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Imobiliaria Construtora Grão-Para

Interim / Quarterly Report Aug 30, 2012

1933_ir_2012-08-30_7bc6c3d6-35cd-4dcc-a768-8e9c6c16d75b.pdf

Interim / Quarterly Report

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2012

INFORMAÇÃO SEMESTRAL CONSOLIDADA

Imobiliária Construtora Grão Pará, SA

(Informação financeira não sujeita a auditoria ou revisão limitada, nos termos do nº 3 do artº 8º do Código dos Valores Mobiliários)

• Relatório do Conselho de Administração

IMOBILIÁRIA CONSTRUTORA GRÃO PARÁ

  • Declaração dos responsáveis sobre conformidade da informação financeira apresentada – Conselho de Administração
  • Balanço
  • Demonstração dos Resultados por Naturezas
  • Demonstração das Alterações no Capital Próprio
  • Demonstração dos Fluxos de Caixa
  • Anexo às Demonstrações Financeiras
  • Declaração dos responsáveis sobre conformidade da informação financeira apresentada – Conselho Fiscal
  • Lista dos titulares de participações qualificadas/Anexo (Artigos 447º e 448º do CSC)

Sociedade Aberta Rua Misericórdia, 12 a 20, Piso 5, Esc. 19 – 1200-273 Lisboa

Relatório Anual do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 Capital Social: 12.500.000 Euros Registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa Pessoa Colectiva nº 500.136.971

Nos termos legais e estatutários, vimos, pelo presente, proceder à apresentação da informação

Consolidada semestral respeitante ao 1.º Semestre do ano de 2012.

1. INTRODUÇÃO

Os resultados ora apresentados são o reflexo da atual conjuntura económica com a agravante, relativamente ao período homologo do ano anterior, das medidas de austeridade que o Governo Português foi obrigado a adoptar com vista ao cumprimento das obrigações assumidas no âmbito do denominado Memorando de Entendimento assinado com a vulgarmente definida "Troika" e reequilíbrio das contas públicas. Medidas que, por um lado, implicaram o aumento dos preços dos bens consumíveis e serviços – aumento dos custos da atividade de hotelaria e restauração e da construção civil – e, por outro lado, uma redução do poder de compra dos cidadãos/consumidores que acabaram por se retrair no consumo e na aquisição de imobiliário. A acrescer a este aumento dos bens e serviços, em virtude do agravamento da carga fiscal, mas, também, do aumento das energias, nomeadamente, petróleo, verificou-se neste primeiro semestre de 2012 uma retração dos bancos na concessão de financiamento o que acabou por ter um enorme impacto no sector imobiliário e no próprio consumo.

No entanto, apesar da quebra abrupta verificada, na mesma orientação de muitas empresas portuguesas, foi numa maior aposta em novos mercados estrangeiros que se conseguiu minimizar os impactos provocados pela conjuntura. Mercados conquistados através de um esforço conseguido pelo investimento em mais contatos no exterior e redução das margens.

Por último, cremos, no entanto, que a manutenção (ou pior, o agravamento) das atuais políticas de combate ao défice público – essencialmente focadas no lado da receita (fiscal) – por muito mais tempo terá consequências nefastas que resultarão inevitavelmente na quebra do sector privado – motor de produção e de criação de riqueza – e subsequentemente do país.

1. Atividade Corrente do Grupo

A) HOTELARIA

Conforme mencionado supra, a conjuntura económica e social implicou uma enorme quebra nos resultados em relação ao período homologo do ano de 2011 – por um lado, aumento dos custos, em virtude do aumento do preços dos bens de consumo e serviços (resultado do aumento da carga fiscal e da especulação das energias), e, por outro, menor ocupação ou preços com menores margens, resultado da quebra da capacidade financeira dos consumidores – que apenas conseguiram ser minimizados pelo lado do corte da despesa – maior controlo e racionalidade – e procura de novos mercados.

No entanto com uma perspectiva de melhoramento no início do 3.º Trimestre, época de férias de Verão.

B) CONSTRUÇÃO

1) Relativamente aos projetos imobiliários do Grupo importa salientar:

1.1. - Projeto dos Terrenos Circundantes do Autódromo Fernanda Pires da Silva: continua sobre apreciação, pelo Tribunal Central Administrativo, o recurso interposto, pelo Governo Português, da Sentença do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa que veio reconhecer os direitos construtivos do Grupo Grão-Pará.

1.2 - Projeto Lote 38 – Urbanização Solférias, Carvoeiro, Lagoa continua em desenvolvimento; Crê-se que este projeto terá o mesmo sucesso que o projecto da moradia Lote 29 que foi alienado neste 1.º semestre.

1.3. Projeto de Estremoz – o pedido de alteração ao projeto. IMOBILIÁRIA CONSTRUTORA GRÃO PARÁ – aumento do número de camas, permitido pela alteração da legislação do Ordenamento PROT – continua sobre apreciação.

1.4 Projeto Alfandanga – continua sob apreciação pelas entidades competentes;

2) Questões de Contencioso:

2.1. Tendo em consideração o Acordo Global assinado com o Estado Português em 08 de Julho de 1997 – e cujo Acordo de Fecho foi concretizado em 08 de Fevereiro de 2000: por entender o Grupo Grão Pará que os bens entregues em dação em pagamento eram de valor muito superior ao da dívida apurada, intentou o mesmo contra o Estado Português uma acção judicial cuja base do pedido é o Enriquecimento Sem Causa do Estado Português – na qual foi proferida Sentença reconhecendo parte do crédito peticionado. Não se conformando com a decisão proferida, recorreu o Estado Português da mesma para o Tribunal Central Administrativo, encontrando-se deste modo a aguardar decisão.

2.2. Nos termos da legislação internacional (Convenção de Chicago – com especial destaque para o seu Anexo 14 e regulamentação produzida pela Organização da Aviação Civil Internacional) e legislação nacional (nomeadamente Lei 2078, de 11/07/1955, Decreto-lei n.º 45986, de 22/08/1964 e Decreto-lei n.º 45987, de 22/08/1964), com a ampliação da pista do Aeroporto Internacional da Madeira (Funchal), em 2001, a entidade responsável pela exploração e operação daquele aeródromo, conjuntamente com o Governo Regional da Madeira, entre outras obrigações necessárias ao legal e correto (especialmente em termos de Segurança Aeronáutica) funcionamento da infraestrutura aeroportuária do Funchal, estavam obrigados à constituição de uma Servidão Aeronáutica sobre os terrenos confinantes ao aeroporto, nos quais se encontram inseridos, entre outros, a quase totalidade dos imóveis que constituem o complexo turístico Matur. Não tendo cumprido com a obrigação legalmente prevista – caso único entre os 5 (cinco) principais aeroportos nacionais com classificação para operação de voos internacionais – Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e Funchal – em 2006 a Matur, S.A intentou, junto do competente Tribunal Administrativo do Funchal, a respectiva ação judicial com vista à obrigação, pelo Governo Regional da Madeira e ANAM, S.A., da constituição da legalmente exigida Servidão Aeronáutica. Ação judicial ainda a correr termos em 1.ª instância.

Paralelamente à ação judicial intentada, em consequência do desenvolvimento da legislação portuguesa sobre aviação civil , em 2007 e 2010 – Decreto-lei n.º 186/2007, de 10/05 e Decreto-lei n.º

55/2010, de 31 de Maio – em que, para além de esclarecer e determinar novas regras e obrigações para o funcionamento dos aeródromos, veio redefinir e alargar as competências do regulador do sector da aviação civil – Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) – entre o final de 2011 e o início de 2012 apresentou a Matur uma exposição do caso junto do ICAO e do INAC. No seguimento dessas petições, foi aberto pelo INAC, nos termos da legislação nacional, aberto o respectivo procedimento para averiguação da situação da falta de constituição de Servidão Aeronáutica e respectiva intimação das entidades competentes para se pronunciarem e agirem por forma a corrigir a situação. Até à presente data temos conhecimento que o procedimento tem corrido termos, tendo o INAC já procedido com diligências junto da ANA, S.A. – principal acionista da ANAM – das quais resultaram a necessidade de inquirir o Governo Regional e a própria ANAM.

Lisboa, 22 de Agosto de 2012.

A Administração

  • Dr. Abel Saturnino da Silva de Moura Pinheiro
  • Dr. Pedro Caetano de Moura Pinheiro
  • Sr. Orlando Morazzo

Declaração Emitida nos termos e para os efeitos da alínea c) do nº1 do artigo 246º do Código dos Valores Mobiliários

Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do nº1 do artigo 246º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração da Imobiliária Construtora Grão-Pará, SA, cuja identificação e funções se indicam infra, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento:

  • a) O relatório de gestão, as contas e demais documentos de prestação de contas semestrais, exigidos por Lei ou regulamento, todos relativos ao exercício findo a 30 de Junho de 2012, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Sociedade e das sociedades incluídas no perímetro da consolidação;
  • b) O relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Sociedade e das sociedades incluídas no perímetro da consolidação e, quando aplicável, contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Abel Saturnino da Silva de Moura Pinheiro (Presidente do Conselho de Administração)

Pedro Caetano de Moura Pinheiro (Administrador)

Orlando Morazzo (Administrador)

GRUPO GRÃO-PARÁ

Balanço Consolidado em 30 de Junho de 2012 e 2011

(Valores expressos em euros)

Notas 30-06-2012 30-06-2011
Activo
Não Corrente
Activos fixos tangiveis 8 11.232.782 11.355.526
Propriedades de investimento 9 1.624.732 1.624.732
Investimentos financeiros 10 360.387 360.387
Total dos activos não correntes 13.217.901 13.340.646
Corrente
Inventários 11 51.471.140 51.564.903
Contas a receber de clientes 12 220.521 325.817
Outras dívidas de terceiros 12 23.321.675 24.058.399
Outros activos correntes 13 302.585 69.691
Caixa e equivalentes 14 168.184 108.593
Total dos activos correntes 75.484.105 76.127.403
Total do Activo 88.702.006 89.468.049
Capital próprio e passivo
Capital 15 12.500.000 12.500.000
Reservas 15 10.268.277 15.054.281
Resultado liquido do exercício -2.357.595 -1.180.435
Total do capital próprio 20.410.682 26.373.845
Interesses minoritários 2.823.314 3.304.264
Empréstimos bancários 16 31.299.953 30.693.080
Impostos diferidos passivos 17 2.707.527 2.707.527
Total dos passivos não correntes 34.007.480 33.400.607
Empréstimos bancários 16 23.466.505 18.404.774
Fornecedores 227.729 220.298
Outras dividas a terceiros 18 7.622.043 7.620.006
Provisões 19 144.254 144.254
Outros passivos correntes 0
Total dos passivos correntes 31.460.530 26.389.332
Total da passivo, interesses minoritários
e capital próprio 88.702.006 89.468.049
Lisboa, 22 de Agosto de 2012

O Técnico Oficial de Contas

Sandra Vieira - Nº 33.321 Dr. Abel Saturnino de Moura Pinheiro Dr. Pedro Caetano de Moura Pinheiro Sr. Orlando Morazzo A Administração

GRUPO GRÃO-PARÁ

Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas a 30 de Junho 2012 e 2011

(Valores expressos em euros)

Notas 30-06-2012 30-06-2011 2º Trimestre/12 2º Trimestre/11
Proveitos Operacionais
Vendas e Prestação de Serviços 20 679.668 794.034 555.761 627.493
Outros Rendimentos Operacionais 21 216.563 205.641 94.924 83.365
Variação da Produção 11
Total dos Proveitos Operacionais 896.231 999.676 650.686 710.859
Custos Operacionais
Mercadorias e Matérias Consumidas 11 157.218 134.401 136.849 98.914
Fornecimentos e Serviços Externos 22 753.596 1.254.295 306.301 616.125
Gastos com o Pessoal 23 1.045.426 1.058.859 543.041 598.183
Amortizações 24 64.212 68.167 64.212 68.167
Imparidades 12 0 0
Outros Gastos Operacionais 25 55.827 41.601 26.422 26.903
Total dos Custos Operacionais 2.076.278 2.557.324 1.076.825 1.408.292
Resultado Operacional -1.180.047 -1.557.648 -426.139 -697.434
Resultados Financeiros 26 -1.404.132 171.511 -1.389.988 181.740
Perdas relativas a Empresas Associadas
Lucros antes de Impostos
Imposto sobre o rendimento 27 0 2.773 0 2.773
Resultado depois de Imposto -2.584.180 -1.388.910 -1.816.127 -518.467
Interesses Minoritários 28 -226.584 -208.475 -187.260 -181.228
Resultado Consolidado do exercício -2.357.595 -1.180.435 -1.628.867 -337.239

Lisboa, 22 de Agosto de 2012

O Técnico Oficial de Contas Sandra Vieira - Nº 33.321 Dr. Abel Saturnino de Moura Pinheiro

A Administração

Dr. Pedro Caetano de Moura Pinheiro Sr. Orlando Morazzo

GRUPO GRÃO-PARÁ

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS A 30 DE JUNHO DE 2012 E 2011

(Valores expressos em euros)
Acções Prémio de Diferenças de Excedentes Reser vas Outras Resultados Resultado
Capital Próprias Emissão de Acções Consolidação Reavaliação Legais Reservas Transitados Liquido do Ex. Total
Movimentos do 1º semestre
de 2011
Saldo em 1 de Janeiro de 2011 12.500.000 -3.367.236 4.888.219 -14.765.508 4.526.387 3.857.697 3.542.055 21.310.078 -4.937.412 27.554.281
Aplicação do Resultado de 2010 -4.937.412 4.937.412 0
Resultado Líquido -1.180.435 -1.180.435
Outros 220.613 -220.613 0
Saldo em 30 de Junho de 2011 12.500.000 -3.367.236 4.888.219 -14.544.895 4.526.387 3.857.697 3.542.055 16.152.053 -1.180.435 26.373.845
Movimentos do 1º semestre
de 2012
Saldo em 1 de Janeiro de 2012 12.500.000 -3.367.236 4.888.219 -14.545.492 4.526.387 3.857.697 3.542.055 16.152.053 -4.784.730 22.768.954
Aplicação do Resultado de 2011 -4.784.730 4.784.730 0
Resultado Líquido -2.357.595 -2.357.595
Outros -2.414 1.737 -677
Saldo em 30 de Junho de 2012 12.500.000 -3.367.236 4.888.219 -14.547.906 4.526.387 3.857.697 3.542.055 11.369.060 -2.357.595 20.410.682

Lisboa, 22 de Agosto de 2012

Sandra Vieira - Nº 33.321 O Técnico Oficial de Contas

Sr. Orlando Morazzo A Administração Dr. Abel Saturnino de Moura Pinheiro Dr. Pedro Caetano de Moura Pinheiro

GRUPO GRÃO-PARÁ

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2012 E 2011

(Valores expressos em Euros)

30-06-2012 30-06-2011
Actividades Operacionais:
Recebimentos de clientes 532.061 848.392
Pagamentos a fornecedores -168.447 -305.827
Pagamentos ao pessoal -220.443 -289.089
Disponibilidades geradas (aplicadas nas) pelas operações 143.171 253.476
Imposto sobre o rendimento pago
Recebimentos de empréstimos concedidos
Pagamentos de empréstmos obtidos
Outros recebimentos/pagamentos relativos à act. Operacional 371.024 -1.692.789
Fluxos de caixa resultantes das actividades operacionais 514.196 -1.439.314
Actividades de investimento:
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros 0 0
Imobilizações corpóreas 0 0
Recebimentos respeitantes a:
Imobilizações corpóreas 0 0
Investimentos financeiros 0 0
Fluxos de caixa resultantes das actividades de investimento 0 0
Actividades de financiamento:
Recebimentos relativos a empréstmos obtidos 600.000 2.005.876
Reembolso de emprestimos -745.010 -550.725
Pagamentos relativos a contractos de locação financeira -35.424 -44.005
Pagamento de juros e custos similares -274.171 -65.784
Fluxos de caixa resultantes das actividades de financiamento -454.605 1.345.362
Variação líquida de caixa e seus equivalentes 59.591 -93.951
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 108.593 202.544
Efeitos das diferenças de cambio
Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 168.184 108.593

Lisboa, 22 de Agosto de 2012

O Técnico Oficial de Contas

A Administração

Sandra Vieira - Nº 33.321 Dr. Abel Saturnino de Moura Pinheiro Dr. Pedro Caetano de Moura Pinheiro Sr. Orlando Morazzo

Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas

Exercício findo em 30 de Junho de 2012

(montantes expressos em Euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

O Grupo Grão-Pará é constituído pela Imobiliária Construtora Grão Pará, S.A. e empresas associadas, com diversas áreas de actividade, das quais se destacam a do turismo e a imobiliária.

A actividade da Imobiliária Construtora Grão Pará, S.A. é fortemente interdependente com a das suas principais associadas, estando centrada nos ramos imobiliário, de construção e de gestão e exploração de unidades hoteleiras, compreendendo no Estoril a exploração do Hotel Atlantis Sintra Estoril e no Algarve a exploração do Aparthotel Solférias com o restaurante esplanada "Boteco" na praia do Paraíso.

A actividade das restantes associadas compreende ainda, a exploração, em Lisboa do Centro Comercial Espaço Chiado e na Madeira alguns empreendimentos turísticos para venda.

O Grupo Grão-Pará possui gabinetes técnicos de Arquitectura e Engenharia que vêm desenvolvendo projectos imobiliários para a sua actividade, nomeadamente:

  • No Algarve, na zona da Praia do Carvoeiro, em continuação do seu Empreendimento, projectos para 30 Lotes de habitação e turismo e em Alfandega a apresentação de projecto para um complexo habitacional turístico ocupando 10 hectares;
  • O projecto de arquitectura da Comportur, para uma cidade Turística na região de Sagres, da autoria de um dos maiores Arquitectos do mundo (Óscar Niemeyer), para o qual se prevê a associação a parceiros nacionais e estrangeiros, alguns dos quais já accionistas da empresa;
  • Em Estremoz, onde a Empresa vai apresentar um plano de um complexo habitacional com parte turística de grande interesse para aquela importante cidade;
  • Na Madeira (Matur) a remodelação de um projecto para um centro comercial que dê apoio ás zonas das cidades de Machico, Santa Cruz e aeroporto e ainda vários Projectos a implantar no complexo, que aguardam despacho da Câmara Municipal de Machico;
  • Diversos projectos habitacionais já aprovados para os terrenos circundantes do Autódromo;

A Imobiliária Construtora Grão Pará está cotada na Euronext Lisboa (anterior Bolsa de Valores de Lisboa e Porto) desde 1972.

A moeda funcional de apresentação das demonstrações financeiras é o Euro.

As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 22 de Agosto de 2012.

O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações da Sociedade bem como a sua posição e desempenho financeiro e os fluxos de caixa.

2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS MAIS SIGNIFICATIVAS

As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas encontram-se descritas abaixo:

2.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas da Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A. foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, organizados e elaborados segundo as disposições do novo normativo contabilístico vigente em Portugal (Sistema de Normalização Contabilística (SNC)), ajustados para dar cumprimento às Normas Internacionais de Relato Financeiro.

A Imobiliária Construtora Grão-Pará adoptou os IFRS na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas pela primeira vez no exercício de 2005, pelo que nos termos do disposto no IFRS 1 – Primeira Adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro, se considera que a transição dos princípios contabilísticos portugueses para o normativo internacional se reporta a 1 de Janeiro de 2004.

As demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2004, apresentadas para efeitos comparativos, foram igualmente preparadas de acordo com aqueles princípios, considerando adicionalmente as disposições do IFRS 1 na determinação dos ajustamentos efectuados à data de 1 de Janeiro de 2004 (data de transição).

Neste exercício as demonstrações financeiras consolidadas da Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A. foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia, (IAS/IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e com as interpretações do International Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pela anterior Standing Interpretation Committee (SIC), pelo que as políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados a 31 de Dezembro de 2010 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2009.

A aplicação das normas de consolidação foi suficiente para que as demonstrações financeiras consolidadas apresentem uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados do conjunto das empresas incluídas na consolidação.

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas segundo o princípio do custo histórico, com excepção dos activos incluídos nas rubricas Terrenos e Edifícios e Outras Construções e ainda títulos e outras aplicações financeiras que se encontram reavaliados de forma a reflectir o seu justo valor.

A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com o normativo contabilístico internacional requer o uso de estimativas e pressupostos definidos pela Administração que afectam as quantias reportadas de activos e passivos, assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de relato. Apesar destas estimativas serem baseadas no melhor conhecimento da Gestão em relação aos eventos e acções correntes, os resultados actuais podem, em última instância, diferir destas estimativas. No entanto, é convicção do Conselho de Administração que as estimativas e pressupostos adoptados não incorporam riscos significativos que possam originar, durante o próximo exercício, ajustamentos materiais no valor contabilístico dos activos e passivos.

2.2 Bases de consolidação

2.2.1Datas de referência

As demonstrações financeiras consolidadas incluem, com referência a 31 de Dezembro de 2010, os activos, os passivos, os resultados e os fluxos de caixa das empresas do Grupo, as quais são apresentadas na Nota 5.

2.2.2 Participações financeiras em empresas do grupo e associadas

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas da Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A. e das filiais em que participa, directa e indirectamente, no respectivo capital social de modo maioritário e exercendo o controlo da sua gestão, as quais foram englobadas pelo método de consolidação integral, com excepção das que têm um valor patrimonial reduzido, ou que se encontram desactivadas, as quais são apresentadas na Nota 6.

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo) foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas, correspondente à participação de terceiros nas mesmas são apresentados no balanço consolidado e na demonstração de resultados consolidada, respectivamente, na rubrica 'Interesses minoritários'. As subsidiárias são consolidadas a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo, sendo excluídas da consolidação a partir da data em que o controlo termina.

As transacções intra-grupo e os saldos e ganhos não realizados em transacções entre empresas do grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, a não ser que a transacção forneça evidência de imparidade do activo transferido. Quando considerado necessário, as políticas contabilísticas das filiais são alteradas para garantir a consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo.

2.2.3 Saldos e transacções entre empresas do grupo

Os saldos e as transacções, entre empresas do Grupo e entre estas e a empresa-mãe são anulados na consolidação.

2.2.4 Diferenças de consolidação

As diferenças, tanto positivas como negativas, entre o valor contabilístico dos investimentos financeiros e o valor atribuível aos activos líquidos adquiridos, são relevadas na rubrica "Diferenças de consolidação" no Capital próprio. As variações ocorridas na situação líquida das participadas são relevadas nas diversas rubricas do Capital próprio. O valor correspondente à participação de terceiros é apresentado no balanço consolidado na rubrica de "Interesses minoritários".

2.2.5 Consistência com o Exercício Anterior

Os métodos e procedimentos de consolidação foram aplicados de forma consistente relativamente ao exercício de 2009.

2.4 Transacções em moeda diferente do euro

As transacções em moeda diferente do euro são convertidas para euros à taxa de câmbio em vigor à data da transacção.

À data do balanço, os activos e passivos monetários expressos em moeda diferente do euro são convertidos à taxa de câmbio em vigor a essa data e as diferenças de câmbio resultantes dessa conversão são reconhecidos como resultados do exercício.

2.5Activos fixos tangíveis

2.5.1 Mensuração

As Imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 2003 encontram-se registadas ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado com base em índices de preços nos termos da legislação em vigor, deduzidas das correspondentes depreciações acumuladas.

A partir dessa data as Imobilizações Corpóreas, com excepção dos terrenos e edifícios, encontram-se registadas ao custo de aquisição ou de produção, deduzidos de depreciações acumuladas e de eventuais perdas de imparidade acumuladas. Considera-se como custo de aquisição o preço de compra adicionado das despesas imputáveis à compra.

Os custos subsequentes que aumentem a vida útil dos activos são incluídos no valor contabilístico do bem ou reconhecidos como um activo separadamente, apenas quando seja provável que existam benefícios económicos futuros associados ao bem e quando o custo puder ser fiavelmente mensurado. Todas as outras despesas de manutenção, conservação e reparação são registadas na demonstração dos resultados durante o período financeiro em que são incorridas.

Decorrente da excepção prevista na IFRS 1, as reavaliações efectuadas antes da data de transição foram mantidas, designando-se esse valor como custo considerado para efeitos de IFRS.

Os aumentos ao valor contabilístico dos terrenos e edifícios em resultado de reavaliações são creditados em activos fixos tangíveis. As reduções que possam ser compensadas por anteriores reavaliações do mesmo activo são movimentadas contra a respectiva reserva de reavaliação, as restantes reduções são reconhecidas na demonstração dos resultados.

Os Terrenos e Edifícios encontram-se registados ao justo valor, apurado com base em avaliações efectuadas por peritos independentes, numa óptica de melhor uso. O justo valor dos terrenos que se encontram adjacentes ao Autódromo do Estoril, foi considerado pela entidade que procedeu à avaliação dos mesmos, foi apurado no pressuposto de que existem projectos aprovados para aqueles terrenos, encontrando-se contudo os mesmos ainda dependentes de licenças a conceder por entidades externas.

As Imobilizações em Curso são registadas ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas de imparidade acumuladas, e começam a ser depreciadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou disponíveis para utilização.

2.5.2 Contratos de locação financeira

Os bens cuja utilização decorre de contratos de locação financeira relativamente aos quais o Grupo assume substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes á posse do activo locado são classificados como activos fixos tangíveis.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no Imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no Passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do Activo, calculada conforme descrito acima, são registados como custos na Demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como activo e passivo pelo menor do justo valor do bem locado ou do valor actual das rendas de locação vincendas.

Os activos adquiridos em locação financeira são amortizados de acordo com a política estabelecida pelo Grupo para os activos fixos tangíveis.

As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os encargos são imputados aos respectivos períodos durante o prazo de locação a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre a dívida remanescente.

2.5.3 Amortizações

As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, aplicando-se as taxas da Portaria 737/81, no que diz respeito aos bens já existentes em 31 de Dezembro de 1988. Para os bens adquiridos após aquela data aplicam-se as taxas máximas previstas no Decreto Regulamentar 2/90, com excepção dos valores relativos ao Hotel Atlantis Sintra Estoril e os da Interhotel – Sociedade Internacional de Hotéis, S.A., para os quais se utilizaram as taxas mínimas previstas no citado Decreto Regulamentar.

Os terrenos não são depreciados. As depreciações dos demais activos fixos tangíveis são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método da linha recta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens, com se segue:

Informação Semestral Consolidada a 30 de Junho de 2012 Página 13

Anos
Edificios 20 Anos
Equipamento Básico 3-16 Anos
Equipamento Transporte 4-6 Anos
Equipamento Administrativo 3-16 Anos
Outras Imobilizações Corpóreas 3-16 Anos

2.6Imparidade dos Activos

Os activos que não têm uma vida útil definida não são sujeitos a amortizações e depreciações, sendo sujeitos anualmente a testes de imparidade.

À data de cada relato, e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável, é efectuada uma avaliação de imparidade dos activos fixos tangíveis.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica "Imparidade de activos depreciáveis / amortizáveis (perdas / reversões) " ou na rubrica "Imparidade de activos não depreciáveis/amortizáveis (perdas / reversões) ".

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica supra referida. A reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

Os activos sujeitos a amortização e depreciação são revistos anualmente para determinar se houve imparidade, quando eventos ou circunstâncias indicam que o seu valor registado pode não ser recuperável. Sempre que o montante pelo qual um activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados.

2.7Outros Investimentos Financeiros

A rubrica de outros investimentos financeiros é composta por títulos e outras aplicações financeiras e encontram-se valorizados ao custo de aquisição.

As eventuais mais-valias e menos-valias efectivas que resultem da venda dos referidos títulos são reconhecidas como resultados do exercício em que ocorrem.

As participações financeiras que tenham experimentado reduções permanentes de valor de realização, encontram-se provisionadas.

Os Investimentos Financeiros em imóveis encontram-se registados ao justo valor, apurado com base em avaliações efectuadas por peritos independentes, numa óptica de melhor uso.

Informação Semestral Consolidada a 30 de Junho de 2012 Página 14

2.8 Impostos sobre o rendimento

O Imposto sobre o rendimento do exercício foi determinado com base nos Resultados Líquidos das empresas incluídas na consolidação, ajustados de acordo com a legislação fiscal, e considerando a tributação diferida.

Tal como estabelecido na IAS 12 – "Imposto sobre o Rendimento", são reconhecidos activos por impostos diferidos apenas quando exista razoável segurança de que estes poderão vir a ser utilizados na redução do resultado tributável futuro, ou quando existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os impostos diferidos activos sejam revertidos. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura. (Ver Nota 17)

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respectivos montantes para efeitos de tributação.

Os impostos diferidos são calculados à taxa que se espera que vigore no período em que se prevê que o activo ou o passivo seja realizado.

2.9 Inventários

As Mercadorias e as Matérias-primas, subsidiárias e de consumo relativas às unidades hoteleiras estão valorizadas ao custo de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado, utilizando-se o custo médio como método de custeio.

As restantes mercadorias referem-se a terrenos encontrando-se registadas ao valor de mercado, apurado com base em avaliações efectuadas por peritos independentes, numa óptica de melhor uso.

São registadas perdas por imparidade nos casos em que o custo seja superior ao valor estimado de recuperação.

Os Produtos acabados e intermédios e os Produtos e trabalhos em curso da empresa mãe estão valorizados ao custo de aquisição ou, no caso de projectos, pelos custos directos incorridos pelo Departamento técnico e/ou estimativas de honorários, apuradas em 1995 e 1996, pela aplicação de tabelas de trabalhos de arquitectura e engenharia a cada uma das fases em que esses projectos se encontravam, deduzido dos ajustamentos.

Para os Produtos acabados da G.P.A., S.A., constituídos por fracções destinadas a venda, foi adoptado o valor realizável líquido, por se considerar inferior ao respectivo valor de custo.

2.10 Classificação de balanço

Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a menos de um ano da data do balanço, ou que são expectáveis que se realizem no decurso normal das operações, ou ainda que são detidos com a intenção de transacção, são classificados, respectivamente, no activo e no passivo como correntes. Todos os restantes activos e passivos são considerados como não correntes.

2.11 Clientes e Outras Contas a Receber

As contas a receber Clientes e outros devedores são reconhecidos inicialmente pelo seu valor nominal e são apresentados deduzidos de eventuais perdas por imparidade. A perda por imparidade destes activos é registada quando existe evidência objectiva de que não se irão cobrar todos os montantes devidos, de acordo com os termos originalmente estabelecidos para liquidação das dívidas de terceiros. O montante da perda corresponde à diferença entre a quantia registada e o valor estimado de recuperação. O valor da perda é reconhecido na demonstração dos resultados do período.

2.11 Outros Activos e Passivos Correntes

Nestas rubricas são registados os acréscimos de custos, custos diferidos, acréscimos de proveitos e proveitos diferidos para que os custos e proveitos sejam contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento.

2.12 Caixa e equivalentes de caixa

Esta rubrica inclui, para além dos valores em caixa, os depósitos à ordem bancários e outros investimentos de curto prazo com mercado activo. Os descobertos bancários estão incluídos na rubrica de Empréstimos e Descobertos Bancários no passivo.

2.13 Capital Social

As acções ordinárias são classificadas no capital próprio.

Os custos directamente atribuíveis à emissão de novas acções ou opções são apresentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante desta emissão. Os custos directamente imputáveis à emissão de novas acções ou opções, para a aquisição de um negócio, são incluídos no custo de aquisição como parte do valor da compra.

Quando a empresa ou as suas filiais adquirem acções próprias da empresa mãe, o montante pago é deduzido ao total dos capitais próprios atribuível aos accionistas, e apresentado como acções próprias, até à data em que estas são canceladas, reemitidas ou vendidas. Quando tais acções são subsequentemente vendidas ou reemitidas, o montante recebido é novamente incluído nos capitais próprios atribuíveis aos accionistas.

2.14 Empréstimos e Descobertos Bancários

Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transacção incorridos. Os empréstimos são subsequentemente apresentados ao custo amortizado; qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transacção) e o valor a pagar são reconhecidos na demonstração dos resultados ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa efectiva.

Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, excepto se o Grupo possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, doze meses após a data do balanço, sendo neste caso classificado no passivo não corrente.

Os custos com juros relativos a empréstimos obtidos são registados na rubrica de custo líquido de financiamento na demonstração de resultados.

2.15 Fornecedores e Outras Contas a Pagar

As contas a pagar a fornecedores e outros credores são registadas pelo seu valor nominal, na medida em que se tratam de valores a pagar de curto prazo.

2.16 Provisões, activos e passivos contingentes

São constituídas provisões sempre que o Grupo reconhece a existência de uma obrigação presente (legal ou implícita) fruto de um evento passado e sempre que seja provável que uma diminuição, estimada com fiabilidade, de recursos incorporando benefícios económicos será necessária para liquidar a obrigação.

Estas provisões são revistas à data de balanço e ajustadas para reflectir a melhor estimativa corrente.

Na possibilidade de uma das condições anteriores não ser cumprida, mas mantendo-se a possibilidade de afectar os exercícios futuros, a Empresa não reconhece um passivo contingente mas promove a sua divulgação.

Quando se verificam activos contingentes resultantes de eventos passados, mas cuja ocorrência depende de eventos futuros incertos, estes não são registados. À semelhança dos passivos, também os activos contingentes são divulgados.

2.17 Especialização de Exercícios

Os custos e proveitos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios, segundo o qual às transacções são contabilisticamente reconhecidas quando são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas.

2.18 Rédito e Especialização de Exercícios

O rédito é registado na demonstração de resultados e compreende os montantes facturados na venda de produtos e na prestação de serviços, líquidos do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e descontos, depois de eliminar as transacções intra-grupo.

Os proveitos decorrentes das vendas são reconhecidos na Demonstração de Resultados quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos activos vendidos são transferidos para o comprador. Os proveitos associados com a prestação de serviços são reconhecidos na Demonstração dos Resultados em função do grau de execução do serviço.

Os custos financeiros líquidos representam essencialmente juros de empréstimos obtidos, juros de aplicações financeiras e ganhos e perdas cambiais.

Os juros e proveitos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efectiva aplicável.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Os custos financeiros líquidos são reconhecidos em resultados numa base de acréscimo durante o período a que dizem respeito.

Os custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, são registados nas rubricas de 'Outros Activos Correntes' e 'Outros Passivos Correntes'.

3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

As actividades do Grupo estão expostas a uma variedade de factores de risco financeiro: risco de crédito, risco de liquidez e risco cambial e da taxa de juro.

3.1 Risco de crédito

O Grupo não tem concentração significativa de risco de crédito uma vez que as suas vendas, sendo relacionadas com prestações de serviços em hotéis, são na sua quase totalidade efectuadas a pronto pagamento. Para as vendas a crédito existem políticas que asseguram que as mesmas são efectuadas a clientes com adequado historial de crédito.

3.2 Risco de liquidez

O Grupo assegura a manutenção das disponibilidades necessárias através da utilização de linhas de crédito negociadas com alguns Bancos.

A gestão do risco de liquidez implica a manutenção de saldos financeiros suficientes, facilidade na obtenção de fundos através de linhas de crédito adequadas. Relacionada com a dinâmica dos negócios subjacentes, a tesouraria procura manter a flexibilidade da divida flutuante, mantendo as linhas de credito disponíveis.

3.3 Risco da taxa de juro

O risco de taxa de juro do Grupo resulta de empréstimos a curto e longo prazo. Os empréstimos de taxa variável expõem o Grupo ao risco de fluxo de caixa relativo à taxa de juro. A Administração não considera economicamente necessária a implementação de uma política de gestão de risco de taxa de juro, não tendo por isso recorrido a instrumentos de cobertura da taxa de juro.

3.4 Risco cambial

O risco cambial tem origem no empréstimo junto do BES no valor de 17.862.362 USD.

4. ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS

A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com o normativo contabilístico internacional requer o uso de estimativas e pressupostos definidos pela Administração que afectam as quantias reportadas de activos e passivos, assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de relato.

O Conselho de Administração baseou-se no melhor conhecimento e experiência de eventos passados e/ou correntes e em pressupostos relativos a eventos futuros para determinar as estimativas contabilísticas mais relevantes.

5. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas incluídas na consolidação, suas sedes e proporção do capital detido em 30 de Junho de 2012 e 30 de Junho de 2011, são as seguintes:

Firma Percentagem de Capital detido
2012
2011 Condições de inclusão
Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A.
Rua Misericórdia, 12 a 20, Piso 5 Sala 19 – 1200-273 Lisboa
Empresa Mãe
Directamente
Autodril – Soc. Gestora de Participações Sociais, S.A.
Rua Misericórdia,12 a 20, Piso 5 Sala 19 – 1200-273 Lisboa
99,71% 99,71% a)
Somotel – Soc. Portuguesa de Motéis, S.A.
Rua Misericórdia,12 a 20, Piso 5 Sala 19 – 1200-273 Lisboa
25,03% 25,03% a)
Comportur–Comp. Port. De Urbanização e Turismo, S.A. 51,60% 51,60% a)
Rua Misericórdia,12 a 20, Piso 5 Sala 19 – 1200-273 Lisboa
Indumármore – Indústria de Mármores, Lda
Rua Misericórdia,12 a 20, Piso 5 Sala 19 – 1200-273 Lisboa
90% 90% a)
Indirectamente
Autodril – Soc. Gestora de Participações Sociais, S.A.
Grão-Pará Agroman – Sociedade Imobiliária, S.A.
Rua Misericórdia,12 a 20, Piso 5 Sala 19 – 1200-273 Lisboa
100% 100% a)
Interhotel – Soc. Internacional de Hotéis, S.A.
Rua Misericórdia,12 a 20, Piso 5 Sala 19 – 1200-273 Lisboa
96,29% 96,29% a)
Autodril – Sociedade Imobiliária, S.A. 100% 100% a)
Rua Misericórdia,12 a 20, Piso 5 Sala 19 – 1200-273 Lisboa
Comportur–Comp. Port. De Urbanização e Turismo, S.A.
24,92% 24,92% a)
Rua Misericórdia,12 a 20, Piso 5 Sala 19 – 1200-273 Lisboa
Matur – Soc. De Empreendimentos Turísticos da Madeira, S.A.
Rua Misericórdia,12 a 20, Piso 5 Sala 19 – 1200-273 Lisboa
38,77% 38,67% a)
Interhotel – Soc. Internacional de Hotéis, S.A.
Matur – Soc. Emp. Turísticos da Madeira, S.A.
Rua Misericórdia,12 a 20, Piso 5 Sala 19 – 1200-273 Lisboa
2,74% 2,74% a)

a) As empresas consolidadas encontram-se nas condições previstas nas alíneas a) e d) do n.º 1, art. 1º do Decreto-Lei 238/91, de 2 de Julho.

6. EMPRESAS NÃO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas não incluídas na consolidação, suas sedes e proporção do capital detido em 30 de Junho de 2012 e 30 de Junho de 2011, são as seguintes:

Firma Percentagem de Capital detido Condições de
inclusão
2012 2011
Turidecor – Soc. De Decorações Turísticas e Hoteleiras, Lda.
Rua Castilho, 50 – 1250-071 Lisboa
30% 30% a)
Compete –Comp. Promotora de Empreend.Turísticos, S.A.
Rua Castilho, 50 – 1250-071 Lisboa
89% 89% b)
Orplano – Org. e Planeamento Técnicos de Construção, S.A.
Rua Castilho, 50 – 1250-071 Lisboa
34% 34% c)

a) Turidecor – Sociedade de Decorações Turísticas e Hoteleiras, Lda. Capital Social: 9.975,95 Euros. Esta empresa está sem actividade há vários anos, pelo que se enquadra nas condições previstas na alínea a) do nº 3, artigo 4º do Decreto-Lei 238/91 de 2 de Julho.

b) Compete – Companhia Promotora de Empreendimentos Turísticos, S.A. Capital Social: 9.975,95 Euros. Esta empresa está sem actividade há vários anos, pelo que se enquadra nas condições previstas na alínea a) do nº 3, artigo 4º do Decreto-Lei 238/91 de 2 de Julho.

c) Orplano – Organização e Planeamento Técnicos de Construção, S.A. Capital Social: 2.493,98 Euros. Esta empresa está sem actividade há vários anos, pelo que se enquadra nas condições previstas na alínea a) do nº 3, artigo 4º do Decreto-Lei 238/91 de 2 de Julho.

7. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Durante os semestres findos em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 não ocorreram alterações ao perímetro de consolidação do Grupo.

8. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

8.1 Movimentos ocorridos nas rubricas dos activos fixos tangíveis, amortizações acumuladas e perdas por imparidade

2012
Terrenos e
recursos
naturais
Edifícios e
outras
construções
Equipam.
básico
Equipam.
de
transporte
Equipam.
administ.
Outros
activos fixos
tangíveis
Total
Activos
Saldo inicial
Aquisições
9.985.934 3.588.897 3.635.476 339.286 3.121.957 598.702 21.270.252
-
Alienações
Transferências e abates
Revalorizações
Outras variações
(13.100) (13.100)
-
-
-
Saldo final 9.985.934 3.588.897 3.635.476 326.186 3.121.957 598.702 21.257.152
Amortizações acumuladas e
perdas por imparidade
Saldo inicial
Amortizações do exercício
Perdas por imparidade do exercício
2.401.230
50.230
3.582.899
13.982
339.286 3.111.500 538.343 9.973.258
64.212
-
Reversões de perdas por imparidade
Alienações
Transferências e abates
Outras variações
(13.100) -
(13.100)
-
-
Saldo final - 2.451.460 3.596.880 326.186 3.111.500 538.343 10.024.370
Activos líquidos 9.985.934 1.137.436 38.595 - 10.458 60.359 11.232.782
2011
Terrenos e
recursos
naturais
Edifícios e
outras
construções
Equipam.
básico
Equipam.
de
transporte
Equipam.
administ.
Outros
activos fixos
tangíveis
Total
Activos
Saldo inicial
Aquisições
Alienações
Transferências e abates
Revalorizações
Outras variações
9.985.934 3.592.469 3.626.238
7.112
426.440 3.120.397 598.702 21.350.181
7.112
-
-
-
-
Saldo final 9.985.934 3.592.469 3.633.351 426.440 3.120.397 598.702 21.357.293
Amortizações acumuladas e
perdas por imparidade
Saldo inicial
Amortizações do exercício
Perdas por imparidade do exercício
Reversões de perdas por imparidade
2.302.913
50.275
3.543.573
17.892
439.449 3.109.321 538.343 9.933.599
68.167
-
-
Alienações
Transferências e abates
Outras variações
13.009 (13.009) -
-
-
Saldo final - 2.353.188 3.574.474 426.440 3.109.321 538.343 10.001.766
Activos líquidos 9.985.934 1.239.281 58.876 - 11.076 60.359 11.355.526

8.2 Reavaliações de activos fixos tangíveis

O Grupo regista os terrenos e edifícios, afectos a actividade operacional, ao valor de mercado apurado por entidades especialistas e independentes.

O detalhe global dos custos históricos de aquisição de Activos fixos tangíveis e correspondente reavaliação, em 30 de Junho de 2012, líquidos de Amortizações acumuladas, é o seguinte:

Custo
Histórico
(a)
Reavaliações
(a)(b)(c)
Valores
Contabilísticos
Reavaliados (a)
Activos fixos tangíveis
Terrenos e recursos naturias 64.312 9.921.622 9.985.934
Edifícios e outras construções 7.511 1.129.926 1.137.436
Equipamento básico 38.595 38.595
Equipamento administrativo 10.458 10.458
Outros activos fixos tangíveis 60.359 60.359
181.235 11.051.548 11.232.782

(a)Líquidos de amortizações

(b) Englobam as sucessivas reavaliações

(c) Inclui o efeito das reavaliações extraordinárias.

As reavaliações evidenciadas dizem respeito a terrenos e edifícios detidos pela Matur, SA e foram reavaliados com base nos seguintes diplomas legais:

Decreto-Lei nº 430/78 de 27 de Dezembro
Decreto-Lei nº 219/82 de 02 de Junho
Decreto-Lei nº 399-G/84 de 28 de Dezembro
Decreto-Lei nº 118-B/86 de 27 de Maio
Decreto-Lei nº 111/88 de 02 de Abril
Decreto-Lei nº 49/91 de 25 de Janeiro
Decreto-Lei nº 264/92 de 24 de Novembro
Decreto-Lei nº 31/98 de 02 de Fevereiro

9. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

9.1 Movimento ocorrido na rubrica de Propriedades de investimento

Propriedades de
Investimento
Saldo em 31 de Dezembro de 2011 1.624.732
Aquisições
Reavaliações
Alienações
Saldo em 30 de Junho de 2012 1.624.732

9.2 Activos em Locação Financeira

O Grupo, mais concretamente a associada Comportur, SA, detém diversas fracções do Edifício Espaço Chiado, no montante de 1.624.732 Euros, adquiridas sob o regime de locação financeira. No final do contrato, o Grupo poderá exercer a opção de compra desse activo a um preço inferior ao valor de mercado.

9.3 Reavaliações

As Propriedades de investimento detidas no Grupo, referem-se a fracções do edifico Espaço Chiado que estão registadas ao valor de mercado, apurado por entidades especialistas e independentes.

O detalhe global dos custos históricos de aquisição das Propriedades de investimento e correspondente reavaliação, em 30 de Junho de 2012, líquidos de Amortizações acumuladas, é o seguinte:

Fracções Valor de aquisição Justo valor Valor de
Reavaliação
Fracção "Q" Estacionamento nº16 19.912 36.000 16.088
Fracção "R" Estacionamento nº17 19.912 30.000 10.088
Fracção "IX" Loja nº39 125.044 51.700 -73.344
Fracção "LH" Escritorio nº8 182.680 259.101 76.421
Fracção "LV" Escritorio nº19 143.285 205.373 62.088
Fracção "AQ" Arrecadação nº 5 7.966 10.000 2.034
Fracção "LI" Escritorio nº9 182.689 254.316 71.627
Fracção "LC" Cine-Teatro 275.498 375.000 99.502
Fracção "JU" Loja 63 103.703 51.700 -52.003
Fracção "IO" Café Concerto 267.940 351.542 82.960
Saldo em 30 de Junho de 2012 1.328.629 1.624.732 295.461

10. INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 a rubrica "Investimentos financeiros" apresenta a seguinte composição:

2012 2011
37.506 37.506
5.806 5.806
317.074 317.074
360.387
-
360.387
360.387
-
360.387

11. INVENTÁRIOS

Em 30 de Junho de 2012 e em 3 de Junho de 2011, os inventários do grupo eram detalhados conforme se segue:

2012 2011
Quantia
bruta
Perdas por
imparidade
Quantia
líquida
Quantia
bruta
Perdas por
imparidade
Quantia
líquida
Mercadorias 45.578.409 45.578.409 45.667.023 45.667.023
Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo 9.681 9.681 14.831 14.831
Produtos acabados e intermédios
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
1.234.323 492.203 742.119 1.234.323 492.203 742.119
-
Produtos e trabalhos em curso
Adiantamentos por conta de compras
5.819.856 678.926 5.140.930
-
5.819.856 678.926 5.140.930
-
52.642.269 1.171.129 51.471.140 52.736.033 1.171.129 51.564.903

A rubrica de Mercadorias inclui diversos terrenos, transferidos no exercício 2010 da rubrica de Activos fixos tangíveis, situados na Madeira, no Estoril e no Algarve. Inclui também as mercadorias existentes nas duas unidades hoteleiras exploradas pelo Grupo.

A rubrica de Produtos e trabalhos em curso Inclui diversos projectos que se encontram a ser desenvolvidos pela Imobiliária Construtora Grão-Pará, nomeadamente:

• os projectos para os terrenos circundantes do Autódromo, pertencentes à Autodril- Sociedade Imobiliária, S.A.. O Grupo Grão-Pará ficou proprietário de 100% dos terrenos circundantes ao Autódromo, com cerca de 25 hectares para os quais se encontrava aprovado, desde 1992, um projecto que permitia a viabilidade do próprio autódromo, dada a complementaridade do mesmo com a ocupação das pistas naquele recinto desportivo.

Após ter sido reconhecido, em 2004, o carácter estruturante do projecto, quer pela Câmara Municipal de Cascais, quer pelo Governo, foi o mesmo, uma vez mais, adiado, pelo entendimento da Parpública (proprietária de 100% das pistas e bancadas do Autódromo Fernanda Pires da Silva) de que os direitos construtivos, aprovados em 1992, se referiam à totalidade dos terrenos, invocando o seu direito à quota parte dos mesmos, nos terrenos de sua propriedade.

Tal entendimento, determinou que fosse intentada uma acção para que o Grupo Grão Pará visse reconhecidos os seus direitos. Assim, em 2 de Novembro de 2009, o Tribunal Administrativo do Circulo de Lisboa veio dar razão as empresas do Grupo Grão Pará, encontrando-se a matéria agora em recurso interposto pelo Estado para o Tribunal Central Administrativo.

A decisão final sobre este processo permitirá que sejam retomada a intenção de desenvolvimento dos projectos existentes para os referidos terrenos.

• Os projectos na Madeira, após a conversão de terrenos turísticos em imobiliários, em virtude da ampliação do Aeroporto de Santa Catarina

Os terrenos de propriedade da Matur, continuam a aguadar que o Governo Regional cumpra um Decreto, por si próprio emitido, de Agosto de 2001, que determinava a constituição de uma servidão aeronáutica que abrange, nos termos do anexo 14 da ICAO, os terrenos propriedade da associada Matur.

Desde de Agosto de 2004 que o Governo Regional se encontra em mora face a uma obrigação legal assumida.

A acção intentada pela Matur, para fazer cumprir uma determinação legal continua, ao fim de 4 anos, sem qualquer evolução.

• Em idêntica situação se encontra o projecto da Comportur, situado em Pena Furada, da autoria de Óscar Niemeyer. Não houve qualquer alteração quanto à possibilidade de associação com grupos internacionais, face ao agravamento da crise internacional, nomeadamente no sector imobiliário.

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas e variação dos inventários de produção reconhecido nos exercícios findos em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011, é detalhado conforme se segue:

CUSTO MERCADORIAS VENDIDAS

2012
MP, subsid.
Mercadorias consumo Outros Total
Saldo inicial 45.664.036 9.885 45.673.922
Compras 9.141 65.317 74.459
Regularizações (a) (42) (3.030) (3.072)
Saldo final 45.578.409 9.681 45.588.091
Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 94.726 62.492,02 -
157.218
2011
MP, subsid.
Mercadorias consumo Outros Total
45.662.679 10.914 45.673.593
21.433 122.522 143.956
(134) (1.160) (1.293)
45.667.023 14.831 45.681.854
16.955 117.446 - 134.401

VARIAÇÃO PRODUÇÃO

2012
Produtos Produtos
acabados Subprodutos trab. curso Outros Total
Saldo inicial 1.234.323 5.819.856 7.054.179
Regularizações - - -
Saldo final 1.234.323 5.819.856 7.054.178
Variação dos inventários da produção 0 - - - 0
2011
Produtos Produtos
acabados Subprodutos trab. curso Outros Total
Saldo inicial 540.765 6.216.507 6.757.272
Regularizações -
Saldo final 540.765 6.216.507 6.757.272
Variação dos inventários da produção - - - - -

Perdas por imparidade

Não se registaram quaisquer alterações nas perdas por imparidade acumuladas de inventários no exercício findo em 30 de Junho de 2012.

2012
Saldo Saldo
inicial Aumentos Reversões Utilizações final
Mercadorias -
Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo -
Produtos acabados e intermédios 492.203 492.203
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos -
Produtos e trabalhos em curso 678.926 678.926
1.171.129 - - - 1.171.129
2011
Saldo Saldo
inicial Aumentos Reversões Utilizações final
Mercadorias -
Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo -
Produtos acabados e intermédios 492.203 492.203
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos -
Produtos e trabalhos em curso 678.926 678.926
1.171.129 - - - 1.171.129

As perdas por imparidade acumuladas de inventários ascendiam a 1.171.129 Euros e referem-se à desvalorização de algumas fracções detidas pela GPA, SA no edifício Espaço Chiado e aos gastos com projectos de construção de um Hospital em Ponta Delgada e aos gastos incorridos com obras no Edifício Espaço Chiado, que não serão recuperáveis.

12. CLIENTES E OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 as contas a receber da Empresa apresentavam a seguinte composição:

2012 2011
Quantia
bruta
Imparidade
acumulada
Quantia
escriturada
líquida
Quantia
bruta
Imparidade
acumulada
Quantia
escriturada
líquida
Correntes:
Clientes 1.384.769 1.164.248 220.521 1.479.680 1.153.863 325.817
Outras contas a receber
Estado e outros entes públicos 212.538 212.538 286.299 286.299
Accionistas/Sócios 108.855 37.407 71.448 108.855 37.407 71.448
Outros devedores diversos 23.628.363 590.674 23.037.690 24.291.326 590.674 23.700.653
- -
23.949.756 628.080 23.321.675 24.686.480 628.080 24.058.399
Estado e outros entes públicos
IRC 104.734
IVA 212.538 181.565

Na Rubrica de Outros devedores diversos esta incluído o montante cerca de 16.950.000 Euros correspondem ao valor que foi contabilizado em Dezembro de 2001 resultante da diferença entre o valor de liquidação das dívidas ao Estado pagas no âmbito do Acordo Global e o valor dos bens dados como pagamento. A esta data corre nos tribunais um processo intentado contra o Estado para recuperação deste valor.

212.538 286.299

A evolução das perdas por imparidade acumuladas de clientes e outras contas a receber nos exercícios findos em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 é detalhado conforme se segue:

2012
Saldo Saldo
inicial Aumentos Reversões Utilizações final
Clientes: -
Clientes de cobrança duvidosa 1.164.248 1.164.248
Outras contas a receber: -
Accionistas/Sócios 37.407 37.407
Outros devedores diversos 590.674 590.674
1.792.328 - - - 1.792.327
2011
Saldo Saldo
inicial Aumentos Reversões Utilizações final
Clientes: -
Clientes de cobrança duvidosa 1.153.863 1.153.863
Outras contas a receber: -
Accionistas/Sócios 37.407 37.407
Outros devedores diversos 590.674 590.674
1.781.944 - - - 1.781.943

Informação Semestral Consolidada a 30 de Junho de 2012 Página 26

13. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

Em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 as rubricas do activo corrente "Outros activos correntes" reflectem sobretudo a especialização de contas no exercício e apresentavam a seguinte composição:

2012 2011
Rendas e alugures 300.300 64.708
Seguros 2.191 4.893
Limpeza, higiene e conforto 93 89
302.585 69.691

14 .FLUXOS DE CAIXA

A caixa e seus equivalentes inclui numerário e depósitos bancários imediatamente mobilizáveis, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes, e detalha-se como segue:

2012 2011
Numerário 6.123 6.123
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 2.470 2.470
Depósitos bancários a prazo 100.000 100.000
Aplicações de tesouraria
108.593 108.593
Linhas de crédito de curto prazo 6.784.758 2.950.000
Descobertos bancários
6.893.351 3.058.593

15. INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO

Os movimentos ocorridos nas rubricas de Capitais Próprios foram os seguintes:

Capital Acções
Próprias
Prémio de
Emissão de Acções
Diferenças de
Consolidação
Excedentes
Reavaliação
Reservas
Legais
Outras
Reservas
Resultados
Transitados
Resultado
Liquido do Ex.
Total
Movimentos do 1º semestre
de 2012
Saldo em 1 de Janeiro de 2012 12.500.000 -3.367.236 4.888.219 -14.545.492 4.526.387 3.857.697 3.542.055 16.152.053 -4.784.730 22.768.954
Aplicação do Resultado de 2011 -4.784.730 4.784.730 0
Resultado Líquido -2.357.595 -2.357.595
Outros -2.414 1.737 -677
Saldo em 30 de Junho de 2012 12.500.000 -3.367.236 4.888.219 -14.547.906 4.526.387 3.857.697 3.542.055 11.369.060 -2.357.595 20.410.682

Em 30 de Junho de 2012 e 30 de Junho de 2011, o capital da empresa, totalmente subscrito e realizado, era representado por 2.500.000 acções de valor nominal de 5 Euros cada, sendo detido como segue:

2012 2011
Nº acções % Valor Nº acções % Valor
D.Fernanda Pires da Silva 674.112 26,96% 3.370.560 674.112 26,96% 3.370.560
Dr. Abel Pinheiro 453.044 18,12% 2.265.220 453.044 18,12% 2.265.220
Santa Filomena - SGPS, Lda 249.373 9,97% 1.246.865 249.373 9,97% 1.246.865
KB Business Corp, 99.000 3,96% 495.000 99.000 3,96% 495.000
Dr. Pedro Pinheiro 2.513 0,10% 12.565 2.513 0,10% 12.565
Autodril - SGPS, SA 440.180 17,61% 2.200.900 440.180 17,61% 2.200.900
Matur - Soc. Emp. Turisticos da Madeira, SA 83.234 3,33% 416.170 83.234 3,33% 416.170
EDEC - Edificações Económicas, SA 150.924 6,04% 754.620 150.924 6,04% 754.620
Herdeiros do Sr. João Paulo Teotónio Pereira 54.159 2,17% 270.795 54.159 2,17% 270.795
Invesmon Limited - Liability Company 219.229 8,77% 1.096.145 219.229 8,77% 1.096.145
Outros 74026 2,96% 370.130 74.026 2,96% 370.130
Próprias 206 0,01% 1.030 206 0,01% 1.030
2.500.000 100% 12.500.000 2.500.000 100% 12.500.000

Na Assembleia Geral de 31 de Maio de 2012 foi aprovada a transferência do resultado líquido do exercício para resultados transitados.

16. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS

Os financiamentos obtidos em 30 de Junho de 2012 e 30 de Junho de 2011 são detalhados conforme se segue:

30-06-2012 30-06-2011
Entidade Tipo de
amortização
Anual
Anual
B.E.S. 1.400.000 1.400.000 A 180 dias
B.E.S. 300.000 A 180 dias
B.E.S. 500.000 A 180 dias
B.E.S. 750.000 A 180 dias
B.E.S. 2.989.891 A 180 dias
B.E.S. 300.000 A 180 dias
B.E.S. 300.000 A 180 dias
B.E.S. 450.000 A 180 dias
B.C.P. 89.500 223.750 89.500 268.500 02-11-2011 Semestral
B.E.S. 1.299.424 6.125.858 1.113.792 6.311.490 30-09-2011 Anual
C.G.D. 9.975.958 9.975.958 Vencido
financiadora
B.E.S.
B.E.S.
B.E.S.
Corrente
2.490.371
2.826.495
1.344.867
23.466.505
Montante utilizado
Não corrente
11.740.319
13.210.026
31.299.953
Corrente
1.852.814
2.422.710
18.404.774
Montante utilizado
Não corrente
10.499.279
13.613.811
30.693.080
Vencimento
30-09-2012
30-09-2012

Os empréstimos estão indexados à taxa Euribor, nos prazos de 30 dias, 3 meses, 6 meses e 12 meses, e apresentam prazos de vencimento de 6 meses, 12 meses, 24 meses, 36 meses e 5 anos e vencem juros a taxas normais de mercado para operações similares.

Garantias reais

Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A.

Hipotecas a favor do Banco Espírito Santo

  • Financiamento no valor de USD 17.862.362,38 com garantia de diversos imóveis sitos na Madeira propriedade da Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A. e da Matur, S.A. no montante de 114.230.690 Euros.

  • Financiamento de 16.036.521 Euros e 1.400.000 Euros com garantia de terrenos propriedade da Autodril – Sociedade Imobiliária, S.A.

  • Financiamento no valor de 300.000 Euros com garantia do lote 49 sito no Carvoeiro.

  • Financiamento no valor de 2.989.891 Euros com garantia de diversas fracções do Centro Comercial e Cultural Espaço Chiado sitos em Lisboa de propriedade da Comportur, S.A. e da GPA, S.A.

Hipoteca a favor do Banco Comercial Português

  • Financiamento no valor de 895.000 Euros com garantia de 239.799 acções da Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A., propriedade da Autodril – S.G.P.S.,S.A. Capital em divida á data – 313.250Euros

Matur – Sociedade de Empreendimentos Turísticos da Madeira, S.A.

Hipoteca a favor da Caixa Geral de Depósitos

  • Financiamento no valor de 9.975.957,94 Euros com garantia de diversos apartamentos, moradias e lote de terreno sito na Madeira.

Autodril – Sociedade Imobiliária, S.A.

Hipoteca subsidiária a favor da Banco Espírito Santo

  • Financiamento no valor de 7.425.281,96 Euros com garantia de terrenos sitos em Alcabideche e imóveis propriedade da Matur, S.A..

Responsabilidades por garantias prestadas

À data de 30 de Junho de 2012, os compromissos financeiros das empresas do Grupo que não figuram no balanço referentes a garantias bancárias são como se segue:

30-06-2012 30-06-2011
Administração fiscal 129.700 129.700
Fornecedores 65.985 116.371
Tribunais de trabalho 7.939 7.939
Outros 84.798 84.798
288.422 338.808

17. IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS

Durante os exercícios findos em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 o movimento ocorrido na rubrica "Impostos diferidos", foi o seguinte:

2012
Saldo Saldo
inicial
Aumentos
Diminuições
final
Impostos deferidos passivos 2.707.527 2.707.527
2.707.527
-
-
2.707.526
2011
Saldo Saldo
inicial
Aumentos
Diminuições
final
Impostos deferidos passivos 2.707.527 2.707.527
2.707.527
-
-
2.707.527

Os Impostos Diferidos Passivos respeitam à reavaliação de terrenos detidos pela Matur, SA e das fracções do edifício Espaço Chiado detidas pela Comportur, SA.

18. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 as contas as outras dívidas a terceiros do Grupo apresentavam a seguinte composição:

2012 2011
Outras contas a pagar
Remunerações a pagar ao pessoal 143.487 48.561
Estado e outros entes publicos 632.956 297.832
Outros accionistas 31.346 31.346
Credores por acréscimo de gastos 6.133.921 6.516.779
Outros credores diversos 680.333 725.488
7.622.043 7.620.006
Estado e outros entes publicos
Imposto s/ rend. P.Colectivas - IRC 58.596
Imposto s/ rend. P.Singulares - IRS 182.650 43.891
Contribuições para a Seg. Social 391.709 253.941
632.956 297.832

Todas as empresas do grupo não efectuaram o pagamento da 1ª prestação do PEC no montante total de 5.852 Euros. Estão em mora responsabilidades perante a Segurança Social das empresas do Grupo (Empresa-mãe,Interhotel, Autodril-SGPS, Matur). A empresa-mãe tem pendente um processo relativo a IRS/Prediais do mês de Agosto de 2011 no valor de 126.522 Euros o qual solicitou o pagamento em prestações tendo dado como garantia o terreno de Estremoz, até a data ainda não foi diferido.

Composição detalhada em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 da rubrica "Credores por acréscimo de Gastos":

2012 2011
1.289.932 1.110.801
12.004 990.553
71.945 95.845
42.234 42.234
4.717.806 4.277.345
6.133.921 6.516.779

19 . PROVISÕES

Em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 as rubricas de "Provisões" não tiveram qualquer movimento e apresentavam a seguinte composição:

2012
Saldo Saldo
inicial
Aumentos
Reversões
Utilizações
final
Provisões p/ outros riscos e encargos 133.629 133.629
Provisões p/ processos judiciais em curso 10.624 10.624
144.254
-
-
-
144.254
2011
Saldo Saldo
inicial
Aumentos
Reversões
Utilizações
final
Provisões p/ outros riscos e encargos 133.629 133.629
Provisões p/ processos judiciais em curso 10.624 10.624
144.254
-
-
-
144.254

20. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

As vendas e prestações de serviços reconhecidos pelo Grupo em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 é detalhado conforme se segue:

2012 2011
215.000
464.668 794.034
679.668 794.034

Em 2012 o Grupo explora o Hotel Atlantis Sintra Estoril, o Aparthotel Solférias e o Restaurante Boteco no Algarve.

21. OUTROS RENDIMENTOS OPERACIONAIS

A decomposição da rubrica de "Outros Rendimentos Operacionais" nos exercícios findos em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 é conforme se segue:

2012 2011
Rendimentos suplementares:
Outros rendimentos suplementares 204.552 192.475
Ganhos em inventários 73
Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 7.033 2.500
Rendimentos e ganhos com correções relativos a exercícios anteriores 2.808 1.777
Outros 2.097 8.889
216.563 205.641

22. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

A rubrica de "Fornecimentos e serviços externos" nos exercícios findos em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 é detalhada conforme se segue:

2012 2011
Serviços especializados
Trabalhos especializados 159.108 70.932
Publicidade e propaganda 2.468 6.789
Vigilância e segurança 776 710
Honorários 38.378 119.488
Comissões 12.642 12.683
Conservação e reparação 22.583 25.725
Materiais
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 2.815 4.603
Livros e documentação tecnica 93 107
Material de escritório 3.418 4.268
Artigos para oferta - 89
Outros 1.574 2.043
Energia e fluidos
Electricidade 44.721 50.961
Combustíveis 48.799 46.261
Agua 4.205 3.927
Deslocações, estadas e transportes
Deslocações e estadas 4.070 5.883
Transporte de pessoal 1.348 2.045
Serviços diversos
Rendas e alugueres 298.028 762.206
Comunicação 13.551 14.990
Seguros 13.079 17.363
Contencioso e notariado 10.133 16.160
Despesas de representação 18.484 15.082
Limpeza, higiene e conforto 19.567 25.586
Outros 33.757 46.395
753.596 1.254.295

23. GASTOS COM O PESSOAL

A rubrica de "Gastos com o pessoal" nos exercícios findos em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 é detalhada conforme se segue:

2012 2011
Remunerações dos orgãos sociais 303.546 335.574
Remunerações do pessoal 470.743 523.283
Benefícios pós-emprego
Benefícios definidos 46.685 9.185
Indemnizações 49.225
Encargos sobre remunerações 146.563 162.998
Seguros de ac. trabalho e doenças prof. 7.070 6.644
Gastos de acção social 21.521 20.975
Outros 73 200
1.045.426 1.058.859

24. AMORTIZAÇÕES

A rubrica de "Amortizações" nos exercícios findos em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 é detalhada conforme se segue:

2012 2011
50.230 50.275
13.982 17.892
64.212 68.167

25. OUTROS GASTOS OPERACIONAIS

A decomposição da rubrica de "Outros gastos operacionais" nos exercícios findos em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 é conforme se segue:

2012 2011
Impostos 22.365 29.316
Descontos de pronto pagamento concedidos
Perdas em inventários 1.043 484
Outros
Correcções de exercícios anteriores 9.880 11.801
Quotizações 724
Multas e penalidades 18.784
Outros não especificados 3.032
55.827 41.602

26. RESULTADOS FINANCEIROS

Os Resultados financeiros dos exercícios findos em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 são detalhados conforme se segue:

Gastos de financiamento 2012 2011
Juros suportados
Financiamentos bancários
Locações financeiras
965.624 832.434
Outros financiamentos
Diferenças de câmbio desfavoráveis em financiamentos
Perdas em instrumentos de cobertura associados a financiamentos
965.624
425.634
832.434
Outros gastos de financiamento 12.904
1.404.161
11.992
844.426
Resultados financeiros -1.404.132
29
171.511
1.015.937
Rendimentos de juros 2012 2011
Juros obtidos
Depósitos em instituições de crédito
Outras aplicações em meios financeiros líquidos
Outros financiamentos concedidos
Outros
Diferenças de câmbio favoráveis em financiamentos
Dividendos obtidos
Outros rendimentos similares
-
-
29
-
1.015.937
29 1.015.937

O valor da diferença de câmbio resulta da actualização do empréstimo que a empresa mantém com o banco Espírito Santo no valor de 17.862.362 USD que foi convertido à data de balanço à taxa de Divisa USD:1 = 1,2552 Euros.

27. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A Imobiliária Construtora Grão-Pará e as empresas do Grupo encontram-se sujeitas a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimentos de Pessoas Colectivas – IRC à taxa nominal de 25% do remanescente de 12.500 Euros que são tributados a taxa de 12,5%, incrementado pela derrama até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC.

Cada uma das empresas é tributada individualmente e contabiliza os impostos diferidos resultantes das diferenças temporárias entre as bases contabilísticas e fiscais dos seus activos e passivos.

Os montantes agregados de imposto são decompostos como se segue:

30-06-2012 30-06-2011
Corrente
Diferido
2.773 2.773
2.773 2.773

28. INTERESSES MINORITÁRIOS

Os Interesses minoritários dos exercícios findos em 30 de Junho de 2012 e em 30 de Junho de 2011 são detalhados conforme se segue:

% Interesses minoritários Resultados Atribuidos
30-06-2012 30-06-2011 30-06-2012 30-06-2011
Interhotel - Sociedade Internacional de Hotéis, SA 3,99% 3,99% 3.291 3.132
Matur - Soc. Empreendimentos Turisticos da Madeira, SA 58,71% 58,81% 184.895 180.012
Autodril - Soc. Gestora de Participações Sociais, SA 0,29% 0,29% 285 493
Comportur - Comp. Portuguesa de Urb. Turismo, SA 23,55% 23,55% 38.113 24.696
Indumármore - Industria de Marmores, Lda 10,00% 10,00% 0 143
226.584 208.475

29. COMPROMISSOS DE CAPITAL

Não existem compromissos assumidos pelo grupo para aquisição de participações financeiras.

30. CONTIGÊNCIAS

À data de 30 de Junho de 2012 encontravam-se em curso os seguintes processos judiciais, referentes a acções intentadas por particulares sobre a posse dos terrenos circundantes do Autódromo, propriedade da Autodril – Sociedade Imobiliária, S.A.:

Processo nº 672/99 - Acção declarativa condenatória na forma de processo ordinário

Processo intentado por um terceiro para reconhecimento do direito de propriedade de imóveis que a Autodril – Sociedade Imobiliária reclama como seus por compra e os autores declaram como adquiridos por usucapião.

A empresa tem defendido os seus direitos no sentido de manter no seu património, o referido prédio, sendo seu utilizador e ocupante há vários anos.

O desfecho da acção é imprevisível pelas dificuldades em se comprovar a propriedade por parte da empresa, e pela complexidade da prova no que respeita aos autores.

Em termos de resolução prevê-se que no mínimo este processo terá ainda pelo menos 1 ano até à sua decisão.

Processo nº 124/99 - Acção declarativa de condenação para impugnação de justificação notarial. Cancelamento dos respectivos registos.

Processo intentado por particulares para declarar nulos os contratos de aquisição de pequenas parcelas de terreno encravados nos prédios circundantes do Autódromo (hoje pertença da empresa), que os autores reclamam como sendo legítimos donos e proprietários.

O desfecho da acção ainda não é previsível.

À data de 30 de Junho de 2012 encontravam-se em curso os seguintes processos judiciais, referentes a acções intentadas contra a Matur, S.A.:

Processo nº 632/98 que corre termos no Tribunal Cível da Comarca de Lisboa, intentado por Maria Emília Sampaio de Almada Lobo Guimarães, para pagamento do valor actualizado da fracção B-G, Flats 3, apartamento 36, 1º andar, Machico, no valor de 62.349,74 €, acrescido de juros de mora e custas no total de 80.349,74€. O processo encontra-se em fase de executiva, tendo já ocorrido a reclamação de créditos, o Tribunal determinou diligências para a venda de bens penhorados, que são a lavandaria e a rouparia dos Flats

Processo nº 100160-A/98, que corre termos pelo Tribunal do Trabalho do Funchal, acção executiva por custas instaurada pelo Ministério Público, no montante de 80.000,00€. Brevemente o processo ficará regularizado.

Informação Semestral Consolidada a 30 de Junho de 2012 Página 35

Processo nº 62/99 Tg., que corre termos pelo Tribunal do Trabalho do Funchal, instaurado pela Inspecção-Geral do Trabalho, para pagamento de créditos laborais, a liquidar em execução de sentença, e quantias devidas à Segurança Social, no montante de 14.329,99€. Comprovado o pagamento parcial de salários aos trabalhadores, os autos prosseguem pelo remanescente e pelas dívidas à Segurança Social. Aguarda-se despacho para extinção dos autos.

Processo nº 119/00, que corre termos no Tribunal do Trabalho do Funchal, acção intentada por Jordão Oliveira dos Santos e outros, por salários não pagos e rescisão do contrato, no valor de 106.563,08 €. A empresa foi condenada por Acórdão transitado em julgado.

No âmbito dessa acção, os autores requereram uma providência cautelar de arresto relativamente a uma quantia que a Matur tinha depositada à sua ordem no Tribunal Judicial de Santa Cruz. A providência foi decretada mas, quando os autores requereram a sua conversão em penhora, o Tribunal de Santa Cruz informou que já tinha entregue essa quantia à Matur. A acção prossegue contra o Estado Português e contra a Matur, SA, através do Processo nº 227/05.9TBSCR, que corre termos no Tribunal Judicial de Santa Cruz, na qual os autores pedem a condenação do Estado Português e da Matur, SA, no pagamento de 109.394,36 €, a título de indemnização pelos prejuízos sofridos devido à entrega efectuada pelo Tribunal de

Processo nº 566/03.0TBSCR, que corre termos no Tribunal Judicial de Santa Cruz, com o valor de 54.068,79€, intentado por Álvaro Gonçalves Barbosa e outros, por incumprimento de contrato promessa de compra e venda de um apartamento. Aguarda julgamento.

Processo n.º 248/09.2TBSCR , em 6 de Fevereiro de 2009, a Caixa Geral de Depósitos, S.A. instaurou contra a Matur - Sociedade de Empreendimentos Turísticos da Madeira, S.A. e a Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A. uma acção executiva, na qual indicou como quantia exequenda o valor de € 17.858.437,68 - acrescido de juros de mora vincendos -. Como título executivo, a Exequente juntou um acordo de pagamento de dívida celebrado pela Exequente e Executadas em 7 de Junho de 2002, para concretização de um acordo anteriormente assinado pelas mesmas partes em 8 de Fevereiro de 2002. Aguarda marcação de julgamento.

31. PARTES RELACIONADAS

Controlo do Grupo Notas 5 e 6.

Transacções com Administradores Não existem transacções.

Remunerações dos Administradores e dos Revisores de Contas

Santa Cruz do valor que tinha sido arrestado. Aguarda marcação de julgamento.

30-06-2012 30-06-2011
Conselho
Administração
Revisor Oficial
Contas
Conselho
Administração
Revisor Oficial
Contas
Imobiliária Construtora Grão-Pará,SA 54.000 8.375 89.000 8.375
Autodril - SGPS,SA 57.528 5.500 62.322 5.500
Interhotel, SA 45.708 1.250 45.708 1.250
Matur, SA 45.150 4.250 37.384 4.250
Somotel, SA 625 625
Comportur, SA 23.142 3.750 23.142 3.750
Grão-Pará Agroman, SA 21.000 2.000 21.000 2.000
Autodril - Soc. Imobiliária, SA 57.018 2.750 57.018 2.750
303.546 28.500 335.574 28.500

Remunerações do Conselho Fiscal

Nenhum dos membros do Conselho Fiscal da Sociedade aufere qualquer remuneração.

32. EVENTOS SUBSEQUENTES À DATA DO BALANÇO

Não existem eventos subsequentes à data de balanço que possam ter impacto material nas Demonstrações Financeiras.

Lisboa, 22 de Agosto de 2012

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração Sandra Vieira – Nº 33.321 Dr. Abel Saturnino de Moura Pinheiro Dr. Pedro Caetano de Moura Pinheiro Sr. Orlando Morazzo

Declaração Emitida nos termos e para os efeitos da alínea c) do nº1 do artigo 246º do Código dos Valores Mobiliários

Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do nº1 do artigo 246º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Fiscal da Imobiliária Construtora Grão-Pará, SA, cuja identificação e funções se indicam infra, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento:

  • c) O relatório de gestão, as contas e demais documentos de prestação de contas semestrais, exigidos por Lei ou regulamento, todos relativos ao exercício findo a 30 de Junho de 2012, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Sociedade e das sociedades incluídas no perímetro da consolidação;
  • d) O relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Sociedade e das sociedades incluídas no perímetro da consolidação e, quando aplicável, contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Joaquim Eduardo Pinto Ribeiro (Presidente)

Sandra Gomes Rato (Vogal)

Maria Felisbela de Sousa Noronha (Vogal)

Grupo Grão-Pará

Indicação do número de valores mobiliários emitidos pela sociedade com as quais esteja em relação de domínio ou de grupo detidos por titulares dos órgãos sociais, e todas as aquisições, onerações ou transmissões reportado a 30 de Junho de 2012;

Dr. Abel Pinheiro, directamente;
- Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A. 453.044 Acções
- Interhotel – Soc. Internacional de Hotéis, S.A. 24
"
- Matur – Soc. Empreend. Turísticos da Madeira, S.A. 1.002
"
- Somotel - Soc. Portuguesa de Motéis, S.A. 20
"
- Comportur – Comp. Urb. Turísmo, S.A. 161
"
Indirectamente através da Soc. Santa Filomena, SGPS;
- Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A. 249.373 Acções
- Interhotel – Soc. Internacional de Hotéis, S.A. 12.917
"
- Matur – Soc. Empreend. Turísticos da Madeira, S.A. 4.796
"
- Somotel - Soc. Portuguesa de Motéis, S.A. 1.610
"
- Comportur – Comp. Urb. Turísmo, S.A. 2.594
"
Indirectamente através da Soc.KB BUSINESS CORP.;
- Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A. 99000 Acções
Dr. Pedro Caetano de Moura Pinheiro, directamente;
- Imobiliária Construtora Grão-Pará, S.A. 2.513 Acções

Sr. Orlando Morazzo não detém acções.

Lista dos titulares de participações sociais qualificadas, com indicação do número de acções detidas e percentagem de direitos de voto

correspondentes, calculada nos termos do artigo 20º do Cód. VM, reportada a 30 de Junho de 2012:

Nº Acções % Capital % de Votos
- D. Fernanda Pires da Silva 674.112 26,96 34,11*
- Dr. Abel Pinheiro (Santa Filomena e KB Business) 801.417 32,06 82,30*
- Dr. Pedro Pinheiro 2.513 0,10 0,13
- Autodril – S.G.P.S., S.A. 440.180 17,61 0
- Matur – Soc. Emp. Turísticos da Madeira, S.A. 83.234 3,33 0
- EDEC – Edificações Económicas, S.A. 150.924 6,04 7,64*
- Herdeiros doSr. João Paulo Teotónio Pereira 54.159 2,17 2,74
- INVESMON Limited – Liability Company 219.229 8,77 11,09

* A referida percentagem de direitos de voto deriva da circunstância de a CMVM ter considerado ser de imputar ao Dr. Abel Pinheiro os direitos de voto associados às acções detidas pela Sra. D. Fernanda Pires da Silva e da EDEC na Sociedade. O referido entendimento foi transmitido à Sociedade pelo ofício sob referência 349/EMIT/DMEI/2008/22202, datado de 19.12.2008, tendo a Sociedade oportunamente manifestado a sua não concordância quanto à interpretação realizada pela CMVM.

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