1050-050 Lisboa Imobiliário Banif Investimentos - SGPS, SA 25,00% - - (900) (237) (59) MCO2 Rua Tierno Galvan, Torre 3, 10.º Piso Amoreiras, Lisboa Gestão Investimentos Banif - Banco de Investimento, SA 20,00% 89 - 450 (4) (1) 62.668 43.557 162.552 (3.303) (2.007) |
30-06-2009 | ||||
|---|---|---|---|---|---|
Para goodwill registado nas participações da Banca Pueyo e Bankpime foram realizados teste de imparidade, com recurso à metodologia dos "Discouted Free Cash Flows to Equity". Na sequência desta análise não foi registado imparidade no goodwill em 30/06/2009.
Pressup o st o s d o t est e d e im p arid ad e ao Bankp im e: CoE = 11.0%, Tx. Crescim en t o Anual d o Term inal Value = 2.0%.
Pressup o st o s d o t est e d e im p arid ad e à Banca Pueyo: CoE = 9.1%, Tx. Crescim ent o Anual d o Valo r Term inal = 2.0%.
| 31-12-2008 | ||||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Nome da Sociedade | SEDE SOCIAL | ACTIVIDADE PRINCIPAL | DETENTOR DE CAPITAL | % de participação |
Valor da participação |
Goodwill | Total de Capital Próprio |
Resultado Líquido |
Contributo Líquido |
|
| Companhia de Seguros Açoreana, SA |
Largo da Matriz 45-52 Ponta Delgada |
1500 | Seguradora | Banif - SGPS, SA Banco Comercial dos Açores S.A. |
47,69% | 18.435 | - | 38.658 | 3.122 | 1.489 |
| Banca Pueyo | Virgen de Guadalupe , 2 Villanuea de la Serena, Badajoz |
Banca | Banif - SGPS, SA | 33,32% | 24.375 | 28.400 | 73.155 | 9.201 | 3.066 | |
| Bankpime | Travessera de Gràcia, nº 11 | Barcelona | Banca | Banif - SGPS, SA | 27,50% | 18.363 | 15.157 | 66.774 | (4.750) | (1.306) |
| Inmobiliaria Vegas Altas | Parque de la Constitución, 9 de la Serena |
Villanueva | Imobiliário | Banif - SGPS, SA | 33,33% | 2.555 | - | 7.666 | 169 | 56 |
| Espaço 10 | Av. Barbosa do Bocage 83-85 1050-050 Lisboa |
Imobiliário | Banif Investimentos - SGPS, SA | 25,00% | - | - | (674) | (91) | (23) | |
| MCO2 | Rua Tierno Galvan, Torre 3, 10.º Piso Amoreiras, Lisboa |
Gestão Investimentos | Banif - Banco de Investimento, SA | 20,00% | 90 | - | 450 | - | - | |
| 63.818 | 43.557 | 186.029 | 7.651 | 3.282 | ||||||
As Sociedades registadas de acordo com o método da equivalência patrimonial reportam os seus dados de acordo com as políticas contabilísticas do Banif – Grupo Banif (Nota 3), não existindo problemas na harmonização das políticas contabilísticas.
O movimento ocorrido na rubrica de Imparidade em Crédito a Clientes no período findo em 30 de Junho de 2009 foi o seguinte:
| Descrição | Saldo em 31-12-2008 |
Reforços | Regularizações | Reversões e recuperações |
Saldo em 30-06-2009 |
|---|---|---|---|---|---|
| Imparidade em crédito concedido | 253.714 | 105.769 | 6.910 | (52.649) | 313.744 |
| Total | 253.714 | 105.769 | 6.910 | (52.649) | 313.744 |
No 1.º Semestre de 2009, o Banif – Grupo Financeiro recuperou 3.787 milhares de euros de crédito abatido ao activo, incluídos na rubrica "Imparidade de crédito líquida de reversões e recuperações" da demonstração de resultados.
O movimento em imparidades de outros activos no período findo em 30 de Junho de 2009 foi o seguinte:
| Descrição | Saldo em | Reversões e | Saldo em | |||
|---|---|---|---|---|---|---|
| 31-12-2008 | Reforços | Regularização | Utilizações | recuperações | 30-06-2009 | |
| Activos Financeiros disponíveis para venda | 3.779 | 16.274 | - | (167) | - | 19.886 |
| Activos não correntes detidos para venda | 1.539 | 938 | - | (904) | (648) | 925 |
| Devedores e outras aplicações | 11.221 | 1.461 | - | (360) | (204) | 12.118 |
| Total | 16.539 | 18.673 | - | (1.431) | (852) | 32.929 |
Na coluna "reforços" referente a Activos financeiros disponíveis para venda está incluído a desvalorização na participação no Finibanco Holding SGPS no montante de 16,075 milhões de euros.
Esta rubrica tem a seguinte composição:
| Descrição | 30-06-2009 | 31-12-2008 |
|---|---|---|
| Recursos de Bancos Centrais - Banco Central Europeu | 564.098 | 961.334 |
| Juros de recursos de Bancos Centrais | 535 | 4.509 |
| 564.633 | 965.843 |
Os "Recursos de Bancos Centrais" correspondem a operações de refinanciamento com o Banco Central Europeu (BCE), no âmbito das operações de cedência de liquidez, garantidas por penhor de activos elegíveis.
Os passivos financeiros ao justo valor através de resultados respeitam a instrumentos de dívida emitida pelo Grupo, com um ou mais derivados implícitos que de acordo com a emenda ao texto da IAS 39 – "Fair Value Option", foram designados no seu reconhecimento inicial ao justo valor através de resultados.
Esta rubrica tem a seguinte composição por entidade emitente:
| 30-06-2009 | 31-12-2008 | |
|---|---|---|
| Banif - Banco Internacional do Funchal, SA | 19.643 | 27.699 |
| Euro Invest Série 6 | - | 28.097 |
| Euro Invest Série 7 | 21.840 | 20.956 |
| Euro Invest Série 8 | 27.044 | 25.910 |
| Euro Invest Série 9 | 36.715 | 35.219 |
| Trade Invest Série 12 | - | 28.002 |
| Trade Invest Série 13 | 9.558 | 6.925 |
| Trade Invest Série 14 | 73.942 | 78.988 |
| Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil) | 25.065 | 36.503 |
| Banif - Banco Investimento (Brasil) | 37.199 | 41.266 |
| Banif Cayman | 43.273 | 38.701 |
| Detidos pelo Banif - Grupo Financeiro | (55.598) | (101.070) |
| 238.681 | 267.196 |
As emissões de títulos de dívida pelo Grupo apresentam as seguintes características:
Banif – Banco Internacional do Funchal, SA
Emissões reembolsadas no exercício findo em 30-06-2009:
Emissões realizadas em exercícios anteriores:
autorização prévia do Banco de Portugal, a partir de 31 de Março de 2008 (inclusive). O Banif, SA readquiriu o montante de 45 milhares de euros. Veículos de emissão de dívida: Trade Invest, Ltd. e Euro Invest, Ltd.
Dentro da sua estratégia global de captação de funding, o Banif – Grupo Financeiro tem recorrido à emissão de títulos de dívida com remuneração e reembolso indexados a um ou mais instrumentos financeiros (produtos estruturados), através de sociedades veículo com sede nas Ilhas Caimão designadas Trade Invest, Ltd. e Euro Invest, Ltd., que possuem um programa de emissão de dívida nos mercados internacionais (EMTN).
As emissões de dívida efectuadas por estes veículos são tituladas através de "Notes".
Nas diferentes emissões efectuadas por estas entidades existe uma compartimentação estanque entre activos e passivos relacionados que não contemplam benefícios residuais associados, pelo que são igualmente utilizadas para a estruturação e colocação de operações para Clientes.
Neste contexto procedeu-se à consolidação integral das emissões destes veículos associadas a funding do Grupo dado que, apenas nesses casos, se verifica a efectiva retenção dos benefícios da actividade.
Classificadas como passivos ao justo valor nas contas do Grupo em 30-06-2009 existiam as seguintes emissões de "Notes", cujos riscos subjacentes foram assumidos pelos respectivos detentores:
| Emissão | Valor Nominal |
Cupão * | Data de Emissão |
Data de Vencimento |
Risco Subjacente |
|---|---|---|---|---|---|
| Euro Invest Série 7 | EUR 20.000.000 |
Variável | 07/12/2006 | 07/12/2009 | Risco de Crédito de Bancos (Brasil) |
| Euro Invest Série 8 | EUR 35.000.000 |
5% | 13/04/2007 | 13/04/2012 | Risco de Crédito de Corporates (Ibérico) |
| Euro Invest Série 9 | EUR 50.000.000 |
6% | 22/10/2007 | 22/10/2012 | Risco de Crédito de Corporates |
| Trade Invest Série 13 | USD 16.505.000 USD 9.415.000 |
USD-3,25% USD –3,7% |
25/08/2006 25/08/2006 |
25/10/2008 08/06/2009 |
Risco de Crédito de Corporates, Bancos e Soberano |
| Trade Invest Série 14 | EUR 60.000.000 |
Variável | 30/07/2007 | 30/07/2010 | Risco de crédito de Corporates (EU e EUA) |
* - pagamento sujeito a condições
Emissões reembolsadas no exercício findo em 30-06-2009:
Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil)
nos últimos 5 anos. O pagamento dos juros é anual, a partir da data de emissão, em 17 de Dezembro de cada ano.
Esta rubrica tem a seguinte composição:
| Descrição | 30-06-2009 | 31-12-2008 |
|---|---|---|
| De Instituições de crédito do país | ||
| Depósitos | 191.776 | 290.913 |
| Empréstimos | 262.359 | 260.180 |
| Outros | 1.080 | 1.640 |
| 455.215 | 552.733 | |
| De Instituições de crédito no estrangeiro | ||
| Depósitos | 16.977 | 328.489 |
| Empréstimos | 1.198.970 | 939.456 |
| Operações de venda com acordo de recompra | 153.396 | 146.969 |
| Outros | 60.972 | 97.699 |
| 1.430.315 | 1.512.613 | |
| Juros | 4.656 | 15.663 |
| 1.890.186 | 2.081.009 |
Esta rubrica tem a seguinte composição:
| Descrição | 30-06-2009 | 31-12-2008 |
|---|---|---|
| Depositos | ||
| À Vista | 1.361.905 | 1.415.660 |
| A prazo | 4.736.529 | 4.499.332 |
| Poupança | 120.008 | 181.801 |
| Outros | 392.820 | 334.884 |
| 6.611.262 | 6.431.677 | |
| Outros débitos | ||
| Empréstimos | 45.265 | 19.234 |
| Outros | 64.494 | 63.952 |
| 109.759 | 83.186 | |
| 6.721.021 | 6.514.863 |
Esta rubrica tem a seguinte composição por entidade emitente:
| 30-06-2009 | 31-12-2008 | |
|---|---|---|
| Banif Finance | 755.225 | 812.008 |
| Atlantes Mortgage N.º4 | 550.000 | - |
| Atlantes Mortgage N.º3 | 579.589 | 600.000 |
| Atlantes Mortgage N.º2 | 341.008 | 353.667 |
| Azor Mortgage N.º2 | 278.716 | 289.478 |
| Atlantes Mortgage N.º1 | 222.283 | 233.198 |
| Azor Mortgage N.º1 | 93.128 | 100.095 |
| Banif | 499.134 | - |
| Banif - SGPS | 50.000 | 50.000 |
| Banif Go | 20.000 | 42.800 |
| Banif Cayman | 34.150 | 32.355 |
| Beta Securitizadora | 3.496 | 3.242 |
| SPE Panorama | 2.444 | 1.956 |
| Detidos pelo Banif - Grupo financeiro | (1.793.145) | (1.315.744) |
| Sub - Total | 1.636.028 | 1.203.055 |
| Certificados de depósito | 302.292 | 173.754 |
| Encargos Financeiros | 4.520 | 9.086 |
| 1.942.840 | 1.385.895 |
As emissões de títulos de dívida pelo Grupo apresentam as seguintes características:
Emissões realizadas em exercícios anteriores:
A taxa de juro está indexada à Euribor a 3 meses mais uma margem de 0,30%. A Banif Finance readquiriu o montante de 12,9 milhões de euros em 2008 e 6,5 milhões de euros em 2009.
O Grupo realizou operações de titularização de crédito ao consumo e hipotecário, através da alienação desses activos a entidades de finalidades especiais (veículos) constituídos para o efeito. Estas entidades, como forma de financiamento, emitiram instrumentos de dívida com diferentes níveis de subordinação e de remuneração. O interesse residual nos activos titularizados é usualmente retido pelo Grupo através da detenção de títulos de natureza residual. Os veículos constituídos no âmbito de operações de titularização são incluídos nas contas consolidadas do Banif - Grupo Financeiro, na medida em que o Grupo detém substancialmente todos os riscos (riscos de crédito e taxa de juro) e benefícios (margem taxa de juro de crédito), estando por isso sujeito ao efeito do comportamento das operações em causa.
As operações de titularização de créditos em que o Banif – Grupo Financeiro participou através do Banif, SA, Banco Banif e Comercial dos Açores e Banif Go, como forma de financiamento das respectivas actividades correntes foram:
Na operação Atlantes Finance No. 1, foram cedidos inicialmente créditos num valor total de 200 milhões de euros. Adicionalmente, foram cedidos mais 245 milhões de Euros em rollovers até Maio 2002, data em que terminou o período de revolving da Operação. A operação de titularização Atlantes Finance No. 1, terminou em Agosto de 2005, com o exercício da respectiva clean-up call.
No âmbito da operação Atlantes Finance No. 2 foram cedidos inicialmente créditos no valor de 150 milhões de Euros. Adicionalmente foram cedidos mais 203 milhões de Euros em rollovers até Abril 2005, data em que terminou o período de revolving da Operação. Ao abrigo da legislação em vigor, foi constituído um Fundo de Titularização de Créditos designado Atlantes Finance No. 2 Fundo, actualmente administrado pela Navegator – Sociedade Gestora de Fundos de Titularização de Créditos, SA, que adquiriu aos cedentes os créditos pessoais e os contratos de leasing, e emitiu unidades de participação do Fundo, subscritas por uma sociedade de direito irlandês denominada Atlantes Finance No. 2 Plc. Para se financiar, a sociedade Atlantes Finance No. 2 Plc emitiu Obrigações no valor global de 150 milhões de Euros.
Na operação Atlantes Mortgage No. 1, foram cedidos apenas contratos de crédito à habitação do Banif, SA, no valor de 500 milhões de Euros. Ao abrigo da legislação em vigor, foi igualmente constituído um Fundo de Titularização de Créditos designado Atlantes Mortgage No.1 Fundo, administrado pela Navegator – Sociedade Gestora de Fundos de Titularização de Créditos, SA, que adquiriu ao cedente os contratos de crédito à habitação e emitiu unidades de participação subscritas pela sociedade de direito irlandês Atlantes Mortgage No. 1 Plc. Para se financiar, a sociedade Atlantes Mortgage No. 1 Plc emitiu Obrigações no valor global de 500 milhões de Euros.
A Azor Mortgages, com início em Novembro de 2004, foi a primeira operação de securitização de créditos imobiliários levada a cabo pelo BBCA (a 2ª do Grupo Banif) com um valor total de 281 milhões de Euros. Na Azor Mortgages, ao abrigo da legislação em vigor, os créditos cedidos inicialmente foram adquiridos pela Sagres - Sociedade de Titularização de Créditos, que emitiu as obrigações Azor Notes inteiramente subscritas por uma sociedade de direito irlandês denominada Azor Mortgages Plc. Para se financiar, a sociedade Azor Mortgages Plc emitiu Obrigações no valor global de 281 milhões de Euros.
Em Dezembro de 2006, no âmbito dos objectivos propostos para a recentemente constituída sociedade de titularização do Grupo Banif, Gamma STC, foram transferidas para esta sociedade as Azor Notes assim como os respectivos direitos de recebimento dos créditos e deveres de pagamento ao veículo Azor Mortgages plc, originalmente pertencentes à Sagres STC. Esta transferência teve o acordo do originador dos créditos, da sociedade de securitização original, agências de rating, CMVM, dos investidores, e outras entidades envolvidas na operação, após avaliação da boa capacidade da Gamma para assegurar a gestão da mesma.
Na operação Atlantes Mortgage No. 2, foram cedidos apenas contratos de crédito à habitação do Banif, SA, no valor de 375 milhões de Euros. Ao abrigo da legislação em vigor, foi igualmente constituído um Fundo de Titularização de Créditos designado Atlantes Mortgage No.2 Fundo, administrado pela Gamma – Sociedade Titularização de Créditos, SA, que adquiriu ao cedente os contratos de crédito à habitação e emitiu unidades de participação subscritas pela sociedade de direito irlandês Atlantes Mortgage No. 2 Plc. Para se financiar, a sociedade Atlantes Mortgage No. 2 Plc emitiu Obrigações no valor global de 375 milhões de Euros.
Em Julho do corrente ano, teve início a Azor Mortgages No. 2, uma emissão de obrigações titularizadas, colateralizadas por uma carteira de crédito imobiliário originado pelo BBCA. Ao contrário de emissões anteriores que envolveram veículos sediados no estrangeiro, esta emissão foi realizada directamente pela Gamma STC, não envolvendo qualquer outro veículo fora do território nacional.
Nesta emissão, o BBCA cedeu à Gamma STC uma carteira de 300 milhões de Euros. Esta aquisição, bem como a constituição da necessária reserva de caixa, foram financiadas através da emissão das obrigações titularizada Azor Mortages No. 2 Class A, B e C, num montante nominal total de 306,75 milhões de Euros.
No final de Outubro do corrente ano foi concretizada uma nova operação, neste caso a Atlantes Mortgage No. 3, uma emissão de obrigações titularizadas, envolvendo uma carteira de crédito imobiliário originado pelo Banif, SA.
A estrutura foi semelhante à Atlantes Mortgage No. 2, ou seja, o Banco cedeu à Gamma uma carteira de crédito imobiliário, cujo valor ascendeu neste caso a 600 milhões de Euros. Esta aquisição, bem como a constituição da necessária reserva de caixa, foram financiadas através da emissão das obrigações titularizada Atlantes Mortgage No. 2 Class A, B e C com um valor nominal agregado de 623.7 milhões de Euros.
Em Fevereiro de 2009, a Atlantes Mortgage n.º4 cedeu à Gamma uma carteira de crédito imobiliário, cujo valor ascendeu neste caso a 550 milhões de Euros.
As obrigações emitidas no âmbito Atlantes Mortgage N.º2, Atlantes Mortgage N.º3, Atlantes Mortgage nº.4 e Azor Mortgage N.º2 estão detidas por entidades do Grupo, sendo utilizadas como caução em operações de refinanciamento junto do BCE.
O movimento ocorrido nas provisões no período findo em 30 de Junho de 2009 foi o seguinte:
| Descrição | Saldo em 31.12.2008 |
Reforços | Regularizações | Utilizações | Reversões e recuperações |
Saldo em 30.06.2009 |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Contingências fiscais | 8.408 | 729 | - | - | - | 9.137 |
| Outras provisões | 1.604 | 462 | - | - | (384) | 1.682 |
| Provisões para garantias e compromissos | 3.211 | 2 | - | (1.446) | (54) | 1.713 |
| Total | 13.224 | 1.193 | - | (1.446) | (438) | 12.533 |
Atendendo à elevada incerteza quanto ao prazo de pagamento das situações contingentes provisionadas, não foi considerado qualquer desconto temporal.
Na rubrica "provisões para contingências fiscais", encontra-se registado, o montante de 1.632 milhares de euros (1.632 milhares de euros em 2008), relativo ao diferendo que opõe o Banif à Comissão Europeia no contexto da decisão desta entidade relativamente à adaptação do Sistema Fiscal às especificidades da Região Autónoma dos Açores, que exclui o sector financeiro do âmbito da aplicação da taxa reduzida de IRC nos Açores.
Apresenta-se a seguir uma descrição mais pormenorizada da natureza das obrigações em causa:
Contingências fiscais: existe a obrigação presente resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos relacionada com impostos sobre os lucros.
Provisões para garantias e compromissos: existe a obrigação presente resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos relacionada com a prestação de garantias e compromissos.
Outras provisões: existe a obrigação presente resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos (processos judiciais contra o Grupo e outros riscos bancários).
As garantias prestadas correspondem aos seguintes valores nominais registados em contas extrapatrimoniais:
| Descrição | 30-06-2009 | 31-12-2008 |
|---|---|---|
| Garantias prestadas (das quais:) | 870.246 | 1.030.119 |
| Garantias e avales | 836.213 | 914.398 |
| Aceites e endossos | - | 85.467 |
| Cartas de crédito stand-by | 2.805 | 2.844 |
| Créditos documentários abertos | 31.228 | 27.410 |
As contingências e outros compromissos assumidos perante terceiros, não reconhecidos nas Demonstrações Financeiras com referência a 30 de Junho de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, apresentam a seguinte composição:
| Descrição | 30-06-2009 | 31-12-2008 |
|---|---|---|
| Outros passivos eventuais (das quais:) | 2.098.623 | 1.204.888 |
| Fianças e indeminizações | - | 538 |
| Outras garantias pessoais prestadas e outros passivos eventuais | - | - |
| Activos dados em Garantia | 2.098.623 | 1.204.350 |
| Compromissos perante terceiros (dos quais:) | 1.625.987 | 1.575.955 |
| Compromissos irrevogáveis | 456.820 | 462.651 |
| Compromissos revogáveis | 1.169.167 | 1.113.304 |
| 3.724.610 | 2.780.843 134 |
Os "Activos dados em garantia" correspondem a títulos cedidos em repo's e Obrigações do Tesouro, que se encontram a caucionar os compromissos irrevogáveis com o Fundo de Garantia de Depósitos, o Sistema de Indemnização aos Investidores, o Crédito Intradiário junto do Banco de Portugal e as operações de refinanciamento com o Banco Central Europeu.
Esta rubrica tem a seguinte composição por entidade emitente:
| Banif - Banco de Investimento 30.000 |
30.000 |
|---|---|
| Banif - Banco Internacional do Funchal 408.540 |
333.893 |
| Banif Go 21.000 |
21.000 |
| Banif Finance 146.592 |
198.249 |
| Detidos pelo Banif - Grupo financeiro (278.919) |
(261.158) |
| Sub total 327.213 |
321.984 |
| Encargos Financeiros 560 |
1.121 |
| 327.773 | 323.105 |
As emissões de títulos de dívida subordinada pelo Grupo apresentam as seguintes características:
Em 16 de Julho de 2001, o Banif – Banco Internacional do Funchal, SA, emitiu, Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 12,5 milhões euros representado por 12.500 títulos de 1.000 euros cada. Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 16 de Janeiro e 16 de Julho de cada ano e foram calculadas para o 1º cupão com base na taxa de 5,375% e para os cupões seguintes de acordo com a taxa Euribor a 6 meses em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período semestral, acrescida de 0,75%. O empréstimo será amortizado ao par de uma só vez, em 16 de Julho de 2011 podendo, contudo ser reembolsado antecipadamente por opção do Banco ("call option"), mediante autorização prévia do Banco de Portugal, no vencimento do 10º, 12º, 14º 16º e 18º cupões, aos quais não acresce nenhum prémio sobre o valor reembolsado. O Banif, SA readquiriu o montante de 8,7 milhões de euros.
Em 30 de Dezembro de 2005, o Banif Banco Internacional do Funchal, SA , emitiu, Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 50 milhões euros. Nos períodos de pagamento de juros anterior a 30 de Dezembro de 2010 (primeira data de reembolso antecipado por opção do emitente), o emitente pagará uma taxa de juro correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 0,75% por ano. Para cada período posterior o emitente pagará uma taxa correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 1,25% por ano.
vencimento indeterminado, concedido pela Banif Finance. Nos períodos de pagamento de juros anterior a 28 de Dezembro de 2017 (primeira data de reembolso antecipado por opção do emitente), o emitente pagará uma taxa de juro correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 3,0362% por ano. Para cada período posterior o emitente pagará uma taxa correspondente à Euribor a 3 meses acrescida de 4,0362% por ano.
Em 18 de Agosto de 2008, o Banif – Banco Internacional do Funchal, SA, emitiu, Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 25 milhões euros representado por 25.000 títulos de 1.000 euros cada. Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 18 de Agosto e 18 de Fevereiro de cada ano e foram calculadas para o 1º ano de vida 6,25% e para os cupões seguintes de acordo com a taxa Euribor a 6 meses em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período semestral, acrescida de 1%. A partir do 11.º cupão (inclusive) e até à data de maturidade à Euribor a 6 meses é acrescido 1,15%. O empréstimo será amortizado ao par de uma só vez, na data de maturidade, contudo ser reembolsado antecipadamente por opção do Banco ("call option"), mediante autorização prévia do Banco de Portugal, a partir do 10.º cupaão (inclusive). O Banif, SA readquiriu o montante de 0,35 milhões de euros.
Obrigações de Caixa Subordinadas BBCA/06 Taxa Variável – 2006 –2016 A Sociedade emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 20.000.000 Euros representado por 400.000 títulos de 50 Euros cada. A emissão das obrigações em causa foi efectuada em 3 séries sendo a data de subscrição de cada uma das séries, 23 de Outubro, 27 de Novembro e 4 de Dezembro
de 2006 respectivamente. Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 23 de Abril e 23 de Outubro e são calculados, durante os cinco primeiros anos de vida do empréstimo, à taxa equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de contagem de juros, acrescida de 1,00%. Caso não ocorra o reembolso antecipado, e a partir do 11º cupão (inclusive) e até final da vida do empréstimo, a taxa de juro será a equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de contagem de juros, acrescida de 1,25%. A taxa de juro do 1º cupão é de 4,647%. O empréstimo será amortizado ao par, de uma só vez, em 23 de Outubro de 2016, podendo ser reembolsado antecipadamente por opção da Sociedade ("call option"), mediante autorização prévia do Banco de Portugal, a partir do vencimento do 10º cupão (inclusive). O Banif, SA readquiriu o montante de 0,8 milhões de euros.
Em 25 de Setembro de 2007 a Sociedade emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 10.000.000 Euros representado por 200.000 títulos de 50 Euros cada. Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 25 de Setembro e 25 de Março e são calculados, durante os cinco primeiros anos de vida do empréstimo, à taxa equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de contagem de juros, acrescida de 1,00%. Caso não ocorra o reembolso antecipado, e a partir do 11º cupão (inclusive) e até final da vida do empréstimo, a taxa de juro será a equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de contagem de juros, acrescida de 1,25%. A taxa de juro do 1º cupão é de 5,72%. O empréstimo será amortizado ao par, de uma só vez, em 25 de Setembro de 2017, podendo ser reembolsado antecipadamente por opção da Sociedade ("call option"), mediante autorização prévia do Banco de Portugal, a partir do vencimento do 10º cupão (inclusive). O Banif, SA readquiriu o montante de 0,5 milhões de euros.
Os juros são pagos trimestralmente e postecipadamente em 22 de Março, 22 de Junho, 22 de Setembro e 22 de Dezembro de cada ano. A sociedade pagará juros a uma taxa variável correspondente à Euribor a 3 meses, em vigor no segundo "Dia Útil Target" imediatamente anterior à data início de cada período de juros, acrescida de 1,37% por ano. Para cada período posterior a 22 de Dezembro de 2016, a taxa de juro será equivalente à Euribor a 3 meses, em vigor no segundo "Dia Útil Target" anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 2,37% por ano (Step-up de 1% ). A taxa de juro do 1º período é de 6,16%. A partir de 22 de Dezembro de 2016 o Empréstimo Subordinado poderá ser reembolsado por iniciativa do Mutuário, em qualquer data de pagamento de juros.
Obrigações de Caixa da Banif Finance, Ltd Taxa Variável - 2004 / 2014. Em 29 de Dezembro de 2004, a Banif Finance Ltd, emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 50.000.000 Euros representado por 50.000 Títulos de 1.000 Euros cada. Os juros destas obrigações vencem-se trimestral e postecipadamente em 29 de Março, 29 de Junho, 29 de Setembro e 29 de Dezembro de cada ano, com início em 29 de Março de 2005 e são calculados, durante os cinco primeiros anos de vida do empréstimo, à taxa equivalente à Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao do início de cada período de contagem de juros, acrescida de 0,80%. A partir do 21º cupão (inclusive) e até ao final da vida do empréstimo, a taxa de juro será a equivalente à Euribor a 3 meses acrescida de 1,30%. O empréstimo será amortizado ao par, de uma só vez, em 29 de Dezembro de 2014, podendo ser reembolsado antecipadamente por opção do Banif Finance (call option), mediante autorização prévia do Banco de Portugal, em qualquer data de pagamento de juros a partir do vencimento do 20º cupão. O empréstimo poderá também ser reembolsado antecipadamente por motivos fiscais (tax option), em qualquer data de pagamento de juros mediante pré-aviso de 30 a 60 dias aos titulares das obrigações, se por motivo de alteração das leis aplicáveis a Banif Finance fique obrigada a pagamentos adicionais e tal não possa ser evitado através da tomada de medidas razoáveis. No 1.º semestre de 2009 foi adquirido por entidades do Banif – Grupo Financeiro o montante de 30,1 milhões de euros.
Em 22 de Dezembro de 2006, a Banif Finance LTD , emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 125.000 milhares euros com prazo indeterminado. Os juros são pagos trimestralmente e postecipadamente em 22 de Março, 22 de Junho e 22 de Setembro e 22 de Dezembro de cada ano e são calculados a uma taxa variável correspondente a Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 1,37%. Para cada período posterior a 22 de Dezembro de 2016, a taxa de juro será equivalente à Euribor a 3 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao início de cada período de juros, acrescida de 2,37%. A partir de 22 de Dezembro de 2016 o Empréstimo Subordinado poderá ser reembolsado por iniciativa do Mutuário, na sua totalidade, em qualquer data de pagamento de juros. Em 2008, foi adquirido por entidades do Banif – Grupo Financeiro o montante de 26,8 milhões de euros e, no 1.º semestre de 2009, o montante de 9,6 milhões de euros.
Em 30 de Junho de 2009 e 2008 e 31 de Dezembro de 2008, as rubricas de Capital Próprio apresentam a seguinte composição:
| Descrição | 30-06-2009 | 31-12-2008 | 30-06-2008 |
|---|---|---|---|
| Capital | 350.000 | 350.000 | 350.000 |
| Prémios de emissão | 78.214 | 78.214 | 78.214 |
| Outros instrumentos de capital | |||
| Acções próprias | (1.051) | (764) | (51) |
| Reservas de reavaliação | (32.045) | (24.539) | 19.656 |
| Reserva Legal | 28.881 | 25.910 | 25.910 |
| Outras reservas e resultados transitados (livres) | 146.638 | 95.311 | 146.507 |
| Resultado do exercício | 15.738 | 59.237 | 44.419 |
| Dividendos antecipados | |||
| Interesses minoritários | 265.353 | 279.401 | 138.498 |
| Total do Capital | 851.728 | 862.770 | 803.153 139 |
O capital social é constituído por 350.000.000 acções, de valor nominal de €1,00 por acção, encontrando-se totalmente realizado.
As reservas de reavaliação registadas correspondem às seguinte situações (valores líquidos de impostos): carteira títulos CSA (-33.698 milhares de euros), carteira títulos Banif – Banco de Investimento (-854 milhares de euros), outros (2.507 milhares de euros).
No 1º Semestre de 2009 foram realizadas as mais valias das participações Zon Madeira, Zon Açores e Via Litoral, no montante liquido de 15,2 milhões de euros e constituída imparidade para a participação no Finibanco Holding, SGPS no montante de 16,1 milhões de euros.
| 30-06-2009 | 30-06-2008 | |
|---|---|---|
| BANIF - SGPS | (6.691) | (4.354) |
| SOCIEDADE IMOBILIARIA PIEDADE ESPAÇO DEZ |
(8) (59) |
(34) (5) |
| BANIF IMOBILIARIA | (485) | (813) |
| BANIF BANK (MALTA) | (1.089) | (795) |
| BANCA PUEYO BANCO CABOVERDIANO DE NEGÓCIOS |
1.662 178 |
1.758 441 |
| BANKPIME | (324) | 25 |
| INMOBILIARIA VEGAS ALTAS | 19 | 52 |
| BANIF HOLDINGS (MALTA), LTD BANIF COMERCIAL-SGPS |
125 (264) |
- (90) |
| BANIF-BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL | 6.895 | 16.919 |
| BANIF FINANCE | 21.410 | - |
| BANIF AÇORES, SGPS | (5) | 159 |
| INVESTAÇOR, SGPS INVESTAÇOR HÓTEIS |
(48) (180) |
(113) (107) |
| AÇORTUR | (132) | (143) |
| TUROTEL | (100) | (129) |
| HOTEL PICO BANIF & COMERCIAL AÇORES, Inc FALL RIVER |
1 - |
(38) - |
| BANIF & COMERCIAL AÇORES, Inc SAN JOSÉ | 5 | (2) |
| BANIF GO | (63) | (1.106) |
| BANIF RENT BANCO BANIF BRASIL |
181 4.939 |
37 1.477 |
| COMPANHIA DE SEGUROS AÇOREANA | (3.304) | 1.730 |
| BANIF - INVESTIMENTOS SGPS | (1.359) | (3.530) |
| BANIF BANCO DE INVESTIMENTO | 810 | (1.644) |
| BANIF (CAYMAN) BANIF BANCO DE INVESTIMENTO (BRASIL) |
(299) (836) |
(413) 8.794 |
| BANIF NITOR ASSET MANAGEMENT | (274) | (102) |
| BANIF CORRETORA DE VALORES E CAMBIOS | 2.073 | 26.163 |
| BANIF PRIVATE EQUITY | (50) | - |
| BETA SECURITIZADORA NUMBERONE SGPS |
94 (1) |
143 (3) |
| BANIF INT. ASSET MANAGEMENT | 53 | 116 |
| BANIF GESTÃO DE ACTIVOS | 885 | 1.606 |
| BANIF AÇOR PENSOES | (4) | 32 |
| BANIF (BRASIL) FINAB |
(2) 70 |
(4) 81 |
| BANIF INTERN. HOLDINGS Ltd | (1.314) | 273 |
| BANIF SECURITIES HOLDINGS | (1.356) | (460) |
| ECONOFINANCE BANIF FINANCIAL SERVICES |
2 (80) |
(2) (80) |
| BANIF SECURITIES INC. | (510) | (1.062) |
| BANIF FINANCE (USA) CORP. | (17) | 590 |
| BANIF FORFAITING COMPANY | (251) | 38 |
| BANIF INTERNATIONAL BANK BANIF CAPITAL - SOC DE CAPITAL DE RISCO |
(1.566) (171) |
19 2 |
| BANIF MULTIFUND | 3 | - |
| CENTRO VENTURE | 1 | 2 |
| GAMMA | 98 | 16 |
| BANIF TRADING INC MCO2 |
(16) (1) |
(13) - |
| ATLANTES N.2 | (9) | 195 |
| ATLANTES MORTGAGE | (610) | 415 |
| ATLANTES MORTGAGE 2 ATLANTES MORTGAGE 3 |
(521) (3.268) |
(1.876) - |
| ATLANTES MORTGAGE 4 | 560 | - |
| AZOR MORTGAGE | 430 | (106) |
| AZOR MORTGAGE 2 TRADE INVEST S13, S14 |
(1.294) 315 |
- (304) |
| EURO INVEST S3a, S3b, S7, S8, S9 | 1.505 | 581 |
| FIP BANIF REAL ESTATE | - | - |
| BANIF US REAL ESTATE | - | 115 |
| BANIF NITOR FI AÇOES BANIF NITOR CARAVELAS |
- - |
- - |
| ART INVEST | - | - |
| GLOBAL REAL ESTATE | - | - |
| SPE PANORAMA IMOGEST |
(15) - |
(11) - |
| CAPVEN | - | - |
| IFRA INVEST | - | - |
| AGGRESSIVE STRATEGY FUND | - | (17) |
| BALANCED STRATTEGY FUND BRAZILIAN BOND FUND |
- - |
(7) 4 |
| BRAZILIAN EQUITY FUND | - | 48 |
| CONSERVATIVE STRATEGY FUND | - | (9) |
| EUROPEAN BOND FUND EUROPEAN EQUITY FUND |
- - |
(10) (33) |
| GLOBAL CASH FUND | - | 3 |
| 15.738 | 44.419 |
Em 30 de Junho de 2009 e 2008 e 31 de Dezembro de 2008, a rubrica de interesses minoritários (IM) apresenta a seguinte composição:
| 30-06-2009 | 31-12-2008 | 30-06-2009 | 30-06-2008 | |
|---|---|---|---|---|
| Entidade | Valor balanço | Valor balanço | Resultado de IM |
Resultado de IM |
| Banif Finance | 178.105 | 176.941 | (3.292) | (5.251) |
| Imogest | 50.273 | 56.345 | - | (634) |
| Banif Cayman | 12.105 | 12.863 | (413) | (349) |
| Fundos Banif Multi Fund | 25 | 4.840 | 2 | - |
| Banco Caboverdiano de Negocios | 4.624 | 4.438 | (518) | (353) |
| Banif Bank (Malta) | 2.801 | 2.972 | 323 | 170 |
| Investaçor SGPS SA | 3.135 | 2.738 | 78 | 33 |
| Capven | 2.123 | 2.528 | - | 324 |
| Açortur - Investimentos Turísticos dos Açores | 983 | 3.457 | 147 | 136 |
| Banif Açor Pensões | 1.393 | 1.395 | (20) | 3 |
| Banif Portofolio | - | 1.133 | - | |
| Art Invest | 1.189 | 1.241 | - | (32) |
| Banif International Holdings | 1.017 | 1.269 | (48) | 236 |
| Banif Banco Internacional do Funchal (Brasil) | 655 | 615 | (22) | (2) |
| Investimentos Turísticos e Similares Hóteis e Apart-Hotel Pico | 432 | 431 | 39 | (1) |
| Banif Finance (USA) | 137 | 759 | (60) | 174 |
| Centro Venture | 259 | 259 | (2) | - |
| Global Real Estate | 5.314 | - | - | 184 |
| SPE Panorama | 279 | 214 | 1 | 1 |
| FIP Banif Real Estate | 228 | 172 | (4) | (1) |
| Banif Nitor FI Ações | 230 | - | - | (43) |
| Banif Capital | 67 | 139 | - | 43 |
| Finab | 110 | 156 | (54) | (47) |
| Investaçor Hoteis SA | (38) | 3.262 | 73 | 124 |
| Turotel - turismo e Hóteis dos Açores | (109) | 1.147 | 93 | 72 |
| Banif Forfaiting | (39) | 37 | (7) | 52 |
| Banif Trading Inc | 20 | 23 | 2 | 3 |
| Beta Securitizadora | 25 | 20 | (1) | - |
| Banif Financial Services Inc | 10 | 6 | 14 | 14 |
| Amazonia Energia II | - | 1 | - | - |
| Banif Nitor Asset | - | - | 218 | - |
| 265.353 | 279.401 | -3.451 | -5.144 |
A rubrica de interesses minoritários relativa à Banif Finance respeita:
montante de 25 milhões de Euros. Os dividendos preferenciais são pagos aos detentores das acções preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração da Sociedade, trimestral e postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial ("call option"), em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso (28 de Dezembro de 2017). O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman.
detentores das acções preferenciais, se e quando declarado pelo Conselho de Administração da Sociedade, trimestral e postecipadamente. A Banif Finance poderá proceder ao reembolso antecipado da emissão, total ou parcialmente, pelo seu valor de liquidação preferencial ("call option"), em qualquer data de pagamento de dividendos a partir da primeira data de reembolso (30 de Junho de 2019). O exercício deste reembolso está sujeito ao consentimento prévio do Banco de Portugal e aos requisitos da Lei das Ilhas Cayman.
A rubrica de interesses minoritários relativa ao Banif Cayman respeita:
No curso normal da sua actividade financeira, o Grupo efectua transacções com partes relacionadas. Estas incluem créditos e aplicações bancárias, depósitos, suprimentos, garantias e outras operações e serviços bancários.
O saldo dessas transacções com partes relacionadas no balanço e respectivos custos e proveitos no exercício findo são os seguintes:
| Elementos chave de gestão | Associadas | Acionistas | Outras Entidades | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Jun-09 | Dez-08 | Jun-09 | Dez-08 | Jun-09 | Dez-08 | Jun-09 | Dez-08 | ||
| Crédito e aplicações | 1.556 | 1.884 | 9.319 | 1.894 | 6.601 | 13.868 | 16.205 | 16.907 | |
| Depósitos | 2.889 | 5.747 | 29.413 | 42.970 | 8.223 | 37.675 | 5.354 | 1.747 | |
| Suprimentos | - | - | 6.677 | 6.677 | - | - | 13.750 | 13.750 | |
| Emprestimos obtidos | - | - | - | - | 41.500 | 15.000 | - | - | |
| Garantias prestadas | - | - | - | 915 | 5 | 5 | 12.098 | 15.802 | |
| Jun-09 | Jun-08 | Jun-09 | Jun-08 | Jun-09 | Jun-08 | , Jun-09 |
Jun-08 | ||
| Comissões e serviçoes prestados | - | - | 144 | - | 13 | - | 194 | - | |
| Juros e encargos similares | 55 | 113 | 757 | 296 | 797 | 1.939 | 28 | 12 | |
| Juros e Rendimentos similares | 16 | 21 | 163 | 116 | 159 | - | 594 | 18 |
Para além do referido no quadro acima, a rubrica de crédito e aplicações inclui cerca de 91,2 milhões de euros relativos a produtos financeiros emitidos por associada que não se encontravam colocados junto de clientes da rede do Grupo em 30 de Junho de 2009. Adicionalmente, a rubrica de Activos com Acordos de Recompra inclui 56,1 milhões de euros relativos a títulos adquiridos com acordo de venda por um preço pré estabelecido com a mesma associada.
As transacções com entidades relacionadas são analisadas de acordo com os critérios aplicáveis a operações similares com terceiras entidades e são realizadas em condições normais de mercado. Estas operações estão sujeitas à aprovação da Comissão Executiva.
No Semestre findo, não foram constituídas provisões específicas para saldos com entidades relacionadas.
Não se verificam alterações substanciais à lista de Entidades Relacionadas apresentada com o Relatório Anual de 2008.
| Remunerações do pessoal chave de gestão | Elementos chave de gestão | |
|---|---|---|
| Jun-09 | Jun-08 | |
| Benefícios de curto prazo | 4.006 | 4.459 |
| Benefícios pós-emprego (benefício definido) | - | - |
| Benefícios de cessação de emprego | - | - |
| Pagamentos com base em acções | - | - |
À data das presentes Demonstrações Financeiras, não se verificava nenhum acontecimento subsequente a 30 de Junho de 2009, data de referência das referidas Demonstrações Financeiras, que exigissem ajustamentos ou modificações dos valores dos activos e dos passivos, nos termos da IAS 10 – Acontecimentos após a data de balanço.
Sem prejuízo do referido, dá-se conhecimento de que, em 10 de Julho de 2009, a Banif SGPS celebrou um acordo com os accionistas controladores da Tecnicrédito, holding do grupo financeiro que integra, entre outras entidades, o Banco Mais, S.A., especializado na área de crédito automóvel, através da aquisição, pela Banif SGPS, de acções representativas de um mínimo de 90,01% e de um máximo de 100% do capital social da Tecnicrédito ("Integração").
A Tecnicrédito, detida maioritariamente pelo Grupo Auto-Industrial, é actualmente um dos principais operadores nacionais no mercado do financiamento automóvel, através do Banco Mais.
A Tecnicrédito está presente em Portugal e em mais 5 mercados estrangeiros: Hungria (onde detêm 100% do Bank Plus Hungria), Espanha, Brasil (em parceria com a Société Générale), Eslováquia e Polónia.
A Tecnicrédito, no final do exercício de 2008 e de acordo com as suas contas consolidadas, evidenciava um Activo Líquido de € 1.115,6 milhões, capitais próprios de € 239,9 milhões e um resultado líquido de € 30,3 milhões.
Nos termos do acordo celebrado, após a Integração, a Rentipar Financeira – SGPS, S.A, controlada pelo Comendador Horácio Roque, continuará a deter uma participação maioritária e de domínio na Banif SGPS.
Ainda nos termos do acordo celebrado, a Integração terá por base uma permuta, recebendo os accionistas da Tecnicrédito valores mobiliários emitidos pela Banif SGPS, sendo que, nos termos da relação de troca acordada ("Relação de Troca"), por cada acção da Tecnicrédito entregue deverão ser dadas em contrapartida 4 acções ordinárias representativas do capital social da Banif SGPS e 4 Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis("VMOCs") em acções representativas do capital social da Banif SGPS;
Para concretização da Integração, foi convocada uma Assembleia Geral da Banif SGPS para deliberar sobre a aprovação de um aumento de capital social e a emissão de VMOCs, nos termos propostos pelo Conselho de Administração.
A Assembleia Geral de Accionistas da Banif SGPS teve lugar no dia 14 de Agosto de 2009 e ali foi deliberado, designadamente:
1.º - Aprovar um aumento do capital social da Banif SGPS, de € 350.000.000,00 para até € 490.000.000,00, sendo o montante do aumento de até € 140.000.000,00, através da emissão das correspondentes acções escriturais, com o valor nominal unitário de € 1,00, em duas tranches:
a) Uma primeira tranche, reservada aos Accionistas da Banif SGPS, por entradas em dinheiro no montante de até € 70.000.000,00, através da emissão de até 70.000.000 de acções escriturais com o valor nominal de € 1,00 cada, sendo o respectivo preço de subscrição de € 1,00 na proporção de uma nova acção por cada cinco actualmente detidas;
b) Uma segunda tranche, reservada aos accionistas da Tecnicrédito, como contrapartida parcial das entradas em espécie, sendo estas constituídas por até 17.500.000 acções representativas de até 100 % do capital social da Tecnicrédito, através da emissão de até 70.000.000 de acções escriturais com o valor nominal de € 1,00 cada;
2.º - Aprovar a emissão de até 70.000.000 de "VMOCs convertíveis" com o valor nominal de € 1,00 cada, obrigatoriamente convertíveis em acções da Banif SGPS, mediante um factor de conversão igual ou inferior a um, a determinar em 28 de Fevereiro de 2010, conforme abaixo descrito, a subscrever integralmente pelos accionistas da Tecnicrédito, com a consequente aprovação de um aumento de capital da Banif SGPS de um montante máximo de até € 70.000.000,00, através da emissão de até 70.000.000 de acções escriturais da Banif SGPS, com o valor nominal de € 1,00, para satisfazer a conversão dos VMOCs emitidos e segundo o referido factor de conversão.
Nos termos do Acordo celebrado, o factor de conversão, isto é o número de acções em que cada VMOC será convertido (com o limite máximo de uma acção por cada VMOC) será fixado em 28 de Fevereiro de 2010, tendo por base a Relação de Troca Final, isto é, a percentagem do capital social da Banif SGPS atribuível às 17.500.000 acções representativas do capital social da Tecnicrédito.
Em resultado da Integração e considerando já o capital social máximo após a conversão dos VMOCs, nunca poderá resultar uma participação superior a 25% do capital social da Banif SGPS para os actuais accionistas da Tecnicrédito.
Ainda nos termos do acordo celebrado, no caso de o factor de conversão (f) determinado em função da Relação de Troca Final ser superior a um, a Banif SGPS pagará adicionalmente por cada acção Tecnicrédito entregue um montante em dinheiro (D), arredondado por defeito à quinta casa decimal do euro, calculado da seguinte forma:
Em que "Pm" significa o preço médio unitário ponderado das acções ordinárias do BANIF no mercado regulamentado Eurolist by Euronext Lisbon nas 30 (trinta) sessões anteriores a 28 de Fevereiro de 2010.
Este montante em dinheiro, a pagar aos accionistas da Tecnicrédito partes no referido contrato, caso o factor de conversão dos VMOCs seja superior a 1, não será significativo, no pressuposto da não ocorrência de alterações materialmente relevantes no valor das situações líquidas da Tecnicrédito ou da Banif SGPS, as quais, tanto quanto é do conhecimento da Banif SGPS, não se perspectivam ocorrer.
A efectiva concretização da integração da Tecnicrédito está ainda sujeita à verificação das condições usuais neste tipo de operações, designadamente, a obtenção das aprovações regulatórias ou declarações de não oposição, consoante aplicável, necessárias à realização da transacção, incluindo do Banco de Portugal, bem como a aprovação, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, do prospecto da oferta pública de subscrição e admissão à negociação.
Em Assembleia Geral Anual da Sociedade, realizada em 31 de Março de 2009, foram eleitos os órgãos sociais e a Comissão de Remunerações, para o triénio 2009-2011, bem como o Conselho Consultivo e o Revisor Oficial de Contas, em ambos os casos com referência ao exercício de 2009.
À data de 30 de Junho de 2009, é a seguinte a composição dos órgãos sociais e estatutários:
| Presidente: | Comendador Horácio da Silva Roque |
|---|---|
| Vice-Presidentes: | Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos Dr. Carlos David Duarte de Almeida |
| Vogais: | Dr. António Manuel Rocha Moreira Dr. Artur Manuel da Silva Fernandes Dr. José Marques de Almeida Eng.º Diogo António Rodrigues da Silveira |
| Suplente: | Dr. Fernando José Inverno da Piedade |
| Presidente: | Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida |
|---|---|
| Vogais Efectivos: | Dr. António Ernesto Neto da Silva Dr. José Lino Tranquada Gomes |
Vogal Suplente: Dr. José Pedro Lopes Trindade
| Presidente: | Rentipar Financeira SGPS, SA, representada pelo Comendador Horácio da Silva Roque |
|---|---|
| Vice-Presidentes: | Comendador João Francisco Justino Prof. Doutor Luís Manuel Moreira de Campos e Cunha |
| Membros Efectivos: | Renticapital - Investimentos Financeiros, SA, representada pelo Dr. Fernando José Inverno da Piedade Empresa de Electricidade da Madeira, SA, representada pelo Dr. Rui Alberto Faria Rebelo Dr. Gonçalo Cristóvam Meirelles de Araújo Dias |
Eng.º António Fernando Couto dos Santos Dr. Miguel José Luís de Sousa Dra. Maria Teresa Henriques da Silva Moura Roque Dal Fabbro Prof. Doutor António Soares Pinto Barbosa Comendador Jorge Sá
Durante o primeiro semestre de 2009, o Banif– Banco de Investimento, SA, sociedade dominada pela Banif - SGPS, SA, efectuou as transacções a seguir descritas de acções da Banif - SGPS, SA, as quais foram todas executadas na Euronext Lisboa (operações em bolsa), em execução do contrato de liquidez celebrado entre aquele banco e a Euronext Lisboa. Face ao disposto no art.º 325-A do Código das Sociedades Comerciais, são as referidas acções consideradas acções próprias da sociedade dominante.
| Total em 31 de Dezembro de 2008: 14.374 acções detidas através do Banif – Banco de Investimento, SA | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Tipo de Transacção | Data | Mercado | Quantidade | Valor (em EUR) | ||
| Compra | 05-Jan-09 | Euronext Lisboa | 18.300 | 20.220 | ||
| Venda | 05-Jan-09 | Euronext Lisboa | 18.300 | 20.586 | ||
| Venda | 12-Jan-09 | Euronext Lisboa | 8.500 | 10.030 | ||
| Compra | 12-Jan-09 | Euronext Lisboa | 8.500 | 10.115 | ||
| Compra | 15-Jan-09 | Euronext Lisboa | 8.900 | 10.146 | ||
| Venda | 16-Jan-09 | Euronext Lisboa | 8.500 | 9.860 | ||
| Compra | 19-Jan-09 | Euronext Lisboa | 8.800 | 10.032 | ||
| Compra | 20-Jan-09 | Euronext Lisboa | 26.500 | 30.170 | ||
| Compra | 21-Jan-09 | Euronext Lisboa | 2.239 | 2.485 | ||
| Venda | 21-Jan-09 | Euronext Lisboa | 2.239 | 2.508 | ||
| Compra | 23-Jan-09 | Euronext Lisboa | 710 | 802 | ||
| Compra | 27-Jan-09 | Euronext Lisboa | 9.000 | 10.080 | ||
| Venda | 27-Jan-09 | Euronext Lisboa | 9.000 | 10.247 | ||
| Compra | 28-Jan-09 | Euronext Lisboa | 100.000 | 113.000 | ||
| Compra | 29-Jan-09 | Euronext Lisboa | 10.000 | 11.190 | ||
| Venda | 30-Jan-09 | Euronext Lisboa | 19.100 | 21.491 | ||
| Compra | 30-Jan-09 | Euronext Lisboa | 9.100 | 10.010 | ||
| Venda | 03-Fev-09 | Euronext Lisboa | 25.000 | 28.750 | ||
| Venda | 03-Fev-09 | Euronext Lisboa | 18.800 | 21.720 | ||
| Venda | 04-Fev-09 | Euronext Lisboa | 25.000 | 29.150 | ||
| Compra | 05-Fev-09 | Euronext Lisboa | 1.500 | 1.740 | ||
| Venda | 06-Fev-09 | Euronext Lisboa | 5.000 | 5.850 | ||
| Venda | 06-Fev-09 | Euronext Lisboa | 18.600 | 21.712 | ||
| Venda | 06-Fev-09 | Euronext Lisboa | 24.969 | 29.463 | ||
| Venda | 09-Fev-09 | Euronext Lisboa | 8.500 | 10.030 | ||
| Venda | 09-Fev-09 | Euronext Lisboa | 10.000 | 11.895 |
| Venda | 10 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 8.350 | 10.020 |
|---|---|---|---|---|
| Compra | 10 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 135 | 162 |
| Venda | 11 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 7.000 | 8.330 |
| Compra | 11 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 54 | 64 |
| Compra | 12 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 3.746 | 4.533 |
| Compra | 13 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 11.300 | 14.238 |
| Venda | 13 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 16.300 | 20.372 |
| Compra | 17 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 26.600 | 32.561 |
| Compra | 18 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 8.600 | 10.234 |
| Compra | 19 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 500 | 590 |
| Compra | 23 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 14.300 | 16.359 |
| Venda | 23 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 3.020 | 3.563 |
| Venda | 25 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 8.980 | 10.327 |
| Venda | 26 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 8.500 | 10.030 |
| Venda | 27 -Fev -09 |
Euronext Lisboa | 785 | 934 |
| Venda | 02 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 8.500 | 10.030 |
| Compra | 02 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 8.650 | 10.121 |
| Compra | 03 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 1.135 | 1.339 |
| Compra | 09 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 8.810 | 10.043 |
| Venda | 09 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 8.810 | 10.220 |
| Compra | 10 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 28.150 | 30.213 |
| Venda | 10 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 18.650 | 20.422 |
| Venda | 11 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 29.050 | 30.715 |
| Compra | 11 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 19.550 | 20.528 |
| Compra | 12 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 9.700 | 9.991 |
| Venda | 12 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 9.700 | 10.088 |
| Venda | 13-Mar -09 |
Euronext Lisboa | 2.801 | 2.997 |
| Venda | 16 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 2.199 | 2.375 |
| Venda | 23 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 5.000 | 5.300 |
| Compra | 25 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 9.600 | 10.080 |
| Venda | 25 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 1.521 | 1.612 |
| Venda | 26 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 8.07 9 |
8.564 |
| Compra | 27 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 1.588 | 1.636 |
| Venda | 27 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 1.588 | 1.652 |
| Venda | 31 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 9.900 | 10.296 |
| Compra | 31 -Mar -09 |
Euronext Lisboa | 9.900 | 10.395 |
| Venda | 02 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 14.705 | 15.734 |
| Compra | 02 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 14.705 | 15.827 |
| Venda | 03 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 9.300 | 10.044 |
| Compra | 03 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 9.400 | 10.058 |
| Venda | 06 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 5.000 | 5.498 |
| Compra | 06 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 5.000 | 5.550 |
| Compra | 07 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 9.105 | 10.016 |
| Venda | 08 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 9.100 | 10.010 |
| Venda | 09 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 9.000 | 10.080 |
| Venda | 14 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 11.105 | 12.945 |
| Compra | 14 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 15.050 | 17.615 |
| Venda | 14 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 14.094 | 16.429 |
| Compra | 15 -Abr - 0 9 |
Euronext Lisboa | 4.044 | 4.691 |
| Venda | 16 -Abr -09 |
Euronext Lisboa | 479 | 565 |
| Compra | 16-Abr-09 | Euronext Lisboa | 479 | 575 |
|---|---|---|---|---|
| Compra | 17-Abr-09 | Euronext Lisboa | 19.400 | 21.914 |
| Venda | 17-Abr-09 | Euronext Lisboa | 19.400 | 22.023 |
| Compra | 20-Abr-09 | Euronext Lisboa | 14.150 | 15.615 |
| Compra | 23-Abr-09 | Euronext Lisboa | 20.000 | 20.702 |
| Venda | 23-Abr-09 | Euronext Lisboa | 20.000 | 20.900 |
| Venda | 04-Mai-09 | Euronext Lisboa | 9.150 | 10.333 |
| Venda | 05-Mai-09 | Euronext Lisboa | 8.000 | 9.280 |
| Venda | 06-Mai-09 | Euronext Lisboa | 2.000 | 2.445 |
| Compra | 06-Mai-09 | Euronext Lisboa | 26.183 | 32.551 |
| Venda | 06-Mai-09 | Euronext Lisboa | 26.183 | 32.009 |
| Compra | 11-Mai-09 | Euronext Lisboa | 14.679 | 19.887 |
| Venda | 11-Mai-09 | Euronext Lisboa | 14.679 | 20.034 |
| Compra | 12-Mai-09 | Euronext Lisboa | 26.000 | 34.037 |
| Venda | 12-Mai-09 | Euronext Lisboa | 17.700 | 23.164 |
| Compra | 13-Mai-09 | Euronext Lisboa | 14.850 | 18.481 |
| Venda | 13-Mai-09 | Euronext Lisboa | 10.000 | 12.579 |
| Venda | 13-Mai-09 | Euronext Lisboa | 4.354 | 5.486 |
| Venda | 14-Mai-09 | Euronext Lisboa | 8.796 | 11.240 |
| Compra | 18-Mai-09 | Euronext Lisboa | 7.900 | 10.428 |
| Venda | 18-Mai-09 | Euronext Lisboa | 7.900 | 10.191 |
| Compra | 19-Mai-09 | Euronext Lisboa | 14.535 | 19.151 |
| Venda | 19-Mai-09 | Euronext Lisboa | 14.535 | 19.297 |
| Compra | 20-Mai-09 | Euronext Lisboa | 1.670 | 2.271 |
| Venda | 20-Mai-09 | Euronext Lisboa | 1.670 | 2.305 |
| Compra | 21-Mai-09 | Euronext Lisboa | 7.550 | 10.268 |
| Venda | 22-Mai-09 | Euronext Lisboa | 7.250 | 10.078 |
| Compra | 25-Mai-09 | Euronext Lisboa | 395 | 537 |
| Venda | 25-Mai-09 | Euronext Lisboa | 395 | 545 |
| Compra | 26-Mai-09 | Euronext Lisboa | 7.500 | 10.125 |
| Venda | 26-Mai-09 | Euronext Lisboa | 7.500 | 10.187 |
| Compra | 01-Jun-09 | Euronext Lisboa | 130 | 170 |
| Compra | 05-Jun-09 | Euronext Lisboa | 3.489 | 4.641 |
| Venda | 05-Jun-09 | Euronext Lisboa | 3.919 | 5.291 |
| Compra | 09-Jun-09 | Euronext Lisboa | 5.233 | 6.855 |
| Compra | 10-Jun-09 | Euronext Lisboa | 2.317 | 3.082 |
| Venda | 09-Jun-09 | Euronext Lisboa | 7.550 | 10.042 |
| Compra | 17-Jun-09 | Euronext Lisboa | 12.514 | 16.027 |
| Venda | 17-Jun-09 | Euronext Lisboa | 12.514 | 16.268 |
| Compra | 18-Jun-09 | Euronext Lisboa | 7.900 | 10.033 |
| Venda | 18-Jun-09 | Euronext Lisboa | 7.900 | 10.191 |
| Compra | 19-Jun-09 | Euronext Lisboa | 8.000 | 10.160 |
| Compra | 24-Jun-09 | Euronext Lisboa | 7.900 | 9.717 |
| Venda | 24-Jun-09 | Euronext Lisboa | 7.900 | 9.847 |
| Compra | 25-Jun-09 | Euronext Lisboa | 8.100 | 10.044 |
| Venda | 25-Jun-09 | Euronext Lisboa | 8.100 | 10.170 |
| Venda | 29-Jun-09 | Euronext Lisboa | 422 | 532 |
| Compra | 30-Jun-09 | Euronext Lisboa | 8.250 | 10.065 |
| Total em 30 de Junho de 2009: 15.828 acções detidas através do Banif – Banco de Investimento, SA |
Por outro lado, durante o período em apreciação, foi efectuada a seguinte transacção de acções próprias pela Banif - SGPS, SA, executadas na Euronext Lisboa (operação em bolsa):
| Total em 31 de Dezembro de 2008: 571.951 acções detidas directamente | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Tipo de Transacção | Data | Mercado | Quantidade | Valor (em EUR) | |||
| Compra | 26-Jan-09 | Euronext Lisboa | 250.000 | 285.000 | |||
| Total em 30 de Junho de 2009: 821.951 acções detidas directamente |
O total de acções próprias existente em 30 de Junho de 2009 era, assim, de 837.779 unidades.
Nos termos do art.º 9 n.º 1, al. c) do Regulamento n.º 5/2008 da CMVM, informa-se sobre os accionistas titulares de participações qualificadas, com referência ao final do 1.º semestre de 2009, de acordo com o artigo 20.º do CVM, em conformidade com os elementos existentes na sociedade:
SA, com sede na Rua da Corticeira, 34, 4536-902, Mozelos, pessoa colectiva n.º 504 220 160, e as 8.851 acções detidas por um membro do Conselho de Administração desta sociedade.
| PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS - IMPUTAÇÃO DE DIREITOS DE VOTO – ART.º 20.º CVM | % CAPITAL SOCIAL |
N.º DE ACÇÕES |
|---|---|---|
| Horácio da Silva Roque | ||
| - directamente | 0,312% | 1.090.740 |
| - através da RENTIPAR FINANCEIRA1 | 51,672% | 180.853.414 |
| 1 - através de membros do Conselho de Administração da RENTIPAR FINANCEIRA |
0,240% | 839.062 |
| - através da RENTICAPITAL 2 | 10,291% | 36.020.093 |
| 2 - através da VESTIBAN |
3,457% | 12.100.655 |
| - através da ESPAÇO DEZ 3 | 0,064% | 223.125 |
| - através da Fundação Horácio Roque | 0,666% | 2.330.199 |
| Total imputável | 66,702% | 233.457.288 |
| Instituto de Seguros de Portugal – Fundo de Garantia Automóvel | 2,544% | 8.906.095 |
| Jorge Sá | ||
| - directamente | 2,035% | 7.122.017 |
| - através da J. Sá & Filhos, Lda | 0,034% | 120.000 |
| - através da Oliveira, Freitas & Ferreira, Lda | 0,328% | 1.150.000 |
| Total imputável | 2,398% | 8.392.017 |
| Joaquim Ferreira de Amorim | ||
| - através da Evalesco SGPS, S.A. 4 | 2,300% | 8.049.113 |
| - através de membro do Conselho de Administração da Evalesco SGPS, S.A. | 0,002% | 8.851 |
| Total imputável | 2,302% | 8.057.964 |
Em conformidade com o disposto no art.º 9.º n.º 1, alínea a) do Regulamento n.º 5/2008 da CMVM, informa-se sobre o número de valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA e sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, detidos, adquiridos, onerados ou transmitidos por titulares dos órgãos sociais durante o período a que se refere o presente relatório.
- Não é titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.
- Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.
1 Sociedade detida maioritariamente pelo Senhor Comendador Horácio da Silva Roque
2 Sociedades dominadas pela RENTIPAR FINANCEIRA 3 Sociedade dominada por membro do Conselho de Administração da RENTIPAR FINANCEIRA 4 Senhor Joaquim Ferreira de Amorim detém 82,2% do capital social da Evalesco SGPS, S.A.
Pessoalmente, era titular de 618 acções da Banif - SGPS, S.A..
Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com elas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.
Detinha ainda 1 acção do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA, 1 acção do Banif Banco de Investimento (Brasil), SA e 1 acção da Banif Corretora de Valores e Câmbio, SA, (acções preferenciais e sem direito a voto).
| Transacções de valores mobiliários no 1.º semestre de 2009 (art.º 9.º, n.º 1, al. a) e 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008) | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Entidade Envolvida | Tipo Operação | Data | Unidades | Preço (€) | Montante (€) | Identificação do Valor Mobiliário |
| Rentipar Financeira | Compra | 29-05-2009 | 100.000 | 1,345 | 134.500,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| SGPS,S.A. | Compra | 02-06-2009 | 25.000 | 1,340 | 33.500,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | |
| Compra | 03-06-2009 | 75.000 | 1,333 | 100.000,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | ||
| Compra | 04-06-2009 | 50.000 | 1,335 | 66.750,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | ||
| Compra | 05-06-2009 | 10.000 | 1,335 | 13.350,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | ||
| Compra | 09-06-2009 | 50.000 | 1,310 | 65.500,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | ||
| Fundação Horácio | Compra | 07-01-2009 | 27.071 | 1,120 | 30.319,52 | Acções Banif – SGPS, S.A. | |
| Roque | Compra | 08-01-2009 | 20.328 | 1,1495 | 23.367,04 | Acções Banif – SGPS, S.A. | |
| Compra | 11-03-2009 | 202.000 | 1,0558 | 213.271,60 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
Era titular, ainda, de 1 acção do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA, 1 acção do Banif - Banco de Investimento (Brasil), SA e 1 acção da Banif – Corretora de Valores e Câmbio, SA (acções preferenciais sem direito a voto).
- Pessoalmente, era titular de 120 acções da Banif - SGPS, SA.
Era titular, ainda, de 1 acção do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA, 1 acção do Banif - Banco de Investimento (Brasil), SA e 1 acção da Banif – Corretora de Valores e Câmbio, SA (acções preferenciais sem direito a voto).
- Pessoalmente, era titular de 135.563 acções da Banif - SGPS, SA, de 37 Obrigações Banif SGPS, SA 2008/2011, com o valor unitário de € 1.000,00 e de 30 Obrigações Rentipar Financeira, SGPS, SA 2008/2012, no valor unitário de € 1.000,00.
| Transacções de valores mobiliários no 1.º semestre de 2009 (art.º 9.º, n.º 1, al. a) e 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008) |
|---|
| --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- |
| Entidade Envolvida | Tipo Operação | Data | Unidades | Preço (€) | Montante (€) | Identificação do Valor Mobiliário |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Dr. António Manuel | Compra | 14-01-2009 | 18.480 | 1,15 | 21.252,00 | Acções Banif – SGPS, S.A |
| Rocha Moreira | Compra | 03-02-2009 | 30 | 1.000,00 | 30.000,00 | Obrigações Rentipar Financeira, SGPS, SA 2008/2012 |
Era titular de 1 acção do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil) SA, de 1 acção do Banif Banco de Investimento (Brasil), SA, de 1 acção da Banif Corretora de Valores e Câmbio, SA, de 1 acção da Econofinance, SA (todas acções preferenciais sem direito a voto), bem como de 1 acção da Banif Nitor Asset Management SA e de 1 acção da Banif Private Equity, SA (ambas acções ordinárias com direito a voto).
Detinha ainda 40 acções Banif Finance FLI PERP
Transacções de valores mobiliários no 1.º semestre de 2009 (art.º 9.º, n.º 1, al. a) e 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008)
| Entidade Envolvida | Tipo Operação | Data | Unidades | Preço (€) | Montante (€) | Identificação do Valor Mobiliário |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Rentipar Financeira | Compra | 29-05-2009 | 100.000 | 1,345 | 134.500,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
| SGPS,S.A. | Compra | 02-06-2009 | 25.000 | 1,340 | 33.500,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
| Compra | 03-06-2009 | 75.000 | 1,333 | 100.000,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | |
| Compra | 04-06-2009 | 50.000 | 1,335 | 66.750,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | |
| Compra | 05-06-2009 | 10.000 | 1,335 | 13.350,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | |
| Compra | 09-06-2009 | 50.000 | 1,310 | 65.500,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | |
| Fundação Horácio | Compra | 07-01-2009 | 27.071 | 1,120 | 30.319,52 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
| Roque | Compra | 08-01-2009 | 20.328 | 1,1495 | 23.367,04 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
| Compra | 11-03-2009 | 202.000 | 1,0558 | 213.271,60 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
- Não é titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.
- Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.
Pessoalmente era titular de 186.000 acções da Banif - SGPS, SA.
A sociedade Quinta do Sourinho – Agricultura e Turismo, Lda, integralmente detida pelo próprio e pelas pessoas previstas nas alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais, era titular de 183.001 acções da Banif - SGPS, SA.
- Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.
- Não é titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.
- Não transaccionou, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo, no período em referência.
- Não é titular, directamente ou através de entidade(s) relacionada(s), de quaisquer valores mobiliários emitidos pela Banif - SGPS, SA (incluindo acções e/ou instrumentos financeiros com estas relacionados) e/ou por sociedades que com ela estejam em relação de domínio ou de grupo.
| Entidade Envolvida | Tipo Operação | Data | Unidades | Preço (€) | Montante (€) | Identificação do Valor Mobiliário |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Dr. José Lino Tranquada | Venda | 09-02-2009 | 4.500 | 1,18 | 5.310,00 | Acções Banif – SGPS, S.A |
| Gomes | Venda | 10-02-2009 | 4.500 | 1,19 | 5.355,00 | Acções Banif – SGPS, S.A |
| Compra | 13-03-2009 | 10.000 | 1,06 | 10.600,00 | Acções Banif – SGPS, S.A | |
| Venda | 06-05-2009 | 7.500 | 1,30 | 9.750,00 | Acções Banif – SGPS, S.A | |
| Venda | 06-05-2009 | 2.500 | 1,31 | 3.275,00 | Acções Banif – SGPS, S.A |
Transacções de valores mobiliários no 1.º semestre de 2009 (art.º 9.º, n.º 1, al. a) e 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008)
Em cumprimento do disposto nos n.º 6 e 7 do art.º 14.º do Regulamento da CMVM n.º 5/2008, segue a descrição das transacções realizadas no 1.º semestre de 2009, referentes a acções da Banif - SGPS, SA ou a instrumentos financeiros com elas relacionados, efectuadas pela Rentipar Financeira, SGPS, SA, 5 pelos seus dirigentes e pelas pessoas estreitamente relacionadas com aqueles. A referência é feita apenas aos dirigentes da Rentipar Financeira, SGPS, SA que não são comuns à Banif – SGPS, SA, uma vez que as acções/instrumentos relacionados transaccionados por estes estão divulgados no ponto imediatamente anterior.
5 Sociedade considerada em relação de domínio com a Banif – SGPS, SA, nos termos e para os efeitos do art.º 21.º do Código dos Valores Mobiliários.
| Entidade Envolvida | Tipo Operação | Data | Unidades | Preço (€) | Montante (€) | Identificação do Valor Mobiliário |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Rentipar Financeira | Compra | 29-05-2009 | 100.000 | 1,345 | 134.500,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
| SGPS,S.A. | Compra | 02-06-2009 | 25.000 | 1,340 | 33.500,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
| Compra | 03-06-2009 | 75.000 | 1,333 | 100.000,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | |
| Compra | 04-06-2009 | 50.000 | 1,335 | 66.750,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | |
| Compra | 05-06-2009 | 10.000 | 1,335 | 13.350,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. | |
| Compra | 09-06-2009 | 50.000 | 1,310 | 65.500,00 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
Transacções de acções ou instrumentos financeiros com elas relacionados (art.º 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008)
Pessoalmente, não efectuou transacções. Foram efectuadas transacções pela própria Rentipar Financeira, SGPS, SA, acima indicadas, e pela Fundação Horácio Roque, da qual é Vogal do Conselho de Administração.
| Transacções de acções ou instrumentos financeiros com elas relacionados (art.º 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008) | |
|---|---|
| Entidade Envolvida | Tipo Operação | Data | Unidades | Preço (€) | Montante (€) | Identificação do Valor Mobiliário |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Fundação Horácio | Compra | 07-01-2009 | 27.071 | 1,120 | 30.319,52 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
| Roque | Compra | 08-01-2009 | 20.328 | 1,1495 | 23.367,04 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
| Compra | 11-03-2009 | 202.000 | 1,0558 | 213.271,60 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
Pessoalmente, não efectuou transacções. Foram efectuadas transacções pela própria Rentipar Financeira, SGPS, SA, acima indicadas, e pela Fundação Horácio Roque, da qual é Vogal do Conselho Fiscal.
| Transacções de acções ou instrumentos financeiros com elas relacionados (art.º 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008) | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Entidade Envolvida | Tipo Operação | Data | Unidades | Preço (€) | Montante (€) | Identificação do Valor Mobiliário |
| Fundação Horácio | Compra | 07-01-2009 | 27.071 | 1,120 | 30.319,52 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Roque | Compra | 08-01-2009 | 20.328 | 1,1495 | 23.367,04 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
| Compra | 11-03-2009 | 202.000 | 1,0558 | 213.271,60 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
Pessoalmente, não efectuou transacções. Foram efectuadas transacções pela própria Rentipar Financeira, SGPS, SA, acima indicadas, e pela Fundação Horácio Roque, da qual é Vogal do Conselho de Administração.
| Transacções de acções ou instrumentos financeiros com elas relacionados (art.º 14.º, n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008) | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Entidade Envolvida | Tipo Operação | Data | Unidades | Preço (€) | Montante (€) | Identificação do Valor Mobiliário |
| Fundação Horácio | Compra | 07-01-2009 | 27.071 | 1,120 | 30.319,52 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Roque | Compra | 08-01-2009 | 20.328 | 1,1495 | 23.367,04 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
| Compra | 11-03-2009 | 202.000 | 1,0558 | 213.271,60 | Acções Banif – SGPS, S.A. |
Pessoalmente, não efectuou transacções. Foram efectuadas transacções pela própria Rentipar Financeira, SGPS, SA, acima indicadas.
A informação que segue, relativa à transparência da informação e à valorização dos activos, consubstancia o cumprimento do disposto na Carta-Circular n.º 46/08/DSBDR, de 15 de Julho de 2008, na Carta-Circular n.º 97/2008/DSB de 3 de Dezembro de 2008 e na Carta-Circular n.º 58/09/DSB de 5 de Agosto de 2009, do Banco de Portugal, sobre a "Adopção das recomendações do FSF e do CEBS relativas à transparência da informação e à valorização de activos".
1. Descrição do modelo de negócio (i.e., razões para o desenvolvimento das actividades/negócios e respectiva contribuição para o processo de criação de valor) e, se aplicável, das alterações efectuadas (por exemplo, em resultado do período de turbulência).
O modelo de negócio do Grupo encontra-se pormenorizadamente descrito na parte "II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009" do Relatório de Gestão.
2. Descrição das estratégias e objectivos (incluindo as estratégias e objectivos especificamente relacionados com a realização de operações de titularização e com produtos estruturados).
As estratégias e objectivos especificamente relacionados com a realização de operações de titularização e com produtos estruturados encontram-se descritos nas notas "18. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS" e "15. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS", respectivamente, do ponto "6 Anexo às Demonstrações Financeiras" consolidadas, da parte "VI DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS".
O tipo de actividades desenvolvidas, instrumentos e produtos/investimentos encontram-se pormenorizadamente descritos na parte "II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009" do Relatório de Gestão.
5. Descrição do objectivo e da amplitude do envolvimento da instituição (i.e. compromissos e obrigações assumidos), relativamente a cada actividade desenvolvida. Os objectivos e envolvimento da instituição relativamente a cada actividade desenvolvida
encontram-se descritos na parte "II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009" do Relatório de Gestão.
A natureza e amplitude dos riscos incorridos nas diversas actividades desenvolvidas e instrumentos utilizados pelo Grupo encontram-se pormenorizadamente descritos no ponto "2.3 Controlo dos Riscos de Actividade" da parte "II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009" do Relatório de Gestão.
7. Descrição das práticas de gestão de risco (incluindo, em particular, na actual conjuntura, o risco de liquidez) relevantes para as actividades, descrição de quaisquer fragilidades/fraquezas identificadas e das medidas correctivas adoptadas. As práticas de gestão de risco encontram-se pormenorizadamente descritas no ponto "2.3
Controlo dos Riscos de Actividade" da parte "II. ACTIVIDADE DO BANIF – GRUPO FINANCEIRO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009" do Relatório de Gestão.
Nos mapas seguintes são apresentados os valores registados em resultados (potenciais e realizados) e em reservas por tipo de produto definido, nomeadamente: commmercial mortgage-backed securities (CMBS), residential mortgage-backed securities (RMBS), colateralised debt obligations (CDO) e asset-backed securities (ABS), para os períodos em referência.
(valores em Euros)
| 30-06-2008 | 30-06-2009 | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Tipo Produto +/- Valia Potencial +/- Valia Realizada | Reservas | +/- Valia Potencial +/- Valia Realizada | Reservas | ||||
| ABS | -531.150 | -313.268 | -424.487 | -1.986.178 | 255.560 | -399.768 | |
| CDO | -1.319.618 | 123.250 | -172.250 | 0 | -4.007 | ||
| CLO | -2.505.167 | 34.200 | -68.400 | 297.964 | 0 | -212.638 | |
| CMBS | -322.751 | -7.864 | 1.360 | -2.066.233 | 0 | -7.055 | |
| RMBS | -56.750 | -31.641 | -154.247 | 432.895 | 0 | -11.751 | |
| Total | -4.735.435 | -195.323 | -645.775 | -3.493.802 | 255.560 | -635.219 |
As perdas no mercado americano de crédito hipotecário sub-prime foram o principal factor que despoletou a crise iniciada no Verão de 2007, a qual se traduziu num acentuado alargamento dos spreads e na redução generalizada da liquidez no mercado, com fortes perdas a fazerem-se sentir, em particular, nas estruturas complexas de activos. A aversão ao risco dos investidores cresceu substancialmente, manifestando-se em uma enorme relutância em transaccionar todo o tipo de instrumentos estruturados - o mercado tornou-se ilíquido -, fazendo aumentar a pressão sobre os respectivos preços de mercado. O colapso da Lehman Brothers em Setembro de 2008 veio agravar ainda mais a situação, despoletando uma crise ímpar no sector financeiro, com particular impacto na vertente de liquidez, traduzindo-se num contínuo agravamento dos spreads de crédito e níveis históricos de aversão ao risco por parte dos investidores, com especial impacto nos activos do sector financeiro e de maior complexidade, entre os quais, os produtos estruturados.
Ao nível do Grupo Banif, um dos principais impactos resultantes da turbulência sofrida nos mercados financeiros adveio, desta forma, do risco de mercado inerente às exposições em produtos estruturados, reavaliados integralmente marked-to-market até à primeira metade do ano, o que se reflectiu em fortes desvalorizações nesta classe de activos. A 30 de Junho de 2009, as menos-valias potenciais, incluindo reservas, correspondiam a cerca de €4,1 milhões. As mais-valias realizadas no semestre corresponderam a cerca de €256 mil.
Contudo, no último semestre, em particular a partir de Março, registou-se uma forte recuperação dos mercados de crédito, com os spreads a reduzirem-se substancialmente, atingindo níveis comparáveis ao registados anteriormente ao colapso da Lehman Brothers, mas com o segmento de crédito estruturado a apresentar sinais de recuperação ainda modestos.
A comparação dos impactos entre períodos (relevantes) está apresentada no ponto 9 deste Anexo. As rubricas de balanço e demonstração de resultados nas quais se reflectiram os referidos impactos do período de turbulência são os seguintes (em milhares de euros):
| 30-06-2009 | ||
|---|---|---|
| BALANÇO | Valor líquido | Valor líquido sem o impacto do período de turbulência |
| … | … | … |
| Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através | 579.107 | 582.345 |
| de resultados Activos financeiros disponíveis para venda |
164.094 | 164.729 |
| Activos por impostos diferidos | 31.206 | 31.374 |
| … | … 13.038.623 |
… 13.042.328 |
| Total do Activo | ||
Passivos por impostos diferidos |
6.476 |
7.334 |
| … | … | … |
| Total do Passivo | 12.186.895 | 12.187.753 |
| … | … | … |
| Reservas de reavaliação | (32.045) | (31.578) |
| Resultado do exercício … |
15.738 … |
18.118 … |
| Total do Capital | 851.728 | 854.922 |
| Total do Passivo + Capital | 13.038.623 | 13.042.328 |
| 30-06-2009 | ||
| DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS | Valor líquido | Valor líquido sem o impacto do período de turbulência |
| … | … | … |
| Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de | (18.393) | (15.155) |
| resultados … |
… | … |
| Resultado antes de impostos e de interesses minoritários | 32.106 | 35.344 |
| Impostos | (11.224) | (12.082) |
| Correntes | (10.116) | (10.116) |
| Diferidos | (1.108) 20.882 |
(1.966) 23.262 |
| Resultado após impostos e antes de interesses minoritários Da qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas |
- | - |
| Interesses minoritários | (5.144) | (5.144) |
| Resultado consolidado do exercício | 15.738 | 18.118 |
12. Decomposição dos "write-downs" entre montantes realizados e não realizados. Informação apresentada no ponto 9 deste Anexo.
Conforme já referido anteriormente neste Anexo e ao longo do Relatório de Gestão, o período de turbulência nos mercados financeiros, iniciado em 2007, traduziu-se numa crise generalizada dos mercados accionistas e obrigacionistas internacionais. Ao nível do sector financeiro, as preocupações com a qualidade e os riscos dos activos detidos pelas instituições, originou uma crise de liquidez que se traduziu num acréscimo dos spreads de crédito e, consequentemente, num aumento dos custos de funding, colocando dúvidas relativamente à capacidade destas instituições em dar continuidade aos seus planos de crescimento da actividade e nos ROE evidenciados nos últimos anos.
Esta conjuntura de extrema aversão ao risco, de crise de liquidez e de incerteza relativamente à capacidade de crescimento e de rendibilidade futura, levou a uma quebra muito acentuada das cotações de mercado das acções das instituições financeiras.
A cotação das acções da Banif-SGPS, SA acompanhou esta evolução do mercado, evidenciando uma maior volatilidade em períodos mais turbulentos, explicada pela menor dimensão da instituição, pela elevada concentração accionista e logo menor "free-float" e liquidez.
O facto de o Grupo ter numa estratégia de forte crescimento orgânico e em termos de quota de mercado contribuiu igualmente para essa maior volatilidade pontual, embora a quebra verificada na cotação das acções da Banif-SGPS se situar perto da média verificada no sector.
14. Divulgação do risco de perda máxima e descrição de como a situação da instituição poderá ser afectada pelo prolongamento ou agravamento do período de turbulência ou pela recuperação do mercado.
A 30 de Junho de 2009, a exposição a produtos estruturados do Grupo ascendia a cerca de €52 milhões em termos de valor de mercado, o que corresponde a menos de 1% do activo líquido consolidado do Grupo Banif e cerca de 6% dos capitais próprios. A mitigar este risco existe ainda uma compra de protecção (credit default swap) que cobre mais de metade do valor nominal da carteira de produtos estruturados, em que o risco de crédito é transferido para terceiros, e cujo montante outstanding ascende a cerca de €39 milhões – ver detalhes no ponto 17. Desta forma, o impacto sobre o Grupo é pouco significativo, mesmo admitindo o cenário extremo de perda total do valor dos activos, situação de probabilidade reduzida tendo por base os dados observáveis no mercado, nomeadamente as taxas de default e as taxas de recuperação para instrumentos comparáveis aos detidos em carteira.
A assinalar que durante o semestre houve uma redução efectiva da exposição do Grupo a este tipo de activos, em virtude de alguns títulos que estavam em carteira terem chegado ao vencimento, com o reembolso dos mesmos pelo valor nominal (não ocorrência de eventos negativos de crédito), num total de €13 milhões – ver ponto 19.
Tendo-se verificado que os produtos estruturados deixaram de ser um mercado activo com uma extrema falta de liquidez e face às alterações à IAS 39 emitidas pelo IASB em Outubro de 2008 – "Amendments to IAS 39 Financial Instruments: Recognition" – o banco de investimento procedeu à reclassificação da larga maioria dos produtos estruturados detidos para a carteira LaR (Loans and Receivables), tendo em consideração o objectivo de mantêlos em carteira a prazo (foreseeable future) e a qualidade creditícia dos mesmos, usufruindo de um tratamento contabilístico idêntico a uma carteira de crédito. Desta forma, houve uma alteração significativa em termos dos impactos desta carteira, sendo que o banco deixou de estar sujeito às flutuações de preço destes títulos, não sendo afectado em termos de risco de mercado, mas apenas em termos de risco de crédito, ou seja, na possibilidade de perdas devido a defaults ou imparidade nos títulos. Fazendo uma análise à qualidade creditícia da carteira – ver ponto 18, verifica-se que, a 30 de Junho de 2009, cerca de 87% da carteira de produtos estruturados do Grupo Banif era Investment Grade, tendo em consideração o rating médio das três principais agências internacionais: Moody´s, S&P e Fitch.
Não obstante o tratamento contabilístico, a alocação de capital à carteira de produtos estruturados tem sido realizada tendo por base os requisitos de capital prudenciais para cobertura de risco de crédito, específica para este tipo de activos, de acordo com as regras actuais de Basel II, o que constitui uma posição mais conservadora do que a alocação de capital tendo por base os requisitos de capital para cobertura do risco de mercado, e que se encontra em linha com as recomendações do FSF publicadas no relatório de Abril de 2008.
Apresenta-se uma análise das categorias de instrumentos financeiros reconhecidos ao justo valor nas demonstrações financeiras com referência a 30 de Junho de 2009 e respectivos métodos de valorização:
| Técnicas de avaliação | ||||
|---|---|---|---|---|
| Valor de mercado ou cotação |
Análise de mercado |
Outras | Total | |
| Passivos | ||||
| Passivos financeiros detidos para negociação | - | 58.102 | - | 58.102 |
| Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados | - | 238.681 | - | 238.681 |
Nos modelos de valorização internos dos instrumentos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados, as taxas de juro de mercado são apuradas com base em informação difundida pela Bloomberg. Os prazos até um ano são referentes às taxas de mercado do mercado monetário interbancário, enquanto que os prazos superiores a um ano são através das cotações dos swaps de taxa de juro. A curva de taxa de juro obtida é ainda ajustada contra os valores dos futuros de taxa de juro de curto prazo. As taxas de juro para os prazos específicos são determinadas por métodos de interpolação. As mesmas curvas de taxa de juro são ainda utilizadas na projecção dos fluxos de caixa não determinísticos como por exemplo os indexantes.
As alterações ao justo valor de "Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados" tiveram um impacto de 3.394 milhares de euros nos resultados do 1.º Semestre de 2009.
Detalhe do valor nominal (outstanding) e justo valor das posições "vivas" nos instrumentos acima identificados.
| 30-06-08 | 30-06-09 | ||||
|---|---|---|---|---|---|
| Tipo Produto | Valor Mercado Valor Nominal |
Valor Mercado | Valor Nominal | ||
| ABS | 35.738.260 | 38.301.144 | 23.421.971 | 26.489.738 | |
| CDO | 5.101.297 | 8.268.714 | 2.927.900 | 5.000.000 | |
| CLO | 17.197.149 | 21.537.428 | 13.742.633 | 21.830.056 | |
| CMBS | 6.692.112 | 7.166.976 | 5.056.834 | 7.076.415 | |
| RMBS | 8.132.171 | 8.610.689 | 7.171.836 | 6.943.936 | |
| Total | 72.860.990 | 83.884.950 | 52.321.174 | 67.340.145 |
O quadro seguinte apresenta o detalhe do credit default swap em que se efectuou uma compra de protecção para alguns instrumentos que compõem a carteira em análise.
| (valores em Euros) | |
|---|---|
| -------------------- | -- |
| 30-06-2009 | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Tipo Produto | CDS Outstanding | CDS +/- Valia | ||||
| ABS | 9.000.000 | 1.392.061 | ||||
| CDO | 2.000.000 | 806.704 | ||||
| CMBS | 3.749.532 | -61.019 | ||||
| RMBS | 4.000.000 | -114.538 | ||||
| CLO | 20.330.055 | 5.166.889 | ||||
| Grand Total | 39.079.587 | 7.190.097 |
A 30 de Junho de 2009, a exposição do Grupo a produtos estruturados ascendia a cerca de €52 milhões em termos de valor de mercado, com o segmento dos ABS, excluindo crédito hipotecário, a representar a principal fatia com um peso de cerca de 45%, diversificado por vários sectores, entre os quais crédito automóvel, cartões de crédito e dívidas fiscais de governos centrais, conforme se apresenta no quadro abaixo. Durante o semestre verificou-se o reembolso de seis títulos, em virtude de terem chegado ao vencimento, o que resultou numa diminuição do peso do segmento dos ABS na carteira total de produtos estruturados.
Dentro do segmento de crédito hipotecário, a exposição a CMBS (commercial mortgage backed securities) representava 10% e os RMBS (residential mortgage backed securities) 14%, não existindo qualquer exposição a crédito sub-prime nestes segmentos. Os restantes 32% da carteira de produtos estruturados encontravam-se distribuídos por CDOs e CLOs (colateralised debt and loans obligations), existindo nestes produtos uma exposição marginal a sub-prime.
Em termos de senioridade das posições detidas, por regra, o Grupo investe nas tranches mais seniores das operações. A 30 de Junho de 2009, o Grupo possuía apenas duas exposições correspondentes a first loss position num total de €1,4 milhões, com um peso total de 2.6% na carteira.
Durante este semestre continuou a assistir-se a um downgrade dos ratings dos produtos estruturados, em linha com o movimento generalizado de corte das notações de crédito pelas principais agências internacionais em todo o crédito, incluindo dívida pública, mas também em virtude de alterações nas metodologias utilizadas para a avaliação deste tipo de activos. Ainda assim, a 30 de Junho de 2009, cerca de 87% da carteira total de produtos estruturados do Grupo Banif era Investment Grade, sendo que cerca de 60% possuía rating superior ou igual a A- atribuído pelas principais agências de rating internacionais, Moody´s, S&P e Fitch (valor médio das notações) – ver quadro 18.2.
Todas as exposições foram adquiridas, maioritariamente no mercado primário, à excepção das posições detidas referentes às titularizações do Grupo Banif, como por exemplo a Azor Mortgage, que é anulada em termos de posição consolidada do Grupo Banif (é realizada a consolidação com as SPEs/ veículos de titularização). Em termos de anos de aquisição, a maioria da carteira foi adquirida em 2003 e 2004, anteriormente portanto ao pico registado no mercado de crédito, em particular, nos segmentos de produtos estruturados.
A carteira de produtos estruturados apresenta um perfil de investimento de médio prazo, com a WAL média (weighted average life; vida média) nos 3,9 anos, a 30 de Junho de 2009, para a qual contribui favoravelmente o peso significativo do segmento de ABS com prazos de vencimento dos títulos mais curtos (WAL média de 1,4 anos). Com efeito, tem-se assistido a uma redução natural da carteira de produtos estruturados do Grupo Banif decorrente dos vencimentos dos títulos, que no primeiro semestre atingiram os €13 milhões. A 30 de Junho de 2009, cerca de 25% da carteira possuía uma vida média residual inferior a um ano.
| Tipo de Produto/ | Valor Mercado | |
|---|---|---|
| Sector | Exposição (€) | Peso |
| ABS | 23.421.971 | 44,8% |
| Crédito Automóvel | 4.113.500 | 7,9% |
| Cartões de Crédito | 3.336.601 | 6,4% |
| Leasing | 1.949.766 | 3,7% |
| Credito PME | 3.553.150 | 6,8% |
| Recebíveis | 4.912.000 | 9,4% |
| Dívidas Fiscais | 1.619.087 | 3,1% |
| Outros | 3.937.868 | 7,5% |
| CDO | 2.927.900 | 5,6% |
| CLO | 13.742.633 | 26,3% |
| CMBS | 5.056.834 | 9,7% |
| RMBS | 7.171.836 | 13,7% |
| TOTAL | 52.321.174 | 100,0% |
Valores em euros
| Ratings | ABS | CDO | CLO | CMBS | RMBS | TOTAL | Peso |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| AAA | 4.912.000 | 4.912.000 | 9,4% | ||||
| AA+ | 1.224.615 | 1.224.615 | 2,3% | ||||
| AA | 1.433.850 | 1.433.850 | 2,7% | ||||
| AA- | 1.075.700 | 1.075.700 | 2,1% | ||||
| A+ | 3.013.500 | 539.180 | 4.033.400 | 7.586.080 | 14,5% | ||
| A | 3.367.482 | 5.330.000 | 4.517.654 | 13.215.136 | 25,3% | ||
| A- | 616.386 | 616.386 | 1,2% | ||||
| BBB+ | 4.591.287 | 2.304.600 | 838.121 | 7.734.008 | 14,8% | ||
| BBB | 4.543.034 | 1.307.400 | 1.807.600 | 7.658.034 | 14,6% | ||
| BB+ | 2.994.668 | 1.923.750 | 4.918.418 | 9,4% | |||
| BB | 326.447 | 326.447 | 0,6% | ||||
| B- | 1.545.500 | 1.545.500 | 3,0% | ||||
| NR | 75.000 | 75.000 | 0,1% | ||||
| TOTAL | 23.421.971 | 2.927.900 | 13.742.633 | 5.056.834 | 7.171.836 52.321.174 | 100% |
Valores em euros. Ratings médios das emissões, atribuídos pelas agências Moody´s, S&P e Fitch.
| Região / | ABS | CDO | CLO | CMBS | RMBS | TOTAL | Peso |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| País de Origem | |||||||
| Alemanha | 943.200 | 889.177 | 2.523.500 | 4.355.877 | 8,3% | ||
| EUA | 942.833 | 942.833 | 1,8% | ||||
| França | 2.749.035 | 2.749.035 | 5,3% | ||||
| Holanda | 3.013.500 | 879.442 | 3.892.942 | 7,4% | |||
| Itália | 1.949.766 | 1.949.766 | 3,7% | ||||
| Portugal | 1.619.087 | 1.619.087 | 3,1% | ||||
| Reino Unido | 5.365.601 | 4.648.336 | 10.013.936 | 19,1% | |||
| Rússia | 4.094.668 | 4.094.668 | 7,8% | ||||
| Europa Global | 4.912.000 | 1.307.400 | 12.799.800 | 539.180 | 19.558.380 | 37,4% | |
| Supranacional | 1.524.150 | 1.620.500 | 3.144.650 | 6,0% | |||
| TOTAL | 23.421.971 | 2.927.900 | 13.742.633 | 5.056.834 | 7.171.836 52.321.174 | 100,0% |
Valores em euros.
| Vintage | ABS | CDO | CLO | CMBS | RMBS | TOTAL | Peso |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 2003 | 7.925.500 | 7.925.500 | 15,1% | ||||
| 2004 | 6.905.453 | 2.852.900 | 3.325.683 | 3.288.215 | 4.648.336 | 21.020.587 | 40,2% |
| 2005 | 2.029.000 | 3.241.750 | 879.442 | 2.523.500 | 8.673.692 | 16,6% | |
| 2006 | 6.562.018 | 75.000 | 5.819.600 | 889.177 | 13.345.795 | 25,5% | |
| 2007 | 1.355.600 | 1.355.600 | 2,6% | ||||
| TOTAL | 23.421.971 | 2.927.900 | 13.742.633 | 5.056.834 | 7.171.836 52.321.174 | 100,0% |
Valores em euros. Vintage corresponde ao ano de emissão da estrutura
| 18.5- WAL | ||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Buckets | < 6 meses | 6m a 1 ano | 1 a 2 anos | 2 a 3 anos | 3 a 5 anos | >= 5 anos | TOTAL | WAL Média (anos) |
| ABS | 6.055.688 | 3.507.918 | 5.855.200 | 6.053.400 | 1.949.766 | 23.421.971 | 1,4 | |
| CDO | 1.545.500 | 1.382.400 | 2.927.900 | 9,5 | ||||
| CLO | 1.433.850 | 1.053.500 | 11.255.283 | 13.742.633 | 7,8 | |||
| CMBS | 539.180 | 879.442 | 3.638.212 | 5.056.834 | 3,4 | |||
| RMBS | 1.509.900 | 2.523.500 | 1.224.615 | 1.913.821 | 7.171.836 | 2,6 | ||
| TOTAL | 6.594.868 | 5.897.260 | 9.812.550 | 7.278.015 | 8.186.978 | 14.551.504 | 52.321.174 | 3,9 |
| Peso | 12,6% | 11,3% | 18,8% | 13,9% | 15,6% | 27,8% | 100,0% | -- |
Fonte: Bloomberg
19. Movimentos ocorridos nas exposições entre períodos relevantes de reporte e as razões subjacentes a essas variações (vendas, "write-downs", compras, etc.). Os movimentos ocorridos durante os períodos em referência foram os seguintes:
(valores em Euros)
| Tipo Produto | Tipo de Transacção | 30-06-08 | 30-06-09 |
|---|---|---|---|
| ABS | REEMBOLSO | 31.117.889 | |
| COMPRA | 11.817.178 | ||
| VENDA | 27.159.650 | ||
| CDO | VENDA | 2.507.500 | |
| CLO | COMPRA | 3.782.000 | |
| VENDA | 3.780.000 | ||
| CMBS | COMPRA | 6.832.840 | |
| VENDA | 6.829.340 | ||
| RMBS | COMPRA | 8.714.850 | |
| REEMBOLSO | 1.500.000 | ||
| VENDA | 7.258.185 |
No âmbito de exposição a Monoline Insurers, o Grupo tem apenas em carteira cerca de 6,3 milhões de euros de Notes Trade Invest Série 14 cujo activo subjacente é um portfolio sintético composto por diversas emitentes, incluindo a MBIA Insurance Corp. Estas Notes têm vencimento em 30/07/2010 e 50% do seu reembolso está condicionado à performance de crédito do referido portfolio baseado no conceito de first-to-default. Assim, caso uma das entidades entre em incumprimento, de acordo com as definições standard internacionais (contempladas na documentação ISDA), o título vence antecipadamente e o seu subscritor receberá o valor de mercado da dívida em incumprimento. Tendo em conta a estrutura de risco da emissão, o valor da exposição indirecta ao risco da MBIA Insurance Corp (ratings: CAA3/BBB) é de 50% do valor da exposição às notes ou seja, cerca de 3,2 milhões de euros.
A política de classificação de instrumentos financeiros está descrita na nota "3.9 instrumentos financeiros" do ponto "6 Anexo às Demonstrações Financeiras" consolidadas, da parte "IV DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS".
23. Consolidação das Special Purpose Entities (SPE) e de outros "veículos" e reconciliação destes com os produtos estruturados afectados pelo período de turbulência.
Os SPE e outros "veículos" incluídos no perímetro de consolidação estão discriminados na nota "4. EMPRESAS DO GRUPO" do ponto "6 Anexo às Demonstrações Financeiras" consolidadas, da parte "IV DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS". A exposição destas entidades a produtos estruturados afectados pelo período de turbulência está descrita no ponto 21 deste Anexo.
Os critérios de determinação do justo valor de instrumentos financeiros e restante informação solicitada estão descritos na nota "3.9 instrumentos financeiros" do ponto "6 Anexo às Demonstrações Financeiras" consolidadas, da parte "IV DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS".
Instrumentos financeiros reconhecidos ao justo valor nas demonstrações financeiras com referência a 30 de Junho de 2009 e respectivos métodos de valorização.
| Técnicas de avaliação | ||||
|---|---|---|---|---|
| Valor de mercado | Análise de | |||
| ou cotação | mercado | Outras | Total | |
| Activos | ||||
| Activos financeiros detidos para negociação | 63.700 | 222.271 | - | 285.971 |
| Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados | 232.043 | 61.093 | - | 293.136 |
| Activos financeios disponíveis para venda | 144.212 | - | 19.882 | 164.094 |
| Passivos | ||||
| Passivos financeiros detidos para negociação | - | 58.102 | - | 58.102 |
| Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados | - | 238.681 | - | 238.681 |
Os instrumentos de capital não cotados, reconhecido em Activos financeiros disponíveis para venda ao custo de aquisição, por não ser possível determinar valorizações fiáveis, encontram-se na coluna "outros".
Nos modelos de valorização internos dos instrumentos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados, as taxas de juro de mercado são apuradas com base em informação difundida pela Bloomberg. Os prazos até um ano são referentes às taxas de mercado do mercado monetário interbancário, enquanto que os prazos superiores a um ano são através das cotações dos swaps de taxa de juro. A curva de taxa de juro obtida é ainda ajustada contra os valores dos futuros de taxa de juro de curto prazo. As taxas de juro para os prazos específicos são determinadas por métodos de interpolação. As mesmas curvas de taxa de juro são ainda utilizadas na projecção dos fluxos de caixa não determinísticos como por exemplo os indexantes.
As políticas, princípios e procedimentos de divulgação de informação financeira encontramse descritos no ponto "III.12. Referência à existência de um Gabinete de Apoio ao Investidor ou a outro serviço similar" da parte "VII RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE" do "Relatório de Gestão e Contas de 2008" da Banif-SGPS, S.A.,
Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 246.º do Código dos Valores Mobiliários, cada um dos membros do Conselho de Administração, signatários do presente documento, infra identificados, declara, sob sua responsabilidade própria e individual, que, tanto quanto é do seu conhecimento, as demonstrações financeiras condensadas foram elaboradas em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Banif - SGPS, SA e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, a indicação dos acontecimentos importantes ocorridos no período a que se refere e o impacto nas respectivas demonstrações financeiras e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas para os seis meses seguintes.
Nos termos do n.º 3 do artigo 8.º do Código dos Valores Mobiliários declara-se ainda que a presente informação semestral não foi sujeita a auditoria ou a revisão limitada.
Lisboa, 31 de Agosto de 2009
Horácio da Silva Roque – Presidente
Joaquim Filipe Marques dos Santos - Vice-Presidente
Carlos David Duarte de Almeida – Vice-Presidente
António Manuel Rocha Moreira
Artur Manuel da Silva Fernandes
José Marques de Almeida
Diogo António Rodrigues da Silveira
Building tools?
Free accounts include 100 API calls/year for testing.
Have a question? We'll get back to you promptly.