Annual Report • Mar 20, 2008
Annual Report
Open in ViewerOpens in native device viewer
SONAE CAPITAL, SGPS, SA Lugar do Espido, Via Norte, Maia Capital Social: 250.000.000 Euros Matriculada na CRC da Maia Número único de matrícula e de pessoa colectiva 508 276 756 Sociedade Aberta
A Sonae Capital, SGPS, SA foi constituída no dia 14 de Dezembro de 2007, através do destaque da participação correspondente à totalidade do capital social e direitos de voto da sociedade anteriormente designada Sonae Capital, SGPS, SA (actual SC, SGPS, SA) detida pela Sonae, SGPS, SA, na modalidade de cisão simples conforme previsto na alínea a) do artigo 118º do Código das Sociedades Comerciais. No âmbito da operação de cisão, foram atribuídos aos accionistas da sociedade cindida 0,125 de uma acção da Sonae Capital, SGPS, SA por cada acção Sonae, SGPS, SA detida. As 250.000.000 acções representativas do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA foram admitidas à negociação na Euronext Lisbon no dia 28 de Janeiro de 2008.
Principais datas e acontecimentos no processo de autonomização e admissão à negociação na Euronext Lisbon:
8 de Novembro de 2007 Aprovação do projecto de cisão simples pelo Conselho de Administração da Sonae, SGPS, SA
14 de Novembro de 2007 Aprovação da operação de cisão nas Assembleias-Gerais de Accionistas e Obrigacionistas da Sonae, SGPS, SA
Inscrição definitiva na competente Conservatória do Registo Comercial da cisão simples da Sonae, SGPS, SA, e consequente constituição da nova sociedade comercial Sonae Capital, SGPS, SA
Eleição dos membros dos Órgãos Sociais da Sonae Capital, SGPS, SA (sociedade resultante da cisão) para o período 2007 a 2010
Nos termos do factor de atribuição estabelecido, e tendo por referência as participações qualificadas divulgadas pela Sonae, SGPS, SA, a estrutura accionista e imputação dos direitos de voto da Sonae Capital, SGPS, SA com referência a 31 de Dezembro de 2007 resumia-se a:
| Entidade | Número de acções | % Direitos de voto |
|---|---|---|
| Efanor Investimentos | 132.559.778 | 53,024% |
| Banco BPI | 22.254.982 | 8,902% |
| ABN AMRO | 8.764.713 | 3,506% |
| Deutsche Bank | 8.215.053 | 3,286% |
| Fundação Berardo | 6.231.189 | 2,492% |
| Free Float | 71.974.285 | 28,548% |
| Capital social | 250.000.000 | 100% |
À data deste relatório, as participações qualificadas de que temos conhecimento são as seguintes:
| Entidade | Número de acções imputáveis |
% Direitos de voto |
|---|---|---|
| Efanor Investimentos | 139.905.925 | 55,962% |
| Banco BPI | 22.589.704 | 9,036% |
| Total | 162.495.629 | 64,998% |
O processo de reestruturação levado a cabo no âmbito da operação de autonomização da Sonae Capital, SGPS, SA compreendeu a revisão do portfolio de negócios da sociedade, daí decorrendo a alteração do enfoque estratégico e de gestão das anteriores quatro áreas de negócio para duas sub-holdings distintas: Sonae Turismo, SGPS, SA e Spred, SGPS, SA.
A Sonae Turismo, SGPS, SA foi constituída em 1994 e integra o portfolio de negócios da Sonae Capital desde 2006, abarcando três áreas de negócio distintas:
serviços integrados (SPA, Catering e Eventos, Centro de Congressos, Food Court e parque de estacionamento) e a gestão de health clubs.
A Spred, SGPS, SA compreende negócios enquadráveis numa das três áreas seguintes:
Negócios detidos em joint venture com parceiros especializados e negócios detidos integralmente pela Sonae Capital, cujo desenvolvimento possa passar pelo estabelecimento de parcerias, capitalizando no conhecimento e networking de parceiros especializados que permitam um rápido crescimento e afirmação nos respectivos sectores de actividade;
Participações em empresas detidas numa lógica de investimento financeiro.
No âmbito do processo de autonomização, o ano de 2007 ficou marcado por uma intensa revisão do portfolio de negócios da então denominada Sonae Capital, SGPS, SA (actual SC, SGPS, SA), tendo em vista dotar a sociedade de condições que permitam um desenvolvimento sustentado. Assim, foi encetado um processo de focagem do seu portfolio de negócios e das suas equipas de gestão.
Neste processo de reconfiguração do portfolio, as principais alterações passaram por:
No dia 31 de Agosto de 2007, a Sonae Capital, SGPS, SA alienou a totalidade da participação que detinha na Isoroy Casteljaloux, SAS.
De acordo com o disposto no projecto de cisão simples da Sonae, SGPS, SA aprovado e, considerando que o registo definitivo da cisão simples na competente Conservatória do Registo Comercial se verificou antes do dia 31 de Dezembro de 2007, as operações da Sonae, SGPS, SA inerentes ao conjunto dos elementos patrimoniais transmitidos à Sonae Capital, SGPS, SA são consideradas, do ponto de vista contabilístico, como efectuadas por conta desta a partir do dia 2 de Outubro de 2007, inclusive.
De 2 de Outubro até à data deste relatório, foram comunicadas as seguintes transacções enquadráveis na revisão do portfolio de negócios da nova Sonae Capital:
As 250.000.000 de acções representativas do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA foram admitidas à negociação na Euronext Lisbon no dia 28 de Janeiro de 2008.
À data deste relatório, a cotação era de 1,51 euros, correspondente a uma valorização de 4,9% face à cotação de fecho no dia de admissão à negociação.
Atendendo a que a Sonae Capital, SGPS, SA foi constituída no âmbito da operação de cisão-simples da Sonae, SGPS, SA, não existem demonstrações financeiras consolidadas históricas relativas à empresa, por estar dispensada de as elaborar enquanto sociedade integralmente detida pela Sonae, SGPS, SA.
Assim, no sentido de assegurar a comparabilidade dos agregados financeiros, foram elaboradas demonstrações consolidadas pró-forma para os exercícios de 2006 e 2007, tendo por base um portfolio de negócios histórico equivalente ao actual portfolio de negócios da Sonae Capital, SGPS, SA.
Atendendo a que, à data deste relatório, havia já sido comunicada a venda da totalidade da participação detida pela Sonae Capital, SGPS, SA no capital social da Contacto – Sociedade de Construções, SA, as demonstrações financeiras associadas a esta empresa são destacadas como operações descontinuadas contribuindo para o total de operações do exercício.
Do exposto resulta que a análise das demonstrações financeiras consolidadas incluída neste relatório se reporta às operações continuadas no âmbito do exercício pró-forma realizado.
O volume de negócios consolidado relativo às operações continuadas alcançou os 197,3 milhões de euros, representando um aumento de 19% face ao ano anterior.
O aumento de 25,5 milhões de euros observado no contributo da Sonae Turismo reflecte essencialmente:
O contributo da Spred aumentou 5,7 milhões de euros, destacando-se o crescimento de 7,8 milhões de euros no contributo do Grupo Selfrio. No crescimento ocorrido destacam-se os negócios de refrigeração e ar condicionado.
O contributo da Box Lines evoluiu em sentido contrário, diminuindo 4,5 milhões de euros, fruto da diminuição nas receitas decorrentes do negócio internacional, por internalização, em alguns clientes, de alguns serviços prestados.
| Cash-Flow Operacional (EBITDA)1 | 2007 | 2006 | ∆ |
|---|---|---|---|
| Turismo | 2,5 | (5,4) | - |
| Spred | 7,9 | 7,5 | -5,5% |
| Holding e Outras | (1,3) | (0,1) | >-100% |
| Eliminações e Ajustamentos | 0,0 | (1,8) | - |
| Operações continuadas | 9,1 | 0,2 | >100% |
| Operações descontinuadas | 5,8 | 7,7 | -24,8% |
| Total de operações | 14,9 | 8,0 | +87,3% |
| Unidade: 10^6 Euros |
O cash-flow operacional (EBITDA) consolidado relativo às operações continuadas aumentou 8,9 milhões de euros, totalizando 9,1 milhões de euros no ano.
A variação mais significativa ao nível dos contributos observou-se na Sonae Turismo, que inverteu o sentido do seu contributo de 5,4 milhões de euros negativos em 2006 para 2,5 milhões de euros positivos em 2007. Este crescimento decorreu da melhoria no desempenho operacional dos negócios de Fitness e Hotelaria (+6 milhões de euros), da concretização da venda de apartamentos City Flats (+2,4 milhões de euros) e da venda de um lote de terreno na Quinta das Sedas (+3,0 milhões de euros). Este aumento foi parcialmente compensado pelo impacto do encerramento dos hotéis em Tróia no âmbito dos trabalhos de remodelação em curso.
Os contributos dos restantes negócios sofreram variações marginais face aos do ano anterior.
| Resultados Operacionais (EBIT) | 2007 | 2006 | ∆ |
|---|---|---|---|
| Turismo | (4,2) | (12,6) | +66,9% |
| Spred | 7,1 | 6,2 | +14,0% |
| Holding e Outras | (1,4) | (0,1) | >-100% |
| Eliminações e Ajustamentos | 0,1 | (1,8) | - |
| Operações continuadas | 1,6 | (8,3) | - |
| Operações descontinuadas | 6,1 | 9,5 | -35,6% |
| Total de operações | 7,8 | 1,2 | >100% |
| Unidade: 10^6 Euros |
Os resultados operacionais (EBIT) consolidados relativos às operações continuadas aumentaram 9,9 milhões de euros, totalizando 1,6 milhões de euros no ano.
1 Cash-Flow Operacional (EBITDA) = Resultados Operacionais (EBIT) + Amortizações e Depreciações + Provisões e Perdas por Imparidade – Reversão de Perdas por Imparidade e Provisões (incluídas em Outros Proveitos Operacionais).
As variações registadas ao nível dos contributos seguiram o mesmo sentido e apresentaram valores idênticos aos das variações nos contributos para o EBITDA consolidado.
Os resultados financeiros consolidados relativos às operações continuadas foram negativos em 10 milhões de euros, comparativamente com 2 milhões de euros negativos em 2006. Este agravamento traduz o maior peso dos juros suportados decorrente do aumento no nível médio de endividamento que esteve associado ao maior esforço de investimento no ano, particularmente na esfera de negócios da Sonae Turismo.
Os resultados relativos a investimentos relativos às operações continuadas ascenderam a 12,1 milhões de euros e incluem 9,8 milhões de euros de resultado decorrente da venda da participação remanescente de 7,84% na ba Vidro (em duas tranches de 3,92%) e 2,5 milhões de euros relativos à alienação de 75% da participação na Cinclus. Em 2006, os resultados relativos a investimentos reflectiam a mais-valia obtida na venda de uma participação adicional de 3,92% na ba Vidro.
| Resultado Líquido | 2007 | 2006 | ∆ |
|---|---|---|---|
| Turismo | (15,3) | (26,6) | +42,5% |
| Spred | 4,0 | 3,7 | >100% |
| Holding e Outras | 17,5 | 16,5 | - |
| Eliminações e Ajustamentos | 3,2 | 3,1 | >-100% |
| Operações continuadas | 9,4 | (3,3) | - |
| Operações descontinuadas | 6,4 | 8,4 | -23,2% |
| Total de operações | 15,8 | 5,0 | >100% |
Unidade: 10^6 Euros
O resultado líquido consolidado relativo às operações continuadas foi positivo em 9,4 milhões de euros, o que compara com 3,3 milhões de euros de prejuízo no ano anterior. As melhorias observadas ao nível do desempenho operacional, a par do contributo dos resultados relativos a investimentos, compensaram o aumento no serviço da dívida e decorrente decréscimo nos resultados financeiros.
| Total do Activo | 2007 | 2006 | ∆ | |
|---|---|---|---|---|
| Turismo | 536,0 | 433,5 | +23,7% | |
| Spred | 198,3 | 93,9 | >100% | |
| Holding e Outras* | 445,1 | 309,2 | +44,0% | |
| Eliminações e Ajustamentos* | (383,6) | (149,6) | <100% | |
| Operações continuadas | 795,8 | 687,0 | +15,8% | |
| Operações descontinuadas | 21,4 | 24,6 | -12,9% | |
| Total de operações | 817,2 | 711,6 | +14,8% | |
| Unidade: 10^6 Euros |
* O contributo do segmento Holding e Outras inclui fluxos intragrupo relativos a empréstimos concedidos a subsidiárias, que ascenderam a 221,7 milhões de euros em 2007 e 137,7 milhões de euros em 2006, e que estão incluídos na rubrica Eliminações e Ajustamentos.
O total do activo consolidado relativo às operações continuadas foi de 795,8 milhões de euros, um crescimento de 15,8% face a 31 de Dezembro de 2006.
O aumento de 108,8 milhões de euros no contributo das operações continuadas decorre de: investimento realizado na Península de Tróia, nomeadamente na remodelação dos aparthóteis, na construção da Marina e aquisição dos ferry boats que assegurarão a travessia do Sado; expansão e remodelação dos health clubs; intervenções realizadas no Pólo da Boavista, onde está integrado o Hotel Porto Palácio; e progresso na construção dos projectos imobiliários em desenvolvimento (Tróia, City Flats e Efanor).
| Endividamento Líquido2 | 2007 | 2006 | ∆ |
|---|---|---|---|
| Turismo | 103,8 | 125,5 | -17,3% |
| Spred | 40,1 | 0,8 | >100% |
| Holding e Outras | 28,3 | 57,2 | -50,5% |
| Eliminações e Ajustamentos | 0,0 | (1,2) | - |
| Operações continuadas | 172,2 | 182,3 | -5,5% |
| Operações descontinuadas | (0,4) | (0,2) | -93,4% |
| Total de operações | 171,9 | 182,1 | -5,6% |
Unidade: 10^6 Euros
O endividamento líquido2 consolidado relativo às operações continuadas ascendeu a 172,2 milhões de euros, com referência a 31 de Dezembro de 2007. O valor homólogo do ano anterior inclui 64,2 milhões de euros relativos a empréstimos da Sonae SGPS (que figuram no contributo da Holding e Outras), que foram liquidados antes do final de 2007.
2 Endividamento Líquido = Empréstimos Não Correntes + Empréstimos Correntes – Caixa e Equivalentes de Caixa – Investimentos Correntes + Empréstimos Accionistas (Sonae SGPS).
A diminuição de 21,7 milhões de euros no contributo da Sonae Turismo decorre, essencialmente, do efeito positivo no fundo de maneio dos recebimentos de parcelas do preço de venda de activos na península de Tróia.
O aumento de 39,3 milhões de euros no contributo da Spred reflecte, essencialmente, o financiamento da aquisição dos ferry boats que assegurarão a travessia para Tróia e o financiamento da aquisição de uma participação na área da corretagem de seguros, este último integralmente pago em Janeiro e Fevereiro de 2008.
O rácio de gearing3 relativo às operações continuadas foi de 48,1%, comparativamente com 72,4% em 2006. O rácio de cobertura de juros4 foi de 0,6 vezes, que compara com 0,03 vezes no final de 2006, uma subida que se deve ao aumento nos juros suportados que decorreu do maior nível de dívida bancária.
3 Rácio de Gearing = Endividamento Líquido / Capitais Próprios.
4 Rácio de Cobertura de Juros = EBITDA / Juros Líquidos Suportados.
Em 2007, a Economia Mundial continuou a expandir-se de forma robusta, se bem que tenha registado um abrandamento, sendo notória uma partição mais uniforme entre os principais blocos económicos mundiais. De acordo com as previsões mais recentes do FMI, o crescimento do PIB mundial em 2007 deverá cifrar-se em 4,9% (0,1 p.p. abaixo do máximo de 5,0% observado em 2006), sendo que nas economias desenvolvidas a actividade deverá abrandar para 2,6% (3,0% em 2006), enquanto nas restantes o ritmo de expansão da actividade manter-se-á robusto nos 7,8%. Se em 2007, o crescimento económico global ficou a dever-se aos países como China, Índia, Rússia e Brasil, no ano de 2008 será ainda mais evidente o papel fundamental destas economias para a sustentação do crescimento mundial.
Para 2008, as projecções para o crescimento do PIB mundial das organizações económicas internacionais foram revistas em baixa (FMI prevê um crescimento de 4,1% para 2008), o que comprova que a economia mundial entrará num período de crescimento mais moderado. São sobejamente conhecidos os factores que estão na base do agravamento do cenário de crescimento: para além da significativa correcção de preços do mercado imobiliário dos EUA e dos problemas no mercado de crédito subprime que estão a afectar a estabilidade do sistema financeiro global, acresce o clima de crise nos mercados financeiros, sendo a queda das bolsas desde o início do ano o mais recente sinal de incerteza e o reflexo do sentimento de apreensão vivido pela generalidade dos agentes económicos. Em conjunto com a alta prolongada dos preços da energia e dos bens alimentares, a deterioração do sistema financeiro terá repercussões negativas sobre a procura global, com particular incidência nos países mais desenvolvidos. Ainda assim, o crescimento da economia mundial deverá ficar distante dos patamares recessivos, com o PIB mundial a crescer acima da média dos últimos anos, essencialmente suportado pelo vigor das economias emergentes, conforme salienta o FMI na sua última edição do World Economic Outlook.
Nos Estados Unidos, o ano de 2007 ficou marcado pelo aprofundamento da crise no mercado imobiliário – uma crise iniciada em 2005, cujas primeiras manifestações haviam residido na identificação de um excesso de oferta e de um nível de preços demasiado elevado.
As consequências mais imediatas observaram-se, para além da queda do preço dos activos, num decréscimo do investimento residencial que, depois de uma queda da ordem dos 5% em 2006, caiu mais de 17% em 2007. O receio mais elevado, de que esta crise se reflectisse numa aterragem violenta do crescimento do consumo privado e, com ele, de todo o crescimento económico, não se confirmou ainda em 2007: o consumo privado cresceu 2,9% (apenas ligeiramente abaixo dos 3,1% observados em 2006) e o PIB cresceu 2,2% (aqui já consideravelmente abaixo dos 2,9% observados em 2006, em resultado da passagem da taxa de crescimento do investimento para terreno negativo). Reflectindo a força do consumo privado, o investimento privado empresarial cresceu ainda 4,7%, um valor aceitável, depois dos 6,6% registados em 2006.
Os indicadores económicos prospectivos têm vindo a degradar-se acentuadamente e, mesmo que não se concretize uma recessão, a economia norte-americana atravessará um período de expansão significativamente inferior à tendência histórica. As previsões para 2008 do FMI apontam para um crescimento do PIB para 1,5% (1,9% anteriormente). Espera-se que as medidas de estímulo económico entretanto anunciadas contribuam para a reanimação da economia, com efeitos mais notórios no segundo semestre do ano. A Reserva Federal desceu a sua taxa de referência em 175 p.b. (de 5,25% para 3,5%) e a Administração anunciou um programa de incentivo fiscal, sob forma de redução da carga fiscal e apoio ao rendimento disponível das famílias (USD 150 mil milhões, o equivalente a 1% do PIB).
Contrariando as expectativas, a Economia da Zona Euro terminou o ano de 2007 sem se deixar contagiar pela turbulência dos mercados financeiros e pelo abrandamento da economia dos Estados Unidos. As consequências foram, até ao momento, muito limitadas.
O PIB cresceu, em 2007, 2,6%, apenas ligeiramente abaixo dos 2,9% registados em 2006 e bem acima da taxa de crescimento do PIB potencial, estimada em 2%. A desaceleração deve-se a um pequeno decréscimo da taxa de crescimento do consumo privado e a um decréscimo considerável da taxa de crescimento do investimento em habitação (mantendo-se, ainda assim, em terreno positivo), com o investimento público e sobretudo o investimento privado empresarial a crescerem a taxas da ordem dos 5%. Apesar da apreciação da taxa de câmbio do Euro, que, no final do ano, observou máximos históricos já muito próximos de 1,5 USD por Euro, as exportações líquidas continuaram a crescer a bom ritmo, acrescentando 0,4 pontos à taxa de crescimento do PIB.
Em 2008, a expansão deverá regressar à tendência histórica em torno dos 2%, com o abrandamento a ser sentido sobretudo na primeira metade do ano. O enfraquecimento da economia mundial, o impacto acumulado do aumento das taxas de referência do BCE e as condições globais mais restritivas na sequência da crise do segmento do crédito subprime nos EUA justificarão este comportamento. Para além das exportações, que deverão abrandar, o investimento deverá também registar alguma moderação. Espera-se que o consumo privado cresça em linha com a evolução do rendimento disponível, reflectindo as melhorias verificadas no mercado de trabalho e nas remunerações reais. Paralelamente, a evolução do euro, dos preços do petróleo e bens alimentares, o comportamento dos mercados de capitais e das instituições financeiras pós crise subprime são também variáveis fundamentais para determinar o curso da actividade económica da Zona Euro em 2008. Em suma o cenário é de abrandamento cíclico moderado.
Ainda que timidamente, a recuperação da Economia Portuguesa continuou a afirmar-se em 2007, superando as previsões traçadas há um ano atrás: com o crescimento do PIB em cerca de 1,8%, 0,2 p.p. acima da média das projecções.
Pela positiva destaca-se a evolução das contas públicas, com o défice público a apresentar um valor inferior a 3% do PIB, com parte da recuperação a ser assegurada pela redução do peso da despesa no PIB (um resultado conseguido pela primeira vez nas últimas quatro décadas) e a parte restante pelo aumento do peso da receita. Destaque também para a procura externa, cujo contributo para o crescimento económico se reforçou. As exportações cresceram confortavelmente, e continuaram a ser o motor do crescimento económico (taxa de crescimento de mais de 6% em 2007), começando o seu efeito a sentir-se também no investimento privado (com variação positiva em 2007) e as importações mantiveram-se contidas dada a fragilidade da procura interna. A despesa das famílias manteve uma evolução muito contida (com o consumo privado a crescer cerca de 1%), reflexo do contexto particularmente adverso: taxas de juro e níveis de endividamento elevados, desemprego em máximos históricos. A crescer ligeiramente abaixo dos 2%, o PIB teve ainda de acomodar um decréscimo do consumo público na ordem de 1%.
Para 2008, espera-se que a procura interna continue a reforçar o seu contributo para o crescimento económico, graças à recuperação do investimento. O consumo privado deverá continuar a evoluir em linha com o rendimento disponível e a despesa pública continuará contida tendo em vista a manutenção da trajectória de redução do défice. Apesar de se manterem como a componente mais dinâmica da procura global, prevê-se uma desaceleração das exportações. Quanto ao emprego é esperado um crescimento de 0,5% em 2008, cerca de 0,3 p.p. superior ao verificado em 2007, acompanhando a recuperação moderada da actividade económica. As necessidades de financiamento externo da economia portuguesa deverão reduzir-se de 8,2% em 2007 para 7,3% em 2008, sendo que este é o momento ideal para se efectuarem as reformas necessárias para garantir uma maior consolidação das contas públicas.
O desafio para 2008, reside na consolidação destes progressos, não obstante se enfrentar um enquadramento externo, económico e financeiro mais exigente, reflexo do elevado nível de incerteza e instabilidade que actualmente se vive.
A área de negócio de Resorts Turísticos tem como principal referência o empreendimento turístico Troiaresort, projecto que está em curso e que é composto por diversas unidades de gestão territoriais.
O projecto desenvolve-se no extremo Norte da Península de Tróia, englobando uma área de 486 hectares de terreno e 380 mil m2 de área de construção. Os projectos a desenvolver repartem-se entre apartamentos turísticos e moradias, equipamentos hoteleiros, uma marina, um campo de golfe e espaços comerciais.
A área correspondente à Promoção de Empreendimentos Residenciais consiste no desenvolvimento de projectos imobiliários de referência destinados a um mercado alto e médio/alto. Os projectos residenciais actualmente em curso no âmbito desta área de negócio são o edifício City Flats localizado na Quinta das Sedas e o empreendimento Efanor, ambos em Matosinhos.
O edifício City Flats é composto por dois blocos de 106 apartamentos cada, com uma área média de 50 m2 , tendo sido concluída a construção em Julho de 2007. O projecto Efanor compreende a construção de um condomínio residencial de luxo para mais de 2.000 pessoas (cerca de 700 apartamentos), ocupando uma área total de 12 hectares e uma área total de venda de cerca de 100.000 m2 .
Os projectos da Península de Tróia, encontram-se actualmente em fase de execução, com especial ênfase para os seguintes projectos integrados nos núcleos de desenvolvimento designados por Unidades Operativas 1 e 2:
Apartamentos da Praia com uma área total de venda de 28.000 m2 num total de 211 apartamentos turísticos, abrangendo tipologias que variam entre T0 e T3. A construção foi iniciada em Outubro de 2006, estando prevista a sua conclusão para o Verão de 2008.
| Apartamentos da Praia | # | Área média por apartamento* (m2 ) |
Preço médio de venda (€/m2) |
|---|---|---|---|
| CPCV5 celebrados |
92 | 126,9 | 4.004 |
| Em comercialização | 119 | 137,2 | 4.033 |
| Total | 211 | 132,7 | 4.014 |
*Inclui área de habitação e áreas de varandas e terraços. (Informação reportada a 29 de Fevereiro de 2008)
Apartamentos da Marina com uma área total de venda de 6.570 m2 distribuída por 78 apartamentos turísticos, com tipologias T1 e T2, e uma área de 1.768 m2 no r/c, destinada a comércio e restaurantes. A conclusão da construção está prevista para o início do Verão de 2008.
| Apartamentos da Marina | # | Área média por apartamento* (m2 ) |
Preço médio de venda (€/m2) |
|---|---|---|---|
| CPCV5 celebrados |
47 | 84,0 | 3.833 |
| Em comercialização | 31 | 85,4 | 4.464 |
| Total | 78 | 84,6 | 4.086 |
* Inclui área de habitação e áreas de varandas e terraços.
(Informação reportada a 29 de Fevereiro de 2008)
5 CPCV = Contratos Promessa de Compra e Venda.
| Lotes Moradias Praia e Golfe |
# | ABC6 (m2) |
Preço médio de venda (€/m2 ABC6) |
Área média por Lote (m2 ) |
Preço médio de venda (€/m2 Lote) |
|---|---|---|---|---|---|
| CPCV7 celebrados |
19 | 343,8 | 3.436 | 2.093 | 564 |
| Em comercialização | 77 | 343,8 | 2.951 | 1.804 | 562 |
| Total | 96 | 343,8 | 3.047 | 1.861 | 563 |
(Informação reportada a 29 de Fevereiro de 2008)
A estratégia de comercialização do Troiaresort tem permitido a subida sustentada dos preços de venda acompanhando o grau de execução da obra.
Encontra-se já em fase de construção o projecto das Moradias Turísticas da Praia, constituído por 90 unidades T2, com área total de venda de 14.400 m2 . A conclusão da obra de construção está prevista para Março de 2009 e a comercialização terá início no último trimestre de 2008.
Para além dos eventos supra mencionados, refira-se ainda:
6 ABC = Área Bruta de Construção.
7 CPCV = Contratos Promessa de Compra e Venda.
O investimento total previsto para o projecto Troiaresort ascende a 403 milhões de euros, estando 83 milhões de euros já realizados com referência a 31 de Dezembro de 2007. A essa data, o investimento em questão decompunha-se como segue:
| Investimento | ||
|---|---|---|
| Previsto | Realizado | |
| Projectos residenciais em comercialização | 80 | 30 |
| Projectos residenciais a desenvolver | 182 | 12 |
| Outros projectos exploração | ||
| (trabalhos nos aparthotéis da Península de | ||
| Tróia, marina e parques de estacionamento) | 74 | 19 |
| Infraestruturas | ||
| (gerais e específicas das UNOP8 s e custo de |
||
| licenciamentos associados aos Planos de |
||
| Pormenor) | 67 | 22 |
| Total | 403 | 83 |
Empreendimento Efanor
O ano de 2007 marcou a conclusão das obras de requalificação urbanística e paisagística, tendo o empreendimento conseguido a obtenção do Certificado Ambiental segundo a Norma ISO 14001: 2004, atribuído pelo Bureau Veritas.
Também em 2007 foram desenvolvidos os projectos para o primeiro edifício, o Edifício Delfim Pereira da Costa, que terá tipologias T3, T4, T5 e T6 numa área total de venda de 11.162 m2 , cuja construção se iniciou em Fevereiro de 2008. O preço médio por m2 nesta fase é de 2.640 euros e a comercialização terá início no mês de Março. Foram igualmente iniciados os projectos para o segundo edifício e iniciaram-se as obras para a reconversão do antigo edifício social com o objectivo de aí instalar o Colégio Efanor.
City Flats/City Lofts
Estando concluída a obra de construção dos edifícios dos City Flats/City Lofts, os apartamentos começaram a ser ocupados pelos seus proprietários, prosseguindo a venda das unidades ainda disponíveis. Dada a excelente localização e características dos apartamentos há um elevado número de pedidos para arrendamento o que tem dado origem à celebração de alguns contratos desse tipo.
8 UNOP = Unidade Operativa de Planeamento e Gestão.
| City Flats (Quinta das Sedas – Edifício 1) |
# | Área média por apartamento** (m2) |
Preço médio de venda (€/m2) |
|---|---|---|---|
| Apartamentos vendidos* (escrituras e CPCV9 ) |
87 | 49,7 | 2.018 |
| Em comercialização | 19 | 52,7 | 2.052 |
| Total | 106 | 50,3 | 2.025 |
*Do total apresentado, 81 apartamentos estão já escriturados.
**Inclui área de habitação e áreas de varandas e terraços.
(Informação reportada a 29 de Fevereiro de 2008)
| City Lofts (Quinta das Sedas – Edifício 2) |
# | Área média por apartamento** (m2 ) |
Preço médio de venda (€/m2) |
|---|---|---|---|
| Apartamentos vendidos* (escrituras e CPCV9 ) |
2 | 41,4 | 2.239 |
| Arrendamentos | 8 | 45,2 | - |
| Em comercialização | 96 | 54,4 | 2.047 |
| Total | 106 | 53,5 | 2.049 |
* Do total apresentado, 1 apartamento está já escriturado. **Inclui área de habitação e áreas de varandas e terraços. (Informação reportada a 29 de Fevereiro de 2008)
| 2007 | 2006 | ∆ | |
|---|---|---|---|
| Volume de Negócios | 7,5 | 0,0 | - |
| Cash-Flow Operacional (EBITDA) | (8,1) | (4,8) | -68,7% |
| Resultados Operacionais (EBIT) | (8,3) | (4,9) | -69,4% |
Unidade: 10^6 Euros
O crescimento de 7,5 milhões de euros no volume de negócios consolidado reflecte, fundamentalmente, as vendas de apartamentos City Flats ocorridas no ano de 2007.
O Verão de 2008 será marcado pelo lançamento da plataforma turística correspondente à UNOP10 1 do projecto Troiaresort, destacando-se: a conclusão da requalificação urbanística e paisagística; a conclusão dos trabalhos de construção associados aos apartamentos da Praia, Marina e Edifício Central e respectivas áreas comerciais; a reabertura dos aparthotéis Aqualuz Tróia Mar, Tróia Rio e Tróia Lagoa e; a abertura da marina de Tróia.
9 CPCV = Contratos Promessa de Compra e Venda.
10 UNOP = Unidade Operativa de Planeamento e Gestão.
No ano de 2008 o desempenho financeiro será positivamente impactado pela materialização dos proveitos decorrentes da concretização das vendas de apartamentos.
A área de Gestão de Activos Imobiliários é responsável pela gestão dos terrenos e edifícios da Sonae Turismo detendo competências relacionadas com a gestão da propriedade, procurement, comercialização, gestão de projectos, gestão técnica de edifícios e gestão de condomínios.
Os activos detidos repartem-se entre:
Imóveis em exploração pela Sonae Turismo (designadamente os Edifícios do Pólo da Boavista no Porto, com 10.322 m2 , junto ao Hotel Porto Palácio);
Imóveis com projectos em desenvolvimento:
Em fase de projecto e licenciamento, dos quais se destaca o projecto habitacional Quarteirão Duque de Loulé em Lisboa com 10.298 m2 de área bruta de construção acima do solo, o loteamento habitacional no terreno da antiga Fábrica do Cobre no Porto com 45.019 m2 de área bruta de construção acima do solo, um edifício de habitação e comércio em Lagos (Projecto Baluarte) com 3.815 m2 de área bruta de construção acima do solo e o empreendimento residencial na Maia com 42.549 m2 de área bruta de construção acima do solo;
Em fase de obras, principalmente o Parque de Negócios da Maia, detido através do Fundo de Investimento Imobiliário Imosede, com 131.121 m2 de área bruta de construção acima do solo.
Imóveis arrendados e em comercialização (loteamentos, habitação, escritórios, estabelecimentos comerciais, pavilhões industriais e parques de estacionamento);
Terrenos diversos com possibilidade de, no futuro, se efectuar o desenvolvimento de projectos ou a sua alienação.
Destaque, no ano, para a avaliação independente, efectuada pela Cushman & Wakefield com referência a 30 de Setembro de 2007, dos activos imobiliários da Sonae Capital excluindo Tróia, activos afectos a operações hoteleiras e health clubs e activos detidos pelo Fundo de Investimento Imobiliário Imosede, em 211,7 milhões de euros.
| 2007 | 2006 | ∆ | |
|---|---|---|---|
| Volume de Negócios | 12,7 | 9,6 | +32,3% |
| Cash-Flow Operacional (EBITDA) | 4,6 | 0,7 | >100% |
| Unidade: 10^6 Euros |
O volume de negócios em 2007 inclui a alienação de um lote de terreno situado na Quinta das Sedas, em Matosinhos, pelo valor de 5,5 milhões de euros.
Tendo como objectivo alienar activos imobiliários não estratégicos, estão a ser desenvolvidas diversas iniciativas de comercialização que incidem essencialmente sobre os activos de maior valor e que não têm como objectivo o desenvolvimento de empreendimentos residenciais ou turísticos ou a sua utilização em operações da Sonae Turismo.
A Sonae Turismo desenvolve operações turísticas enquadradas no âmbito da hotelaria, fitness e lazer.
A actividade do Grupo nesta área de negócio abrange:
Aparthotel Aqualuz Lagos, unidade hoteleira de 4 estrelas localizada em Lagos, no Algarve. As valências complementares incluem 5 salas de reunião, área de restauração e bar, health club e parcerias com os campos de golfe da região;
Aparthotéis Aqualuz Tróia Mar, Tróia Rio e Tróia Lagoa, parte integrante da UNOP11 1 da Península de Tróia com 232 apartamentos, num total de 558 camas;
No negócio Hoteleiro o exercício de 2007 foi marcado pelo reinício da actividade do Hotel Porto Palácio e do Aparthotel Aqualuz Lagos, após a conclusão de um amplo plano de investimentos que permitiu reposicionar estas unidades hoteleiras como de referência no mercado onde operam.
11 UNOP = Unidade Operativa de Planeamento e Gestão.
estrelas. O investimento assim realizado elevou o número de unidades de alojamento para 163, permitiu a renovação do snackbar de apoio às piscinas exteriores e do restaurante e adicionou à oferta um health club da cadeia Solinca e um bar Irlandês. O complexo turístico reabriu parcialmente em Fevereiro de 2007, tendo as obras ficado integralmente concluídas apenas em Julho. Este facto influenciou o número de apartamentos disponíveis no ano e, consequentemente, a performance operacional e financeira da unidade no decurso deste exercício.
Os aparthotéis Aqualuz Tróia Mar, Tróia Rio e Tróia Lagoa estiveram parcialmente encerrados até final de 2007, altura em que encerraram totalmente para dar continuidade ao projecto de remodelação e beneficiação dos aparthotéis no âmbito do desenvolvimento do projecto da UNOP12 1. Prevê-se a reabertura destas unidades hoteleiras (que incluem 232 apartamentos com 558 camas) no decurso do ano de 2008.
Enquadrado no projecto de renovação do Troiaresort, o Golfe de Tróia encerrou no final de Outubro para obras profundas de reconversão dos seus sistemas operacionais, nomeadamente do sistema de rega, e reabrirá em 31 de Março de 2008.
O desempenho operacional e financeiro do negócio do Fitness em 2007 reflecte não só uma postura de mercado mais agressiva mas também um reposicionamento estratégico da marca Solinca Health & Fitness em Portugal e a bondade económica dos investimentos realizados na abertura de novas unidades nos últimos dois anos. Após os esforços de reorganização interna iniciados em 2006, o negócio tem vindo a dinamizar e reposicionar a sua actividade, destacando-se os objectivos de aumentar a taxa de penetração dos serviços de valor acrescentado e de prosseguir com o programa de retenção e fidelização de sócios e de clientes. Em 2007, o número médio de sócios activos ascendia já a 28.776, para o que contribuiu a abertura de uma nova unidade em Lagos no final do primeiro semestre do ano. No final do ano a cadeia contava com 10 ginásios em funcionamento, o que corresponde a uma área total de cerca de 34 mil m2 .
12 UNOP = Unidade Operativa de Planeamento e Gestão.
| 2007 | 2006 | ∆ | |
|---|---|---|---|
| Volume de Negócios | 34,6 | 21,9 | +58,0% |
| Cash-Flow Operacional (EBITDA) | 2,6 | (3,8) | - |
| Resultados Operacionais (EBIT) | (1,8) | (6,7) | +73,1% |
| Contas de gestão não consolidadas. | Unidade: 10^6 Euros |
De entre os negócios incluídos nesta área de negócio, destaca-se o
desempenho do Hotel Porto Palácio e do negócio de Fitness.
Hotel Porto Palácio
O exercício de 2007, apesar de ainda condicionado pelo esforço de investimento realizado, representa já uma franca recuperação da actividade operacional, tendo o volume de negócios crescido 71% para cerca de 12 milhões de euros, começando-se a sentir os efeitos da melhoria da oferta e beneficiando do bom desempenho do Centro de Congressos e da actividade de Eventos e Catering.
O cash-flow operacional (EBITDA), apesar da evolução positiva face ao exercício de 2006 (+ 1,5 milhões de euros), foi ainda negativo em cerca 0,6 milhões de euros em virtude dos fortes condicionalismos gerados na operação, durante o primeiro semestre, pela ocorrência das intervenções acima mencionadas.
Fitness
O exercício de 2007 ficou marcado pela materialização da recuperação económico-financeira decorrente de um conjunto de decisões de reorganização e reposicionamento estratégico que tiveram o seu início ainda durante o exercício de 2006. O volume de negócios ascendeu a cerca de 15 milhões de euros, o que representa um crescimento de 56% face ao período anterior, enquanto que o cash- flow operacional (EBITDA) foi positivo em 2,9 milhões de euros. Os resultados líquidos do período ascenderam a 2,8 milhões de euros, o que constitui um facto marcante neste negócio.
O ano de 2008 vai ser marcado a nível das operações hoteleiras por ser o primeiro ano completo após os programas de renovação profunda que quer o Aqualuz Lagos quer o Pólo da Boavista sofreram. De igual modo, a abertura da UNOP1 do Tróia Resort no Verão de 2008 (onde se incluem os Aparthóteis Aqualuz Tróia Rio, Mar e Lagoa, a Marina e o Tróia Resort Shopping), bem como a reabertura do Tróia Golf, constituirão o marco relevante e o enfoque fundamental das Operações Turísticas da Sonae Turismo ao longo do corrente ano.
O programa de expansão do negócio de Fitness continuará durante 2008 e nos anos seguintes estando a ser finalizado o plano conducente à abertura anual de duas unidades em Portugal e de uma em Espanha.
O Grupo Selfrio agrega participações em 4 empresas, centradas em quatro áreas de negócio:
O Grupo tem em curso, através destas participadas, o alargamento de actividades para os negócios de Technical Call Center, Building Management Systems, Fire & Security Systems e serviços de manutenção geral de edifícios, bem como o desenvolvimento de um plano de expansão internacional da actividade de refrigeração e sistemas de ar condicionado em Espanha e no Brasil.
As actividades da refrigeração e do ar condicionado desenvolvidas pelas empresas Selfrio e Sistavac tiveram no exercício de 2007 um bom desempenho, demonstrando o dinamismo dos investimentos que continuam a ser realizados pelos agentes protagonistas da Grande Distribuição e dos Centros Comerciais, reflectindo-se quer em novas aberturas quer em remodelações de equipamentos já existentes. O crescimento tem tido um desenvolvimento sustentado, ultrapassando assim a previsão do orçamento de 2007.
O que se passa nestes negócios tem reflexos a montante e a jusante destes, o que fez com que a SKK, que está ligada à distribuição de equipamento, e a SMP, que está no negócio da manutenção, tenham tido também um bom desempenho, fruto da dinâmica desses sectores.
| 2007 | 2006 | ∆ | |
|---|---|---|---|
| Volume de Negócios | 85,0 | 76,3 | +11,3% |
| Cash-Flow Operacional (EBITDA) | 7,2 | 6,2 | +16,1% |
| Resultado Líquido | 8,9 | 6,1 | +45,9% |
| Unidade: 10^6 Euros Valores agregados. |
O volume de negócios agregado no ano de 2007 do Grupo Selfrio ascendeu a 85 milhões de euros, um crescimento de 11,3% face ao mesmo período de 2006 (76,3 milhões de euros). Para o crescimento ocorrido, destacamse, a Sistavac, empresa do negócio de ar condicionado, com crescimento de 27,8%, a Friengineering (empresa localizada no Brasil) com um crescimento de 30% e a Sopair (empresa localizada em Espanha) com um crescimento de 15,05%, tendo o volume de negócios destas empresas ascendido a cerca de 8 milhões de euros (6,7 milhões de euros em 2006).
Embora a conjuntura económica e financeira permita identificar alguns factores de risco, nomeadamente o abrandamento da economia internacional, o que leva a pensar que o ano 2008 será menos favorável, mesmo assim, prevê-se que a actividade do exercício suplante a do ano 2007.
Na sequência do concurso realizado para a concessão do serviço público de transporte fluvial de passageiros, veículos ligeiros e pesados e de mercadorias, entre Setúbal e a Península de Tróia, foi assinado, em 14 de Fevereiro de 2005, o contrato entre a APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, S.A. e a nova concessionária, Atlantic Ferries – Tráfego Local, Fluvial e Marítimo, S.A., à qual veio a ser entregue a correspondente exploração no dia 8 de Outubro de 2007.
Para poder operar, esta Concessionária afretou, nesta mesma data - e também à APSS -, os quatro ferries que esta tinha ao seu serviço, dado que, das quatro novas embarcações entretanto encomendadas pela Atlantic Ferries, os dois catamarans de transporte de passageiros ainda estão em construção num estaleiro nacional e os dois ferries de transporte de viaturas e passageiros, embora já tenham sido entregues pelo seu construtor norueguês, têm de aguardar a execução de obras nos cais, que tornem estes compatíveis com o moderno sistema de atracação adoptado e, no terminal de Setúbal, estas obras só puderam ter início após a data de entrega da concessão.
Só nos últimos três meses de 2007 a Atlantic Ferries exerceu a sua acção como transportador, embora com o antigo material navegante, tendo os nove meses iniciais daquele ano sido preenchidos com tarefas de preparação dessa actividade.
Neste período, venderam-se 1.058 passes mensais de passageiros e bilhetes unitários dos seguintes grupos de classes tarifárias:
| 159.738 | 84.600 | 1.736 | 2.089 |
|---|---|---|---|
| passageiros | veículos ligeiros | veículos pesados | veículos de |
| duas rodas |
Toda a receita do ano, no valor de 630 mil euros, foi realizada apenas no último trimestre, tendo os nove meses iniciais sido preenchidos com tarefas de preparação da actividade de transporte. O EBITDA do exercício foi, por isso, negativo em 378 mil euros e o resultado líquido, também negativo, em 892 mil euros.
A exploração em pleno, com o futuro equipamento navegante e considerando os prováveis novos horários de carreiras, traduzir-se-á numa capacidade de transporte diária de, pelo menos, 2.880 viaturas em ferries e de 24.640 passageiros em catamarans.
A Box Lines Navegação, SA foi constituída em Julho de 1999. Em Setembro do mesmo ano, o então IMP - Instituto Marítimo Portuário deferiu a inscrição como armador e em Outubro autorizou a empresa a iniciar a sua actividade.
A actividade actual concentra-se na indústria de transportes marítimos, compreendendo a cabotagem insular para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, a cabotagem costeira, a navegação de longo curso, o fretamento e afretamento de navios, bem como a actividade de agente de navegação e operador logístico especializado em carga fraccionada.
Presta, também, serviços no âmbito da gestão do transporte marítimo internacional contentorizado e navios completos de carga geral.
O sector dos transportes marítimos global movimenta 225 milhões de TEUS13 nos 20 maiores portos do Mundo. Trata-se de um sector com um forte crescimento anual, no qual tem havido algumas fusões e aquisições protagonizadas pelos grandes operadores mundiais.
O aumento tem sido impulsionado pelo crescente fluxo de mercadorias no sentido Este/Oeste, resultante da deslocalização dos centros de produção para o Extremo Oriente.
Em Portugal os portos de Lisboa, Leixões e Sines registaram, no ano, movimentos de 570, 435 e 145 mil TEUS13, respectivamente. O movimento total das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira foi de 125 mil TEUS13, situando-se o crescimento médio em cerca de 1,5%, resultante de ligeiro investimento nos Açores e da notória desaceleração económica na Madeira.
O posicionamento da Box Lines, em TEUS13, nos mercados das Regiões Autónomas situa-se em cerca de 25% de quota de mercado dos Açores e 21% da Madeira, com possibilidade de expansão.
Destaca-se a implementação de um ERP que ficou a funcionar em pleno em 2007. Este software veio permitir uma melhor performance operacional interna e externa, nomeadamente ao nível da centralização e controlo de todas as funções da empresa. Também no âmbito das operações, foram internalizadas as reparações e o parqueamento de contentores visando um melhor controlo e ganhos de produtividade.
A empresa gere 7 mil TEUS13 e 72 navios completos de carga geral no negócio internacional, e 28 mil TEUS13 na cabotagem insular.
13 TEUS – Contentor com 20 pés de comprimento.
| 2007 | 2006 | ∆ | |
|---|---|---|---|
| Volume de Negócios | 45,3 | 49,8 | -9,0% |
| Cash-Flow Operacional (EBITDA) | 1,0 | 2,2 | -55,0% |
| Resultado Líquido | 0,3 | 1,3 | -76,9% |
| Unidade: 10^6 Euros |
Em 2007, a Box Lines apresentou um Volume de Negócios de 45,3 milhões de euros, 9% inferior ao do ano anterior. As vendas da cabotagem insular aumentaram 8,7%, mas o negócio internacional diminuiu por internalização, em alguns clientes, de alguns serviços prestados.
O EBITDA foi de 1,0 milhões de euros, tendo o Resultado Líquido ascendido a 0,3 milhões de euros. A margem EBITDA de 2,1%, ficou 50% abaixo da do ano anterior, nomeadamente pelo aumento do custo dos combustíveis e de custos extraordinários com operações portuárias, motivados por greves.
Aumento da quota de mercado na Madeira através de uma oferta de serviços mais alargada e desenvolvimento do negócio internacional. É nossa convicção que o crescimento da empresa passa também por uma aposta ao nível internacional, acompanhando a tendência importadora da Europa a partir do Extremo Oriente e a crescente pressão sobre o sector rodoviário internacional.
A TP desenvolve actividade nos negócios de produção de energia por cogeração e éolica.
No negócio de cogeração, a TP gere uma capacidade de produção de energia de cerca de 70 Mw, distribuído por 16 projectos. Este negócio é desenvolvido através de parcerias com diversas empresas industriais, nas instalações das quais se situam as respectivas centrais. Na maioria dos casos, a TP assume uma posição maioritária na parceria.
14 Empresa consolidada segundo o método de equivalência patrimonial.
O negócio eólico terá, no curto prazo, uma dimensão superior, sendo que, para além de dois projectos de menor dimensão iniciados recentemente, ou a iniciar até 2008 (e que envolvem uma potência instalada de 54 Mw), a Sociedade detém um interesse económico de 20% na ENEOP15, que celebrou, em 2006, com o Governo Português, o contrato de adjudicação do concurso "capacidade de injecção de potência na rede do SEP16 e pontos de recepção associados para energia eléctrica produzida em centrais eólicas". A ENEOP15 está autorizada a injectar 1.000 Mw de energia no Sistema Eléctrico Português e a instalar equipamentos com uma capacidade produtiva máxima de 1.200 Mw, o que acontecerá faseadamente até 2012.
Os factos mais relevantes de 2007 foram:
| 2007 | 2006 | ∆ | |
|---|---|---|---|
| Volume de Negócios | 33,3 | 33,2 | +0,3% |
| Cash-Flow Operacional (EBITDA) | 8,1 | 7,8 | +3,8% |
| Resultado Líquido | 3,0 | 2,6 | +15,4% |
| Unidade: 10^6 Euros |
O volume de negócios manteve-se estável nos 33 milhões de euros em resultado da saída do ACE – Companhia Térmica Mundo Têxtil do perímetro de consolidação (EBITDA deste ACE foi em 2006 de 1,4 milhões de euros).
15 ENEOP – Agrupamento Eólicas de Portugal.
16 SEP - Sistema Eléctrico Português.
O aumento de 4% no cash-flow operacional (EBITDA), para 8 milhões de euros, reflecte a melhoria da performance dos projectos de cogeração (únicos que consolidam).
O resultado líquido do exercício reflecte a melhoria da performance quer dos projectos que consolidam quer dos que não consolidam (equivalência patrimonial), sendo dentre estes de destacar o projecto eólico Serra da Capucha.
O ano de 2008 deverá ficar marcado pelo início do investimento no parque eólico Serra do Sicó (detido pela TP a 52%) e nos primeiros parques da ENEOP. Em ambos os casos as entradas em exploração destes parques estão previstas apenas para 2009.
A actividade do Grupo no ramo automóvel é desenvolvida através de um conjunto de empresas, sendo as mais representativas a Finlog, dedicada à Gestão de Frotas automóveis, e a Guérin, que opera no sector do Rent-a-Car.
A Finlog iniciou a sua actividade em Abril de 1993, tendo como objectivo a Gestão de Frotas automóveis, assegurando um adequado controlo de custos incorridos na aquisição, manutenção e venda de veículos, bem como o denominado renting ou aluguer operacional de viaturas.
O sector do aluguer operacional tem mantido nos últimos anos um crescimento e penetração crescente, apesar do fraco desempenho do sector automóvel. A Finlog encontra-se entre os 7 principais players do sector, que representam por si só cerca de 80% do mercado.
Tendo em consideração os dados estatísticas elaborados pela ARAC18, a Finlog apresenta uma penetração de 7% no número de viaturas
17 Empresas consolidadas segundo o método de equivalência patrimonial.
matriculadas para o sector de empresas de aluguer operacional e uma quota de mercado de 5% no número de contratos activos.
A Finlog finalizou o ano de 2007 com 7.941 viaturas em gestão, o que representa um crescimento de 11% face ao ano anterior. A empresa realizou em 2007 2.942 novos contratos, distribuídos pelos diferentes produtos e serviços prestados.
Em termos de desenvolvimento do negócio, é de salientar a consolidação do departamento comercial na zona sul a partir de Lisboa e respectiva mudança de instalações.
| 2007 | 2006 | ∆ | |
|---|---|---|---|
| Volume de Negócios | 43,7 | 38,7 | +12,9% |
| Resultados Operacionais (EBIT) | 2,4 | 0,6 | >100% |
| Resultados antes de Impostos | 1,6 | 1,6 | - |
Unidade: 10^6 Euros
Em contra ciclo com o mercado automóvel, é expectável que o negócio do aluguer operacional continue a crescer e a ganhar quota de mercado face a outras soluções mais tradicionais. A empresa pretende manter o seu crescimento sustentado com a consolidação do seu sector comercial na zona sul, e desenvolvimento do canal indirecto em parceria com os grupos automóveis e a sua rede de concessionários.
18 ARAC – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor.
A Guérin dedica-se ao aluguer de viaturas sem condutor (Rent-a-Car) em prazos curtos.
O negócio de Rent-a-Car em Portugal tem uma forte componente de importação turística (um pouco mais de metade) sendo o restante negócio doméstico com um peso muito relevante de substituição, nomeadamente gestoras de frota e seguradoras. No caso da Guérin, as quotas de importação turística e de mercado doméstico são iguais.
O sector de Rent-a-Car em Portugal é dominado por empresas pertencentes a alianças internacionais que podem estar presentes no nosso país corporativamente ou através de contratos de franquia.
A Guérin é a maior companhia independente do sector e a segunda (incluindo multinacionais) em termos de frota.
O ano de 2007 foi um bom ano para o sector sobretudo devido ao notável desempenho do turismo - o número de chegadas aos aeroportos e o número de dormidas em estabelecimentos hoteleiros cresceram, respectivamente, 14,8% e 11,2 % (números Janeiro-Novembro) tendo melhorado todos os mercados emissores para Portugal com exclusão da Alemanha (Fonte: Direcção Geral do Turismo).
Em 2007 ocorreram dois factos relevantes na vida da Guérin: terminou o contrato de franquia com a National/Alamo e mudou a imagem corporativa.
O negócio da Guérin, medido em número de dias de aluguer, cresceu 22%, de 1,16 milhões em 2006 para 1,43 milhões em 2007. Segundo as estimativas da ARAC19, associação do sector, o mercado terá crescido 12% em volume, pelo que a Guérin reforçou significativamente a sua quota de mercado.
19 ARAC – Associação de Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor.
| 2007 | 2006 | ∆ | |
|---|---|---|---|
| Volume de Negócios | 32,1 | 27,6 | +16,3% |
| Resultados antes de Impostos | 2,0 | 1,4 | +42,8% |
Unidade: 10^6 Euros
Os Resultados de 2007 incluem 0,8 milhões de euros de resultados não recorrentes que correspondem à indemnização recebida da National/Alamo por resolução antecipada do contrato de franquia.
As perspectivas para 2008 são menos optimistas porque há sinais de que o crescimento do turismo, que se verifica constante e forte desde a crise de 2001, poderá não continuar em 2008.
Ainda assim, a Guérin prevê crescer 10% em volume (dias alugados) em 2008 e incrementar os resultados líquidos das operações recorrentes em 50%.
A NORSCUT venceu em 2000 a concessão em regime DBOT21 por um período de 30 anos da A24 Auto-estrada Viseu – Chaves (fronteira) com uma extensão total de 156 km.
Esta concessão será explorada em regime de SCUT (Sem Custo para o UTilizador). Segundo este regime, os automobilistas usam gratuitamente a Auto-estrada, sendo as portagens (resultantes desse uso) pagas à NORSCUT não por eles, mas pelo Estado. Não existindo portagens físicas, as contagens dos veículos, e respectivas distâncias percorridas, são realizadas por recurso a equipamentos de contagem específicos.
Por decisão unilateral do Concedente (e por razões do foro ambiental) o traçado original da auto-estrada viria a ser profundamente alterado na zona de Vila Pouca de Aguiar. Esta alteração teve um conjunto de impactos para a Concessão sendo de destacar o atraso de dois anos no prazo de construção, o acréscimo significativo do custo de construção e a perda de receita associada ao adiamento da entrada em funcionamento.
20 Empresa consolidada segundo o método de equivalência patrimonial. 21 DBOT = Design, Build, Operate and Transfer.
Para poder ser ressarcida dos danos causados pela decisão de alteração do traçado da Auto-estrada a NORSCUT solicitou a reposição do equilíbrio financeiro da concessão, tendo nos termos contratuais sido nomeado um Tribunal Arbitral que se encontra em funções. A expectativa da Norscut é que a decisão do Tribunal Arbitral seja conhecida entre o último trimestre de 2008 e o 1º trimestre de 2009.
Em Junho de 2007 foi concluída a construção, tendo dois meses depois (em Setembro) começado o período operacional (no qual a NORSCUT aufere receitas indexadas ao tráfego). O ano de 2007 é assim um ano atípico uma vez que a auto-estrada só esteve em exploração efectiva um terço do ano.
Fruto do atraso na conclusão da construção os níveis de tráfego estiveram em 2007 abaixo dos níveis inicialmente previstos. O número médio de veículos/km/dia ascendeu a 6.260 em 2007. Contudo e após a conclusão da auto-estrada registaram-se crescimentos de tráfego muito significativos (não só pelo efeito do tráfego aportado pelos lanços entretanto abertos mas também pelo efeito de rede com os lanços de abertura recente a induzirem crescimentos nos anteriormente em serviço) o que permite antever que num prazo não muito dilatado os níveis de tráfego inicialmente previstos devam ser atingidos.
| 2007 | 2006 | ∆ | |
|---|---|---|---|
| Volume de Negócios | 44,3 | - | - |
| Cash-Flow Operacional (EBITDA) | 33,1 | - | - |
| Amortizações | 17,2 | - | - |
| Custos Financeiros | 18,3 | - | - |
| Resultado Líquido | (1,5) | - | - |
Unidade: 10^6 Euros
O ano de 2006 foi ainda de construção e logo de capitalização dos custos incorridos líquidos de proveitos auferidos.
No âmbito da gestão das participações financeiras assumido pela subholding Spred, SGPS, SA encontra-se a gestão da participação financeira na Change Partners detida em 50% do seu capital social.
A Change Partners é uma sociedade de capital de risco que iniciou a sua actividade em 2000, com o objectivo de tomar posição no capital de empresas cotadas e não cotadas, tendo terminado em 2003 o seu período de investimento. Actualmente só detém a participação em 4 empresas e nos Fundos Fast Change e Real Change.
Em 2003 foi constituído o Fundo Fast Change, com o objectivo de financiar empresas ou projectos em fase de arranque (start-up's) e com significativa componente tecnológica.
Em 2004 foi constituído o Fundo Real Change, direccionado para o investimento em operações de buy-out e internacionalização, que tem como missão ser activo no processo de up grading de empresas que se disponham a liderar segmentos de mercado e remunerar adequadamente os seus investidores pelos riscos.
Relativamente ao Fundo Fast Change, desde 2003 até 2007, deram entrada para análise da oportunidade de investimento cerca de 181 projectos, dos quais 77 são de natureza tecnológica (42,5%). Do total de projectos aprovados (24), o Fundo Fast Change investiu em 14 projectos em áreas tão diversas como biotecnologia, tecnologias de informação e comunicação, serviços, energia, indústria e retalho.
Entre Janeiro de 2004 e Junho de 2007, deram entrada no Fundo Real Change um total de 39 projectos, dos quais 26 relativos a buy-outs. Dos projectos aprovados, o Fundo investiu em 6 projectos distribuídos pelas áreas de indústria, retalho, energia e serviços.
22 Empresa consolidada segundo o método de equivalência patrimonial.
| Empresa Participada | Data do Investimento |
Participação | Veículo Utilizado |
|---|---|---|---|
| Winrest, SGPS, SA | 30.07.2003 | 50% | Fast Change |
| Stopline Films, Lda. | 30.04.2004 | 40% | Fast Change |
| Masterguardian, Sistemas de Segurança, Lda. |
28.12.2004 | 50% | Fast Change |
| Acácia Semicondutor, SA | 01.02.2005 e 06.03.2005 |
16% | Fast Change |
| Fluidinova, Eng.ª Fluidos, SA |
04.10.2005 | 40% | Fast Change |
| Multivending, Inov. Serv. Venda Automática, SA |
17.04.2006 | 50% | Fast Change |
| Hottrade, Rep. Gestão Serv., SA |
15.06.2006 | 25% | Fast Change |
| Foodmetric, Intelligent Metric Solution, SA |
23.05.2006 | 35% | Real Change |
| Mateace, Electricidade, SA |
13.09.2004 | 50% | Real Change |
| Starzone, Gestão, Marketing e Publicidade, SA |
31.12.2004 | 51% | Real Change |
| Confiança, Saboaria e Perfumaria, SA |
08.11.2005 | 100% | Real Change |
| Persona, Clínica de Nutrição e Estética, SA |
06.12.2005 | 25% | Real Change |
| Arco Bodegas | 07.01.2000 | 0,6% | Change Partners |
| OnlyBattery | 20.06.2006 | 50% | Fast Change |
| Xisvending, Serviços de Vending, SA |
01.03.2007 | 100% | Real Change |
| GuestCentric Systems, SA |
16.04.2007 | 0,344% | Fast Change |
A Sonae Capital detém uma participação de 6,801% na Sonae Indústria, SGPS, SA. A Sonae Indústria é uma empresa com presença internacional, produzindo e comercializando painéis derivados de madeira em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, África do Sul, Canadá e Brasil. As acções representativas do capital social da Sonae Indústria estão admitidas à cotação no mercado de cotações oficiais da Euronext Lisbon. Com referência à cotação de fecho do dia 31 de Dezembro de 2007, 6,65 euros por acção, o valor de mercado desta participação, seria de 63,3 milhões de euros.
No dia 14 de Dezembro de 2007, foi registada na Conservatória do Registo Comercial a operação de cisão-simples da Sonae, SGPS, SA por destaque da participação correspondente à totalidade do capital social e direitos de voto da sociedade anteriormente designada Sonae Capital, SGPS, SA detida pela Sonae, SGPS, SA e foi constituída a nova Sonae Capital, SGPS, SA, com capital social de EUR 250.000.000, representado por 250.000.000 acções, com valor nominal de 1 euro cada. A sociedade anteriormente denominada Sonae Capital, SGPS, SA alterou a sua designação para SC, SGPS, SA, mantendo o capital social em EUR 391.046.000, representado por 391.046.000 acções com valor nominal de 1 euro cada.
A actividade da Sonae Capital, SGPS, SA está centrada na gestão da participação no capital da sua filial SC, SGPS, SA.
No dia 31 de Dezembro de 2007, a Sonae Capital, SGPS, SA emitiu dois empréstimos obrigacionistas no valor total de 50 milhões de euros e ambos com duração de 5 anos. Estas emissões contribuíram para liquidar a totalidade da dívida da sua filial SC, SGPS, SA perante a Sonae, SGPS, SA, extinguindo-se as relações de financiamento existentes entre os dois grupos.
O resultado líquido em 2007 foi de 2.011,97 euros negativos.
A Sonae Capital, SGPS, SA apresentou, no exercício de 2007, um resultado líquido negativo de 2.011,97 euros. O Conselho de Administração irá propor à Assembleia Geral que o mesmo seja transferido para Resultados Transitados.
O ano de 2008 será o primeiro ano de actividade da Sonae Capital no novo formato de gestão de portfolio.
Apesar de em 2007 ter ocorrido já um número significativo de transacções de reorganização do portfolio é intenção do Conselho de Administração continuar esse caminho, de que é exemplo a alienação da Contacto, ocorrida no início de 2008, com a consequente saída do sector da construção. Este esforço de reorganização será mais visível na Spred onde estão concentradas as joint ventures que, como anteriormente afirmado, estão a ser objecto de reapreciação.
De salientar que em 2008 serão entregues os primeiros apartamentos em Tróia, sendo ainda previsível a abertura da UNOP 1 do resort, facto marcante na vida da Sonae Turismo atenta a importância do empreendimento e o sucesso que se antevê que venha a ter.
Muitos dos esforços da equipa de gestão da Sonae Capital estarão pois concentrados nestas duas actividades: reorganização do portfolio e abertura do Troiaresort.
O Conselho de Administração agradece a todas as entidades o apoio e confiança demonstradas. Agradecimentos especiais ao Conselho Fiscal e ao Revisor Oficial de Contas pela sua colaboração e empenho. Aos nossos colaboradores prestamos o nosso reconhecimento pelo esforço e dedicação demonstrados ao longo do ano.
Maia, 12 de Março de 2008
Belmiro Mendes de Azevedo
José Luís dos Santos Lima Amorim
Os signatários individualmente declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeira Consolidadas Pró-forma e Individuais e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento foram elaborados em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, do activo e do passivo, da situação financeira e do resultado consolidado pró-forma e individual do emitente e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.
Maia, 12 de Março de 2008
Belmiro Mendes de Azevedo Presidente do Conselho de Administração
José Luís dos Santos Lima Amorim Vogal do Conselho de Administração
Mário Pereira Pinto Vogal do Conselho de Administração
| Saldo em | ||||
|---|---|---|---|---|
| Aquisições | Alienações | 31.12.2007 | ||
| Data | Quantidade Valor Md. € |
Quantidade Valor Md. $\epsilon$ |
Quantidade | |
| Belmiro Mendes de Azevedo Efanor Investimentos, SGPS, SA (1) |
49.999.997 | |||
| Sonae Capital, SGPS, SA | 1.862 | |||
| Saldo em | ||||
| Aquisições | Alienações | 31.12.2007 | ||
| Data | Ouantidade Valor Md. € |
Quantidade Valor Md. $\epsilon$ |
Quantidade | |
| (1) Efanor Investimentos, SGPS, SA Sonae Capital, SGPS, SA Pareuro, BV (2) |
82.350.553 20,000 |
|||
| (2) Pareuro, BV Sonae Capital, SGPS, SA |
50.000.000 |
1Impõe-se informar que à data de 31 de Dezembro de 2007, data a que reporta a informação constante do presente anexo, as acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA não tinham ainda sido entregues aos respectivos titulares no decurso da cisão simples da Sonae, SGPS, SA registada em 14 de Dezembro de 2007.
As acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA foram atribuídas aos accionistas da Sonae, SGPS, SA no exercício dos respectivos direitos de cisão (ocorrido durante o mês de Janeiro de 2008) mediante a aplicação do factor 0,125, com arredondamento por defeito.
As participações na Sonae Capital, SGPS, SA espelhadas neste anexo, resultam da aplicação do factor de atribuição acima referido às respectivas participações no capital social da Sonae, SGPS, SA a 31 de Dezembro de 2007.
Número de acções a 31.12.2007
Efanor Invetimentos, SGPS, SA Sonae Capital, SGPS, SA Pareuro, BV
82.350.553 20,000
50.000.000
Pareuro, BV Sonae Capital, SGPS, SA
1Impõe-se informar que à data de 31 de Dezembro de 2007, data a que reporta a informação constante do presente anexo, as acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA não tinham ainda sido entregues aos respectivos titulares no decurso da cisão simples da Sonae, SGPS, SA registada em 14 de Dezembro de 2007.
As acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA foram atribuídas aos accionistas da Sonae, SGPS, SA no exercício dos respectivos direitos de cisão (ocorrido durante o mês de Janeiro de 2008) mediante a aplicação do factor 0,125, com arredondamento por defeito.
As participações na Sonae Capital, SGPS, SA espelhadas neste anexo, resultam da aplicação do factor de atribuição acima referido às respectivas participações no capital social da Sonae, SGPS, SA a 31 de Dezembro de 2007.
Dando cumprimento ao arto 80, nº 1, alínea e) do Regulamento da CMVM nº 04/2004, indicamos os titulares de participações qualificadas a 31 de Dezembro de 2007:
| Accionista | Nº de acções | % Capital Social |
% Direitos de voto |
|---|---|---|---|
| Efanor Investimentos, SGPS, S.A. | 82.350.553 | 32,940% | 32,940% |
| Pareuro, BV | 50,000,000 | 20,000% | 20,000% |
| Maria Margarida Carvalhais Teixeira de Azevedo | 1.862 | 0,001% | 0,001% |
| Maria Cláudia Teixeira de Azevedo | 43.912 | 0,018% | 0,018% |
| Duarte Paulo Teixeira de Azevedo | 161.661 | 0.065% | 0,065% |
| Nuno Miguel Teixeira de Azevedo | 1.790 | 0,001% | 0,001% |
| Total imputável | 132.559.778 | 53,024% | 53,024% |
| Banco BPI, S.A. | 16.606.484 | 6,643% | 6,643% |
| Banco Português de Investimento, S.A. | 45.650 | 0.018% | 0.018% |
| Fundos de Pensões do Banco BPI | 5.008.922 | 2,004% | 2,004% |
| BPI Vida - Companhia de Seguros de Vida, S.A. | 593.927 | 0,238% | 0,238% |
| Total imputável | 22.254.982 | 8.902% | 8,902% |
| Fundação Berardo, Instituição Particular de Solidariedade Social | 6.231.189 | 2,492% | 2,492% |
| Total imputável | 6.231.189 | 2,492% | 2,492% |
| ABN AMRO Holding N.V. | |||
| ABN AMRO Bank | 8.764.713 | 3,506% | 3,506% |
| Total imputável | 8.764.713 | 3,506% | 3,506% |
| Deutsche Bank AG | 8.163.894 | 3,266% | 3,266% |
| Deutsche Asset Management Investmentgesellschaft mbH | 51.158 | 0,020% | 0,020% |
| Total imputável | 8.215.053 | 3,286% | 3,286% |
1Impõe-se informar que à data de 31 de Dezembro de 2007, data a que reporta a informação constante do presente anexo, as acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA não tinham ainda sido entregues aos respectivos titulares no decurso da cisão simples da Sonae, SGPS, SA registada em 14 de Dezembro de 2007.
As acções representativas da totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA foram atribuídas aos accionistas da Sonae, SGPS, SA no exercício dos respectivos direitos de cisão (ocorrido durante o mês de Janeiro de 2008) mediante a aplicação do factor 0,125, com arredondamento por defeito.
As participações na Sonae Capital, SGPS, SA espelhadas neste anexo, resultam da aplicação do factor de atribuição acima referido às respectivas participações no capital social da Sonae, SGPS, SA a 31 de Dezembro de 2007.
O presente anexo contem uma descrição das práticas da Sonae Capital, SGPS, SA (também a Sonae Capital ou a Sociedade) sobre o Governo da Sociedade e foi elaborado para o cumprimento do disposto no regulamento 7/2001 de 20 de Dezembro de 2001 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), com as alterações introduzidas pelos regulamentos 11/2003, 10/2005 e 3/2006.
O Relatório sobre o Governo da Sociedade deve ser lido como complemento e em conjugação com o Relatório de Gestão da Sociedade, para o qual sempre que oportuno para evitar a duplicação de informação - contém remissões.
Como nota prévia a este Relatório, é necessário fazer referência ao recente processo de cisão da Sonae, SGPS, SA aprovado em Assembleia Geral de Accionistas dessa sociedade em 14 de Dezembro de 2007 e que deu origem à autonomização da Sonae Capital. De facto, o historial comum com o Grupo Sonae determina que a organização, políticas, procedimentos e princípios orientadores abordados neste Relatório sejam, em grande parte, uma conseguência natural daguele passado e constituam um alicerce para a construção de uma identidade própria.
Cumpre também informar que a Sociedade está num estágio de desenvolvimento e implementação dos princípios, políticas e procedimentos que a sua natureza de sociedade aberta e admitida à negociação em mercado regulamentado exige. Desta forma, é de esperar que durante o corrente ano de 2008, a Sociedade implemente um conjunto coerente e articulado de políticas e procedimentos que irão de encontro às melhores práticas no que diz respeito ao Governo das Sociedades.
Apresenta-se, no presente ponto, a aferição do grau de cumprimento das disposições de cariz recomendatório emanadas pela CMVM em Novembro de 2005 (Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas de Novembro de 2005), abstendo-se a Sociedade, em cumprimento da Circular da CMVM de 22 de Janeiro de 2008, de aferir o cumprimento (potencial) das Recomendações de Governo das Sociedades Cotadas emanadas pela CMVM em Setembro de 2007.
Deverá, mais uma vez, ter-se em conta que as práticas de governo societário da Sonae Capital não estão ainda devidamente consolidadas (atendendo à sua recente constituição) e que em muito radicam no contexto histórico de ligação do Grupo Sonae Capital ao Grupo Sonae, pelo que o grau de cumprimento das Recomendações deverá ser interpretado tendo em conta tais premissas.
Recomendação 1: A Sociedade adopta a recomendação da CMVM porquanto assegura a existência de um permanente contacto com o mercado, em escrupuloso cumprimento do princípio da igualdade accionista e com a necessária prevenção da assimetria informativa, contando para tal efeito com um Gabinete de Apoio ao Investidor.
Recomendação 2: Os estatutos da sociedade prevêem o voto por correspondência em Assembleia Geral exclusivamente quanto à alteração do contrato social e à eleição dos órgãos sociais, não adoptando (integralmente) a recomendação da CMVM relativa à não restrição ao exercício do direito de voto por correspondência. A Sociedade adoptou a recomendação da CMVM no que respeita à antecedência máxima em relação à data de realização da Assembleia Geral de 3 dias úteis para o recebimento na sede social dos votos por correspondência. A Sociedade adoptou ainda as Recomendações da CMVM ao determinar estatutariamente uma antecedência máxima de 5 dias úteis para o depósito ou blogueio das acções para a participação em Assembleia Geral e admitindo a não necessidade de bloqueio das acções por todo o tempo de suspensão da reunião da Assembleia Geral, bastando para a presença do accionista na continuação da reunião a antecedência exigida para a primeira sessão.
Recomendação 3: A Sociedade está, presentemente, a rever e a implementar procedimentos internos de controlo para potenciar a adopção futura da recomendação da CMVM.
Recomendação 4: A Sociedade não adoptou qualquer medida defensiva quanto a ofertas públicas de aquisição ou limitou, de qualquer maneira, os votos que possam ser detidos por qualquer um dos seus accionistas, pelo que adopta as Recomendações da CMVM nesta matéria.
Recomendação 5: O Conselho de Administração da Sociedade é composto. actualmente, por três membros e descreve-se neste relatório o seu funcionamento e nível das respectivas competências, de onde se conclui o seu papel activo e conformador da gestão societária, pelo que se adopta a Recomendação da CMVM nesta matéria.
Recomendação 5-A: O Conselho de Administração da Sociedade não inclui, presentemente, administradores não executivos, pelo que a sociedade não adoptou a recomendação da CMVM sobre esta matéria. E de salientar que fazem parte da ordem de trabalhos da convocatória da próxima Assembleia Geral da Sociedade, pontos relativos ao alargamento do número de membros do Conselho de Administração e ao preenchimento desses lugares.
Recomendação 6: O Conselho de Administração da Sociedade não inclui, presentemente, administradores não executivos independentes, pelo que a sociedade não adoptou a recomendação da CMVM sobre esta matéria. É de salientar que fazem parte da ordem de trabalhos da convocatória da próxima Assembleia Geral da sociedade, pontos relativos ao alargamento do número de membros do Conselho de Administração e ao preenchimento desses lugares.
Recomendação 7: A Sociedade não adoptou a Recomendação da CMVM por não ter sido criada, até à data, qualquer comissão do seu órgão de gestão com competências na avaliação da estrutura e governo societário. Deve, ainda assim, salientar-se que a Sociedade e o seu Conselho de Administração se encontram a rever e a potenciar a implementação dos procedimentos necessários à adopção da Recomendação.
Recomendação 8: A Sociedade não adoptou a Recomendação da CMVM no que diz respeito à divulgação anual, em termos individuais.
Recomendação 8-A: A ordem de trabalhos da próxima Assembleia Geral anual contém um ponto para deliberar sobre a política de remunerações dos órgãos sociais a aplicar pela Comissão de Vencimentos.
Recomendação 9: A Sociedade não adoptou a Recomendação da CMVM, porquanto a sua Comissão de Vencimentos não é integralmente independente face ao seu órgão de gestão.
Recomendação 10: A Comissão de Vencimentos será chamada a pronunciar-se quanto (i) à proposta de aprovação de planos de atribuição de acções e/ou de opções de aquisições de acções ou com base na variação de precos das accões a membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes e as principais características dos respectivos sistemas de benefícios de reforma.
Recomendação 10-A: A Sociedade adoptou procedimentos internos de comunicação de irregularidades, estando tais competências acometidas, no essencial, ao seu Conselho Fiscal.
O Conselho de Administração funciona colegialmente, sendo composto por um Presidente e dois vogais.
As decisões estratégicas de gestão e a respectiva implementação são tomadas em reunião do Conselho de Administração da Sociedade.
O Conselho de Administração assume como principais competências a aprovação do relatório e contas anuais, a aprovação da estratégia anual de configuração do portfolio de negócios e a aprovação do plano de negócios anual e das alterações significativas a esse plano. Acumula ainda a responsabilidade pela gestão operacional corrente, com particular enfoque na gestão do portfolio de negócios, na coordenação financeira e no desenvolvimento da carreira de um conjunto de gestores de topo.
A ordem de trabalhos da próxima Assembleia Geral inclui o alargamento do número de membros do Conselho de Administração e a nomeação de novos administradores para o preenchimento desses lugares. Esta medida visa, por um lado, reforçar as competências do Conselho de Administração na condução das suas funções e, por outro lado, adoptar reconhecidas boas práticas de governo das sociedades, reforcando as capacidades próprias deste órgão e a sua fiscalização e avaliação.
"
!" >
(0 =D9 4 - B " , B , !
9 "
0
E 1 , ? B F B !, 0
G D" !, !, 9 "2
! " "
0
G 9 9 ()%&
, ) 0
8 9 4 " ! !
o reforço das medidas de fiscalização e avaliação do desempenho da sociedade e dos seus órgãos de administração.
O sistema de gestão de riscos da Sociedade, que está em reformulação na sequência do processo de autonomização da Sonae Capital, compreende:
A gestão de risco é uma das componentes da cultura corporativa da Sonae Capital, pelo que é inerente a todos os processos de gestão, assumindo-se como uma responsabilidade de todos os gestores e colaboradores das empresas da Sonae Capital, nos diferentes níveis da organização.
A gestão de risco é desenvolvida tendo como objectivo a criação de valor, através da gestão e controlo das incertezas e ameaças que podem afectar as empresas do grupo Sonae Capital, numa perspectiva de continuidade das operações, visando o aproveitamento das oportunidades de negócio.
Sendo responsabilidade de todos os gestores e colaboradores das empresas da Sonae Capital nos diferentes níveis da organização, a actividade de gestão de risco é apoiada e suportada pelas funções de Auditoria e Gestão de Risco e Planeamento e Controlo de Gestão, esta também ao nível dos respectivos negócios.
A função de Auditoria e Gestão de Risco tem por missão ajudar as empresas a atingir os seus objectivos, através de uma abordagem sistemática e estruturada de desenvolvimento e avaliação da eficácia da gestão e controlo dos riscos dos processos de negócio e dos sistemas de informação.
A função de Auditoria Interna identifica e avalia a eficácia e eficiência da gestão e controlo dos riscos dos processos de negócio e dos sistemas de informação, bem como dos riscos de não conformidade com a legislação, contratos, políticas e procedimentos das empresas.
A função de Gestão de Risco promove, coordena, facilita e apoia o desenvolvimento dos processos de gestão de risco.
A função de Planeamento e Controlo de Gestão promove e apoia a integração da gestão de risco no processo de planeamento e controlo de gestão das empresas.
Os riscos de fiabilidade e integridade da informação contabilística e financeira são igualmente avaliados e reportados pela Auditoria Externa.
Foram planeadas, desenvolvidas e monitorizadas actividades de Gestão de Risco e Auditoria Interna, que foram desenvolvidas com base num plano anual previamente definido, com a colaboração e envolvimento das Direcções dos negócios, com vista a mitigar os principais riscos que afectam a organização, tendo em conta os objectivos dos negócios.
As principais actividades de Gestão de Risco foram as seguintes:
Foram desenvolvidas as seguintes auditorias internas aos negócios da Sonae Capital no ano de 2007:
Auditorias a processos de negócio
Auditorias de conformidade
Tal como explicitado no capítulo sobre o comportamento bolsista do corpo do Relatório de Gestão, a Sociedade foi admitida à negociação no mercado de cotações oficiais do Euronext Lisbon em 28 de Janeiro de 2008.
| Ficha técnica das acções Sonae Capital, SGPS, SA: | |
|---|---|
| Designação: Sonae Capital, SGPS, SA | Código ISIN: PTSON0AE0009 |
| Entidade emitente: Sonae Capital, SGPS, SA | Símbolo: SONC |
| Data de admissão: 28 de Janeiro de 2008 | Reuters: SONAC LS |
| Capital social: 250.000.000 € | Bloomberg: SONC PL |
| Quantidade admitida: 250.000.000 | |
| Acções próprias: A sociedade não detém acções próprias |
Destacam-se os seguintes factos relevantes e outras comunicações, ocorridos durante 2007, no âmbito do processo de cisão simples da Sonae SGPS, com o destaque da participação correspondente à totalidade do capital social da Sonae Capital, SGPS, SA (actual SC, SGPS, SA) e incorporada na nova Sonae Capital, SGPS, SA, constituída para esse efeito:
Após a constituição da Sonae Capital, SGPS, SA destacam-se os seguintes factos:
Atendendo à data de constituição da Sonae Capital, não existe qualquer historial relativo à política de dividendos prosseguida no passado, pela Sociedade.
No futuro, a Sonae Capital submeterá à aprovação da Assembleia Geral de accionistas anual uma proposta de distribuição de dividendos, ponderado que seja o desempenho da Sociedade, as suas necessidades de expansão/investimento e a envolvente económica da sua actividade.
A Sociedade não tem presentemente quaisquer planos de atribuição de acções ou planos de atribuição de opções de aquisição de acções.
A política de remuneração a ser adoptada pela Sonae Capital será alvo de deliberação na próxima Assembleia Geral, conforme ordem de trabalhos da mesma.
A Sociedade não efectuou nenhum negócio ou operação com os membros do Conselho de Administração.
As transaccões com o Revisor Oficial de Contas decorreram exclusivamente do exercício da sua função, estando os honorários pagos descritos no capítulo 1.10 abaixo.
As transacções com sociedades em relação de domínio ou de grupo foram realizadas em condições normais de mercado e fizeram parte da actividade normal da Sociedade pelo que não merecem divulgação específica.
Na estrita observância das disposições legais e regulamentares, a Sociedade tem como regra informar os seus accionistas e o mercado de capitais em geral dos factos relevantes da sua vida de uma forma imediata, no sentido de evitar hiatos entre a ocorrência e a divulgação desses factos.
Essa divulgação é efectuada através da publicação no Sistema de Difusão de Informação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
página da sociedade (www.cmvm.pt) na $na$ Internet e – (www.sonaecapital.pt).
Nesta última, poderão ser encontrados na página dedicada aos Investidores os comunicados emitidos desde a constituição da sociedade, a apresentação institucional, o prospecto de admissão à negociação e respectiva adenda. A informação relativa à apresentação institucional, aos relatórios e contas e aos resultados será actualizada numa base trimestral.
Como forma de permitir uma maior interacção com os accionistas e investidores está incluída, ainda, na mesma página, dedicada aos Investidores, a seguinte informação:
Futuramente, esta página incluirá também os relatórios e contas e comunicados de resultados que forem sendo publicados pela Sociedade, bem como outras apresentações e relatórios aos Investidores.
A Sonae Capital, SGPS, SA, através do Gabinete de Apoio ao Investidor, integrado na função Relações com Investidores, relaciona-se de forma permanente com analistas e investidores, fornecendo informação actualizada. Adicionalmente, presta esclarecimentos sobre os factos relevantes da vida da Sociedade, por esta já divulgados no formato imposto por lei, que lhe sejam solicitados.
O Gabinete de Apoio ao Investidor pode ser contactado através de: Telefone: +351 22 010 79 03; Telefax: +351 22 010 79 35; E-mail: [email protected]; Morada: Lugar do Espido, Via Norte, Apartado 3053, 4471-907 Maia. O director do Gabinete de Apoio ao Investidor é o Dr. Pedro Capitão, que pode ser contactado através dos mesmos meios.
O Representante para as Relações com o Mercado de Capitais é o Dr. José Luís dos Santos Lima Amorim (Telefone: +351 22 010 79 03; Telefax: + 351 22 010 79 35; E-mail [email protected]).
A Sociedade considera que desta forma assegura um permanente contacto com o mercado, respeitando o princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores.
Nas sociedades emitentes de valores cotados, a Assembleia Geral elege, com a mesma periodicidade dos restantes órgãos sociais, uma Comissão de Vencimentos, que tem como missão fixar as remunerações dos membros dos órgãos de gestão. Na sociedade a Comissão de Vencimentos em funções é composta por dois membros, Belmiro Mendes de Azevedo (Presidente da Comissão de Vencimentos e do Conselho de Administração da sociedade) e Bruno Walter Lehmann, eleitos em Assembleia Geral nos termos do número dois do artigo vigésimo oitavo dos Estatutos da Sociedade.
Os auditores da sociedade são a Deloitte que, em 2007 facturaram à sociedade e às suas filiais e associadas os valores que a seguir se discriminam:
| VALORES EM MILHARES DE EUROSsão para euros das contas das filiais, empresas controladas conjuntamente e empresas associadas estrangeiras foram as seguintes:
| 31.12.2007 | 31.12.2006 | ||||
|---|---|---|---|---|---|
| Final do período | Média do período | Final do período | Média do período | ||
| Libra Inglesa | 1,36361 | 1,46209 | 1,48920 | 1,46704 | |
| Real Brasileiro | 0,38516 | 0,37577 | 0,35564 | 0,36658 |
Fonte: Bloomberg
As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
As perdas de imparidade detectadas no valor de realização do imobilizado corpóreo, são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rúbrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
| Anos | |
|---|---|
| Edifícios e outras construções | 10 a 50 |
| Equipamento básico | 10 a 20 |
| Equipamento de transporte | 4 a 5 |
| Ferramentas e utensílios | 4 a 8 |
| Equipamento administrativo | 3 a 10 |
| Outras imobilizações corpóreas | 4 a 8 |
As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem.
As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/promoção, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido
contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.
As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.
As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.
As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do período em que são incorridas.
Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização, pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado, o qual corresponde a um periodo compreendido entre 3 a 6 anos, e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.
São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.
As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.
Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.
Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.
Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.
As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.
Os investimentos classificam-se como segue:
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.
O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.
Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.
Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.
Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.
As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica
Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.
Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos
separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, |
2007 | $\frac{0}{0}$ | |||||
| -------------------------------------------- | ------- | --------------- | |||||
| AUDITORIA E REVISÃO LEGAL DE CONTAS | 177,9 | 69.6 | |||||
| OUTROS SERVIÇOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE | 50,0 | 19,6 | |||||
| CONSULTORIA FISCAL-------------- | ------------------ | ------------------ | ------------------ | -- | |||
| Final do período | Média do período | Final do período | Média do período | ||||
| Libra Inglesa | 1,36361 | 1,46209 | 1,48920 | 1,46704 | |||
| Real Brasileiro | 0,38516 | 0,37577 | 0,35564 | 0,36658 |
Fonte: Bloomberg
As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
As perdas de imparidade detectadas no valor de realização do imobilizado corpóreo, são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rúbrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
| Anos | |
|---|---|
| Edifícios e outras construções | 10 a 50 |
| Equipamento básico | 10 a 20 |
| Equipamento de transporte | 4 a 5 |
| Ferramentas e utensílios | 4 a 8 |
| Equipamento administrativo | 3 a 10 |
| Outras imobilizações corpóreas | 4 a 8 |
As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem.
As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/promoção, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido
contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.
As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.
As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.
As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do período em que são incorridas.
Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização, pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado, o qual corresponde a um periodo compreendido entre 3 a 6 anos, e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.
São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.
As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.
Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.
Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.
Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.
As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.
Os investimentos classificam-se como segue:
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.
O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.
Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.
Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.
Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.
As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica
Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.
Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos
separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, |
27.6 | 10,8 | |||||
| TOTAL | Final do período | Média do período | Final do período | Média do período | |||
| Libra Inglesa | 1,36361 | 1,46209 | 1,48920 | 1,46704 | |||
| Real Brasileiro | 0,38516 | 0,37577 | 0,35564 | 0,36658 |
Fonte: Bloomberg
As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
As perdas de imparidade detectadas no valor de realização do imobilizado corpóreo, são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rúbrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
| Anos | |
|---|---|
| Edifícios e outras construções | 10 a 50 |
| Equipamento básico | 10 a 20 |
| Equipamento de transporte | 4 a 5 |
| Ferramentas e utensílios | 4 a 8 |
| Equipamento administrativo | 3 a 10 |
| Outras imobilizações corpóreas | 4 a 8 |
As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem.
As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/promoção, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido
contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.
As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.
As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.
As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do período em que são incorridas.
Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização, pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado, o qual corresponde a um periodo compreendido entre 3 a 6 anos, e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.
São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.
As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.
Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.
Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.
Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.
As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.
Os investimentos classificam-se como segue:
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.
O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.
Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.
Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.
Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.
As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica
Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.
Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos
separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, |
255,5 | 100,0 |
Os servicos de consultoria fiscal e os outros servicos são prestados por técnicos diferentes dos que estão envolvidos no processo de auditoria, pelo que consideramos estar desta forma assegurada a independência do auditor.
Os Estatutos da Sociedade prevêem que apenas poderão participar na Assembleia Geral os accionistas com direito a voto possuidores de acções ou títulos de subscrição que as substituam, que as tenham inscritas em conta de valores mobiliários escriturais e que façam prova dessa inscrição, através de carta emitida pela respectiva instituição que dê entrada na Sociedade, pelo menos, cinco dias úteis antes da data da Assembleia.
A cada acção corresponde um voto.
Os accionistas que sejam pessoas singulares poderão fazer-se representar nas reuniões da Assembleia Geral, mediante carta dirigida ao Presidente da Mesa que indique o nome, domicílio do representante e data da Assembleia. As pessoas colectivas far-se-ão representar pela pessoa que para o efeito designarem através de carta cuja autenticidade será apreciada pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Enguanto a Sociedade for considerada sociedade com o capital aberto ao investimento do público, os accionistas poderão votar por correspondência, no que se refere exclusivamente à alteração do contrato social e à eleição dos órgãos sociais. Só serão consideradas válidas as declarações de voto de onde conste de forma expressa e ineguívoca: (i) Que respeitam ao ponto quatro da ordem do dia; (ii) A indicação precisa e incondicional do sentido de voto para cada proposta. Não obstante o disposto em (ii), é permitido a um accionista que envie declaração de voto relativamente a certa proposta, declarar que vota contra todas as demais propostas no mesmo ponto da ordem de trabalhos, sem outras especificações. Entender-se-á que os accionistas que enviem declarações de voto por correspondência se abstêm na votação das propostas que não sejam objecto dessas declarações. Os votos exercidos por correspondência valem como votos negativos relativamente a propostas de deliberação apresentadas posteriormente à data em que esses mesmos votos tenham sido emitidos.
Só serão considerados os votos por correspondência, desde que recebidos na sede da Sociedade, por meio de carta registada com aviso de recepção dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com pelo menos três dias de antecedência em relação à data da Assembleia, sem prejuízo da obrigatoriedade da prova da gualidade de accionista. A declaração de voto deverá ser assinada pelo titular das acções ou pelo seu representante legal, devendo o accionista, se pessoa singular, acompanhar a declaração de cópia autenticada do seu bilhete de identidade, se pessoa colectiva deverá a assinatura ser reconhecida notarialmente na qualidade e com poderes para o acto. Compete ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, ou ao seu substituto, verificar da conformidade das declarações de voto por correspondência, valendo como não emitidos os votos correspondentes às declarações não aceites. Está disponível na página da Internet da empresa o modelo de boletim a usar no caso de voto por correspondência.
São colocados à disposição dos senhores accionistas, na sede social e na página da Sociedade na Internet, no prazo legal, as propostas a submeter à Assembleia Geral de Accionistas, acompanhadas dos relatórios, documentos e demais elementos de informação preparatória que legalmente as devem acompanhar.
Os valores e princípios do Grupo Sonae Capital estão profundamente enraizados na vivência dos seus colaboradores. Os principais vectores são a cultura empresarial (lideranca, disponibilidade para a mudanca, lealdade e rigor, transparência), a responsabilidade com os colaboradores (igualdade tratamento, desenvolvimento profissional, no segurança), a responsabilidade social (consciência ambiental, consciência social, abertura à sociedade, confiança e ética) e a independência face ao poder político.
Conforme mencionado no capítulo 1.1. acima, uma das áreas de suporte da Sonae Capital, SGPS, SA é a função de Auditoria Interna e Gestão de Risco. O processo de autonomização da Sonae Capital criou a necessidade de dotar a Sonae Capital de recursos próprios também nesta área, pelo que nesse sentido, a génese desta função surgiu naturalmente de um processo de afectação de recursos, quer humanos quer técnicos, existentes no Grupo Sonae.
Conforme referido no capítulo 1.3. do presente relatório, esta função, ainda no âmbito do planeamento e realização de actividades da função de Auditoria e Gestão de Risco do Grupo Sonae, acompanhou e promoveu o desenvolvimento de actividades sistemáticas e estruturadas de gestão dos riscos dos processos de negócio, devidamente integradas no ciclo de planeamento operacional e estratégico dos negócios da Sonae Capital.
Na gestão estratégica e corrente da sociedade e das suas filiais, estas adoptam activamente políticas de controlo de risco nas diversas vertentes dos seus negócios. Para o efeito, o departamento de Auditoria Interna e Gestão de Risco acompanha e promove práticas correntes de gestão e cobertura do risco.
A Sonae Capital, está exposta a uma diversidade de riscos financeiros dos quais se destacam os riscos de taxa de juro, cambial de transacção e de conversão, de liquidez, de contraparte e de crédito, exposição ao preco dos commodities e das matérias primas e aos riscos de flutuação dos mercados financeiros de dívida e de capital. A política de gestão dos riscos financeiros da Sonae Capital, procura minimizar eventuais efeitos adversos decorrentes da imprevisibilidade dos mercados financeiros.
A postura da Sonae Capital relativamente à gestão dos riscos financeiros é conservadora e prudente, utilizando por vezes instrumentos derivados para
hedging de determinados riscos, desde que relacionados com a actividade normal da empresa, não tomando posições em derivados ou outros instrumentos financeiros que não estejam relacionados com a sua actividade corrente.
Para além do número de acções a que corresponde um voto e das obrigações de representação dos accionistas, mencionadas no capítulo 2 acima, não existem limitações ao exercício do direito de voto.
O Conselho de Administração não tem conhecimento, no que lhe seja razoavelmente exigido, de direitos especiais ou acordos parassociais que envolvam accionistas da Sociedade.
A Sociedade não adoptou quaisquer medidas impeditivas do êxito de Ofertas Públicas de Aquisição.
O Conselho de Administração é composto por 3 membros executivos. O Conselho de Administração actualmente em funções foi eleito na Assembleia Geral Extraordinária de Accionistas da Sonae SGPS, SA de 14 de Dezembro de 2007 que aprovou também o projecto de cisão desta sociedade e que deu origem à Sonae Capital, SGPS, SA. O mandato deste Conselho de Administração é de quatro anos e termina a 31 de Dezembro de 2010. Os Administradores foram eleitos em lista única, não tendo sido apresentada lista alternativa por nenhum dos accionistas. Na Assembleia Geral de Accionistas agendada para o dia 9 de Abril de 2008 proceder-se-á à deliberação do alargamento do número de membros do Conselho de Administração bem como à nomeação de administradores para os novos lugares.
Os membros actuais do Conselho de Administração são:
| | | Executivo feita em função da substância e não da forma do contrato.
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.
São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.
As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.
Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.
Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.
Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.
As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.
Os investimentos classificam-se como segue:
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.
O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.
Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.
Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.
Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.
As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica
Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.
Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos
separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, |
Não Executivoncia e não da forma do contrato. |
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.
São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.
As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.
Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.
Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.
Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.
As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.
Os investimentos classificam-se como segue:
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.
O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.
Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.
Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.
Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.
As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica
Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.
Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos
separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, |
|||||||
| ---------------------------------- | ------------ | ------------------ | ------------------------- | ||||
| Belmiro Mendes de Azevedo | Presidente | x | |||||
| José Luís dos Santos Lima Amorim | x | ||||||
| Mário Pereira Pinto |
e foram eleitos como segue:
| | Primeira
Nomeaçãocontratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.
São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.
As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.
Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.
Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.
Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.
As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.
Os investimentos classificam-se como segue:
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.
O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.
Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.
Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.
Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.
As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica
Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.
Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos
separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, |
Fim do Mandatoional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação. |
São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.
As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.
Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.
Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.
Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.
As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.
Os investimentos classificam-se como segue:
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.
O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.
Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.
Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.
Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.
As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica
Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.
Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos
separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, |
|||||||
| ---------------------------------- | ----------------------------- | -------------------------- | |||||
| Belmiro Mendes de Azevedo | 2007 | 2010 | |||||
| José Luís dos Santos Lima Amorim | 2007 | 2010 | |||||
| Mário Pereira Pinto | 2007 | 2010 |
A lista das principais sociedades onde cada Administrador exerce funcões é apresentada no capítulo 4.3. deste relatório. No mesmo capítulo estão incluídos curricula vitae resumidos de cada Administrador, bem como o número de acções, da Sonae Capital, SGPS, SA ou de qualquer das suas filiais, por eles detidas em 31 de Dezembro de 2007.
O Conselho de Administração reunirá pelo menos quatro vezes por ano. Qualquer reunião só terá quórum se estiver presente ou representada a maioria dos membros. Todos os Administradores têm o mesmo direito de voto e as decisões são tomadas por maioria simples dos votos emitidos. Os membros do Conselho de Administração têm as obrigações expressas na Lei Portuguesa. Durante 2007, o Conselho reuniu 5 vezes, contando com a presenca de todos os Administradores. As actas correspondentes estão registadas no respectivo livro de actas. O Conselho de Administração recebe a informação sobre os assuntos constantes da ordem de trabalhos com pelo menos 48 horas de antecedência em relação à data de cada reunião.
O Conselho de Administração não deliberou ainda sobre a constituição de uma Comissão Executiva ou quaisquer outras comissões especializadas.
Atendendo à recente constituição da sociedade e à data de início de funções dos órgãos sociais (14 de Dezembro de 2007), estes não foram remunerados na sociedade e a remuneração paga em sociedades do Grupo aos membros do Conselho de Administração, após essa data, é imaterial.
Belmiro Mendes de Azevedo
Curriculum Vitae
NATURALIDADE: Marco de Canaveses CASADO
DATA DE NASCIMENTO: 17-02-1938 FILHOS: 3
Membro do European Union Hong-Kong Business Cooperation Committee Membro do International Advisory Board da Allianz AG Membro do Harvard Business School European Advisory Board Membro da Direcção da COTEC - Portugal Membro do European Round Table of Industrialists Membro fundador do Manufuture Portugal Fórum Administrador Unico da sociedade BA - Business Angels, SGPS, SA Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades:
Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: SC, SGPS, SA Sonae Turismo - SGPS, SA Spred, SGPS, SA
"Grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique" outorgada por Sua Excelência o Presidente da República de Portugal
"Encomienda de Numero de la Orden del Mérito Civil" outorgada por Sua Majestade o Rei D. Juan Carlos de Espanha.
"Ordem do Cruzeiro do Sul" outorgada por Sua Excelência o Presidente da República Federativa do Brasil
Honorary Fellow da London Business School
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.
Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.
Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.
Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.
As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica
Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.
Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos
separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, |
Sonae Capital, SGPS, SA - 1.862 acções, tendo por referência a participação na Sonae, SGPS, SA à mesma data (empresa que procedeu ao destaque da totalidade da sua participação na Sonae Capital, SGPS, SA).
NATURALIDADE: Porto CASADO
DATA DE NASCIMENTO: 11-09-1956 FILHOS: 1
Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto 1978 1982 Membro da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas
Várias funções, desde Assistente a Manager de Auditoria na Coopers & 1978 - 1984 Lybrand 1985 - 1999 Partner de Auditoria na Coopers & Lybrand
&idas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica
Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.
Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos
separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, lt;sup>1tes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual. |
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica
Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.
Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos
separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, Accões detidas, a 31 de Dezembro de 2007, directamente ou por familiares. |
1999 - 2007 Director de Planeamento e Controlo de Gestão da Sonae, SGPS, SA e Secretário do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Sonae, SGPS, SA
$2001 - 2007$ Director de Relações com os Investidores da Sonae, SGPS, SA
Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades:
Membro do Conselho de Administração das seguintes sociedades:
Membro da Gerência da Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, |
Não detém quaisquer acções na Sociedade.
Curriculum Vitae
NATURALIDADE: Vila Pouca de Aquiar CASADO
DATA DE NASCIMENTO: 08-11-1951 FILHOS: 1
Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto 1975 1989 "Advanced Management Programme" pelo INSEAD (Fontainebleau)
| 1975 - 1983 Assistente na Faculdade de Economia do Porto |
|---|
| 1082 - 1084 - Analista Financoiro no Banco Totta & Acoros, Porto |
Membro do Conselho de Administração da BA - Glass, SA Membro da Gerência da Partners, Serviços de Apoio à Gestão, Unipessoal, Lda
$2$ Acções detidas, a 31 de Dezembro de 2007, directamente ou por familiares.
Membro da Gerência da PSISA - Consultores, Lda Presidente do Conselho Fiscal da Estoril-Sol, SGPS, SA Administrador da CEV - Consumo em Verde, SA
Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades:
Membro do Conselho de Administração das seguintes sociedades:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, |
Não detém quaisquer acções na Sociedade.
Maia, 12 de Março de 2008
Belmiro Mendes de Azevedo
José Luís dos Santos Lima Amorim
$3$ Acções detidas, a 31 de Dezembro de 2007, directamente ou por familiares.
(Montantes expressos em Euros)
| 31.12.2007 | 31.12.2006 Pró-forma 1 | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| ACTIVO | Notas | Actividades | Actividades | Total Acumulado | Actividades | Actividades | Total Acumulado | |
| Continuadas | Descontinuadas | Continuadas | Descontinuadas | |||||
| ACTIVOS NÃO CORRENTES: | ||||||||
| Imobilizações corpóreas | 9 | 328.038.248 | 991.658 | 329.029.906 | 284.850.480 | 1.000.611 | 285.851.091 | |
| Imobilizações incorpóreas | 10 | 803.537 | 8.557 | 812.094 | 975.717 | 8.557 | 984.274 | |
| Diferenças de consolidação | 11 | 62.517.465 | 1.278.989 | 63.796.454 | 47.754.532 | 1.278.898 | 49.033.430 | |
| Investimentos em associadas | 6 | 18.985.662 | - | 18.985.662 | 14.932.898 | - | 14.932.898 | |
| Outros investimentos | 7 | 77.186.273 | - | 77.186.273 | 87.714.574 | - | 87.714.574 | |
| Impostos diferidos activos Outros activos não correntes |
19 13 |
14.117.740 24.311.811 |
203.180 6.821 |
14.320.920 24.318.632 |
4.422.449 28.339.120 |
319.697 5.496 |
4.742.146 28.344.616 |
|
| Total de activos não correntes | 525.960.736 | 2.489.205 | 528.449.941 | 468.989.770 | 2.613.259 | 471.603.029 | ||
| ACTIVOS CORRENTES: | ||||||||
| Existências | 14 | 142.074.734 | 1.414.928 | 143.489.662 | 93.391.169 | (9.275) | 93.381.894 | |
| Clientes | 15 | 35.322.604 | 13.423.831 | 48.746.435 | 38.268.268 | 17.131.308 | 55.399.576 | |
| Outras dívidas de terceiros | 16 | 24.998.713 | (1.144.969) | 23.853.744 | 48.114.281 | 324.008 | 48.438.289 | |
| Estado e outros entes públicos | 17 | 16.608.583 | 2.835.940 | 19.444.523 | 17.147.729 | 1.880.943 | 19.028.672 | |
| Outros activos correntes | 18 | 6.858.080 | 2.021.564 | 8.879.644 | 5.374.516 | 2.460.963 | 7.835.479 | |
| Investimentos detidos para negociação | 12 | 499 | - | 499 | 499 | - | 499 | |
| Caixa e equivalentes de caixa | 20 | 43.956.550 | 377.291 | 44.333.841 | 15.717.655 | 195.096 | 15.912.751 | |
| Total de activos correntes | 269.819.763 | 18.928.585 | 288.748.348 | 218.014.117 | 21.983.043 | 239.997.160 | ||
| TOTAL DO ACTIVO | 795.780.499 | 21.417.790 | 817.198.289 | 687.003.887 | 24.596.302 | 711.600.189 | ||
| CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO | ||||||||
| CAPITAL PRÓPRIO: | ||||||||
| Capital social | 21 | 250.000.000 | - | 250.000.000 | 250.000.000 | - | 250.000.000 | |
| Reservas legais | - | - | - | - | - | - | ||
| Reservas e resultados transitados | 62.453.729 | 29.400.513 | 91.854.242 | (10.979.229) | 32.144.897 | 21.165.668 | ||
| Resultado líquido do exercício atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe | 8.579.431 | 6.414.888 | 14.994.319 | (6.166.995) | 8.356.062 | 2.189.067 | ||
| Total do capital próprio atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe | 321.033.160 | 35.815.401 | 356.848.561 | 232.853.776 | 40.500.959 | 273.354.735 | ||
| Interesses minoritários | 22 | 36.758.832 | - | 36.758.832 | 18.876.352 | - | 18.876.352 | |
| TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO | 357.791.992 | 35.815.401 | 393.607.393 | 251.730.128 | 40.500.959 | 292.231.087 | ||
| PASSIVO: PASSIVO NÃO CORRENTE: |
||||||||
| Empréstimos bancários de longo prazo | 23 | 122.710.414 | - | 122.710.414 | 81.201.470 | - | 81.201.470 | |
| Empréstimos obrigacionistas | 23 | 49.766.000 | - | 49.766.000 | - | - | - | |
| Credores por locações financeiras | 23 e 24 | 18.726.595 | - | 18.726.595 | 4.815.233 | - | 4.815.233 | |
| Outros empréstimos | 23 | 250.577 | - | 250.577 | 375.002 | - | 375.002 | |
| Outros passivos não correntes | 26 | 34.461.335 | 4.689.100 | 39.150.435 | 65.171.055 | 5.218.887 | 70.389.942 | |
| Impostos diferidos passivos | 19 | 2.307.082 | 5.219.288 | 7.526.370 | 645.530 | 4.277.988 | 4.923.518 | |
| Provisões | 31 | 11.442.155 | 5.212.309 | 16.654.464 | 11.771.846 | 6.068.009 | 17.839.855 | |
| Total de passivos não correntes | 239.664.158 | 15.120.697 | 254.784.855 | 163.980.136 | 15.564.884 | 179.545.020 | ||
| PASSIVO CORRENTE: | ||||||||
| Empréstimos bancários de curto prazo | 23 | 7.714.042 | - | 7.714.042 | 45.989.018 | - | 45.989.018 | |
| Empréstimos obrigacionistas | 23 | 15.000.000 | - | 15.000.000 | - | - | - | |
| Credores por locações financeiras | 23 e 24 | 1.860.326 | - | 1.860.326 | 1.190.296 | - | 1.190.296 | |
| Outros empréstimos | 23 | 176.635 | - | 176.635 | 179.233 | - | 179.233 | |
| Fornecedores | 28 | 30.876.038 | 31.641.379 | 62.517.417 | 29.921.201 | 34.799.901 | 64.721.102 | |
| Outras dívidas a terceiros | 29 | 110.830.844 | (79.603.912) | 31.226.932 | 166.621.733 | (78.962.286) | 87.659.447 | |
| Estado e outros entes públicos | 17 | 12.039.282 | 1.360.493 | 13.399.775 | 7.505.187 | 170.794 | 7.675.981 | |
| Outros passivos correntes | 30 | 16.011.718 | 17.083.732 | 33.095.450 | 18.963.426 | 12.522.050 | 31.485.476 | |
| Provisões | 31 | 3.815.464 | - | 3.815.464 | 923.529 | - | 923.529 | |
| Total de passivos correntes | 198.324.349 | (29.518.308) | 168.806.041 | 271.293.623 | (31.469.541) | 239.824.082 | ||
| TOTAL DO PASSIVO | 437.988.507 | (14.397.611) | 423.590.896 | 435.273.759 | (15.904.657) | 419.369.102 | ||
| TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO | 795.780.499 | 21.417.790 | 817.198.289 | 687.003.887 | 24.596.302 | 711.600.189 | ||
O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
1) Ver nota 1.1. do anexo.
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, DE RESULTADOS POR NATUREZAS |
| 31.12.2007 | 31.12.2006 | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Notas | Actividades Continuadas |
Actividades Descontinuadas |
Total Acumulado | Actividades Continuadas |
Actividades Descontinuadas |
Total Acumulado | ||
| Proveitos operacionais: | ||||||||
| Vendas | 34 | 94.811.629 | (12.963.877) | 81.847.752 | 75.999.212 | (11.813.791) | 64.185.421 | |
| Prestações de serviços | 34 | 102.465.562 | 117.831.872 | 220.297.434 | 89.415.020 | 112.940.953 | 202.355.973 | |
| Outros proveitos operacionais | 35 | 8.202.339 | 33.345.161 | 41.547.500 | 11.668.066 | 39.811.627 | 51.479.693 | |
| Total de proveitos operacionais | 205.479.530 | 138.213.156 | 343.692.686 | 177.082.298 | 140.938.789 | 318.021.087 | ||
| Custos operacionais | ||||||||
| Custo das vendas | 14 | (51.004.254) | 10.154 | (50.994.100) | (45.365.539) | 190.933 | (45.174.606) | |
| Variação da produção | 32.409.338 | 28.901 | 32.438.239 | 8.520.490 | 44.159 | 8.564.649 | ||
| Fornecimentos e serviços externos | 36 | (132.258.568) | (123.102.014) | (255.360.582) | (98.896.244) | (124.055.037) | (222.951.281) | |
| Custos com o pessoal | 37 | (38.554.407) | (6.440.066) | (44.994.473) | (33.774.700) | (6.520.011) | (40.294.711) | |
| Amortizações e depreciações | 9 e 10 | (7.324.129) | (275.995) | (7.600.124) | (5.794.081) | (229.515) | (6.023.596) | |
| Provisões e perdas por imparidade | 31 | (722.729) | (879.229) | (1.601.958) | (3.293.034) | (671.965) | (3.964.999) | |
| Outros custos operacionais | 38 | (6.401.846) | (1.410.454) | (7.812.300) | (6.822.109) | (155.927) | (6.978.036) | |
| Total de custos operacionais | (203.856.595) | (132.068.703) | (335.925.298) | (185.425.217) | (131.397.363) | (316.822.580) | ||
| Resultados operacionais | 1.622.935 | 6.144.453 | 7.767.388 | (8.342.919) | 9.541.426 | 1.198.507 | ||
| Custos e perdas financeiras | (17.053.855) | 2.207.654 | (14.846.201) | (9.410.992) | 1.504.393 | (7.906.599) | ||
| Proveitos e ganhos financeiros | 7.055.704 | 368.617 | 7.424.321 | 7.451.947 | 111.265 | 7.563.212 | ||
| Resultados financeiros | 39 | (9.998.151) | 2.576.271 | (7.421.880) | (1.959.045) | 1.615.658 | (343.387) | |
| Resultados relativos a empresas associadas | 12 | 857.332 | - | 857.332 | 4.955.450 | - | 4.955.450 | |
| Resultados relativos a investimentos | 40 | 12.141.976 | (58.838) | 12.083.138 | 3.548.988 | - | 3.548.988 | |
| Resultado antes de impostos | 4.624.092 | 8.661.886 | 13.285.978 | (1.797.526) | 11.157.084 | 9.359.558 | ||
| Imposto sobre o rendimento | 41 | 4.809.155 | (2.246.998) | 2.562.157 | (1.537.415) | (2.801.022) | (4.338.437) | |
| Resultado depois de impostos | 9.433.247 | 6.414.888 | 15.848.135 | (3.334.941) | 8.356.062 | 5.021.121 | ||
| Resultado consolidado do exercício | 42 | 9.433.247 | 6.414.888 | 15.848.135 | (3.334.941) | 8.356.062 | 5.021.121 | |
| Atribuível a: | ||||||||
| Accionistas da Empresa-Mãe | 44 | 8.579.431 | 6.414.888 | 14.994.319 | (6.166.995) | 8.356.062 | 2.189.067 | |
| Interesses minoritários | 22 | 853.816 | - | 853.816 | 2.832.054 | - | 2.832.054 | |
| Resultados por acção | ||||||||
| Básico | 44 | 0,034318 | 0,025660 | 0,059977 | (0,024668) | 0,033424 | 0,008756 | |
| Diluído | 44 | 0,034318 | 0,025660 | 0,059977 | (0,024668) | 0,033424 | 0,008756 |
O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
1) Ver nota 1.1. do anexo.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO |
| Atri buív el A ccio nist as d S e C apit al ao s a ona |
|||||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Out R Tot al d ras ese rvas e |
e R ese rvas |
Tot al d o |
|||||||||
| Cap ital Not Soc ial as |
Res de erva Cisã o |
Aju stam ento s Pró -for 1) ma |
Res de erva Jus to V alor |
Res de erva Con ão c amb ial vers |
Res ulta dos Tra nsit ado s |
e R ltad esu os Tra nsit ado s |
Res ulta do Liqu ído |
Tot al |
Min oritá rios Cap |
ital Pró prio |
|
| Sald 1 de J iro d e 20 06 e o m ane |
250 .000 .000 |
132 .638 .253 |
(36 .976 .307 ) |
64.9 76.0 35 |
320 .910 |
(94 .854 .852 ) |
66. 104 .039 |
72.9 11.5 93 |
389 .015 .632 |
2.43 2.18 0 |
391 .447 .812 |
| Apl icaç ão d sult ado soli dad o de 200 5: o re con |
|||||||||||
| rênc Tra nsfe ia lega l e r ltad os t itad pa ra r ese rva esu rans os |
- - |
- | - | - | 72.9 11.5 93 |
72.9 11.5 93 |
(72 .911 .593 ) |
- | - | - | |
| Divi den dos di strib uído s |
- - |
- | - | - | - | - | - | - | - | - | |
| Var iaçã o na s re serv as |
|||||||||||
| Ger ada ercí cio no s ex |
- - |
- | 9.30 4.08 6 |
96.8 14 |
- | 9.40 0.90 0 |
- | 9.40 0.90 0 |
(17 .599 ) |
9.38 3.30 1 |
|
| Alie ão d e fil iais iada naç e as soc s |
- - |
- | (4.6 95.6 89) |
- | - | (4.6 95.6 89) |
(4.6 95.6 89) |
- | (4.6 95.6 89) |
||
| De lien açã o de filia is e ocia das ltad a ass em resu os |
- - |
9.95 5.05 2 |
- | - | - | 9.95 5.05 2 |
- | 9.95 5.05 2 |
149 .700 |
10.1 04.7 52 |
|
| Aqu isiçã o de filia is e ocia das ass |
- - |
(2.7 96.7 46) |
- | - | 2.79 6.74 6 |
- | - | - | - | - | |
| Tra nsfe rida ci são na s |
- - |
(91 .858 .269 ) |
- | - | (37 .500 .000 ) |
(129 .358 .269 ) |
- | (129 .358 .269 ) |
13.8 94.2 04 |
(115 .464 .065 ) |
|
| Out riaç ões ras va |
- - |
- | - | - | (3.1 51.9 58) |
(3.1 51.9 58) |
- | (3.1 51.9 58) |
(414 .187 ) |
(3.5 66. 145 ) |
|
| Res ulta do lida do l íqui do d ríod co nso o pe o |
- | ||||||||||
| ercí do cio find 3 1 de Dez emb ro d e 20 06 ex o e m |
- - |
- | - | - | - | - | 2.18 9.06 7 |
2.18 9.06 7 |
2.83 2.05 4 |
5.02 1.12 1 |
|
| Sald 1 de Dez emb ro d 3 e 20 06 e o m |
250 .000 .000 |
132 .638 .253 |
(12 0) 1.67 6.27 |
69.5 84.4 32 |
417 .724 |
(59 ) .798 .471 |
21. 165 .668 |
2.18 9.06 7 |
273 .354 .735 |
18.8 76.3 52 |
292 .231 .087 |
| Sald 1 de J iro d e 20 07 e o m ane |
250 .000 .000 |
132 .638 .253 |
(12 1.67 6.27 0) |
69.5 84.4 32 |
417 .724 |
(59 .798 .471 ) |
21. 165 .668 |
2.18 9.06 7 |
273 .354 .735 |
18.8 76.3 52 |
292 .231 .087 |
| Apl icaç ão d sult ado soli dad o de 200 6: o re con |
|||||||||||
| Tra nsfe rênc ia lega l e r ltad itad os t pa ra r ese rva esu rans os |
- - |
- | - | - | 2.18 9.06 7 |
2.18 9.06 7 |
(2.1 89.0 67) |
- | - | - | |
| Divi den dos di strib uído s |
- - |
- | - | - | - | - | - | - | - | - | |
| Var iaçã o na s re serv as |
|||||||||||
| Ger ercí ada cio no s ex |
- - |
- | (8.0 94.0 73) |
(464 .977 ) |
- | (8.5 59.0 50) |
- | (8.5 59.0 50) |
(22 .328 ) |
(8.5 81.3 78) |
|
| Tra nsfe rida ltad os d e ju valo r de inst s de cob sto ento ertu pa s ra r esu rum ra |
- - |
- | - | - | - | - | - | - | |||
| Tra nsfe rida ltad pa s ra r esu os |
- - |
- | (9.5 81) 20.8 |
- | - | (9.5 81) 20.8 |
(9.5 81) 20.8 |
- | (9.5 81) 20.8 |
||
| Alie ão d e fil iais iada naç e as soc s |
- - |
96.5 48.8 26 |
- | - | - | 96.5 48.8 26 |
- | 96.5 48.8 26 |
96.5 48.8 26 |
||
| De lien açã o de filia is e ocia das ltad a ass em resu os |
- - |
31.4 37.2 08 |
- | - | (31 .437 .208 ) |
- | - | - | - | ||
| Aqu isiçã ital de f iliais iada ento o e aum cap e as soc s |
- - |
(6.3 09.7 64) |
- | - | (6.3 09.7 64) |
- | (6.3 09.7 64) |
17.1 08.0 25 |
10.7 98.2 61 |
||
| Out riaç ões ras va |
- - |
- | - | - | (3.6 59.6 24) |
(3.6 59.6 24) |
- | (3.6 59.6 24) |
(57 .033 ) |
(3.7 16.6 57) |
|
| Res ulta do lida do l íqui do d ríod co nso o pe o |
- | - | - | ||||||||
| ercí do cio find 3 1 de Dez emb ro d e 20 07 ex o e m |
- - |
- | - | - | - | - | 14.9 94.3 19 |
14.9 94.3 19 |
853 .816 |
15.8 48. 135 |
|
| Sald 1 de Dez emb ro d 3 e 20 07 e o m |
250 .000 .000 |
132 .638 .253 |
- | 51.9 69.4 78 |
(47 ) .253 |
(92 ) .706 .236 |
91.8 54.2 42 |
14.9 94.3 19 |
356 .848 .561 |
36.7 58.8 32 |
393 .607 .393 |
1) Ver nota 1.1. do anexo.
| 31.Dezembro.2007 | 31.12.2006 PRO FORMA | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Actividades Continuadas |
Actividades Descontinuadas |
Total Acumulado | Actividades Continuadas |
Actividades Descontinuadas |
Total Acumulado | |||
| ACTIVIDADES OPERACIONAIS: | Notas | |||||||
| Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal |
215.997.007 (186.808.364) (38.373.599) |
107.704.776 (89.848.687) (6.523.632) |
323.701.783 (276.657.051) (44.897.231) |
170.985.569 (136.702.277) (34.757.165) |
120.510.832 (89.436.033) (6.315.309) |
291.496.401 (226.138.310) (41.072.474) |
||
| Fluxos gerados pelas operações | (9.184.956) | 11.332.457 | 2.147.501 | (473.873) | 24.759.490 | 24.285.617 | ||
| Pagamento/recebimento de imposto sobre o rendimento Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional |
(6.398.314) 8.136.559 |
16.036 (402.809) |
(6.382.278) 7.733.750 |
(2.044.523) 8.816.509 |
(1.042.112) (3.925.667) |
(3.086.635) 4.890.842 |
||
| Fluxos das actividades operacionais (1) | (7.446.711) | 10.945.684 | 3.498.973 | 6.298.113 | 19.791.711 | 26.089.824 | ||
| ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: | ||||||||
| Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas e propriedades de investimento Imobilizações incorpóreas Juros e proveitos similares Empréstimos concedidos Dividendos Outros |
45 | 114.899.762 22.381.443 - 8.184.461 70.504.378 2.717.872 |
(11.200.000) 121.705 - 351.942 - - - |
103.699.762 22.503.148 8.536.403 70.504.378 2.717.872 |
25.361.734 22.007.666 12.292 5.810.490 124.027.982 6.614.841 6.607 |
- 188.193 - 111.265 - (4.189.161) - |
25.361.734 22.195.859 12.292 5.921.755 124.027.982 2.425.680 6.607 |
|
| 218.687.916 | (10.726.353) | 207.961.563 | 183.841.612 | (3.889.703) | 179.951.909 | |||
| Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas e propriedades de investimento Imobilizações incorpóreas Empréstimos concedidos Outros |
45 | (80.159.253) (83.324.197) (335.284) (10.143.067) |
- (505.869) - - - |
(80.159.253) (83.830.066) (335.284) (10.143.067) |
(142.955.330) (96.127.556) (570.044) (39.315.940) - |
- (4.197.774) 18.812 - - |
(142.955.330) (100.325.330) (551.232) (39.315.940) - |
|
| (173.961.801) | (505.869) | (174.467.670) | (278.968.870) | (4.178.962) | (283.147.832) | |||
| Fluxos das actividades de investimento (2) | 44.726.115 | (11.232.222) | 33.493.893 | (95.127.258) | (8.068.665) | (103.195.923) | ||
| ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: | ||||||||
| Recebimentos respeitantes a: Empréstimos obtidos Aumento de capital, prestações suplementares e prémios de emissão |
111.024.639 30.820.921 |
- - |
111.024.639 30.820.921 |
157.407.175 14.344.072 |
(13.958.100) - |
143.449.075 14.344.072 |
||
| Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos Juros e custos similares Reduções de capital e prestações suplementares Dividendos Aquisições de acções (quotas) próprias Outros |
141.845.560 (130.481.852) (19.227.620) - - - (1.004.006) |
- (1.690.000) 2.160.383 - - - - |
141.845.560 (132.171.852) (17.067.237) (1.004.006) |
171.751.247 (60.672.929) (8.766.097) - - - - |
(13.958.100) - 1.472.114 - - - - |
157.793.147 (60.672.929) (7.293.983) |
||
| (150.713.478) | 470.383 | (150.243.095) | (69.439.026) | 1.472.114 | (67.966.912) | |||
| Fluxos das actividades de financiamento (3) | (8.867.918) | 470.383 | (8.397.535) | 102.312.221 | (12.485.986) | 89.826.235 | ||
| Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período |
28.411.486 494.239 13.086.955 |
183.845 195.096 |
28.595.331 494.239 13.282.051 |
13.483.076 (63.594) (459.715) |
(762.940) 958.036 |
12.720.136 (63.594) 498.321 |
||
| Caixa e equivalentes cindidos | - | - | - | |||||
| Caixa e seus equivalentes no fim do período | 20 | 41.004.202 | 378.941 | 41.383.143 | 13.086.955 | 195.096 | 13.282.051 |
O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
(Montantes expressos em euros)
A SONAE CAPITAL, SGPS, SA ("Empresa" ou "Sonae Capital") tem a sua sede no Lugar do Espido, Via Norte, Apartado 3053, 4471-907 Maia, Portugal, sendo a empresa-mãe de um universo de empresas conforme indicado nas Notas 5 a 7 ("Grupo Sonae Capital") e foi constituída por escritura pública de 14 de Dezembro de 2007 em resultado do destaque da participação da SC, SGPS, S.A. (anteriormente denominada Sonae Capital, SGPS, S.A) através de cisão simples do Grupo Sonae, cujo projecto foi aprovado pelo Conselho de Administração da Sonae, SGPS, SA em 8 de Novembro de 2007 e pela sua Assembleia Geral de 14 de Dezembro de 2007.
A carteira de negócios da Sonae Capital encontra-se reorganizada de acordo com o seu objectivo estratégico, assente no desenvolvimento de dois ramos de actividade distintos e autónomos:
Tendo em consideração que a Sonae Capital foi constituída por cisão simples da participação financeira detida pela Sonae, SGPS, S.A. no capital social da SC, SGPS, S.A. (anteriormente denominada Sonae Capital SGPS, S.A.) não foram apresentadas demonstrações financeiras consolidadas históricas desta sociedade. Adicionalmente, a SC, SGPS, S.A. não divulgava as suas demonstrações financeiras consolidadas dado que estava dispensada de as elaborar por ser integralmente detida pela Sonae, SGPS, S.A.
Dado que em substância, a actividade relativa aos exercícios de 2006 e 2007 das empresas que constituíam o Grupo Sonae Capital não foi alterada pela operação de cisão acima referida, as demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e a informação comparativa relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, foram preparadas no presuposto de que aquelas empresas já se encontravam numa relação de Grupo, tendo em consideração os pressupostos e critérios abaixo referidos.
Para efeitos de inclusão no prospecto de admissão à negociação de acções representativas do capital social da Sonae Capital, SGPS, S.A.e por forma a apresentar informação financeira consolidada histórica da Sonae Capital foram elaboradas demonstrações financeiras consolidadas pró-forma reportadas a 30 de Junho de 2007 e a 31 de Dezembro de 2006 e de 2005.
As demonstrações financeiras consolidadas de 2007 foram elaboradas com base nos pressupostos já anteriormente considerados para o prospecto de admissão à negociação de acções representativas do capital social da Sonae Capital, S.G.P.S.,S.A., bem como considerando o reflexo da ocorrência do acordo celebrado entre a SC- Engenharia e Promoção Imobiliária, S.G.P.S.,S.A. e a empresa Soares da Costa Construções, S.G.P.S.,S.A., para a alienação, a título definitivo, das acções que representam a totalidade do capital social da Contacto - Sociedade de Construções,S.A., contrato esse que já se concretizou no dia 21 de Fevereiro de 2008 (operações consideradas como descontinuadas no âmbito da IFRS 5 - tendo sido também considerado o efeito ao nível do Balanço consolidado pró-forma em 31 de Dezembro de 2006)
Os balanços consolidados reportados a 31 de Dezembro de 2007 e 2006, reflectem os efeitos da alienação da Contacto-Sociedade de Construções, S.A..
Conforme definido na norma internacional IFRS 5, e de modo a assegurar a comparabilidade entre 2007 e 2006, nas demonstrações de resultados consolidados e dos fluxos de caixa consolidados são apresentadas separadamente:
Estas demonstrações financeiras consolidadas pró-forma resultam da adopção dos seguintes critérios:
Dado que a operação de cisão simples constitui uma transacção entre entidades sob controlo comum representando uma reorganização do portfólio de negócios da Sonae, SGPS, S.A. e dado que na data de destaque dos direitos de cisão os accionistas da Sonae Capital, SGPS, S.A. eram idênticos aos da Sonae, SGPS, S.A., foi utilizado o método da comunhão de interesses ("pooling of interests") tendo em consideração o previsto no IAS 8. De acordo com este método:
Os activos e passivos cindidos foram registados pelo valor contabilístico que apresentavam nas demonstrações financeiras consolidadas da Sonae, SGPS, S.A.;
As transacções e fluxos de caixa foram apresentados pelos mesmos montantes que eram apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas da Sonae, SGPS, S.A.;
Foram repostos os saldos e transacções intra-grupo das empresas incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas com as restantes empresas do Grupo Sonae;
A diferença entre o valor nominal das acções emitidas em resultado do processo de cisão (250.000.000 Euros) acrescido da Reserva de Cisão criada (132.638.253 Euros) e o valor dos activos líquidos cindidos é apresentada em capital próprio;
Foram excluídas destas demonstrações financeiras consolidadas pró-forma todas as filiais e associadas detidas directa ou indirectamente pela SC, SGPS, S.A. (anteriormente denominada Sonae Capital, SGPS, S.A.) que em 1 de Outubro de 2007, data a que se reporta a cisão, não eram participadas da Sonae Capital directa ou indirectamente (não foram objecto de cisão) e que não se relacionavam com a actividade da Grupo após aquela data. Os valores de investimentos financeiros e empréstimos concedidos a estas filiais registados nas demonstrações financeiras individuais das empresas incluidas na consolidação (Nota 5) e os resultados da sua alienação, bem como os dividendos por si gerados, foram eliminados por contrapartida de capitais próprios em 2006 e 2007;
As filiais adquiridas directa ou indirectamente pela SC, SGPS, SA em data posterior a 1 de Janeiro de 2004, foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pró-forma a partir da data da sua aquisição, que no caso de terem sido adquiridas ao Grupo Sonae se considera a data da sua aquisição por esta;
O registo dos activos e passivos incluindo o valor das diferenças de consolidação relativas a filiais da SC, SGPS, SA adquiridas ao Grupo Sonae em data posterior a 1 de Janeiro de 2004 foi efectuado por contrapartida de capitais próprios na rubrica Ajustamentos Pró-forma. No momento da aquisição efectiva das referidas filiais e associadas, pela SC, SGPS, SA o montante do preço de aquisição foi igualmente registado por contrapartida de capitais próprios;
Tendo em consideração o objectivo de elaboração destas demonstrações financeiras pró-forma, foram ainda excluídas da consolidação todas as filiais e associadas que, embora detidas pela Sonae Capital a 1 de Outubro de 2007, à data da emissão destas demonstrações financeiras tinham já sido objecto de alienação. Relativamente a estas participações foram seguidos os procedimentos referidos no ponto 5 acima .
As filiais excluídas para alienação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | ||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| À data da alienação | 31.Dezembro.2006 | |||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | |||
| Filiais alienadas até 31 de Dezembro de 2006 | ||||||||
| Imoplamac Gestão de Imóveis, SA | Santarém | 100,00% | 100,00% | |||||
| Somit-Soc.Mad.Ind.Transformadas, SA |
Oliveira do Hospital | 100,00% | 100,00% | |||||
| Filiais alienadas até 31 de Dezembro de 2007 | ||||||||
| Casa Agrícola João e António Pombo, SA |
Portel | 66,67% | 66,67% | 66,67% | 32,67% | |||
| Elmo SGPS, SA | Maia | 60,00% | 60,00% | 100,00% | 100,00% | |||
| Esprit du Monde, SA | Portel | 100,00% | 66,67% | 100,00% | 32,67% | |||
| Iginha-Sociedade Imobiliária, SA | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 49,00% | |||
| Ipaper-Industria Papeis Impregnados, SA |
Maia | 51,00% | 24,99% | 51,00% | 24,99% | |||
| Leroy Gabon, SA | Libreville (Gabão) | 99,99% | 99,99% | 99,99% | 99,99% | |||
| Placage d'Okoumé du Gabon | Libreville (Gabão) | 99,88% | 99,88% | 99,88% | 99,88% | |||
| Plysorol Contreplaques, SAS | França | 100,00% | 60,00% | 100,00% | 100,00% | |||
| Plysorol SAS | Niort (França) | 100,00% | 60,00% | 100,00% | 100,00% | |||
| Safira Services-Limpeza Espaços Verd., SA |
Porto | 51,00% | 25,55% | 51,00% | 25,55% | |||
| Espimaia -Sociedade Imobiliária, SA | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% |
| Isoroy Casteljaloux | Casteljaloux (França) |
100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% |
|---|---|---|---|---|---|
| MDS - Corretores de Seguros, SA | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% |
| Sonae RE, SA | Luxemburgo | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% |
| Percentagem de capital detido | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| À data da alienação 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Total Total |
||||
| Associadas alienadas até 31 de Dezembro de 2007 | ||||||
| Interclean, SA | Brasil | 12,77% | 12,77% | |||
| Developpement & Partenariat Assurances, SA |
Paris (França) | 35,00% | 35,00% | |||
| Lazam Corretora, Ltda | Brasil | 45,00% | 45,00% | |||
| Cooper Gay ( Holding) Limited | UK | 13,68% | 13,68% |
| FIRMA | Sede Social | |
|---|---|---|
| Filiais adquiridas até 31 de Dezembro de 2006 | ||
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | Lagos | |
| 1) | Aquapraia Investimentos Turísticos, SGPS, SA | Lisboa |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, SA | Grândola | |
| Bloco Q-Sociedade Imobiliária, SA | Porto | |
| Bloco W-Sociedade Imobiliária, SA | Matosinhos | |
| 2) | Campimeios - Sociedade Imobiliária, SA | Maia |
| Casa da Ribeira - Hotelaria e Turismo, SA | Marco de Canaveses | |
| 1) | Gestholdings-SGPS, SA | Porto |
| Golf Time - Golfe e Inv.Turisticos, SA | Porto | |
| Imoareia Investimentos Turisticos, SGPS, SA | Matosinhos | |
| Imoferro-Soc.Imobiliária, SA | Maia | |
| Imopenínsula - Sociedade Imobiliária, SA | Grândola | |
| Imoponte-Soc.Imobiliaria, SA | Maia | |
| Imoresort - Sociedade Imobiliária, SA | Grândola | |
| Insulatroia - Sociedade Imobiliária, SA | Grândola | |
| Integrum-Serviços Partilhados, SA | Maia | |
| Marimo -Exploração Hoteleira Imobiliária, SA | Grândola | |
| Marina de Troia, SA | Troia | |
| Marina Magic - Exploração de Centros Lúd, SA | Lisboa | |
| Marmagno-Expl.Hoteleira Imob., SA | Grândola | |
| Marvero-Expl.Hoteleira Imob., SA | Grândola | |
| Partnergiro-Empreendimentos Turisticos, SA | Maia | |
| SII - Soberana Investimentos Imobiliários, SA | Grândola | |
| Solinca III-Desporto e Saúde, SA | Lisboa | |
| 1) | Solinca Lazer,SGPS, SA | Porto |
| Solinca-Investimentos Turísticos, SA | Porto | |
| Solinfitness - Club Malaga, SL | Malaga (Espanha) | |
| Soltroia-Imob.de Urb.Turismo de Troia, SA | Lisboa | |
| Sonae Turismo - SGPS, SA | Porto | |
| Sonae Turismo Gestão e Serviços, SA | Porto | |
| Sontur, BV | Amesterdão (Holanda) | |
| Troiaresort - Investimentos Turisticos, SA | Grândola | |
| Troiaverde-Expl.Hoteleira Imob., SA | Grândola | |
| Tulipamar-Expl.Hoteleira Imob., SA | Grândola | |
| Venda Aluga-Sociedade Imobiliária, SA | Maia | |
| World Trade Center Porto, SA | Porto | |
| Filiais adquiridas até 31 de Dezembro de 2007 | ||
| Atlantic Ferries - Traf.Loc.Flu.e Marit., SA | Grândola | |
| Investalentejo, SGPS, SA | Vila de Conde | |
| Sete e Meio - Investimentos e Consultadoria, SA | Grândola | |
| Sete e Meio Herdades - Investimentos Agricolas e Turismo, SA | Grândola |
1) Filial absorvida por fusão na Sonae Turismo - SGPS, SA em 2006;
2) Filial dissolvida em 2006.
As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas são as seguintes:
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IFRS" – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – "IAS") emitidas pelo "International Accounting Standards Board" ("IASB") e Interpretações emitidas pelo "International Financial Reporting Interpretations Committee" ("IFRIC") ou pelo anterior "Standing Interpretations Committee" ("SIC"), em vigor em 1 de Janeiro de 2007.
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 5 a 7) no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, excepto para os instrumentos financeiros que se encontram registados ao justo valor (Nota 2.12).
Durante o exercício de 2007 foi aplicada pela primeira vez a IFRS 7 - "Instrumentos Financeiros" cuja aplicação é obrigatória para os exercícios com início em 1 de Janeiro de 2007 e as correspondentes alterações ao IAS 1- "Apresentação das Demonstrações Financeiras". A aplicação destas normas resultou no acréscimo de informação divulgada ao nível dos instrumentos financeiros utilizados no Grupo.
Adicionalmente, e a partir de 1 de Janeiro de 2007, entraram em vigor quatro Interpretações: (i) IFRIC 7 - "Adopção do método de reexpressão segundo a IAS 29 - Reporte Financeiro em Economias Hiperinflacionárias"; (ii) IFRIC 8 - "Âmbito do IFRS 2"; (iii) IFRIC 9 - "Reavaliação dos Derivados Embutidos" e (iv) IFRIC 10 - "Demonstrações Financeiras Intercalares e Imparidades. A aplicação destas interpretações não teve impacto relevante nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2007.
Por último, à data da emissão destas demonstrações financeiras, tinham sido emitidas as seguintes normas e interpretações, cuja aplicação ainda não era obrigatória e cuja ratificação pela União Europeia ainda não ocorreu:
A aplicação destas normas e interpretações não é obrigatória para o exercício com ínicio a 1 de Janeiro de 2007, tendo o Grupo decidido não adoptar antecipadamente as mesmas. Da aplicação destas normas e interpretações não resultarão efeitos materiais nas demonstrações financeiras futuras do Grupo, com excepção do IFRS 8.
O Grupo optou por não efectuar nenhuma divulgação adicional relacionada com a IAS 11- Contratos de construção pelo facto de a única actividade que se enquadra nessa área de negócio ser a Contacto Sociedade de Construções, SA, a qual foi considerada como actividade descontinuada pelo motivos indicados na nota 1.1
São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo:
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas, pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas é apresentado separadamente no balanço consolidado e na demonstração de resultados consolidada, respectivamente, na rubrica Interesses minoritários. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras encontram-se detalhadas na Nota 5.
Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.
Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação (Nota 2.2.c)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor de activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do período, após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.
Os investimentos financeiros em empresas do Grupo excluídas da consolidação são apresentados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade (Nota 7).
Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. As entidades nessas situações, quando existam, são incluídas na Nota 5.
Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém quer o controlo quer o
controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos representando
entre 20% e 50% do capital de uma empresa) e em empresas controladas conjuntamente são registados pelo método da equivalência patrimonial.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de ganhos ou perdas do período, e pelos dividendos recebidos.
As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas são reconhecidas como diferenças de consolidação e mantidas no valor de investimento financeiro em associadas (Nota 2.2.c)). Se essas diferenças forem negativas são registadas como proveito do período na rubrica Resultados relativos a empresas associadas, após reconfirmação do justo valor atribuído.
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas e empresas controladas conjuntamente quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir são objecto de reversão.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada ou empresa controlada conjuntamente, excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada.
Os ganhos não realizados em transacções com associadas ou empresa controlada conjuntamente são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada ou no empreendimento conjunto por contrapartida do investimento nessa mesma associada ou empreendimento conjunto. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de
Os investimentos financeiros em empresas associadas e empresas controladas conjuntamente encontram-se detalhados na Nota 6.
As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo, empresas controladas conjuntamente e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, se positivas, foram registadas na rubrica Diferenças de consolidação (Nota 11) ou mantidas na rubrica Investimentos em empresas associadas e em empresas controladas conjuntamente (Nota 6). As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sediadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição, encontram-se registadas na moeda funcional dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de reporte do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica Reserva de conversão cambial.
O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se existem perdas por imparidade. A quantia recuperável é determinada com base nos planos de negócio utilizados pela gestão do Grupo ou por relatórios de avaliação elaborados por entidades independentes. As perdas por imparidade das diferenças de consolidação constatadas no período são registadas na demonstração de resultados do período na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
As perdas por imparidade relativas a diferenças de consolidação não podem ser revertidas.
As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo, empresas controladas conjuntamente e empresas associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, se negativas, são reconhecidas como proveito na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos identificáveis.
As diferenças de consolidação originadas em aquisições anteriores à data de transição para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram mantidas pelos valores apresentados de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, ajustados pelos activos incorpóreos não aceites pelos IFRS, e objecto de testes de imparidade, sendo os impactos desses ajustamentos registados em Resultados Transitados, conforme IFRS 1. No caso de filiais estrangeiras, as diferenças de consolidação foram reexpressas na moeda funcional de cada filial, retrospectivamente. As diferenças cambiais geradas no processo de conversão foram registadas em Resultados transitados (IFRS 1).
Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras incluíndo o valor das diferenças de consolidação são convertidos para euros utilizando as taxas de câmbio à data do balanço e os custos e proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no período. A diferença cambial resultante, gerada após 1 de Janeiro de 2004, é registada no capital próprio na rubrica de Reserva de conversão cambial. As diferenças cambiais geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) foram anuladas por contrapartida de Resultados transitados.
As diferenças de consolidação e os ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para euros de acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do período.
Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação.
As cotações utilizadas na conversão para euros das contas das filiais, empresas controladas conjuntamente e empresas associadas estrangeiras foram as seguintes:
| 31.12.2007 | 31.12.2006 | ||||
|---|---|---|---|---|---|
| Final do período | Média do período | Final do período | Média do período | ||
| Libra Inglesa | 1,36361 | 1,46209 | 1,48920 | 1,46704 | |
| Real Brasileiro | 0,38516 | 0,37577 | 0,35564 | 0,36658 |
Fonte: Bloomberg
As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
As perdas de imparidade detectadas no valor de realização do imobilizado corpóreo, são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rúbrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
| Anos | |
|---|---|
| Edifícios e outras construções | 10 a 50 |
| Equipamento básico | 10 a 20 |
| Equipamento de transporte | 4 a 5 |
| Ferramentas e utensílios | 4 a 8 |
| Equipamento administrativo | 3 a 10 |
| Outras imobilizações corpóreas | 4 a 8 |
As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem.
As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/promoção, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido
contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.
As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.
As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.
As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do período em que são incorridas.
Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.
As amortizações são calculadas, após o início de utilização, pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado, o qual corresponde a um periodo compreendido entre 3 a 6 anos, e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.
Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração de resultados do período a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
Nas situações em que o Grupo age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço do Grupo e as rendas são reconhecidas na demonstração de resultados de forma linear durante o período de contrato de locação.
São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito a taxa de juro efectiva dos mesmos.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos ou projectos imobiliários classificados em existências são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponiveis para utilização ou no final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica.
Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Em contrapartida estes activos não são amortizados.
As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido dos valores dos descontos obtidos ou estimados obter ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio. O valor registado em mercadorias corresponde fundamentalmente a terrenos para desenvolvimento imobiliário.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função de níveis normais de utilização). A rubrica de Produtos e trabalhos em curso inclui fundamentalmente o valor de imóveis em desenvolvimento para venda no normal curso da actividade.
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais em Custo das vendas ou Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso.
Os proveitos e custos das obras em curso são reconhecidos utilizando o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada período, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de Outros activos correntes ou Outros passivos correntes, consoante a natureza da diferença.
Nas situações em que o resultado de um contrato de construção não pode ser estimado com fiabilidade, os proveitos contratuais são reconhecidos até ao montante dos custos incorridos e enquanto for provável que sejam recuperáveis. Os custos com os contratos de construção são reconhecidos como custos no período em que são incorridos.
Os proveitos relativos a trabalhos a mais, alterações de contrato, indemnizações e prémios de finalização são registados no momento em que são acordados com o cliente, ou nas situações em que as negociações com o cliente estejam numa fase avançada e que seja provável que as mesmas sejam favoráveis ao Grupo.
As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
O Grupo classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na Nota 8.
Os investimentos classificam-se como segue:
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto periodo de tempo. São classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.
O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até ao vencimento. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em empresas que não sejam cotadas e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica de Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o metodo da taxa efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.
Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.
Estes investimentos financeiros surgem quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida.
Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluidos nas classes identificadas na Nota 8.
As dívidas de "Clientes" e as "outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto para o momento actual.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos períodos, conforme política definida na Nota 2.16. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores e outras dívidas a terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos e/ou optimizar os custos de funding.
Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As
alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura, sendo transferidas para a rubrica
Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração consolidada de resultados.
Nos instrumentos derivados, embora contratados com os objectivos atrás referidos (fundamentalmente derivados sob a forma de opções de taxa de juro), em relação aos quais a empresa não aplicou "hedge accounting", são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos
separadamente nas situações em que os riscos e as características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os
contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração consolidada de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço.
As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae SGPS, SA e vencem-se ao longo de um período de 3 anos após a sua atribuição .
O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções ou opções sobre acções atribuídas e do justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em Custos com pessoal e Outros passivos, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de acções ou opções sobre acções remíveis em dinheiro.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
O imposto sobre o rendimento do período é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização,
ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos sócios ou accionistas.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a período futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada período. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.
Em cada período são identificados todos os segmentos aplicáveis ao Grupo, não tendo sido identificados segmentos secundários tendo em consideração que o Grupo opera fundamentalmente em Portugal e que foram escolhidos como segmentos primários segmentos de negócio.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócio identificados é incluída na Nota 46.
a) Risco de Taxa de Juro - POLÍTICA
Em resultado da manutenção de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, o Grupo está exposto ao risco de taxa de juro do Euro.
a volatilidade nos resultados do Grupo, não depende apenas da volatilidade dos seus resultados financeiros associada a volatilidade de taxas de juro;
em situações normais de mercado, existe uma correlação entre os níveis de taxa de juro e o crescimento económico, sendo de esperar que o impacto de movimentos na taxa de juro (e respectiva volatilidade nos cash flows associados ao serviço de dívida) pode em certa medida ser compensado, pelos movimentos nas restantes rubricas de demonstração de resultados, nomeadamente resultados operacionais; - a contratação de qualquer estrutura de cobertura, tem implicito um custo de oportunidade associado.
a politica do Grupo relativamente à mitigação deste risco não estabelece a manutenção de qualquer proporção mínima de dívida a taxa fixa (convertida em taxa fixa mediante a utilização de instrumentos financeiros derivados), optando em alternativa por uma abordagem dinâmica de monitorização da exposição que permita uma adequação das condições de mercado à real exposição do Grupo, de forma a evitar a abertura de exposição que pode ter impacto real nos resultados consolidados do Grupo.
Face ao exposto, a politica do Grupo relativa a este tema define a análise casuística de cada potencial operação, sendo que qualquer contratação de instrumentos derivados deve seguir os seguintes principios:
os derivados não são utilizados com objectivos de trading , geração de proveitos ou fins especulativos;
os derivados a contratar devem replicar exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito aos indexantes a utilizar, datas de refixação de taxa de juro e datas de pagamento de juro, e perfil de amortização da dívida subjacente;
o custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente, devem ser sempre conhecidos e limitados desde o inicio de contratação do derivado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadravel no custo de fundos considerado no plano de negócios;
a contratação de derivados tem como contrapartes autorizadas apenas Instituições Financeiras com rating mínimo de Investments Grade , privilegiando-se as Instituições de Relacionamento Bancário do Grupo;
Todas as operações devem ser objecto de leilão competitivo, com pelo menos duas instituições financeiras;
Todas as operações têm como suporte contratual o standard de mercado (ISDA), com schedules negociados com cada uma das Instituições; - Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo utiliza um conjunto de métodos de acordo com as práticas de mercado, nomeadamente modelos de avaliação de opções e modelos de actualização de fluxos de caixa futuros, com determinados pressupostos de mercado (taxas de juro, câmbio, volatilidades, etc) prevalecentes à data de Balanço. Cotações comparativas fornecidas por instituições financeiras são também utilizadas como referencial de valorização;
Todas as operações que não cumpram, na sua totalidade os principios atrás estabelecidos, têm de ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração.
A análise de sensibilidade à taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;
No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;
Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);
Alterações nas taxa de juro de mercado de derivados de taxa de juro que não são designados como fazendo parte de uma relação de cobertura, tal como definido na IAS 39 afectam os resultados da empresa (ganho/perda líquida resultante da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros), sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;
Alterações no valor justo de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;
Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;
Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0.75 pontos percentuais superiores/inferiores, o resultado líquido consolidado antes de impostos do Grupo em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 1.266.881,40 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria superior/inferior em cerca de 266.930,58 euros). O capital próprio resultante da análise de sensibilidade ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2007 seria inferior/superior em cerca de 0 euros (em 31 de Dezembro de 2006 seria inferior/superior em cerca de 0 euros).
O Grupo Sonae Capital, enquanto Grupo com presença essencialmente Ibérica, apresenta um nível imaterial de exposição a risco de taxa de câmbio.
Relativamente ao risco de transacção, sempre que surgem exposições a este nível é efectuada a gestão deste risco principalmente através do recurso a contratos de taxa de câmbio a prazo, de forma a eliminar a volatilidade das flutuações cambiais, e consequentemente aumentar a certeza do cash flow. Pontualmente, e caso os montantes envolvidos e grau de incerteza sejam relevantes, a Empresa, mediante a aprovação casuística do Conselho de Administração, poderá recorrer à utilização de opções.
Face à reduzida dimensão dos saldos em moeda estrangeira, não foram efectuadas análises de sensibilidade á variação da taxa de câmbio.
O Grupo está exposto aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras. Contudo, esses investimentos são geralmente efectuados com objectivos estratégicos e não de transacção activa desses investimentos.
O risco de crédito, na Sonae Capital, resulta maioritariamente (i) dos créditos sobre os seus clientes, relacionados com a actividade operacional, (ii) seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua actividade, e (iii) do risco de incumprimento de contrapartes em operações de gestão de portfolio.
a. as particularidades do perfil de clientes associados a cada um dos negócios,
b. a determinação criteriosa de limites de crédito adequados, por um lado, ao perfil de cliente e, por outro lado, à natureza do negócio, evitando a excessiva concentração de crédito e, consequentemente minimizando a sua exposição àquele risco;
c. uma regular monitorização das contas de cliente;
d. o estabelecimento de processos fragmentados de concessão de crédito, com a crição de uma segregação entre os procedimentos administrativos e os procedimentos de decisão;
e. o recurso às vias legalmente necessárias para recuperação de crédito
Para mitigar este risco, o Grupo:
a. Só executa operações com contrapartes com rating mínimo de Investment Grade;
b. Diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito,
c. Define um conjunto restrito de instrumentos elegíveis (visando a não contratação de instrumentos complexos cuja estrutura não esteja completamente conhecida);
d. Regularmente monitoriza as exposições totais a cada contraparte, de forma a garantir o cumprimento da politica estabelecida.
A gestão do risco de liquidez tem por objectivo garantir que, a todo o momento, o Grupo mantem a capacidade financeira para, dentro de condições de mercado não desfavoráveis: (i) cumprir com as suas obrigações de pagamento à medida do seu vencimento e (ii) garantir atempadamente o financiamento adequado ao desenvolvimento dos seus negócios e estratégia.
Para este efeito, o Grupo pretende manter uma estrutura financeira flexivel, pelo que o processo de gestão de liquidez no seio do Grupo compreende os seguintes aspectos fundamentais:
Gestão centralizada de liquidez (excedentes e necessidades de fundos) ao nível da Holding , procurando optimizar a função financeira no seio do Grupo; - Planeamento financeiro baseado em previsões de cash flows quer ao nível individual como consolidado, e para diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
Sistema de controle financeiro no curto e no médio e longo prazo (baseado em sistemas de Treasury e Cash Management ), que permita, atempadamente identificar desvios, antecipar necessidades de financiamento e identificar oportunidades de refinanciamento;
Diversificação das fontes de financiamento e contrapartes;
Dispersão das maturidades de divida emitida, visando evitar concentração excessiva, em determinados pontos no tempo, de amortizações de dívida;
Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito committed (de pelo menos um ano) e Programas de Papel Comercial, com prazos de aviso de cancelamento suficientemente confortáveis e prudentes, procurando obter um nível adequado de liquidez optimizando o montante de comissões de commitment suportadas.
Não ocorreram durante o período alterações de políticas contabilísticas ou erros materiais de períodos anteriores.
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | ||
| Sonae Capital SGPS, SA | Maia | MÃE | MÃE | MÃE | MÃE | ||
| Turismo | |||||||
| Águas Furtadas - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aqualuz - Turismo e Lazer, Lda | a) | Lagos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Aquapraia-Investimentos Turísticos, SA |
a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Azulino Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Bloco Q-Sociedade Imobiliária, SA | a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Bloco W-Sociedade Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Casa da Ribeira - Hotelaria e Turismo, SA |
a) | Marco de Canaveses |
100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Centro Residencial da Maia,Urban., SA |
a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Cinclus Imobiliária, SA | a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Country Club da Maia-Imobiliaria, SA | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Empreend.Imob.Quinta da Azenha, SA |
a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Imosede |
a) | Maia | 57,84% | 57,84% | 66,19% | 66,19% | |
| Golf Time - Golfe e Inv.Turisticos, SA | a) | Porto | 75,00% | 75,00% | 75,00% | 75,00% | |
| Imoareia Investimentos Turisticos, SGPS, SA |
a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Imobiliária da Cacela, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Imoclub-Serviços Imobiliários, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Imodivor - Sociedade Imobiliária, SA | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Imoferro-Soc.Imobiliária, SA | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Imohotel-Emp.Turist.Imobiliários, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Imopenínsula - Sociedade Imobiliária, SA |
a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Imoponte-Soc.Imobiliaria, SA | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Imoresort - Sociedade Imobiliária, SA |
a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Imosedas-Imobiliária e Serviços, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Implantação - Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Insulatroia - Sociedade Imobiliária, SA |
a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Investalentejo, SGPS, SA | a) | Vila de Conde | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Marimo -Exploração Hoteleira Imobiliária, SA |
a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Marina de Troia, SA | a) | Troia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Marina Magic - Exploração de Centros Lúd, SA |
a) | Lisboa | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Marmagno-Expl.Hoteleira Imob., SA | a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Martimope - Sociedade Imobiliária, SA |
a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Marvero-Expl.Hoteleira Imob., SA | a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Partnergiro-Empreendimentos Turisticos, SA |
a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% |
| Porturbe-Edificios e Urbanizações, | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| SA Praedium II-Imobiliária, SA |
a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Praedium III-Serviços Imobiliários, | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| SA Praedium-SGPS, SA |
a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Prédios Privados Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Predisedas-Predial das Sedas, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Promessa Sociedade Imobiliária, SA | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Promosedas-Prom.Imobiliária, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Sete e Meio - Investimentos e Consultadoria, SA Sete e Meio Herdades - |
a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Investimentos Agricolas e Turismo, SA |
a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| SC - Engenharia e Promoção Imobiliária, SGPS, SA SII - Soberana Investimentos |
a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Imobiliários, SA | a) | Grândola Amesterdão |
100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Soconstrução, BV Soira-Soc.Imobiliária de Ramalde, |
a) | (Holanda) | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| SA | a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Solinca III-Desporto e Saúde, SA | a) | Lisboa | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Solinca-Investimentos Turísticos, SA | a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Solinfitness - Club Malaga, SL | a) | Malaga (Espanha) | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Soltroia-Imob.de Urb.Turismo de Troia, SA |
a) | Lisboa | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Sonae Turismo - SGPS, SA | a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Sonae Turismo Gestão e Serviços, SA |
a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Sontur, BV | a) | Amesterdão (Holanda) |
100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Sótaqua - Soc. de Empreendimentos Turist, SA |
a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Spinveste - Promoção Imobiliária, SA |
a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Spinveste-Gestão Imobiliária SGII, SA |
a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Torre São Gabriel-Imobiliária, SA | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Troiaresort - Investimentos | a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Turisticos, SA Troiaverde-Expl.Hoteleira Imob., SA |
a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Tulipamar-Expl.Hoteleira Imob., SA | a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Urbisedas-Imobiliária das Sedas, SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Venda Aluga-Sociedade Imobiliária, | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| SA World Trade Center Porto, SA |
a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Spred | |||||||
| Atlantic Ferries - Traf.Loc.Flu.e Marit., SA |
a) | Grândola | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Box Lines Navegação, SA | a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Contacto - Sociedade de | a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Construções, SA | |||||||
| Contacto Concessões, SGPS, SA | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Cronosaúde – Gestão Hospitalar, SA | a) | Porto | 100,00% | 50,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Friengineering, SA | a) | São Paulo (Brasil) | 100,00% | 70,00% | 100,00% | 50,10% | |
| Inparvi SGPS, SA Integrum-Serviços Partilhados, SA |
a) a) |
Maia Maia |
100,00% 100,00% |
100,00% 70,00% |
100,00% 100,00% |
100,00% 35,07% |
|
| Invsaúde - Gestão Hospitalar, SA | a) | Maia | 100,00% | 50,00% | 100,00% | 100,00% | |
| 4) | Libra Serviços, Lda | a) | Funchal | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% |
| PJP - Equipamento de Refrigeração, | |||||||
| Lda | a) | Matosinhos | 100,00% | 70,00% | 100,00% | 35,07% | |
| 1) | Spred SGPS, SA Saúde Atlântica - Gestão Hospitalar, |
a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 50,10% | 50,10% |
| SA SC Insurance Risks Services, SGPS, |
a) | Maia | 50,00% | 50,00% | 100,00% | 100,00% | |
| SA | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Selfrio,SGPS, SA | a) | Matosinhos | 70,00% | 70,00% | 70,00% | 35,07% | |
| Selfrio-Engenharia do Frio, SA Sistavac-Sist.Aquecimento,V.Ar C., |
a) | Matosinhos | 100,00% | 70,00% | 100,00% | 35,07% | |
| SA | a) | Matosinhos | 100,00% | 70,00% | 100,00% | 35,07% | |
| SKK-Central de Distr., SA | a) | Porto | 100,00% | 70,00% | 100,00% | 35,07% | |
| SKKFOR - Ser. For. e Desen. de Recursos, SA |
a) | Maia | 100,00% | 70,00% | 96,00% | 33,67% | |
| SMP-Serv. de Manutenção Planeamento, SA |
a) | Matosinhos | 100,00% | 70,00% | 100,00% | 35,07% | |
| Société de Tranchage Isoroy SAS | a) | Honfleur (França) | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Société des Essences Fines Isoroy | a) | Honfleur (França) | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Sopair, SA | a) | Madrid (Espanha) | 100,00% | 70,00% | 60,00% | 30,06% | |
| Spinarq, SA | a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Textil do Marco, SA | a) | Marco de Canaveses |
90,37% | 90,37% | 90,37% | 90,37% | |
| 3) 5) | Vistas do Freixo Emp.Tur.imobiliárias,SA |
a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% |
| 2) | DMJB, SGPS, SA | a) | Maia | 100,00% | 100,00% | - | - |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Interlog-SGPS, SA | a) | Lisboa | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| 2) | Pargeste SGPS, SA | Maia | 89,99% | 89,99% | 40,00% | 40,00% | |
| Rochester Real Estate, Ltd | a) | Kent (U.K.) | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| SC-Consultadoria,SA | a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| SC-S.G.P.S., SA | a) | Porto | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Sonae Financial Participations, BV | a) | Amesterdão (Holanda) |
100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% | |
| Sonae International, Ltd | a) | Londres (U.K.) | 100,00% | 100,00% | 100,00% | 100,00% |
1) Ex - Publimeios-Soc.Gestora Part. Finan., SGPS, SA;
2) Filial adquirida no periodo;
3) Ex - NAB, Sociedade Imobiliária ,SA
4) Filial alienada no período;
5) Filial incluída no segmento Turismo, no período anterior.
Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral, conforme indicado na Nota 2.2.a).
As empresas associadas e conjuntamente controladas, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 são as seguintes:
| Percentagem de capital detido 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 |
||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Valor de Balanço | ||||||||
| FIRMA | Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | ||
| Turismo | ||||||||
| Andar - Sociedade Imobiliária, SA | Maia | 50,00% | 50,00% | 50,00% | 50,00% | - | - | |
| Sociedade de Construções do Chile, SA |
Lisboa | 100,00% | 50,00% | 100,00% | 50,00% | - | - | |
| Sociedade Imobiliária Troia - B3, SA | Grândola | 20,00% | 20,00% | 20,00% | 20,00% | 450.631 | 509.674 | |
| Vastgoed One - Sociedade Imobiliária, SA |
Maia | 100,00% | 50,00% | 100,00% | 50,00% | - | - | |
| Vastgoed Sun - Sociedade Imobiliária, SA |
Maia | 100,00% | 50,00% | 100,00% | 50,00% | - | - | |
| Spred | ||||||||
| CarPlus – Comércio de Automóveis, SA |
Vila Nova de Gaia | 100,00% | 50,00% | 100,00% | 50,00% | - | - | |
| 1) | Cinclus-Plan. e Gestão de Projectos, SA |
Porto | 25,00% | 25,00% | 100,00% | 100,00% | 567.259 | - |
| Change, SGPS, SA | Porto | 50,00% | 50,00% | 50,00% | 50,00% | 2.035.846 | 2.043.244 | |
| Choice Car - Comércio de Automóveis, SA |
Porto | 100,00% | 50,00% | 100,00% | 50,00% | - | - | |
| Choice Car SGPS, SA | Maia | 50,00% | 50,00% | 50,00% | 50,00% | 3.750.798 | 2.724.687 | |
| Etablissement A. Mathe, SA | França | 27,74% | 27,74% | 27,74% | 27,74% | 31.937 | 57.475 | |
| Finlog - Aluguer e Comércio de Automóveis, SA |
Matosinhos | 100,00% | 50,00% | 100,00% | 50,00% | - | - | |
| Guerin – Rent a Car (Dois), Lda | Lisboa | 100,00% | 50,00% | 100,00% | 50,00% | - | - | |
| Lidergraf - Artes Gráficas, Lda | Vila de Conde | 24,50% | 24,50% | 25,50% | 25,50% | 813.764 | 1.153.522 | |
| Luso Assistência - Gestão de Acidentes, SA |
Porto | 100,00% | 50,00% | 100,00% | 50,00% | - | - | |
| Norscut - Concessionária de Scut Interior Norte, SA |
Lisboa | 25,00% | 25,00% | 25,00% | 25,00% | 1.547.478 | - | |
| Operscut - Operação e Manutenção de Auto-estradas, SA |
Lisboa | 15,00% | 15,00% | 15,00% | 15,00% | 24.000 | 24.000 | |
| Sodesa, SA | Lisboa | 50,00% | 50,00% | 50,00% | 50,00% | 482.661 | 676.236 | |
| TP - Sociedade Térmica, SA | Porto | 50,00% | 50,00% | 50,00% | 50,00% | 9.281.288 | 7.743.929 | |
| Outras | ||||||||
| 2) | Pargeste SGPS, SA | Maia | 89,99% | 89,99% | 40,00% | 40,00% | - | 131 |
| Total (Nota 12) | 18.985.662 | 14.932.898 |
1) Em 2007, venda de 75% da participação, no entanto, já em 2006 foi considerada no consolidado como empresa associada.
2) Aquisição de 49,99% do capital social na associada, passando esta a ser incluida pelo método integral.
Os valores de balanço nulos resultam da redução do valor de aquisição por aplicação do método da equivalência patrimonial. As empresas associadas foram incluídas na consolidação pelo método da equivalência patrimonial.
Os valores agregados dos principais indicadores financeiros destas associadas, em 31 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2006, podem ser resumidos como segue:
| Total de Activos | 1.242.669.996 | 1.137.102.886 |
|---|---|---|
| Total de Passivos | 1.139.976.914 | 1.078.942.382 |
| Proveitos | 239.497.012 | 194.903.389 |
| Custos | 236.175.541 | 194.190.613 |
Durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o movimento ocorrido no valor dos investimentos em associadas, foi o seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Investimentos em associadas | ||
| Saldo em 1 de Janeiro | 14.932.898 | 9.764.314 |
| Aquisições durante o período | 5.985.283 | 857.316 |
| Alienações durante o período | - | (500) |
| Equivalência patrimonial | (1.634.249) | 4.311.768 |
| Cisão | - | - |
| Transferências | (298.270) | - |
| Saldo em 31 de Dezembro | 18.985.662 | 14.932.898 |
| Investimentos em associadas | 18.985.662 | 14.932.898 |
O efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial foi de 857.332 euros em resultados relativos a empresas associadas (4.955.450 euros em 31 de Dezembro de 2006) e -2.491.581 euros de outras variações registados em reservas (-643.682 euros em 31 de Dezembro de 2006).
As empresas do grupo, empresas controladas conjuntamente e empresas associadas excluídas da consolidação e investimentos disponíveis para venda, suas sedes sociais, proporção do capital detido e valor de balanço em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 são as seguintes:
| Percentagem de capital detido | |||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | Valor de Balanço | |||||||
| FIRMA | Motivo Exclusão |
Sede Social | Directo | Total | Directo | Total | 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | ||
| Turismo | |||||||||
| Delphinus – Soc. de Tur. e Div. de Tróia, SA |
a) | Grândola | 79,00% | 79,00% | 79,00% | 79,00% | - | - | |
| 1) | Fun International Entertainement, SA | a) | Porto | 50,00% | 50,00% | 50,00% | 50,00% | - | - |
| Infratroia – Emp. de Infraest. de Troia, E.N. |
a) | Grândola | 25,90% | 25,90% | 25,90% | 25,90% | 64.747 | 64.747 | |
| Spidouro S.P.E.I. Douro e Trás-os Montes, SA |
Vila Real | 8,30% | 8,30% | 8,30% | 8,30% | - | |||
| Star-Viagens e Turismo, SA | Lisboa | 10,00% | 10,00% | 10,00% | 10,00% | 1.550.976 | 1.550.976 | ||
| Spred | |||||||||
| 2) | Arbiworld BV | Porto | 100,00% | 100,00% | - | - | 9.988.577 | - | |
| 3)4) | Bar-Bar-Idade Glass - Serviços de Gestão e Investimentos, SA |
Porto | - | - | 7,83% | 7,83% | - | 12.054.632 | |
| 5) | Cinclus-Plan. e Gestão de Projectos, SA |
Porto | 25,00% | 25,00% | 100,00% | 100,00% | - | 1.962.203 | |
| Net, SA | Lisboa | 2,80% | 2,80% | 2,80% | 2,80% | 11.132 | 11.132 | ||
| Sear - Sociedade Europeia de Arroz, SA |
Santiago do Cacém |
15,00% | 15,00% | 15,00% | 15,00% | 150.031 | 150.031 | ||
| Societé Naturel de Bois Gabonais | Gabão | 4,24% | 4,24% | 4,24% | 4,24% | - | - | ||
| 4) | Sonae Indústria, SGPS, SA | Maia | 6,80% | 6,80% | 6,80% | 6,80% | 63.320.071 | 71.414.143 | |
| Real Change FCR - Fundo | Porto | 13,33% | 13,33% | - | - | 1.800.000 | |||
| Outros investimentos | 300.739 | 506.710 | |||||||
| Total (Nota 12) | 77.186.273 | 87.714.574 | |||||||
a) Filial, empresa controlada conjuntamente ou empresa associada para a qual, à data destas demonstrações financeiras, não existe informação financeira completa relativamente ao actual período.
1) Alienação, em 2007, da totalidade da participação.
2) Filial adquirida no período, em relação à qual existem opções de compra e de venda, não tendo por isso sido incluida no consolidado.
3) Alienação em 2006 de 3,92% e em 2007 do restante capital social da participada;
4) Participação mensurada ao justo valor;
5) Alienação de 75% do capital da empresa;
Os valores de balanço nulos decorrem do registo de perdas de imparidade (ver Nota 31).
Os instrumentos financeiros das actividades continuadas, de acordo com as politicas descritas na Nota 2.12, foram classificados como segue:
| Nota | Empréstimos e contas a receber |
Disponíveis para venda |
Investimentos detidos até ao vencimento |
Sub-total | Activos não abrangidos pelo IFRS 7 |
Total | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| A 31 de Dezembro de 2007 | |||||||
| Activos não correntes | |||||||
| Outros investimentos | 12 | - | 77.186.273 | 77.186.273 | - | 77.186.273 | |
| Outros activos não correntes | 13 | 24.311.811 | - | - | 24.311.811 | - | 24.311.811 |
| 24.311.811 | 77.186.273 | 0 | 101.498.084 | - | 101.498.084 | ||
| Activos correntes | |||||||
| Clientes | 15 | 35.322.604 | - | - | 35.322.604 | - | 35.322.604 |
| Outras dividas de terceiros | 16 | 24.998.713 | - | - | 24.998.713 | - | 24.998.713 |
| Investimentos detidos para negociação |
12 | - | 499 | - | 499 | - | 499 |
| Outros activos correntes | 18 | 135.206 | - | 6.722.874 | 6.858.080 | - | 6.858.080 |
| Caixa e equivalentes de caixa | 20 | 43.956.550 | - | - | 43.956.550 | - | 43.956.550 |
| 104.413.073 | 499 | 6.722.874 | 111.136.446 | - | 111.136.446 | ||
| 128.724.884 | 77.186.772 | 6.722.874 | 212.634.530 | - | 212.634.530 | ||
| A 31 de Dezembro de 2006 | |||||||
| Activos não correntes | |||||||
| Outros investimentos | 12 | - | 87.714.574 | - | 87.714.574 | - | 87.714.574 |
| Outros activos não correntes | 13 | 28.339.120 | - | - | 28.339.120 | 28.339.120 | |
| 28.339.120 | 87.714.574 | 0 | 116.053.694 | - | 116.053.694 | ||
| Activos correntes | |||||||
| Clientes | 15 | 38.268.268 | - | - | 38.268.268 | - | 38.268.268 |
| Outras dividas de terceiros | 16 | 48.114.281 | - | - | 48.114.281 | - | 48.114.281 |
| Outros activos correntes | 18 | 1.235.465 | - | 4.139.051 | 5.374.516 | - | 5.374.516 |
Caixa e equivalentes de caixa 20 15.717.655 - - 15.717.655 - 15.717.655
12 - 499 - 499 - 499
103.335.669 499 4.139.051 107.475.219 - 107.475.219 131.674.789 87.715.073 4.139.051 223.528.913 - 223.528.913
Investimentos detidos para negociação
| Nota | Passivos financeiros registados pelo custo amortizado |
Passivos não abrangidos pelo IFRS 7 |
Total | |
|---|---|---|---|---|
| A 31 de Dezembro de 2007 | ||||
| Passivos não correntes | ||||
| Empréstimos bancários | 23 | 122.710.414 | - | 122.710.414 |
| Emprestimos obrigacionistas | 23 | 49.766.600 | - | 49.766.600 |
| Outros empréstimos | 23 | 18.977.172 | 0 | 18.977.172 |
| Outros passivos não correntes | 26 | 33.636.840 | 824.495 | 34.461.335 |
| 225.091.026 | 824.495 | 225.915.521 | ||
| Passivos correntes | ||||
| Empréstimos bancários | 23 | 7.714.042 | - | 7.714.042 |
| Emprestimos obrigacionistas | 23 | 15.000.000 | - | 15.000.000 |
| Outros empréstimos | 23 | 2.036.961 | - | 2.036.961 |
| Fornecedores | 28 | 30.876.038 | - | 30.876.038 |
| Outras dividas a terceiros | 29 | 110.830.844 | - | 110.830.844 |
| Outros passivos correntes | 30 | 16.011.718 | - | 16.011.718 |
| 182.469.603 | 0 | 182.469.603 | ||
| 407.560.629 | 824.495 | 408.385.124 |
| Passivos não correntes | ||||
|---|---|---|---|---|
| Empréstimos bancários | 23 | 81.201.470 | - | 81.201.470 |
| Emprestimos obrigacionistas | 23 | - | - | - |
| Outros empréstimos | 23 | 5.190.235 | - | 5.190.235 |
| Outros passivos não correntes | 26 | 64.277.134 | 893.921 | 65.171.055 |
| 150.668.839 | 893.921 | 151.562.760 | ||
| Passivos correntes | ||||
| Empréstimos bancários | 23 | 45.989.018 | - | 45.989.018 |
| Emprestimos obrigacionistas | 23 | - | - | 0 |
| Outros empréstimos | 23 | 1.369.529 | - | 1.369.529 |
| Fornecedores | 28 | 29.921.201 | - | 29.921.201 |
| Outras dividas a terceiros | 29 | 166.621.733 | - | 166.621.733 |
| Outros passivos correntes | 30 | 18.963.426 | - | 18.963.426 |
| 262.864.907 | 0 | 262.864.907 | ||
Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o movimento ocorrido no valor das Imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:
413.533.746 893.921 414.427.667
| Outras | Total | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Terrenos | Equipamento | Equipamento | imobilizações | Imobilizado | imobilizado | ||
| e edifícios | Equipamentos | transporte | administrativo | corpóreas | em curso | corpóreo | |
| Activo bruto: | |||||||
| Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2006 | 207.031.628 | 33.285.092 | 1.402.993 | 7.566.816 | 4.233.661 | 23.605.028 | 277.125.218 |
| Variações do perímetro de consolidação | - | - | - | - | - | - | - |
| Investimento | 43.891.868 | 1.189.514 | 545.704 | 520.670 | 104.466 | 61.303.300 | 107.555.522 |
| Desinvestimento | (20.904.543) | (3.770.169) | (66.564) | (684.095) | (378.407) | (1.894.896) | (27.698.674) |
| Variações cambiais | 30.135 | (231) | - | (659) | (937) | - | 28.308 |
| Transferências | 7.519.426 | 19.321.092 | (13.371) | 618.041 | 330.529 | (32.398.119) | (4.622.402) |
| Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2007 | 237.568.514 | 50.025.298 | 1.868.762 | 8.020.773 | 4.289.312 | 50.615.313 | 352.387.972 |
| Variações do perímetro de consolidação | - | - | - | - | - | - | - |
| Investimento | 11.181.184 | 444.273 | 106.415 | 181.346 | 49.426 | 92.447.078 | 104.409.722 |
| Desinvestimento | (5.822.521) | (17.656.970) | (182.301) | (311.549) | (56.752) | (398.344) | (24.428.437) |
| Variações cambiais | 24.333 | 776 | - | 2.188 | 3.183 | - | 30.480 |
| Transferências | 118.646 | 30.514.988 | - | 798.266 | 73.558 | (64.044.176) | (32.538.718) |
| Saldo final a 31 de Dezembro de 2007 | 243.070.156 | 63.328.365 | 1.792.876 | 8.691.024 | 4.358.727 | 78.619.871 | 399.861.019 |
| Amortizações e perdas por | |||||||
| imparidade acumuladas | |||||||
| Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2006 | 35.006.541 | 21.544.186 | 1.064.396 | 5.848.350 | 2.626.485 | - | 66.089.958 |
| Variações do perímetro de consolidação | - | - | - | - | - | - | - |
| Depreciações e perdas de imparid. do período | 2.537.250 | 3.980.331 | 224.010 | 633.603 | 337.306 | 7.438 | 7.719.938 |
| Desinvestimento | (5.818.417) | (1.473.717) | (55.048) | (501.579) | (221.242) | - | (8.070.003) |
| Variações cambiais | 4.275 | - | - | - | (1.836) | - | 2.439 |
| Transferências | 771.945 | (62.852) | (6.277) | 47.053 | 44.680 | - | 794.549 |
| Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2007 | 32.501.594 | 23.987.948 | 1.227.081 | 6.027.427 | 2.785.393 | 7.438 | 66.536.881 |
| Variações do perímetro de consolidação | - | - | - | - | - | - | - |
| Depreciações e perdas de imparid. do período | 3.184.604 | 3.017.031 | 213.767 | 653.173 | 320.661 | - | 7.389.236 |
| Desinvestimento | (976.736) | (1.192.110) | (117.733) | (249.567) | (37.629) | (7.438) | (2.581.213) |
| Variações cambiais | - | - | - | - | 6.287 | - | 6.287 |
| Transferências Saldo final a 31 de Dezembro de 2007 |
(371.717) 34.337.745 |
(102.959) 25.709.910 |
(4.256) 1.318.859 |
(21.621) 6.409.412 |
(19.525) 3.055.187 |
- - |
(520.078) 70.831.113 |
| Valor líquido | |||||||
| A 31 de Dezembro de 2006 | 205.066.920 | 26.037.350 | 641.681 | 1.993.346 | 1.503.919 | 50.607.875 | 285.851.091 |
| A 31 de Dezembro de 2007 | 208.732.411 | 37.618.455 | 474.017 | 2.281.612 | 1.303.540 | 78.619.871 | 329.029.906 |
O custo de aquisição das "Imobilizações corpóreas" detidas pelo Grupo no âmbito de contratos de locação financeira, em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, ascendia a 23.206.431 euros e a 8.980.639 euros, sendo o seu valor líquido contabilístico, nessas datas, de 22.827.661 euros e de 7.995.448 euros, respectivamente (Nota 24).
Os valores mais significativos incluídos na rubrica de "Imobilizado em Curso" referem-se aos seguintes projectos:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 |
|---|---|
| 35.958.162 | 18.294.938 |
| 7.938.315 | 13.006.768 |
| 22.533.373 | 7.718.969 |
| 6.807.999 | 3.462.893 |
| 2.715.381 | 4.313.751 |
| 2.666.641 | 3.810.556 |
| 78.619.871 | 50.607.875 |
A rubrica "Depreciações e perdas de imparidade do periodo" inclui 48.334 euros (2.071.375 euros em 31 de Dezembro de 2006) relativos a perdas de imparidade em imobilizações corpóreas.
Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o movimento ocorrido no valor das Imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:
| Outras | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Propriedade | imobilizações | Imobilizado | Total | ||
| Activo bruto: | industrial | Software | incorpóreas | em curso | incorpóreo |
| Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2006 | 445.431 | 2.220.955 | 35.955 | 235.667 | 2.938.008 |
| Investimento | 205.860 | 247.443 | - | 106.024 | 559.327 |
| Desinvestimento | - | (185) | - | - | (185) |
| Variações cambiais | - | - | - | - | - |
| Transferências | 2.742 | (114.466) | 628 | (231.345) | (342.441) |
| Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2007 | 654.033 | 2.353.747 | 36.583 | 110.346 | 3.154.709 |
| Investimento | 34.198 | 27.034 | - | 83.779 | 145.011 |
| Desinvestimento | - | (2.608) | - | - | (2.608) |
| Variações cambiais | - | - | - | - | - |
| Transferências | 2.931 | 81.124 | - | (136.784) | (52.729) |
| Saldo final a 31 de Dezembro de 2007 | 691.162 | 2.459.297 | 36.583 | 57.341 | 3.244.383 |
| Amortizações e perdas por impar. acumuladas | |||||
| Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2006 | 265.982 | 1.618.676 | 26.371 | - | 1.911.029 |
| Amortizações do período | 62.850 | 303.379 | 8.804 | - | 375.033 |
| Desinvestimento | - | (18) | - | - | (18) |
| Variações cambiais | - | - | - | - | - |
| Transferências | 636 | (115.775) | (470) | - | (115.609) |
| Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2007 | 329.468 | 1.806.262 | 34.705 | - | 2.170.435 |
| Amortizações do período | 57.157 | 200.776 | 1.289 | - | 259.222 |
| Desinvestimento | - | (2.173) | - | - | (2.173) |
| Variações cambiais | - | - | - | - | - |
| Transferências | 24 | 4.193 | 588 | - | 4.805 |
| Saldo final a 31 de Dezembro de 2007 | 386.649 | 2.009.058 | 36.582 | - | 2.432.289 |
| Valor líquido | |||||
| A 31 de Dezembro de 2006 | 324.565 | 547.485 | 1.878 | 110.346 | 984.274 |
| A 31 de Dezembro de 2007 | 304.513 | 450.239 | 1 | 57.341 | 812.094 |
Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o movimento ocorrido nas diferenças de consolidação, bem como nas respectivas perdas por imparidade, foi o seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Valor Bruto: | ||
| Saldo inicial | 50.335.026 | 50.263.298 |
| Aquisição adicional de partes de capital em filiais | 14.763.024 | - |
| Aumentos | - | 71.728 |
| Diminuições | - | - |
| Saldo final | 65.098.050 | 50.335.026 |
| Perdas por imparidade | ||
| acumuladas: | ||
| Saldo inicial | 1.301.596 | 1.301.596 |
| Aumentos (Nota 29) | - | - |
| Diminuições | - | - |
| Saldo final | 1.301.596 | 1.301.596 |
| Valor líquido | 63.796.454 | 49.033.430 |
O valor do aumento no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 corresponde fundamentalmente á aquisição da filial DMJB, SGPS, SA
Durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o movimento ocorrido no valor dos investimento, foi o seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |||
|---|---|---|---|---|
| Não correntes | Correntes | Não correntes | Correntes | |
| Investimentos em filiais, empresas controladas conjuntamente | ||||
| ou empresas associadas excluídas | ||||
| Saldo em 1 de Janeiro | 10.750.640 | - | 10.460.952 | - |
| Aquisições durante o período | 1.137.119 | - | 295.000 | - |
| Alienações durante o período | (2.257.119) | - | (5.312) | - |
| Transferências | 1.290 | - | ||
| Saldo em 31 de Dezembro | 9.631.930 | - | 10.750.640 | - |
| Perdas por imparidade acumuladas (Nota 31) | (7.707.938) | - | (8.827.938) | - |
| 1.923.992 | - | 1.922.702 | - | |
| Investimentos disponiveis para venda | ||||
| Justo valor em 1 de Janeiro | 86.140.706 | 499 | 73.771.787 | 720 |
| Aquisições durante o período | 11.788.577 | - | 9.054.283 | - |
| Alienações durante o período | (14.071.777) | - | (5.945.332) | (221) |
| Aumento/(diminuição) no justo valor | (8.094.073) | - | 9.304.086 | - |
| Transferências | 20.510.959 | - | (44.118) | - |
| Justo valor em 31 de Dezembro | 96.274.392 | 499 | 86.140.706 | 499 |
| Perdas por imparidade acumuladas (Nota 31) | (21.012.111) | - | (348.834) | - |
| Justo valor (liquido de perdas por imparidade) em 31 de Dezembro | 75.262.281 | 499 | 85.791.872 | 499 |
| Outros investimentos (Nota 7) | 77.186.273 | 499 | 87.714.574 | 499 |
| 77.186.273 | 499 | 87.714.574 | 499 |
Os investimentos financeiros em filiais, em empresas conjuntamente controladas e empresas associadas excluídas da consolidação estão registados ao custo de aquisição deduzido de perdas de imparidade. É entendimento do Grupo que estimar um justo valor para estes investimentos não é razoável dada a inexistência de dados de mercado observáveis para estes investimentos. A rúbrica de investimentos disponíveis para venda inclui 11.788.637 euros (153.590 euros a 31 de Dezembro de 2006) de investimentos registados ao custo deduzido de perdas de imparidade pelo motivo acima indicado.
O detalhe dos Outros activos não correntes em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Empréstimos concedidos a empresas relacionadas | ||
| Bar-Bar-Idade Glass - Serviç.de Gest.e Invest., SA | - | 6.402.717 |
| Norscut - Concessionária de Scut Interior Norte, SA | 14.069.052 | 6.019.613 |
| Andar - Sociedade Imobiliária, SA | 3.338.173 | 2.953.673 |
| Outros | 289.989 | 315.866 |
| 17.697.214 | 15.691.869 | |
| Perdas por imparidade (Nota 31) | (270.489) | (270.489) |
| 17.426.725 | 15.421.380 | |
| Clientes e outros devedores | ||
| Activos relativos a alienação de invest. financeiros | 5.510.000 | 12.444.829 |
| Outros | 1.895.437 | 1.062.792 |
| 7.405.437 | 13.507.621 | |
| Perdas por imparidade (Nota 31) | (520.351) | (589.881) |
| 6.885.086 | 12.917.740 | |
| Total de instrumentos financeiros (Nota 8) | 24.311.811 | 28.339.120 |
| Actividades Continuadas | 24.311.811 | 28.339.120 |
| Actividades Descontinuadas | 6.821 | 5.496 |
| Total Acumulado | 24.318.632 | 28.344.616 |
Os valores incluídos em Outros activos não correntes vencem na sua generalidade juros a taxas de mercado e estima-se que o seu justo valor não difira significativamente do respectivo valor do balanço.
| Clientes e outros devedores | |||
|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||
| Não vencido | 4.882.926 | 11.673.568 | |
| Vencido mas sem registo de imparidade | |||
| < 6 meses | - | 30.000 | |
| 6 - 12 meses | - | - | |
| > 1 ano | 1.669.012 | 1.750.554 | |
| 1.669.012 | 1.780.554 | ||
| Vencido com registo de imparidade | |||
| < 6 meses | - | - | |
| 6 - 12 meses | - | - | |
| > 1 ano | 853.499 | 53.499 | |
| 853.499 | 53.499 | ||
| 7.405.437 | 13.507.621 |
Os Empréstimos concedidos a empresas relacionadas têm carácter de suprimentos sem prazo definido, não se encontrando consequentemente vencidos.
O detalhe das Existências em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Matérias-primas, subsidiárias e de consumo | 3.995.719 | 3.565.554 |
| Mercadorias | 48.658.484 | 37.659.822 |
| Sub-produtos, desperdícios, resíduos e refugos | 120 | 120 |
| Produtos acabados e intermédios | 585.511 | 589.239 |
| Produtos e trabalhos em curso | 95.732.710 | 56.961.964 |
| Adiantamentos por conta de compras | 576.543 | 508.085 |
| 149.549.087 | 99.284.784 | |
| Perdas por imparidade acumuladas em existências (Nota 31) | (7.474.353) | (5.893.615) |
| Actividades Continuadas | 142.074.734 | 93.391.169 |
| Actividades Descontinuadas | 1.414.928 | (9.275) |
| Total Acumulado | 143.489.662 | 93.381.894 |
Em mercadorias estão incluidos imóveis no valor de 43.878.180 euros em 31 de Dezembro de 2007 (35.202.404 euros em 31 de Dezembro de 2006).
Em produtos e trabalhos em curso estão incluidos empreendimentos imobiliários no valor de 86.039.445 euros em 31 de Dezembro de 2007 (49.744.536 euros em 31 de Dezembro de 2006).
O custo das vendas nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 ascendeu a 50.994.100 e a 45.174.606 euros, respectivamente, e foi apurado como segue:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Existências iniciais | 41.225.376 | 42.287.170 |
| Efeito da conversão cambial | 14.638 | (4.456) |
| Variações de perimetro | - | - |
| Compras | 51.275.168 | 44.708.096 |
| Regularizações de existências | 9.557.213 | (311.898) |
| Existências finais | 52.654.203 | 41.225.376 |
| 49.418.192 | 45.453.536 | |
| Perdas por imparidade (Nota 31) | 1.683.477 | 74.915 |
| Reversão de perdas por imparidade | (97.415) | (162.912) |
| Actividades Continuadas | 51.004.254 | 45.365.539 |
| Actividades Descontinuadas | (10.154) | (190.933) |
| Total Acumulado | 50.994.100 | 45.174.606 |
O detalhe dos Clientes em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Clientes correntes | ||
| Turismo | 4.112.328 | 3.099.970 |
| Spred | 29.647.904 | 34.164.347 |
| Holding | 906.240 | 1.228.618 |
| 34.666.472 | 38.492.935 | |
| Clientes, conta letras | 1.160.740 | 56.305 |
| Clientes de cobrança duvidosa | 6.149.143 | 6.354.308 |
| 41.976.355 | 44.903.548 | |
| Perdas por imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 31) | (6.653.751) | (6.635.280) |
| Actividades Continuadas | 35.322.604 | 38.268.268 |
| Clientes | 14.064.252 | 18.211.418 |
| Perdas por imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 31) | (640.421) | (1.080.110) |
| Actividades Descontinuadas | 13.423.831 | 17.131.308 |
| Total Acumulado | 48.746.435 | 55.399.576 |
A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível às contas a receber da sua actividade normal. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas por imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolvente económica. O Grupo entende que o valor contabilistico das contas a receber é proximo do seu justo valor.
A 31 de Dezembro 2007 não temos indicações de que não serão cumpridos os prazos normais de recebimento dos valores incluídos em clientes não vencidos e para os quais não existe imparidade registada.
A 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, a antiguidade dos saldos de clientes pode ser analisada como segue:
| Clientes | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | Spred | Turismo | Holding e Outras | Total | |
| Não vencido | 20.560.590 | 1.822.772 | - | 22.383.362 | |
| Vencido mas sem registo de imparidade | |||||
| 0 - 30 dias | 6.324.929 | 167.468 | 6.492.397 | ||
| 30 - 90 dias | 1.847.697 | 602.723 | 2.450.420 | ||
| + 90 dias | 2.025.379 | 821.235 | 2.846.614 | ||
| Total | 10.198.005 | 1.591.426 | - | 11.789.431 | |
| Vencido com registo de imparidade | |||||
| 0 - 90 dias | 531.501 | 3.734 | 731.912 | 1.267.147 | |
| 90 - 180 dias | - | 5.703 | 84.756 | 90.459 | |
| 180 - 360 dias | 316.298 | 161.085 | 89.573 | 566.956 | |
| + 360 dias | 696.218 | 3.779.903 | 1.402.879 | 5.879.000 | |
| Total | 1.544.017 | 3.950.425 | 2.309.120 | 7.803.562 | |
| Actividades Continuadas antes de imparidades |
32.302.612 | 7.364.623 | 2.309.120 | 41.976.355 | |
| Clientes | |||||
| 31.Dezembro.2006 | Spred | Turismo | Holding e Outras | Total | |
| Não vencido | 14.224.498 | 697.747 | - | 14.922.245 | |
| Vencido mas sem registo de imparidade | |||||
| 0 - 30 dias | 9.577.683 | 470.149 | 10.047.832 | ||
| 30 - 90 dias | 9.252.410 | 637.155 | 9.889.565 | ||
| + 90 dias | 1.193.652 | 860.279 | 2.053.931 | ||
| Total | 20.023.745 | 1.967.583 | - | 21.991.328 | |
| Vencido com registo de imparidade | |||||
| 0 - 90 dias | 421.227 | 2.074 | 1.102.957 | 1.526.258 | |
| 90 - 180 dias | 73.030 | 5.661 | 91.797 | 170.488 | |
| 180 - 360 dias | 300.397 | 288.804 | 33.864 | 623.065 | |
| + 360 dias | 686.072 | 3.481.214 | 1.502.879 | 5.670.164 | |
| Total | 1.480.726 | 3.777.753 | 2.731.497 | 7.989.975 | |
| Actividades Continuadas antes de imparidades |
35.728.969 | 6.443.083 | 2.731.497 | 44.903.548 |
Na determinação da recuperabilidade dos valores a receber de clientes o Grupo analisa todas as alterações de qualidade de crédito das contrapartes desde a data da concessão do crédito até à data de reporte das demonstrações financeiras consolidadas. O Grupo não tem uma concentração significativa de riscos de crédito, dado que o risco se encontra diluído por um vasto conjunto de clientes. Consideramos assim que o risco de crédito não excede as perdas de imparidade registadas para clientes de cobrança duvidosa.
Adicionalmente o Grupo considera que a exposição máxima ao risco de crédito é o total de clientes evidenciado no balanço consolidado.
O detalhe das Outras dividas de terceiros em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Empréstimos concedidos e outros valores a receber de empresas | ||
| relacionadas | ||
| Sonae SGPS, SA | - | 19.868.000 |
| Bar-Bar-Idade Glass - Serviç.de Gest.e Invest., SA | - | 6.000.000 |
| Sit B3 | 2.485.702 | 2.559.886 |
| Elmo SGPS, SA | - | 1.797.796 |
| Outros | 6.090 | 1.032.366 |
| 2.491.792 | 31.258.048 | |
| Outros Devedores | ||
| Fornecedores c/c - saldos devedores | 1.258.295 | 503.611 |
| Alienação de imobilizado | 15.348 | 287.499 |
| Alienação de investimentos financeiros | 35.056.077 | 14.180.547 |
| Outros | 9.778.625 | 5.607.010 |
| 46.108.345 | 20.578.667 | |
| Outras Dividas de Terceiros | 48.600.137 | 51.836.715 |
| Perdas por imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 31) | (23.601.424) | (3.722.434) |
| Total de instrumentos financeiros (Nota 8) | 24.998.713 | 48.114.281 |
| Actividades Continuadas | 24.998.713 | 48.114.281 |
| Outras Dívidas de Terceiros | (1.111.412) | 357.565 |
| Perdas por imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 31) | (33.557) | (33.557) |
| Actividades Descontinuadas | (1.144.969) | 324.008 |
| Total Acumulado | 23.853.744 | 48.438.289 |
Na rubrica de "Alienação de investimentos financeiros" em 31 de Dezembro de 2007 o valores mais significativos correspondem à dívida da alienação da Grano Salis em 2006 (11.532.035 euros ) e da alienação da Elmo, S.G.P.S. em 2007 (19.794.479 euros), esta última objecto de registo de perda de imparidade (nota 31). .
Os empréstimos concedidos a empresas relacionadas vencem juros a taxas de mercado e não têm uma maturidade definida, não ultrapassando contudo os doze meses.
A 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, a antiguidade dos saldos de Outros devedores pode ser analisada como segue:
| Outros devedores | ||||
|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | ||||
| Não vencido | 34.094.834 | 11.436.506 | ||
| Vencido mas sem registo de imparidade | ||||
| 0 - 30 dias | 932.589 | 439.557 | ||
| 30 - 90 dias | 566.417 | 634.820 | ||
| + 90 dias | 5.215.623 | 4.418.329 | ||
| Total | 6.714.629 | 5.492.706 | ||
| Vencido com registo de imparidade | ||||
| 0 - 90 dias | 1.484.915 | 59.084 | ||
| 90 - 180 dias | - | |||
| 180 - 360 dias | 108.948 | - | ||
| + 360 dias | 3.705.019 | 3.590.371 | ||
| Total | 5.298.882 | 3.649.455 | ||
| Actividades Continuadas antes de imparidades |
46.108.345 | 20.578.667 |
A 31 de Dezembro 2007, não temos indicações de que não serão cumpridos os prazos normais de recebimento relativamente aos valores incluídos em outros devedores não vencidos e para os quais não existe imparidade registada.
Os valores incluídos em Outras Dívidas de Terceiros aproximam-se do seu justo valor.
O detalhe da rubrica Estado e outros entes publicos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Valores devedores | ||
| Imposto sobre o rendimento | 5.671.599 | 3.799.684 |
| Imposto sobre o valor acrescentado | 8.371.960 | 10.880.321 |
| Outros Impostos | 2.565.024 | 2.467.724 |
| Actividades Continuadas | 16.608.583 | 17.147.729 |
| Actividades Descontinuadas | 2.835.940 | 1.880.943 |
| Total Acumulado | 19.444.523 | 19.028.672 |
| Valores credores | ||
| Imposto sobre o rendimento | 5.381.029 | 3.669.477 |
| Imposto sobre o valor acrescentado | 4.152.904 | 2.320.637 |
| Retenção na fonte - IRS trabalho dependente | 336.602 | 318.663 |
| Contribuições para a Segurança Social | 863.037 | 812.679 |
| Outros Impostos | 1.305.710 | 383.731 |
| Actividades Continuadas | 12.039.282 | 7.505.187 |
| Actividades Descontinuadas | 1.360.493 | 170.794 |
| Total Acumulado | 13.399.775 | 7.675.981 |
O detalhe dos Outros activos correntes em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, é o seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Indemnizações a receber | - | 2.205.003 |
| Juros a receber | 135.206 | 1.235.465 |
| Custos diferidos - fornecimentos e serviços externos | 3.525.816 | 799.617 |
| Custos diferidos - rendas | 230.516 | 271.579 |
| Outros activos correntes | 2.966.542 | 862.852 |
| Actividades Continuadas | 6.858.080 | 5.374.516 |
| Actividades Descontinuadas | 2.021.564 | 2.460.963 |
| Total Acumulado | 8.879.644 | 7.835.479 |
O detalhe dos Activos e Passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:
| Impostos diferidos activos | Impostos diferidos passivos | |||
|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
| Homogeneização de amortizações | 49 | 16 | ||
| Anulação de imobilizações corpóreas e incorpóreas | 2.174.715 | 871.433 | 1.510.830 | - |
| Reavaliações de imobilizado corpóreo reintegrável | 795.849 | 645.159 | ||
| Prejuízos fiscais reportáveis | 11.589.253 | 3.551.016 | ||
| Outros | 353.772 | - | 354 | 355 |
| Actividades Continuadas | 14.117.740 | 4.422.449 | 2.307.082 | 645.530 |
| Actividades Descontinuadas | 203.180 | 319.697 | 5.219.288 | 4.277.988 |
| Total Acumulado | 14.320.920 | 4.742.146 | 7.526.370 | 4.923.518 |
O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foi como segue:
| Impostos diferidos activos | Impostos diferidos passivos | ||||
|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||
| Saldo inicial | 4.742.146 | 4.165.210 | 4.923.518 | 3.404.764 | |
| Efeito em resultados: | |||||
| Homogeneização de amortizações | - | - | 33 | (38.504) | |
| Provisões e perdas por imparid. de activos não aceites fiscalmente | (116.517) | (812.991) | 941.300 | 1.717.373 | |
| Anulação de imobilizações corpóreas e incorpóreas | 1.303.283 | (57.562) | - | - | |
| Anulação de acréscimos e diferimentos | 353.771 | - | - | - | |
| Reavaliações de imobilizado corpóreo reintegrável | - | - | (54.772) | (43.379) | |
| Prejuízos fiscais reportáveis | 8.038.237 | 1.587.116 | - | - | |
| Efeito de alteração de taxa de imposto | - | (56.295) | - | - | |
| Outros | - | - | 1.510.830 | - | |
| 9.578.774 | 660.268 | 2.397.391 | 1.635.490 | ||
| Efeito em reservas: | |||||
| Variação de taxa de imposto | - | - | - | (12.464) | |
| Outros | - | (83.332) | 205.461 | (104.272) | |
| - | (83.332) | 205.461 | (116.736) | ||
| Saldo final | 14.320.920 | 4.742.146 | 7.526.370 | 4.923.518 |
Em Portugal com a aprovação da Lei das Finanças Locais a derrama passou, a partir do exercício de 2007, a ser calculada até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável, quando no passado a mesma correspondia a 10% da colecta.
Em consequência, as empresas Portuguesas incluídas na consolidação actualizaram, em 31 de Dezembro de 2006, o cálculo dos seus activos e passivos por impostos diferidos de acordo com as novas taxas efectivas de imposto, tendo o efeito do correspondente decréscimo da taxa de imposto sido registado em 2006 por contrapartida da rubrica de "Imposto sobre o rendimento" na demonstração de resultados ou na rubrica de "Reservas".
De acordo com as declarações fiscais e estimativas de imposto sobre o rendimento das empresas que registam impostos diferidos activos por prejuizos fiscais, em 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006, utilizando para o efeito as taxas de câmbio naquela data, os mesmos eram reportáveis como segue:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Prejuizo fiscal | Activos por impostos diferidos |
Data limite de utilização |
Prejuizo fiscal | Activos por impostos diferidos |
Data limite de utilização |
|
| Com limite de data de utilização | ||||||
| Gerados em 2001 | - | - | 2007 | 459.016 | 114.754 | 2007 |
| Gerados em 2002 | 1.209.557 | 302.389 | 2008 | 1.182.252 | 295.563 | 2008 |
| Gerados em 2003 | 9.126.348 | 2.281.587 | 2009 | 1.864.243 | 466.061 | 2009 |
| Gerados em 2004 | 6.627.219 | 1.656.805 | 2010 | 210.184 | 52.546 | 2010 |
| Gerados em 2005 | 7.025.798 | 1.756.449 | 2011 | 3.262.879 | 815.720 | 2011 |
| Gerados em 2006 | 11.702.529 | 2.925.632 | 2012 | 5.303.598 | 1.325.899 | 2012 |
| Gerados em 2007 | 8.743.671 | 2.185.919 | 2013 | |||
| 44.435.122 | 11.108.780 | 12.282.172 | 3.070.543 | |||
| Com limite de data de utilização diferente do mencionado acima |
1.453.780 | 480.473 | 1.453.780 | 480.473 | ||
| 1.453.780 | 480.473 | 1.453.780 | 480.473 | |||
| 45.888.902 | 11.589.253 | 13.735.952 | 3.551.016 |
Em 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006 foram avaliados os impostos diferidos a reconhecer resultantes de prejuizos fiscais. Os activos por impostos diferidos foram registados na medida em que seja provável que ocorram lucros tributáveis no futuro e que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças temporárias dedutíveis. Esta avaliação baseou-se nos planos de negócios das empresas do Grupo, periodicamente revistos e actualizados, e nas oportunidades de planeamento fiscal disponíveis e identificadas.
Em 31 de Dezembro de 2007 existem prejuizos fiscais reportáveis no montante de 115.337.098 euros, cujos activos por impostos diferidos, numa óptica de prudência, não se encontram registados.
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Prejuizo fiscal | Crédito por impostos diferidos |
Data limite de utilização |
Prejuizo fiscal | Crédito por impostos diferidos |
Data limite de utilização |
|
| Com limite de data de utilização | ||||||
| Gerados em 2001 | - | - | 2007 | 22.528.849 | 5.632.211 | 2007 |
| Gerados em 2002 | 36.487.545 | 9.121.887 | 2008 | 40.685.288 | 10.171.326 | 2008 |
| Gerados em 2003 | 13.379.146 | 3.344.787 | 2009 | 21.780.646 | 5.445.162 | 2009 |
| Gerados em 2004 | 5.065.719 | 1.266.430 | 2010 | 11.408.191 | 2.852.049 | 2010 |
| Gerados em 2005 | 7.726.020 | 1.931.505 | 2011 | 11.320.815 | 2.830.207 | 2011 |
| Gerados em 2006 | 13.437.053 | 3.359.264 | 2012 | 21.732.206 | 5.433.054 | 2012 |
| Gerados em 2007 | 22.867.073 | 5.716.767 | 2013 | - | - | |
| 98.962.556 | 24.740.640 | 129.455.995 | 32.364.009 | |||
| Sem limite de data de utilização | 4.849.357 | 1.616.291 | 3.650.664 | 1.204.719 | ||
| Com limite de data de utilização diferente do mencionado acima |
11.525.185 | 3.403.077 | 7.912.397 | 2.383.407 | ||
| 16.374.542 | 5.019.368 | 11.563.061 | 3.588.126 | |||
| 115.337.098 | 29.760.008 | 141.019.056 | 35.952.135 |
Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 o detalhe de Caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Numerário | 181.553 | 426.431 |
| Depósitos bancários | 42.664.880 | 14.667.400 |
| Aplicações de tesouraria | 1.110.117 | 623.824 |
| Caixa e equivalentes de caixa no balanço | 43.956.550 | 15.717.655 |
| Descobertos bancários (Nota 23) | (2.952.348) | (2.630.700) |
| Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de caixa | ||
| Actividades Continuadas | 41.004.202 | 13.086.955 |
| Actividades Descontinuadas | 378.941 | 195.096 |
| Total Acumulado | 41.383.143 | 13.282.051 |
Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras, incluídos no balanço na rubrica de Empréstimos bancários.
A Sonae Capital, SGPS, SA tem o capital social representado por 250.000.000 de acções ordinárias, sem direito a uma remuneração fixa, com o valor nominal de 1 euro cada uma.
Em consequência do projecto de cisão, foi criada uma Reserva de Cisão no valor de 132.638.253 euros a qual é equiparável a Reserva Legal pelo que, de acordo com o Código das Sociedades Comerciais, não pode ser objecto de distribuição aos accionistas a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuizos acumulados, depois de esgotadas as outras reservas, ou pode ser incorporada em capital.
Os movimentos desta rubrica durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foram os seguintes:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Saldo inicial em 1 de Janeiro | 18.876.352 | 2.432.180 |
| Constituição de filiais | - | 13.525.000 |
| Variação de percentagem por aquisição / aumentos capital | 17.108.025 | 370.204 |
| Ajustamento das participações excluídas | - | 149.700 |
| Variação resultante da conversão cambial | (22.328) | (17.599) |
| Outras variações | (57.033) | (415.187) |
| Resultado do período atribuível aos interesses minoritários | 853.816 | 2.832.054 |
| Saldo final em 31 de Dezembro | ||
| Actividades Continuadas | 36.758.832 | 18.876.352 |
| Actividades Descontinuadas | - | - |
| Total Acumulado | 36.758.832 | 18.876.352 |
Em 31 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2006 os Empréstimos tinham o seguinte detalhe:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Montante utilizado | Montante utilizado | ||||||||
| Limite | Corrente | Não Corrente | Limite | Corrente | Não Corrente | Vencimento | |||
| Empréstimos bancários | |||||||||
| a) c) Sonae Turismo - papel comercial | 110.000.000 | - | 109.999.989 | 110.000.000 | - | 73.050.000 | Ago/2009 | ||
| Investalentejo | - | - | - | 40.000.000 | 40.000.000 | - | Fev/2007 | ||
| Praedium SGPS - papel comercial | 7.500.000 | 1.250.000 | - | 10.000.000 | 1.400.000 | - | Ago/2008 | ||
| Sonae Turismo | - | - | - | 8.750.000 | - | - | |||
| b) | Imoferro | 6.983.171 | 122.295 | 6.529.175 | 6.983.171 | 104.748 | 6.651.470 | Mai/2027 | |
| Invesaúde | 2.000.000 | 250.000 | 1.250.000 | 2.000.000 | 500.000 | 1.500.000 | Ago/2010 | ||
| Imosedas | - | - | - | 7.500.000 | 1.353.570 | - | Mar/2007 | ||
| c) | SC-Insurance and Risk Services-pap comercial | 1.977.175 | 1.977.175 | - | - | - | - | Fev/2008 | |
| Selfrio Engenharia | 3.850.000 | 1.068.750 | 2.781.250 | - | - | - | Mai/2012 | ||
| Outros | - | 93.474 | 2.150.000 | - | - | - | |||
| 4.761.694 | 122.710.414 | 43.358.318 | 81.201.470 | ||||||
| Descobertos bancários (Nota 20) | 2.952.348 | - | 2.630.700 | - | |||||
| Empréstimos bancários | 7.714.042 | 122.710.414 | 45.989.018 | 81.201.470 | |||||
| Empréstimos por Obrigações | |||||||||
| Obrigações Sonae Capital 2007/2012 | - | 20.000.000 | - | - | |||||
| Obrigações Sonae Capital 2007/2012 | - | 30.000.000 | - | - | |||||
| c) | Obrigações SC-Insurance | 15.000.000 | - | - | - | ||||
| Custos de montagem de financiamentos | - | -234.000 | - | - | |||||
| Empréstimos por Obrigações | 15.000.000 | 49.766.000 | - | - | |||||
| Outros empréstimos | 176.635 | 250.577 | 179.233 | 375.002 | |||||
| Credores por locações financeiras | 1.860.326 | 18.726.595 | 1.190.296 | 4.815.233 | |||||
| 24.751.003 | 191.453.586 | 47.358.547 | 86.391.705 |
a) Em regime de co-solidariedade com a Sonae Capital, SGPS, SA.
b) Como garantia deste empréstimo foi constituída hipoteca sobre o imóvel propriedade desta filial.
c) Estes financiamentos foram inteiramente reembolsados em Janeiro e Fevereiro de 2008.
Empréstimo obrigacionista Sonae Capital SGPS - 2007/2012 1ª emissão no valor de 20.000.000 euros, reembolsável ao fim de 5 anos, numa única prestação em 31 de Dezembro de 2012, salvo se ocorrer reembolso antecipado, total ou parcial, o qual poderá ocorrer em 31 de Dezembro de 2010.
Empréstimo obrigacionista Sonae Capital SGPS - 2007/2012 2ª emissão no valor de 30.000.000 euros, reembolsável ao fim de 5 anos, numa única prestação em 31 de Dezembro de 2012.
Estes empréstimos obrigacionistas vencem juros semestralmente a taxas de juro Euribor a 6 meses acrescidas de spreads que variam entre 0,50% e 0,60%.
Os intrumentos derivados estão registados ao justo valor (Nota 25)
O valor nominal dos empréstimos tem as seguintes maturidades:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |||
|---|---|---|---|---|
| Capital | Juros b) | Capital | Juros b) | |
| a) N+1 |
24.751.003 | 5.130.659 | 47.358.547 | 2.026.902 |
| N+2 | 114.359.681 | 4.293.458 | 1.931.078 | 3.594.668 |
| N+3 | 24.155.400 | 4.071.652 | 75.020.818 | 3.497.219 |
| N+4 | 3.683.383 | 2.774.451 | 1.922.317 | 453.111 |
| N+5 | 31.732.355 | 2.596.855 | 1.459.681 | 367.661 |
| Após N+5 | 17.756.767 | 6.532.429 | 6.057.811 | 3.282.735 |
| 216.438.589 | 25.399.504 | 133.750.252 | 13.222.296 |
a) Inclui os montantes utilizados dos programas de papel comercial.
b) Estimativa dos Juros a pagar durante a vida dos empréstimos calculados à taxa de juro da última refixada anterior a 31 de Dezembro de 2007
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |||
|---|---|---|---|---|
| Compromissos inferiores a 1 ano |
Compromissos superiores a 1 ano |
Compromissos inferiores a 1 ano |
Compromissos superiores a 1 ano |
|
| Montantes de linhas disponíveis | ||||
| Spred | 4.997.606 | - | 4.677.584 | - |
| Turismo | 21.096.754 | 11 | 32.196.754 | 36.950.000 |
| Holding e outras | 16.750.000 | - | 3.000.000 | - |
| 42.844.360 | 11 | 39.874.338 | 36.950.000 | |
| Montantes de linhas contratadas | ||||
| Spred | 8.063.942 | 4.931.250 | 6.995.192 | - |
| Turismo | 22.346.754 | 110.000.000 | 33.596.754 | 110.000.000 |
| Holding e outras | 18.727.175 | - | 3.000.000 | - |
| 49.137.871 | 114.931.250 | 43.591.946 | 110.000.000 |
Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 os Credores por locações financeiras tinham o seguinte detalhe:
| Credores por locação financeira | Pagamentos mínimos da locação financeira |
Valor presente dos pagamentos mínimos da locação financeira |
|||
|---|---|---|---|---|---|
| Montantes a pagar por locações financeiras: | 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
| N+1 | 2.838.317 | 1.450.997 | 1.860.326 | 1.190.296 | |
| N+2 | 2.807.793 | 1.353.409 | 1.923.983 | 1.164.986 | |
| N+3 | 2.755.761 | 1.353.153 | 1.967.866 | 1.215.752 | |
| N+4 | 2.797.005 | 1.234.887 | 2.107.900 | 1.149.393 | |
| N+5 | 1.463.020 | 1.318.191 | 12.726.847 | 1.285.102 | |
| Após N+5 | 15.231.536 | - | - | - | |
| 27.893.432 | 6.710.637 | 20.586.921 | 6.005.529 | ||
| Juros futuros | (7.306.511) | (705.108) | |||
| 20.586.921 | 6.005.529 | ||||
| Componente de curto prazo | 1.860.326 | 1.190.296 | |||
| Credores por locações financeiras - liquidos da parcela de curto prazo | 18.726.595 | 4.815.233 |
Os contratos de locação financeira vencem juros a taxas de mercado e têm periodos de vida definidos, sendo garantido ao locatário o exercício de uma opção de compra sobre o bem locado.
Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o justo valor das obrigações financeiras em contratos de locação financeira corresponde, aproximadamente, ao seu valor contabilístico.
As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados.
Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 o valor líquido contabilistico dos bens objecto de locação financeira tinham o seguinte detalhe:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Bens objecto de locação financeira | ||
| Terrenos e Edifícios | 3.950.101 | 3.950.101 |
| Equipamento Básico | 2.529.409 | 3.642.834 |
| Equipamento Transporte | - | 28.702 |
| Ferramentas e Utensílios | 67.833 | 118.215 |
| Equipamento Administrativo | 162.215 | 255.596 |
| Outras Imobilizações Corpóreas | - | - |
| Imobilizações em Curso | 16.118.103 | - |
| Total de Imobilizado Corpóreo (Nota 9) | 22.827.661 | 7.995.448 |
Os instrumentos financeiros de cobertura utilizados pelo Grupo existentes em 31 de Dezembro de 2007, respeitam, fundamentalmente a opções de taxa de juro ("cash flow hedges") contraídos com o objectivo de cobertura do risco de taxa de juro de empréstimos no montante de euros 50.000.000 cujo justo valor líquido ascendia a 0 euros. Em 31 de Dezembro de 2007, 30.000.000 de euros do montante de derivados dizem respeito a derivados que embora não cumprindo os requisitos para serem designados instrumentos de cobertura, contribuem para a redução da exposição à variação das taxas de juro ou para a optimização do custo do funding (em 31 de Dezembro de 2006 não existiam derivados).
Estes instrumentos de cobertura de taxa de juro encontram-se avaliados pelo seu justo valor, à data do balanço, determinado por avaliações efectuadas pelo Grupo com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e avaliações externas quando esses sistemas não permitem a valorização de determinados instrumentos. A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros teve por base, para os swaps, a actualização para a data do balanço dos "cash-flows" futuros resultantes da diferença entre a taxa de juro fixa do "leg" fixo do instrumento derivado e a taxa de juro variável indexante do "leg" variável do instrumento derivado. Para opções o justo valor é determinado com base no modelo de "Black-Scholes" e suas variantes.
Os princípios de cobertura de risco geralmente utilizados pelo Grupo na contratação destes instrumentos financeiros de cobertura, são os seguintes:
Selecção das contrapartes dos derivados com base na solidez financeira e no perfil de risco de crédito da mesma, sendo esse perfil de risco mensurado normalmente através de nota de "rating" atribuída por empresas de "rating" de reconhecido mérito. As contrapartes dos derivados são instituições financeiras de primeira linha, de elevado prestígio e reconhecimento nacional e internacional.
O justo valor de instrumentos derivados encontra-se registado como segue:
| Activos | Passivos | |||
|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
| Derivados que não são de cobertura | ||||
| Taxa de juro | - | - | ||
| Derivados de cobertura | ||||
| Taxa de juro | - | - | ||
| Outros derivados | - | - | - | - |
| 0 | 0 | 0 | 0 | |
Em 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006 a rubrica Outros passivos não correntes pode ser detalhada como segue:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Empréstimos obtidos e outros valores a pagar a empresas relacionadas |
||
| Sonae SGPS, SA | - | 20.788.000 |
| Modelo SGPS, SA | - | 11.837.000 |
| Plaza Mayor Parque de Ocio, SA | 2.323.820 | 2.358.127 |
| Outros | 600.000 | 1.491 |
| 2.923.820 | 34.984.618 | |
| Outros credores | ||
| Credores do processo de reestruturação Torralta | 30.141.462 | 30.141.462 |
| Fornecedores de Imobilizado | 1.387.500 | 1.046 |
| Outros | 8.553 | 43.929 |
| 31.537.515 | 30.186.437 | |
| Actividades Continuadas | 34.461.335 | 65.171.055 |
| Actividades Descontinuadas | 4.689.100 | 5.218.887 |
| Total Acumulado | 39.150.435 | 70.389.942 |
Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, a rubrica "Outros credores" inclui o montante de 30.141.462 euros, relacionado com o valor a pagar aos credores de uma filial, na sequência do processo de recuperação de empresas em que esta se encontra. De acordo com a sentença do Tribunal da Comarca de Grândola, datado de 27 de Novembro de 1997 (que homologou as medidas aprovadas em Assembleia Geral de Credores em 23 de Setembro de 1997), esta conta a pagar será exigível 50 anos após o trânsito em julgado da sentença homologatória, o que aconteceu em 30 de Janeiro de 2003.
A 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, a maturidade dos saldos de Outros credores pode ser analisada como segue:
| 31.Dezembro.2007 | N+1 | N+2 | N+3 | N+4 | N+5 | Total |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Fornecedores de imobilizado | 50.000 | 50.000 | 50.000 | 50.000 | 1.187.500 | 1.387.500 |
| Outras dívidas a terceiros não correntes | - | - | - | - | 30.150.015 | 30.150.015 |
| 50.000 | 50.000 | 50.000 | 50.000 | 31.337.515 | 31.537.515 | |
| 31.Dezembro.2006 | N+1 | N+2 | N+3 | N+4 | N+5 | Total |
| Fornecedores de imobilizado | 1.046 | - | - | - | - | 1.046 |
| Outras dívidas a terceiros não correntes | - | - | - | - | 30.185.391 | 30.185.391 |
| Actividades Continuadas | 1.046 | - | - | - | 30.185.391 | 30.186.437 |
O Grupo Sonae Capital concedeu em 2007 e nos anos anteriores, a colaboradores do Grupo prémios de desempenho diferidos sob a forma de acções Sonae SGPS, SA, a adquirir a custo zero, três anos após a sua atribuição. Em qualquer dos casos a aquisição poderá efectuar-se entre a data homóloga do 3ºano após a atribuição e o final desse ano. A sociedade tem o direito de entregar, em substituição das acções, o valor equivalente em dinheiro. O exercício dos direitos só ocorre se o colaborador estiver ao serviço de empresa do Grupo Sonae Capital na data de vencimento.
As responsabilidades com prémios de desempenho diferidos são valorizadas nos termos da Nota 2.13.. Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 o valor de mercado do total das responsabilidades decorrentes dos planos de desempenho diferido em aberto pode ser resumido como segue:
| Ano de | Ano de | Número de | Justo Valor | |||
|---|---|---|---|---|---|---|
| atribuição | vencimento | participantes | 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||
| Acções | ||||||
| 2004 | 2007 | 7 | - | 584.267 | ||
| 2005 | 2008 | 7 | 573.543 | 431.296 | ||
| 2006 | 2009 | 5 | 267.377 | 201.064 | ||
| 2007 | 2010 | 5 | 218.103 | - | ||
| Total | 1.059.023 | 1.216.627 |
Os valores registados nas demonstrações financeiras a 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006, correspondentes ao período decorrido até àquelas datas desde a atribuição de cada plano de desempenho diferido em aberto, podem ser resumidos como segue:
| 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | ||
|---|---|---|
| Valor registado em custos com pessoal | 559.369 | 680.673 |
| Registado em resultados transitados | 265.126 | 213.248 |
| 824.495 | 893.921 | |
| Registado em outros passivos | 824.495 | 893.921 |
| 824.495 | 893.921 |
Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 os Fornecedores tinham o seguinte detalhe:
| A pagar | ||||
|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | até 90 dias | 90 a 180 dias | Mais de 180 dias | |
| Fornecedores conta corrente | ||||
| Turismo | 8.416.470 | 7.780.787 | 16.520 | 619.163 |
| Spred | 19.113.590 | 13.794.661 | 5.271.181 | 47.748 |
| Holding e outras | 256.166 | 225.571 | 24.520 | 6.075 |
| 27.786.226 | 21.801.019 | 5.312.221 | 672.986 | |
| Fornecedores, facturas em recepção e conferência | 3.089.812 | 208.953 | 6.366 | 2.874.493 |
| Actividades Continuadas | 30.876.038 | 22.009.972 | 5.318.587 | 3.547.479 |
| Actividades Descontinuadas | 31.641.379 | |||
| Total Acumulado | 62.517.417 |
| A pagar | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2006 | até 90 dias | 90 a 180 dias | Mais de 180 dias | ||
| Fornecedores conta corrente | |||||
| Turismo | 6.312.562 | 4.119.037 | 1.607.177 | 586.348 | |
| Spred | 23.205.027 | 15.178.850 | 7.978.437 | 47.740 | |
| Holding e outras | 142.692 | 136.416 | 207 | 6.069 | |
| 29.660.281 | 19.434.303 | 9.585.821 | 640.157 | ||
| Fornecedores, facturas em recepção e conferência | 260.920 | 260.920 | - | - | |
| Actividades Continuadas | 29.921.201 | 19.695.223 | 9.585.821 | 640.157 | |
| Actividades Descontinuadas | 34.799.901 | ||||
| Total Acumulado | 64.721.102 |
Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, esta rubrica inclui saldos a pagar a fornecedores decorrentes da actividade operacional do Grupo. O Conselho de Administração entende que o justo valor destes saldos não difere significativamente do valor contabilístico e que o efeito de actualização destes montantes não é material.
Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 a rubrica Outras dívidas a terceiros pode ser detalhada como segue:
| A pagar | ||||
|---|---|---|---|---|
| 31.Dezembro.2007 | até 90 dias | 90 a 180 dias | Mais de 180 dias | |
| Outros credores | ||||
| Fornecedores de Imobilizado | 11.352.552 | 11.153.900 | 172.959 | 25.693 |
| Adiantamentos por conta de vendas | 21.086.692 | 272.888 | - | 20.813.804 |
| Adiantamentos de clientes | 1.333.157 | - | - | 1.333.157 |
| Outros | 6.058.443 | 5.419.722 | 507.971 | 130.750 |
| 39.830.844 | 16.846.510 | 680.930 | 22.303.404 | |
| Empresas relacionadas | ||||
| Contacto - Sociedade de Construções, SA | 71.000.000 | |||
| 71.000.000 | ||||
| Outras dívidas a terceiros | ||||
| Actividades Continuadas | 110.830.844 | |||
| Actividades Descontinuadas | (79.603.912) | |||
| Total Acumulado | 31.226.932 | |||
| A pagar | ||||
| 31.Dezembro.2006 | até 90 dias | 90 a 180 dias | Mais de 180 dias | |
| Outros credores | ||||
| Fornecedores de Imobilizado | 17.551.044 | 9.463.651 | 179.928 | 7.907.465 |
| Adiantamentos por conta de vendas | 3.423.388 | 1.149.582 | - | 2.273.806 |
| Adiantamentos de clientes | 1.294.634 | - | - | 1.294.634 |
| Outros | 18.127.805 | 17.987.949 | 717 | 139.139 |
| 40.396.871 | 28.601.182 | 180.645 | 11.615.044 | |
| Empresas relacionadas | ||||
| Sonae SGPS, SA | 54.444.561 | |||
| Contacto - Sociedade de Construções, SA | 70.993.000 | |||
| Outros | 787.301 | |||
| 126.224.862 | ||||
| Outras dívidas a terceiros | ||||
| Actividades Continuadas | 166.621.733 | |||
| Actividades Descontinuadas | (78.962.286) | |||
| Total Acumulado | 87.659.447 |
Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, esta rubrica inclui saldos a pagar a outros credores e fornecedores de imobilizado e não incorporam juros. O Conselho de Administração considera que o valor contabilístico não difere significativamente do seu justo valor, e que os efeitos de actualização não são materiais.
Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 a rubrica Outros passivos correntes pode ser detalhada como segue:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Custos com o pessoal | 5.555.852 | 5.563.871 |
| Obras já facturadas mas ainda não realizadas | 3.055.140 | 5.097.859 |
| Outros fornecimentos e serviços externos | 1.555.468 | 2.821.647 |
| Encargos financeiros a liquidar | 712.251 | 1.334.284 |
| Outros | 5.133.007 | 4.145.765 |
| Actividades Continuadas | 16.011.718 | 18.963.426 |
| Actividades Descontinuadas | 17.083.732 | 12.522.050 |
| Total Acumulado | 33.095.450 | 31.485.476 |
O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foi o seguinte:
| Saldo em | Saldo em | |||
|---|---|---|---|---|
| Rubricas | 01.Janeiro.2007 | Aumentos | Diminuições | 31.Dezembro.2007 |
| Perdas por imparidade acumuladas em outros investimentos (Nota 12) | 9.176.772 | 20.663.277 | (1.120.000) | 28.720.049 |
| Perdas por imparidade acumuladas em outros activos não correntes (Nota 13) |
860.370 | - | (69.530) | 790.840 |
| Perdas por imparidade acumuladas em clientes correntes (Nota 15) | 7.715.390 | 294.147 | (715.365) | 7.294.172 |
| Perdas por imparidade acumuladas em devedores diversos correntes (Nota 16) |
3.755.991 | 19.946.498 | (67.508) | 23.634.981 |
| Perdas por imparidade acumuladas em existências (Nota 14) | 5.893.615 | 1.683.957 | (103.219) | 7.474.353 |
| Provisões não correntes | 17.839.855 | 3.393.019 | (4.578.410) | 16.654.464 |
| Provisões correntes | 923.529 | 2.891.935 | - | 3.815.464 |
| 46.165.522 | 48.872.833 | (6.654.032) | 88.384.323 | |
| Saldo em | Saldo em | |||
| Rubricas | 01.Janeiro.2006 | Aumentos | Diminuições | 31.Dezembro.2006 |
| Perdas por imparidade acumuladas em outros investimentos (Nota 12) | 8.056.772 | 1.120.000 | - | 9.176.772 |
| Perdas por imparidade acumuladas em outros activos não correntes (Nota 13) |
323.988 | 536.382 | - | 860.370 |
| Perdas por imparidade acumuladas em clientes correntes (Nota 15) | 10.130.843 | 431.721 | (2.847.174) | 7.715.390 |
| Perdas por imparidade acumuladas em devedores diversos correntes (Nota 16) |
3.952.989 | 645 | (197.643) | 3.755.991 |
| Perdas por imparidade acumuladas em existências (Nota 14) | 5.981.612 | 74.915 | (162.912) | 5.893.615 |
| Provisões não correntes | 18.968.433 | 683.562 | (1.812.140) | 17.839.855 |
| Provisões correntes | 945.029 | 263.500 | (285.000) | 923.529 |
| 48.359.666 | 3.110.725 | (5.304.869) | 46.165.522 |
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Provisões e perdas de imparidade | 1.601.958 | 3.964.999 |
| Perdas de imparidade não reflectidas nesta nota | ||
| Imobilizado corpóreo (Nota 9) | 48.334 | (2.071.375) |
| Provisão para perdas em investimentos | 20.663.277 | 1.120.000 |
| Provisão para contas a receber | 22.294.479 | - |
| Provisão para imparidade em existências | - | - |
| Registada em custo das vendas (Nota 14) | 1.683.477 | 74.915 |
| Outros | 2.581.308 | 22.186 |
| 48.872.833 | 3.110.725 |
Em 31 de Dezembro de 2007, foi constatado um reforço de perda de imparidade de 19.794.479 euros relativo à alienação parcial da participação da Elmo, S.G.P.S.,SA. e de 20.663.277 euros relativo à parcela não alienada do mesmo investimento. Conforme referido na Nota 1, este reforço foi registado por contrapartida de capitais próprios.
A 31 de Dezembro de 2007 e 2006 o detalhe das provisões para outros riscos e encargos pode ser analisado como segue:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Garantias a clientes relativos a contratos de construção | 4.697.502 | 4.468.711 |
| Processos judiciais em curso | 3.954.369 | 4.266.971 |
| Outros | 11.818.057 | 10.027.702 |
| 20.469.928 | 18.763.384 |
As perdas por imparidade são deduzidas ao valor do correspondente activo.
Em 31 de Dezembro de 2007 e em 31 de Dezembro de 2006, os principais passivos contingentes respeitavam a garantias prestadas e tinham o seguinte detalhe:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Garantias prestadas: | ||
| por processos fiscais em curso | 5.845.298 | 4.186.579 |
| por processos judiciais em curso | 2.696.996 | 2.700.382 |
| por processos autárquicos em curso | 5.887.208 | 7.831.169 |
| Outras | 74.799.709 | 67.656.745 |
O valor de "Outras" incluí as seguintes garantias:
-22.730.724 euros (25.907.338 euros em 31 de Dezembro de 2006) como garantias prestadas a clientes relativas a contratos de construção;
-37.899.252 euros (13.749.694 euros em 31 de Dezembro de 2006) como garantias prestadas relativas a licenças de construção do negócio do Turismo;
-124.699 euros (12.440.823 euros em 31 de Dezembro de 2006) como garantias prestadas a fornecedores para a construção dos ferries.
-12.000.000 euros (12.000.000 euros em 31 de Dezembro de 2006) como garantias prestadas na alienação da participação na Granosalis, SGPS, S.A.
Nas locações operacionais em que o Grupo age como locador, os pagamentos mínimos de locação (remunerações fixas) reconhecidos como proveitos, durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, ascenderam a 5.517.470 euros e 3.352.537 euros, respectivamente.
Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o Grupo tinha celebrado, como locador, contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação (remunerações fixas) se vencem como segue:
| 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | ||
|---|---|---|
| Venciveis em: | ||
| N+1 renovável automaticamente | 5.856.407 | 4.722.984 |
| N+1 | 235.550 | 150.986 |
| N+2 | 223.556 | 136.758 |
| N+3 | 228.020 | 131.675 |
| N+4 | 212.771 | 125.098 |
| N+5 | 209.678 | 109.440 |
| Após N+5 | 116.260 | 526.168 |
| 7.082.242 | 5.903.109 |
Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2007 foi reconhecido como custo do periodo o montante de 7.172.905 euros (6.467.568 euros em 31 de Dezembro de 2006) relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional em que o Grupo age como locatário.
Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o Grupo tinha celebrado, como locatário, contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação se vencem como segue:
| 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | ||
|---|---|---|
| Venciveis em: | ||
| N+1 renovável automaticamente | 1.790.192 | 237.974 |
| N+1 | 3.434.346 | 2.859.674 |
| N+2 | 1.690.770 | 2.145.524 |
| N+3 | 1.193.496 | 2.088.410 |
| N+4 | 1.011.701 | 1.869.484 |
| N+5 | 881.020 | 1.942.326 |
| Após N+5 | 11.644.170 | 14.018.914 |
| 21.645.695 | 25.162.306 |
As vendas e as prestações de serviços nos períodos de 2007 e de 2006 foram como segue:
| 31.Dezembro.2007 Total acumulado |
31.Dezembro.2006 Total acumulado |
|
|---|---|---|
| Vendas de mercadorias | 13.377.208 | 21.276.107 |
| Vendas de produtos | 81.434.421 | 54.723.105 |
| 94.811.629 | 75.999.212 | |
| Prestações de serviços | 102.465.562 | 89.415.020 |
| Actividades Continuadas | 197.277.191 | 165.414.232 |
| Actividades Descontinuadas | 104.867.995 | 101.127.162 |
| Total Acumulado | 302.145.186 | 266.541.394 |
A repartição dos outros proveitos operacionais nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 é a seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Total acumulado |
Total acumulado |
|
| Trabalhos para a própria empresa | 789.086 | 3.741.475 |
| Ganhos na alienação de activos | 2.572.877 | 3.033.534 |
| Reversão de perdas de imparidade e provisões | 556.970 | 495.995 |
| Proveitos suplementares | 2.776.608 | 1.963.974 |
| Outros | 1.506.798 | 2.433.088 |
| Actividades Continuadas | 8.202.339 | 11.668.066 |
| Actividades Descontinuadas | 33.345.161 | 39.811.627 |
| Total Acumulado | 41.547.500 | 51.479.693 |
A repartição dos fornecimentos e serviços externos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 é a seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Subcontratos | 95.163.542 | 65.406.336 |
| Trabalhos especializados | 8.177.155 | 7.015.006 |
| Rendas e alugueres | 7.297.746 | 6.234.265 |
| Honorários | 2.861.775 | 2.626.762 |
| Conservação e reparação | 2.421.708 | 2.279.808 |
| Limpeza, higiene e conforto | 2.369.191 | 2.130.827 |
| Electricidade | 2.454.047 | 1.981.404 |
| Deslocações e estadas | 1.124.835 | 1.107.684 |
| Publicidade e propaganda | 893.503 | 1.364.124 |
| Combustíveis | 981.967 | 975.595 |
| Vigilância e segurança | 701.681 | 724.841 |
| Comunicação | 917.999 | 899.456 |
| Outros | 6.893.419 | 6.150.136 |
| Actividades Continuadas | 132.258.568 | 98.896.244 |
| Actividades Descontinuadas | 123.102.014 | 124.055.037 |
| Total Acumulado | 255.360.582 | 222.951.281 |
A repartição dos custos com o pessoal nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 é a seguinte:
| 31.Dezembro.2006 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Remunerações | 30.322.171 | 26.825.246 |
| Encargos sobre remunerações | 5.864.319 | 5.249.855 |
| Seguros | 480.440 | 384.679 |
| Custos com acção social | 487.255 | 375.566 |
| Outros custos com pessoal | 1.400.222 | 939.354 |
| Actividades Continuadas | 38.554.407 | 33.774.700 |
| Actividades Descontinuadas | 6.440.066 | 6.520.011 |
| Total Acumulado | 44.994.473 | 40.294.711 |
A repartição dos outros custos operacionais nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 é a seguinte:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Total acumulado |
Total acumulado |
|
| Perdas na alienação de activos | 2.213.912 | 1.602.867 |
| Outros impostos | 1.652.240 | 1.492.807 |
| Imposto municipal sobre imóveis | 1.126.465 | 846.332 |
| Dividas incobraveis | 71.533 | 550.302 |
| Outros | 1.337.696 | 2.329.801 |
| Actividades Continuadas | 6.401.846 | 6.822.109 |
| Actividades Descontinuadas | 1.410.454 | 155.927 |
| Total Acumulado | 7.812.300 | 6.978.036 |
Os resultados financeiros nos períodos de 2007 e de 2006 têm a seguinte composição:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Custos e perdas: | ||
| Juros suportados | ||
| relativos a descobertos e empréstimos bancários | (3.055.455) | (3.961.283) |
| relativos a obrigações não convertiveis | (243.524) | - |
| relativos a contratos de locação financeira | (264.294) | (161.680) |
| outros | (12.198.574) | (4.054.125) |
| (15.761.847) | (8.177.088) | |
| Diferenças de câmbio desfavoráveis | (162.919) | (31.487) |
| Descontos de pronto pagamento concedidos | (2.545) | (3.254) |
| Perdas na valoriz. de instrum.derivados de cobertura | - | - |
| Encargos com emissão de divida | (755.161) | - |
| Outros custos e perdas financeiras | (371.383) | (1.199.163) |
| (17.053.855) | (9.410.992) | |
| Proveitos e ganhos | ||
| Juros obtidos | 6.206.880 | 6.750.643 |
| Diferenças de câmbio favoráveis | 578.717 | 98.380 |
| Descontos de pronto pagamento obtidos | 84.369 | 46.121 |
| Ganhos na valoriz. de instrum.derivados de cobertura | - | - |
| Outros proveitos e ganhos financeiras | 185.738 | 556.803 |
| 7.055.704 | 7.451.947 | |
| Resultados financeiros | ||
| Actividades Continuadas | (9.998.151) | (1.959.045) |
| Actividades Descontinuadas | 2.576.271 | 1.615.658 |
| Total Acumulado | (7.421.880) | (343.387) |
Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica Juros suportados - outros, inclui 7.584.535 euros relativos a juros de empréstimos obtidos da Sonae SGPS.
Os resultados relativos a investimentos nos períodos de 2007 e de 2006 têm a seguinte composição:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | ||||
|---|---|---|---|---|---|
| Total | acumulado | Total | acumulado | ||
| Dividendos | 167.088 | 1.506.488 | |||
| Aumento no justo valor de investimentos mensurados ao justo valor através de resultados |
|||||
| Alienação parcial da Cinclus Planeamento | 2.522.725 | - | |||
| Alienação total da ba Vidro | 9.786.396 | 3.222.401 | |||
| Alienação da Fun International | (1.137.117) | ||||
| Outras | 65.472 | (59.901) | |||
| Resultados obtidos na alienação de investimentos em activos disponiveis para venda |
11.237.476 | 3.162.500 | |||
| Perdas de imparidade de investimentos | - | (1.120.000) | |||
| Outros | 737.412 | - | |||
| Resultados relativos a Investimentos | |||||
| Actividades Continuadas | 12.141.976 | 3.548.988 | |||
| Actividades Descontinuadas | (58.838) | - | |||
| Total Acumulado | 12.083.138 | 3.548.988 |
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 são detalhados como segue:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Total acumulado |
Total acumulado |
|
| Imposto corrente | 4.496.758 | 3.029.680 |
| Imposto diferido (Nota 19) | (9.305.913) | (1.492.265) |
| Imposto Sobre o rendimento | ||
| Actividades Continuadas | (4.809.155) | 1.537.415 |
| Actividades Descontinuadas | 2.246.998 | 2.801.022 |
| Total Acumulado | (2.562.157) | 4.338.437 |
A reconciliação do resultado antes de imposto do período com o imposto sobre o rendimento do periodo, para os períodos findos em 31 de Dezembro de2007 e 2006 pode ser analisada como segue:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Total | Total | |
| acumulado | acumulado | |
| Resultado antes de impostos | 13.285.978 | 9.359.558 |
| Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilisticas | (22.507.025) | (5.082.647) |
| Resultados relativos a empresas associadas | (857.332) | (4.955.450) |
| Imparidade de diferenças de consolidação | - | 117.292 |
| Provisões e perdas de imparidade não aceites fiscalmente | (2.241.238) | 3.601.983 |
| Outras diferenças permanentes | 2.814.933 | 694.864 |
| Lucro tributável | (9.504.684) | 3.735.600 |
| Utilização de perdas fiscais que não deram origem a activos por impostos diferidos |
(5.431.547) | (11.167.362) |
| Reconhecimento de perdas fiscais no exercício que não deram origem a activos por impostos diferidos |
29.259.730 | 24.330.785 |
| 14.323.499 | 16.899.023 | |
| Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal | 25,00% | 25,00% |
| 3.580.875 | 4.224.756 | |
| Efeito da existência de taxas de imposto diferentes da que vigora em Portugal |
(177.194) | (3.475) |
| Efeito de alteração de taxa no cálculo de impostos diferidos | - | (56.295) |
| Efeito da constatação ou reversão de impostos diferidos | (6.590.324) | (362.044) |
| Derrama | 370.917 | 422.476 |
| Insuficiência / Excesso de estimativa de imposto | 114.911 | (1.348) |
| Tributação autónoma e benefícios fiscais | 138.658 | 114.367 |
| Imposto sobre o rendimento | (2.562.157) | 4.338.437 |
A reconciliação do resultado líquido do período findo em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 pode ser analisada como segue:
| Resultados líquidos individuais agregados 46.524.213 14.944.868 Homogeneização de critérios (2.434.160) (4.029.461) Eliminação de dividendos intra-grupo (5.567.435) (7.641.746) Equivalência patrimonial (Nota 6) 857.332 4.164.438 Eliminação de mais e menos valias intra-grupo (59.803.298) (7.056.414) Eliminação de provisões e perdas de imparidade intra-grupo (1.843.000) (187.328) Correcção das mais e menos valias na 33.271.298 (916.677) Alienação de participações financeiras Outros (1.571.703) (2.612.621) Resultado consolidado do período 9.433.247 (3.334.941) Actividades Continuadas Actividades Descontinuadas 6.414.888 8.356.062 Total Acumulado 15.848.135 5.021.121 |
31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 |
|---|---|---|
Os saldos e transacções efectuados com entidades relacionadas durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, podem ser detalhados como segue:
| Vendas e prestações de serviços | Compras e serviços recebidos | |||
|---|---|---|---|---|
| Transacções | 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
| Empresa - Mãe, filiais excluidas e participadas (a) | 1.063.869 | 2.008.511 | 1.898.353 | 1.317.749 |
| Empresas associadas | 429.720 | 625.249 | 1.323.457 | 2.053.718 |
| Entidades parceiras e accionistas | 167.505.008 | 143.340.910 | 8.560.656 | 8.535.923 |
| 168.998.597 | 145.974.670 | 11.782.466 | 11.907.390 | |
| Juros auferidos | Juros suportados | |||
| Transacções | 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
| Empresa - Mãe, filiais excluidas e participadas (a) | 1.152.465 | 8.473 | 71.777 | - |
| Empresas associadas | 3.863 | 14.928 | - | - |
| Entidades parceiras e accionistas | 1.171.109 | 2.947.471 | 9.359.464 | 2.167.249 |
| 2.327.437 | 2.970.872 | 9.431.241 | 2.167.249 | |
| Contas a receber | Contas a pagar | |||
| Saldos | 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
| Empresa - Mãe, filiais excluidas e participadas (a) | 98.684 | 2.201.875 | 469.379 | 637.633 |
| Empresas associadas | 393.405 | 615.530 | 94.440 | 85.726 |
| Entidades parceiras e accionistas | 32.520.201 | 30.609.852 | 4.117.245 | 24.264.296 |
| 33.012.290 | 33.427.257 | 4.681.064 | 24.987.655 | |
| Empréstimos | Empréstimos | |||
| Obtidos | Concedidos | |||
| Saldos | 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
| Empresa - Mãe, filiais excluidas e participadas (a) | - | - | - | 6.402.716 |
| Empresas associadas | - | - | 17.407.225 | 9.268.663 |
| Entidades parceiras e accionistas | 2.340.818 | 91.240.406 | - | 19.868.000 |
| 2.340.818 | 91.240.406 | 17.407.225 | 35.539.379 |
(a) A empresa Mãe que está a ser considerada é a Efanor Investimentos, SGPS, SA; os valores existentes com a Sonae SGPS, SA estão incluídos em entidades parceiras.
Os resultados por acção dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Total acumulado |
Total acumulado |
|
| Resultados das actividades continuadas | ||
| Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico (resultado líquido do período) |
8.579.431 | (6.166.995) |
| Efeito das acções potenciais | - | - |
| Juro das obrigações convertiveis (líquido de imposto) | - | - |
| Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por acção diluído |
8.579.431 | (6.166.995) |
| Numero de acções | ||
| Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico |
250.000.000 | 250.000.000 |
| Efeito das acções potenciais | ||
| decorrentes das obrigações convertiveis | - | - |
| Número médio ponderado de acções para efeito de calculo do resultado liquido por acção diluído |
250.000.000 | 250.000.000 |
| Resultado por acção (básico e diluído): | ||
| Actividades Continuadas | 0,034318 | (0,024668) |
| Actividades Descontinuadas | 0,025660 | 0,033424 |
| Total Acumulado | 0,059977 | 0,008756 |
Não existem instrumentos convertíveis sobre acções da Sonae Capital, SGPS, SA, pelo que não existe diluição dos resultados.
Os recebimentos e pagamentos de investimentos financeiros ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 podem ser analisados como segue:
| 31.Dezembro.2007 | 31.Dezembro.2006 | |||
|---|---|---|---|---|
| Recebimentos | Pagamentos | Recebimentos | Pagamentos | |
| Aquisição da SC Insurance | - | - | - | 37.500.000 |
| Aquisição de acções Sonae Turismo | - | - | - | 91.795.896 |
| Aquisição de acções Sonae Indústria | - | - | - | 8.846.992 |
| Aquisição da DMJB | - | 22.000.000 | - | - |
| Aquisição da Cooper Gay | - | 15.058.760 | - | - |
| Aquisição da Imoponte | - | 5.825.001 | - | - |
| Prestações suplementares Norscut | - | 5.927.817 | - | - |
| Aquisição da Arbiworld | - | 9.988.557 | - | - |
| Aquisição parcial da SC - Eng.e Prom. Imob.SGPS | - | 7.963.000 | - | - |
| Pagamento de filiais adquiridas em 2005 | - | 7.557.860 | - | - |
| Redução de capital da Contacto | 11.200.000 | - | - | - |
| Alienação da Safira | 5.000.000 | - | - | - |
| Alienação parcial da Barbaridade Glass | 11.280.191 | - | 4.472.044 | - |
| Alienação da MDS | 45.500.000 | - | - | - |
| Alienação da Lazam | 11.300.000 | - | - | - |
| Alienação da Cooper Gay | 13.729.189 | - | - | - |
| Alienação da Star Viagens | - | - | 9.768.416 | - |
| Alienação da Granosalis | 11.000.000 | - | 10.000.000 | - |
| Outros | 5.890.382 | 5.838.258 | 1.121.274 | 4.812.442 |
| Actividades Continuadas | 114.899.762 | 80.159.253 | 25.361.734 | 142.955.330 |
| Actividades Descontinuadas | (11.200.000) | - | - | - |
| Total Acumulado | 103.699.762 | 80.159.253 | 25.361.734 | 142.955.330 |
Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 foram identificados como segmentos primários os seguintes negócios:
Não foram identificados segmentos secundários pelo facto do Grupo desenvolver a sua actividade fundamentalmente em Portugal sendo que as operações no estrangeiro não têm relevância para se apresentar como segmento geográfico.
Os contributos dos principais segmentos de negócio para a Demonstração de Resultados consolidada dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 podem ser analisados como segue:
| 31.Dezembro.2007 | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| TOTAL ACUMULADO | Turismo | Spred | Holding | Ajustamentos | Consolidado |
| Proveitos operacionais | |||||
| Vendas | 16.233.606 | 65.614.146 | - | - | 81.847.752 |
| Prestações de serviços | 40.189.659 | 177.974.939 | 2.132.836 | - | 220.297.434 |
| Outros proveitos operacionais | 5.191.649 | 35.757.369 | 598.482 | - | 41.547.500 |
| 61.614.914 | 279.346.454 | 2.731.318 | - | 343.692.686 | |
| Proveitos intersegmentos | 896.371 | 26.432.714 | 253.138 | (27.582.223) | - |
| 62.511.285 | 305.779.168 | 2.984.456 | (27.582.223) | 343.692.686 | |
| Cash-flow operacional (EBITDA) | 2.527.710 | 13.377.773 | (1.349.269) | 362.288 | 14.918.502 |
| Amortizações e depreciações | (6.289.845) | (1.203.074) | (107.205) | - | (7.600.124) |
| Provisões e perdas por imparidade | (551.700) | (1.050.258) | - | - | (1.601.958) |
| 1 Reversão de provisões e de perdas por imparidade |
143.074 | 1.807.894 | 100.000 | - | 2.050.968 |
| Resultados operacionais (EBIT) | (4.170.761) | 12.932.335 | (1.356.474) | 362.288 | 7.767.388 |
| Resultados financeiros | (17.051.468) | 1.534.165 | 8.095.423 | - | (7.421.880) |
| Resultados relativos a empresas associadas | - | - | - | 857.332 | 857.332 |
| Resultados relativos a investimentos | (1.198.577) | 132.641 | 10.963.250 | 2.185.824 | 12.083.138 |
| Resultado antes de impostos | (22.420.806) | 14.599.141 | 17.702.199 | 3.405.444 | 13.285.978 |
| Imposto sobre o rendimento | 7.138.790 | (4.386.180) | (190.453) | - | 2.562.157 |
| Resultado Líquido | (15.282.016) | 10.212.961 | 17.511.746 | 3.405.444 | 15.848.135 |
| - atribuível aos accionistas da empresa-mãe | 14.994.319 | ||||
| - atribuível a interesses minoritários | 853.816 | ||||
| 31.Dezembro.2006 | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| TOTAL ACUMULADO | Turismo | Spred | Holding e Outras | Ajustamentos | Consolidado |
| Proveitos operacionais | |||||
| Vendas | 7.249.149 | 56.936.272 | - | - | 64.185.421 |
| Prestações de serviços | 23.741.911 | 176.020.213 | 2.593.849 | - | 202.355.973 |
| Outros proveitos operacionais | 7.517.923 | 43.095.658 | 866.112 | - | 51.479.693 |
| 38.508.983 | 276.052.143 | 3.459.961 | - | 318.021.087 | |
| Proveitos intersegmentos | 2.608.463 | 6.073.947 | - | (8.682.410) | - |
| 41.117.446 | 282.126.090 | 3.459.961 | (8.682.410) | 318.021.087 | |
| Cash-flow operacional (EBITDA) | (5.363.729) | 14.595.670 | (58.897) | (1.208.257) | 7.964.787 |
| Amortizações e depreciações | (4.814.437) | (1.182.917) | (100.475) | 74.233 | (6.023.596) |
| Provisões e perdas por imparidade | (2.743.299) | (1.104.408) | - | (117.292) | (3.964.999) |
| 1 Reversão de provisões e de perdas por imparidade |
296.786 | 2.825.528 | 100.000 | - | 3.222.314 |
| Resultados operacionais (EBIT) | (12.624.679) | 15.133.875 | (59.372) | (1.251.317) | 1.198.507 |
| Resultados financeiros | (13.831.124) | 1.022.443 | 12.465.294 | - | (343.387) |
| Resultados relativos a empresas associadas | - | - | - | 4.955.450 | 4.955.450 |
| Resultados relativos a investimentos | (801.104) | 131.718 | 4.233.620 | (15.246) | 3.548.988 |
| Resultado antes de impostos | (27.256.907) | 16.288.036 | 16.639.542 | 3.688.887 | 9.359.558 |
| Imposto sobre o rendimento | 650.633 | (4.818.176) | (170.894) | - | (4.338.437) |
| Resultado Líquido | (26.606.274) | 11.469.860 | 16.468.648 | 3.688.887 | 5.021.121 |
| - atribuível aos accionistas da empresa-mãe | 2.189.067 | ||||
| - atribuível a interesses minoritários | 2.832.054 |
1 Valor incluido em Outros proveitos operacionais mas utilizado no calculo do Cash-flow operacional (EBITDA).
Os contributos dos principais segmentos de negócio para os Balanços consolidados dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 podem ser analisados como segue:
| 31.Dezembro.2007 | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| TOTAL ACUMULADO | Turismo | Spred | Holding | Ajustamentos | Consolidado |
| Imobilizado | |||||
| Incorpóreo | 593.936 | 218.158 | - | - | 812.094 |
| Corpóreo | 301.842.053 | 26.612.633 | 575.220 | - | 329.029.906 |
| 2 Diferenças de consolidação |
- | - | - | 63.796.454 | 63.796.454 |
| Investimentos | 2.451.539 | 10.571.412 | 99.803.510 | (16.654.526) | 96.171.935 |
| Activos por impostos diferidos | 13.558.815 | 762.105 | - | - | 14.320.920 |
| Outros activos | 197.350.492 | 262.464.964 | 323.309.310 | (514.392.126) | 268.732.640 |
| Caixa, Equivalentes de Caixa e Invest. Correntes | 20.222.050 | 2.662.597 | 21.449.693 | - | 44.334.340 |
| Total do activo | 536.018.885 | 303.291.869 | 445.137.733 | (467.250.198) | 817.198.289 |
| Passivos não correntes | |||||
| Empréstimos | 120.455.895 | 21.231.691 | 49.766.000 | - | 191.453.586 |
| Passivos por impostos diferidos | 2.307.082 | 5.219.288 | - | - | 7.526.370 |
| Outros passivos não correntes | 224.906.319 | 63.900.370 | 8.723.393 | (241.725.183) | 55.804.899 |
| Passivos correntes | |||||
| Empréstimos | 3.597.104 | 21.153.900 | - | - | 24.751.004 |
| Outros passivos correntes | 224.273.698 | 99.070.392 | 95.414.547 | (274.703.600) | 144.055.037 |
| Total do passivo | 575.540.098 | 210.575.641 | 153.903.940 | (516.428.783) | 423.590.896 |
| Investimento técnico | 73.123.914 | 31.406.734 | 24.084 | - | 104.554.732 |
| 1 Dívida Bruta |
124.052.999 | 42.385.591 | 49.766.000 | - | 216.204.590 |
| 1 Dívida Líquida |
103.830.949 | 39.722.994 | 28.316.307 | - | 171.870.250 |
| 31.Dezembro.2006 | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| TOTAL ACUMULADO | Turismo | Spred | Holding e Outras | Ajustamentos | Consolidado |
| Imobilizado | |||||
| Incorpóreo | 605.453 | 378.821 | - | - | 984.274 |
| Corpóreo | 283.935.911 | 12.615.877 | 658.340 | (11.359.037) | 285.851.091 |
| 2 Diferenças de consolidação |
- | - | - | 49.033.430 | 49.033.430 |
| Investimentos | 2.436.540 | 8.400.295 | 98.473.362 | (6.662.725) | 102.647.472 |
| Activos por impostos diferidos | 3.770.504 | 971.642 | - | - | 4.742.146 |
| Outros activos | 138.817.588 | 176.166.281 | 199.906.442 | (262.461.785) | 252.428.526 |
| Caixa, Equivalentes de Caixa e Invest. Correntes | 3.926.075 | 5.141.872 | 7.065.303 | (220.000) | 15.913.250 |
| Total do activo | 433.492.071 | 203.674.788 | 306.103.447 | (231.670.117) | 711.600.190 |
| Passivos não correntes | |||||
| Empréstimos | 84.891.705 | 1.500.000 | - | - | 86.391.705 |
| Passivos por impostos diferidos | 645.530 | 4.277.988 | - | - | 4.923.518 |
| Outros passivos não correntes | 173.631.941 | 29.875.751 | 21.312.100 | (136.589.995) | 88.229.797 |
| Passivos correntes | |||||
| Empréstimos | 44.530.194 | 2.828.159 | 193 | - | 47.358.546 |
| Outros passivos correntes | 142.987.411 | 106.613.318 | 60.688.819 | (117.824.014) | 192.465.534 |
| Total do passivo | 446.686.781 | 145.095.216 | 82.001.112 | (254.414.009) | 419.369.102 |
| Investimento técnico | 98.406.453 | 9.677.818 | 30.576 | - | 108.114.847 |
| 1 Dívida Bruta |
129.421.899 | 4.328.159 | 64.225.473 | - | 197.975.531 |
| 1 Dívida Líquida |
125.495.824 | (813.713) | 57.160.170 | 220.000 | 182.062.281 |
Inclui a divida à Sonae, SGPS, SA.
2 A alocação das diferenças de consolidação pode ser detalhada como segue:
| TOTAL ACUMULADO | 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Turismo | 36.714.382 | 37.642.520 |
| Spred | 13.029.917 | 9.469.277 |
| Holding e Outras | 14.052.155 | 1.921.633 |
| Total | 63.796.454 | 49.033.430 |
| 31.Dezembro.2007 | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| ACTIVIDADES CONTINUADAS | Turismo | Spred | Holding | Ajustamentos | Consolidado |
| Proveitos operacionais | |||||
| Vendas | 16.243.521 | 78.568.108 | - | - | 94.811.629 |
| Prestações de serviços | 40.596.354 | 59.698.185 | 2.171.023 | - | 102.465.562 |
| Outros proveitos operacionais | 4.289.384 | 3.286.357 | 626.597 | - | 8.202.339 |
| 61.129.259 | 141.552.650 | 2.797.620 | - | 205.479.530 | |
| Proveitos intersegmentos | 1.382.026 | 220.823 | 186.836 | (1.789.685) | - |
| 62.511.285 | 141.773.473 | 2.984.456 | (1.789.685) | 205.479.530 | |
| Cash-flow operacional (EBITDA) | 2.527.710 | 7.917.247 | (1.349.269) | 17.135 | 9.112.824 |
| Amortizações e depreciações | (6.289.845) | (969.175) | (107.205) | 42.096 | (7.324.129) |
| Provisões e perdas por imparidade | (551.700) | (171.029) | - | - | (722.729) |
| 1 Reversão de provisões e de perdas por imparidade |
143.074 | 313.897 | 100.000 | - | 556.971 |
| Resultados operacionais (EBIT) | (4.170.762) | 7.090.940 | (1.356.474) | 59.231 | 1.622.935 |
| Resultados financeiros | (17.051.468) | (1.047.963) | 8.095.423 | 5.857 | (9.998.151) |
| Resultados relativos a empresas associadas | - | - | - | 857.332 | 857.332 |
| Resultados relativos a investimentos | (1.198.577) | 132.641 | 10.963.250 | 2.244.662 | 12.141.976 |
| Resultado antes de impostos | (22.420.807) | 6.175.618 | 17.702.199 | 3.167.082 | 4.624.092 |
| Imposto sobre o rendimento | 7.138.790 | (2.137.251) | (190.453) | (1.931) | 4.809.155 |
| Resultado Líquido | (15.282.017) | 4.038.367 | 17.511.746 | 3.165.151 | 9.433.247 |
| - atribuível aos accionistas da empresa-mãe | 8.579.431 | ||||
| - atribuível a interesses minoritários | 853.816 |
| 31.Dezembro.2006 | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| ACTIVIDADES CONTINUADAS | Turismo | Spred | Holding e Outras | Ajustamentos | Consolidado |
| Proveitos operacionais | |||||
| Vendas | 7.249.149 | 68.750.063 | - | - | 75.999.212 |
| Prestações de serviços | 23.917.382 | 62.927.019 | 2.570.619 | - | 89.415.020 |
| Outros proveitos operacionais | 7.169.452 | 3.937.949 | 560.664 | - | 11.668.066 |
| 38.335.983 | 135.615.031 | 3.131.283 | - | 177.082.298 | |
| Proveitos intersegmentos | 2.781.463 | 222.776 | 293.740 | (3.297.979) | - |
| 41.117.446 | 135.837.807 | 3.425.023 | (3.297.979) | 177.082.298 | |
| Cash-flow operacional (EBITDA) | (5.363.729) | 7.506.630 | (58.897) | (1.835.804) | 248.200 |
| Amortizações e depreciações | (4.814.437) | (953.402) | (100.475) | 74.233 | (5.794.081) |
| Provisões e perdas por imparidade | (2.743.299) | (432.443) | - | (117.292) | (3.293.034) |
| 1 Reversão de provisões e de perdas por imparidade |
296.786 | 99.208 | 100.000 | - | 495.994 |
| Resultados operacionais (EBIT) | (12.624.678) | 6.219.993 | (59.373) | (1.878.861) | (8.342.919) |
| Resultados financeiros | (13.831.124) | (593.214) | 12.465.293 | - | (1.959.045) |
| Resultados relativos a empresas associadas | - | - | - | 4.955.450 | 4.955.450 |
| Resultados relativos a investimentos | (801.104) | 131.718 | 4.233.620 | (15.246) | 3.548.988 |
| Resultado antes de impostos | (27.256.906) | 5.758.497 | 16.639.540 | 3.061.343 | (1.797.526) |
| Imposto sobre o rendimento | 650.633 | (2.017.154) | (170.894) | - | (1.537.415) |
| Resultado Líquido | (26.606.273) | 3.741.343 | 16.468.646 | 3.061.343 | (3.334.941) |
| - atribuível aos accionistas da empresa-mãe | (6.166.995) | ||||
| - atribuível a interesses minoritários | 2.832.054 |
1 Valor incluido em Outros proveitos operacionais mas utilizado no calculo do Cash-flow operacional (EBITDA).
Os contributos dos principais segmentos de negócio para os Balanços consolidados dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 podem ser analisados como segue:
| 31.Dezembro.2007 | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| ACTIVIDADES CONTINUADAS | Turismo | Spred | Holding | Ajustamentos | Consolidado | |
| Imobilizado | ||||||
| Incorpóreo | 593.936 | 209.601 | - | - | 803.537 | |
| Corpóreo | 301.842.053 | 26.337.373 | 575.219 | (716.397) | 328.038.248 | |
| 2 Diferenças de consolidação |
- | - | - | 62.517.465 | 62.517.465 | |
| Investimentos | 2.451.539 | 10.571.412 | 99.803.510 | (16.654.526) | 96.171.935 | |
| Activos por impostos diferidos | 13.558.815 | 558.925 | - | - | 14.117.740 | |
| Outros activos | 197.350.492 | 158.317.755 | 323.309.310 | (428.803.030) | 250.174.527 | |
| Caixa, Equivalentes de Caixa e Invest. Correntes | 20.222.050 | 2.286.668 | 21.449.693 | (1.362) | 43.957.049 | |
| Total do activo | 536.018.885 | 198.281.734 | 445.137.732 | (383.657.850) | 795.780.501 | |
| Passivos não correntes | ||||||
| Empréstimos | 120.455.895 | 21.231.691 | 49.766.000 | - | 191.453.586 | |
| Passivos por impostos diferidos | 2.307.082 | - | - | - | 2.307.082 | |
| Outros passivos não correntes | 224.906.319 | 53.985.780 | 8.723.393 | (241.712.002) | 45.903.490 | |
| Passivos correntes | ||||||
| Empréstimos | 3.597.104 | 21.153.900 | - | - | 24.751.004 | |
| Outros passivos correntes | 224.273.698 | 43.053.654 | 95.414.545 | (189.168.552) | 173.573.345 | |
| Total do passivo | 575.540.098 | 139.425.025 | 153.903.938 | (430.880.554) | 437.988.507 | |
| Investimento técnico | 73.045.626 | 31.257.747 | 24.084 | - | 104.327.457 | |
| 1 Dívida Bruta |
124.052.999 | 42.385.591 | 49.766.000 | - | 216.204.590 | |
| 1 Dívida Líquida |
103.830.949 | 40.098.923 | 28.316.307 | 1.362 | 172.247.541 | |
| Turismo | Spred | Holding e Outras | Ajustamentos | Consolidado |
|---|---|---|---|---|
| 605.453 | 370.264 | - | - | 975.717 |
| 283.935.911 | 12.040.833 | 658.340 | (11.784.604) | 284.850.480 |
| - | - | - | 47.754.532 | 47.754.532 |
| 2.436.539 | 3.350.882 | 103.522.775 | (6.662.724) | 102.647.472 |
| 3.770.504 | 651.945 | - | - | 4.422.449 |
| 138.818.588 | 74.026.208 | 197.950.885 | (180.160.596) | 230.635.085 |
| 3.926.075 | 3.503.384 | 7.065.303 | 1.223.392 | 15.718.154 |
| 433.493.070 | 93.943.516 | 309.197.303 | (149.630.000) | 687.003.889 |
| 84.891.705 | 1.500.000 | - | - | 86.391.705 |
| 645.530 | - | - | - | 645.530 |
| 173.631.941 | 18.588.856 | 20.000.000 | (135.277.895) | 76.942.902 |
| 44.530.194 | 2.828.159 | 193 | - | 47.358.546 |
| 142.987.411 | 56.622.168 | 60.045.363 | (35.719.866) | 223.935.076 |
| 446.686.781 | 79.539.183 | 80.045.556 | (170.997.761) | 435.273.759 |
| 98.071.431 | 9.321.397 | 30.576 | - | 107.423.404 |
| 129.421.899 | 4.328.159 | 64.225.473 | - | 197.975.531 |
| 182.257.377 | ||||
| 31.Dezembro.2006 125.495.824 824.775 |
57.160.170 | (1.223.392) |
Inclui a divida à Sonae, SGPS, SA.
2 A alocação das diferenças de consolidação pode ser detalhada como segue:
| ACTIVIDADES CONTINUADAS | 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | |
|---|---|---|
| Turismo | 36.714.298 | 36.363.625 |
| Spred | 11.171.929 | 9.469.278 |
| Holding e Outras | 14.631.238 | 1.921.629 |
| Total | 62.517.465 | 47.754.532 |
Os contributos dos principais segmentos de negócio para os Fluxos de Caixa consolidados dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006 podem ser analisados como segue:
| 31.Dezembro.2007 | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Turismo | Spred | Consolidado | |||
| Actividades operacionais | (6.340.756) | (1.079.095) | (26.860) | (7.446.711) | |
| Actividades de investimento | (17.454.154) | 42.211.588 | 19.968.681 | 44.726.115 | |
| Actividades de financiamento | (7.711.028) | 21.425.883 | (22.582.773) | (8.867.918) | |
| Variação de caixa e equivalentes | |||||
| Actividades Continuadas | (31.505.938) | 62.558.376 | (2.640.952) | 28.411.486 | |
| Actividades Descontinuadas | 15.166.626 | (15.016.096) | 33.315 | 183.845 | |
| Total Acumulado | (16.339.312) | 47.542.280 | (2.607.637) | 28.595.331 |
| 31.Dezembro.2006 | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Turismo Spred |
Holding | Consolidado | ||||
| Actividades operacionais | 3.709.594 | 1.550.175 | 1.038.344 | 6.298.113 | ||
| Actividades de investimento | 6.338.547 | 5.123.430 | (106.589.235) | (95.127.258) | ||
| Actividades de financiamento | 41.303.246 | (1.146.249) | 62.155.224 | 102.312.221 | ||
| Variação de caixa e equivalentes | ||||||
| Actividades Continuadas | 51.351.387 | 5.527.356 | (43.395.667) | 13.483.076 | ||
| Actividades Descontinuadas | (21.260.852) | 20.527.161 | (29.249) | (762.940) | ||
| Total Acumulado | 30.090.535 | 26.054.517 | (43.424.916) | 12.720.136 |
| 31.Dezembro.2007 31.Dezembro.2006 | ||
|---|---|---|
| Turismo | 532 | 458 |
| Spred | 1.002 | 882 |
| Holding e Outras | 27 | 13 |
| Actividades Continuadas | 1.561 | 1.353 |
| Actividades Descontinuadas | 167 | 163 |
| Total Acumulado | 1.728 | 1.516 |
Em 21 de Fevereiro de 2008, a Sonae Capital alienou através da sua participada SC - Engenharia e Promoção Imobiliária, SGPS, SA a totalidade do capital social da Contacto - Sociedade de Construções, SA à Soares da Costa Construções, SGPS, SA uma vez que foi obtida a declaração de não oposição da Autoridade da Concorrência. A alienação foi efectuada pelo preço global de 81,5 milhões de euros.
Em 3 de Março de 2008, a SC, SGPS, SA (filial integralmente detida pela Sonae Capital, SGPS, SA) emitiu, nesta data, um empréstimo obrigacionista, por subscrição particular, no montante de 50.000.000 euros, sem garantias e pelo prazo de dez anos, com put option a partir do final do oitavo ano.
As demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 12 de Março de 2008. Contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas.
(Montantes expressos em euros )
| ACTIVO | Notas | ||
|---|---|---|---|
| ACTIVOS NÃO CORRENTES: Investimentos Outros activos não correntes |
Total de activos não correntes | 3 4 |
382.638.253 49.749.000 432.387.253 |
| ACTIVOS CORRENTES: Outros activos correntes Caixa e equivalentes de caixa |
Total de activos correntes | 5 6 |
23.901 1.363 25.264 |
| TOTAL DO ACTIVO | 432.412.517 | ||
| CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO | |||
| CAPITAL PRÓPRIO: Capital social Outras reservas Resultado líquido do período TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO |
7 8 |
250.000.000 132.638.253 (2.012) 382.636.241 |
|
| PASSIVO: PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos obrigacionistas |
Total de passivos não correntes | 9 | 49.766.000 49.766.000 |
| PASSIVO CORRENTE: Fornecedores Outras dívidas a terceiros Estado e outros entes públicos Outros passivos correntes |
Total de passivos correntes | 11 12 |
800 1.994 25 7.457 10.276 |
| TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO | 432.412.517 | ||
| O anexo faz partes destas demonstrações financeiras. | |||
| O Técnico Oficial de Contas | O Conselho de Administração |
João Manuel Morais Pereira Russo
Belmiro Mendes de Azevedo
José Luís dos Santos Lima Amorim
(Montantes expressos em euros )
| Notas | ||
|---|---|---|
| Custos operacionais | ||
| Fornecimentos e serviços externos | 14 | (2.479) |
| Outros custos operacionais | 15 | (255) |
| Total de custos operacionais | (2.734) | |
| Resultados operacionais | (2.734) | |
| Proveitos e ganhos financeiros | 16 | 8.301 |
| Custos e perdas financeiras | 16 | (7.579) |
| Resultados financeiros | 722 | |
| Resultado antes de impostos | (2.012) | |
| Imposto sobre o rendimento | - | |
| Resultado do período | (2.012) |
O anexo faz partes destas demonstrações financeiras.
O Técnico Oficial de Contas
João Manuel Morais Pereira Russo
O Conselho de Administração
Belmiro Mendes de Azevedo
José Luís dos Santos Lima Amorim
| Res erva s |
|||||||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| ital Soc ial |
Acç ões |
Pré mio s de |
Pre ões staç |
Res erva s |
Res s de erva |
Res de erva |
Res s de erva |
Res s de erva |
Out ras |
Res ulta dos |
Res ulta do |
Tot al d o |
|
| Cap | Pró pria s |
Em issã o |
Sup lem enta res |
lega is |
alia ção Leg ais reav |
just lor o va |
cob ertu ra |
Con ão vers |
rese rvas |
mul ado acu s |
líqu ido |
Cap ital Pró prio |
|
| Sald 1 de J iro d e 20 07 e o m ane |
- | - | - | - | - - |
- | - - |
- | - | - | - | ||
| Apl icaç ão d sult ado do a ior: nter o re no a |
|||||||||||||
| Tra nsfe rênc ia pa ra r ese rvas |
- | - | - | - | - - |
- | - - |
- | - | - | - | ||
| Divi den dos di strib uído s |
- | - | - | - | - - |
- | - - |
- | - | - | - | ||
| Tra nsfe rênc ia ltad itad os t pa ra r esu rans os |
- | - | - | - | - - |
- | - - |
- | - | - | - | ||
| Aqu isiçã o/(A lien açã o) d çõe ópr ias e ac s pr |
- | - | - | - | - - |
- | - - |
- | - | - | - | ||
| Aum /(di min uiçã o) d o ju valo r do s in fina iros de c obe a, li quíd o de imp ento sto stru tos rtur osto men nce |
- | - | - | - | - - |
- | - - |
- | - | - | - | ||
| Imp osto dife rido ocia do a nto/ (dim inui ção ) do just lor d os i nstr ntos fina iros de c obe rtur ass o a ume o va ume nce a |
- | - | - | - | - - |
- | - - |
- | - | - | - | ||
| fina Aum ento /(di min uiçã o) d o ju sto valo r do s in time ntos iros ves nce |
- | - | - | - | - - |
- | - - |
- | - | - | - | ||
| Imp dife rido ocia do a nto/ (dim inui ) do just lor d os i stim s fin eiro osto ção ento ass o a ume o va nve anc s |
- | - | - | - | - - |
- | - - |
- | - | - | - | ||
| Res ulta do lí quid o do íodo find 31 d e D mbr o de 200 7 per o a eze |
- | - | - | - | - - |
- | - - |
- | - | (2.0 12) |
(2.0 12) |
||
| Out ros |
250 .000 .000 |
- | - | - | - - |
- | - | - 1 32.6 38.2 53 |
- | - | 382 .638 .253 |
||
| Sald fina l de Dez emb ro d e 20 07 no o |
250 .000 .000 |
- | - | - | - - |
- | - | - 1 32.6 38.2 53 |
- | (2.0 12) |
382 .636 .241 |
Oanexo faz parte destas demonstrações financeiras.
OTécnico Oficial de Contas
JoãoManuel Morais Pereira Russo OConselho de Administração
BelmiroMendes de Azevedo
JoséLuís dos Santos Lima Amorim
| Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional | (15.515) |
|---|---|
| Fluxo das actividades operacionais [1] | (15.515) |
| ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO | |
| Pagamentos respeitantes a: | |
| Empréstimos concedidos | 49.749.000 |
| Fluxo das actividades investimento [2] | 49.749.000 (49.749.000) |
| ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO | |
| Recebimentos provenientes de: | |
| Empréstimos obtidos | 50.000.000 |
| 50.000.000 | |
| Pagamentos respeitantes a: Juros e custos similares |
234.122 |
| (234.122) | |
| Fluxo das actividades de financiamento [3] | 49.765.878 |
| Variação de caixa e seus equivalentes | 1.363 |
| Caixa e seus equivalentes início periodo | - |
| Caixa e seus equivalentes no fim do período | 1.363 |
O anexo faz parte destas demonstrações financeiras.
O Técnico Oficial de Contas
João Manuel Morais Pereira Russo Belmiro Mendes de Azevedo
O Conselho de Administração
José Luís dos Santos Lima Amorim
A SONAE CAPITAL, S.G.P.S., S.A. ("Empresa" ou "Sonae Capital") tem a sua sede no Lugar do Espido, Via Norte, Apartado 3053, 4471- 907 Maia, Portugal, e, foi constituída por escritura pública em 14 de Dezembro de 2007, na sequência do destaque da Sonae, S.G.P.S., S.A., na modalidade de cisão simples conforme previsto na alínea a) do artº118ºdo Código das Sociedades Comerciais, da participação correspondente à totalidade do capital social da sociedade anteriormente designada Sonae Capital, S.G.P.S., S.A., actual SC, S.G.P.S., S.A..
As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras individuais são as seguintes:
Estas demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IFRS") emitidas pelo "International Accounting Standards Board" ("IASB") e Interpretações emitidas pelo "International Financial Reporting Interpretations Committee" ("IFRIC") ou pelo anterior "Standing Interpretations Committee" ("SIC"), em vigor em 1 de Janeiro de 2007.
Estas demonstrações financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, utilizando para o efeito o método da taxa de juro efectiva.
a) Investimentos
Os investimentos classificam-se como segue:
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais a Empresa tem intenção e capacidade de os manter até essa data. Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são classificados como Investimentos correntes. Os investimentos disponíveis para venda são classificados como Activos não correntes.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que a Empresa adquire tendo em vista a sua alienação num período de tempo e são classificados no balanço como Investimentos correntes.
A Empresa classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até à maturidade. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é considerado como sendo o valor pago, incluindo despesas de transacção, no caso de investimentos disponíveis para venda.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço (medido pela cotação ou valor de avaliação independente), sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas resultantes da alteração de justo valor dos instrumentos financeiros valorados a justo valor através de resultados são registados nas demonstrações de resultados na rubrica de resultados financeiros.
Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado, através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.
Os investimentos em partes de capital de empresas subsidiárias e associadas são mensurados de acordo com o estabelecido no IAS 27 ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem.
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme política definida na Nota 2.4. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o período.
As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal.
-
A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.
Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.
Os critérios utilizados pela Empresa para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura.
Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados.
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos bancários de curto prazo, no balanço.
Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes são registados os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais.
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras incluem:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras são descritos nas correspondentes notas anexas nas situações aplicáveis.
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base no resultado tributável da Empresa de acordo com as regras fiscais em vigor em Portugal.
Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos investimentos era o seguinte:
Investimentos em empresas do grupo e associadas 382.638.253 382.638.253
Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos investimentos em empresas do grupo e associadas era o abaixo indicado. Os investimentos registados ao custo de aquisição correspondem a investimentos não negociados em mercados regulamentados e para os quais o justo valor não é fiavelmente estimável.
| Empresa | % de detenção |
Saldo inicial | Aumentos | Diminuições | Variação de justo valor |
Transferências /cisão | Saldo final | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Investimentos registados ao custo de aquisição: | ||||||||
| SC, S.G.P.S., S.A. | 100,00% | - | - | - 382.638.253 |
382.638.253 | |||
| Total | - | - | - | - 382.638.253 |
382.638.253 |
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 ocorreu a cisão da participação financeira da Sonae, S.G.P.S., S.A. na SC, S.G.P.S., S.A. (anteriormente designada Sonae Capital, S.G.P.S., S.A.). A operação consubstanciou-se no destaque da totalidade das acções representativas do capital social da SC, S.G.P.S., S.A. detida pela Sonae, S.G.P.S., S.A. pelo seu valor contabilístico de 382.638.253 Euros, para com ela constituir a nova sociedade Sonae Capital, S.G.P.S., S.A..
Empréstimos concedidos a empresas do grupo: Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos outros activos não correntes era o seguinte:
SC, S.G.P.S., S.A. 49.749.000 -
49.749.000 -
23.901 286.466
Não existiam activos vencidos ou em imparidade em 31 de Dezembro de 2007. O justo valor dos empréstimos concedidos a empresas do Grupo é, genericamente, similar ao seu valor contabilístico.
Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos outros activos correntes era o seguinte:
| Acréscimos de proveitos | 8.301 146.979 |
|---|---|
| Custos diferidos | 15.600 139.487 |
Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:
| Depósitos bancários | 1.363 | |
|---|---|---|
| Caixa e equivalentes de caixa no balanço | 1.363 | #REF! |
| Descobertos Bancários | - | |
| Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de caixa | 1.363 | #REF! |
Em 31 de Dezembro de 2007 o capital social está representado por 250.000.000 de acções ordinárias escriturais, com o valor nominal unitário de 1 euro.
Em 31 de Dezembro de 2007, a rubrica Outras reservas refere-se ao valor global da reserva de cisão (Nota 1), e corresponde ao diferencial entre o valor contabilístico da participação na SC, S.G.P.S., S.A. (382.683.253 Euros) que foi destacado da Sonae, S.G.P.S., S.A. para a Empresa e o valor do capital social da Empresa (250.000.000 Euros).
Em 31 de Dezembro de 2007 os Empréstimos tinham o seguinte detalhe:
| 31.Dezembro.2007 | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Montante utilizado | |||||
| Limite | Corrente | Não Corrente | |||
| Empréstimos por Obrigações | |||||
| Obrigações Sonae Capital 2007/2012 - 1ºemissão | 20.000.000 | ||||
| Obrigações Sonae Capital 2007/2012 - 2ºemissão | 30.000.000 | ||||
| Custos de montagem de financiamentos | (234.000) | ||||
| Empréstimos por Obrigações | - | 49.766.000 |
Empréstimo obrigacionista Sonae Capital SGPS – 2007/2012 1ª emissão no valor de 20.000.000 euros, reembolsável ao fim de 5 anos, numa única prestação em 31 de Dezembro de 2012, salvo se ocorrer reembolso antecipado, total ou parcial, o qual poderá ocorrer em 31 de Dezembro de 2010.
Empréstimo obrigacionista Sonae Capital SGPS – 2007/2012 2ª emissão no valor de 30.000.000 euros, reembolsável ao fim de 5 anos, numa única prestação em 31 de Dezembro de 2012.
Estes empréstimos obrigacionistas vencem juros semestralmente a taxas de juro Euribor a seis meses acrescidas de spreads que variam entre 0,50% e 0,60%.
Os empréstimos acima referidos não se encontram garantidos e o seu justo valor é considerado como estando próximo do seu valor contabilístico tendo em consideração que vencem juros a taxas variáveis de mercado.
Os intrumentos derivados estão registados ao justo valor (Nota 10)
O valor nominal dos empréstimos tem as seguintes maturidades:
| 31.Dezembro.2007 | ||||
|---|---|---|---|---|
| Capital | Juros | |||
| N+1 | - | 2.684.000 | ||
| N+2 | - | 2.684.000 | ||
| N+3 | 20.000.000 | 2.684.000 | ||
| N+4 | - | 1.610.400 | ||
| N+5 | 30.000.000 | 1.614.873 | ||
| Após N+5 | - | - | ||
| 50.000.000 | 11.277.273 |
À data de 31 de Dezembro de 2007, as linhas de crédito disponíveis são:
| 31.Dezembro.2007 | ||||
|---|---|---|---|---|
| Compromissos inferiores a 1 ano |
Compromissos superiores a 1 ano |
|||
| Montantes de linhas disponíveis | 8.750.000 | - | ||
| Montantes de linhas contratadas | 8.750.000 | - |
Derivados de taxa de juro
Os instrumentos financeiros de cobertura utilizados pela Empresa existentes em 31 de Dezembro de 2007, respeitam a opções de taxa de juro ("cash flow hedges") contraídos com o objectivo de cobertura do risco de taxa de juro de empréstimos no montante de euros 50.000.000,00 cujo justo valor líquido nessa data ascendia a 0 euros. Em 31 de Dezembro de 2007, 30.000.000,00 de euros do montante de derivados registados dizem respeito a derivados que embora não cumprindo os requisitos para serem designados instrumentos de cobertura, contribuem para a redução da exposição à variação das taxas de juro ou para a optimização do custo do funding.
Estes instrumentos de cobertura de taxa de juro encontram-se avaliados pelo seu justo valor, à data do balanço, determinado por avaliações efectuadas pela Empresa com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e avaliações externas quando esses sistemas não permitem a valorização de determinados instrumentos. A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros teve por base, para os swaps, a actualização para a data do balanço dos "cash-flows" futuros resultantes da diferença entre a taxa de juro fixa do "leg" fixo do instrumento derivado e a taxa de juro variável indexante do "leg" variável do instrumento derivado. Para opções o justo valor é determinado com base no modelo de "Black-Scholes" e suas variantes.
Os princípios de cobertura de risco geralmente utilizados pela Empresa na contratação destes instrumentos financeiros de cobertura, são os seguintes:
Selecção das contrapartes dos derivados com base na solidez financeira e no perfil de risco de crédito da mesma, sendo esse perfil de risco mensurado normalmente através de nota de "rating" atribuída por empresas de "rating" de reconhecido mérito. As contrapartes dos derivados são instituições financeiras de primeira linha, de elevado prestígio e reconhecimento nacional e internacional.
O justo valor de instrumentos derivados encontra-se registado como segue:
| 31.Dezembro.2007 | |||
|---|---|---|---|
| Activos | Passivos | ||
| Derivados que não são de cobertura | |||
| Taxa de juro | - | - | |
| Derivados de cobertura | |||
| Taxa de juro | - | - | |
| Outros derivados | |||
| 0 | 0 | ||
| 11. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS | |||
| Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe do estado e outros entes públicos era o seguinte: | |||
| Imposto do selo | 25 | ||
| 25 | - | ||
| 12. OUTROS PASSIVOS CORRENTES | |||
| Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos outros passivos correntes era o seguinte: | |||
| Acréscimos de custos: | |||
| Juros a liquidar | 7.457 7.457 |
- | |
| 13. ENTIDADES RELACIONADAS | |||
| Os saldos e transacções com entidades relacionadas podem ser resumidos como segue: | |||
| Empresas do grupo e associadas | |||
| Transacções | |||
| Juros obtidos | 8.301 | ||
| Juros suportados | |||
| Saldos | |||
| Contas a pagar | 1.268 | ||
| Empréstimos concedidos | 49.749.000 | ||
| Sonae Capital conforme identificadas nas demonstrações financeiras consolidadas. | Consideram-se partes relacionadas todas as subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas pertencentes ao Grupo | ||
| Em 2007, não ocorreram transacções com os Administradores da sociedade nem lhes foram concedidos empréstimos. |
Em 31 de Dezembro de 2007 não existiam saldos com os administradores da sociedade.
Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe de fornecimentos e serviços externos era o seguinte:
Contencioso e notariado 468
| Trabalhos especializados | 2.011 | |
|---|---|---|
| 2.479 | - | |
Outros custos operacionais 255 255 - 16. RESULTADOS FINANCEIROS Custos e perdas financeiras Juros suportados: Relativos a obrigações não convertíveis (7.456) Outros (1) Outros custos e perdas financeiras (122) (7.579) - Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos resultados financeiros era o seguinte: Em 31 de Dezembro de 2007 o detalhe dos outros custos operacionais era o seguinte:
Proveitos e ganhos financeiros Juros obtidos 8.301 8.301 - Resultados financeiros 722 -
As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 12 de Março de 2008. Contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas.
Durante o período compreendido entre 14 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2007 foram celebrados contratos de suprimentos com as seguintes empresas:
SC, S.G.P.S., S.A. 49.749.000
O Técnico Oficial de Contas
João Manuel Morais Pereira Russo
O Conselho de Administração
Belmiro Mendes de Azevedo
José Luís dos Santos Lima Amorim
Aos Accionistas da Sonae Capital, S.G.P.S., S.A.
Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que foi confiado ao Conselho Fiscal, submete-se à vossa apreciação este Relatório e Parecer que abrange a actividade desenvolvida pelo Conselho Fiscal e os documentos de prestação de contas consolidadas pró-forma e individuais da Sonae Capital, S.G.P.S., S.A., relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração da Sociedade.
Tomando em consideração a curta existência da Sociedade e o processo de cisão simples da qual resultou, o Conselho Fiscal acompanhou a evolução da actividade da Sociedade e suas principais participadas, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração e dos diversos servicos da Sociedade e ainda dos órgãos sociais e servicos das principais empresas participadas todas as informações e esclarecimentos solicitados.
No âmbito das suas funções, o Conselho Fiscal examinou os Balancos consolidados próforma e individuais em 31 de Dezembro de 2007, as Demonstrações consolidadas próforma e individuais dos resultados por naturezas, dos fluxos de caixa e das alterações no capital próprio para o exercício findo nesta data e os correspondentes anexos. Adicionalmente procedeu à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2007 preparado pelo Conselho de Administração. O Conselho Fiscal apreciou ainda a Certificação Legal de Contas emitida pelo Revisor Oficial de Contas, a qual mereceu o seu acordo e tomou conhecimento do Relatório de Auditoria também emitido pelo Revisor Oficial de Contas da Sociedade.
Face ao exposto, o Conselho Fiscal é de opinião que, as demonstrações financeiras consolidadas pró-forma e individuais supra referidas, o Relatório de Gestão, bem como a proposta de aplicação de resultados nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovadas em Assembleia Geral de Accionistas.
Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos diversos serviços da Sociedade e ainda aos órgãos sociais e serviços das empresas participadas o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram.
Maia, 12 de Março de 2008
O Conselho Fiscal
João Manuel Gonçalves Bastos
Jorge Manuel Felizes Morgado
Armando Luís Vieira de Magalhães
Os signatários individualmente declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeira Consolidadas Pró-forma e Individuais e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento foram elaborados em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, do activo e do passivo, da situação financeira e do resultado consolidado pró-forma e individual do emitente e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.
Maia, 12 de Março de 2008
João Manuel Gonçalves Bastos Presidente do Conselho Fiscal
Jorge Manuel Felizes Morgado Vogal do Conselho Fiscal
Armando Luís Vieira de Magalhães Vogal do Conselho Fiscal
Porto, 12 de Março de 2008
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por António Manuel Martins Amaral
Building tools?
Free accounts include 100 API calls/year for testing.
Have a question? We'll get back to you promptly.