Annual Report • Apr 14, 2009
Annual Report
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Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, SA
Rua Castilho nº 44, 3º 1250-071 Lisboa -
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www.inapa.pt | [email protected]
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Sociedade Aberta - NIPC e Matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, nº 500 137 994
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Capital Social: € 150.000.000,00
| Balanço em 31 de Dezembro de 2008 | 043 |
|---|---|
| Demonstração dos resultados por naturezas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 | 045 |
| Demonstração dos resultados por funções do exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 | 046 |
| Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 | 047 |
| Anexo às demonstrações financeiras do exercício findo em 31 Dezembro de 2008 | 050 |
|---|---|
| informa ções exigidas por dip lomas legais |
|
| Informações referidas no art.º 447 do Código das Sociedades Comerciais | 065 |
| Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria elaborado por auditor registado |
|---|
| na CMVM sobre a Informação Financeira Individual 070 |
| 075 | |
|---|---|
| Demonstração dos resultados consolidados no período findo em 31 de Dezembro de 2008 | 076 |
| Demonstração dos resultados consolidados por trimestre no período findo em 31 de Dezembro de 2008 | 077 |
| Demonstração dos fluxos de caixa consolidados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 | 078 |
| Demonstração das alterações no Capital Próprio para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007. | 079 |
| 07.\ Anexo as demonstrações financeiras consolidadas | |
| Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 | 082 |
| 08.\ Relatório do Conselho de Administração | |
| Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria elaborado por auditor registado na CMVM | |
| sobre a Informação Financeira Consolidada | 132 |
| 09.\ Contas individuais | |
| Relatório e parecer da Comissão de Auditoria do conselho de administração | |
| de INAPA – INVESTIMENTOS, PARTICIPAÇÕES E GESTÃO, SA | 136 |
| Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2008 |
| Declaração de cumprimento | 140 |
|---|---|
| Assembleia Geral | 152 |
| Orgãos de Administração e Fiscalização | 154 |
| Informação | 170 |
Mensagem do Presidente
"Cumprir é um estímulo... superar as expectativas, questionar os limites e honrar cada compromisso."
Senhores Accionistas,
No exercício de 2008 a Inapa registou uma significativa melhoria do seu desempenho operacional, tendo regressado aos resultados líquidos positivos, facto que confirma a recuperação encetada em 2007.
Este desempenho confirma a adequação da estratégia delineada no Plano Inapa 2010 e deve-se, em muito, à forma profissional, rigorosa, competente e responsável com que, a todos os níveis, foi implementada, facto que é tanto mais de sublinhar, quanto foi difícil a envolvente económica em que o exercício se desenvolveu.
Confrontámo-nos em 2008 com um contexto macroeconómico global tão desfavorável como raramente terá havido no passado.
Recordo, nesse âmbito, que até Setembro, a envolvente externa foi marcada por elevadas taxas de juro, subidas drásticas no preço dos combustíveis e das matérias-primas e por um Euro fortemente sobreavaliado.
A partir de Setembro assistiu-se a uma inversão radical dessa conjuntura que veio a degenerar naquela que é certamente a maior crise económica dos últimos 50 anos.
Iniciada por uma grave crise financeira nos EUA, com origem na concessão de crédito imobiliário de alto risco, cedo se estendeu a todo o sistema financeiro mundial, para muito rapidamente se estender às empresas e degenerar numa crise económica global de dimensão e profundidade que não são hoje ainda susceptíveis de apreender em toda a sua extensão.
Senhores accionistas, foi neste quadro macroeconómico profundamente adverso que a Inapa atingiu um volume de vendas de 1 044 milhões de euros e um resultado operacional (EBIT) de 32,9 milhões de euros, que traduz um aumento de 22,3 % relativamente a 2007. E, não obstante o substancial agravamento das taxas de juro, a Inapa recuperou 11,4 milhões de euros no resultado líquido retomando o patamar positivo de 1,1 milhões de euros.
Como catalisadores deste desempenho devo identificar 3 aspectos:
No que se refere à execução do plano Inapa 2010, gostaria de realçar dois objectivos cujo cumprimento, no decorrer do ano de 2008, entendo como especialmente relevantes:
As significativas melhorias verificadas ao nível dos custos operacionais que se reduziram em 0,6 milhões de euros (0,4%).
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O incremento de 93% da distribuição de produtos complementares, alcançando em 2008 os 47 milhões de euros, passando de uma contribuição para o EBIT de 7,2% para 7,6%.
Entendo sublinhar que este desempenho não podia ser alcançado sem, o compromisso e empenho de todos os 1489 colaboradores da Inapa a trabalhar nos diversos mercados que endereçamos.
Destaco, por isso, com particular agrado que, pelo terceiro ano consecutivo, a Inapa foi considerada como uma das melhores empresas para se trabalhar em Portugal, de acordo com um estudo levado a cabo pela Heidrick & Struggles.
O contexto macroeconómico e dos mercados de capitais não permitiu, contudo, que a melhoria de resultado e reforço estratégico da Inapa no mercado europeu da distribuição de papel pudesse ser espelhada na evolução da cotação das nossas acções. A sua desvalorização acompanhou a queda do mercado nacional sendo, no entanto, de sublinhar a elevada liquidez do título.
É pois com fundada confiança que, na Inapa, encaramos o exercício que agora se inicia, conscientes das dificuldades com que a conjuntura externa não deixará de nos confrontar. O reforço da posição estratégica da Inapa no mercado europeu, a melhoria da eficiência e rentabilidade operacional e dos capitais afectos, o reforço da solidez financeira que vimos concretizando nestes dois últimos exercícios a par da capacidade de iniciativa, espírito empreendedor e competência dos quadros do Grupo, fundamentam a minha convicção na manutenção da tendência positiva da recuperação em curso.
Gostaria, por fim, de agradecer a todos os colaboradores o empenho e a dedicação em prol da Inapa, aos membros dos órgãos sociais pela contínua colaboração e estímulo, e aos Senhores Accionistas pelo apoio demonstrado no exercício em apreço.
José Félix Morgado - Presidente da Comissão Executiva
Relatório & Contas 2008
Relatório do Conselho de Administração Administração
"Fazer é uma convicção... fazer bem, fazer mais e fazer cada vez melhor."
Dívida líquida: Empréstimos M/L prazo + Empréstimos curto prazo + Fornecedores de imobilizado - Disponibilidades Fundo de maneio: Clientes + Existências – Fornecedores Capitalização bolsista: Nº de acções x cotação Rácio armazém/fabricos: Vendas armazém (ton) / Vendas totais (ton) Cost to income: (Custos operacionais + Provisões) / Toneladas vendidas Margem Re-Ebitda: Re-Ebitda/ Vendas totais
Margem Ebit: Ebit / Vendas totais
ROCE: (Ebit + Amortizações + Depreciações + Custos de reestruturação não recorrentes) / (Activos fixos tangíveis + Investimentos não correntes + Fundo maneio)
| 2006 | 2007 | 2008 | |
|---|---|---|---|
| Activo Líquido Total (M€) | 786 | 856 | 763 |
| Dívida Líquida (s/ titularização) (M€) | .448 | 332 | 341 |
| Situação Líquida (M€) | 45 | 148 | 150 |
| Vendas ( 000 ton) | 1.076 | 1.027 | 984 |
| Vendas (M€) | 1.073 | 1.050 | 1.044 |
| Margem Bruta (M€) | 179 | 184 | 183 |
| Custos Operacionais (M€) | 166 | 159 | 159 |
| Re-Ebitda (M€) | 30 | 41 | 42 |
| Custos de Reestruturação Não Recorrentes (M€) | 11 | 8 | 2 |
| Ebit (M€) (sem impairment) | 12 | 27 | 33 |
| Função Financeira (M€) | 29 | 36 | 32 |
| Resultado Líquido (M€) | -53 | -10 | 1 |
| Fundo de Maneio (dias) | 83 | 79 | 82 |
| Resultado Líquido por acção (€) | -1,78 | -0,221 | 0,006 |
| Cotação de fecho (€) | 2,68 | 0,92 | 0,34 |
| Volume Negociado (milhões acções) | 8 | 60 | 186 |
| Capitalização Bolsista (M€) | 80 | 138 | 51 |
| Preço médio venda de papel (€/ton) | 974 | 997 | 1.014 |
| Rácio armazém/fabricos | 50% | 50% | 50% |
| Cost to income (€/ton) | 163 | 159 | 165 |
| Margem Re-Ebitda (%) | 2,75% | 3,93% | 3,98% |
| Margem Ebit (%) | 1,14% | 2,56% | 3,15% |
| Roce (%) | 8,40% | 11,11% | 11,76% |
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\ Aquisição pela nossa subsidiária Inapa França da totalidade do capital da Logistipack, SAS líder em França na venda por catálogo de material de embalagem;
Vertrieb, GMBH um dos líderes alemães na distribuição de materiais de Comunicação Visual;
\ Alienação da participação na Papeis Carreira Açores, Lda;
\ Alienação do armazém na Bélgica
\ Constituição da Inapa Angola – Distribuição de Papel, SA
\ Alienação do armazém no Luxemburgo
Atenta a maturidade do mercado do papel, a Inapa assenta a sua estratégia de crescimento e rentabilidade na exploração do conhecimento das necessidades do mercado, na estreita relação com os clientes e no nível de serviço prestado a par da sua capacidade logística, assumindo-se cada vez mais como um prestador de serviços global aos seus clientes.
De acordo com este posicionamento a Inapa tem vindo a alargar a sua actividade a negócios complementares tais como a comercialização de consumíveis gráficos e de escritório, materiais de embalagem, comunicação visual e serviços de logística, que vêm ganhando peso, não só em termos de vendas, como, e sobretudo, ao nível das margens libertadas.
Estes negócios, com elevado potencial de crescimento e geração de margens deverão representar em 2010 cerca de 15% do EBITDA total gerado pelo Grupo.
O Grupo factura actualmente mais de 1.000 milhões de euros e emprega cerca de 1.490 trabalhadores.
Com cerca de 1 milhão de toneladas distribuídas anualmente e mais de 1.000 milhões de euros de vendas, a Inapa é hoje um dos maiores distribuidores europeus de papel.
Para responder às necessidades dos mais de 65 mil clientes, nos 8 países onde opera, a Inapa disponibiliza ao mercado um portfolio com mais de 12 mil referências de papel.
Para além da comercialização, e dada a cada vez maior complexidade da impressão gráfica, a Inapa disponibiliza aos seus clientes, equipas altamente especializadas para o aconselhamento técnico de modo a garantir os objectivos da respectiva produção.
Para além da disponibilidade de produto e suporte técnico a Inapa assegura um serviço de entrega em 24 horas em qualquer ponto dos países onde opera, sendo esse prazo de apenas 12 horas nos grandes centros urbanos. Este nível de serviço relativo a mais de 5.000 entregas diárias é assegurado a partir de 28 armazéns e plataformas logísticas.
A Inapa IPG é a sociedade dominante do Grupo Inapa que ocupa uma posição de liderança no mercado europeu de distribuição de papel. A Inapa está presente em 8 países europeus, com particular destaque na Alemanha, França, Suíça, Portugal e Espanha, e ainda na Bélgica, Luxemburgo e Reino Unido, fornecendo aos seus clientes um conjunto alargado de serviços correlacionados com a distribuição de papel de escrita e impressão. A distribuição de papel de escrita e impressão é o negócio principal do Grupo representando cerca de 95% do seu volume de negócios em 2008.
Na distribuição de papel melhorámos o mix de produto.
Mais de 10 milhões de toneladas distribuídas
Mais de 10 mil milhões de euros de vendas
25 mil empregados
200 empresas
Tops 5 representam mais de 85% do mercado
• Garantia de um conjunto alargado de tipos de papel num único local;
• Processamento de encomendas de pequenas quantidades;
• Aconselhamento profissional e especializado;
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Relatório & Contas 2008
Relatório do Conselho de Administração
No quadro da orientação estratégica enunciada no plano Inapa 2010 de transição do posicionamento da Inapa de distribuidor de papel para um Paper Service Provider, a Inapa alargou a sua actividade para negócios:
No âmbito do enquadramento antes referido a Inapa, para além da distribuição de papel, desenvolve a sua actividade na comercialização de consumíveis gráficos e de escritório que permitem complementar a oferta aos clientes daqueles segmentos, bem como na comercialização de materiais de embalagem e de comunicação visual.
O negócio de distribuição de materiais de embalagem, é de entre os negócios complementares, aquele que tem actualmente um maior peso. Com uma facturação de 29,8 milhões de euros e 91 colaboradores, divididos por 3 empresas, a HTL Verpackung e a Henessen + Potthoff, na Alemanha, e a Cartoon Service em França – o negócio dos materiais de embalagem é o 2º maior negócio do Grupo, processando-se quer directamente ao cliente final, quer através das equipas comerciais de office e gráfico das subsidiárias alemã e francesa.
A Inapa prevê o crescimento desta área de negócios, suportado na sua extensão a novos mercados, nomeadamente a Portugal, onde se iniciou no último trimestre deste ano, a par do crescimento orgânico das unidades já existentes.
O mercado europeu de distribuição de materiais de embalagem apresenta uma dimensão muito relevante sendo um mercado fragmentado, nele coexistindo distribuidores generalistas e distribuidores especializados, centrados num número limitado de tipos de materiais de embalagem.
A globalização económica - quer no que se refere à especialização e concentração geográfica de produção diversa dos mercados de consumo, quer devido à alteração do comportamento do consumidor e ao aumento das vendas directas – determinou um aumento das necessidades de acondicionamento seguro, versátil e rápido do mais diverso tipo de produtos, fazendo antever um crescimento sustentado do consumo a médio - longo prazo.
A embalagem é, em muitos casos, o primeiro contacto do cliente com o fornecedor e com o produto, pelo que o investimento das empresas neste domínio deverá manter-se quando não mesmo aumentar, sendo este um factor adicional de dinamização deste mercado.
O mercado de materiais de embalagem é muito vasto e diversificado, estendendo-se das caixas de cartão aos sacos, passando pelos filmes, fitas adesivas, bubbles, caixas arquivadoras, paletes e outros equipamentos e materiais.
Esta área de negócio apresenta ainda, um conjunto alargado de sinergias com a área da distribuição de papel, não apenas ao nível da logística e dos transportes, como também nas áreas administrativa e de sistemas, back-office e financeira.
As nossas empresas, garantem um elevado nível de serviço, com aconselhamento aos clientes sobre as melhores opções para os objectivos prosseguidos, desenvolvimento ou customização de embalagens, com um leque alargado de opções disponíveis a preços competitivos.
As novas tecnologias de impressão a par da inovação nos materiais de suporte e dos novos conceitos de comunicação, constituem os factores geradores do crescimento deste mercado. O crescimento potencial a curto e médio prazo a par da rentabilidade e das sinergias passíveis de captar justificam a decisão da Inapa de se posicionar neste mercado.
Com efeito, a tecnologia de impressão digital, em combinação com as impressoras de grandes formatos, criaram um novo mercado de aplicações gráficas. As impressoras de grandes formatos, que operam entre os 60 cm e os 5 metros de largura, permitem o mais variado tipo de impressões num alargado conjunto de suportes.
Este segmento de negócio, é o que, no presente, apresenta a maior taxa de crescimento dentro da indústria gráfica com aplicações em domínios tais como os painéis de publicidade exterior, de publicidade interior, sign making, impressões para utilização em móveis ou electrodomésticos, coberturas publicitárias de edifícios e meios de transporte.
Diferentemente do que sucede na distribuição de papel e de materiais de embalagem, que se limitam à distribuição da respectiva gama de produtos e materiais, o negócio de Comunicação Visual, abarca não só os materiais de impressão mas também os consumíveis, a venda dos próprios equipamentos de impressão (hardware), o software e a manutenção respectiva (hardware e software), assumindo a Inapa a função de fornecedor global de soluções.
Após um período de desenvolvimento interno e orgânico deste negócio através da subsidiária alemã Papier Union, com a aquisição da Complott a Inapa veio alargar o portfolio de produtos e o mercado a que se dirige, posicionando o grupo entre os cinco primeiros operadores do mercado alemão.
A Complott Papier Union disponibiliza aos seus clientes, para além de todos o tipo de suportes para impressão, o correspondente hardware sendo representante de alguns dos maiores produtores internacionais, como a Agfa, a Canon, a Epson, a Mimaki ou a SII, entre outros.
Por se encontrar a actuar no mercado alemão, a Complott Papier Union potencia um conjunto de sinergias, nomeadamente ao nível logístico e áreas de suporte, bem como com os negócios de distribuição de papel e materiais de embalagem da Paper Union.
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Relatório & Contas 2008
Relatório do Conselho
de Administração
O negócio dos papéis office representa cerca de 25% da facturação do Grupo. Neste segmento, a maioria dos clientes, são empresas, escritórios ou clientes particulares que nos chegam através de retalhistas. Este tipo de clientes apresenta uma série de necessidades, que vão muito para além do simples fornecimento de papel para escrita ou impressão.
Para satisfazer estas necessidades, a Inapa estabeleceu parcerias com alguns dos maiores operadores desta área, no sentido de garantir aos nossos clientes uma oferta variada e competitiva.
Na Suíça, este negócio desenvolve-se em parceria com a Waser, que garante disponibilidade e variedade de produtos, com preços competitivos e entregas em 24 horas.
Em Espanha, no Luxemburgo e na Bélgica, mercado onde a Inapa Bélgica ocupa uma posição de liderança na área de distribuição de papel Office, estabeleceram-se parcerias com a Spicers, uma das maiores redes de venda de materiais de escritório na Europa, que lhes permite disponibilizar aos seus clientes e com base num catálogo próprio um conjunto muito alargado de produtos, a um preço preferencial.
A Inapa está a desenvolver novas parcerias e modelos de negócios que permitam o alargamento deste negócio a outros mercados onde está presente.
Na área gráfica, tal como no segmento dos papéis office, os nossos clientes apresentam um conjunto de necessidades para além do papel e que a Inapa pode suprir.
A relação privilegiada com os clientes, aliada a um profundo conhecimento das nossas equipas comerciais sobre a melhor utilização deste tipo de consumíveis e à capacidade logística, torna a Inapa num distribuidor de consumíveis para a indústria gráfica de elevado potencial.
Neste quadro, no final de 2008, a Inapa estabeleceu uma parceria com a Sun Chemicals - maior produtor mundial de pigmentos e tintas para impressão gráfica - para a distribuição dos seus produtos, em França, Portugal e Espanha.
Na Alemanha o Grupo estabeleceu com objectivos semelhantes, parcerias com alguns dos maiores produtores mundiais, para a distribuição dos respectivos produtos em todo o país.
Em Portugal, a Inapa Portugal para além das tintas e produtos químicos iniciou em 2008 a comercialização das chapas de impressão Kodak.
As vendas concretizadas a par do reconhecimento por parte dos clientes do valor gerado por esta abordagem, justificam as expectativas francamente positivas quanto à prossecução e desenvolvimento deste negócio, tanto mais que este segmento se vem revelando como aquele em que as sinergias com a área de distribuição de papel são mais sensíveis e as possibilidades de cross selling mais elevadas.
Com mais de 3 800 toneladas e mais de 300 camiões diariamente na rua, uma área de armazenagem mais de 180 mil metros quadrados, com 28 armazéns e plataformas logísticas nos 8 países onde actuamos, e cerca de 300 colaboradores afectos a essa função, a Inapa oferece também aos seus clientes um conjunto de serviços logísticos incluindo o armazenamento e transporte.
A capacidade de armazenamento disponível e a experiência adquirida na gestão logística, levaram o Grupo a encarar a cessão de uso de espaços e a prestação de serviços de gestão logística como áreas de negócios complementares.
Actualmente a Inapa presta este serviço sobretudo a clientes da área de distribuição de papel na Alemanha, em Portugal e em Espanha.
A área da logística demonstra bem o desígnio a que a Inapa se propôs, de se tornar um Paper Service Provider, desenvolvendo serviços e soluções para que os seus clientes possam, através do nosso apoio, satisfazer parte significativa das suas necessidades operacionais e gerar mais valor no seu negócio.
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Relatório & Contas 2008
Relatório do Conselho de Administração
João Vieira de Almeida – Presidente Sofia Barata – Secretário
Por deliberação da Assembleia-geral de 31 de Maio de 2007, a sociedade adoptou como modelo de administração e fiscalização o contemplado na alínea b) do n.º 1 do art.º 278.º CSC, a saber Conselho de Administração compreendendo uma Comissão de Auditoria e Revisor Oficial de Contas.
Conselho de Administração
Têm os referidos órgãos a seguinte composição:
| Idade | Cargo | Ano 1ª eleição | |
|---|---|---|---|
| Vasco Luis Schulthess de Quevedo Pessanha | 66 | Presidente | 1973 |
| José Manuel Félix Morgado | 48 | Presidente CE | 2007 |
| Arndt Jost Michael Klippgen | 58 | Vogal CE | 2007 |
| Jorge Armindo Carvalho Teixeira | 56 | Vice-Presidente CA | 2002 |
| Abílio Ramos Marques | 59 | Vocal CA | 2007 |
| Pedro Maria Cabral Norton de Matos | 53 | Vogal CA | 2007 |
| Emídio de Jesus Maria | 57 | Vogal CA | 2008 |
| Paulo Jorge dos Santos Fernandes (a) | 50 | Vogal CA | 2008 |
(a) Renunciou ao mandato em 6 de Fevereiro de 2009
| Emídio de Jesus Maria – Presidente | ||
|---|---|---|
| Abílio Ramos Marques | ||
| Pedro Maria Cabral Norton de Matos |
| PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda |
|---|
| representada por Ricardo Filipe de Frias Pinheiro – ROC efectivo |
| José Manuel Henriques Bernardo, ROC suplente |
Por força do modelo adoptado poder-se-á traçar em grandes linhas como competindo aos órgãos de governação acima descritos as seguintes competências:
Ao Conselho de Administração compete a representação da sociedade e gerir as suas actividades, subordinandose, neste particular, às deliberações dos accionistas ou às intervenções da Comissão de Auditoria, nos casos em que a lei ou os estatutos o determinem, deliberar sobre as matérias constantes das alíneas a) a m) do art.º 406º do Código das Sociedades Comerciais, bem como:
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Relatório & Contas 2008
Relatório do Conselho de Administração
Deliberar, sob proposta da comissão executiva, sobre o orçamento e o plano da Sociedade e das Sociedades Subordinadas;
Impõe-se neste particular referir que aos administradores não executivos incumbe, no modelo adoptado, o acompanhamento da actividade desenvolvida pela Comissão Executiva e pela Comissão de Auditoria, pronunciarem-se sobre os temas da competência do órgão que integram ou que ao mesmo sejam apresentados por uma e outra das referidas Comissões, como ainda um papel de aconselhamento da gestão executiva, tão mais relevante quanto o é, com perfeito conhecimento de causa, mas descomprometido das exigências e constrangimentos da gestão diária.
O exercício destas atribuições por parte dos membros não executivos do Conselho de Administração têm-se demonstrado relevantes para o adequado funcionamento deste modelo, não se tendo verificado, até ao presente, quaisquer constrangimentos.
Conseguimos nos negócios complementares endereçar as vendas a novos clientes, mas também aumentar a penetração nos clientes tradicionais.
Tomar ou dar de arrendamento quaisquer prédios ou fracções de imóveis;
Adquirir, alienar ou onerar participações noutras sociedades, desde que as operações em causa estejam incluídas no orçamento ou planos de actividade aprovados e não excedam individualmente o montante € 5.000.000,00, carecendo as demais de prévia deliberação do Conselho de Administração;
Elaborar anualmente relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentadas pela administração;
Convocar a Assembleia Geral quando o Presidente da respectiva Mesa o não faça;
Por força da lei, verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte; verificar, quando o julgue conveniente e pela forma que entenda adequada, a extensão da caixa e as existências de qualquer espécie dos bens ou valores pertencentes à sociedade ou por ela recebidos em garantia, depósito ou outro título; verificar a exactidão dos documentos de prestação de contas; verificar se as politicas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados pela sociedade conduzem a uma correcta avaliação do património e dos resultados.
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Resultado do significativo volume de transacções, que em 2008 ultrapassou as 185 milhões de acções transaccionadas, a Inapa dispunha a 31 de Dezembro de um conjunto muito alargado de accionistas.
Os accionistas com participações qualificadas, tal como consideradas no artº 16 do CVM, eram a 31 de Dezembro os seguintes:
| nº de acções | % do capital | % direitos de voto | |
|---|---|---|---|
| Parpública - Participações Públicas SGPS,SA | 49.084.738 | 32,72% | 32,72% |
| Participação imputável ao Millennium BCP (artª 20 do CVM) | 27.391.047 | 18,26% | 18,26% |
| Banco Comercial Português, SA | 10.315.846 | 6,88% | 6,88% |
| Fundo de Pensões do Grupo BCP | 16.521.635 | 11,01% | 11,01% |
| Banco Millennium BCP Investimento,SA | 553.566 | 0,37% | 0,37% |
| Cofihold SGPS,SA | 6.494.896 | 4,33% | 4,33% |
| Jorge Augusto Martins Fazendeiro | 3.083.851 | 2,06% | 2,06% |
| Próprias | 3.033.851 | 2,02% | 2,02% |
| Acções detidas por pessoa ou entidade contemplada no artº 447 | 50.000 | 0,03% | 0,03% |
Tomando como referência as participações conhecidas em 2007, é de realçar a presença de um novo accionista – o Sr. Jorge Augusto Martins Fazendeiro, e da continuidade dos restantes.
A soma das participações qualificadas totaliza 57,37% o que coloca o "free-float" da Inapa nos 42,63%.
De 2005 a 2007 o Grupo em resultado dos processos de reorganização e de aumento de produtividade implementados verificou-se uma redução do quadro de pessoal.
Em 2008, e como consequência da expansão dos negócios complementares, o número de trabalhadores do Grupo cresceu 3,6% relativamente a 2007, fixando-se nos 1489.
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Relatório & Contas 2008
Relatório do Conselho de Administração
Refira-se, contudo, que considerando o universo de empresas de 2007, o número de trabalhadores manteve-se constante em torno dos 1.441 colaboradores.
A Inapa IPG, como holding, concentra as funções transversais ao grupo, designadamente no que se refere ao planeamento e controlo, gestão e controlo de compras, gestão financeira e de tesouraria, consolidação contabilística e auditoria, gestão de seguros e sistemas e comunicações.
A Alemanha, considerando o negócio de distribuição de papel e os negócios complementares, país em que o Grupo realiza 55,4% do seu volume de vendas, emprega 54,6% da força de trabalho total. A França, segundo mercado do Grupo, com um peso de 23,7 % na facturação da Inapa conta nas diversas áreas de negócio com 305 colaboradores, correspondendo a 20,5% do total.
Para além destes mercados, Suiça, Portugal e Espanha têm um efectivo em torno dos 100 colaboradores, sendo as restantes operações de menor dimensão.
| 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | |
|---|---|---|---|---|
| Administração/Direcção/Quadros Superiores | 70 | 71 | 61 | 66 |
| Técnicos/Pessoal Administrativo | 592 | 574 | 534 | 495 |
| Comerciais | 538 | 539 | 517 | 588 |
| Logística/Outros | 392 | 340 | 325 | 339 |
Face a 2007 verificou-se um aumento de 13,7% no número de colaboradores envolvidos na área comercial e de 4,3% na área logística, reflexo da entrada das novas empresas de materiais de embalagem e de comunicação visual.
A principal actividade do Grupo Inapa é a distribuição de papel, servindo, como tal, de elo entre os produtores de papel, a montante, e, a jusante, os consumidores intermédios (empresas e indústrias transformadoras do papel, tais como gráficas, empresas de publicidade, empresas de media, grupos editoriais e livreiros, entre outras), a distribuição moderna (empresas de grande distribuição e cadeias de retalho especializado) e os consumidores finais (empresas do segmento office e particulares).
A Inapa está sujeita aos riscos associados ao sector de actividade em que opera, designadamente a flutuações nos preços do papel, desequilíbrios conjunturais entre oferta e procura, evolução dos padrões de consumo e comportamento da economia em geral.
Neste contexto os riscos mais relevantes com que se confronta no exercício desta actividade estão associados à capacidade de poder reflectir nos preços de venda as flutuações verificadas nos preços de aquisição do papel e dos custos operacionais, de entre os quais sobressaem os relativos à actividade de logística, de armazenamento e de transporte.
Acresce que o negócio de distribuição de papel é sensível a alterações nos padrões comportamentais da procura, principalmente em segmentos tais como a publicidade e os media, a par das alterações na estrutura da distribuição.
O equilíbrio entre a oferta e a procura de papel está dependente de diversos factores, de entre os quais importa destacar a evolução das capacidades produtivas instaladas e o nível da actividade económica.
Estes dois factores estão por si só também expostos a riscos e oportunidades decorrentes do alcance global da indústria do papel.
A evolução das capacidades produtivas nas diferentes geografias, o comportamento da procura de papel em mercados emergentes como a China e Índia e o seu efeito nos fornecedores destes mercados, os efeitos cambiais na competitividade dos diversos mercados e algumas questões regulatórias que afectam o comércio internacional de papel, são factores cujo impacto combinado ou isolado, pode afectar de forma directa e indirecta a actividade da empresa, a sua situação financeira e os resultados.
Em complemento, a actividade de distribuição de papel, tem sofrido recentemente alterações estruturais com a ocorrência de movimentos de concentrações entre distribuidoras, com particular incidência na Europa. Este quadro concorrencial pode afectar de forma directa e indirecta as decisões estratégicas futuras da empresa e, em consequência, o seu posicionamento em cada mercado bem como os correspondentes resultados económico financeiros e alocação de activos.
A capacidade da Inapa para executar com sucesso a sua estratégia empresarial encontra-se dependente de um conjunto de factores que condicionam a consecução dos objectivos que traçou, nomeadamente, no que se refere à sua focagem na rentabilidade das vendas, melhoria da eficiência operacional, implementação de um programa de crescimento dirigido à base de clientes e aumento da rentabilidade dos capitais afectos através de um programa de racionalização de activos e da selectividade do investimento.
O negócio da Inapa por se desenvolver em 8 países europeus e em que a actividade externa representa cerca de 93,6% da totalidade das suas vendas, está naturalmente exposto aos riscos decorrentes do desempenho específico de cada uma das economias em que opera constituindo, em simultâneo, um factor de atenuação de risco devido à sua dispersão geográfica, e a pouco provável simultaneidade na ocorrência do mesmo padrão de comportamento económico.
Relatório & Contas 2008 -
Como qualquer empresa ou grupo económico o desempenho da Inapa depende da sua capacidade de assegurar a sua base de clientes.
Para além de um número muito significativo de clientes – mais de 65 000 em 2008 – geograficamente dispersos, da oferta de uma vasta gama de produtos, competitivos e de qualidade superior, do adequado nível de serviço, a Inapa tem vindo a desenvolver um programa de fidelização da sua clientela tradicional através da oferta integrada de serviços e de produtos complementares ao seu negócio principal, assumindo-se, no mercado, cada vez mais, como um Paper Service Provider global.
A procura de papel, nomeadamente papel de escrita e impressão, tem estado, historicamente, relacionada com factores macroeconómicos.
Uma quebra dos níveis de actividades das economias ou uma redução dos índices de confiança dos agentes económicos, poderá provocar um abrandamento ou decréscimo da procura de papel, nomeadamente de papel de impressão e escrita, e por essa via afectar a actividade, vendas, resultados e situação financeira do Grupo Inapa.
As preferências dos consumidores podem ter igualmente um impacto na procura global de papel ou em certos tipos de papel em particular e, consequentemente, na procura do papel distribuído actualmente pelo Grupo Inapa.
A actualidade das questões ambientais, designadamente temas como a desflorestação e a protecção dos níveis freáticos nas zonas de plantio de espécies florestais de crescimento rápido, acompanhadas do esforço de racionalização de custos levado a cabo por um conjunto cada vez mais alargado de empresas, podem também ter impacto nos padrões de consumo actualmente existentes.
Paralelamente, as novas tecnologias e os suportes a estas associadas, podem ter reflexos nos níveis gerais de consumo de papel e influenciar consequentemente os resultados do Grupo Inapa.
O Grupo Inapa actua num sector maduro e muito competitivo, com um conjunto alargado de concorrentes mas em que uma percentagem relevante do mercado é dominada por um conjunto reduzido de empresas, com uma base de clientes dispersa.
O Grupo Inapa é um distribuidor independente de papel, mas compete directamente com empresas verticalmente integradas em grupos empresariais produtores de papel.
Este quadro concorrencial, sobretudo quando associado a pontuais desequilíbrios entre a oferta e a procura de papel, podem ter um efeito negativo nas margens de comercialização da empresa e nos seus resultados.
A capacidade do Grupo Inapa implementar com sucesso a estratégia delineada, depende da sua capacidade em manter e sempre que necessário recrutar os colaboradores mais qualificados e competentes para cada função.
Apesar da política de recursos humanos da Inapa estar orientada para atingir estes objectivos, não é possível garantir que no futuro não existam limitações nesta área. Um agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afectem as economias a uma escala local podem originar dificuldades aos clientes do Grupo Inapa para saldar as suas obrigações.
A Inapa concede a trabalhadores das suas filiais Inapa France, Logistipack, Inapa Suíça, Tavistock e Papier Union, planos de complemento de pensões de reforma e de sobrevivência, procedendo à contabilização dos custos resultantes de pensões e encargos associados de acordo com o disposto na Norma Internacional de Contabilidade n.º 19 (IAS 19).
O montante registado nas contas consolidadas referente às responsabilidades por pensões baseia-se em determinados pressupostos de mortalidade, sendo que os beneficiários dos planos de pensões poderão viver mais anos que os previstos e, como tal, beneficiar do plano para além do dotado para o efeito. Assim, as responsabilidades relativas a pensões podem exercer uma pressão adversa sobre os fluxos de caixa.
A Inapa poderá, no futuro, ser parte numa pluralidade de litígios relacionados com a sua actividade, incluindo aqueles cuja sentença lhe tenha sido favorável, total ou parcialmente e que possam vir a ser objecto de recurso ou acção de anulação pelas contrapartes nos termos das normas processuais aplicáveis e até ao trânsito em julgado dessas mesmas sentenças.
Como litígio de maior relevo em que actualmente a Inapa é parte deve referir-se uma acção declarativa com processo ordinário, à qual foi atribuído o valor processual de 24.459.906,14 Euros, relativa a factos ocorridos entre 1991 e 1994 e em 1996. Na referida acção, a Papelaria Fernandes peticiona, no essencial, a nulidade de contratos e operações envolvendo o Grupo Inapa e a Papelaria Fernandes. (ver Nota 34 do anexo às contas consolidadas).
De referir ainda um recurso para o Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa de uma coima de € 200.000 aplicada pela CMVM e relacionada com o incumprimento parcial, por parte da Inapa, dos seus deveres de informação enquanto sociedade aberta com valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado.
A Inapa não pode garantir que venha a ganhar estas acções ou quaisquer outras acções futuras respeitantes às suas actividades, além de que uma decisão negativa nas mesmas
poderá ter um efeito adverso que seja significativo para a actividade, situação financeira e resultados do Grupo Inapa.
As actividades do Grupo Inapa exigem investimentos. A Inapa prevê financiar uma parte destes investimentos fazendo uso dos fluxos de caixa gerados pelas suas actividades operacionais. No entanto, caso as actividades operacionais do Grupo Inapa não gerem rendimentos suficientes, a Inapa pode vir a ter de financiar uma parte dos investimentos previstos fazendo uso de fontes externas, incluindo empréstimos bancários e ofertas nos mercados de capitais.
O Grupo Inapa está exposto a um conjunto de riscos, incluindo riscos de liquidez, riscos de taxa de juro, riscos de taxa de câmbio, risco dos preços de matérias-primas (como por exemplo papel e petróleo), risco do mercado imobiliário, riscos operacionais e outros.
Não obstante terem sido implementadas metodologias criteriosas de gestão de cada tipo de risco ao qual o Grupo Inapa está exposto, perante a ocorrência de cenários excepcionalmente adversos, as políticas e procedimentos utilizados pela Inapa na identificação, acompanhamento e gestão dos riscos poderão não se revelar totalmente eficazes. Como qualquer outra sociedade integrada numa envolvente competitiva, a Inapa encontra-se igualmente sujeita a riscos relacionados com a liquidez.
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Relatório & Contas 2008
Relatório do Conselho de Administração
A sociedade considera estar suficientemente apetrechada para um efectivo controlo de risco da actividade da empresa e das empresas por si dominadas, considerando eficaz a acção desenvolvida pelos responsáveis do departamento de controle de gestão e do departamento financeiro, a quem o controlo de riscos, nomeadamente o controlo da liquidez do Grupo Inapa, está especialmente cometido.
A Inapa gere o risco de liquidez do Grupo actuando em duas vias: garantindo que a dívida financeira do Grupo tem uma elevada componente de médio e longo prazo com maturidades adequadas à capacidade esperada de geração de fundos, e dispondo de facilidades de crédito, disponíveis a todo o momento (linhas em conta corrente).
No decurso normal da actividade da Inapa e em resultado da sua estrutura organizativa, o Grupo está sujeito a determinados riscos operacionais, incluindo interrupções no serviço prestado ou atrasos na prestação de serviços, omissões, erros, e atrasos na implantação de requisitos para a gestão dos riscos.
Estes riscos são acompanhados pela Empresa de uma forma contínua, através de sistemas administrativos e de informação, entre outros, estando alguns riscos operacionais cobertos por apólices de seguros.
As operações desenvolvidas pelo Grupo Inapa estão dependentes do processamento informático.
O processamento informático envolve a manutenção de registos, o reporte financeiro e outros sistemas, incluindo sistemas de monitorização e controlo das várias operações do Grupo, nomeadamente na gestão logística, no armazenamento e transporte, e sistemas de contabilidade interna.
Apesar da avaliação que tem vindo a ser efectuada aos sistemas computacionais e da convicção de que as suas capacidades são adequadas, não é possível garantir em absoluto a total identificação e correcção atempada de todos os problemas relacionados com os sistemas de tecnologias de informação, nem o êxito sistemático na implantação de melhorias tecnológicas.
O custo da grande maioria da dívida financeira contraída pelo Grupo Inapa está indexado a taxas de referência variáveis, estando actualmente a Inapa por essa via exposta ao risco de taxa de juro.
Na medida em que a Inapa não cobre a sua exposição a variações adversas nas taxas de juro, tais variações poderão exercer um efeito negativo na sua actividade, situação financeira e resultados.
Contudo, e como forma de gerir estas variações, a área financeira do Grupo Inapa segue em permanência o desenvolvimento do mercado estando em condições de utilizar instrumentos financeiros que permitam minorar os efeitos da volatilidade das taxas de juro.
A variação da taxa de câmbio do euro face sobretudo à libra inglesa e ao franco suíço, pode ter impacto nos resultados da Sociedade.
O Grupo Inapa desenvolve operações no Reino Unido e na Suíça, estando deste modo exposto a variações nas respectivas divisas.
Assim, embora estes mercados representem actualmente apenas cerca de 8,5% das vendas do Grupo, eventuais desvalorizações destas moedas face ao euro, poderão ter um impacto negativo na actividade, situação financeira e nos resultados do Grupo Inapa.
Por outro lado, o Grupo Inapa tem uma exposição indirecta ao dólar norte-americano e outras divisas por via do impacto que variações nestas moedas têm na competitividade da Empresa, uma vez que sempre que o euro se valoriza face a outras divisas, os distribuidores que se situam numa zona de influência destas divisas ganham competitividade face aos produtores europeus.
O Grupo Inapa tem uma exposição indirecta ao preço da pasta de papel no mercado internacional e ao preço do petróleo.
A capacidade do Grupo Inapa em fazer reflectir nos preços de venda dos seus produtos ou nos preços dos serviços que presta, aumentos de preços do papel e/ou do petróleo, não é totalmente elástica, podendo fazer baixar as margens directas dos produtos vendidos e o contributo líquido dos serviços prestados, e podendo fazer aumentar os custos de transporte associados à distribuição, pelo que variações adversas nos preços de commodities poderão exercer um efeito negativo na actividade, situação financeira e resultados da Inapa.
Num contexto de consolidação do sector, a Inapa poderá ser alvo de uma oferta pública de aquisição.
Nesse cenário, poderão ocorrer alterações significativas na actual estratégia da Inapa com repercussões nos diversos negócios e mercados onde actua.
O Grupo Inapa poderá ser afectado negativamente por alterações na legislação e demais regulamentação fiscal aplicável em Portugal, na União Europeia e nos diversos países onde desenvolve a sua actividade.
Outros riscos associados à actividade do Grupo
As unidades do Grupo Inapa, estão sujeitas aos riscos inerentes
a qualquer actividade económica, como é o caso de acidentes, avarias ou catástrofes naturais que possam originar prejuízos nos activos do Grupo ou interrupções temporárias na actividade.
A actividade de gestão e de supervisão da Inapa IPG, constitui uma prestação de serviços sendo as suas participadas distribuidoras, cujo objecto consiste basicamente na compra de papel, materiais de embalagem ou de comunicação visual e consumíveis de escritório ou gráficos, para posterior revenda, podendo exercer complementar ou acessoriamente actividades de prestação de serviços.
Quer como empresas de prestação de serviços, quer como empresas de distribuição, as questões ambientais não relevam nenhum risco relevante, não se perspectivando que no futuro próximo, tais questões possam vir a constituir um risco com um mínimo de expressão na actividade.
É de referir ainda que o Grupo controla a origem da matériaprima utilizada na produção dos papéis que distribui para evitar a compra de papeis que recorram a pastas provenientes de florestas protegidas e privilegia a aquisição de papéis de origem ambientalmente certificada.
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Relatório & Contas 2008
Relatório do Conselho de Administração
Será por último de salientar que nos mercados onde a Inapa opera alguma frota própria, o Grupo investiu na adaptação da mesma a padrões ambientais rigorosos, nomeadamente, no que se refere à libertação de CO2.
O enquadramento macroeconómico global vivido durante 2008 foi francamente desfavorável.
Na sequência da denominada crise do sub-prime que teve o seu início em meados de 2007, o mundo assistiu, talvez à maior crise financeira dos últimos 60 anos.
As condições dos mercados financeiros mundiais deterioraramse rapidamente, nomeadamente após a falência do Lehman Brothers, com a consequente necessidade do EUA procederem a um apoio de dimensão nunca antes vista a algumas das suas maiores instituições financeiras norte-americanas.
A acção do governo norte-americano não impediu, porém, que os mercados monetários e interbancários deixassem de funcionar com normalidade, neles tendo imperado a falta de confiança entre os seus agentes, com a consequente falta de liquidez no sistema.
O risco sistémico foi amenizado pela massiva injecção de liquidez por parte dos bancos centrais e pelos pacotes de incentivo às economias, postos á disposição pelos governos das maiores economias mundiais.
De acordo com as previsões da Comissão Europeia a economia mundial deverá ter crescido cerca de 3,3% (sensivelmente menos que no ano anterior), sendo que muito deste crescimento se ficou a dever às economias emergentes.
Na zona Euro onde se desenvolve mais de 90% da actividade da Inapa o ano fechou com a economia em recessão. O PIB cresceu apenas 0,9 % (em termos anuais e de acordo com os dados mais recentes da Comissão Europeia), o que compara com os 2,7% verificados em 2007.
Após um primeiro semestre de crescimento moderado, num cenário macroeconómico pautado pelo elevado custo das matérias-primas e dos combustíveis, tendo o barril de petróleo atingido os 140 USD, e por valores historicamente altos das taxas de juro do Euro com a Euribor a 6 meses a situar-se acima dos 5,3%, a zona euro veio a ser profundamente afectada pela crise financeira global.
Foi necessária a intervenção do Banco Central Europeu, que de uma forma a que nunca antes se assistiu, reduziu nos últimos meses do ano a sua taxa directora dos 4,25% para os 2,5% em Dezembro, para além de colocar à disposição dos agentes do mercado interbancário montantes maciços de fundos com o objectivo de fornecer liquidez ao mercado.
Paralelamente os governos dos vários estados membros da UE disponibilizaram volumosas garantias às instituições financeiras sobre a sua dependência a fim de provocar a retoma da confiança no sistema.
Estes factos não foram até agora bastantes para impedir a retracção na concessão de crédito e o aumento do custo do dinheiro para particulares e empresas.
O consumo privado estagnou no terceiro trimestre e decresceu mesmo no último trimestre do ano, o que, a par de uma significativa redução do preço dos combustíveis, dos imóveis e das matérias-primas, conduziu a uma redução substancial da taxa de inflação, que de um pico de 4% em Julho se situou nos 1,6% em Dezembro.
Também a taxa de desemprego se deteriorou, ainda que, por agora, ligeiramente, fixando-se nos 7,5%, em Dezembro de 2008.
Nos principais países onde a Inapa opera, o ritmo do crescimento do PIB variou entre os 0,2% em Portugal e os 1,3% verificados na Alemanha, em termos anuais. França e Espanha apresentaram crescimentos de 0,7% e 1,2% respectivamente. A inflação situou-se entre os 2,7% em Portugal e os 4,1% em Espanha, esta última fortemente afectada pelo impacto do preço dos combustíveis e das matérias-primas no 1º semestre do ano.
Os mercados de capitais sofreram o pior desempenho das últimas décadas com desvalorizações superiores a 50% na generalidade das principais bolsas mundiais, reflexo da desconfiança instalada nos mercados financeiros, e das dificuldades sentidas por algumas das maiores empresas e instituições financeiras mundiais.
O sector Europeu de distribuição de papel manteve estruturalmente a tendência iniciada em 2007, com o consumo a manter-se estável e os preços médios de venda a aumentarem de uma forma sensível nos papéis revestidos (entre 3% e 5%) e a sofrerem uma ligeira quebra nos papéis não revestidos (-2%).
A continuada redução da capacidade industrial instalada, que em 2008 ultrapassou as 2,5 milhões de toneladas, com particular destaque para a redução de mais de 1,3 Milhões de toneladas de papeis revestidos e de mais de 850 mil toneladas de papeis não revestidos. Este fenómeno tem vindo a permitir reequilibrar o mercado, e demonstra a sensibilização do sector para a necessidade imperativa de sustentar os preços e aumentar as rentabilidades.
O enquadramento vivido em 2008, veio demonstrar a cada vez maior necessidade da área de distribuição de papel, não só para os clientes, permitindo-lhes aceder a uma oferta diversificada e alternativa de papéis, em condições de preço e qualidade competitivas, e com um nível de serviço reforçados, mas também aos produtores, permitindo-lhes contar com um interlocutor mais profissional e conhecedor das necessidades dos clientes finais e consequentemente uma melhor programação da sua produção, mitigando o risco de stocks excessivos e incumprimentos.
A abertura do sector da distribuição de papel a outras áreas complementares de serviços aos seus clientes, parece ter sido uma tendência que se consolidou durante o ano de 2008, nomeadamente nas áreas de logística e transporte, materiais de embalagem, comunicação visual entre outras.
A Inapa apresentou em Maio de 2007 o seu plano estratégico Inapa 2010, que lançou as bases para a sua recuperação económica e financeira, aí se definindo os princípios orientadores e as linhas estratégicas a implementar até ao final de 2010.
O Inapa 2010 que identifica as oportunidades de negócio a prosseguir e os catalisadores para a melhoria da rentabilidade dos capitais como garantes da sustentabilidade do negócio assenta sobre 3 vectores principais:
Os pontos seguintes referem os passos concretizados no decurso do exercício em apreço.
A orientação estratégica acolhida no Plano 2010 assenta no reforço da posição competitiva nos mercados onde a Inapa detém posições de liderança, neles concentrando os meios financeiros, humanos e de gestão disponíveis.
Após o encerramento da operação em Itália em 2007, no exercício em curso procedeu-se à focagem da Inapa Luxemburgo no segmento Office tendo em vista explorar as sinergias da gestão logística daquele mercado com os mercados francês e belga.
A procura da melhoria constante em busca de maiores graus de eficiência que nos permitam atingir melhores desempenhos, constitui um segundo eixo da estratégia a médio prazo.
A consecução deste objectivo assenta, desde logo, na melhoria da rentabilidade das vendas mediante a adequação da estrutura comercial à evolução das necessidades do mercado a par da melhoria do mix de vendas.
Em simultâneo, os programas lançados de melhoria de eficiência operacional permitiram reforçar o efeito positivo antes referido. Com efeito, nos dois últimos exercícios, em termos consolidados, a poupança dos custos operacionais atingiu os 7,2 M€, dos quais 0,6 M€ em 2008. Para esta evolução contribuiu a coordenação ao nível do Grupo das áreas não comerciais, designadamente comunicações e sistemas, seguros e serviços partilhados ao nível ibérico e entre França, Bélgica e Luxemburgo.
Os custos operacionais considerando o mesmo perímetro societário evidenciaram um decréscimo de 5,5% face a 2007.
O plano Inapa 2010 contempla ainda um conjunto de acções que visam a optimização dos recursos utilizados e dos capitais afectos à actividade.
No decorrer do ano de 2008 prosseguiu-se o plano de desinvestimento em activos não estratégicos iniciado em 2007. O montante dos capitais libertos ascendeu a 4,25 milhões de euros, decorrente da venda de participações financeiras e de armazéns.
A retracção no mercado imobiliário inviabilizou a alienação de outros activos imobiliários em condições interessantes para a Inapa tendo o encaixe efectivo ficado aquém do objectivo de desinvestimento em activos não estratégicos traçado para 2008. No entanto, os esforços realizados e as diligências ainda em curso, abrem perspectivas favoráveis à recuperação em 2009 do atraso no programa de alienação de activos.
O ano de 2008 foi também um ano de investimento nos negócios com maior potencial de crescimento e rentabilidade de modo a reduzir o peso do negócio do papel assegurando níveis competitivos de rentabilidade. A execução desta linha estratégica concretizou-se mediante a aquisição dos remanescentes 67,5% do capital da Logistipack SAS, sociedade francesa líder na distribuição por catálogo de material de embalagem e da totalidade do capital da Complott Art-Vertrieb, GmbH empresa alemã de distribuição de materiais de Comunicação Visual.
Cumprir com rigor, como tem vindo a ocorrer, o Plano Inapa 2010 é o compromisso que o Conselho de Administração assumiu perante os seus accionistas, promovendo desta forma a criação de valor. Este continuará a ser o principal objectivo da Gestão da Inapa.
Ainda que na análise da situação económico-financeira do Grupo e seu desempenho, no exercício transacto, sobreleve a abordagem consolidada, não pode o Conselho neste seu relatório, deixar de apresentar uma análise ainda que sumária, da actividade e do desempenho da sociedade em termos individuais.
A Inapa – IPG enquanto sociedade de domínio de um conjunto de empresas operacionais, nas áreas da distribuição do papel, de material de embalagem, de comunicação visual e de consumíveis gráficos e de escritório, para além de coordenar as actividades destas suas filiais, incumbe-lhe muito especialmente definir a politica estratégica do Grupo.
A actividade da Inapa - IPG estendeu-se ainda às seguintes áreas de intervenção:
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Relatório & Contas 2008
Relatório do Conselho de Administração
Do ponto de vista económico-financeira importa realçar que a sociedade encerrou o exercício com um resultado líquido negativo de 96 milhares de euros o que corresponde a uma melhoria muito substancial face aos 10 362 milhares de euros negativos verificados em 2007. Esta evolução reflecte não só a redução dos custos operacionais decorrentes da reestruturação ocorrida mas também da redução dos encargos financeiros no período.
A prestação de serviços e os proveitos suplementares alcançados por esta sociedade atingiram, em 2008, os 11.919 milhares de euros justificados pelos rendimentos decorrentes dos serviços prestados às subsdiárias e da gestão de compras e marcas. O resultado operacional neste mesmo exercício ascendeu a 6.814 milhares de euros.
A situação líquida era, a 31 de Dezembro de 2008, de 151.371 milhares de euros para um total do activo liquido de 357.788 milhares de euros.
O valor das vendas atingiu os 1.044 milhões de euros o que representou uma ligeira redução de 0,6% face a 2007, pese embora a redução de 4,3% do volume de vendas para as 983,7 mil toneladas reflectindo a contracção da Economia Europeia e a crise internacional.
O bom desempenho das vendas é resultado de 4 factores fundamentais:
A margem bruta melhorou 0,1 p.p. para os 17,6% o que demonstra o cada vez maior enfoque na rentabilidade das vendas. Acresce a este facto, a circunstância desta margem ter sido alcançada com um volume de vendas 4,3% inferior, o que corresponde a dizer que a margem bruta por tonelada aumentou 4,1%.
Os custos operacionais, considerando o mesmo universo de participações, reduziram-se 5,5 milhões de euros, cumprindo desta forma o compromisso assumido de diminuição dos custos operacionais que a preços reais se reduziram 5,5%.
Este desempenho é ainda mais relevante quando considerada a diminuição desta rubrica em 2007 de 4%. Em termos consolidados esta redução foi mesmo assim de 0,6 milhões de euros, isto é a preços reais, -2,4%.
Os custos com o pessoal reduziram-se 3,2 milhões de euros resultado dos ajustamentos e optimizações realizadas no decurso do ano. Considerando o mesmo perímetro de participadas esta redução foi de 3,8 milhões de euros, 5%. Por contraponto os custos de transporte aumentaram 2 milhões de euros (4,4%), como reflexo do elevado preço dos combustíveis que se registou até Setembro.
As provisões do exercício situaram-se nos 3,9 milhões de euros, reflectindo uma política mais conservadora na provisão para clientes e existências e, ajustamentos às novas condicionantes macroeconómicas e sectoriais.
O EBITDA recorrente atingiu os 41,6 milhões de euros, uma subida de 0,5% face a 2007, fixando-se nos 4% das vendas (+ 0,1 p.p vs 2007).
Os custos não recorrentes fixaram-se nos 1,9 milhões de euros, o que representou uma redução de 76% face a 2007, reflectindo a finalização dos processos de reestruturação entretanto implementados.
As amortizações situaram-se nos 6,7 milhões de euros, 4,9% acima de 2007, resultado da entrada no perímetro de consolidação de novas empresas nas áreas de material de embalagem e comunicação visual. Numa base pró-forma mantiveram-se estáveis.
Os resultados operacionais (EBIT) aumentaram 22,3% atingindo os 32,9 milhões de euros. A melhoria de 6 milhões de euros nos resultados operacionais é uma consequência dos ganhos de eficiência operacional e da redução dos custos não recorrentes.
Inapa 034
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Relatório & Contas 2008
Relatório do Conselho de Administração
A função financeira melhorou 3,4 milhões de euros, resultado da redução do passivo médio anual em mais de 100 milhões de euros, pese embora o significativo aumento das taxas de juro verificado até Setembro. A descida ocorrida no último trimestre não permitiu que o custo médio do passivo permanecesse ao nível verificado em 2007, tendo subido 50bp.
O resultado líquido fixou-se nos 1,1 milhões de euros, correspondendo ao cumprimento do estabelecido no Plano Inapa 2010, que previa o retorno aos resultados líquidos positivos no final de 2008.
A situação líquida da Inapa aumentou 2,1 milhões de euros atingindo os 150,3 milhões de euros, colocando o valor contabilístico das acções em 1 euro.
Os mercados de capitais viveram em 2008 o pior ano das últimas 6 décadas. A crise de dimensões nunca antes verificadas e que abalou profundamente todo o sector financeiro mundial e suas instituições, foi responsável pela queda sensível dos mercados.
Os principais índices mundiais apresentaram quedas superiores a 30%, com o Cac40 e o Dax a registarem descidas superiores a 40%.
Neste contexto fortemente negativo o mercado português não passou naturalmente incólume, tendo o seu índice mais representativo – PSI20 – registado uma descida de 51,29%.
Os volumes transaccionados no mercado português decresceram também substancialmente para os 54,9 mil milhões de euros (- 45% face a 2007). Na envolvente anteriormente descrita, as acções da Inapa apresentaram um comportamento substancialmente melhor ao nível dos volumes e montantes negociados e em linha com o mercado em termos da evolução das cotações.
O volume transaccionado atingiu os 185,9 milhões de acções o que representou um aumento de 210% face a 2007, sendo certo que em 2007 o volume transaccionado já tinha crescido mais de 7 vezes relativamente ao ano anterior, o que corresponde a dizer que de 2006 para 2008 o volume transaccionado cresceu 22 vezes.
Este facto francamente invulgar, demonstra do nosso ponto de vista um substancial aumento de interesse pelas acções da Inapa, por parte de um conjunto cada vez mais alargado de investidores.
Acresce ainda que sendo o capital social da Inapa-Investimentos, Participações e Gestão, SA, representado por 150 milhões de acções, o volume transaccionado representa uma rotação de 1,24 vezes o total de acções cotadas. Considerando apenas o "free float" (cerca de 44% do capital social) a rotação alcançou 2,8 vezes.
Em termos de valor transaccionado a Inapa atingiu os 139 milhões de euros, o que representou um crescimento de 21% face a 2007.
Fonte: Euronext
Este aumento é ainda mais relevante dado que em 2007 o valor transaccionado já tinha aumentado 390% face a 2006.
A cotação acompanhou a tendência dos mercados e designadamente do índice PSI20, tendo fechado o ano a 0,34 euros por acção, o que correspondeu a uma queda de 63% face a 2007.
A Inapa continuou a ser acompanhada em termos de análise económico-financeira pelo Banco Português de Investimento e pela Caixa Banco de Investimento, que durante o ano de 2008, emitiram relatórios de análise com recomendações de compra com um substancial potencial de valorização.
Dando continuidade à preocupação do Conselho de Administração de acesso à informação por parte dos pequenos accionistas, garantindo que esta lhes chega de uma forma célere e atempada e em igualdade de circunstâncias com os demais agentes de mercado, foi criado o Circulo de Accionistas Inapa.
Esta iniciativa única em Portugal tem como principais objectivos:
Com esta acção a Inapa posiciona-se na vanguarda das melhores práticas internacionais nestas matérias, dando mais um passo no sentido de se afirmar como uma referência também nos mercados de capitais.
A informação continuou a ser uma das maiores preocupações do Conselho de Administração, que através das apresentações de resultados anuais e semestrais, da divulgação dos resultados trimestrais, e da demais informação relevante, manteve o mercado e os seus agentes devida e atempadamente informados.
Para que esta comunicação chegasse a todos os agentes de mercado e ao público em geral, em tempo oportuno e de fácil acesso, cumpre referir o trabalho e colaboração dos meios de comunicação social, para quem a Inapa esteve sempre disponível quer através do Presidente da sua Comissão Executiva, quer através da sua área de Relações com os Investidores. É nosso objectivo continuar a estar na linha da frente das melhores práticas de relações com os mercados e seus investidores, bem como em termos de Governo Societário.
No decorrer do ano de 2008 a sociedade não alienou ou adquiriu quaisquer acções próprias, pelo que o exercício terminou sem que existissem quaisquer acções próprias em carteira.
| Inapa 036 | |
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| Relatório do Conselho |
| de Administração |
Não ocorreram durante o exercício em apreço quaisquer negócios entre a sociedade e qualquer um dos seus administradores, acrescendo ainda que à Sociedade não foi solicitada qualquer autorização nesse sentido.
Após o encerramento do exercício ocorreram alguns factos que merecem destaque:
O cenário macroeconómico para 2009 caracteriza-se pela incerteza e volatilidade, com os principais organismos internacionais a perspectivarem taxas de crescimento negativas para a generalidade das economias europeias.
A queda do preço do petróleo, e das matérias-primas, iniciada no ano findo, traduzir-se-á seguramente numa descida da inflação, na zona Euro, para valores abaixo dos 2%, o que a par das taxas de juro baixas, após as quedas substanciais verificadas no último trimestre de 2008 e princípio de 2009, aliviará os orçamentos das empresas e das famílias, permitindo desta forma alguma sustentação do consumo privado e do investimento.
Admite-se um aumento da actividade económica para o último trimestre de 2009, com a retoma do crescimento possivelmente a acontecer na sua plenitude em 2010, nomeadamente como resultado dos massivos pacotes de apoio destinados ao desenvolvimento das economias e à política bastante agressiva das autoridades monetárias.
O sector do papel deverá continuar a registar algumas mudanças estruturais com vista ao equilíbrio entre a oferta e a procura a par da melhoria dos seus níveis de eficiência e rentabilidade.
Face ao difícil cenário macro-económico e às dificuldades que enfrentam os principais produtores europeus de papel, para o próximo ano antecipa-se:
No sector da distribuição de papel, perspectiva-se para 2009 alguma redução dos volumes transaccionados, reflexo directo da envolvente macroeconómica, com a manutenção dos preços dos papéis revestidos a par de um ligeiro ajustamento do preço médio dos papéis Office e não revestidos.
A concorrência manter-se-á forte, sendo inclusive de prever novos movimentos corporativos de consolidação, mediante parcerias ou swaps de activos.
No que se refere ao desempenho operacional e após o esforço efectuado na busca da melhoria de eficiência e rentabilidade, a diminuição do custo dos combustíveis deverá permitir reduções ao nível dos custos logísticos e de transporte, reforçando a tendência de melhoria do desempenho dos principais operadores.
A Inapa, prosseguirá a execução do seu plano estratégico Inapa 2010, assumindo para 2009 desafios ambiciosos, designadamente no quadro macroeconómico referido.
Neste particular, a implementação de medidas que visam a melhoria da eficiência operacional e a redução dos capitais circulantes, merecerão particular atenção, a par da contínua melhoria da eficiência e rentabilidade dos capitais afectos.
Particular ênfase será dado ao desenvolvimento dos negócios complementares de comercialização de material de embalagem, de comunicação visual e logística, e da consolidação da venda de consumíveis gráficos e de escritório.
O reforço da presença no mercado angolano, através da Inapa Angola, constituída em finais de 2008, será outro dos catalisadores do desempenho do Grupo mediante uma oferta alargada de produtos e aconselhamento técnico.
Para além da redução dos capitais circulantes, o desinvestimento em activos excedentários, que deverá continuar de acordo com o planeado, a par dos meios libertos pela exploração permitirá sustentar o esforço de redução da dívida remunerada.
Propomos que os resultados líquidos da Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA no montante de -96.110,92 euros, sejam levados à conta de Resultados Transitados.
Para cumprimento do disposto no nº1, alínea c) do artº 245 do Código de Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração da Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação contida no Relatório de Gestão, nas contas anuais, na certificação legal de contas e nos demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento referentes a 31 de Dezembro de 2008, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da sociedade e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios sociais, do desempenho e da posição desta sociedade e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que tais empresas se defrontam.
Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha Presidente do Conselho de Administração
Jorge Armindo Carvalho Teixeira
Vice-Presidente do Conselho de Administração
Administrador e Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração
Administrador e Vogal da Comissão Executiva do Conselho de Administração
Administrador e Presidente da Comissão de Auditoria
Administrador e Vogal da Comissão de Auditoria
Administrador e Vogal da Comissão de Auditoria
Administrador.
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Relatório & Contas 2008
Relatório do Conselho de Administração
Relatório & Contas 2008
Contas Individuais
"Crescer é evoluir... procurar o sucesso, desenvolver ideias, superar os objectivos." Contas individuais
Inapa 042
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Relatório & Contas 2008
Contas Individuais
(Montantes expressos em milhares de Euros)
| 31 de Dezembro 2007 | ||||
|---|---|---|---|---|
| ACTIVO IMOBILIZADO | Activo bruto | Amortizações e ajustamentos |
Activo líquido | Activo líquido |
| Imobilizações incorpóreas: | ||||
| Despesas de instalação | 3.273 | 1.091 | 2.182 | 3.245 |
| Despesas de investigação e desenvolvimento | 45 | 18 | 27 | 36 |
| Propriedade industrial e outros direitos | 48 | 36 | 12 | 16 |
| Imobilizações em curso | - | - | - | - |
| 3.366 | 1.145 | 2.221 | 3.297 | |
| Imobilizações corpóreas: | ||||
| Terrenos e recursos naturais | - | - | - | - |
| Edifícios e outras construções | - | - | - | 336 |
| Equipamento básico | 9 | 2 | 7 | 4 |
| Equipamento de transporte | 16 | 16 | - | - |
| Equipamento administrativo | 238 | 176 | 61 | 17 |
| Outras imobilizações corpóreas | 4 | 1 | 3 | 59 |
| 267 | 196 | 71 | 417 | |
| Investimentos financeiros: | ||||
| Partes de capital em empresas do grupo | 226.342 | - | 226.342 | 217.712 |
| Títulos e outras aplicações financeiras | 141 | 125 | 17 | 17 |
| Outros empréstimos concedidos | 7.628 | - | 7.628 | 7.628 |
| Imobilizações em curso | - | - | - | - |
| Adiantamentos por conta de investimentos financeiros | 25.961 | - | 25.961 | 25.961 |
| 260.073 | 125 | 259.948 | 251.318 | |
| circulante | ||||
| Dívidas de terceiros-Médio e longo prazo: | ||||
| Empresas do grupo | 24.517 | - | 24.517 | 28.198 |
| Outros devedores | 16.695 | - | 16.695 | 16.695 |
| 41.212 | - | 41.212 | 44.893 | |
| Dívidas de terceiros-Curto prazo: | ||||
| Clientes, c/c | 1.331 | - | 1.331 | 1.948 |
| Clientes de cobrança duvidosa | - | - | - | - |
| Empresas do grupo | 32.158 | - | 32.158 | 41.420 |
| Adiantamentos a fornecedores | 31 | - | 31 | 31 |
| Empresas participadas e participantes | - | - | - | - |
| Estado e outros entes públicos | 699 | - | 699 | 2.489 |
| Outros devedores | 4.063 | - | 4.063 | 3.545 |
| 38.282 | - | 38.282 | 49.433 | |
| Títulos negociáveis: | ||||
| Outros títulos negociáveis | 5.502 | - | 5.502 | 5.502 |
| 5.502 | - | 5.502 | 5.502 | |
| Depósitos bancários e caixa: | ||||
| Depósitos bancários | 179 | - | 179 | 80.094 |
| Caixa | 4 | - | 4 | 82 |
| 183 | - | 183 | 80.176 | |
| Acréscimos e diferimentos: | ||||
| Acréscimos de proveitos | 6.042 | - | 6.042 | 6.311 |
| Custos diferidos | 1.618 | - | 1.618 | 2.165 |
| Impostos diferidos | 2.709 | - | 2.709 | 2.588 |
| 10.370 | - | 10.370 | 11.065 | |
| total do activo | 359.254 | 1.465 | 357.788 | 446.101 |
| Capital Próprio e Passivo | 31 de Dezembro 2008 | 31 de Dezembro 2007 |
|---|---|---|
| capital próprio |
||
| Capital | 150.000 | 150.000 |
| Acções próprias - Valor nominal | - | - |
| Acções próprias - Descontos e prémios | - | - |
| Prémios de emissão de acções | 2.937 | 2.937 |
| Ajustamento de partes de capital em empresas do grupo e associadas | 1.167 | -253 |
| Reservas: | ||
| Reservas legais | 7.500 | 7.500 |
| Outras reservas | 225 | 225 |
| Resultados transitados | -10.362 | 0 |
| 151.467 | 160.410 | |
| Resultado líquido do exercício | -96 | -10.362 |
| total do capital próprio | 151.371 | 150.048 |
| passivo | ||
| Dívidas a terceiros-Médio e longo prazo: | ||
| Empréstimos por obrigações - Não convertíveis | 36.750 | - |
| Dívidas a instituições de crédito | 22.729 | - |
| Provisões para outros riscos e encargos | 100 | - |
| Empresas do Grupo | 1.414 | - |
| Outros Credores | 1.432 | 97.940 |
| 62.425 | 97.940 | |
| Dívidas a terceiros-Curto prazo: | ||
| Empréstimos por obrigações - Não convertíveis | - | 77.295 |
| Dívidas a instituições de crédito | 137.120 | 112.616 |
| Fornecedores, c/c | 313 | 362 |
| Empresas do grupo | 10 | 3 |
| Outros accionistas | 11 | 11 |
| Fornecedores de imobilizado, c/c | - | 1.207 |
| Estado e outros entes públicos | 193 | 106 |
| Outros credores | 5.430 | 3.998 |
| 143.077 | 195.599 | |
| Acréscimos e diferimentos: | ||
| Acréscimos de custos | 915 | 2.514 |
| 915 | 2.514 | |
| total do passivo | 206.417 | 296.053 |
| total do capital próprio e do passivo | 357.788 | 446.101 |
Inapa 044
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Relatório & Contas 2008
Contas Individuais
| (Montantes expressos em milhares de Euros) | ||||
|---|---|---|---|---|
| 31 de Dezembro 2008 | 31 de Dezembro 2007 | |||
| custos e PER Das |
||||
| Fornecimentos e serviços externos | 842 | 958 | ||
| Custos com o pessoal: | ||||
| Remunerações | 1.677 | 1.919 | ||
| Encargos sociais: | ||||
| Pensões | - | 100 | ||
| Outros | 632 | 1.029 | ||
| Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo | 1.170 | 30 | ||
| Provisões | 100 | - | ||
| Impostos | 484 | 492 | ||
| Outros custos e perdas operacionais | 199 | 565 | ||
| (A) | 5.105 | 5.093 | ||
| Juros e custos similares: | ||||
| Perdas em empresas do grupo e associadas | 2.431 | 15.543 | ||
| Outros | 14.185 | 13.900 | ||
| (C) | 21.721 | 34.535 | ||
| Custos e perdas extraordinários | 166 | 562 | ||
| (E) | 21.888 | 35.097 | ||
| Imposto sobre o rendimento do exercício | -112 | -2.584 | ||
| (G) | 21.776 | 32.513 | ||
| Resultado líquido do exercício | -96 | -10.362 | ||
| 21.680 | 22.151 | |||
| proveito s e ganhos |
||||
| Prestação de serviços | 3.995 | 4.281 | ||
| Proveitos suplementares | 7.925 | 8.204 | ||
| (B) | 11.919 | 12.485 | ||
| Ganhos em empresas do grupo e associadas | 5.691 | 4.067 | ||
| Rendim. títul. negociáv. e de outros títulos de participação: | ||||
| Outros | 527 | 508 | ||
| Outros juros e proveitos similares: | ||||
| Outros | 2.441 | 2.338 | ||
| (D) | 20.578 | 19.398 | ||
| Proveitos e ganhos extraordinários | 1.101 | 2.753 | ||
| (F) | ||||
| 21.680 | 22.151 | |||
| resumo | ||||
| Resultados operacionais: (B) - (A) = | 6.814 | 7.392 | ||
| Resultados financeiros: (D-B) - (C-A) = | -7.957 | -22.529 | ||
| -1.143 | -15.137 | |||
| Resultados correntes: (D) - (C) = | ||||
| -208 | -12.946 | |||
| Resultados antes de impostos: (F) - (E) = | ||||
| -96 | -10.362 | |||
| Resultado líquido do exercício: (F) - (G) = |
| (Montantes expressos em milhares de Euros) | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Vendas e prestações de serviços | 3.995 | 4.281 |
| Custo das vendas e das prestações de serviços | -3.563 | -3.171 |
| Resultados brutos | 431 | 1.110 |
| Outros proveitos e ganhos operacionais | 9.026 | 10.956 |
| Custos de distribuição | - | - |
| Custos administrativos | -759 | -865 |
| Outros custos e perdas operacionais | -949 | -1.619 |
| Resultados operacionais | 7.750 | 9.583 |
| Custo líquido de financiamento | -11.217 | -29.079 |
| Ganhos (perdas) em filiais e associadas | 3.260 | 6.550 |
| Ganhos (perdas) em outros investimentos | - | - |
| Resultados não usuais ou não frequentes | - | - |
| Resultados correntes | -208 | -12.946 |
| Impostos sobre os resultados correntes | 112 | 2.584 |
| Resultados correntes após impostos | -96 | -10.362 |
| Resultados extraordinários | - | - |
| Impostos sobre os resultados extraordinários | - | - |
| Resultados líquidos | -96 | -10.362 |
| Resultados por acção (a) | -0,001 | -0,38 |
(a) O número médio ponderado de acções em circulação considerado em 2008 foi de 150.000.000 de acções e em 2007 foi de 27.222.373 de acções.
Inapa 046
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Relatório & Contas 2008 -
Contas Individuais
Método directo (Montantes expressos em milhares de Euros) 2008 2007 fluxos de caixadas actividades operacionais Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Fluxos gerados pelas operações Pagamento do imposto sobre o rendimento Recebimento do imposto sobre o rendimento Outros recebimentos relativos à actividade operacional Outros pagamentos relativos à actividade operacional Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias Fluxos de caixa das actividades operacionais Fluxos de caixadas actividades de investimento Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Juros e proveitos similares Empréstimos concedidos Adiantamentos para despesas de conta de terceiros Pagamentos respeitantes a : Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Imobilizações incorpóreas Empréstimos concedidos Adiantamentos para despesas de conta de terceiros Fluxos de caixa das actividades de investimento Fluxos de caixadas actividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos Aumentos de capital e prémio de emissão Aplicações de tesouraria Pagamentos respeitantes a : Empréstimos obtidos Juros e custos similares Aplicações de tesouraria Fluxos de caixa das actividades de financiamento Variação de caixa e seus equivalentes Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período 3.373 -607 -2.622 144 - 113 14.322 -33.219 -18.641 - - -18.641 - 280 2.752 14.400 - 17.431 -96.784 -111 - 34 -15.853 - -112.781 -95.350 58.284 - - 58.284 -12.504 -14.575 - -27.079 31.205 -82.786 - -82.786 64.560 -18.226 -82.786 1 2 3 1+2+3 2.154 -1.950 -2.055 -1.851 -456 - 12.543 -6.291 3.945 - - 3.945 4.365 2.350 506 - - 7.221 -1.397 -12 -3.189 - - -4.599 2.622 132.000 122.763 227 254.990 -134.773 -16.305 - 2 -151.081 103.910 110.477 -1 110.476 -45.917 64.560 110.476
"Conquistar é um desejo... trabalhar para crescer, definir caminhos, atingir resultados."
(Valores expressos em milhares de Euros, excepto quando especificamente referido)
A Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, SA (Inapa - IPG) é a sociedade dominante do Grupo Inapa e tem por objecto social a propriedade e a gestão de bens móveis e imóveis, a tomada de participações no capital de outras empresas, a exploração de estabelecimentos comerciais e industriais próprios ou alheios e a prestação de assistência às empresas em cujo capital participe. A Inapa - IPG encontra-se cotada na Euronext Lisboa.
As demonstrações financeiras do exercício foram preparadas, em todos os seus aspectos materiais, em conformidade com as disposições do Plano Oficial de Contabilidade (POC).
As notas às contas respeitam a ordem estabelecida pelo POC, sendo de referir que os números não indicados neste Anexo não têm aplicação ou não são relevantes.
As presentes demonstrações financeiras apresentam uma derrogação ao POC relacionada com a valorização subsequente do Goodwill, estando esta a ser efectuada de acordo com a Norma Internacional de Relato Financeiro nº 3, conforme descrito na Nota 3 (i).
Os valores constantes das demonstrações financeiras do período findo em 31 de Dezembro de 2008 são comparáveis em todos os aspectos significativos com os valores do período homólogo de 2007.
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos registos contabilísticos da Sociedade. Os principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos adoptados na preparação das demonstrações financeiras são os seguintes:
Os investimentos financeiros em empresas subsidiárias e associadas são valorizados pelo método da equivalência patrimonial.
Os investimentos financeiros registados pelo método da equivalência patrimonial são inicialmente registados pelo custo de aquisição, sendo acrescido ou reduzido pela diferença (Goodwill) entre este valor e a parte proporcional detida do capital próprio das subsidiárias e associadas, ajustado pelo efeito da atribuição do justo valor aos activos e passivos à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. O Goodwill encontra-se registado na rubrica de Partes de capital em empresas do grupo.
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Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras individuais
De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas pelo valor que corresponde à participação detida pela Inapa - IPG nos resultados líquidos das subsidiárias e associadas, pelo que o valor dos dividendos atribuídos por estas empresas é reduzido ao valor do investimento financeiro.
Conforme referido na Nota 1, a Sociedade aplica o disposto na Norma Internacional de Relato Financeiro nº 3 na valorização do Goodwill, subsequente ao seu registo inicial, e de acordo com esta norma o Goodwill não é amortizado, mas é sujeito a testes anuais de imparidade. No caso de ser apurada uma perda por imparidade esta é registada em resultados desse exercício e não pode ser revertida.
Os títulos negociáveis são registados no activo pelo respectivo custo de aquisição. Quando a diferença entre o custo de aquisição dos títulos negociáveis e o respectivo valor de mercado é significativa e se considera ter carácter permanente, é constituído um ajustamento por contrapartida de resultados do exercício. As mais-valias não realizadas, correspondentes à diferença entre o custo de aquisição e o seu valor de mercado, não são reconhecidas.
Os bens adquiridos até 1992 foram objecto de reavaliação, nos termos dos Decretos-Lei nºs 430/78, 219/82, 339-G/84, 118-B/86, 111/88, 49/91 e 264/92. As reservas geradas pelas reavaliações efectuadas nos termos legais, no montante global de 9.251,73 milhares de euros, foram integralmente incorporadas no capital social através de aumentos efectuados em 1986, 1990 e 1997. Os bens adquiridos a partir do exercício de 1992 estão valorizados ao custo histórico.
As amortizações do imobilizado corpóreo são calculadas segundo o método das quotas constantes, utilizando-se para o efeito as taxas definidas na Portaria 737/81, de 29 de Agosto, para os bens adquiridos até Dezembro de 1988, e as taxas previstas no Decreto Regulamentar nº 2/90, de 12 de Janeiro, para os bens adquiridos a partir de Janeiro de 1989, que se consideram representarem satisfatoriamente a vida útil estimada dos bens e são como se segue:
| Equipamento básico | 6,66% - 10% |
|---|---|
| Equipamento de transporte | 20% - 50% |
| Equipamento administrativo | 10% - 12,5% |
O processo de amortização, por duodécimos, tem início no mês do exercício em que o respectivo bem entra em funcionamento.
São principalmente constituídas pelos custos suportados com o processo de reestruturação do Grupo, com os encargos relacionados com o aumento de capital realizado em 2007 e com projectos diversos que têm vindo a ser desenvolvidos, sendo amortizáveis substancialmente em cinco anos, por duodécimos, com início no mês do ano em que são incorridos ou o projecto concluído. As despesas com o aumento de capital social são amortizadas pelo período de três anos.
São registados ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa em função dos riscos de cobrança identificados no final de cada período.
As provisões são reconhecidas, quando e apenas quando, face a uma obrigação presente (legal ou implícita), resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço, e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas dos balanços. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos do exercício.
Os encargos incorridos com a realização de empréstimos de médio e longo prazo são registados na rubrica de custos diferidos e são reconhecidos em resultados, de forma sistemática, ao longo do período contratado do empréstimo.
A Sociedade regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de Acréscimos e diferimentos.
O imposto sobre o rendimento inclui impostos correntes e impostos diferidos. As situações de impostos diferidos são contabilizadas de acordo com o disposto na Directriz Contabilística nº 28 (ver Nota 6).
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica Caixa e seus equivalentes corresponde ao somatório dos saldos de Caixa, Depósitos à ordem e descobertos bancários (ver Nota 48 e)). Esta demonstração foi elaborada pelo método directo.
A Sociedade elabora a Demonstração dos resultados por funções conforme preconizado pela Directriz Contabilística nº 20 (Ver Nota 49).
O resultado por acção é determinado com base no resultado líquido atribuível aos accionistas da Inapa – IPG e no número médio ponderado de acções em circulação.
A partir do exercício de 2003, a Sociedade e suas subsidiárias sedeadas em Portugal são tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC), através do regime especial de tributação de grupos de sociedades, constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 90% e que cumprem as condições previstas no artigo 63º e seguintes do Código do IRC. A Inapa - IPG, como sociedade dominante, é responsável pelo cálculo do lucro tributável do Grupo, através da soma algébrica dos lucros tributáveis e dos prejuízos fiscais apurados nas declarações de rendimentos de cada uma das sociedades dominadas, pertencentes ao Grupo.
O valor do imposto corrente positivo ou negativo é calculado por cada empresa filial com base na sua situação fiscal individual. O eventual ganho ou perda decorrente do regime de tributação consolidada é reconhecido pela Sociedade como proveito ou custo extraordinário no próprio exercício (ver Nota 46).
O pagamento dos impostos sobre lucros é efectuado com base em declarações de autoliquidação que ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pela Administração Fiscal dentro dos quatro anos subsequentes. Caso sejam apurados prejuízos fiscais, estes podem ser utilizados nos seis exercícios seguintes, ficando sujeitos a eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais na sequência de revisões que sejam efectuadas às declarações dos exercícios em que são utilizados.
A Sociedade encontra-se sujeita a IRC à taxa normal de 25%, acrescida pela Derrama que corresponde a uma taxa de 1,5%, resultando uma taxa de imposto agregada de 26,5%. A Derrama é aplicada à matéria colectável antes de dedução de prejuízos fiscais.
São reconhecidas contabilisticamente, se relevantes, as situações de diferimento de impostos. Os impostos diferidos reconhecidos, correspondem a diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos por impostos diferidos são registados quando existam expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada
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Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras individuais
uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos em função da expectativa actual da sua recuperação futura. Os impostos diferidos são registados na demonstração dos resultados, excepto quando relacionados com valores que tenham sido movimentados no capital próprio, facto que implica o seu reconhecimento igualmente no capital próprio.
O valor dos impostos diferidos relativos a 31 de Dezembro de 2008 e 31 de Dezembro de 2007 é o seguinte:
| 31 de Dezembro 2008 | 31 de Dezembro 2007 | Resultado | |||
|---|---|---|---|---|---|
| Base | Imposto diferido | Base | Imposto diferido | do exercício | |
| Imposto diferido activo: | Dr/(Cr) | ||||
| Prejuízos fiscais | 10.837 | 2.709 | 10.352 | 2.588 | -121 |
| Imposto diferido | -121 | ||||
| Imposto corrente | 9 | ||||
| Imposto sobre o rendimento | -112 | ||||
Os impostos diferidos foram calculados sobre o prejuízo fiscal do Grupo de sociedades. À data de 31 de Dezembro de 2008, o montante por utilizar dos prejuízos fiscais do Grupo de sociedades e os anos limites para a sua utilização são so seguintes:
| Ano Prejuízo Fiscal | Valor | Ano limite para dedução |
|---|---|---|
| 2007 | 10.328 | 2013 |
| 2008 | 509 | 2014 |
| 10.837 | ||
Durante o exercício a Sociedade teve ao seu serviço, em média, 24 empregados (2007: 24 empregados).
Ver Notas 3 (iii) e 10.
| 2008 | |
|---|---|
| Resultado antes de impostos | -207,7 |
| Anulação do método da equival. patrimonial | -3.259,6 |
| Outros (a) | -970,2 |
| Prejuízo fiscal | -4.437,5 |
(a) Corresponde essencialmente à anulação do ganho resultante da tributação pelo Grupo de sociedades (ver Nota 6).
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, os movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado foram os seguintes:
| Saldo inicial | Aumentos | Alienações | Transferências e abates | Saldo final | |
|---|---|---|---|---|---|
| Imobilizações incorpóreas | |||||
| Despesas de instalação | 3.245,5 | 27,6 | - | - | 3.273,0 |
| Despesas de investigação e desenvolvimento | 45,0 | - | - | - | 45,0 |
| Propriedade industrial e outros direitos | 47,5 | 0,2 | - | - | 47,7 |
| 3.338,0 | 27,7 | - | - | 3.365,7 | |
| Imobilizações corpóreas | |||||
| Edifícios e outras construções | 336,0 | - | -336,0 | - | - |
| Equipamento básico | 21,9 | 4,7 | - | -17,7 | 9,0 |
| Equipamento de transporte | 17,7 | - | - | -1,3 | 16,4 |
| Equipamento administrativo | 496,8 | 87,8 | - | -346,9 | 237,7 |
| Outras imobilizações corpóreas | 65,1 | - | - | -61,3 | 3,8 |
| 937,6 | 92,4 | -336,0 | -427,2 | 266,8 | |
| Investimentos financeiros | |||||
| Partes de capital em empresas do grupo (ver Nota 16) | 217.712,2 | 4.949,3 | - | 3.680,9 | 226.342,4 |
| Títulos e outras aplicações financeiras | 141,4 | - | - | - | 141,4 |
| Outros empréstimos concedidos | 7.628,0 | - | - | - | 7.628,0 |
| Adiantamentos por conta de investimentos financeiros | 25.961,1 | - | - | - | 25.961,1 |
| 251.442,7 | 4.949,3 | - | 3.680,9 | 260.073,0 | |
| Saldo inicial | Reforço | Regularizações | Saldo final | |
|---|---|---|---|---|
| Imobilizações incorpóreas | ||||
| Despesas de instalação | - | 1.090,9 | - | 1.090,9 |
| Despesas de investigação e desenvolvimento | 9,0 | 9,0 | - | 18,0 |
| Propriedade industrial e outros direitos | 32,0 | 3,7 | - | 35,7 |
| 41,0 | 1.103,6 | - | 1.144,6 | |
| Imobilizações corpóreas | ||||
| Equipamento básico | 17,8 | 1,2 | -16,7 | 2,2 |
| Equipamento de transporte | 17,7 | - | -1,3 | 16,4 |
| Equipamento administrativo | 479,5 | 39,0 | -342,2 | 176,2 |
| Outras imobilizações corpóreas | 5,9 | 0,4 | -5,1 | 1,1 |
| 520,9 | 40,5 | -365,4 | 196,0 | |
| Investimentos financeiros | ||||
| Títulos e outras aplicações financeiras | 124,7 | - | - | 124,7 |
| 124,7 | - | - | 124,7 |
-
-
O movimento ocorrido na rubrica Partes de capital em empresas do grupo resulta (i) da aplicação do método da equivalência patrimonial, a que correspondeu um acréscimo no montante de 4.679 milhares de euros, (ii) do aumento da participação na Medialivros – Actividades Editoriais, SA via aumento de capital, de 39,3% para 40,5%, a que correspondeu um acréscimo no montante de 270 milhares de euros e (iii) da reclassificação das prestações suplementares concedidas à Gestinapa no montante de 3.681 milhares de euros da rubrica de empresas do grupo (m.l.p.) (ver Notas 16 e 40).
O saldo da rubrica de Outros empréstimos concedidos corresponde ao valor das Junior Notes subscritas no âmbito da operação de titularização de saldos a receber de clientes efectuada por diversas empresas do Grupo Inapa.
A rubrica de Adiantamentos por conta de investimentos financeiros, regista os valores dos adiantamentos efectuados à Gestinapa - SGPS, SA a utilizar para subscrição de futuros aumentos de capital a realizar nesta Sociedade.
Conforme referido na Nota 3 (i), o Goodwill apurado no decurso da aplicação do método da equivalência patrimonial encontrase registado na rubrica de Partes de capital em empresas do grupo. O Goodwill pela Inapa –IPG, juntamente com o restante Goodwill registado nas contas consolidadas do Grupo Inapa, foi atribuído no seu conjunto a cada um dos diversos segmentos de negócio do Grupo e a sua imparidade foi testada igualmente tendo em consideração cada segmento de negócio no conjunto do Grupo. Assim, na sequência do registo em 2006 de uma imparidade ao conjunto do Goodwill do Grupo, não foi praticável quantificar o montante do Goodwill incluído na rubrica acima mencionada.
O Grupo procede anualmente ao cálculo do valor recuperável dos activos e passivos associados à actividade dos vários segmentos de negócio, através da determinação do valor de uso, de acordo com o método de " discounted cash flow".
Os valores dos cálculos foram suportados pelas expectativas do desenvolvimento do mercado, tendo sido elaboradas projecções de "cash flows" futuros, baseados em planos de médio e de longo prazo aprovados pelo Conselho de Administração que abrangem um período até 2013. As projecções de fluxos de caixa para além do período do plano são extrapoladas, utilizando as taxas de crescimento estimadas apresentadas abaixo. A taxa de crescimento não excede a taxa média de crescimento a longo prazo das diversas actividades.
Os gestores determinam a margem bruta orçada com base na performance passada e nas suas expectativas para o desenvolvimento do mercado. A taxa de crescimento média ponderada utilizada é consistente com as previsões incluídas nos relatórios do sector. As taxas de desconto utilizadas são depois de impostos e reflectem riscos específicos relacionados com os segmentos relevantes.
Os pressupostos que serviram de base à valorização do Goodwill foram os seguintes:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Taxa de crescimento das vendas (na perpetuidade) | 2% | 2% |
| Margem EBITDA ( Distribuição) | 4,6% | 4,6% |
| Taxa de inflação | 2,5% | 2,5% |
| Taxa de desconto após imposto | 7,7% | 7,5% |
| Taxa de desconto antes de imposto | 9,3% | 9% |
Ver Nota 3 (ii).
A nossa maior conquista em 2008 foi a
Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a informação financeira relativa a empresas do Grupo e associadas era como se segue:
| 2008 | 2007 | ||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Partes de capital em empresas do Grupo |
Sede | Activo* | Capital próprio* |
Resultado líquido* |
% participação |
Resultado apropriado |
Valor de balanço |
% participação |
Valor de balanço |
| a) Portuguesas | |||||||||
| Gestinapa - SGPS, SA | Lisboa | 182.188,3 | 122.633,1 | -985,8 | 100,0% | -884,4 | 106.508,8 | 100,0% | 102.827,9 |
| Medialivros - Actividades | |||||||||
| Editoriais, SA | Lisboa | - | - | -584,4 | 40,5% | -232,0 | 787,5 | 39,3% | 517,4 |
| -1.116,4 | 107.296,3 | 103.345,3 | |||||||
| b) Estrangeiras | |||||||||
| Inapa France, SA | França | 226.324,2 | 142.240,2 | -1.993,0 | 100,0% | -1.315,0 | 235.245,1 | 100,0% | 235.245,1 |
| Inapa Deutschland, GmbH | Alemanha | 152.290,7 | 67.173,5 | -4.039,1 | 47,0% | 4.325,0 | 72.000,0 | 47,0% | 72.000,0 |
| Inapa Switzerland | Suiça | 24.365,7 | 20.924,7 | 1.682,7 | 32,5% | 1.366,0 | 5.123,1 | 32,5% | 5.123,1 |
| 4.376,0 | 312.368,2 | 312.368,2 | |||||||
| Ajuste pela aplicação do método da equivalência patrimonial |
-193.322,1 | -198.001,0 | |||||||
| 3.259,6 | 226.342,4 | 217.712,5 | |||||||
* Informação relativa às demonstrações financeiras estatutárias
O resultado apropriado foi apurado após os ajustamentos de regularização no âmbito da aplicação do método da equivalência patrimonial.
Em 31 de Dezembro de 2008 os saldos a pagar ao Pessoal ascendem a 259,4 milhares de euros, (2007: 307,4 milhares de euros) sendo relativos a férias, subsídios de férias e correspondentes encargos, que serão pagos em 2009. Os saldos a receber ascendem a 30,1 milhares de euros ( 2007: 3,2 milhares de euros).
Na Assembleia Geral de 31 de Maio de 2007, foi aprovada a extinção do regime de complemento de pensões de reforma para os administradores, sendo que as responsabilidades da Inapa – IPG naquela data estavam cobertas pelo fundo para o efeito constituído. Assim, em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, não se encontra registado qualquer montante relacionado com este regime de complemento de pensões de reforma, não tendo a Sociedade assumido quaisquer outras responsabilidades com benefícios por reforma.
A Sociedade prestou várias garantias bancárias, através de diversas instituições financeiras, no valor total de 130.500 milhares de euros, a favor de (i) Inapa France, SAS (6,5 milhões de euros) e, (ii) para efeitos de emissão de papel comercial (124 milhões de euros). Adicionalmente foi prestada uma garantia bancária, de carácter operacional e a favor de terceiros no montante de 2.822 milhares de euros.
| Inapa 056 | |
|---|---|
| ----------- | -- |
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Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras individuais
| Saldo inicial | Aumento | Redução | Saldo final | |
|---|---|---|---|---|
| Provisão para outros riscos e encargos (ver Nota 51) | 0 | 100 | 0 | 100 |
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, o capital social era representado por 150.000.000 de acções ordinárias com o valor nominal de 1,00 euro cada.
O capital social encontra-se integralmente subscrito e realizado.
Com excepção da Parpública – Participações Públicas, SGPS, SA, que detinha 49.084.738 acções que correspondiam, a 31 de Dezembro de 2008, a 32,72 % do capital e dos direitos de voto, da Cofihold – SGPS, SA, que detinha 6.494.896 acções correspondentes a 4,33% do capital e dos direitos de voto, do Banco Comercial Português, SA, a quem são de imputar 27.391.047 acções correspondentes a 18,26% do capital e dos direitos de voto (*) e do Sr. José Augusto Martins Fazendeiro, a quem são de imputar 3.083.851 acções correspondentes a 2,06% do capital e dos direitos de voto (**), não eram conhecidos à data do encerramento do exercício outras pessoas, singulares ou colectivas, que fossem titulares ou a quem fossem de imputar participações sociais atribuindo direitos de votos iguais ou superiores a 2%.
(*) a participação imputável ao Banco Comercial Português, SA decompõe-se da seguinte forma:
(**) a participação imputável ao Sr. José Augusto Martins Fazendeiro decompõe-se da seguinte forma:
Em 31 de Dezembro de 2008, a Sociedade não detém acções próprias nem se verificaram neste exercício transacções de acções próprias.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os accionistas com participações iguais ou superiores a 2% resumem-se como se segue:
| 2008 | 2007 | |||
|---|---|---|---|---|
| Accionista | Acções | % | Acções | % |
| Parpública – Participações Públicas (SGPS), SA | 49.084.738 | 32,72% | 49.084.738 | 32,72% |
| Fundo de Pensões do Grupo Banco Comercial Português | 16.521.635 | 11,01% | 16.521.635 | 11,01% |
| Banco Comercial Português | 10.315.846 | 6,88% | 9.627.636 | 6,42% |
| Cofihold, SGPS, SA | 6.494.896 | 4,33% | 8.457.062 | 5,64% |
| Banco Millennium BCP Investimento, SA | 553.566 | 0,37% | 7.003.566 | 4,67% |
| José Augusto Martins Fazendeiro | ||||
| Próprias | 3.033.851 | 2,02% | - | - |
| Albano R. N. Alves - Distribuição de Papel, SA | 50.000 | 0,03% |
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, os movimentos no capital próprio foram os seguintes:
| Movimento do período | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Saldo inicial | Aumentos/ diminuições |
Transferências/ distribuições |
Saldo final | |||
| Capital | 150.000,0 | - | - | 150.000,0 | ||
| Prémios de emissão de acções | 2.937,2 | - | - | 2.937,2 | ||
| Ajust. partes de capital em empresas do grupo e associadas |
-253,0 | 1.419,7 | - | 1.166,7 | ||
| Reservas legais | 7.500,0 | - | - | 7.500,0 | ||
| Outras reservas | 225,5 | - | - | 225,5 | ||
| Resultados transitados | - | - | -10.362,1 | -10.362,1 | ||
| Resultado líquido do exercício | -10.362,1 | -96,1 | 10.362,1 | -96,1 | ||
| 150.047,6 | 1.323,6 | - | 151.371,2 | |||
Na Assembleia Geral realizada a 9 de Abril de 2008, foi aprovada a transferência dos resultados negativos do exercício de 2007 no montante de 10.362.106,07 euros para resultados transitados.
A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Sociedade, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
O custo das prestações de serviços evidenciado na Demonstração dos resultados por funções do exercício de 2008 ascende a 3.563,3 milhares de euros e é constituído, fundamentalmente, por custos com pessoal, despesas com deslocações e estadas e amortizações.
As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da Inapa - IPG nos exercícios de 2008 e de 2007 foram as
| 2008 | 2007 | ||
|---|---|---|---|
| Conselho de Administração | 702 | 864,9 | |
| Conselho Fiscal (até Maio/2007) | 0 | 30,5 |
Inapa 058
-
Relatório & Contas 2008 -
Anexo às demonstrações financeiras individuais
Os resultados financeiros nos exercícios de 2008 e de 2007, analisam-se como se segue:
| Exercícios | |||
|---|---|---|---|
| Custos e perdas | 2008 | 2007 | |
| Juros suportados | 11.256,5 | 11.214,6 | |
| Perdas em empresas associadas | 2.431,4 | 15.542,8 | |
| Diferenças de câmbio desfavoráveis | 454,7 | 0,2 | |
| Outros custos e perdas financeiros | 2.473,9 | 2.684,9 | |
| 16.616,5 | 29.442,5 | ||
| Resultados financeiros | -7.957,4 | -22.529,4 | |
| 8.659,1 | 6.913,1 | ||
| Exercícios | |||
|---|---|---|---|
| Proveitos e Ganhos | 2008 | 2007 | |
| Juros obtidos | 2.968,0 | 2.801,8 | |
| Ganhos em empresas associadas | 5.691,0 | 4.066,7 | |
| Rendim.de particip. de capital | - | - | |
| Diferenças de câmbio desfavoráveis | 0,1 | 44,6 | |
| 8.659,1 | 6.913,1 | ||
As rubricas de Ganhos e Perdas em associadas reflectem a aplicação nos resultados do método de equivalência patrimonial.
Os resultados extraordinários nos exercícios de 2008 e de 2007, analisam-se como segue:
| Exercícios | |||
|---|---|---|---|
| Custos e perdas | 2008 | 2007 | |
| Donativos | 11,0 | 13,0 | |
| Perdas em imobilizações (Nota 10) | 113,6 | - | |
| Multas e penalidades | 6,4 | 1,2 | |
| Correcções relativas a exercícios anteriores | 35,1 | 451,3 | |
| Outros custos e perdas extraordinários | 0,0 | 96,0 | |
| 166,1 | 561,6 | ||
| Resultados extraordinários | 935,3 | 2.190,9 | |
| 1.101,5 | 2.752,5 | ||
| Exercícios | |||
|---|---|---|---|
| Proveitos e Ganhos | 2008 | 2007 | |
| Restituição de impostos | 6,5 | - | |
| Ganhos em imobilizações | - | 2.039,7 | |
| Correcções relativas a exercícios anteriores | 54,9 | 4,2 | |
| Outros proveitos e ganhos extraordinários (a) | 1.040,0 | 708,7 | |
| 1.101,5 | 2.752,5 | ||
(a) Corresponde essencialmente ao ganho com a tributação pelo Grupo de sociedades (ver Nota 6).
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e outros entes públicos. Os saldos com estas entidades eram os seguintes:
| Saldos devedores | Saldos credores | ||||
|---|---|---|---|---|---|
| 2008 | 2007 | 2008 | 2007 | ||
| Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) | 284,0 | 483,0 | - | - | |
| Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) |
414,9 | 2.005,7 | - | 38,7 | |
| Segurança Social | - | - | 31,2 | 33,9 | |
| Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - retenções na fonte (IRS) |
- | - | 161,7 | 33,6 | |
| 698,9 | 2.488,7 | 192,9 | 106,2 | ||
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os saldos com empresas do Grupo eram como se segue:
| 2008 | ||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Activo curto prazo | Activo MLP | Passivo | ||||||
| Empresa | Clientes | Empresas do Grupo |
Acréscimos e Diferimentos |
Outros devedores |
Accionistas | Empréstimo Obrigacionista |
Empres. Grupo MLP |
Acréscimos e Diferimentos |
| Gestinapa - SGPS, SA | - | 27.498,5 | - | - | - | - | - | - |
| Inapa Portugal, SA | 63,5 | 3,8 | - | 1.895,0 | - | - | - | - |
| Medialivros, SA | 6,8 | 12,2 | - | - | - | - | - | - |
| Inapa France, SA | 199,8 | 4.597,6 | 8,5 | - | - | 36.750,0 | - | 58,3 |
| Inapa Espanha, SA | 90,8 | 0,6 | - | - | - | - | - | - |
| Inapa Deutschland, GmbH | 125,0 | 0,7 | 299,4 | - | 24.517,0 | - | - | - |
| Papier Union GmbH | 290,9 | 5,8 | - | - | - | - | - | - |
| Tavistock | 165,0 | 0,1 | - | - | - | - | - | - |
| Inapa Suisse | 303,0 | 0,7 | - | - | - | - | 1.414,1 | 22,1 |
| Outras | 85,8 | 38,4 | - | - | - | - | - | - |
| 1.330,6 | 32.158,4 | 307,9 | 1.895,0 | 24.517,0 | 36.750,0 | 1.414,1 | 80,4 | |
Inapa 060
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Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras individuais
| 2007 | ||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Activo curto prazo | Activo MLP | Passivo | ||||||
| Empresa | Clientes | Empresas do Grupo |
Acréscimos e Diferimentos |
Outros devedores |
Accionistas | Empréstimo Obrigacionista |
Outros credores MLP |
Acréscimos e Diferimentos |
| Gestinapa - SGPS, SA | - | 24.195,7 | - | - | 3.680,9 | - | 95.416,5 | - |
| Inapa Portugal, SA | 128,0 | 50,9 | - | 730,0 | - | - | - | - |
| Medialivros, SA | - | 178,3 | - | - | - | - | - | - |
| Inapa France, SA | 555,8 | 16.836,6 | - | - | - | 77.294,6 | - | - |
| Inapa Espanha, SA | 517,4 | 117,5 | - | - | - | - | - | - |
| Inapa Deutschland, GmbH | 217,2 | - | - | - | 24.517,0 | - | - | - |
| Papier Union GmbH | 285,6 | 5,1 | - | - | - | - | - | - |
| Tavistock | 77,8 | - | - | - | - | - | - | - |
| Inapa Italy | 81,8 | - | - | - | - | - | - | - |
| Outras | 74,2 | 35,9 | - | - | - | - | - | - |
| 1.937,7 | 41.420,0 | - | 730,0 | 28.197,9 | 77.294,6 | 95.416,5 | - | |
Os saldos a pagar e a receber com a Gestinapa - SGPS, SA não vencem juros nem têm prazo fixado de reembolso.
Os saldos a receber registados em Sociedades do Grupo relativos à Inapa France, SA e à Inapa Deutschland, GmbH vencem juros a taxas correntes de mercado.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 as rubricas de empréstimos analisam-se como segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Médio e longo prazo | ||
| Empréstimos por obrigações | 36.750,0 | - |
| Dívidas a instituições de crédito | 22.728,8 | - |
| 59.478,8 | - | |
| Curto prazo | ||
| Empréstimos por obrigações | - | 77.294,6 |
| Dívidas a instituições de crédito | 137.119,9 | 112.616,3 |
| 137.119,9 | 189.910,9 | |
| 196.598,7 | 189.910,9 | |
Os empréstimos por obrigações correspondem a uma emissão de obrigações efectuada pela Inapa – IPG com reembolso integral em Junho de 2013, vencendo juros a uma taxa Euribor a 12 meses, acrescida de um spread.
Em 31 de Dezembro de 2008 estas obrigações encontravam-se na posse da Inapa France, SA. ( Nota 48 b ).
As rubricas de Dívidas a instituições de crédito de médio e longo prazo e curto prazo (710,5 milhares de euros) incluem dois financiamentos bancários com vencimentos em 2012 e 2013.
A rubrica de Dívidas a instituições de crédito de curto prazo inclui 118.000 milhares de euros, correspondentes à emissão de papel comercial, junto de seis instituições financeiras, reembolsáveis pelo seu valor nominal, durante o prazo de um ano, renovável num período de 5 anos. O restante saldo desta rubrica corresponde essencialmente a descobertos bancários e contas caucionadas.
As dívidas a instituições de crédito vencem juros a taxas correntes de mercado.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os Outros devedores registados a médio e longo prazo correspondem a um crédito de 16,7 milhões de euros sobre Fimopriv H, SA decorrente da aquisição por esta sociedade de participações de que Inapa - IPG era titular. A Inapa – IPG admite, no futuro, vir a mobilizar este seu crédito para aquisição da participação de que Fimopriv H, SA é titular no capital da Papier Union, GmbH.
Em 31 de Dezembro de 2008 os Outros credores registados a médio e longo prazo incluem a dívida no valor de 1.431,8 milhares de euros relacionada com a aquisição da parte remanescente que ainda não detinha do capital da Inapa Suisse.
Em 31 de Dezembro de 2007, esta rubrica incluía essencialmente uma dívida à Gestinapa – SGPS, SA no valor de 95.416,5 milhares de euros, pago pela Sociedade durante 2008.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, as rubricas de caixa e seus equivalentes detalham-se como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Caixa | 4,4 | 81,9 |
| Depósitos bancários | 178,6 | 80.094,2 |
| Descobertos bancários | -18.409,4 | -15.616,3 |
| -18.226,3 | 64.559,8 | |
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 a rubrica de Proveitos Suplementares corresponde fundamentalmente a proveitos obtidos pela Sociedade com a intervenção em processos de negociação envolvendo o Grupo Inapa. Deste valor, cerca de 5.733,8 milhares de euros (2007: 5.677,9 milhares de euros) encontram-se registados em Acréscimos de proveitos.
A Demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela Directriz Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para a preparação da Demonstração dos resultados por natureza. Assim, em 2008 o valor dos resultados extraordinários (935.309 euros) apresentado na Demonstração dos resultados por natureza (ver Nota 46), foi reclassificado para as rubricas de outros custos operacionais (166.125 euros), e para outros proveitos e ganhos operacionais (1.101.434 euros), o que proporciona as seguintes diferenças nas diversas naturezas de resultados:
| Euros | Por naturezas | Reclassificação | Por funções |
|---|---|---|---|
| Resultados operacionais | 6.814 | 935 | 7.750 |
| Resultados financeiros | -7.957 | - | -7.957 |
| Resultados correntes | -1.143 | 935 | -208 |
| Resultados extraordinários | 935 | -935 | - |
| Imposto sobre o rendimento | 112 | - | 112 |
| Resultado líquido do exercício | -96 | - | -96 |
Inapa 062
-
-
Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras individuais
A Sociedade dando seguimento ao disposto na Directriz Contabilística nº 27, deverá complementar a informação financeira existente por segmento de actividade. Esta informação foi preparada pela Sociedade em termos consolidados, pelos segmentos de negócio associados à distribuição de papel e segmentos relativos às actividades de packaging, factoring e visual communication. Contudo, em virtude da especificidade do objecto da informação em termos de contas individuais (ver Introdução), o Balanço e a Demonstração dos resultados anexos caracterizam-se pela apresentação como um único segmento de negócio, nomeadamente como prestadora de serviços às empresas do Grupo.
Passivos contingentes
1. Em 28 de Março de 2006 a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) condenou a Inapa - IPG a uma coima de 300 milhares de euros por infracção ao art.º 7.º do Código dos Valores Mobiliários (CVM) na divulgação dos relatórios e contas relativos aos exercícios de 2002, 2003. A Sociedade impugnou judicialmente a decisão da CMVM, tendo por sentença proferida em 22 de Outubro de 2008 sido a coima em causa reduzida para 200 milhares de euros.
Não se conformando com a sentença proferida, a Sociedade recorreu da mesma para o Tribunal da Relação de Lisboa, tendo sido constituída uma provisão no valor de 100 milhares de euros (ver Nota 34).
2. Em 1 de Agosto de 2007, a Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio, SA interpôs contra a Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA e suas subsidiárias Inaprest – Prestação de Serviços, Participações e Gestão, SA (sociedade extinta) e Inapa Portugal – Distribuição de Papel, SA uma acção na qual pede, em síntese:
a anulação dos seguintes actos:
a condenação da Inapa:
A Papelaria Fernandes – Industria e Comércio, SA veio, posteriormente, a regularizar as suas responsabilidades perante o Banco Espírito Santo e a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo pelo que:
04 A acção, à qual foi atribuída um valor de 24.460 milhares de euros, foi contestada pela Inapa - IPG e pela sua subsidiária Inapa Portugal – Distribuição de Papel, SA, aguardando-se presentemente que o Tribunal determine os efeitos na acção da dissolução / liquidação de Inaprest – Prestação de Serviços, Participações e Gestão, SA. O Grupo entende que deste processo não deverão resultar impactos financeiros, não tendo em consequência sido constituída qualquer provisão.
Após 31 de Dezembro de 2008 verificaram-se os seguintes eventos relativos ao Grupo Inapa:
1. Redução da participação qualificada da Cofihold SGPS, SA para 1,997%.
2. Renuncia ao mandato como vogal do Conselho de Administração do Eng.º Paulo Jorge dos Santos Fernandes.
3. Alteração da sede social da sociedade para: Rua Castilho nº 44, 3º 1250-071 - Lisboa
-
-
Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras individuais
Acções detidas pelos membros do Conselho de Administração e órgão de fiscalização da sociedade em 31 de Dezembro de 2008
| Quantidade | Direitos de Voto | |
|---|---|---|
| Dr. Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha | 1.000.000 | 0,67% |
| detidas por pessoas ou entidades contemplados no art.º 447º e no n.º 2 do art.º 1º do | ||
| Regulamento CMVM 1 / 2007 na redacção do Regulamento CMVM 10 / 2005 | 1.000.000 | 0,67% |
| Dr. José Manuel Félix Morgado | 563.631 | 0,38% |
| Dr. Jorge Armindo Carvalho Teixeira | 0 | 0% |
| Dr. Arndt Jost Michael Klippgen | 0 | 0% |
| Dr. Pedro Maria Cabral Norton de Matos | 0 | 0% |
| Dr. Abílio Ramos Marques | 0 | 0% |
| detidas por pessoas ou entidades contemplados no art.º 447º e no n.º 2 do art.º 1º do | ||
| Regulamento CMVM 1 / 2007 na redacção do Regulamento CMVM 10 / 2005 | 49.084.738 | 32,72% |
| Dr. Emídio de Jesus Maria | 0 | 0% |
| Eng.º Paulo Jorge dos Santos Fernandes | ||
| detidas por pessoas ou entidades contemplados no art.º 447º e no n.º 2 do art.º 1º do | ||
| Regulamento CMVM 7 / 2001 na redacção do Regulamento CMVM 10 / 2005 | 6.494.896 | 4,33% |
| Quantidade | Direitos de Voto | |
|---|---|---|
| PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda, | 0 | 0 |
| representada por | ||
| Ricardo Filipe de Frias Pinheiro - ROC Efectivo | 0 | 0 |
| José Manuel Henriques Bernardo, ROC Suplente | 0 | 0 |
| Data | Quantidade | Preço | Meio |
|---|---|---|---|
| 21.02 | 1.000.000 | 1,00 | Compra / transacção fora de Bolsa |
Acções detidas por pessoa ou entidade contemplada no art.º 447º:
| Data | Quantidade | Preço | Meio |
|---|---|---|---|
| 21.02 | 500.000 | 1,00 | Compra / transacção fora de Bolsa |
| Data | Quantidade | Preço | Meio |
|---|---|---|---|
| 21.02 | 500.000 | 1,00 | Compra / transacção fora de Bolsa |
| Data | Quantidade | Preço | Meio |
|---|---|---|---|
| 04.01 | 112.910 | 0,9 | Compra / transacção fora de Bolsa |
| Inapa 066 | ||
|---|---|---|
| ----------- | -- | -- |
-
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Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras individuais
| Data | Quantidade | Preço | Meio |
|---|---|---|---|
| 06.11 | 12.600 | 0,4871 | Venda / transacção em Bolsa |
| 07.11 | 16.000 | 0,4844 | Venda / transacção em Bolsa |
| 10.11 | 65.500 | 0,5075 | Venda / transacção em Bolsa |
| 11.11 | 31.000 | 0,4931 | Venda / transacção em Bolsa |
| 12.11 | 8.500 | 0,5000 | Venda / transacção em Bolsa |
| 13.11 | 7.150 | 0,4900 | Venda / transacção em Bolsa |
| 14.11 | 10.400 | 0,4931 | Venda / transacção em Bolsa |
| 17.11 | 37.500 | 0,4800 | Venda / transacção em Bolsa |
| 18.11 | 55.000 | 0,4658 | Venda / transacção em Bolsa |
| 19.11 | 50.000 | 0,4500 | Venda / transacção em Bolsa |
| 20.11 | 19.500 | 0,4390 | Venda / transacção em Bolsa |
| 21.11 | 100.000 | 0,4303 | Venda / transacção em Bolsa |
| 24.11 | 17.000 | 0,4300 | Venda / transacção em Bolsa |
| 25.11 | 139.000 | 0,4242 | Venda / transacção em Bolsa |
| 26.11 | 166.850 | 0,4200 | Venda / transacção em Bolsa |
| 27.11 | 164.000 | 0,4116 | Venda / transacção em Bolsa |
| 23.12 | 478.447 | 0,3401 | Venda / transacção em Bolsa |
| 29.12 | 405.494 | 0,3210 | Venda / transacção em Bolsa |
| 30.12 | 178.225 | 0,3200 | Venda / transacção em Bolsa |
Informações referidas no art.º 448.º do Código das Sociedades Comerciais e 16.º CVM
Accionistas titulares de participações qualificadas a 31 de Dezembro de 2008
| Nº de Acções | % de Capital | % Direitos de voto | |
|---|---|---|---|
| Parpública – Participações Públicas (SGPS), SA | 49.084.738 | 32,72% | 32,72% |
| Participação imputável ao Millennium BCP | |||
| (art.º20 do CVM) | 27.391.047 | 18,26% | 18,26% |
| Banco Comercial Português | 10.315.846 | 6,88% | 6,88% |
| Fundo de Pensões do Grupo Banco Comercial | 16.521.635 | 11,01% | 11,01% |
| Banco Millennium BCP Investimento, SA | 553.566 | 0,37% | 0,37% |
| Cofihold, SGPS, SA | 6.494.896 | 4,33% | 4,33% |
| José Augusto Martins Fazendeiro | 3.083.851 | 2,06% | 2,06% |
| Próprias | 3.033.851 | 2,02% | 2,02% |
| Acções detidas por pessoa ou entidade | |||
| comptemplada no art.º447 | 50.000 | 0,03% | 0,03% |
Relatório & Contas 2008
Relatório do auditor e certificação legal de contas individuais
"Optar é uma responsabilidade... ponderar alternativas, analisar cenários, escolher o percurso adequado."
Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria elaborado por auditor registado na CMVM sobre a Informação Financeira Individual
Inapa 070 - - Relatório & Contas 2008 - - Relatório do auditor e certificação legal de contas individuais
geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados.
O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (iv) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e (v) a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.
O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas.
Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
Lisboa, 9 de Abril de 2009
PricewaterhouseCoopers & Associados. SROC, Lda Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 9077 representada por:
Ricardo Filipe de Frias Pinheiro, R.O.C.
Inapa 072
Relatório & Contas 2008
Contas consolidadas
"Construir é um objectivo... fortalecer alicerces, sustentar cada passo, abrir novos horizontes."
Inapa 074
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Relatório & Contas 2008
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Contas consolidadas
(Montantes expressos em milhares de Euros)
| Notas | 31 de Dezembro 2008 | 31 de Dezembro 2007 | |
|---|---|---|---|
| activo | |||
| Activo não corrente | |||
| Activos fixos tangíveis | |||
| Goodwill | 7 | 104.288 | 109.995 |
| Outros activos intangíveis | 8 | 137.941 | 131.127 |
| 9 | 106.239 | 106.792 | |
| Partes de capital em empresas associadas | 10 | 1.594 | 2.077 |
| Activos financeiros disponíveis para venda | 11 | 13.531 | 13.421 |
| Outros activos não correntes | 15 | 18.547 | 18.046 |
| Activos por impostos diferidos | 12 | 26.923 | 25.982 |
| 409.063 | 407.440 | ||
| Total do activo não corrente | |||
| Activo corrente | |||
| Inventários | 13 | 83.427 | 78.797 |
| Clientes | 14 | 210.120 | 222.487 |
| Impostos a recuperar | 15 | 9.829 | 11.498 |
| Outros activos correntes | 15 | ||
| Caixa e equivalentes de caixa | 16 | 44.636 | 38.988 |
| 5.345 | 91.449 | ||
| Total do activo corrente | 353.357 | 443.219 | |
| Activos de operações descontinuadas | 32 | 391 | 4.990 |
| Total do activo | 762.811 | 855.649 | |
| capital próprio | |||
| Capital social | 18 | 150.000 | 150.000 |
| Acções próprias | 18 | - | - |
| Prémios de emissão de acções | 19 | 2.937 | 2.937 |
| Reservas | 19 | 41.291 | 40.220 |
| Resultados Transitados | 19 | -46.006 | -35.992 |
| Resultado líquido do exercício | - | 1.007 | -10.362 |
| 149.229 | 146.803 | ||
| Interesses minoritários | 21 | 1.033 | 1.318 |
| Total do capital próprio | 150.262 | 148.121 | |
| PASSIVO | |||
| Passivo não corrente | |||
| Empréstimos | 22 | 102.733 | 80.292 |
| Financiamentos associados a activos financeiros | 22 | 134.770 | 133.040 |
| Passivos por impostos diferidos | 12 | 21.622 | 21.080 |
| Benefícios concedidos a empregados | 24 | 2.932 | 2.833 |
| Provisões | 23 | 4.583 | 776 |
| Outros passivos não correntes | 25 | 15.744 | 16.736 |
| Total do passivo não corrente | 282.384 | 254.757 | |
| Passivo corrente Empréstimos |
22 | 228.922 | 326.525 |
| Fornecedores | 59.707 | 73.283 | |
| 25 | |||
| Impostos a pagar Outros passivos correntes |
25 25 |
11.364 30.172 |
13.388 35.973 |
| Total do passivo corrente | 330.165 | 449.169 | |
| Passivos de operações descontinuadas | - | 3.602 | |
| Total do capital próprio e passivo | 762.811 | 855.649 | |
Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras consolidadas em anexo
(Método da consolidação integral) (Montantes expressos em milhares de Euros)
| Notas | 31 de Dezembro 2008 | 31 de Dezembro 2007 | |
|---|---|---|---|
| toneladas | 983.661 | 1.027.394 | |
| Vendas e prestação de serviços | 26 | 1.052.095 | 1.057.213 |
| Outros rendimentos | 26 | 25.988 | 33.549 |
| Total de rendimentos | 1.078.083 | 1.090.762 | |
| Custo das vendas | -872.105 | -884.583 | |
| Custos com pessoal | 27 | -77.938 | -81.094 |
| Outros custos | 28 | -87.738 | -89-89.536 |
| 40.302 | 35.549 | ||
| Depreciações e amortizações | 29 | -6.706 | -6.396 |
| Ganhos/(Perdas) em associadas | 10 | -252 | -9 |
| Função financeira | 30 | -31.890 | -35.382 |
| descontinuadas | 1.454 | -6.237 | |
|---|---|---|---|
| Imposto sobre o rendimento | 31 | -396 | 328 |
| Resultado líquido do exercício antes de operações | |||
| descontinuadas | 1.058 | -5.910 | |
| Resultado líquido do exercício das operações descontinuadas | 32 | 56 | -4.346 |
| Resultado líquido do periodo | 1.114 | -10.256 | |
| Atribuível a : | |||
| Detentores do capital da empresa-mãe | 1.007 | -10.362 | |
| Interesses minoritários | 107 | 107 | |
| Resultado por acção de operações continuadas - € | |||
| Básico | 20 | 0,0006 | -0,221 |
| Diluído | 20 | 0,0006 | -0,221 |
| Resultado por acção de operações descontinuadas - € | |||
| Básico | 20 | 0,000 | -0,160 |
| Diluído | 20 | 0,000 | -0,160 |
Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras consolidadas em anexo
Inapa 076 -
Relatório & Contas 2008
-
Contas consolidadas
| (Método da consolidação integral) (Montantes expressos em milhares de Euros) | Não auditado | ||||
|---|---|---|---|---|---|
| 1º Trimestre | 2º Trimestre | 3º Trimestre | 4º Trimestre | 31 de Dezembro 2008 | |
| toneladas | 261.243 | 239.375 | 231.846 | 251.198 | 983.661 |
| Vendas e prestação de serviços | 273.689 | 261.157 | 255.774 | 261.475 | 1.052.095 |
| Outros rendimentos | 8.769 | 7.279 | 8.924 | 1.0162 | 25.988 |
| Total de rendimentos | 282.458 | 268.436 | 264.697 | 262.491 | 1.078.082 |
| Custo das vendas | -230.100 | -217.140 | -216.080 | -208.784 | -872.105 |
| Custos com pessoal | -19.306 | -19.329 | -18.747 | -20.555 | -77.938 |
| Outros custos | -21.736 | -22.537 | -21.470 | -21.996 | -87.738 |
| EBITDA | 11.316 | 9.430 | 8.401 | 11.156 | 40.302 |
| Depreciações e amortizações | -1.642 | -1.745 | -1.519 | -1.800 | -6.706 |
| Ganhos/(Perdas) em associadas | -38 | -58 | -70 | -85 | -252 |
| Função financeira | -7.897 | -7.689 | -7.796 | -8.509 | -31.890 |
| Resultados antes de impostos e de operações | |||||
| descontinuadas | 1.739 | -62 | -985 | 763 | 1.454 |
| Imposto sobre o rendimento | -655 | 99 | 439 | -279 | -396 |
| Resultado líquido do exercício antes de operações | |||||
| descontinuadas | 1.084 | 37 | -546 | 484 | 1.058 |
| Resultado líquido do exercício das operações descontinuadas | 0 | 0 | 0 | 56 | 56 |
| Resultado líquido do periodo | 1.084 | 37 | -546 | 539 | 1.114 |
| Atribuível a : | |||||
| Detentores do capital da empresa-mãe | 984 | 35 | -547 | 536 | 1.007 |
| Interesses minoritários | 100 | 2 | 1 | 4 | 107 |
| Resultado por acção de operações continuadas - € | |||||
| Básico | 0,007 | 0,000 | -0,004 | 0,004 | 0,006 |
| Diluído | 0,007 | 0,000 | -0,004 | 0,004 | 0,006 |
| Resultado por acção de operações descontinuadas - € | |||||
| Básico | 0,00 | 0,00 | 0,000 | 0,000 | 0,000 |
| Diluído | 0,00 | 0,00 | 0,000 | 0,000 | 0,000 |
Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras consolidadas em anexo
| Notas | 2008 | 2007 | |
|---|---|---|---|
| fluxosde caixa das actividades operacionais | |||
| Recebimentos de clientes | 1.121.418 | 1.113.716 | |
| Pagamentos a fornecedores | -945.115 | -937.228 | |
| Pagamentos ao pessoal | -83.596 | -75.295 | |
| Fluxos gerados pelas operações | 92.707 | 101.193 | |
| Pagamento do imposto sobre o rendimento | -1.388 | -5.792 | |
| Recebimento do imposto sobre o rendimento | 528 | 274 | |
| Outros recebimentos relativos à actividade operacional | 81.780 | 18.144 | |
| Outros pagamentos relativos à actividade operacional | -144.183 | -94.259 | |
| Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias | 29.444 | 19.560 | |
| Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias | 0 | 0 | |
| 0 | 0 | ||
| Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias | |||
| Fluxos de caixa das actividades operacionais | 1 | 29.444 | 19.560 |
| Fluxosde caixa das actividadesde investimento | |||
| Recebimentos provenientes de: | |||
| Investimentos financeiros | 650 | 6.286 | |
| Imobilizações corpóreas | 4.138 | 2.442 | |
| Imobilizações incorpóreas | 4 | 2 | |
| Juros e proveitos similares | 6.140 | 4.988 | |
| Dividendos | 0 | 0 | |
| Adiantamentos para despesas de conta de terceiros | 150 | 0 | |
| 11.082 | 13.718 | ||
| Pagamentos respeitantes a : | |||
| -8.277 | -3.983 | ||
| Investimentos financeiros | -2.798 | -2.529 | |
| Imobilizações corpóreas | -1.264 | -3.721 | |
| Imobilizações incorpóreas | 0 | -209 | |
| Adiantamentos para despesas de conta de terceiros | -3.200 | - | |
| Empréstimos concedidos | -15.489 | -10.443 | |
| Fluxos de caixa das actividades de investimento | 2 | -4.407 | 3.275 |
| Fluxosde caixa das actividadesde financiamento | |||
| Recebimentos provenientes de: | |||
| Empréstimos obtidos | 119.046 | 206.448 | |
| Aumentos de capital, prest. suplementares e prémios de emissão | 618 | 122.763 | |
| Aplicações de tesouraria | 0 | 227 | |
| 119.665 | 329.438 | ||
| Pagamentos respeitantes a : | |||
| Empréstimos obtidos | -198.892 | -160.038 | |
| Amortizações de contratos de locação financeira | -1.264 | -1.847 | |
| Juros e custos similares | -33.933 | -29.541 | |
| Dividendos | 0 | 0 | |
| Aplicações de tesouraria | 0 | -2 | |
| -234.089 | -191.428 | ||
| Fluxos de caixa das actividades de financiamento | 3 | -114.424 | 138.010 |
| Variação de caixa e seus equivalentes | 4 = 1 + 2 + 3 | -89.386 | 160.846 |
| Efeito das diferenças de câmbio | 1.746 | -106 | |
| -87.641 | 160.740 | ||
| Caixa e seus equivalentes no início do período | -7.076 | -167.817 | |
| Caixa e seus equivalentes no fim do período | 16 | -94.717 | -7.076 |
| -87.641 | 160.740 |
Inapa 078 - - Relatório & Contas 2008 - - Contas consolidadas
| Atribuível aos detentores de capital próprio do grupo | ||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Capital | Acções próprias |
Prémio de emissão de acções |
Reservas conversão cambial |
Reservas e resultados retidos |
Total | Interesses minoritários |
Total capital próprio |
|
| saldo em 1 de janeiro de 2007 | 150.000 | -15.756 | 14.964 | 308 | -111.843 | 37.673 | 7.641 | 45.314 |
| Diferenças de câmbio na transposição de unidades | ||||||||
| operacionais estrangeiras | -571 | -571 | 0 | -571 | ||||
| Distribuição de dividendos | 0 | -133 | -133 | |||||
| Variação de acções próprias | 15.756 | -15.756 | 0 | 0 | 0 | |||
| Outras correcções no capital próprio das empresas | ||||||||
| participadas | 0 | -27 | -27 | |||||
| Alterações no perímetro de consolidação | 545 | 545 | -6.270 | -5.725 | ||||
| Alterações de capital | -122.763 | -12.027 | 134.790 | 0 | 0 | 0 | ||
| Aumento de capital | 122.763 | -3.245 | 119.518 | 0 | 119.518 | |||
| 0 | 15.756 | -12.027 | -571 | 116.334 | 119.492 | -6.430 | 113.062 | |
| Resultado líquido do exercício | - | - | - | -10.362 | -10.362 | 107 | -10.255 | |
| - | ||||||||
| Total dos movimentos do exercício | 15.756 | -12.027 | -571 | 105.972 | 109.130 | -6.323 | 102.807 | |
| saldo em 31 de dezembro de 2007 | 150.000 | 0 | 2.937 | -263 | -5.871 | 146.803 | 1.318 | 148.121 |
| saldo em 1 de janeiro de 2008 | 150.000 | 0 | 2.937 | -263 | -5.871 | 146.803 | 1.318 | 148.121 |
| Diferenças de câmbio na transposição de unidades | ||||||||
| operacionais estrangeiras | 1.499 | 1.499 | 0 | 1.499 | ||||
| Distribuição de dividendos | 150.000 | 0 | -102 | -102 | ||||
| Outras correcções no capital próprio das empresas | ||||||||
| participadas | 5 | 5 | 0 | 5 | ||||
| Alterações no perímetro de consolidação | -85 | -85 | -290 | -375 | ||||
| 0 | 0 | 0 | 1.499 | -80 | 1.419 | -392 | 1.027 | |
| Resultado líquido do exercício | 1.007 | 1.007 | 107 | 1.114 | ||||
| Total dos movimentos do exercício | 0 | 0 | 0 | 1.499 | 927 | 2.426 | -285 | 2.141 |
| saldo em 31 de dezembro de 2008 | 150.000 | 0 | 2.937 | 1.236 | -4.944 | 149.229 | 1.033 | 150.262 |
Para ser lido em conjunto com as notas às demonstrações financeiras consolidadas em anexo
Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
"Consolidar é um desafio... desafiar a perspicácia, trabalhar em conjunto, consolidar cada decisão."
INAPA - INVESTIMENTOS, PARTICIPAÇÕES E GESTÃO, SA Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 (valores expressos em milhares de euros, excepto quando especificamente referido)
A Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, S.A. (Inapa - IPG) é a sociedade dominante do Grupo Inapa e tem por objecto social a propriedade e a gestão de bens, móveis e imóveis, a tomada de participações no capital de outras sociedades, a exploração de estabelecimentos comerciais e industriais, próprios ou alheios, e a prestação de assistência às empresas em cujo capital participe. A Inapa - IPG encontra-se cotada na Euronext Lisboa.
Sede Social: Rua do Salitre 142, 1269-064 Lisboa, Portugal Capital Social: 150.000.000 euros N.I.P.C.: 500 137 994
O Grupo integra uma "sub-holding" (Gestinapa - SGPS, S.A.), que concentra as participações afectas à Distribuição. No decurso do 2º semestre de 2007 a Sociedade procedeu à liquidação de uma subsidiária na área da diversificação (Inaveste – Sociedade de Gestão de Participações Sociais, S.A.) tendo os seus activos e passivos sido incorporados na casa-mãe.
Neste exercício de 2008 a Inapa Portugal – Distribuição de Papel, S.A. alienou a participação que detinha na sua subsidiária açoriana, Papéis Carreira Açores, Lda.
Em resultado do seu plano de desenvolvimento e internacionalização, o Grupo Inapa detém participações, na área da Distribuição, em vários países da Europa, nomeadamente (i) Inapa Deutschland, GmbH sedeada na Alemanha, que detém participações na Papier Union, GmbH, a qual é por sua vez titular do capital das sociedades Inapa Packaging, GmbH, Inapa VisualCom GmbH e PMF- Factoring, GmbH, igualmente sedeadas nesse país, (ii) Inapa France, SA e empresas subsidiárias, operando em França e Belux, (iii) Inapa Switerzland subsidiária controlada directamente e, indirectamente através da Inapa Deutschland,G mbH que opera no mercado suíço, (iv) Inapa Portugal – Distribuição de Papel, SA empresa portuguesa do Grupo, (v) Inapa España Distribuición Ibérica, SA, operando em Espanha (Andaluzia) e que detém uma participação na Surpapel, SL (empresa que desenvolve a sua actividade de comercialização de papel) e (vi) em duas empresas localizadas no Reino Unido – Inapa Merchants Holding, Ltd, que detém a participação financeira na Tavistock Paper Sales, Ltd empresa a operar num nicho de mercado. A subsidiária Inapa Packaging, GmbH, detém por sua vez, duas empresas de comercialização de material para embalagem, a Hennessen & Potthoff, GmbH e a HTL - Verpackung, GmbH, respectivamente.
No 1º semestre de 2008 a Inapa VisualCom, GmbH adquiriu a totalidade do capital social da Complott, GmbH e a Inapa France, SA adquiriu o capital que ainda não detinha da Logistipack – Carton Service, SA.
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Inapa - IPG em 19 de Março de 2009.
As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas encontramse descritas abaixo. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os exercícios apresentados, salvo indicação contrária.
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Relatório & Contas 2008
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Inapa são preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB) e com as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (SIC), tal como adoptadas pela União Europeia e em vigor em 31 de Dezembro de 2008.
As demonstrações financeiras consolidadas da Inapa são preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas que constituem o Grupo e que se encontram indicadas na Nota 36.
A preparação das demonstrações financeiras consolidadas, exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes na aplicação das políticas contabilísticas do Grupo. As principais asserções que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou os pressupostos e estimativas mais significativas para a preparação das referidas demonstrações financeiras estão divulgados na Nota 5.
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais, geralmente representado por mais de 50% dos direitos de voto (subsidiárias), foram incluídas nas demonstrações financeiras anexas pelo método de consolidação integral (Nota 36). O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados nas rubricas de interesses minoritários, no balanço consolidado e na demonstração dos resultados consolidados, respectivamente.
As subsidiárias são incluídas na Consolidação desde a data em que o controlo é adquirido até à data em que o mesmo termine efectivamente.
A contabilização da aquisição de subsidiárias é efectuada pelo método de compra, sendo que na data de aquisição os activos e passivos de cada subsidiária são identificados ao seu justo valor, de acordo com o estabelecido no IFRS 3. Qualquer excesso/ (défice) do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação (Goodwill), o qual se encontra detalhado na Nota 8, e no caso de défice, após reanálise do processo de valorização do justo valor e caso este se mantenha, na demonstração dos resultados do exercício. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das subsidiárias para as adequar às políticas contabilísticas em vigor no Grupo. As transacções intercompanhias, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo, bem como os ganhos não realizados são eliminados no processo de consolidação. As perdas não realizadas também são eliminadas salvo se não puderem ser recuperadas em resultado de evidência de imparidade.
As participações financeiras em empresas nas quais a Inapa exerça, directa ou indirectamente, influência significativa mas não possua controlo, geralmente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto (associadas), são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial.
De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas e pelos dividendos recebidos. A variação do capital próprio das associadas resultante do resultado líquido é registada por contrapartida de ganhos ou perdas do período.
As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas são reconhecidas como diferenças de consolidação (Goodwill) e mantidas no valor do investimento em associadas (Nota 10). Se essas diferenças forem negativas são registadas como proveito do período na rubrica Ganhos/ (perdas) em empresas associadas.
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir são objecto de reversão, excepto se corresponderem às diferenças de consolidação.
Quando a participação do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento na associada, incluindo contas a receber não cobertas por garantias, o Grupo deixa de reconhecer perdas adicionais, excepto se tiver incorrido em obrigações ou efectuado pagamentos em nome da associada.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das associadas para as adequar às políticas contabilísticas em vigor no Grupo. Os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo e as associadas, bem como os ganhos não realizados de transacções intercompanhias, são eliminados no processo de consolidação, na extensão da participação do Grupo nas associadas. As perdas não realizadas também são eliminadas salvo se não puderem ser recuperadas em resultado de evidência de imparidade.
Os investimentos em associadas encontram-se detalhados na Nota 10.
As diferenças de consolidação correspondem à diferença entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e o justo valor dos activos e passivos identificáveis (incluindo os passivos contingentes) dessas empresas à data da sua aquisição. As diferenças de consolidação são registadas na moeda de reporte das subsidiárias, sendo convertidas para a moeda de reporte do Grupo (euro) à taxa de câmbio em vigor na data das demonstrações financeiras do Grupo. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica Reserva de conversão cambial.
As diferenças de consolidação não são amortizadas, sendo realizados anualmente testes de imparidade e, sempre que o valor das diferenças de consolidação for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados. Estas perdas de imparidade não podem ser revertidas.
As demonstrações financeiras de cada uma das empresas do Grupo são preparadas na sua moeda funcional, definida como a moeda do ambiente económico onde operam. A moeda funcional e de relato do Grupo é o euro.
Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa em vigor na data de cada operação. As diferenças resultantes desta conversão são registadas na demonstração dos resultados.
Para efeitos de conversão das demonstrações financeiras das empresas estrangeiras incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas que utilizam uma moeda funcional diferente da moeda de relato do Grupo, foram utilizados os seguintes critérios:
Activos e Passivos: Paridades cambiais vigentes na data do balanço.
Ganhos e Perdas: Paridades cambiais médias verificadas no período.
Capital próprio: Paridades cambiais vigentes à data de aquisição das participações, para os capitais próprios existentes àquela data, e paridades cambiais médias vigentes no exercício da constituição dos resultados retidos realizados posteriormente à data de aquisição da participação.
As diferenças de conversão cambial resultantes do processo descrito acima, são registadas em rubrica específica do Capital próprio (Reserva de conversão cambial).
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As taxas de câmbio para conversão das demonstrações financeiras das subsidiárias Inglesas e Suiça foram as seguintes:
A consolidação da nossa posição é um processo gradual em que cada ano encerra em si próprio uma melhoria quer na eficiência, quer na rentabilidade, quer na solidez.
Os activos intangíveis, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzidos das amortizações e perdas de imparidade, e só são reconhecidos na medida em que for provável que venham a gerar benefícios económicos futuros para o Grupo e desde que o seu valor possa ser medido com fiabilidade.
A rubrica Outros activos intangíveis (Nota 9) é constituída essencialmente por marcas identificadas aquando da aquisição de subsidiárias e registadas inicialmente pelo seu justo valor, utilizadas por Papier Union, GmbH, Inapa France, SA e Inapa Portugal, SA, as quais não são objecto de amortização anual dado que foram avaliadas como tendo uma vida útil indefinida, e são regularmente sujeitas a testes de imparidade baseados em avaliações realizadas por uma entidade especializada externa ao Grupo. Quando as perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir são objecto de reversão.
Encontram-se também registados nesta rubrica software, patentes e outras licenças, os quais são amortizados pelo método das quotas constantes durante um período que varia entre três e cinco anos.
Conforme disposição transitória prevista no IFRS 1, os terrenos foram registados pelo seu justo valor à data da transição para os IAS/IFRS (1 de Janeiro de 2004). Os ajustamentos resultantes das revalorizações efectuadas aos terrenos, foram registados por contrapartida de capital próprio.
Os outros activos tangíveis adquiridos até 31 de Dezembro de 2003, encontram-se registados ao seu "deemed cost", que corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das depreciações e de perdas de imparidade acumuladas.
Os activos tangíveis adquiridos após 1 de Janeiro de 2004, encontram-se registados pelo seu custo de aquisição, deduzido das depreciações e de perdas de imparidade acumuladas.
As depreciações são iniciadas após os bens estarem em condições de serem utilizados e são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil, que é determinada tendo em conta a utilização esperada pelo Grupo do activo em causa, do seu desgaste natural esperado, da sujeição a uma previsível obsolescência técnica e do valor residual atribuível ao bem. O valor residual atribuível ao bem é estimado com base no valor residual prevalecente à data da estimativa de activos semelhantes que tenham atingido o fim das suas vidas úteis e que tenham funcionado sob condições semelhantes àquelas em que o activo será usado.
As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes, por duodécimos, a taxas representativas da vida útil estimada, como segue:
| Edifícios e outras construções | 2% - 10% |
|---|---|
| Equipamento básico | 7,14% |
| Equipamento de transporte | 12,5% - 25% |
| Equipamento administrativo | 10% - 15% |
As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos tangíveis, são registadas como custo do exercício em que ocorrem.
Se o montante registado é superior ao valor recuperável do activo, efectua-se a sua redução para o valor recuperável estimado mediante o registo de perdas de imparidade.
Aquando de um abate ou alienação, a diferença entre os recebimentos das alienações e a quantia registada do activo, são reconhecidos na demonstração dos resultados, nas rubricas de Outros rendimentos ou Outros custos.
Os bens cuja utilização decorre de contratos de locação financeira, relativamente aos quais o Grupo assume substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à respectiva posse do activo locado, são classificados como activos tangíveis, sendo amortizados de acordo com a política estabelecida pelo Grupo para os respectivos bens.
Os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do respectivo activo tangível são reconhecidos como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.
Nos contratos de locação em que o locador assume uma parte significativa dos riscos e benefícios da propriedade, sendo o Grupo locatário, são classificadas como locações operacionais.
Os pagamentos decorrentes da realização destes contratos são registados na demonstração dos resultados durante o período da locação.
Os activos não correntes são classificados como detidos para venda se o seu valor de balanço for principalmente recuperável através de alienação e não do seu uso continuado. Para que estes activos sejam objecto de tal classificação, impõe-se que estejam disponíveis para venda imediata nas suas condições actuais, a venda seja altamente provável e o Conselho de Administração se haja comprometido a executar tal venda, a ocorrer num período de 12 meses, conforme estabelecido no IFRS 5.
Os activos não correntes classificados como detidos para venda, são registados pelo seu valor de aquisição ou pelo seu justo valor, consoante o que for menor, deduzido dos custos expectáveis com a sua venda.
Os activos e os passivos relacionados com operações descontinuadas são apresentados pelo seu valor de realização numa rubrica própria, respectivamente, no activo e no passivo do balanço consolidado e o resultado do período destas operações é registado de forma autónoma na demonstração dos resultados consolidados.
O Grupo classifica os activos financeiros como segue (exclui os investimentos financeiros em subsidiárias e em associadas):
Investimentos detidos até à maturidade: Activos financeiros, não derivados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuam uma maturidade fixada e relativamente aos quais seja intenção do Conselho de Administração a sua manutenção até à data do respectivo vencimento;
Investimentos registados a justo valor através de resultados: Activos financeiros cuja detenção tenha por objectivo a sua realização no curto prazo e inclui os activos
Inapa 086
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Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
financeiros detidos para negociação e os instrumentos derivados não afectos a operações de cobertura. Estes activos e passivos são mensurados ao justo valor através da demonstração dos resultados;
Empréstimos concedidos e contas a receber: Activos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis, que não se encontram cotados em mercados líquidos. Os saldos relativos a estes activos encontramse registados no balanço consolidado nas rubricas de Clientes, Outros activos correntes e não correntes e Caixa e equivalentes;
Activos financeiros disponíveis para venda: Activos financeiros não derivados considerados como disponíveis para venda ou que não se enquadrem em qualquer das categorias anteriores.
Os investimentos detidos até à maturidade e os empréstimos e contas a receber são classificados como activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço. Os investimentos registados a justo valor através de resultados são classificados como investimentos correntes.
Os investimentos e desinvestimentos são reconhecidos à data da assinatura dos respectivos contratos de formalização, independentemente da data de liquidação financeira.
Os activos financeiros são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição que corresponde ao seu justo valor naquela data, e incluem as despesas de transacção, com excepção dos investimentos detidos até à maturidade que são registados ao custo amortizado pelo método da taxa de juro efectiva.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos registados a justo valor através da demonstração dos resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores, por referência ao seu valor de mercado à data de encerramento do balanço. Os activos financeiros disponíveis para venda representativos de partes de capital em acções de empresas não cotadas e no caso de o seu justo valor não ser possível de determinar, são registados ao custo de aquisição, tendo em consideração a existência ou não de perdas de imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, altura em que o ganho ou perda acumulada que se encontrava registada no capital próprio é registada na demonstração dos resultados. Nas situações em que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e tal situação seja considerada uma perda permanente (imparidade), esta perda é registada na demonstração dos resultados e a parte registada directamente no capital próprio é anulada.
O IAS 39 prevê a classificação dos passivos financeiros em duas categorias:
Passivos financeiros ao justo valor por via de resultados: Passivos financeiros cuja detenção tenha por objectivo a sua realização no curto prazo e inclui os passivos financeiros detidos para negociação e os instrumentos derivados não afectos a operações de cobertura. Estes passivos são mensurados ao justo valor através da demonstração dos resultados; e
Outros passivos financeiros: Passivos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis, que não se encontram cotados em mercados líquidos. Os outros passivos financeiros incluem Empréstimos (Nota 2.19) e Fornecedores e outras contas a pagar (Nota 2.23). Estes passivos são reconhecidos inicialmente ao justo valor e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado de acordo com a taxa de juro efectiva.
Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são canceladas ou expiram.
De acordo com o IAS 39, os saldos de clientes objecto de contratos de titularização só são desreconhecidos caso se verifiquem em simultâneo as seguintes condições:
Adicionalmente, a utilização de entidades com finalidade específica para a realização de operações de titularização de saldos de clientes, está sujeita à interpretação da SIC 12, que determina que estas entidades devem ser consolidadas no caso de se verificar o seguinte:
O Grupo só efectua o desreconhecimento de saldos de clientes ou de outros valores a receber (removidos do activo) quando transfere substancialmente todos os riscos e benefícios associados à detenção daqueles activos conforme referido acima. Os saldos a receber não vencidos são incluídos na rubrica de Clientes e os fundos recebidos pela operação de titularização são registados na rubrica de Financiamentos associados a activos financeiros (Notas 22 e 38).
É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos à data de encerramento do balanço e sempre que ocorra uma alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um activo se encontra registado possa não ser recuperado. No caso dos activos não correntes que não são amortizados devido a não terem uma vida útil finita, são efectuados testes de imparidade periodicamente.
Sempre que o valor pelo qual um activo se encontra registado se mostre superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade/provisão, que é registada na demonstração dos resultados ou no capital próprio quando o activo tenha sido reavaliado, situação em que a respectiva revalorização será diminuída. A quantia recuperável é o valor mais alto de entre o justo valor de um activo deduzido dos custos da venda e o seu valor de uso.
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir (com excepção das diferenças de consolidação). A reversão é registada na demonstração dos resultados, excepto quando o activo tenha sido reavaliado e a respectiva revalorização registada no capital próprio tenha sido diminuída em resultado da perda de imparidade.
As mercadorias, o material de conservação e reparação e o material de embalagem são valorizadas ao mais baixo de entre o valor realizável líquido e o custo de aquisição, incluindo as despesas necessárias à sua colocação em armazém. O método do custeio das saídas utilizado pelo Grupo é o do custo médio ponderado.
As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade, reconhecidas na rubrica de Outros custos - Provisões e imparidade de activos correntes, para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido.
Os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas à data de cada balanço, são reconhecidas nas demonstrações financeiras do Grupo até ao momento do recebimento das mesmas.
Conforme referido na Nota 36, uma das subsidiárias do Grupo, sedeada na Alemanha, desenvolve actividade de "factoring".
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Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
Decorrente da actividade de "factoring" o valor a receber de clientes inclui os adiantamentos efectuados nas operações de "factoring" com recurso e o valor das facturas cedidas para cobrança sem recurso, cuja intenção não é a venda no curto prazo, sendo registado na data de aceitação das facturas cedidas pelas entidades aderentes. Como contrapartida, é movimentada a rubrica de Outros passivos correntes.
O Grupo efectua adiantamentos contratuais sobre o valor dos créditos tomados nas operações de factoring. O valor adiantado às entidades aderentes é líquido de comissões e juros, caso aplicáveis.
A rubrica de Caixa e equivalentes de caixa inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo com maturidade inferior a 3 meses, que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa esta rubrica inclui também os descobertos bancários, os quais são apresentados no balanço, no passivo corrente, na rubrica Empréstimos.
Os custos atribuíveis directamente à emissão de novas acções são apresentados como uma dedução, líquida de impostos, ao montante recebido em resultado da emissão e encontram-se registados em capital próprio.
As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das acções próprias são registados no capital próprio.
Os dividendos são registados como passivo no período em que a sua distribuição é aprovada pelos accionistas da Inapa - IPG até à data do seu pagamento.
Os empréstimos são inicialmente registados no passivo pelo seu valor nominal, líquido de despesas de emissão e subsequentemente ao custo amortizado. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, incluindo prémios e contabilizados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios e adicionados ao valor contabilístico do empréstimo, na rubrica de passivo corrente, quando não sejam liquidados durante o exercício.
Os empréstimos são classificados no passivo corrente, excepto se o Grupo tiver o direito incondicional de diferir o reembolso do empréstimo por um período não inferior a 12 meses a contar da data do balanço.
O imposto sobre o rendimento inclui impostos correntes e impostos diferidos.
A Inapa - IPG e as suas subsidiárias sedeadas em Portugal são tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC), através do regime especial de tributação de grupos de sociedades, constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 90% e que cumprem as condições previstas no artigo 63º e seguintes do Código do IRC. A Inapa - IPG, como sociedade dominante, é responsável pelo cálculo do lucro tributável do Grupo, através da soma algébrica dos lucros tributáveis e dos prejuízos fiscais apurados nas declarações de rendimentos de cada uma das sociedades dominadas, pertencentes ao Grupo. As subsidiárias estrangeiras da Sociedade são tributadas de acordo com as regras fiscais vigentes nos respectivos países de origem.
São reconhecidas contabilisticamente, se relevantes, as situações de diferimento de impostos. Os impostos diferidos reconhecidos, correspondem a diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos por impostos diferidos são registados quando existam expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos em função da expectativa actual da sua recuperação futura. Os impostos diferidos são registados na demonstração dos resultados, excepto quando relacionados com valores que tenham sido movimentados no capital próprio, facto que implica o seu reconhecimento igualmente no capital próprio.
O imposto sobre o rendimento é reconhecido nas demonstrações financeiras intercalares, com base na taxa efectiva anual estimada para as demonstrações financeiras anuais.
As provisões são reconhecidas, quando e apenas quando, face a uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço, e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
A responsabilidade da Inapa relativa a cada um destes planos é estimada, no mínimo anualmente, na data do balanço de cada exercício, por entidades especializadas e independentes utilizando o método das unidades de crédito projectadas. De acordo com o IAS 19, os custos relacionados com as responsabilidades assumidas são registadas à medida que os serviços são prestados pelos funcionários beneficiados pelos planos constituídos.
Conforme permitido pelo IAS 19, o Grupo utiliza o método do "corridor" segundo o qual os ganhos e perdas actuariais
apurados, resultantes da diferença entre os pressupostos utilizados no apuramento da estimativa das responsabilidades e a realidade, são diferidos sendo só reconhecidos na demonstração dos resultados na medida em que, no início do exercício, o seu valor acumulado ultrapasse (i) 10% do valor dos fundos afectos à cobertura das responsabilidades das empresas do Grupo e (ii) 10% das responsabilidades por serviços passados, dos dois o mais elevado. Nos exercícios em que o valor inicial acumulado dos ganhos e perdas actuariais ainda não reflectido em resultados ultrapassar os limites acima referidos, o valor inicial em excesso será imputado a resultados do período em função do número médio de anos de trabalho remanescente para os trabalhadores integrados nos planos.
As responsabilidades por serviços passados apuradas, deduzidas do valor de mercado dos fundos que tenham sido constituídos para fazer face a estas responsabilidades e das perdas e ganhos actuariais, são registadas na rubrica de Benefícios concedidos a empregados. Na demonstração dos resultados são registados os custos dos serviços correntes, o custo dos juros, o rendimento esperado dos fundos e o valor a reconhecer relativo a perdas e ganhos actuariais decorrente da aplicação do método do "corridor", caso este o assim determine.
As subsidiárias Tavistock Paper Sales, Ltd e Inapa Suisse têm um plano de contribuição definida para alguns dos seus empregados, efectuando anualmente uma contribuição para o plano, sendo esta registada como um custo na demonstração dos resultados.
De acordo com a legislação local as subsidiárias Inapa France, SA e Logistipack, SA têm a responsabilidade de pagar aos seus funcionários na data de reforma, uma prestação determinada com base no número de anos de trabalho na empresa. O valor desta responsabilidade, em resultado dos serviços passados, é estimado, no mínimo anualmente, na data do balanço de cada exercício, por entidades especializadas e independentes utilizando o método das unidades de crédito projectadas e é registada na rubrica de Benefícios concedidos a empregados, utilizando uma metodologia semelhante à dos planos de benefícios definidos acima referidos.
Os saldos a pagar relativos a fornecedores, impostos e a outros passivos correntes são registados pelo seu valor nominal, que na data do registo inicial corresponde ao seu justo valor.
Os proveitos resultantes de vendas são reconhecidos na demonstração dos resultados consolidados quando os riscos e benefícios associados à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. Os proveitos resultantes das prestações de serviços são reconhecidos na demonstração dos resultados consolidados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço. As vendas e prestações de serviços são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
As empresas do Grupo registam os seus custos e proveitos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual os custos e proveitos são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes custos e proveitos são registadas nas rubricas de Clientes e Outros activos correntes e de Fornecedores e Outros passivos correntes (Notas 14,15 e 25).
Um segmento de negócio é um componente identificável do Grupo, que se destina a fornecer produtos ou serviços relacionados e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis dos restantes segmentos de negócio.
O Grupo identificou quatro segmentos de negócio: a actividade de distribuição de papel, a actividade de "packaging", a actividade de "factoring" e a actividade de "visual communication".
Na Nota 6 é apresentada a informação financeira relativamente aos diferentes segmentos de negócio. A actividade de distribuição de papel é desenvolvida em todos os países onde o Grupo está presente. A actividade de "packaging", é desenvolvida na França e na Alemanha. As actividades de "factoring" e "visual communication" são desenvolvidas na Alemanha.
Um segmento geográfico é um componente identificável do Grupo, que se destina a fornecer produtos ou serviços relacionados, dentro de um ambiente económico específico e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis de outros segmentos que operem em ambientes económicos diferentes. O Grupo não identificou segmentos geográficos distintos.
Os passivos contingentes em que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros não seja provável não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo divulgados no anexo (ver Nota 34), a menos que a possibilidade de se concretizar a saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação. São reconhecidas provisões para as situações que satisfaçam as condições previstas na Nota 2.21.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais (ver Nota 40).
Durante o exercício de 2008 entrou em vigor a interpretação IFRIC 11 - IFR2 - Operações com acções próprias em resultado da sua publicação pelo IFRIC e da sua adopção pela União Europeia. A sua entrada em vigor não teve impacto nas presentes demonstrações financeiras do Grupo.
Foram publicadas pelo IASB e pelo IFRIC novas normas, alterações e interpretações efectuadas a normas existentes, cuja aplicação ainda não é obrigatória para períodos que se iniciem em 1 de Janeiro de 2008. Estas normas ou não são relevantes no contexto das presentes demonstrações financeiras ou a Inapa optou por não adoptá-las antecipadamente:
IFRIC 12 Contratos de concessão (a aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2008)
IFRIC 13 Programas de retenção de clientes (a aplicar a partir de 1 de Julho de 2008, tendo sido adoptado pela União Europeia a partir de 1 de Janeiro de 2009)
Das diversas normas, revisões e alterações referidas acima como já estando publicadas pelo IASB ou pelo IFRIC e que ainda não estão em vigor, só o IFRS 8, IFRIC 13, IFRIC 14, a revisão ao IAS 1 e as alteração ao IFRS 1, IFRS 2, IAS 23 e IAS 32 é que se encontram adoptados pela União Europeia, concretizado através da sua publicação nos respectivos Regulamentos.
Adicionalmente, no exercício de 2008 foram introduzidas melhorias a diversas normas, que resultam da eliminação de inconsistências identificadas e da harmonização da terminologia utilizada. Na sua maioria estas melhorias são para aplicação nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2009, contudo, ainda não se encontram aprovadas pela União Europeia. As normas sujeitas a melhorias foram: IFRS 5, IAS 1, IAS 16, IAS 19, IAS 20, IAS 23, IAS 27, IAS 28, IAS 29, IAS 31, IAS 36, IAS 38, IAS 39, IAS 40, IAS 41.
As actividades do Grupo expõem-no a uma variedade de factores de riscos financeiros: risco de mercado (inclui risco cambial e risco associado à taxa de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. A exposição do Grupo a riscos financeiros encontra-se essencialmente associada aos saldos a receber de clientes e aos empréstimos obtidos junto de entidades financeiras, dos quais resultam riscos derivados do incumprimento das condições contratadas e riscos de flutuação das taxas de juro.
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A variação da taxa de câmbio do euro face a outras moedas, nomeadamente a libra inglesa e o franco suíço, pode ter impacto na situação financeira da sociedade, já que a Inapa desenvolve actividades no Reino Unido e na Suíça.
Muito embora estes mercados não representem mais do que 8,5% das vendas do Grupo, eventuais desvalorizações destas moedas face ao euro, poderão ter um impacto negativo na actividade, situação financeira e nos resultados.
O Grupo tem ainda uma exposição indirecta ao dólar norteamericano e outras divisas por via do impacto que variações nestas moedas têm na sua competitividade, uma vez que sempre que o euro valoriza face a outras divisas, os distribuidores que se situam numa zona de influência destas divisas ganham competitividade face aos produtores europeus, que são os principais fornecedores do Grupo.
A tabela seguinte apresenta a exposição do Grupo ao risco da taxa de câmbio a 31 de Dezembro, com base nos valores de balanço dos activos e passivos financeiros do Grupo:
| 31 de Dezembro de 2008 | Euro | Libra Esterlina | Franco Suiço | Total |
|---|---|---|---|---|
| Activos | ||||
| Caixa e seus equivalentes | 3.591 | 517 | 1.237 | 5.345 |
| Clientes e Outros activos | 259.852 | 1.091 | 12.360 | 273.303 |
| Activos disponíveis para venda | 13.512 | - | 19 | 13.531 |
| Total de activos financeiros | 276.955 | 1.608 | 13.616 | 292.179 |
| Pass ivos |
||||
| Empréstimos e outros financiamentos | 466.424 | - | 1 | 466.425 |
| Fornecimentos e outros passivos | 103.752 | 205 | 1.666 | 105.623 |
| Total de passivos financeiros | 570.176 | 205 | 1.667 | 572.048 |
| Posição financeira líquida em balanço | -293.221 | 1.403 | 11.949 | -279.869 |
| 31 de Dezembro de 2007 | ||||
| Total de activos financeiros | 367.489 | 2.461 | 14.441 | 384.391 |
| Total de passivos financeiros | -669.489 | -1.104 | 4.744 | -665.849 |
| Posição financeira líquida em balanço | -302.000 | 1.357 | 19.185 | -281.458 |
O custo da maioria da divida financeira contraída pela Inapa está indexado a taxas de referência variáveis, estando actualmente a Inapa por essa via exposta ao risco de taxa de juro. Na medida em que a Inapa não cobre a sua exposição a variações adversas nas taxas de juro, tais variações poderão exercer um efeito material negativo na sua actividade, situação financeira e resultados. Contudo, e como forma de gerir estas variações, a área financeira do Grupo segue em permanência o desenvolvimento do mercado estando em condições de utilizar instrumentos financeiros que permitam minorar os efeitos da volatilidade das taxas de juro.
Em 31 de Dezembro de 2008, caso a taxa de referência utilizada nos empréstimos contraídos varie em 0,1%, mantendo todas as restantes variáveis constantes, os encargos financeiros anualizados teriam uma variação de cerca de 481 milhares de euros.
Em 31 de Dezembro de 2008 o desenvolvimento dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da maturidade ou data de revisão da taxa de juro (Euribor 1, 3 ou 6 meses) é apresentado como se segue:
| 31 de Dezembro de 2008 | Até 1 mês | 1 a 3 meses | 3 a 12 meses | 1 a 5 anos | Mais 5 anos | Total |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Activos | ||||||
| Não correntes | ||||||
| Activos financeiros disponiveis para venda | - | - | 13.268 | - | - | 13.268 |
| Correntes | ||||||
| Caixa e equivalentes de caixa | 5.345 | - | - | - | - | 5.345 |
| Total de Activos financeiros | 5.345 | - | 13.268 | - | - | 18.613 |
| Pass ivos |
||||||
| Não correntes | ||||||
| Empréstimos | - | 22.704 | 78.850 | 530 | 649 | 102.733 |
| Financiam. assoc. a activos financeiros | 134.770 | - | - | - | - | 134.770 |
| Outros passivos - locação financeira | 13.402 | - | - | - | - | 13.402 |
| Correntes | ||||||
| Empréstimos | 88.659 | 68.845 | 71.150 | 78 | 190 | 228.922 |
| Outros passivos - locação financeira | 1.096 | - | - | - | - | 1.096 |
| Total de Passivos financeiros | 237.927 | 91.549 | 150.000 | 608 | 839 | 480.924 |
A Inapa está exposta ao risco de crédito que concede aos seus clientes. O Grupo não tem concentrações de risco de crédito significativas e tem políticas de avaliação e acompanhamento do risco de crédito que asseguram que as vendas sejam efectuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado.
As empresas, sempre que a solução se mostra adequada às contingências com que se confrontam, recorrem à cobertura destes riscos através da contratação de seguros de crédito.
Adicionalmente, a Inapa segue uma política criteriosa e permanente de monitorização das contas de clientes, nomeadamente tendo em consideração a sua antiguidade
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A exposição máxima ao risco de crédito corresponde aos valores contabilísticos dos activos financeiros apresentados nos quadros seguintes, relativos à concentração do risco de crédito.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, a antiguidade dos saldos de clientes e o valor limite dos créditos contratados para a carteira de clientes é como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Valores não vencidos | 185.768 | 198.112 |
| Valores vencidos | ||
| de 1 a 30 dias | 8.217 | 7.916 |
| de 31 a 90 dias | 5.247 | 5.916 |
| + de 91 dias | 9.487 | 9.796 |
| 208.719 | 221.740 | |
| Com risco de cobrança | 13.274 | 14.185 |
| Imparidades | -11.873 | -13.438 |
| Saldo líquido de clientes | 210.120 | 222.487 |
| Limite de seguro de crédito | ||
| contratado | 333.778 | 331.759 |
Relativamente aos saldos vencidos a Inapa considera não haver riscos relevantes de perdas com a sua cobrança.
O quadro abaixo apresenta a exposição da Inapa ao risco de crédito em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, de acordo com os valores de balanço dos activos, categorizados por sector de actividade:
| 31 de Dezembro de 2008 | Distribuição | Packaging | Outras Actividades | Total |
|---|---|---|---|---|
| Activos | ||||
| Caixa e seus equivalentes | 5.059 | 87 | 199 | 5.345 |
| Activos disponiveis para venda | 73 | - | 13.458 | 13.531 |
| Clientes e Outros activos | 237.129 | 3.200 | 32.974 | 273.303 |
| Total de activos | 242.261 | 3.287 | 46.631 | 292.179 |
| 31 de Dezembro de 2007 | ||||
| Activos | ||||
| Caixa e seus equivalentes | 11.219 | 31 | 80.199 | 91.449 |
| Activos disponiveis para venda | 74 | - | 13.347 | 13.421 |
| Clientes e Outros activos | 235.242 | 1.485 | 42.794 | 279.521 |
| Total de activos | 246.535 | 1.516 | 136.340 | 384.391 |
O quadro abaixo apresenta a exposição da Inapa ao risco de crédito em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 de acordo com os valores de balanço dos activos, categorizados por área geográfica:
| 31 de Dezembro de 2008 | Ibéria | França | Suiça e Alemanha | Outros | Total |
|---|---|---|---|---|---|
| Activos | |||||
| Caixa e seus equivalentes | 754 | 76 | 3.846 | 669 | 5.345 |
| Activos disponíveis para venda | 13.504 | 5 | 19 | 3 | 13.531 |
| Clientes e Outros activos | 76.970 | 78.907 | 116.871 | 555 | 273.303 |
| 91.228 | 78.988 | 120.736 | 1.227 | 292.179 | |
| 31 de Dezembro de 2007 | |||||
| Activos | |||||
| Caixa e seus equivalentes | 86.315 | 451 | 3.647 | 1.036 | 91.449 |
| Activos disponíveis para venda | 13.393 | 7 | - | 21 | 13.421 |
| Clientes e Outros activos | 85.536 | 76.277 | 107.806 | 9.902 | 279.521 |
| 185.244 | 76.735 | 111.453 | 10.959 | 384.391 | |
A Inapa gere o risco de liquidez do Grupo actuando em duas vias: garantindo que a componente de médio e longo prazo da sua dívida financeira se adequa à capacidade esperada de geração de fundos e dispondo de facilidades de crédito disponíveis a todo o momento (linhas em conta corrente).
O quadro seguinte analisa os passivos financeiros remunerados do Grupo em 31 Dezembro de 2008 por grupos de maturidade relevantes, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual. Os montantes que constam da tabela são cash flows contratuais não descontados.
| 31 de Dezembro de 2008 | Menos de 1 mês | 1 a 3 meses | 3 a 12 meses | 1 a 5 anos | Mais de 5 anos | Total |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Pass ivos |
||||||
| Empréstimos e financiamentos | ||||||
| Papel comercial | 46 | 823 | 135.178 | - | - | 136.047 |
| Empréstimo bancários | 1.685 | 21.361 | 91.435 | 75.791 | 45.791 | 236.063 |
| Financ. associados a activos financeiros | 493 | 987 | 4.439 | 140.689 | - | 146.608 |
| Outros passivos - locação financeira | 479 | 6 | 1.447 | 9.011 | 8.752 | 19.695 |
| 2.703 | 23.177 | 232.499 | 225.491 | 54.543 | 538.413 | |
| 31 de Dezembro de 2007 | ||||||
| Pass ivos |
||||||
| Empréstimos e financiamentos | ||||||
| Papel comercial | - | 1.162 | 116.552 | - | - | 117.714 |
| Empréstimo bancários | 3.378 | 19.116 | 212.752 | 54.560 | 56.964 | 346.770 |
| Financ. associados a activos financeiros | 690 | 1.380 | 6.209 | 149.597 | - | 157.875 |
| Outros passivos - locação financeira | 470 | 7 | 1.462 | 9.131 | 10.262 | 21.332 |
| 4.537 | 21.665 | 336.975 | 213.288 | 67.226 | 643.692 | |
Inapa 096
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Relatório & Contas 2008
A reconciliação do balanço consolidado com as diversas categorias dos activos e passivos financeiros nele incluídos detalha-se como se segue:
| Crédito e valores | Activos disponíveis | Outros Passivos | |
|---|---|---|---|
| 31 de Dezembro de 2008 | a receber | para venda | Financeiros |
| activos | |||
| Activos disponíveis para venda | - | 13.531 | - |
| Outros activos não correntes | 18.547 | - | - |
| Clientes e Outros activos correntes | 254.756 | - | - |
| Caixa e seus equivalentes | 5.345 | - | - |
| Activos | 278.648 | 13.531 | - |
| Pass ivos |
|||
| Empréstimos e financiamentos | - | - | 237.503 |
| Outros passivos não correntes | - | - | 15.744 |
| Empréstimos correntes | - | - | 228.922 |
| Fornecedores e Outros passivos correntes | - | - | 89.877 |
| Passivos | - | - | 572.046 |
| Crédito e valores | Activos disponíveis | Outros Passivos | |
| 31 de Dezembro de 2007 | a receber | para venda | Financeiros |
| Activos | |||
| Activos disponíveis para venda | - | 13.421 | - |
| Outros activos não correntes | 18.046 | - | - |
| Clientes e Outros activos correntes | 261.475 | - | - |
| Caixa e seus equivalentes | 91.449 | - | - |
| Activos | 370.970 | 13.421 | - |
| Pass ivos |
|||
| Empréstimos e financiamentos | - | - | 213.332 |
| Outros passivos não correntes | - | - | 16.736 |
| Empréstimos correntes | - | - | 326.525 |
| Fornecedores e Outros passivos correntes | - | - | 109.256 |
| Passivos | - | - | 665.849 |
O justo valor dos activos e passivos financeiros é semelhante ao seu valor de balanço.
Em 2008 e 2007 os ganhos e perdas com activos e passivos financeiros analisam-se como segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Ganhos / (perdas) de empréstimos e contas a receber | -2.042 | -3.181 |
| Ganhos / (perdas) de outros passivos financeiros | - | - |
| Ganhos / (perdas) de instrumentos financeiros disponiveis para venda | 110 | - |
| Juros obtidos: | ||
| Provenientes de activos financeiros disponiveis para venda | 526 | 508 |
| Provenientes de empréstimos e outros valores a receber | 1.432 | 1.076 |
| Juros suportados: | ||
| Provenientes de passivos financeiros mensurados ao custo amortizado | -19.224 | -21.662 |
| Custos com comissões, garantias e out. custos com passivos financeiros | -14.840 | -15.394 |
| Total ganhos e perdas líquidos | -34.038 | -38.653 |
A preparação das demonstrações financeiras foi realizada em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites, por recurso a estimativas e assunções, que afectam os montantes reportados de activos e passivos e de proveitos e custos durante o período de reporte. Será de referir que apesar de as estimativas se terem baseado no melhor conhecimento do Conselho de Administração em relação aos eventos e acções correntes, os resultados reais podem, em última análise, vir a diferir das mesmas. É, no entanto, convicção do Conselho de Administração que as estimativas e assunções adoptadas não incorporam riscos significativos que possam causar, no decurso do próximo exercício, ajustamentos materiais ao valor dos activos e passivos.
As estimativas que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico dos activos e passivos no exercício seguinte são apresentadas abaixo:
O Grupo testa anualmente se existe ou não imparidade das diferenças de consolidação, de acordo com a política contabilística indicada na Nota 2.3. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de estimativas (Nota 8).
Inapa - - Relatório & Contas 2008 - - 098
No cálculo dos fluxos de caixa gerados pelas unidades geradoras de caixa foi estimado um crescimento médio das vendas que no caso de ser inferior em 0,5%, e todas as restantes variáveis permanecessem constantes, não corresponderia à necessidade de registar uma perda de imparidade. Por outro lado, caso a taxa de desconto fosse superior em 0,5 % e as restantes variáveis permanecessem constantes, também não seria registada uma perda de imparidade.
As responsabilidades com benefícios definidos são calculadas com base em determinados pressupostos actuariais. A diferença verificada entre os pressupostos utilizados e a realidade podem dar origem a efeitos mais ou menos relevantes nas demonstrações financeiras.
O Grupo está sujeito a impostos sobre o rendimento em diversas jurisdições sendo que o cálculo do imposto efectuado pelo Grupo está sujeito a revisão pelas diversas autoridades fiscais. Quando o resultado final dessas revisões é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nas provisões para impostos diferidos, no período em que tais diferenças são identificadas.
Adicionalmente, os activos por impostos diferidos correspondem ao valor de prejuízos fiscais para o qual existe expectativa de recuperação no futuro. A não recuperação dos prejuízos fiscais ou a alteração em futuros exercícios das expectativas de recuperação terão impacto nos resultados do exercício em que a situação se verificar.
As perdas por imparidade relativas a créditos de cobrança duvidosa são baseadas na avaliação efectuada pelo Grupo da probabilidade de recuperação dos saldos das contas a receber. Este processo de avaliação está sujeito a diversas estimativas e julgamentos. As alterações destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis de imparidade e, consequentemente, diferentes impactos nos resultados.
actividade de distribuição de papel, a actividade de "packaging", a actividade de "factoring" e a actividade de "visual communication". Estes últimos negócios encontram-se reunidos na rubrica Outros negócios. Em Outras actividades estão registados os valores relativos às "holdings" não imputados aos negócios identificados.
Os resultados e os activos e passivos de cada segmento correspondem àqueles que lhe são directamente atribuíveis ou os que, numa base razoável, lhes podem ser atribuídos. As transferências intersegmentais são efectuadas a preços de mercado e não são materialmente relevantes.
A apresentação da informação por segmentos é efectuada de acordo com os segmentos de negócio identificados, que são a Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, a informação financeira por segmentos de negócio, analisa-se da seguinte forma:
| 31 de Dezembro 2008 | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Distribuição | Outros negócios |
Outras actividades |
Eliminação de consolidação |
Consolidado | ||
| réditos | ||||||
| Vendas externas | 1.006.026 | 38.137 | - | - | 1.044.163 | |
| Vendas Inter-segmentais | 197 | 2.975 | - | -3.172 | - | |
| Outros réditos | 4.952 | 1.376 | 1.604 | - | 7.932 | |
| Réditos totais | 1.011.175 | 42.488 | 1.604 | -3.172 | 1.052.095 | |
| RESULTADOS | ||||||
| Resultados segmentais | 29.780 | 2.594 | 1.870 | -649 | 33.595 | |
| Resultados operacionais | 33.595 | |||||
| Gastos de juros | -19.703 | -1.055 | -20.760 | 7.000 | -34.518 | |
| Proveito de juros | 6.110 -425 |
15 29 |
3.020 - |
-6.517 - |
2.628 | |
| Impostos s/lucros | -396 1.310 |
|||||
| Resultados de actividades ordinárias | ||||||
| Ganhos/ (perdas) em associadas | -252 | |||||
| Resultado operações descontinuadas | 56 | |||||
| Resultado consolidado líquido | 1.114 | |||||
| Atribuível: | ||||||
| Detentores capital | 1.007 | |||||
| Interesses minoritários | 107 | |||||
| OUTRAS INFORMAÇÕES | ||||||
| Activos do segmento | 647.970 | 27.396 | 58.809 | - | 734.175 | |
| Investimento em Associadas | - | |||||
| Activos do Grupo não imputados | 28.636 | |||||
| Activos totais consolidados | 762.811 | |||||
| Passivos do segmento | 250.462 | 9.051 | 6.794 | - | 266.307 | |
| Passivos do Grupo não imputados | 346.242 | |||||
| Passivos totais consolidados | 612.549 | |||||
| Dispêndios de capital fixo | 2.306 | 663 | 120 | - | 3.089 | |
| Depreciações | 6.211 | 429 | 67 | - | 6.706 | |
| Provisões | 3.854 | 86 | - | - | 3.940 |
| 31 de Dezembro 2007 | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Distribuição | Outros negócios |
Outras actividades |
Eliminação de consolidação |
Consolidado | ||
| réditos | ||||||
| Vendas externas | 1.030.380 | 19.839 | - | - | 1.050.219 | |
| Vendas Inter-segmentais | 9 | - | - | -9 | - | |
| Outros réditos | 3.878 | 1.404 | 1.712 | - | 6.994 | |
| Réditos totais | 1.034.267 | 21.243 | 1.712 | -9 | 1.057.213 | |
| RESULTADOS | ||||||
| Resultados segmentais | 28.280 | 1.933 | 1.540 | -2.600 | 29.153 | |
| Resultados operacionais | 29.153 | |||||
| Gastos de juros | -24.980 | -387 | -13.385 | 1.588 | -37.164 | |
| Proveito de juros | 10.764 | 14 | 1.846 | -10.842 | 1.782 | |
| Impostos s/lucros | -3.628 | -566 | 2.584 | - | 328 | |
| Resultados de actividades ordinárias | -5.901 | |||||
| Ganhos/ (perdas) em associadas | -9 | |||||
| Resultado operações descontinuadas | -4.346 | |||||
| Resultado consolidado líquido | -10.256 | |||||
| Atribuível: | ||||||
| Detentores capital | -10.362 | |||||
| Interesses minoritários | 106 | |||||
| OUTRAS INFORMAÇÕES | ||||||
| Activos do segmento | 629.236 | 4.293 | 142.217 | - | 775.746 | |
| Investimento em Associadas | - | |||||
| Activos do Grupo não imputados | 79.903 | |||||
| Activos totais consolidados | 855.649 | |||||
| Passivos do segmento | 389.621 | 2.887 | 6.505 | - | 399.013 | |
| Passivos do Grupo não imputados | 308.515 | |||||
| Passivos totais consolidados | 707.528 | |||||
| Dispêndios de capital fixo | 2.483 | 72 | 58 | - | 2.613 | |
| Depreciações | 5.356 | 199 | 31 | 810 | 6.396 | |
| Provisões | 3.691 | 153 | 302 | - | 4.146 |
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 e nos exercícios findos naquelas datas, os valores dos activos localizados nos diferentes mercados onde a Inapa tem actividade de distribuição e as vendas e prestações de serviços por país analisam-se como se segue:
| 2008 | 2007 | ||||
|---|---|---|---|---|---|
| Activos | Vendas | Activos | Vendas | ||
| Alemanha | 175.747 | 545.966 | 194.638 | 573.358 | |
| França | 96.893 | 241.040 | 108.944 | 243.722 | |
| Outros | 375.330 | 219.020 | 325.654 | 213.300 | |
| 647.970 | 1.006.026 | 629.236 | 1.030.380 |
Inapa 100
-
-
Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
Durante os exercícios de 2008 e 2007, os movimentos ocorridos no valor dos activos tangíveis, bem como as respectivas amortizações, foram os seguintes:
| Terrenos | Edíficios e outras construções |
Equipamento básico | Equipamento de transporte |
Equipamento administrativo e outros |
Em curso | Total | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Activos fixos tan gíveis |
|||||||
| Custo de aquisição | |||||||
| Saldo em 1 de Janeiro de 2008 | 28.293 | 98.956 | 39.501 | 5.276 | 14.344 | 4 | 186.374 |
| Diferenças cambiais | - | - | 280 | 3 | 447 | - | 730 |
| Aumentos | - | 205 | 318 | 134 | 1063 | 540 | 2260 |
| Alienações | -930 | -2.593 | -425 | -1.108 | -1.653 | -9 | -6.718 |
| Transferências / abates | - | 2.104 | -2.104 | - | - | - | - |
| Variação no perímetro de consolidação | 43 | -274 | 503 | 69 | -20 | -2 | 320 |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2008 | 27.406 | 98.398 | 38.073 | 4.374 | 14.181 | 533 | 182.965 |
| Amortizações acumuladas | |||||||
| Saldo em 1 de Janeiro de 2008 | - | 30.414 | 28.975 | 4.655 | 12.335 | - | 76.379 |
| Diferenças cambiais | - | - | 258 | 5 | 386 | - - |
649 |
| Reforço | - - |
2.222 | 1.620 | 265 | 1.047 | - | 5.154 |
| Alienações | - | -1.180 | -406 | -1.053 | -1.280 | - | -3.919 |
| Transferências / abates | - | 658 | -433 | 5 | -256 | - | -26 441 |
| Variação no perímetro de consolidação | - | 244 32.357 |
46 30.060 |
-44 3.833 |
195 12.427 |
- | 78.677 |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2008 | |||||||
| Valor líquido | 27.406 | 66.041 | 8.013 | 541 | 1.754 | 533 | 104.288 |
| Activos fixos tan gíveis |
|||||||
| Custo de aquisição | |||||||
| Saldo em 1 de Janeiro de 2007 | 28.402 | 100.355 | 39.792 | 6.498 | 14.624 | 400 | 190.071 |
| Diferenças cambiais | - | -1 | -73 | -9 | -104 | - | -187 |
| Aumentos | 38 | 144 | 294 | 212 | 1.142 | 2 | 1.832 |
| Alienações | -53 | -893 | -535 | -1.225 | -538 | -398 | -3.642 |
| Transferências / abates | - | -220 | 54 | -53 | -519 | - | -738 |
| Variação no perímetro de consolidação | -94 | -429 | -31 | -147 | -261 | - | -962 |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2007 | 28.293 | 98.956 | 39.501 | 5.276 | 14.344 | 4 | 186.374 |
| Amortizações acumuladas | |||||||
| Saldo em 1 de Janeiro de 2007 | - | 29.461 | 27.525 | 5.654 | 12.312 | - | 74.952 |
| Diferenças cambiais | - | -1 | -68 | -5 | -97 | - | -171 |
| Reforço | - | 1.963 | 1.880 | 309 | 1.078 | - | 5.230 |
| Alienações | - | -651 | -501 | -1.162 | -517 | - | -2.831 |
| Transferências / abates | - | -292 | 156 | -61 | -211 | - | -408 |
| Variação no perímetro de consolidação | - | -66 | -17 | -80 | -230 | - | -393 |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2007 | - | 30.414 | 28.975 | 4.655 | 12.335 | - | 76.379 |
| Valor líquido | 28.293 | 68.542 | 10.526 | 621 | 2.009 | 4 | 109.995 |
Em 31 de Dezembro de 2008, as rubricas Transferências/abates e Variação no perímetro de consolidação, reflectem (i) o efeito da aquisição da Complott e da consolidação pelo método de consolidação integral da Logistipack,(ii) assim como o efeito da alienação da Papéis Carreira Açores, que se encontrava reflectido no saldo inicial.
Em 31 de Dezembro de 2007, as rubricas Transferências/abates e Variação no perímetro de consolidação, reflectem (i) o efeito da reclassificação para a rubrica específica do balanço - Activos de operações descontinuadas – dos activos tangíveis detidos na Inapa Itália e que se encontravam reflectidos no saldo inicial (ii) assim como o efeito da alienação da Papéis Carreira Madeira, e de parte da participação na Medialivros – Actividades Editoriais, SA deixando de estar incluído no perímetro de consolidação.
À data de 31 de Dezembro de 2008, o valor bruto do activo tangível financiado por contratos de locação financeira ascendia a 15.677 milhares de euros (2007: 16.003 milhares de euros), sendo as amortizações acumuladas de 2.732 milhares de euros (2007: 2.355 milhares de euros) e o valor em dívida de 14.498 milhares de euros (2007: 15.573 milhares de euros).
Os bens em regime de locação financeira registavam em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 os seguintes valores líquidos:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Terrenos | 2.182 | 2.182 |
| Edifícios e outras construções | 10.696 | 11.324 |
| Equipamento transporte | 67 | 142 |
| Total | 12.945 | 13.648 |
A variação do saldo registado na rubrica Goodwill durante os exercícios de 2008 e 2007 foi o seguinte:
| goodwill | |
|---|---|
| 1 de Janeiro de 2007 | |
| Valor de aquisição | 142.913 |
| Perdas de imparidade acumuladas | -11.766 |
| Saldo em 1 de Janeiro de 2007 | 131.147 |
| Movimentos em 2007 | |
| Diferenças cambiais | - |
| Aumentos | - |
| Reduções por imparidade | - |
| Transferências e abates | - |
| Variações no perímetro de consolidação | -20 |
| 131.127 | |
| 31 de Dezembro de 2007 | |
| Valor de aquisição | 142.893 |
| Perdas de imparidade acumuladas | -11.766 |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2007 | 131.127 |
| Movimentos em 2008 | |
| Diferenças cambiais | - |
| Aumentos | 6.814 |
| Reduções por imparidade | - |
| Transferências e abates | - |
| Variações no perímetro de consolidação | - |
| 137.941 | |
| 31 de Dezembro de 2008 | |
| Valor de aquisição | 149.707 |
| Perdas de imparidade acumuladas | -11.766 |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2008 | 137.941 |
Aquando da aquisição de diversas subsidiárias foram apuradas diferenças entre o valor de aquisição e o justo valor dos activos e passivos adquiridos.
A variação ocorrida no exercício de 2008 no valor do Goodwill resulta da aquisição da totalidade do capital social de duas empresas, a Complott e a Logistipack – Carton Service, sedeadas na Alemanha e em França e que desenvolvem actividade no "visual communication" e no"packaging", respectivamente. O valor do Goodwill foi determinado da seguinte forma:
-
-
| Complott | Logistipack | Total | |
|---|---|---|---|
| Valor de aquisição da participação | 6.024 | 1.500 | 7.524 |
| Valor dos capitais próprios | 593 | 601 | 1.194 |
| Goodwill | 5.431 | 899 | 6.330 |
Adicionalmente, foi efectuado um acerto no Goodwill da actividade de "packaging" no montante de 484 milhares de euros em resultado da concretização de condições previstas no contrato de aquisição, efectuada em exercícios anteriores, de uma das subsidiárias do Grupo.
Desenvolvendo as subsidiárias uma actividade essencialmente de distribuição de papel, do Conselho de Administração considerou que face à estreita interdependência das operações de distribuição e em cumprimento do IAS 36, se tomasse a actividade distribuidora no seu todo como um grupo de unidades geradoras de fluxos de caixa, sendo esta abordagem igualmente aplicável à actividade de "packaging" desenvolvida na Alemanha.
Nestas circunstâncias a alocação do Goodwill analisa-se como se segue:
| Packaging | Factoring | Visual Comun. | ||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Distribuição | Logistipack | Alemanha | PMF - Factoring | Complott | Total | |
| Goodwill | 125.112 | 899 | 5.946 | 553 | 5.431 | 137.941 |
Conforme já foi referido na Nota 2.3., os valores registados em Goodwill são sujeitos a testes de imparidade anuais ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor dos mesmos. O Grupo procede anualmente ao cálculo do valor recuperável dos activos e passivos associados à actividade de distribuição bem como das actividades de "packaging" e de "factoring", através da determinação do valor de uso, de acordo com o método de "discounted cash flow".
Os valores dos cálculos do teste de imparidade efectuado para efeitos das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008, foram suportados pelas expectativas de desenvolvimento do mercado, tendo sido elaboradas projecções de "cash flows" futuros, baseados em planos de médio e de longo prazo aprovados pelo Conselho de Administração que abrangem um período até 2013. As projecções de fluxos de caixa para além do período do plano são extrapoladas, utilizando as taxas de crescimento estimadas apresentadas abaixo. As taxas de crescimento consideradas nos testes de imparidade não excedem a taxa média de crescimento a longo prazo da actividade distribuidora nem das restantes operações.
Os gestores determinam a margem bruta orçada com base na performance passada e nas suas expectativas para o desenvolvimento do mercado. A taxa de crescimento média ponderada utilizada é consistente com as previsões incluídas nos relatórios do sector. A taxa de desconto utilizada é de 9,3% antes de impostos, correspondendo a 7,7% depois de impostos e reflecte riscos específicos relacionados com os segmentos relevantes.
Os pressupostos que serviram de base aos testes de imparidade foram os seguintes:
| 31 de Dezembro 2008 |
31 de Dezembro 2007 31 de Dezembro 2007 |
|
|---|---|---|
| Taxa de crescimento das vendas (na perpetuidade) |
2% | 2% |
| Margem EBITDA (Distribuição) | 4,6% | 4,6% |
| Taxa de inflação | 2,5% | 2,5% |
| Taxa de desconto após imposto | 7,7% | 7,5% |
| Taxa de desconto antes de imposto |
9,3% | 9% |
Durante os exercícios de 2008 e 2007, o movimento ocorrido nos activos intangíveis, bem como nas respectivas amortizações foram os seguintes:
| Propriedade industrial e outros direitos |
Outros activos intangíveis |
Adiantamentos | Total | |
|---|---|---|---|---|
| Activos fixos intan gíveis |
||||
| Custo de aquisição | ||||
| Saldo em 1 de Janeiro de 2008 | 148.612 | - | 249 | 148.861 |
| Diferenças cambiais | 17 | - | - | 17 |
| Aumentos | 1.201 | - | 42 | 1.243 |
| Alienações | -258 | - | -211 | -469 |
| Transferências / abates | 44 | - | - | 44 |
| Variação no perímetro de consolidação | - | - | - | - |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2008 | 149.616 | - | 80 | 149.696 |
| Amortizações acumuladas | ||||
| Saldo em 1 de Janeiro de 2008 | 42.069 | - | 42.069 | |
| Diferenças cambiais | - | - - |
- | - |
| Reforço | 1.532 | - | - | 1.532 |
| Alienações | -159 | - | - | -159 |
| Transferências / abates | -41 | - | - | -41 |
| Variação no perímetro de consolidação | 56 | - | - | 56 |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2008 | 43.457 | - | - | 43.457 |
| Valor líquido | 106.159 | 80 | 106.239 | |
| - | ||||
| Activos fixos intan gíveis |
||||
| Custo de aquisição | ||||
| Saldo em 1 de Janeiro de 2007 | 148.741 | - | 1.106 | 149.847 |
| Diferenças cambiais | -7 | - | - | -7 |
| Aumentos | 524 | - | 248 | 772 |
| Alienações | -86 | - | -68 | -154 |
| Transferências / abates | -478 | - | -1.037 | -1.515 |
| Variação no perímetro de consolidação | -82 | - | - | -82 |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2007 | 148.612 | - | 249 | 148.861 |
| Amortizações acumuladas | ||||
| Saldo em 1 de Janeiro de 2007 | 42.657 | - | - | 42.657 |
| Diferenças cambiais | - | - | - | - |
| Reforço | 1.166 | - | - | 1.166 |
| Alienações | -9 | - | - | -9 |
| Transferências / abates | -1.737 | - | - | -1.737 |
| Variação no perímetro de consolidação | -8 | - | - | -8 |
| - | - | 42.069 | ||
| Saldo em 31 de Dezembro de 2007 | 42.069 | |||
| - |
Inapa 104
-
-
O valor dos activos intangíveis em causa é sujeito a testes de imparidade anuais de harmonia com o disposto no IAS 36 de que resultou uma perda de imparidade de 27.464 milhares de euros registada em 2006, fixando-se o seu valor em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, no montante de 103.227 milhares de euros. Os testes de imparidade são baseados em avaliação efectuada por uma entidade especializada independente.
Em 31 de Dezembro de 2008 o restante valor registado em Propriedade industrial e outros direitos líquido de amortizações, no montante de 3.012 milhares de euros (31 de Dezembro de 2007: 3.316 milhares de euros), corresponde essencialmente a custos com software, patentes e outras licenças.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os investimentos em empresas associadas, tinham a seguinte composição:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Surpapel, SL | 1.002 | 1.022 |
| Logistipack - Carton Service | - | 539 |
| Medialivros | 479 | 441 |
| Inapa Angola | 63 | - |
| Inapa Logistics | 25 | 25 |
| Inapa Viscom | - | 25 |
| Inapa Vertriebsgesellschaft | 25 | 25 |
| 1.594 | 2.077 | |
Em 31 de Dezembro de 2008 e no exercício findo naquela data, a informação financeira relativamente a participações registadas em Partes de capital em empresas associadas é a seguinte:
| Sede Social | Activos | Capitais próprios |
Proveitos | Resultado Líquido |
% Capital detido |
Resultado apropriado |
Valor de balanço |
|
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Surpapel, SL | Polígono Industrial Guadalquivir, c/ Tecnologia, 1 41120 Gelves, Sevilha |
nd | nd | nd | -78,5 | 25% | -20 | 1.002 |
| Medialivros - Actividades Editoriais, SA |
Campo de Santa Clara 160, C/D 1100 Lisboa |
nd | nd | 2.572 * | -573,2 * | 40,5% | -232 * | 479 |
| Mafipa Netherland B.V (Megapapier) |
PO Box 1097 3430 BB Nieuwegein , Holanda |
122 | 117 | - | - | 100% | - | - |
| Inapa Angola | Rua Amilcar Cabral 211 Edf Amilcar Cabral 8º Piso - Luanda, Angola |
nd | nd | - | - | 100% | - | 63 |
| Inapa Logistics | Warburgstasse, 28 20354 Hamburg, Alemanha |
25 | 25 | - | - | 100% | - | 25 |
| Inapa Vertriebsgesellschaft |
Warburgstasse, 28 20354 Hamburg, Alemanha |
25 | 25 | - | - | 100% | - | 25 |
| -252 | 1.594 | |||||||
* Estimativa
O movimento ocorrido durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, na rubrica de Partes de capital em empresas associadas, foi o seguinte:
| Saldo em 1 de Janeiro de 2007 | 993 | |
|---|---|---|
| Aquisições | 1.093 | |
| Alienações | - | |
| Resultado apropriado | -9 | |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2007 | 2.077 | |
| Aquisições | 333 | |
| Alienações | -564 | |
| Resultado apropriado | -252 | |
| Saldo final em 31 de Dezembro de 2008 | 1.594 | |
Em 2008 as aquisições incluem o reforço no capital social da Medialivros, SA no montante de 270 milhares de euros, e o capital social da empresa constituída em finais de 2008, a Inapa Angola - Distribuição de Papel, SA, ainda sem actividade (ver Notas 36 e 37).
O valor considerado em Alienações corresponde à saída do valor do investimento financeiro na Logistipack- Carton Service, uma vez que o Grupo ao adquirir a totalidade do capital social desta passou a consolidar integralmente. Adicionalmente, verificouse neste exercício o início de actividade da empresa alemã Inapa Viscom, GmbH passando igualmente a ser consolidada pelo método integral (Ver Nota 36).
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, a rubrica Activos financeiros disponíveis para venda tinha a seguinte composição:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| BANIF - Unidades de participação em | ||
| fundos de investimento | 5.612 | 5.502 |
| MaisFIN - SGPS,SA | 200 | - |
| Solução - Corretores e Consultores | ||
| Seguros,SA | - | 200 |
| GIP – Gestão Informática de Papel, Lda | 50 | 50 |
| Opex | 13 | 13 |
| Outros | 7.656 | 7.656 |
| 13.531 | 13.421 | |
O movimento ocorrido durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, na rubrica Activos financeiros disponíveis para venda foi o seguinte:
| Saldo em 1 de Janeiro de 2007 | 19.285 | |
|---|---|---|
| Aquisições | 3 | |
| Alienações | -5.867 | |
| Variação de justo valor | - | |
| Saldo final em 31 de Dezembro de 2007 | 13.421 | |
| Aquisições | 200 | |
| Alienações | -200 | |
| Variação de justo valor | 110 | |
| Saldo final em 31 de Dezembro de 2008 | 13.531 |
Durante o exercício de 2007 foram alienadas a totalidade das acções em carteira da José Mello SGPS, SA e da Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio, SA, tendo sido apurada uma mais valia de cerca de 17 milhares de euros. Adicionalmente, procedeu-se à alienação em Abril de 2007 da totalidade do capital social da Inaveste - Mediação de Seguros tendo originado uma mais valia de 20 milhares de euros.
Inapa 106
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Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
Todas as situações que possam vir a afectar significativamente os impostos futuros encontram-se registadas nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007.
Em 2008 e 2007, o movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos, foi o seguinte:
| 01 de Janeiro de 2008 |
Variações no perímetro |
Reservas de justo valor e outra reservas |
Resultado do exercício |
31 de Dezembro de 2008 |
|
|---|---|---|---|---|---|
| Activos por impostos diferidos | |||||
| Provisões tributadas | 368 | - | - | -309 | 59 |
| Prejuízos fiscais reportáveis | 21.742 | - | - | 1.422 | 23.164 |
| Outros | 3.872 | - | - | -172 | 3.700 |
| 25.982 | - | - | 941 | 26.923 | |
| Passivos por impostos diferidos | |||||
| Reavaliação de activos imobilizados | -9.155 | - | - | -70 | -9.225 |
| Amortizações | -8.394 | - | - | -509 | -8.903 |
| Outros | -3.531 | - | - | 37 | -3.494 |
| -21.080 | - | - | -542 | -21.622 | |
| Impostos diferidos líquidos | 4.902 | - | - | 399 | 5.301 |
| 01 de Janeiro de 2007 |
Variações no perímetro |
Reservas de justo valor e outra reservas |
Resultado do exercício |
31 de Dezembro de 2007 |
|
|---|---|---|---|---|---|
| Activos por impostos diferidos | |||||
| Provisões tributadas | 748 | - | - | -380 | 368 |
| Prejuízos fiscais reportáveis | 15.670 | - | - | 6.072 | 21.742 |
| Reavaliação e ajustes de imobilizado | - | - | - | - | - |
| Outros | 2.547 | - | - | 1.325 | 3.872 |
| 18.965 | 7.017 | 25.982 | |||
| Passivos por impostos diferidos | |||||
| Reavaliação de activos imobilizados | -8.617 | - | - | -538 | -9.155 |
| Amortizações | -5.791 | - | - | -2.603 | -8.394 |
| Outros | -3.622 | - | - | 91 | -3.531 |
| -18.030 | - | - | -3.050 | -21.080 | |
| Impostos diferidos líquidos | 935 | 3.967 | 4.902 | ||
São reconhecidos impostos diferidos activos sobre prejuízos fiscais na medida em que seja provável a realização do respectivo benefício fiscal, através da existência de lucros tributáveis futuros. O Grupo reconheceu impostos diferidos activos no valor de 23.164 milhares de euros referentes a prejuízos fiscais que podem ser deduzidos aos lucros tributáveis futuros, e que se detalham como se segue:
| Empresa | Valor do imposto |
Data limite de utilização |
|---|---|---|
| Inapa France | 10.203 | ilimitado |
| Grupo Português | 5.128 | 2013-2014 |
| Inapa Distribuición Ibérica (Espanha) | 5.301 | 2018-2022 |
| Inapa Suisse | 610 | 2009-2011 |
| Inapa Belgique | 1.458 | ilimitado |
| Outras | 464 | |
| 23.164 | ||
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os Inventários decompõem-se como segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Produtos e trabalhos em curso | - | - |
| Produtos acabados e intermédios | - | - |
| Mercadorias | 85.004 | 80.846 |
| 85.004 | 80.846 | |
| Ajustamento para valor de realização (Nota 17) | -1.577 | -2.049 |
| 83.427 | 78.797 | |
Não foram consignadas existências como garantia do cumprimento de obrigações contratuais.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os Clientes decompõem-se como segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Clientes | ||
| Clientes c/ corrente | 182.473 | 193.414 |
| Clientes c/ letras | 26.246 | 28.326 |
| Clientes cobrança duvidosa | 13.274 | 14.185 |
| 221.993 | 235.925 | |
| Perdas de imparidade acumuladas (Nota 17) | -11.873 | -13.438 |
| Clientes - saldo líquido | 210.120 | 222.487 |
Durante os exercícios de 2008 e 2007, o Grupo reconheceu uma perda por imparidade no montante 3.297 milhares de euros e de 3.814 milhares de euros respectivamente, relativo ao reforço da imparidade de clientes, o qual foi registado na rubrica de Outros custos.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, a rubrica de Impostos a recuperar decompõem-se como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Imposto sobre o Rendimento | 6.353 | 5.849 |
| Imposto sobre o Valor Acrescentado | 3.083 | 3.391 |
| Outros impostos | 393 | 2.258 |
| 9.829 | 11.498 | |
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os saldos das rubricas Outros activos correntes e não correntes analisam-se como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Outros activos não correntes | ||
| Outros devedores | 18.547 | 18.046 |
| 18.547 | 18.046 | |
| Outros activos correntes | ||
| Empresas participadas e participantes | 86 | 191 |
| Adiantamentos a fornecedores | 264 | 794 |
| Outros devedores | 15.783 | 11.366 |
| Acréscimo de proveitos | 27.538 | 23.217 |
| Custos diferidos | 965 | 3.420 |
| 44.636 | 38.988 | |
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, a rubrica Outros devedores – não correntes inclui um crédito de 16,7 milhões de euros da Inapa - IPG sobre a Fimopriv H, SA decorrente da aquisição por esta sociedade de participações de que a Inapa - IPG era titular. A Inapa - IPG admite, no futuro, vir a mobilizar este seu crédito para aquisição da participação de que Fimopriv H, SA é titular no capital de Papier Union, GmbH.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, a rubrica de Acréscimo de proveitos corresponde, fundamentalmente, à especialização no final do exercício do valor a receber relativo a proveitos obtidos pelo Grupo resultantes de processos de negociação, sobre compras e bónus sobre compras a receber dos fornecedores. Adicionalmente, a rubrica de Custos diferidos inclui juros a pagar, despesas bancárias e outros encargos financeiros especializados no final do exercício e a serem reconhecidos no exercício seguinte.
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Relatório & Contas 2008
A discriminação de caixa e equivalentes de caixa em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, analisa-se como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis | 5.275 | 90.358 |
| Númerário | 70 | 1.091 |
| Caixa e seus equivalentes no balanço | 5.345 | 91.449 |
| Descobertos bancários | -100.062 | -98.525 |
| Caixa e seus equivalentes na demonstração dos fluxos de caixa |
-94.717 | -7.076 |
A rubrica de Depósitos bancários em 2007 incluía uma aplicação de curto prazo, no montante de 80 milhões de euros, cuja data de vencimento ocorreu em Fevereiro de 2008.
Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras, incluídos no balanço na rubrica de Empréstimos (Nota 22).
Durante os exercícios de 2008 e 2007, as imparidades de activos reconhecidas tiveram os seguintes movimentos:
| Goodwill | Outros activos intangíveis | Inventários | Clientes | Total | |
|---|---|---|---|---|---|
| Saldo em 1 de Janeiro de 2007 | 11.766 | 27.464 | 2.508 | 15.102 | 56.840 |
| Reforço | - | - | 229 | 3.814 | 4.043 |
| Utilizações | - | - | -688 | -5.289 | -5.977 |
| Reversões | - | - | - | -189 | -189 |
| Variações no perímetro de consolidação | - | - | - | - | - |
| Ajustamento cambial | - | - | - | - | - |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2007 | 11.766 | 27.464 | 2.049 | 13.438 | 54.717 |
| Reforço | - | - | 644 | 3.297 | 3.941 |
| Utilizações | - | - | -1.121 | -4.718 | -5.839 |
| Reversões | - | - | - | 62 | 62 |
| Reclassificações | - | - | - | -292 | -292 |
| Variações no perímetro de consolidação | - | - | 5 | 69 | 74 |
| Ajustamento cambial | - | - | - | 17 | 17 |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2008 | 11.766 | 27.464 | 1.577 | 11.873 | 52.680 |
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, o capital social era representado por 150.000.000 de acções ordinárias com o valor nominal de 1 euro cada. O capital social encontra-se integralmente subscrito e realizado.
Na reunião da Assembleia-Geral da Inapa - IPG realizada em 31 de Maio de 2007 foi aprovado o seguinte:
a) a redução do capital social da Sociedade de 150.000.000 euros, correspondendo a 30.000.000 de acções com o valor nominal de 5 euros cada, para 136.185.065 euros através da extinção de 2.762.987 acções próprias que a Inapa - IPG detinha em carteira. Na sequência desta extinção foram transferidos os descontos e prémios relativos a acções próprias no valor de 1.308 milhares de euros para rubrica de Outras reservas;
b) com base nas demonstrações financeiras individuais de 31 de Dezembro de 2006, a cobertura de perdas evidenciadas no capital próprio através de Outras reservas no montante de 80.541.858 euros, de Prémios de emissão de acções no montante 12.026.687 euros e pela redução do capital social em 108.948.052 euros. A redução de capital social foi formalizada através da redução do valor nominal unitário das acções emitidas de 5 euros para 1 euro;
c) o aumento de capital social da Inapa - IPG para até 150.000.000 milhões de euros através de novas entradas em dinheiro e com reserva de preferência dos accionistas. O aumento concretizou-se em Dezembro de 2007 e correspondeu à emissão de 122.762.987 novas acções com valor nominal de 1 euro cada.
Com excepção da Parpública – Participações Públicas, SGPS, SA, que detinha 49.084.738 acções que correspondiam, a 31 de Dezembro de 2008, a 32,72% do capital e dos direitos de voto, da Cofihold – SGPS, SA, que detinha 6.494.896 acções correspondentes a 4,33% do capital e dos direitos de voto, do Banco Comercial Português, SA, a quem são de imputar 27.391.047 acções correspondentes 18,26% do capital e dos direitos de voto (*) e do Sr. José Augusto Martins Fazendeiro, a quem são de imputar 3.083.851 acções correspondentes a 2,06% do capital e dos direitos de voto (**), não eram conhecidos à data do encerramento do exercício outras pessoas, singulares ou colectivas, que fossem titulares ou a quem fossem de imputar participações sociais atribuindo direitos de votos iguais ou superiores a 2%.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os accionistas com participações iguais ou superiores a 2% resumem-se como se segue:
| 2008 | 2007 | |||
|---|---|---|---|---|
| Accionista | Acções | % | Acções | % |
| Parpública – Participações Públicas (SGPS), SA | 49.084.738 | 32,72% | 49.084.738 | 32,72% |
| Fundo de Pensões do Grupo Banco Comercial Português | 16.521.635 | 11,01% | 16.521.635 | 11,01% |
| Banco Comercial Português | 10.315.846 | 6,88% | 9.627.636 | 6,42% |
| Cofihold, SGPS, SA | 6.494.896 | 4,33% | 8.457.062 | 5,64% |
| Banco Millennium BCP Investimento, SA | 553.566 | 0,37% | 7.003.566 | 4,67% |
| José Augusto Martins Fazendeiro | ||||
| Próprias | 3.033.851 | 2,02% | - | - |
| Acções detidas por pessoa ou entidade contemplada no artº 447 |
50.000 | 0,03% | - | - |
-
-
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, o Grupo não detinha acções próprias.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, as rubricas Prémios de emissão de acções, Reservas e Resultados transitados decompõem-se da seguinte forma:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Prémios de emissão de acções | 2.937 | 2.937 |
| Reserva de conversão cambial | 1.236 | -263 |
| Reservas de reavaliação | 32.330 | 32.758 |
| Reserva legal | 7.500 | 7.500 |
| Outras reservas | 225 | 225 |
| 41.291 | 40.220 | |
| Resultados transitados | -46.006 | -35.992 |
Os Prémios de emissão de acções correspondem à diferença entre o valor nominal das acções da Inapa - IPG adquiridas e o seu valor de realização e não são distribuíveis sob a forma de dividendos mas poderão ser utilizados para incorporação no Capital ou para cobertura de prejuízos.
A Reserva de conversão cambial inclui a diferença da conversão cambial de todos os activos e passivos do Grupo expressos em moedas estrangeira para euros utilizando as taxas de câmbio vigentes na data do balanço.
As Reservas de reavaliação correspondem ao valor dos bens reavaliados à data de transição para os IAS/IFRS.
A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinada ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Sociedade, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
De acordo com a decisão tomada em 9 de Abril de 2008 pela Assembleia Geral da Inapa - IPG, os resultados negativos do exercício de 2007 no montante de 10.362.106,1 euros foram transferidos para resultados transitados.
O cálculo do resultado básico por acção baseia-se no resultado líquido atribuível aos accionistas da Inapa - IPG e no número médio ponderado de acções ordinárias em circulação. Em virtude de não existirem operações diluidoras das acções da Inapa - IPG, o resultado diluído por acção é igual ao resultado básico por acção, conforme se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Resultado líquido do exercício - em euros | 1.007.489 | -10.362.106 |
| Número médio ponderado de acções ordinárias | 150.000.000 | 27.222.373 |
| Resultado básico por acção - em euros | 0,007 | -0,381 |
| Resultado diluído por acção - em euros | 0,007 | -0,381 |
| Resultado básico por acção de operações continuadas - em euros | 0,006 | -0,221 |
| Resultado diluído por acção de operações continuadas - em euros | 0,006 | -0,221 |
| Resultado básico por acção de operações descontinuadas - em euros | 0,000 | -0,160 |
| Resultado diluído por acção de operações descontinuadas - em euros | 0,000 | -0,160 |
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, o valor da rubrica Interesses minoritários incluída no capital próprio, refere-se às seguintes empresas subsidiárias:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Papier Union | 968 | 968 |
| Papéis Carreira Açores | - | 282 |
| Outros | 65 | 68 |
| 1.033 | 1.318 | |
O movimento ocorrido na rubrica Interesses minoritários durante o exercício de 2008, resulta da distribuição de dividendos e da alienação da participação na Papéis Carreira Açores, Lda.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os empréstimos tinham a seguinte composição:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Dívida corrente | ||
| Empréstimos bancários | ||
| a) Descobertos bancários e financiamentos de curto prazo |
100.062 | 98.525 |
| b) Papel comercial, reembolsável pelo seu valor nominal, com maturidade até um ano, renovável |
124.000 | 103.000 |
| Financiamento de médio e longo prazo (parcela com maturidade até 1 ano) | 4.860 | - |
| Outros empréstimos obtidos | ||
| c) Titularização de dívida bancária efectuada por uma instituição de crédito |
- | 125.000 |
| Total da dívida corrente | 228.922 | 326.525 |
| Dívida não corrente |
||
| Empréstimos bancários | ||
| d) Financiamento de médio e longo prazo |
102.733 | 80.292 |
| 102.733 | 80.292 | |
| Financiamentos associados a activos financeiros - titularização de créditos (Nota 37) | 134.770 | 133.040 |
| Total da dívida não corrente | 237.503 | 213.332 |
| 466.425 | 539.857 | |
a) Os descobertos bancários têm períodos de renovação anuais e vencem juros à taxa Euribor a 1 ou 3 meses acrescida de um spread médio de 1,45 pontos percentuais.
b) A dívida relativa a Papel comercial detalha-se como segue: i) Programa de Papel Comercial, emitido pela Inapa - IPG em 2005 com garantia de subscrição, no valor de 30.000.000 euros,
Inapa 112
-
-
A taxa de juro nominal máxima é a taxa Euribor do período de emissão acrescida de 1,25 pontos percentuais. Em Dezembro de 2008, o valor deste programa ascendia a 12.000.000 euros. Os juros são debitados nas datas das emissões.
ii) Programa de Papel Comercial, emitido pela Inapa - IPG em 2004 com garantia de subscrição, no valor de 20.000.000 euros, a ser reembolsado em 2009. A taxa de juro nominal máxima é a taxa Euribor do período de emissão acrescida de 0,9 pontos percentuais. Os juros são debitados nas datas das emissões.
iii) Programa de Papel Comercial, emitido pela Inapa - IPG em 2005 com garantia de subscrição, no valor de 29.000.000 euros, a ser reembolsado em 2010. A taxa de juro nominal máxima é a taxa Euribor do período de emissão acrescida de 0,2 pontos percentuais. Os juros são debitados nas datas das emissões.
iv) Programa de Papel Comercial, emitido em 2004 conjuntamente pela Inapa - IPG e pela Inapa Portugal com garantia de subscrição, no valor de 20.000.000 euros, a ser reembolsado em 2009. A taxa de juro nominal máxima é a taxa Euribor do período de emissão acrescida de 0,10 pontos percentuais. Os juros são debitados nas datas das emissões.
v) Programa de Papel Comercial, emitido em 2004 pela Inapa - IPG em 2005 com garantia de subscrição no valor de 5.000.000 euros, a ser reembolsado em 2010. A taxa de juro nominal é a taxa Euribor do período de emissão acrescida de 0,25 pontos percentuais. Os juros são debitados nas datas das emissões.
vi) Programa de Papel Comercial, emitido pela Inapa - IPG em 2008 com garantia de subscrição, no valor de 22.000.000 euros, a ser reembolsado em 3 prestações anuais , vencendo-se a primeira em 2011 e a última em 2013. A taxa de juro nominal máxima é a taxa Euribor do período de emissão acrescida de 1,4 pontos percentuais. Os juros são debitados nas datas das emissões.
vii) Programa de Papel Comercial, emitido pela Inapa - IPG em 2008 com garantia de subscrição, no valor de 11.000.000 euros, a ser reembolsado em 2013. A taxa de juro nominal máxima é a taxa Euribor do período de emissão acrescida de 1,15 pontos percentuais. Os juros são debitados nas datas das emissões.
viii) Programa de Papel Comercial, emitido pela Inapa Portugal em 1999 com garantia de subscrição no valor de 5.000.000 euros, a ser reembolsado em 2010. A taxa de juro nominal é a taxa Euribor do período de emissão acrescida de 0,25 pontos percentuais. Os juros são debitados nas datas das emissões.
c) A titularização da dívida bancária no valor de 125.000.000 euros, venceu-se em Fevereiro de 2008.
d) O financiamento de médio e longo prazo detalha-se, essencialmente, como se segue:
i) Empréstimos bancários no valor de 78.850 milhares de euros. Vencem juros à taxa Euribor a 6 meses acrescido de 1,75 pontos percentuais. Os juros são debitados semestralmente, em Abril e Outubro. Os empréstimos serão reembolsados em 10 prestações anuais, a primeira em 2009 e a última em 2018.
ii) Empréstimo bancário no valor de 21.000 milhares de euros. Vence juros à taxa Euribor a 3 meses acrescido de 1,5 pontos percentuais. Os juros são debitados trimestralmente. O empréstimo será integralmente reembolsado em 2013.
iii) Empréstimo bancário no valor de 1.728,8 milhares de euros. Vence juros à taxa Euribor a 3 meses acrescido de 2 pontos percentuais. Os juros são debitados mensalmente sendo o capital reembolsado em iguais prestações mensais até 2012.
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Dívida relativa a locações financeiras e outra |
||
| Fornecedores de Imobilizado não correntes | ||
| locação financeira | 13.402 | 14.484 |
| Fornecedores de Imobilizado correntes | ||
| locação financeira | 1.096 | 1.089 |
| 14.498 | 15.573 | |
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os empréstimos obtidos não correntes, correntes e as responsabilidades com contratos de locação financeira apresentam os seguintes termos e prazos de reembolso:
| 2008 | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Moeda | Tx . de juro média | Inferior 1 ano | 1 a 5 anos | superior a 5 anos | Total | |
| Descobertos bancários | Eur | 5,7% | 100.061 | - | - | 100.061 |
| Descobertos bancários | CHF | 3,7% | 1 | - | - | 1 |
| Papel Comercial | Eur | 6,9% | 124.000 | - | - | 124.000 |
| Empréstimos | Eur | 6,3% | 4.860 | 60.856 | 41.877 | 107.593 |
| Financiam. assoc. a activos financeiros | Eur | 4,9% | - | 134.770 | - | 134.770 |
| Responsabilidades locação financeira | Eur | 5,6% | 1.096 | 5.933 | 7.469 | 14.498 |
| 230.018 | 201.559 | 49.346 | 480.923 |
| 2007 | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Descobertos bancários | Eur | 5,9% | 96.863 | - | - | 96.863 |
| Descobertos bancários | CHF | 3,2% | 1.662 | - | - | 1.662 |
| Papel Comercial | Eur | 5,5% | 103.000 | - | - | 103.000 |
| Empréstimos | Eur | 5,5% | 125.000 | 24.292 | 56.000 | 205.292 |
| Financiam. assoc. a activos financeiros | Eur | 4,9% | - | 133.040 | - | 133.040 |
| Responsabilidades locação financeira | Eur | 5,7% | 1.089 | 6.113 | 8.371 | 15.573 |
| 327.614 | 163.445 | 64.371 | 555.430 |
Em 31 de Dezembro de 2008, o Grupo tinha disponíveis cerca de 38.800 milhares de euros relativos a linhas de crédito que não se encontravam utilizadas (31 de Dezembro de 2007: 39.601 milhares de euros).
Foi dada como garantia dos empréstimos por uma das empresas do Grupo um armazém no valor de 615 milhares de euros.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, o montante líquido da divida financeira consolidada é o seguinte:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Empréstimos | ||
| Correntes | 228.922 | 326.525 |
| Não correntes | 102.733 | 80.292 |
| 331.655 | 406.817 | |
| Financiamentos associados a titularização de créditos | 134.770 | 133.040 |
| Dívidas por locações financeiras | 14.498 | 15.573 |
| 480.923 | 555.430 | |
| Caixa e seus equivalentes | 5.345 | 91.449 |
| Investimentos financeiros negociáveis (títulos cotados) | - | - |
| Investimentos financeiros disponiveis para venda (títulos cotados) | - | - |
| 5.345 | 91.449 | |
| 475.578 | 463.981 | |
A rubrica de caixa e seus equivalentes incluía em 31 de Dezembro de 2007, uma aplicação de curto prazo, cujo vencimento ocorreu em Fevereiro de 2008, no montante de 80.000 milhares de euros que venceu juros à taxa de 4,6%.
Inapa 114
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Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
Durante os exercícios de 2008 e de 2007, realizaram-se os seguintes movimentos na rubrica de Provisões:
| Saldo em 1 de Janeiro de 2007 | 1.106 |
|---|---|
| Reforço | 407 |
| Utilizações | -716 |
| Transferências | -21 |
| Variações no perímetro de consolidação | - |
| Ajustamento cambial | - |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2007 | 776 |
| Reforço | 4.238 |
| Utilizações | -444 |
| Transferências | -13 |
| Variações no perímetro de consolidação | 26 |
| Ajustamento cambial | - |
| Saldo em 31 de Dezembro de 2008 | 4.583 |
O saldo desta rubrica corresponde a provisões para fazer face aos riscos inerentes a litígios associados a processos judiciais em curso.
Nas provisões em causa inclui-se uma provisão de 3,8 milhões de euros registada em 2008 para cobertura dos riscos associados a um processo de contraordenadação instaurada à Papier Union, GmbH pela Autoridade da Concorrência Alemã (Bundeskartellamt) em momento anterior à sua aquisição pelo Grupo.
O montante encontra-se definitivamente fixado no valor acima referido, sendo de sublinhar que, por força do contrato de compra e venda, a responsabilidade por tal coima incumbe aos anteriores accionistas que, para garantia do respectivo pagamento, constituíram, um "escrow account" junto ao Deutsche Bank (sucursal de Iserlohn) pelo montante de 11,3 milhões de euros.
O crédito da Sociedade sobre os anteriores accionistas encontra-se relevado na rubrica de Outros devedores pelo montante da coima acima mencionada (3,8 milhões de euros).
Relativamente aos processos de contra-ordenação de que a Sociedade foi objecto por parte da CMVM e da acção interposta por Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio, SA, ver Nota 34 – Contingências.
Conforme referido na Nota 2.22, o Grupo implementou planos de pensões de benefícios definidos, relativamente a alguns dos seus trabalhadores. Adicionalmente, atribui outro tipo de benefícios pós-emprego conforme abaixo descriminados.
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Saldos no balanço para: | ||
| Benefícios concedidos a empregados: | ||
| Complementos de pensões de reforma - benefícios definidos |
1.071 | 1.156 |
| Outros benefícios definidos pós-emprego | 1.774 | 1.659 |
| Outros | 87 | 18 |
| 2.932 | 2.833 | |
| Gastos na demonstração de resultados: | ||
| Complementos de pensões de reforma - benefícios definidos |
127 | 826 |
| Outros benefícios pós-emprego - benefícios definidos |
204 | 182 |
| Plano Inapa - IPG | - | 100 |
| Complementos de pensões de reforma - contribuição definida |
477 | 538 |
| 808 | 1.646 | |
Na reunião da Assembleia Geral da Inapa - IPG de 31 de Maio de 2007, foi aprovada a extinção do regime complementar de reforma dos Administradores, sendo que as responsabilidades da Inapa - IPG aquela data estavam cobertas pelo Fundo para o efeito constituído. Assim, no balanço de 31 de Dezembro de 2007, não se encontra registado no balanço qualquer montante relacionado com este regime complementar de pensões.
Em 31 de Dezembro de 2008, não existem quaisquer planos de pensões para membros dos órgãos sociais ou empregados das sociedades portuguesas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2007, estava constituído um seguro afecto à responsabilidade de complemento de pensões de reforma relativo a administradores de uma das subsidiárias. O valor da responsabilidade por serviços totais a 31 de Dezembro de 2007 ascendia a 911,9 milhares de euros, e encontrava-se totalmente coberto em 31 de Dezembro de 2007 pelo valor das entregas entretanto efectuadas. No início de 2008 estas responsabilidades e o respectivo seguro venceram-se deixando o Grupo de ter qualquer responsabilidade relativamente a este benefício concedido.
Existem planos de benefício definido para doze colaboradores da Inapa France, cuja gestão é efectuada por uma entidade externa. A responsabilidade encontra-se financiada em parte pelo justo valor dos activos geridos por uma entidade externa (companhia de seguros), sendo efectuadas entregas anuais.
Os estudos actuariais efectuados por uma entidade independente, reportados a 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, consideraram os seguintes pressupostos actuariais:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Taxas previstas de evolução salarial | 2,5% | 2,5% |
| Taxas de desconto | 6,30% | 5,25% |
| Tábua de mortalidade | INSEE 2000-2002 | INSEE 2000-2002 |
De acordo com o respectivo estudo actuarial, em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, o valor presente da obrigação correspondente aos benefícios de reforma definidos e respectiva provisão contabilística, era como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Saldos do balanço | ||
| Responsabilidades por serviços passados | 1.348 | 1.289 |
| Valor dos activos do Fundo | 506 | 431 |
| Valor actual das responsabilidades não cobertas | 842 | 858 |
| Custo dos serviços passados não reconhecidos | -842 | -858 |
| Responsabilidade Líquida | - | - |
-
-
Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
O movimento registado nas responsabilidades com serviços passados relativas a complementos com pensões e respectivo fundo constituído foi como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Responsabilidades | ||
| Saldo inicial | 1.289 | 6.266 |
| Serviços correntes | 70 | 91 |
| Custo dos juros | 68 | 67 |
| Perdas/ (ganhos) actuariais | -16 | -685 |
| Benefícios Pagos | -63 | -4.450 |
| Saldo Final | 1.348 | 1.289 |
Os movimentos registados no fundo constituído foram como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Fundo | ||
| Saldo inicial | 431 | 4.121 |
| Contribuições para o fundo | 125 | 758 |
| Retorno esperado dos activos do plano | 19 | 22 |
| (Perdas)/ganhos actuariais (dif. entre rend. | ||
| esperado e real) | -6 | -20 |
| Prestações pagas | -63 | -4.450 |
| Saldo Final | 506 | 431 |
Os movimentos verificados nos custos dos serviços passados não reconhecidos em resultados foram os seguintes:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Custo dos serviços passados não reconhecidos |
||
| Saldo inicial | 858 | 2.145 |
| Perdas/(ganhos) actuariais do período não reconhecidos em resultados |
-10 | -665 |
| Reconhecimentos em resultados de ganhos/ (perdas) actuariais |
-6 | -622 |
| Saldo Final | 842 | 858 |
Os valores reconhecidos na demonstração de resultados, são como se seguem:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Custos do exercício | ||
| Custos dos serviços correntes | 70 | 91 |
| Custo de juros | 68 | 67 |
| Rentabilidade esperada dos activos do plano | -19 | -22 |
| Reconhecimento de (ganhos)/perdas actuariais | 6 | 622 |
| Total incluído em Custos com pessoal | 125 | 758 |
A Papier Union, GmbH, atribuiu a 29 dos seus actuais colaboradores e ex-colaboradores, activos e pensionistas, um esquema de complemento de pensões de reforma (trancado em 1982), calculado tendo por base 0,4% do salário auferido em cada ano de serviço na empresa até ao máximo de 12%. A responsabilidade relativa a este plano de pensões não está coberta por qualquer fundo constituído para o efeito, pelo que se encontra integralmente registada no balanço do Grupo.
Esta responsabilidade, apurada tendo por base um estudo actuarial efectuado por uma entidade independente, para efeitos de aplicação da Norma Internacional de Relato Financeiro nº 19, é reconhecida em balanço na rubrica de Benefícios concedidos a empregados e ascende, em 31 de Dezembro de 2008, a 1.071 milhares de euros (2007: 1.156 milhares de euros).
Os estudos actuariais efectuados por uma entidade independente, reportados a 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, consideraram os seguintes pressupostos actuariais:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Taxas previstas de evolução salarial | 2,0% | 2,0% |
| Taxas de desconto | 6,3% | 4,5% |
| Taxa de crescimento das pensões | 2,0% | 2,0% |
| Tábua de mortalidade | Heubeck2005 G | Heubeck2005 G |
De acordo com o respectivo estudo actuarial, em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, o valor presente da obrigação correspondente aos benefícios de reforma definidos e respectiva provisão contabilística, eram como se segue:
| Saldos do balanço | 2008 | 2007 |
|---|---|---|
| Responsabilidades por serviços passados |
998 | 1.259 |
| Custo dos serviços passados não | ||
| reconhecidos | 73 | -103 |
| Responsabilidade Liquída | 1.071 | 1.156 |
O movimento registado nas responsabilidades com serviços passados foi como se segue:
| Responsabilidades | 2008 | 2007 |
|---|---|---|
| Saldo inicial | 1.259 | 1.266 |
| Serviços correntes | 13 | 12 |
| Custo dos juros | 54 | 56 |
| Perdas/(ganhos) actuariais | -254 | - |
| Benefícios pagos | -74 | -75 |
| Saldo final | 998 | 1.259 |
Os movimentos verificados nos custos dos serviços passados não reconhecidos em resultados foram os seguintes:
| 2008 | 2007 |
|---|---|
| 103 | 103 |
| -176 | - |
| Amortização de perdas/(ganhos) - |
- |
| -73 | 103 |
Os valores reconhecidos na demonstração de resultados, são como se seguem:
| Custos do exercício | 2008 | 2007 |
|---|---|---|
| Custos dos serviços correntes | 13 | 12 |
| Custos de juros | 54 | 56 |
| Reconhecimento de perdas/ (ganhos) actuariais - "curtailment" |
-65 | - |
| Total incluído em Custos com o pessoal |
2 | 68 |
De acordo com a legislação local, a subsidiária francesa é obrigada a pagar aos seus funcionários na data da reforma e de uma única vez, um montante definido com base no número de anos de trabalho na empresa, na categoria profissional e no salário auferido à data da reforma. O valor dessas responsabilidades que se encontra registado no balanço em 31 de Dezembro de 2008, ascende a cerca de 1.485 milhares de euros (2007: 1.335 milhares de euros).
As responsabilidades relativas a estes benefícios de reforma por serviços prestados foram determinadas com base nos seguintes pressupostos actuariais:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Taxas previstas de evolução salarial |
2,1% | 2,5% |
| Taxas de desconto | 6,30% | 5,25% |
| Tábua de mortalidade | INSEE 2000-2002 | INSEE 2000-2002 |
De acordo com o respectivo estudo actuarial, em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, o valor presente da obrigação correspondente aos benefícios de reforma definidos e respectiva provisão contabilística, era como se segue:
| Saldos do balanço | 2008 | 2007 |
|---|---|---|
| Responsabilidade por serviços passados |
1.457 | 1.610 |
| Custos dos serviços passados não reconhecidos |
28 | -275 |
| Responsabilidade liquída em balanço |
1.485 | 1.335 |
Os movimentos registados nas responsabilidades com serviços passados relativas a benefícios de reforma foram como se segue:
| Responsabilidades | 2008 | 2007 |
|---|---|---|
| Saldo inicial | 1.610 | 1.677 |
| Variação de perímetro | - | -50 |
| Serviços correntes | 94 | 95 |
| Custo dos juros | 84 | 75 |
| Perdas/(Ganhos) actuariais | -295 | -151 |
| Benefícios Pagos | -36 | -36 |
| Saldo final | 1.457 | 1.610 |
Os valores reconhecidos na demonstração de resultados são como se seguem:
| Custos do exercício | 2008 | 2007 |
|---|---|---|
| Custos dos serviços correntes | 94 | 95 |
| Custo de juros | 84 | 75 |
| Alterações | - | - |
| Variação de perímetro | - | -50 |
| Amortização de perdas/(ganhos) actuariais diferidas |
7 | 34 |
| Total incluído em Custos com | ||
| pessoal | 185 | 154 |
-
-
| Custos dos serviços passados não reconhecidos |
2008 | 2007 |
|---|---|---|
| Saldo inicial | 275 | 460 |
| Perdas/(ganhos) actuariais do período não reconhecidos em resultados |
-296 | -151 |
| Amortização de perdas/(ganhos) actuariais diferidasem exercícios anteriores |
-7 | -34 |
| Saldo Final | -28 | 275 |
Adicionalmente, a Inapa France atribui aos seus colaboradores que à data da reforma tenham mais de 20 anos de casa, uma contribuição fixa calculada com base na antiguidade da seguinte forma:
| Antiguidade | Montante |
|---|---|
| 20 anos | 0,5 mês salário líquido |
| 30 anos | 2/3 mês salário liquido |
| 35 anos | 1 mês de salário líquido |
| 40 anos | 1 mês de salário líquido |
As responsabilidades em 31 de Dezembro de 2008, ascendendo a 289 milhares de euros (2007: 324 milhares de euros), encontram-se totalmente registadas em balanço. Estas foram calculadas de acordo com os seguintes pressupostos, tendo por base a tábua de mortalidade INSEE 2000-2002 e o valor actual dos salários projectados, para o pessoal no activo:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Taxas previstas de evolução salarial |
1,5% | 2,5% |
| Taxas de desconto | 6,30% | 5,25% |
| Tábua de mortalidade | INSEE 2000-2002 | INSEE 2000-2002 |
Os movimentos registados nas responsabilidades com serviços passados relativas a benefícios de reforma foram como se segue:
| Responsabilidades | 2008 | 2007 |
|---|---|---|
| Saldo inicial | 324 | 309 |
| Variação de perímetro | - | -9 |
| Serviços correntes | 18 | 16 |
| Custo dos juros | 17 | 14 |
| Perdas/(Ganhos) actuariais | -16 | 7 |
| Benefícios Pagos | -54 | -13 |
| Saldo final | 289 | 324 |
Os valores reconhecidos na demonstração de resultados, são como se seguem:
| Custos do exercício | 2008 | 2007 |
|---|---|---|
| Custos dos serviços correntes | 18 | 16 |
| Custo de juros | 17 | 14 |
| (Ganhos)/Perdas actuariais | -16 | 7 |
| Variação de perímetro | - | -9 |
| Total incluído em Custos com | ||
| pessoal | 19 | 28 |
Existem igualmente planos de contribuição definida para a Tavistock Paper Sales, Ltd, subsidiária no Reino Unido, que tem um plano de contribuição definida para um dos seus empregados, e para a Inapa Suisse. O valor das contribuições efectuadas no exercício de 2008 por estas subsidiárias ascendeu a 7 milhares de euros (2007: 7,7 milhares de euros) e 470 milhares de euros (2007: 530 milhares de euros), respectivamente, e encontram-se ambas registadas na rubrica de Custos com pessoal.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 a rubrica de Estado decompõe-se como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Imposto sobre o Rendimento (Nota 31) | 1.162 | 1.425 |
| Imposto sobre o Valor Acrescentado | 8.285 | 9.725 |
| Contribuição para a Segurança Social | 1.917 | 2.238 |
| 11.364 | 13.388 | |
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, a rubrica de outros passivos não correntes, fornecedores, e outros passivos correntes decompõe-se como se segue:
| 2008 | 2007 |
|---|---|
| 2.342 | 2.252 |
| 13.402 | 14.484 |
| 15.744 | 16.736 |
| 53.060 | 55.446 |
| 347 | 566 |
| 6.300 | 17.271 |
| 59.707 | 73.283 |
| 1.288 | 595 |
| 1.116 | 2.272 |
| 16.436 | 15.656 |
| 11.332 | 17.450 |
| 30.172 | 35.973 |
Os saldos com fornecedores de imobilizado estão, essencialmente, relacionados com contratos de locação financeira (Nota 22).
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 a rubrica de Acréscimos e diferimentos analisa-se como segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Custos com o pessoal a pagar | 5.038 | 7.093 |
| Especialização de juros | 2.119 | 4.713 |
| Custos com transportadores | 2.110 | 1.680 |
| Especialização de outros encargos bancários | 347 | 526 |
| Juros debitados a clientes | 108 | 132 |
| Outros | 1.610 | 3.306 |
| 11.332 | 17.450 | |
Inapa 120
-
-
Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
As Vendas e prestações de serviços, dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, distribuem-se da seguinte forma:
| 2008 | 2007 | ||
|---|---|---|---|
| Vendas de Mercadorias | 1.044.163 | 1.050.219 | |
| Prestações de Serviços | 7.932 | 6.994 | |
| 1.052.095 | 1.057.213 | ||
Em 2008 e 2007, os saldos da rubrica Outros rendimentos analisam-se como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Proveitos suplementares | 397 | 8.346 |
| Descontos de pronto pagamento líquidos |
11.318 | 9.922 |
| Outros rendimentos | 14.273 | 15.281 |
| 25.988 | 33.549 | |
Em 2007 a rubrica de Proveitos suplementares corresponde, fundamentalmente, a proveitos obtidos pela Inapa - IPG com a intervenção em processos de negociação em benefício das empresas operacionais da Inapa, que em 2008 estão registados como uma dedução no custo das vendas.
Os Outros rendimentos referem-se a serviços debitados a clientes, publicidade, recuperação de dívidas, rendas por aluguer de espaço, entre outros. Encontram-se igualmente registadas nesta rubrica as mais-valias de 648 milhares de euros, obtidas por empresas subsidiárias com a alienação de dois armazéns.
Em 2008 e 2007, os saldos da rubrica Custos com pessoal analisam-se como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Salários e ordenados | 58.177 | 59.703 |
| Contribuições para a Segurança Social |
13.912 | 13.803 |
| Custos com pensões | 808 | 1.646 |
| Outros custos com empregados | 5.041 | 5.942 |
| 77.938 | 81.094 | |
A rubrica de Outros custos com pessoal inclui indemnizações por rescisões de contrato de trabalho, no montante de 2.435 milhares de euros (2007: 4.534 milhares de euros).
Durante o período o Grupo teve ao seu serviço, em média, ao longo do ano, 1.489 empregados (2007: 1.440), dos quais 1.359 (2007: 1.295) em empresas sedeadas no estrangeiro.
Em 2008 e 2007, os saldos da rubrica Outros custos analisamse como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Gastos administrativos | 79.110 | 78.859 |
| Impostos indirectos | 2.693 | 2.705 |
| Outros custos | 1.995 | 3.826 |
| Imparidade de activos correntes | 3.940 | 4.146 |
| 87.738 | 89.536 | |
Em 2008 e 2007, os saldos desta rubrica analisam-se como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Activos fixos tangíveis | 5.174 | 5.230 |
| Activos intangíveis | 1.532 | 1.166 |
| 6.706 | 6.396 | |
Os custos e proveitos financeiros dos exercícios de 2008 e 2007, têm a seguinte composição:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Proveitos financeiros | ||
| Juros obtidos | 1.754 | 867 |
| Diferenças de câmbio favoráveis | - | 45 |
| Outros proveitos e ganhos financeiros | 874 | 871 |
| 2.628 | 1.783 | |
| Custos financeiros | ||
| Juros suportados | 19.224 | 21.662 |
| Diferenças de câmbio desfavoráveis | 455 | 109 |
| Outros custos e perdas financeiros | 14.839 | 15.394 |
| 34.518 | 37.165 | |
| Resultados financeiros | -31.890 | -35.382 |
A rubrica de Outros custos e perdas financeiras engloba, entre outros, custos associados a contratos de titularização (2008: 10.261 milhares de euros, 2007: 9.853 milhares de euros), custos com a emissão de papel comercial (2008: 1.537 milhares de euros; 2007: 1.808 milhares de euros), comissões de garantia (2008: 880 milhares de euros; 2007: 1.611 milhares de euros), de locação financeira (2008: 917 milhares de euros) e imposto de selo (2008: 516 milhares de euros).
O imposto sobre o rendimento dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 tem a seguinte composição:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Imposto corrente | -795 | -3.639 |
| Imposto diferido (Nota12) | 399 | 3.967 |
| -396 | 328 | |
De acordo com a legislação fiscal em vigor em cada país, as declarações fiscais das empresas incluídas na consolidação estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período, que em Portugal é de quatro anos. Na generalidade dos países onde o Grupo desenvolve actividade, os prejuízos fiscais podem ser deduzidos à colecta apurada em exercícios seguintes, sendo em Portugal por um período máximo de 6 anos e nos restantes países por um período superior, estando contudo sujeitos a revisão pelas autoridades fiscais.
O Conselho de Administração do Grupo entende que eventuais correcções que possam ser efectuadas pelas autoridades fiscais como resultado de inspecções/revisões não terão efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2008.
Inapa - 122
-
Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
O imposto sobre o lucro do Grupo antes de impostos difere do montante teórico que resultaria da aplicação ao lucro consolidado da taxa média ponderada de impostos sobre lucros como se segue:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Resultado líquido antes de imposto sobre os lucros | 1.510 | -10.584 |
| Taxa nominal média sobre o lucro | -468 | 3.175 |
| Valor do imposto sobre o rendimento | -396 | 328 |
| 72 | -2.847 | |
| Anulação de impostos diferidos activos não recuperáveis | - | -3.310 |
| Retenção na fonte de impostos sobre juros de obrigações | -111 | -995 |
| Impacto da alienação de investimentos financeiros | -29 | - |
| Diferenças permanentes - Portugal | 72 | 1.101 |
| Diferenças permanentes - França | -611 | -175 |
| Diferenças permanentes outros países | -70 | - |
| Alterações nas taxas de imposto - saldos iniciais | 890 | 727 |
| Outros | -69 | -195 |
| 72 | -2.847 | |
Em 2008 a taxa nominal média ponderada do imposto sobre os lucros foi de 31% (2007: 30%).
Os activos e passivos relacionados com a Inapa Itália foram
apresentados como operações descontinuadas em virtude do Conselho de Administração ter tomado a decisão em Julho de 2007 de deixar de desenvolver qualquer actividade em Itália.
Em 31 de Dezembro de 2008, a Inapa Itália encontrava-se liquidada.
| Designação | Sede Social | % de participação | Actividade | Data de incorporação |
|---|---|---|---|---|
| Inapa Italia,Spa | Strada Statale Padana Superiore 315/317 I – 20090 Vimodrone Milão, Itália |
100.0 | Distribuição de papel |
1998 |
Em 31 de Dezembro de 2008 e após a liquidação o resultado apurado foi de 56 milhares de euros. Encontra-se ainda registado em balanço o valor de 391 milhares de euros a receber de terceiros.
Em 31 de Dezembro de 2007 os saldos e transacções analisavam-se como se segue:
| 2007 | ||
|---|---|---|
| Activo | ||
| Activos fixos tangíveis | 157 | |
| Inventários | 162 | |
| Clientes | 2.958 | |
| Outros activos | 1.713 | |
| 4.990 | ||
| Pass ivo |
||
| Empréstimos | - | |
| Fornecedores | 2.301 | |
| Outros passivos | 1.301 | |
| 3.602 | ||
| Proveitos e cust os |
||
| Proveitos | 15.287 | |
| Custos | -19.623 | |
| Resultado antes de impostos de | ||
| operações descontinuadas | -4.336 | |
| Imposto | -10 | |
| Resultado do exercício de operações descontinuadas |
-4.346 | |
O Grupo arrenda diversos escritórios, armazéns e equipamentos de transporte através de contratos de locação operacional. Os contratos possuem diversos prazos, cláusulas de reajustamento e direitos de renovação.
Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, as responsabilidades assumidas, pelo Grupo, perante terceiros, por garantias prestadas, eram as seguintes:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Garantias bancárias | ||
| A favor de instituições financeiras | 130.500 | 237.757 |
| A favor de terceiros e de carácter operacional | 2.822 | 5.213 |
| Garantias reais | ||
| Sobre activos fixos tangíveis | 615 | 96 |
| Outras garantias | ||
| Cartas de conforto | - | - |
| 133.323 | 243.066 | |
Em 31 de Dezembro de 2008, os compromissos financeiros, referentes a garantias prestadas pela Sociedade, a diversas instituições financeiras, totalizavam 130,5 milhões de euros (2007: 237,8 milhões de euros), dos quais cerca de (i) 6,5 milhões de euros (2007:134,8 milhões de euros) a favor da Inapa France, para efeitos de empréstimos contraídos e (ii) 124 milhões de euros para efeitos de emissão de papel comercial.
Uma das empresas do Grupo Inapa (Inapa Portugal), celebrou no ano de 2006, dois contratos com a Caixa Leasing e Factoring e com o Millennium BCP, respectivamente, mediante os quais estas entidades se obrigam a assegurar-lhes um serviço de gestão e liquidação de facturas a fornecedores.
Ao abrigo destes contratos as referidas instituições financeiras procedem à liquidação de facturas de fornecedores nas datas previamente acordadas com a Inapa Portugal, procedendo esta às respectivas liquidações nas datas de vencimento daquelas.
Em 31 de Dezembro de 2008, os valores adiantados a fornecedores no âmbito dos referidos contratos totalizavam cerca de 4.849 milhares de euros (2007: 5.106 milhares de euros).
| Inapa | 124 |
|---|---|
| ------- | ----- |
-
-
Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
1. Em 28 de Março de 2006 a CMVM condenou esta Sociedade numa coima de 300.000 euros por infracção ao art.º 7.º CVM na divulgação dos relatórios e contas relativos aos exercícios de 2002 e 2003.
A Sociedade impugnou judicialmente a decisão da CMVM, tendo por sentença proferida em 22 de Outubro de 2008 sido a coima em causa reduzida para 200.000 euros.
Não se conformando com a sentença proferida, a sociedade recorreu da mesma para o Tribunal da Relação de Lisboa, tendo sido constituída uma provisão no valor de 100 milhares de euros.
2. Em 1 de Agosto de 2007, a Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio, SA interpôs contra a Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA e suas subsidiárias Inaprest – Prestação de Serviços, Participações e Gestão, SA (sociedade extinta) e Inapa Portugal – Distribuição de Papel, SA uma acção na qual pede, em síntese:
A Papelaria Fernandes – Industria e Comércio, SA veio, posteriormente, a regularizar as suas responsabilidades perante o Banco Espírito Santo e a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo pelo que:
A acção, à qual foi atribuída um valor de 24.460 milhares de euros, foi contestada pela Inapa - IPG e pela sua subsidiária Inapa Portugal – Distribuição de Papel, SA, aguardando-se presentemente que o Tribunal determine os efeitos na acção da dissolução / liquidação de Inaprest – Prestação de Serviços, Participações e Gestão, SA. O Grupo entende que deste processo não deverão resultar impactos financeiros, não tendo em consequência sido constituída qualquer provisão.
Os saldos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 com entidades relacionadas do Grupo são os seguintes:
| 2008 | ||||
|---|---|---|---|---|
| Clientes | Outros activos correntes | Fornecedores | ||
| Surpapel SL | 36 | 1 | - | |
| Megapapier | - | - | - | |
| Medialivros | 102 | 95 | 69 | |
| 138 | 96 | 69 | ||
| 2007 | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Clientes | Outros activos correntes | Fornecedores | |||
| Surpapel SL | 66 | 1 | - | ||
| Logispack - Carton Service | 3 | - | 89 | ||
| Megapapier | - | - | - | ||
| Medialivros | - | 209 | 65 | ||
| 69 | 210 | 154 | |||
Durante os exercícios de 2008 e 2007, as transacções efectuadas com entidades relacionadas do Grupo, foram como se segue:
| 2008 | |||
|---|---|---|---|
| Vendas e prestações de serviços | Outros proveitos | Outros Custos | |
| Surpapel SL | 164 | 25 | 2 |
| Megapapier | - | - | - |
| Medialivros | 86 | 39 | 6 |
| 250 | 64 | 8 |
| 2007 | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Vendas e prestações de serviços | Outros proveitos | compras de bens e serviços | Outros Custos | ||
| Surpapel SL | 289 | 25 | 6 | - | |
| Logispack - Carton Service | 37 | - | 228 | 21 | |
| Megapapier | - | - | - | - | |
| Medialivros | - | - | 3 | 32 | |
| 326 | 25 | 237 | 53 | ||
As remunerações pagas pela Inapa – IPG aos membros dos orgãos sociais em 2008 e 2007, analisam-se como segue (euros):
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Conselho de Administração* | ||
| Remunerações | 702.001,00 | 864.852,20 |
| Benefícios pós-emprego | 0,00 | 278.853,30 |
| Outros benefícios de longo prazo | - | - |
| Benefícios de cessação de emprego | - | - |
| Pagamentos em acções | - | - |
| 702.001,00 | 1.143.705,50 | |
| Comissão de Auditoria* | ||
| Remunerações | 74.276,00 | 36.900,00 |
| Mesa da Assembleia Geral | ||
| Remunerações | 7.000,00 | 7.000,00 |
* Remunerações pagas aos membros da Comissão de Auditoria incluidas no valor das remunerações do Conselho de Administração
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Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
As subsidiárias incluídas na consolidação, mediante a aplicação do método da consolidação integral, à data de 31 de Dezembro de 2008, são conforme se segue:
| designação | sede social | % de participação do grupo |
actividade | detentora directa |
data de constituição | data de incorporação |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Gestinapa - SGPS,SA | Rua do Salitre, 142 1269-064 Lisboa |
100,00 | SGPS | Inapa – IPG, SA | Maio 1992 | Junho 1992 |
| Inapa-Portugal, SA | Rua das Cerejeiras, nº 5, Vale Flores São Pedro de Penaferrim 2710 Sintra |
99,75 | Distribuição papel | Gestinapa -SGPS,SA | Junho 1919 | 1988 |
| Inapa Distribuición Ibérica, SA | c/ Delco Polígono Industrial Ciudad del Automóvil 28914 Leganés, Madrid |
100,00 | Distribuição papel | Gestinapa- SGPS, SA | - | Dezembro 1998 |
| Inapa France, SA | 91813 Corbeil Essones Cedex França |
100,00 | Distribuição papel | Inapa – IPG, SA | - | Maio 1998 |
| Logistipack – Carton Services,SA |
14, Impasse aux Moines 91410 Dourdon France |
100,00 | Embalagem | Inapa France, SA | - | Janeiro 2008 |
| Inapa Belgique | Vaucampslan, 30 1654 Huizingen Belgica |
99,94 | Distribuição papel | Inapa-France, SA | - | Maio 1998 |
| Inapa Luxemburg | 211, Rue des Romains. L. 8005 Bertrange Luxemburgo |
97,75 | Distribuição papel | Inapa Belgique | - | Maio 1998 |
| Inapa Deutschland, GmbH | Warburgstrasse,28 20354 Hamburgo Alemanha |
100,00 | Holding | Gestinapa- SGPS, SA | - | Abril 2000 |
| Papier Union, GmbH | Warburgstrasse,28 20354 Hamburgo Alemanha |
94,90 | Distribuição papel | Inapa Deutschland, GmbH |
- | Abril 2000 |
| PMF- Print Medien Factoring , GmbH |
Warburgstrasse,28 20354 Hamburgo Alemanha |
94,90 | Factoring | Papier Union, GmbH | - | Setembro 2005 |
| Inapa Packaging, GmbH | Warburgstrasse,28 20354 Hamburgo Alemanha |
94,90 | Holding | Papier Union, GmbH | 2005 | 2006 |
| HTL Verpackung, GmbH | Werner-von-Siemens Str 4-6 21629 Neu Wulmstrof Alemanha |
94,90 | Embalagem | Inapa Packaging, GmbH |
- | Janeiro 2006 |
| Hennessen & Potthoff, GmbH | Tempelsweg 22 Tonisvorst Alemanha |
94,90 | Embalagem | InapaPackaging, GmbH |
- | Janeiro 2006 |
| Inapa Viscom, GmbH | Warburgstrasse,28 20354 Hamburgo Alemanha |
100,00 | Holding | Papier Union, GmbH | - | Janeiro 2008 |
| Complott Papier Union, GmbH | Industriestrasse 40822 Mettmann Alemanha |
100,00 | Comunicação Visual | Inapa VisCom, GmbH | - | Janeiro 2008 |
| Inapa – Merchants, Holding, Ltd |
Torrington House, 811 High Road Finchley N12 8JW Reino Unido |
100,00 | Holding | Gestinapa – SGPS ,SA | - | 1995 |
| Tavistock Paper Sales, Ltd | 1st Floor- The Power House Wantage OX12 8PS Reino Unido |
100,00 | Distribuição papel | Inapa- Merchants Holding, Ltd |
- | Fevereiro 1998 |
| Inapa Suisse | Althardstrasse 301 8105 Regensdorf – Suisse |
100,00 | Distribuição papel | Inapa-IPG,SA e Papier Union, GmbH |
- | Maio 1998 |
| Inapa Italia SpA (ver Nota 32) |
Strada Statale Padana Superiore 315/317 I – 20090 Vimodrone Milão Itália |
100,00 | - | Inapa-France, SA | - | 1998 |
Durante o exercício de 2008, e em resultado de aquisições efectuadas, a Logistipack – Carton Services, SA (Nota 10), a Inapa Viscom, GmbH e a Complott Papier Union, GmbH (ver Introdução), passaram a ser consolidadas pelo método integral. Neste exercício verificou-se ainda a alienação da participação detida na Papéis Carreira Açores, Lda que fez parte do perímetro de consolidação em 31 de Dezembro de 2007.
A nossa participada Papier Union, GmbH deu-nos conta da aplicação à Inapa - IPG, SA do disposto no parágrafo 3, Secção 264 do Código Comercial Alemão.
As partes relacionadas consideradas nas demonstrações financeiras foram as subsidiárias, mencionadas acima, e as associadas, mencionadas na Nota 9.
Todos os saldos e transacções com as subsidiárias foram anuladas no processo de consolidação. Todos os saldos e transacções com as associadas, não consolidadas pelo método de consolidação integral (Notas 10 e 37), e demais empresas participadas pelo Grupo Inapa encontram-se evidenciados na Nota 34.
As participações que a seguir se indicam não foram incluídas no processo de consolidação pelo método da consolidação integral. O efeito da sua não integração não é materialmente relevante, tendo sido registadas pelo método da equivalência patrimonial, conforme referido nas Notas 10 e 2.2. A Megapapier não foi consolidada pelo método da consolidação integral por ser intenção do Grupo a sua liquidação, tendo sido valorizada por um valor nulo.
| Designação | Sede social | Detentora directa | % de participação |
|---|---|---|---|
| Megapapier - Mafipa Netherland BV |
PO Box 1097 3430 BB Nieuwegein Holanda |
Inapa France, SA | 100% |
| Inapa Logistics | Warburgstrasse,28 20354 Hamburg Alemanha |
Papier Union, GmbH | 100% |
| Inapa Vertriebsgesellschaft GmbH |
Warburgstrasse,28 20354 Hamburg Alemanha |
Papier Union, GmbH | 100% |
| Inapa Angola Distribuição de Papel,SA |
Rua Amílcar Cabral nº 211 Edifício Amílcar Cabral 8º Luanda |
Inapa Portugal, SA | 100% |
O Grupo procedeu, a uma operação de titularização de créditos, dividida em duas fases, uma em finais de 2003 e outra em 2004, no valor total de 140 milhões de euros, decomposta em 70 milhões de euros cada, pelo período de 7 anos renovável.
Esta operação revestiu-se de características inovadoras no mercado português já que se tratou de uma efectiva cessão de créditos.
Inapa 128
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Relatório & Contas 2008
Anexo às demonstrações financeiras consolidadas
Em 2007, o Conselho de Administração reapreciou o critério de reconhecimento da operação de titularização no âmbito das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS). Não obstante a efectiva transferência de parte relevante dos riscos relativos a esses créditos, o Conselho decidiu adoptar as recomendações da CMVM.
Nesse sentido, estes créditos encontram-se registados no balanço na rubrica Clientes por contrapartida da rubrica Financiamentos associados a activos financeiros (Nota 22).
A operação de titularização foi efectuada através de (i) uma entidade com finalidade especial (SPV) com sede na República da Irlanda que emitiu títulos para financiamento da operação, divididos em "senior notes" no montante de 140 milhões de euros e "junior notes" no montante de 7.628 milhares de euros, estando estas últimas subordinadas às primeiras, e (ii) de três entidades que adquiriram os saldos de clientes ao Grupo e que por sua vez se financiaram na SPV, sendo uma destas o Gama Receivables Funding nº1 Fundo constituído em Portugal. As "junior notes" que vencem juros à taxa de 5%, foram adquiridas pelo Grupo e encontram-se registadas na rubrica Activos financeiros disponíveis para venda (ver Nota 11). As "senior notes" vencem juros à taxa Euribor a 1 mês acrescidas de um spread de 0,625%.
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, os custos suportados com serviços prestados, às empresas subsidiárias, pelos principais auditores/revisores, foram os seguintes:
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Serviços de Revisão Legal de Contas e de auditoria |
476.600 | 469.900 |
| Serviços de assessoria fiscal | 6.300 | 23.400 |
| 482.900 | 493.300 | |
Após 31 de Dezembro de 2008 verificaram-se os seguintes eventos:
Nos termos do nº 1 do Artº21 do Decreto-lei nº 411/91, de 17 de Outubro, informamos não serem as empresas consolidadas devedoras de quaisquer contribuições, vencidas, à Segurança Social e ao Estado.
Relatório & Contas 2008
Relatório do auditor e certificação legal de contas consolidadas
"Proteger é um dever... cuidar dos pormenores, garantir a qualidade, defender aqueles que nos são mais próximos."
Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria elaborado por auditor registado na CMVM sobre a Informação Financeira Consolidada
no capital próprio consolidado, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados.
O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; (iii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas; e (vi) a apreciação se a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.
O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas.
Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
Lisboa, 9 de Abril de 2009
PricewaterhouseCoopers & Associados. SROC, Lda Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 9077 representada por:
Ricardo Filipe de Frias Pinheiro, R.O.C.
Relatório & Contas 2008
Relatório e parecer da Comissão
"Planear é um processo... uma forma de trabalhar, um método para procurarmos sempre as melhores opções."
Relatório e parecer da Comissão de Auditoria do conselho de administração de INAPA – INVESTIMENTOS, PARTICIPAÇÕES E GESTÃO, SA
A Comissão de Auditoria do Conselho de Administração de Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA vem, para cumprimento do disposto na alínea g) do art.º 423º-F do Código das Sociedades Comerciais, apresentar o relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, relativos ao exercício findo em 31-12-2008, bem como sobre a proposta de aplicação de resultados, apresentados pelo Conselho de Administração.
A Comissão de Auditoria acompanhou ao longo do exercício em apreço a evolução da actividade da sociedade e das suas subsidiárias em Portugal e no estrangeiro, tendo, designadamente:
verificado que as politicas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados conduzem a uma correcta avaliação do património e dos resultados.
A Comissão de Auditoria procedeu, em especial, ao acompanhamento da preparação e à análise da informação financeira periódica objecto de divulgação nos termos regulamentares, tendo para o efeito os seus membros, individual ou colectivamente, mantido reuniões e outros contactos considerados apropriados, quer com a administração executiva e com os responsáveis dos departamentos envolvidos, quer com o Revisor Oficial de Contas e Auditor Externo.
Concomitantemente, e de forma análoga, foram também tidos em especial consideração pela Comissão a análise dos principais riscos e dos respectivos sistemas de gestão e controlo interno existentes.
Foram objecto de análise e emissão de parecer as operações que legal ou estatutariamente requerem a intervenção específica da Comissão de Auditoria.
A Comissão de Auditoria fiscalizou os processos de preparação de informação financeira e de revisão de contas, bem como a independência do Revisor Oficial de Contas. Neste particular a Comissão analisou e debateu especificamente a prestação de serviços de assessoria fiscal, ainda que de limitada expressão, pela rede a que pertence o Revisor Oficial de Contas, designadamente quanto às condições concretas em que os serviços foram prestados e às salvaguardas adoptadas, que considerou apropriadas à preservação da independência do referido Revisor.
A Comissão de Auditoria participou, no exercício em apreço, em todas as reuniões do Conselho de Administração, tendo ainda reunido, autonomamente, 10 ( dez ) vezes para, entre os demais assuntos da sua competência, analisar a informação financeira da sociedade e das empresas do Grupo.
Efectuou ainda uma visita de inspecção de rotina a uma das subsidiárias, com o objectivo de se inteirar mais de perto dos aspectos operacionais dos respectivos modelo de negócio,
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Relatório & Contas 2008
Relatório e parecer da Comissão de Auditoria
organização, funcionamento e sistemas de controlo interno. No decurso da sua actividade fiscalizadora, de que foram elaboradas as correspondentes actas, não se deparou a Comissão de Auditoria com quaisquer constrangimentos dignos de registo.
A Comissão de Auditoria examinou o Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 (nas quais se incluem o balanço, as demonstrações de resultados, as demonstrações dos fluxos de caixa e das alterações no capital próprio, bem como os respectivos anexos. As demonstrações individuais foram elaboradas de harmonia com o Plano Oficial de Contabilidade (derrogado quanto à valorização do Goodwill, conforme nota nº 1 do respectivo Anexo) e as demonstrações consolidadas foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia.
A Comissão de Auditoria examinou as Certificações Legais de Contas e Relatórios de Auditoria sobre a Informação Financeira, individual e consolidada, emitidos pelo Revisor Oficial de Contas da Sociedade, documentos com os quais concorda.
Face aos elementos mencionados e à acção por si desenvolvida, a Comissão de Auditoria é do parecer que o Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, referentes ao exercício de 2008, bem como a proposta de aplicação de resultados constante no Relatório de Gestão, estão de acordo com as normas legais e regulamentares aplicáveis, pelo que merecem aprovação em Assembleia Geral.
Para cumprimento do disposto no nº1, alínea c) do artº 245º do Código de Valores Mobiliários, os membros da Comissão de Auditoria do Conselho de Administração da Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação contida no Relatório de Gestão, nas contas anuais, na certificação legal de contas e nos demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento referentes a 31 de Dezembro de 2008, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da sociedade e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios sociais, do desempenho e da posição desta sociedade e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que tais empresas se defrontam.
A Comissão de Auditoria
Administrador e Presidente da Comissão de Auditoria
Administrador e Vogal da Comissão de Auditoria
Administrador e Vogal da Comissão de Auditoria
"Desenvolver é uma missão... adquirir competências, atingir metas, preparar o futuro"
1.1. INAPA – INVESTIMENTOS, PARTICIPAÇÕES E GESTÃO, SA encontra-se sujeita em matéria de governo da sociedade às normas constantes do Regulamento da CMVM n.º 1/ 2007 com as alterações introduzidas pelo Regulamento n.º 5/ 2008, acessível através do site www.cmvm.pt;
1.2. Indicação discriminada das recomendações contidas no Código de Governo das Sociedades da CMVM adoptadas e não adoptadas:
| Recomendação | Grau de cumprimento |
Remissão no relatório |
|---|---|---|
| ASSEMBLEIA GERAL | ||
| \ mesa da Assembleia Geral | ||
| O Presidente da Mesa da Assembleia Geral deve dispor de recursos humanos e logísticos de apoio que sejam adequados às suas necessidades, considerada a situação económica da sociedade. |
Integral | |
| A remuneração do Presidente da Mesa da Assembleia Geral deve ser divulgada no relatório anual sobre o governo da sociedade. |
Integral | 2.3. |
| Inapa 140 | |
|---|---|
| - - |
|
| Relatório & Contas 2008 | |
| - - |
|
| Relatório sobre o governo das sociedades |
| Recomendação | Grau de cumprimento |
Remissão no relatório |
|---|---|---|
| ASSEMBLEIA GERAL | ||
| \ Participação na Assembleia | ||
| A antecedência do depósito ou do bloqueio das acções para a participação em Assembleia Geral imposta pelos estatutos não deve ser superior a 5 dias úteis. |
Integral | 2.4. |
| Em caso de suspensão da reunião da Assembleia Geral a sociedade não deve obrigar ao bloqueio durante todo o período até que a sessão seja retomada devendo bastar-se com a antecedência ordinária exigida na primeira sessão. |
Integral | 2.5. |
| \ Voto e exercício do direito de voto | ||
| As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária do voto por correspondência. |
Integral | 2.8. |
| O prazo estatuário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida por correspondência não deve ser superior a três dias úteis. |
Integral | 2.8. |
| As sociedades devem prever, nos seus estatutos, que corresponde um voto a cada acção. |
Integral | 2.6. |
| \ Quórum e deliberações | ||
| As sociedades não devem fixar um quórum constitutivo ou deliberativo superior ao previsto por lei. |
Não cumprimento (pelo contrato de sociedade é exigido, não apenas para as deliberações contempladas no n.º 2 do art.º 383.º CSC, mas para todas as deliberações, que em primeira convocação estejam presentes ou representados accionistas que detenham pelo menos 1/3 do capital social) |
2.7. |
| Recomendação | Grau de cumprimento |
Remissão no relatório |
|---|---|---|
| ASSEMBLEIA GERAl | ||
| \ Actas e informação sobre deliberações adoptadas | ||
| As actas das reuniões da Assembleia Geral devem ser disponibilizadas aos accionistas no site internet da sociedade no prazo de 5 dias, ainda que não constituam informação privilegiada, nos termos legais e deve ser mantido neste site um acervo histórico das listas de presença, das ordens de trabalhos e das deliberações tomadas relativas às reuniões realizadas, pelo menos, nos três anos antecedentes. |
Integral | |
| \ Medidas relativas ao controlo das sociedades | ||
| As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição devem respeitar os interesses da sociedade e dos seus accionistas |
Integral | 2.13. |
| Os estatutos das sociedades que, respeitando o princípio da alínea anterior, prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único accionista, de forma individual ou em concertação com outros accionistas, devem prever igualmente que seja consignado que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação da Assembleia Geral a manutenção ou não dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal e que nessa deliberação se contam os votos emitidos sem que aquela limitação funcione. |
Integral | 2.7. |
| Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança de composição do órgão de administração, prejudicando dessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação pelos accionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração. |
Integral | 2.13. |
| Inapa 142 | |
|---|---|
| - | |
| - | |
| Relatório & Contas 2008 | |
| - | |
| - | |
| Relatório sobre o governo | |
| das sociedades |
| Recomendação | Grau de cumprimento |
Remissão no relatório |
|---|---|---|
| ORGÃOs DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO | ||
| \ Temas gerais | ||
| \ Estrutura e competência | ||
| O órgão de administração deve avaliar no seu relatório de governo o modelo adoptado, identificando eventuais constrangimentos ao seu funcionamento e propondo medidas de actuação que, no seu juízo, sejam idóneas para os superar. |
Integral | 3.1. |
| As sociedades devem criar sistemas internos de controlo para a detecção eficaz de riscos ligados à actividade da empresa em salvaguarda do seu património e em benefício da transparência do seu governo societário. |
Integral | 3.4. |
| Os órgãos de administração e fiscalização devem ter regulamentos de funcionamento, os quais devem ser divulgados no site da internet da sociedade. |
Integral | 3.6. |
| \ Incompatibilidades e independência | ||
| O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efectiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da actividade dos membros executivos. |
Integral | 3.9. |
| De entre os administradores não executivos deve contar-se um número adequado de administradores independentes, tendo em conta a dimensão da sociedade e a sua estrutura accionista, que não podem em caso algum ser inferior a ¼ do número total de administradores. |
Integral | 3.9. |
| \ Elegibilidade e nomeação | ||
| Consoante o modelo aplicável o Presidente do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão para Matérias Financeiras, deve ser independente e possuir as competências adequadas ao exercício das respectivas funções. |
Integral | 3.9. 3.10. |
| Recomendação | Grau de cumprimento |
Remissão no relatório |
|---|---|---|
| ORGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO | ||
| \ Temas gerais | ||
| \ Política de comunicação de irregularidades | ||
| A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades alegadamente ocorridas no seu seio com os seguintes elementos. |
Integral | 3.22. |
| • Indicação dos meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem ser feitas internamente, incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações; |
Integral | |
| • Indicação do tratamento a ser dado às comunicações, incluindo tratamento confidencial, caso assim seja pretendido pelo declarante |
Integral | |
| As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no relatório sobre o governo das sociedades |
Integral | 3.22. |
| \ Remuneração | ||
| A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da sociedade. Neste contexto: |
Integral | 3.18. |
| • (i) A remuneração dos administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente baseada no desempenho, devendo tomar por isso em consideração a avaliação do desempenho realizado periodicamente pelo órgão ou comissão competentes; |
||
| • (ii) A componente variável deve ser consistente com a maximização do desempenho de longo prazo da empresa e dependente da sustentabilidade das variáveis de desempenho adoptadas; |
||
| • (iii) Quando tal não resulte directamente de imposição legal, a remuneração dos membros não executivos do órgão de administração deve ser exclusivamente constituída por uma quantia fixa. |
-
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| Recomendação | Grau de cumprimento |
Remissão no relatório |
|---|---|---|
| ORGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO | ||
| \ Temas gerais | ||
| \ Remuneração |
Não cumprimento
A Comissão de Remunerações e o órgão de administração devem submeter à apreciação pela Assembleia Geral anual de accionistas uma declaração sobre a política de remunerações, respectivamente, dos órgãos de administração e fiscalização e dos demais dirigentes na acepção do n.º 3 do art.º 248-B CVM. Neste contexto, devem, nomeadamente, ser explicitados aos accionistas os critérios e os principais parâmetros propostos para a avaliação do desempenho para determinação da componente variável, quer se trate de prémios em acções, opções de aquisição de acções, bónus anuais ou de outras componentes.
Pelo menos um representante da comissão de remunerações deve estar presente nas Assembleias Gerais anuais de accionistas.
Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de acções e/ou de opções de aquisição de acções ou com base nas variações do preço das acções, a membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do art.º 248.º-B CVM. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano. A proposta deve ser acompanhada do regulamento do plano ou, caso este ainda não tenha sido elaborado, das condições a que o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma devem ser aprovadas em Assembleia Geral as principais características do sistema de benefícios de reforma de que beneficiem os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do art.º 248.º-B CVM.
A remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização deve ser objecto de divulgação anual em termos individuais, distinguindo-se, sempre que for caso disso, as diferentes componentes recebidas em termos de remuneração fixa e de remuneração variável, bem como a remuneração recebida em outras empresas do Grupo ou em empresas controladas por accionistas titulares de participações qualificadas.
Não aplicável
Integral
(A sociedade não tem em vigor planos de atribuição de acções e/ou de opções de aquisição de acções ou com base nas variações do preço das acções. Não tem igualmente em vigor qualquer sistema de benefícios de reforma de que beneficiem os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes.)
Não cumprimento
3.20.
2.12.
3.19.
3.20.
| Recomendação | Grau de cumprimento |
Remissão no relatório |
|---|---|---|
| ORGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO | ||
| \Conselho de Administração | ||
| Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de administração e fiscalização, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o governo da sociedade. |
Integral | 3.3. |
| O Conselho de Administração deve assegurar que a sociedade actua de forma consentânea com os seus objectivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita (i) definir a estratégia e as politicas gerais da sociedade, (ii) definir a estrutura empresarial do grupo, (iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. |
Integral | 3.3. |
| Caso o Presidente do Conselho de Administração exerça funções executivas, o Conselho de Administração deve encontrar mecanismos eficientes de coordenação dos trabalhos dos membros não executivos, que designadamente assegurem que estes possam decidir de forma independente e informada, e deve proceder-se à devida explicitação desses mecanismos aos accionistas no âmbito do relatório sobre o governo da sociedade. |
Integral (O Presidente do Conselho de Administração não exerce funções executivas ) |
3.3. |
| O relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobre a actividade desenvolvida pelos administradores não executivos, referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados. |
Integral | |
| O órgão de administração deve promover uma rotação do membro com o pelouro financeiro, pelo menos no fim de cada dois mandatos. |
Integral (O membro do órgão de administração com o pelouro financeiro está a cumprir o seu primeiro mandato como administrador ) |
| Recomendação | Grau de cumprimento |
Remissão no relatório |
|---|---|---|
| ORGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO | ||
| \ Administrador-delegado, Comissão Executiva e Conselho de Administração Executivo |
||
| Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas. |
Integral | |
| O Presidente da Comissão Executiva deve remeter, respectivamente, ao presidente do Conselho de Administração e, conforme aplicável, ao Presidente do Conselho Fiscal ou da Comissão de Auditoria, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões. |
Integral | |
| O Presidente do Conselho de Administração Executivo deve remeter ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as Matérias Financeiras as convocatórias e as actas das respectivas reuniões. |
Não Aplicável (A estrutura de administração é a de Conselho de Administração com Comissão de Auditoria ) |
|
| \ Conselho Geral e de Supervisão, Comissão para as Matérias Financeiras, Comissão de Auditoria e Conselho Fiscal |
||
| O Conselho Geral e de Supervisão, além do cumprimento das competências de fiscalização que lhe estão cometidas, deve desempenhar um papel de aconselhamento, acompanhamento e avaliação continua da gestão da sociedade por parte do Conselho de Administração executivo. Entre as matérias sobre as quais o Conselho Geral e de Supervisão deve pronunciar-se incluem-se (i) definir a estratégia e as politicas gerais da sociedade, (ii) a estrutura empresarial do Grupo e (iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. |
Não Aplicável (A estrutura de administração é a de Conselho de Administração com Comissão de Auditoria ) |
3.15. |
| Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo Conselho Geral e de Supervisão, a Comissão para as Matérias Financeiras, a Comissão de Auditoria e o Conselho Fiscal devem ser objecto de divulgação no site da internet da sociedade, em conjunto com os documentos de prestação de contas. |
Integral |
| Recomendação | Grau de cumprimento |
Remissão no relatório |
|---|---|---|
| ORGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO | ||
| \ Conselho Geral e de Supervisão, Comissão para as Matérias Financeiras, Comissão de Auditoria e Conselho Fiscal |
Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo Conselho Geral e de Supervisão, a Comissão para as Matérias Financeiras, a Comissão de Auditoria e o Conselho Fiscal devem incluir a descrição sobre a actividade de fiscalização desenvolvida, referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados.
A Comissão para as Matérias Financeiras, a Comissão de Auditoria e o Conselho Fiscal, consoante o modelo aplicável, devem representar a sociedade, para todos os efeitos, junto do auditor externo, competindo-lhe designadamente, propor o prestador destes serviços, a respectiva remuneração, zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços, bem assim como ser o interlocutor da empresa e o primeiro destinatário dos respectivos relatórios.
A Comissão para as Matérias Financeiras, a Comissão de Auditoria e o Conselho Fiscal, consoante o modelo aplicável, devem anualmente avaliar o auditor externo e propor à Assembleia Geral a sua destituição sempre que se verifique justa causa para o efeito.
Integral
Integral
(Com o esclarecimento de que a Comissão de Auditoria apenas foi constituída em 31 de Maio de 2007, em reunião da assembleia geral que igualmente procedeu à eleição do auditor externo, pelo que, por esse facto, não lhe foi dado propô-lo nem estabelecer a respectiva remuneração)
Integral
3.3.
3.3.
Inapa 148 -
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Relatório & Contas 2008
Relatório sobre o governo das sociedades
| Recomendação | Grau de cumprimento |
Remissão no relatório |
|---|---|---|
| ORGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO | ||
| \ Comissões Especializadas | ||
| Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo adoptado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para (i) assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e para a avaliação do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes, (ii) reflectir sobre o sistema de governo adoptado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar, tendo em vista a sua melhoria. |
Não Aplicável (Atendendo à dimensão da sociedade, do seu Conselho de Administração e às funções desempenhadas pela Comissão de Auditoria, não se justifica a constituição de qualquer das comissões enunciadas ) |
3.2. |
| Os membros da comissão de remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros do órgão de administração. |
Integral | 3.19. |
| Todas as comissões devem elaborar actas das reuniões que realizem. |
Não Aplicável (Não existem comissões especializadas no âmbito do Conselho de Administração ) |
3.2. |
| Recomendação | Grau de cumprimento |
Remissão no relatório |
|---|---|---|
| INFORMAÇÃO E AUDITORIA | ||
| \ Deveres Gerais de Informação | ||
| As sociedades devem assegurar a existência de um permanente contacto com o mercado, respeitando o principio da igualdade dos accionistas e prevenindo assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores. Para tal deve a sociedade manter um gabinete de apoio ao investidor. |
Integral | 4.12. |
| A seguinte informação disponível no site da internet deve ser divulgada em inglês: • A firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais elementos mencionados no art.º 171.º do Código das Sociedades Comerciais; • Estatutos; • Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com o mercado; • Gabinete de Apoio ao Investidor, respectivas funções e meios de acesso; • Documentos de prestação de contas; • Calendário semestral de eventos societários; • Propostas apresentadas para discussão e votação em Assembleia Geral; |
Integral |
Inapa 150
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Relatório & Contas 2008
Relatório sobre o governo das sociedades
2.1. Membros da Assembleia Geral
A composição da actual da Mesa da Assembleia Geral é a seguinte:
Dr. João Vieira de Almeida - Presidente Dr.ª Sofia Barata - Secretário
Os membros da Mesa da Assembleia Geral foram eleitos por deliberação dos accionistas tomada em reunião de 31 de Maio de 2007 para o triénio que tem o seu termo a 31 de Dezembro de 2009.
Por deliberação da Comissão de Remunerações de 21 de Maio de 2008 a remuneração do Presidente da Mesa da Assembleia Geral é de € 5.000,00 (cinco mil euros) por cada assembleia a que presida.
O n.º 1 do art.º 13.º dos estatutos estabelece que "podem exercer o direito de voto os accionistas que, pelo menos desde o quinto dia útil anterior ao da data da Assembleia Geral sejam titulares de acções da sociedade, devendo, para o efeito, com a mesma antecedência de cinco dias ter as acções averbadas em seu nome no livro de registo de acções, quando nominativas ou, quando ao portador, tê-las à guarda nos cofres da sociedade ou depositadas em instituições de crédito ou entidade por lei equiparada para o efeito devendo dar conhecimento ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral desse depósito e do número de acções em tal situação até três dias úteis antes da reunião mencionada e ainda manter essa titularidade até a data da Assembleia Geral."
O contrato de sociedade é omisso nesta matéria, pelo que à mesma se aplicam os preceitos supletivos da legislação em vigor.
É entendimento da sociedade que dos preceitos supletivos da legislação em vigor se deve retirar que, sob pena de se criar um gravame injustificado para o accionista, as acções não estão sujeitas ao regime de bloqueio durante todo o período da suspensão, impondo-se, em contrapartida, que, por aplicação analógica do disposto no 1 do art.º 13.º dos estatutos, os accionistas comuniquem ao Presidente da Mesa da Assembleia com uma antecedência não inferior a três dias úteis da data do reinicio dos trabalhos, terem as suas acções averbadas em seu nome no livro de registo de acções, quando nominativas ou, quando ao portador, à guarda nos cofres da sociedade ou depositadas em instituição de crédito ou entidade por lei equiparada para o efeito, com pelo menos cinco dias úteis relativamente àquela referida data.
Tal entendimento, se e quando for o caso, será objecto de devida publicitação.
O n.º 5 do art.º 13.º do contrato de sociedade estipula que " por cada acção averbada ou depositada nos termos do n.º1 do presente artigo contar-se-á um voto."
As disposições estatutárias nesta matéria limitam-se às previsões constantes dos n.ºs 2 e 3 do art.º 17.º que prevêem respectivamente que:
"A Assembleia Geral poderá funcionar em primeira convocação quando estejam presentes ou representados accionistas cujas acções correspondam, pelo menos, a um terço do capital social.
-
-
As regras estatutárias sobre voto por correspondência constam dos n.ºs 2, 3 e 4 do art.º 13.º do contrato de sociedade que prevêem respectivamente que:
A sociedade disponibiliza aos seus accionistas um modelo especialmente elaborado para o exercício do direito de voto por correspondência, que lhes é remetido sempre que solicitado, estando ainda à disposição dos mesmos no respectivo site, na área de investidores, capitulo Assembleia Geral.
2.10. Prazo que deve mediar entre a recepção da declaração de voto por correspondência e a data da realização da Assembleia Geral.
A regra estatutária que regula esta matéria consta do n.º 2 do art.º 13.º do contrato de sociedade que estabelece que:
" Os accionistas podem exercer os seus direitos de voto por correspondência, devendo, para o efeito, dirigir ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral uma carta registada com aviso de recepção com pelo menos três dias úteis de antecedência relativamente à data da assembleia geral."
Até ao presente não foi possível conciliar as preocupações de realização da assembleia em local com as melhores condições de espaço, com as exigências técnicas do exercício do voto por meios electrónicos, sendo de referir que a sociedade não recebeu, até ao momento, por parte dos seus accionistas, qualquer manifestação de interesse por esta modalidade de voto.
A atribuição e fixação de retribuições, sejam vencimentos mensais ou sejam outras, aos membros do conselho de administração competem a uma comissão constituída por três membros especialmente eleitos para o efeito pela Assembleia Geral de três em três anos, sendo permitida a sua reeleição uma e mais vezes.
A Assembleia Geral procede anual e concomitantemente com a apreciação das contas anuais à avaliação do desempenho dos membros do órgão de administração da sociedade.
A matéria é objecto de ponto próprio da ordem do dia, o qual é necessariamente concluído "por um voto de confiança em todos ou alguns dos órgãos de administração e fiscalização e respectivos membros ou por destituição de algum ou alguns destes."
2.13. Medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança de composição do órgão de administração
A sociedade não adoptou qualquer medida desta natureza.
2.14. Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade, bem como os efeitos respectivos, salvo se pela sua natureza, a divulgação dos mesmos for seriamente prejudicial para a sociedade, excepto se a sociedade for especificamente obrigada a divulgar essas informações por força de outros imperativos legais
A sociedade não é parte em acordos que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem por efeito da mera mudança de controlo da sociedade, quando da mesma não decorra uma perda de garantias quanto à capacidade da empresa honrar os seus compromissos.
Inapa 154 - - Relatório & Contas 2008
Relatório sobre o governo das sociedades
2.15. Acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade.
A sociedade não tem em vigor acordos celebrados com membros do seu órgão de administração e/ou dirigentes que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequencia de uma mudança de controlo da sociedade.
Por deliberação da Assembleia Geral de 31 de Maio de 2007, a sociedade adoptou como modelo de administração e fiscalização o contemplado na alínea b) do n.º 1 do art.º 278.º CSC, a saber Conselho de Administração compreendendo uma Comissão de Auditoria e Revisor Oficial de Contas.
Têm os referidos órgãos a seguinte composição:
Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha - Presidente Jorge Armindo Carvalho Teixeira - Vice-Presidente José Manuel Félix Morgado Arndt Jost Michael Klippgen Abílio Ramos Marques Pedro Maria Cabral Norton de Matos Emídio de Jesus Maria Paulo Jorge dos Santos Fernandes (a) (a) renunciou ao mandato a 6 de Fevereiro de 2009
José Manuel Félix Morgado - Presidente Arndt Jost Michael Klippgen
Emídio de Jesus Maria - Presidente Abílio Ramos Marques Pedro Maria Cabral Norton de Matos
PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda representada por: Ricardo Filipe de Frias Pinheiro - ROC efectivo José Manuel Henriques Bernardo - ROC suplente
Decorridos dois exercícios sujeitos a este modelo de governação, é entendimento do conselho de administração que tal modelo correspondeu cabalmente às necessidades da sociedade, tanto em termos de gestão como de acompanhamento e controlo apropriados da sua actividade por parte dos órgãos de fiscalização.
Não foram até ao momento sentidos constrangimentos decorrentes da sua aplicação que aconselhem a adopção de medidas correctivas ao modelo adoptado.
3.2. Identificação e composição de outras comissões constituídas com competências em matéria de administração ou fiscalização da sociedade.
Atendendo à reduzida dimensão do Conselho de Administração e às funções desempenhadas pela Comissão de Auditoria, a sociedade entende que não se justifica a constituição de qualquer das comissões enunciadas
3.3. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da sociedade, incluindo informação sobre o âmbito das delegações de competências ou distribuição de pelouros entre os titulares dos órgãos de administração ou de fiscalização e lista de matérias indelegáveis.
De harmonia com a deliberação de 29 de Junho de 2007 do Conselho de Administração foram delegadas na Comissão Executiva do Conselho de Administração, ao abrigo do disposto nos n.ºs 3 e 4 do art.º 407.º do Código das Sociedades Comerciais, as seguintes competências, sem prejuízo da faculdade de, nos termos do n.º 8 do mesmo preceito legal, o Conselho de Administração poder vir a tomar resoluções sobre os mesmos assuntos:
O estabelecimento dos planos de politica, de objectivos e de estratégia da sociedade e do Grupo, para aprovação em Conselho de Administração;
O estabelecimento das linhas gerais de organização interna societária, para aprovação em Conselho de Administração;
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Relatório & Contas 2008
A negociação de contratos de financiamento a mais de um ano e um dia da sociedade e das sociedades subordinadas, de emissão de obrigações e de programas de papel comercial, ficando, porém, expressamente condicionada a vinculação da sociedade, neste tipo de operações, a uma deliberação prévia do Conselho de Administração;
Naquela referida deliberação, o Conselho de Administração declarou, de forma expressa, como indelegáveis na Comissão Executiva as seguintes competências:
As constantes das alíneas a) a m) do art.º 406º do Código das Sociedades Comerciais;
Por força das disposições legais aplicáveis e da aludida deliberação do Conselho de Administração de 29 de Junho de 2007 encontram-se especialmente cometidas à Comissão de Auditoria as seguintes competências:
Elaborar anualmente relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentadas pela administração;
Convocar a Assembleia Geral quando o Presidente da respectiva Mesa o não faça, devendo fazê-lo;
Fiscalizar a independência do Revisor Oficial de Contas, designadamente no tocante à prestação de serviços adicionais;
Participar ao Ministério Público os factos delituosos de que tenha tomado conhecimento e que constituam crimes públicos,
3.4. Descrição dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade, designadamente, quanto ao processo de divulgação de informação financeira.
Atendendo a que a prossecução da actividade comercial se encontra repartida pelas diversas filiais do Grupo incumbe a esta sociedade, no seu todo, assegurar o respectivo controlo e a gestão de risco operacional, económico e financeiro.
A sociedade dotou-se, com esse intuito, com a seguinte estrutura, considerada adequada para os fins de controlo e gestão dos riscos acima descritos:
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A informação é escrutinada tanto pelos departamentos de controlo de gestão, financeiro e contabilidade.
É ainda de referir, neste particular, que o sistema de IT implementado, sob a tutela de um responsável autónomo, reconcilia e valida os valores obtidos pelas empresas do Grupo.
A actividade dos departamentos em causa é por sua vez controlada em permanência pela Comissão Executiva do Conselho de Administração e sujeita a escrutínio regular pelo Conselho de Administração, pela Comissão de Auditoria e pelo ROC e auditor externo no âmbito das competências que por força da lei e dos estatutos se lhes encontram respectivamente cometidas.
Importa ainda realçar que a informação de gestão recolhida é ainda objecto de escrutínio regular, de harmonia com as disposições normativas específicas, pelos serviços de auditoria externa, cujo cumprimento integral é objecto de acompanhamento pela Comissão de Auditoria do Conselho de Administração no âmbito das suas competências próprias.
Compete ao Conselho de Administração, por força do disposto no art.º 20.º dos estatutos, exercer, em geral, os mais amplos poderes de gestão, representando a sociedade em juízo e fora dele, activa e passivamente, assim como praticar todos os actos tendentes à realização do seu objecto social e, em especial:
Estabelecer, manter, transferir ou encerrar escritórios, sucursais, agências ou quaisquer outras formas de representação social;
Adquirir, alienar e obrigar por qualquer forma acções e obrigações próprias ou outros títulos próprios de natureza igual ou semelhante;
Ao conselho de administração, para além da mera competência de propositura aos accionistas reunidos em Assembleia Geral, não se encontram actualmente concedidos quaisquer poderes para deliberar sobre um aumento do capital da sociedade.
3.6. Existência de regulamentos de funcionamento dos órgãos da sociedade, ou outras regras relativas a incompatibilidades definidas internamente e a número máximo de cargos acumuláveis, e o local onde os mesmos podem ser consultados.
Para além das normas constantes do contrato de sociedade referentes à actividade dos órgãos sociais e ao regime de incompatibilidades dos respectivos membros, que plasmam a legislação vigente, foram aprovados, por deliberação do Conselho de Administração de 29 de Junho de 2007, regulamentos específicos de funcionamento do Conselho de Administração e da Comissão Executiva criados no seu âmbito, bem como da Comissão de Auditoria.
O número máximo de cargos acumuláveis pelos membros dos órgãos sociais não é objecto de previsão específica, sendo exclusivamente aplicáveis na matéria as normas legais e regulamentares em vigor.
Os regulamentos de funcionamento dos órgãos da sociedade poderão ser consultado no site da sociedade: www.inapa.pt.
Os membros dos órgãos de administração e fiscalização são eleitos por maioria simples dos accionistas reunidos em Assembleia Geral para mandatos de três anos.
Por força do disposto no n.º 2 do art.º 18.º do Contrato de Sociedade " Os accionistas que tenham votado contra a proposta que fez vencimento na eleição dos administradores têm o direito de designar um administrador, contanto que essa minoria represente pelo menos 10% do capital social, sendo que a eleição será feita por votação da referida minoria, na mesma assembleia, e o administrador assim eleito substitui automaticamente a pessoa menos votada da lista vencedora ou, em caso de igualdade de votos, aquele que figurar em último lugar da mesma lista".
A substituição dos membros dos órgãos de administração e fiscalização é efectuada pela chamada dos respectivos suplentes eleitos em Assembleia Geral.
Na ausência de administradores suplentes eleitos em Assembleia Geral, o Conselho de Administração promoverá, nos termos da lei, às substituições necessárias por meio de cooptação, a ratificar na primeira Assembleia Geral que se realizar após a mesma, nos termos da lei.
3.8. Número de reuniões dos órgãos de administração e fiscalização e de outras comissões constituídas com competência em matéria de administração e fiscalização durante o exercício em causa.
O Conselho de Administração reuniu 9 vezes no ano de 2008, a Comissão Executiva 10 e a Comissão de Auditoria 10 vezes.
3.9. Identificação dos membros do conselho de administração e de outras comissões constituídas no seu seio, distinguindo-se os membros executivos dos não executivos e, de entre estes, discriminando os membros que cumprem as regras de incompatibilidade previstas no n.º 1 do artigo 414.º-A do Código das Sociedades Comerciais, com excepção da prevista na alínea b), e o critério de independência previsto no n.º 5 do artigo 414.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais.
| Nome | Cargo | Incompatibilidades | Independência |
|---|---|---|---|
| Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha | Não Executivo | Não incompatível | Não independente |
| José Manuel Félix Morgado | Executivo | Não incompatível | Independente |
| Jorge Armindo Carvalho Teixeira | Não Executivo | Não incompatível | Independente |
| Arndt Jost Michael Klippgen | Executivo | Não incompatível | Independente |
| Emídio de Jesus Maria | Não Executivo / Com. Auditoria | Não incompatível | Independente |
| Abílio Ramos Marques | Não Executivo / Com. Auditoria | Não incompatível | Não independente |
| Pedro Norton de Matos | Não Executivo / Com. Auditoria | Não incompatível | Independente |
| Paulo Jorge dos Santos Fernandes (a) | Não Executivo | Não incompatível | Não independente |
| (a) renunciou ao mandato a 6 de Fevereiro de 2009 |
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Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa Especialização em Gestão de Activos e Passivos pelo INSEAD
Entre 1990 e 1993 foi quadro do Samuel Montagu Investment Bank e do HSBC Investment Bank, em Londres e Lisboa; Entre 1993 e 2005 foi quadro superior do Banco Comercial Português, tendo exercido funções, entre outras, como membro da Comissão Directiva do BCP Investimento, CFO da Seguros & Pensões, membro do Conselho de Administração da Ocidental Vida, Ocidental Seguros, Médis – Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde, Império Bonança, Império Comércio e Indústria, Companhia de Seguros de Macau, Pensões Gere e Presidente do Conselho de Administração da Império Vida y Diversos. Entre 2005 e 2006 foi quadro superior da EDP, tendo exercido funções, entre outras, de CFO e, posteriormente, Administrador Delegado da ONI SGPS, responsável pelo plano de reestruturação e reposicionamento da operadora de telecomunicações nos mercados português e espanhol
Nasceu em Dresden, Alemanha Oriental, em 1950. Em 1973 obtém o título académico de Diplom-Kaufmann pela Universidade de Hamburgo. Entre 1974 e 1988 foi director-geral da sociedade de distribuição de papel Richard Klippgen & Co, Reinbeck. Responsável, em 1988, pela integração das sociedades Richard Klippgen & Co com três outras distribuidoras de papel. Entre 1988 e 2000 foi director-geral de Papier Union GmbH & Co. KG De 2000 até ao presente é CEO de Papier Union GmbH.
Licenciado em Economia pelo ISCEF da Universidade Técnica de Lisboa A.M.P. da Harvard Business School De 1970 a 1972 foi consultor de gestão e organização de empresas na NORMA, SA (Grupo CUF ) De 1972 a 1973 foi gerente executivo da NEOCEL – Impressão e Manufactura, Lda Em 1973 foi eleito administrador de Inapa – Indústria Nacional de Papéis, SA Entre 1975 e 1987 foi Presidente do Conselho de Administração de Inapa – Indústria Nacional de Papéis, SA De 1987 até 2006:
Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto
Entre 1976 e 1992 foi Assistente do docente de Gestão de Empresas e Gestão Financeira Internacional
Entre 1982 e 1987 foi Director Financeiro do Grupo Amorim
Entre 1987 e 1997 foi Vice-Presidente do Grupo Amorim e membro do Conselho de Administração de diversas empresas deste Grupo
Entre 1997 a 2000 foi Vice-Presidente não executivo do Grupo Amorim
Entre 1998 a 2004 foi Presidente do Conselho de Administração do Grupo Portucel Soporcel e diversas subsidiárias.
Foi hzadministrador de Inapa – Investimentos, Participações e Gestão.
Em 2005 era Presidente do Conselho de Administração de Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA, de EDIFER – SGPS; SA, de Portucel Tejo – Empresa de Celulose do Tejo, SA, de Iberpartners – Gestão e Reestruturação de Empresas, SA, da Fundição do Alto da Lixa, SA. Era vogal do Conselho de Administração de Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA. Actualmente exerce a administração das sociedades descritas no ponto 3.11.
Licenciado em Organização e Gestão de Empresas pelo ISCTE Entre 1977 e 1980 Delegado Comercial da Rank Xerox Entre 1980 e 1984 Delegado Comercial da Sperry / Unisys Entre 1984 e 1986 Director Comercial da Inforgal Entre 1986 e 1988 Director Comercial da Sperry / Unisys Entre 1988 e 1990 Adjunto da Administração / Director de Estratégia da Rima / Nixdorf Entre 1991 e 1995 Administrador-Delegado da Unisys Portugal Entre 1995 e 2000 Presidente do Grupo Ibérico e responsável pela Europa do Sul da Unisys Entre 2000 e 2005 Presidente da Comissão Executiva da Oni SGPS e Presidente do Conselho de Administração da OniTelecom Actualmente exerce as funções enunciadas no ponto 3.11 do presente relatório
| Inapa 162 | |
|---|---|
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Relatório & Contas 2008 -
Relatório sobre o governo das sociedades
Licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.
Frequentou o Programa de Alta Direcção de Empresa ministrado pelo IESE (Universidade de Navarra ).
Entre 1971 e 1973 economista júnior de Intermercado – Gestão de Empresas, SARL.
Entre 1973 e 1976 cumpriu o serviço militar.
Entre 1976 e 1978 foi responsável pela contabilidade de Rodoviária Nacional, EP.
Entre 1978 e 1996 foi quadro superior de Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SA exercendo sucessivamente as funções de:
Entre 1996 e 2003 foi administrador da empresa Hidroeléctrica de Cabora Bassa, SARL.
Entre 2003 e 2005 foi assessor do Conselho de Administração de Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA. A partir de 2005 é director de Parpública – Participações Públicas, SGPS, SA.
Licenciado em Organização e Gestão de Empresas, pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa; Técnico Oficial de Contas desde 1980; Revisor Oficial de Contas desde 1990 (actualmente em suspensão voluntária de exercício). Técnico economista na Telefones de Lisboa e Porto, de 1979 a 1980.
Inspector na Inspecção-Geral de Finanças, de 1980 a 2003:
Revisor Oficial de Contas e consultor, de 1990 a 2008):
Outros cargos:
Licenciado em Engenharia Electrónica pela Universidade do Porto, tendo posteriormente concluído um MBA na Universidade de Lisboa.
Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui:
Ao longo da sua carreira, desempenhou ainda funções em diversas associações e designadamente:
Inapa 164
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Relatório & Contas 2008
Relatório sobre o governo das sociedades
| Quantidade | Direitos de Voto | |
|---|---|---|
| Dr. Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha | 1.000.000 | 0,67% |
| detidas por pessoas ou entidades contemplados no | ||
| art.º 447º e no n.º 2 do art.º 1º do | ||
| Regulamento CMVM 1 / 2007 na redacção do | ||
| Regulamento CMVM 10 / 2005 | 1.000.000 | 0,67% |
| Dr. José Manuel Félix Morgado | 563.631 | 0,38% |
| Dr. Jorge Armindo Carvalho Teixeira | 0 | 0% |
| Dr. Arndt Jost Michael Klippgen | 0 | 0% |
| Dr. Pedro Maria Cabral Norton de Matos | 0 | 0% |
| Dr. Abílio Ramos Marques | 0 | 0% |
| detidas por pessoas ou entidades contemplados no | ||
| art.º 447º e no n.º 2 do art.º 1º do | ||
| Regulamento CMVM 7 / 2001 na redacção do | ||
| Regulamento CMVM 10 / 2005 | 49.084.738 | 32,72% |
| Dr. Emídio de Jesus Maria | 0 | 0% |
| Engº Paulo Jorge dos Santos Fernandes | ||
| detidas por pessoas ou entidades contemplados no | ||
| art.º 447º e no n.º 2 do art.º 1º do | ||
| Regulamento CMVM 1 / 2007 na redacção do | ||
| Regulamento CMVM 10 / 2005 | 6.494.896 | 4,33% |
| 1ª Designação | Termo mandato | |
|---|---|---|
| Vasco Luís Schulthess de Quevedo Pessanha | 29.05.1973 | 31.12.2009 |
| José Manuel Félix Morgado (*) | 09.11.2004 | 31.12.2009 |
| Arndt Jost Michael Klippgen | 31.05.2007 | 31.12.2009 |
| Jorge Armindo Carvalho Teixeira (**) | 06.07.2000 | 31.12.2009 |
| Pedro Maria Cabral Norton de Matos | 26.06.2006 | 31.12.2009 |
| Abílio Ramos Marques | 31.05.2007 | 31.12.2009 |
| Paulo Jorge dos Santos Fernandes | 09.04.2008 | 31.12.2009 |
| Emídio de Jesus Maria | 09.04.2008 | 31.12.2009 |
(*) Foi cooptado administrador em 9 de Novembro de 2004 tendo então cessado funções em 25 de Maio de 2005. Novamente cooptado em 15 de Fevereiro de 2007.
(**) Em representação de Papercel – Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA entre 06.07.2000 e 25.05.2005
3.11. Funções que os membros do órgão de administração exercem em outras sociedades, discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo grupo.
Sociedades Grupo ( administrador / gerente ) Nenhuma
\Mepesa – Sociedade de Investimentos Imobiliários, Lda; \Sagritávora – Sociedade Agrícola da Quinta do Távora, Lda; \Sociedade Agrícola da Quinta dos Buxeiros, Lda; \ Investimentos Prediais da Rocha - ImpreRocha SA. \Solvay Portugal, SA. \Sociedade Agrícola da Alvarinheira, SA.
Membro do Conselho Geral do BCP - Banco Comercial Português, SA.
\Gestinapa – SGPS, SA; \Inapa Portugal – Distribuição de Papel, SA; \Inapa Deutschland GmbH; \Papier Union, GmbH ( Beirat ); \Inapa France, SAS; \Logistipack, SA \Inapa Suisse, SA \Inapa Belgium, SA \Inapa Luxembourg, SA \Inapa España Distribuición de Papel, SA;
Sociedades Grupo ( administrador / gerente ) Nenhuma
\Amorim - Entertainment e Gaming Internacional, SGPS, SA \Amorim Turismo - Serviços e Gestão, SA \Amorim Turismo, SGPS, SA \Amorim Turismo Imobiliária, SGPS, SA \CHT - Casino Hotel de Tróia, SA \Drink In – Companhia de Indústria de Bebidas e Alimentação, SA \Edifer, SGPS, SA \Estoril Sol, SGPS, SA \Fozpatrimónio, S.A. \Goldtur - Hotéis e Turismo, SA \Grano Salis - Inv. Turísticos, Jogo e Lazer, S.A. \Hotel Turismo, SARL \Iberpartners – Gestão e Reestruturação de Empresas, SA \Imofoz, SA \Mobis - Hotéis de Moçambique, SARL \Notel - Empreendimentos Turísticos, SARL \Prifalésia - Construção e Gestão de Hotéis, SA \Return - Investimentos Hoteleiros e Jogo, SA \Royspa - Serviços de Consultadoria, Lda \SGGHM - Sociedade Geral de Hotéis de Moçambique, S.A. \Sociedade Figueira Praia, SA \SPIGH - Sociedade Portuguesa de Investimentos e Gestão Hoteleira, S.A. \Troia Península Investimentos, SGPS, SA
\Turyleader, SGPS, SA
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Relatório & Contas 2008
Relatório sobre o governo das sociedades
Inapa Deutschland GmbH Papier Union GmbH PMF – Print Media Factoring, GmbH Inapa Packaging, GmbH Inapa VisCom, GmbH Inapa Logistics GmbH ComPlott – Papier Union GmbH Inapa Suisse, Sa
outras empresas ( administrador / gerente ) Nenhuma
Funções noutras sociedades Nenhuma
Sociedades Grupo ( administrador / gerente ) Nenhuma
outras empresas ( administrador / gerente ) Ria-Mãe – Criação de Peixe, Lda CE-Circuito Estoril, S.A.
Funções noutras sociedades Nenhuma
Sociedades Grupo ( administrador / gerente ) Nenhuma
outras empresas ( administrador / gerente ) \Gingko SGPS, Lda \Hábitos Saudáveis, Lda \Visão Positiva, Lda \Parceria Total, Lda \Have a Nice Day, Lda
Funções noutras sociedades Oracle – membro do Advisory Boar
Sociedades Grupo ( administrador / gerente ) Nenhuma
outras empresas ( administrador / gerente ) Nenhuma
Funções noutras sociedades Nenhuma
Sociedades Grupo ( administrador / gerente ) Nenhuma
outras empresas ( administrador / gerente ) \Altri, S.G.P.S., S.A. \Caima – Indústria de Celulose, S.A. \Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. \Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. \Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. \Cofihold, S.G.P.S., S.A. \Cofina Media, S.G.P.S., S.A. \CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A. \Edisport – Soc. de Publicações, S.A. \F. Ramada – Participações, S.G.P.S., S.A. \F. Ramada – Produção e Comercialização de \Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. \F. Ramada II Imobiliária, S.A. \F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. \F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. \Invescaima, S.G.P.S., S.A. \Mediafin – S.G.P.S., S.A. \Presselivre – Imprensa Livre, S.A. \Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. \Ródão Power, S.A. \Sociedade Imobiliária Porto Seguro \ Investimentos Imobiliários, S.A.
Funções noutras sociedades Nenhuma
Inapa 168
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Relatório & Contas 2008
Relatório sobre o governo das sociedades
3.12. Identificação dos membros do conselho fiscal. Não aplicável
3.13. Qualificações profissionais dos membros do conselho fiscal, actividades profissionais por si exercidas, o número de acções da sociedade de que são titulares, data da primeira designação e data do termo de mandato. Não aplicável
3.14. Funções que os membros do conselho fiscal exercem em outras sociedades, discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo grupo. Não aplicável
3.15. Identificação dos membros do conselho geral e de supervisão e de outras comissões constituídas no seu seio. Não aplicável
3.16. Qualificações profissionais dos membros do conselho geral e de supervisão e de outras comissões constituídas no seu seio, actividades profissionais por si exercidas, o número de acções da sociedade de que são titulares, data da primeira designação e data do termo de mandato. Não aplicável
3.17. Funções que os membros do conselho geral e de supervisão e de outras comissões constituídas no seu seio exercem em outras sociedades, discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo grupo. Não aplicável
3.18. Descrição da política de remuneração, incluindo, designadamente, os meios de alinhamento dos interesses dos administradores com o interesse da sociedade e a avaliação do desempenho, distinguindo os administradores executivos dos não executivos, e explicação da política da sociedade relativamente aos termos de compensações negociadas contratualmente ou através de transacção em caso de destituição e outros pagamentos ligados à cessação antecipada dos contratos.
Não existem quaisquer compensações estabelecidas em caso de destituição ou outros pagamentos ligados à cessação antecipada dos contratos dos administradores.
Tendo em vista assegurar o alinhamento dos interesses dos administradores com os da sociedade, a comissão de remunerações definiu para os membros executivos do Conselho de Administração um modelo de remuneração variável com uma componente anual e outra plurianual que abarca o período do mandato respectivo.
O valor é calculado em função do valor real obtido para as variáveis estratégicas e do grau de concretização face aos valores do orçamento aprovado em Conselho de Administração.
A atribuição de remunerações aos membros dos órgãos sociais incumbe a uma comissão composta por três membros eleitos em assembleia-geral.
Integram a actual comissão de remunerações, os Senhores:
Não existe qualquer relação de parentesco entre os membros que integram a Comissão de Remunerações e/ou entre estes e os membros do Conselho de Administração, seus cônjuges, parentes e afins em linha recta até ao 3º grau, inclusive.
3.20. Remuneração auferida, no exercício em causa, pelos membros do órgão de administração incluindo, designadamente, prémios de desempenho.
É entendimento do Conselho de Administração que, por atenção à natureza colegial deste órgão social, cujos membros são solidariamente responsáveis pela vida social, não se deverá proceder à descriminação individual das respectivas remunerações.
As remunerações dos administradores, incluindo as auferidas, nessa qualidade através de sociedade de domínio ou de grupo ascenderam em 2008 a 702 milhares de euros em que 489 milhares de euros corresponde à remuneração dos administradores executivos da sociedade.
Não existem quaisquer direitos a acções, a opções sobre acções, planos de atribuição de acções ou direitos de adquirir opções sobre acções ou qualquer outro sistema de incentivo com acções atribuídos aos membros dos órgãos sociais.
No exercício em apreço não foi paga aos membros dos órgãos sociais qualquer remuneração sob a forma de participação nos lucros e ou pagamento de prémios, nem qualquer indemnização, nem é devida qualquer indemnização a ex-administradores.
Não existe qualquer regime complementar de pensões ou de reforma antecipada para os administradores, nem benefícios não pecuniários considerados como remuneração.
3.21. Indicação, em termos individuais, dos montantes cujo pagamento esteja previsto, independentemente da sua natureza, em caso de cessação das funções durante o mandato, quando excedam o dobro da remuneração mensal fixa.
Não existe qualquer disposição ou acordo particular aplicável, em caso de cessação de funções de qualquer membro dos órgãos sociais, sendo apenas aplicável a lei geral.
Os colaboradores do Grupo Inapa (quadros e demais funcionários da casa-mãe, administradores, quadros e demais funcionários das filiais) devem participar quaisquer irregularidades de que tenham conhecimento no seio de empresas do Grupo que integram aos seguintes responsáveis:
O capital da sociedade encontra-se representado por cento e cinquenta milhões de acções ordinárias do valor nominal de um euro cada.
Inapa 170 -
As acções em causa encontram-se, na sua totalidade, admitidas à negociação em mercado regulamentado (Euronext Lisbon), conferem todas os mesmos direitos aos respectivos titulares, não havendo qualquer segregação das mesmas por categorias.
Não existem accionistas titulares de direitos especiais
4.2. Participações qualificadas no capital social do emitente, calculadas nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários.
| nº de acções | % do capital | % dos direitos de voto | |
|---|---|---|---|
| Parpública - Participações Públicas SGPS, SA | 49.084.738 | 32,72% | 32,72% |
| Participação imputável ao Millennium BCP (artª 20 do CVM) | 27.391.047 | 18,26% | 18,26% |
| Banco Comercial Português, SA | 10.315.846 | 6,88% | 6,88% |
| Fundo de Pensões do Grupo BCP | 16.521.635 | 11,01% | 11,01% |
| Banco Millennium BCP Investimento, SA | 553.566 | 0,37% | 0,37% |
| Cofihold SGPS, SA | 6.494.896 | 4,33% | 4,33% |
| Jorge Augusto Martins Fazendeiro | 3.083.851 | 2,06% | 2,06% |
| Próprias | 3.033.851 | 2,02% | 2,02% |
| Acções detidas por pessoa ou entidade contemplada no artº 447 | 50.000 | 0,03% | 0,03% |
Não existem restrições à livre transmissibilidade das acções, tais como cláusulas de consentimento para a alienação, ou limitações à sua titularidade.
4.5. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto.
Não são do conhecimento da sociedade quaisquer acordos parassociais que, designadamente, possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto.
As alterações estatutárias são adoptadas pelos accionistas reunidos em Assembleia Geral pela maioria contemplada na lei.
4.7. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes.
Não existe qualquer sistema de participação dos trabalhadores no capital da sociedade
No decorrer do exercício em apreço a Inapa não procedeu à emissão de quaisquer valores mobiliários que permitissem a subscrição ou aquisição de acções.
Os mercados de capitais viveram em 2008 o pior ano das últimas 6 décadas. A crise de dimensões nunca antes verificadas e que abalou profundamente todo o sector financeiro mundial e suas instituições, foi responsável pela queda sensível dos mercados.
Os principais índices mundiais apresentaram quedas superiores a 30%, com o Cac40 e o Dax, nomeadamente, a registarem descidas superiores a 40%.
Neste contexto fortemente negativo o mercado português não passou naturalmente incólume, tendo o seu índice mais representativo – o PSI20 – registado uma descida de 51,29%.
Os volumes transaccionados no mercado português decresceram também substancialmente para os 54,9 biliões de euros (- 45% face a 2007).
apresentaram um comportamento substancialmente melhor ao nível dos volumes e montantes negociados e em linha com o mercado em termos da evolução das cotações.
O volume transaccionado atingiu os 185,9 milhões de acções o que representou um aumento de 210% face a 2007, sendo certo que em 2007 o volume transaccionado já tinha crescido mais de 7 vezes relativamente ao ano anterior, o que corresponde a dizer que de 2006 para 2008 o volume transaccionado cresceu 22 vezes.
Este facto invulgar, revela um substancial aumento de interesse pelas acções Inapa por parte de um conjunto cada vez mais alargado de investidores.
Acresce ainda que sendo o capital social da Inapa-Investimentos, Participações e Gestão, SA, representado por 150 milhões de acções, o volume transaccionado representa uma rotação de 1,24 vezes o total de acções cotadas.
Considerando apenas o "free float" (cerca de 44% do capital social) a rotação foi de 2,8 vezes.
Fonte: Euronext
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Relatório & Contas 2008
Relatório sobre o governo das sociedades
Em termos de valor transaccionado a Inapa atingiu os 139 milhões de euros, o que representou um crescimento de 21% face a 2007. Este aumento é ainda mais relevante dado que em 2007 o valor transaccionado já tinha aumentado 390% face a 2006.
A cotação acompanhou a tendência dos mercados e designadamente do índice PSI20, tendo fechado o ano a 0,34 euros por acção, o que correspondeu a uma queda de 63% face a 2007.
A Inapa continuou a ser acompanhada em termos de análise económico-financeira pelo Banco Português de Investimento e pela Caixa Banco de Investimento, que durante o ano de 2008, emitiram relatórios de análise com recomendações de compra com um substancial potencial de valorização.
Procuramos desenvolver produtos e serviços que correspondam sempre às necessidades dos nossos clientes.
A distribuição de dividendos é, para a Inapa um instrumento relevante para remunerar os seus accionistas.
A prática consistentemente seguida no passado foi suspensa em 2001 e pretende-se que venha a ser retomada logo que as condicionantes macroeconómicas, o volume dos resultados gerados e o seu envolvimento financeiro lho consintam.
No decorrer dos três últimos exercícios a Inapa não procedeu à distribuição de quaisquer dividendos aos seus accionistas privilegiando o reforço da sua solidez financeira.
Não existe qualquer plano para aquisição de acções ou de atribuição de opções de compra a membros dos órgãos sociais ou colaboradores.
4.11. Descrição dos elementos principais dos negócios e operações realizados entre, de um lado, a sociedade e, de outro, os membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo, desde que sejam significativos em termos económicos para qualquer das partes envolvidas, excepto no que respeita aos negócios ou operações que, cumulativamente, sejam realizados em condições normais de mercado para operações similares e façam parte da actividade corrente da sociedade.
Não houve durante o exercício em apreço quaisquer negócios ou operações realizadas entre a sociedade e membros dos seus órgãos de administração e fiscalização.
Se nenhuma operação ou negócio é de assinalar com pessoa ou entidade que domine esta sociedade, porque inexistente, as operações ou negócios celebrados com titulares de participações qualificadas – caso do Banco Comercial Português – e com as sociedades dominadas, foram-no exclusivamente no âmbito da actividade corrente da sociedade e em condições normais de mercado para operações similares.
A Inapa dispõe de um Gabinete de Apoio ao Investidor, a cujo responsável compete ainda a representação para as relações com o mercado.
A este gabinete encontram-se confiadas as relações da empresa com as entidades de supervisão do mercado e bolsa (CMVM, Euronext, Interbolsa, Opex), Intermediários Financeiros ( sociedades corretoras e financeiras de corretagem, bancos ), investidores institucionais e particulares.
Os contactos com este gabinete poderão fazer-se através do Representante para as Relações com o Mercado:
Dr. António José Nogueira Simão Domingues Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA
Gabinete de Apoio aos Investidores Rua Castilho nº 44 3º 1250 – 071 Lisboa e-mail : [email protected] [email protected] www.inapa.pt Tel. + 351 21 382 30 08 Fax. + 351 21 382 30 16
Será oportuno sublinhar que a utilização, pela Inapa, das novas tecnologias, para divulgação de informação relevante, tem vindo a ser desenvolvida e consolidada ao longo dos últimos anos.
Nesse sentido dispõe de um "site" institucional, em português e em inglês, com os seguintes endereços: www.inapa.pt, www.inapa.com,
Para além de uma área de pura informação institucional e de uma área de informação geral sobre a actividade do Grupo e das suas empresas, o "site" dispõe ainda de uma área especialmente vocacionada para os investidores e de outra para a comunicação social.
No "site" os interessados dispõem de um vasto conjunto de informação sobre a empresa e o grupo, de que se indicam, a título meramente exemplificativo, os últimos relatórios de gestão e demais documentos de prestação de contas, de carácter anual, semestral e trimestral, toda a informação sobre factos relevantes e os indicadores financeiros mais significativos.
Esta informação é ainda complementada com os seguintes "sites" individuais, com informação de carácter técnico ou claramente transaccional:
Dando continuidade à preocupação do Conselho de Administração de acesso à informação por parte dos pequenos accionistas, garantindo que esta lhes chega de uma forma célere e atempada e em igualdade de circunstâncias com os demais agentes de mercado, foi criado o Circulo de Accionistas Inapa.
Esta iniciativa única em Portugal tem como principais objectivos:
Inapa 174
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Relatório & Contas 2008
Relatório sobre o governo das sociedades
Com esta acção a Inapa posiciona-se na vanguarda das melhores práticas internacionais nestas matérias, dando mais um passo no sentido de se afirmar como uma referência também nos mercados de capitais.
A informação continuou a ser uma das maiores preocupações do Conselho de Administração, que através das apresentações de resultados anuais e semestrais, da divulgação dos resultados trimestrais, e da demais informação relevante, manteve o mercado e os seus agentes devida e atempadamente informados.
Para que esta comunicação chegasse a todos os agentes de mercado e ao público em geral, de em tempo oportuno e de fácil acesso, cumpre referir o trabalho e colaboração dos meios de comunicação social, para quem a Inapa esteve sempre disponível quer através do Presidente da sua Comissão Executiva, quer através da sua área de Relações com os Investidores. É nosso objectivo continuar a estar na linha da frente das melhores práticas de relações com os mercados e seus investidores, bem como em termos de Governo Societário.
4.13. Remuneração anual paga ao auditor e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede suportada pela sociedade e ou por pessoas colectivas em relação de domínio ou de grupo.
A remuneração paga ao auditor externo ascendeu a 477 milhares de euros respeitantes aos serviços de auditoria inerentes às funções que, nessa qualidade, se lhe encontram cometidas.
O auditor externo e/ou pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede auferiram, no período considerado, um total €339.100 correspondentes à soma dos honorários pelos serviços acima mencionados com outros serviços de auditoria prestados a subsidiárias no estrangeiro.
O auditor externo realizou trabalhos de consultoria no valor de 6 milhares de euros.
Capa: Plike White 330 g/m2 - Grupo Cordenon - - Miolo: Munken Lynx 150 g/m2 - Artic Papers - - Design: Dimensão Global - Comunicação, Design e Sistemas de Informação - - Impressão: Madeira & Madeira, Lda - Artes Gráficas - -
Depósito Legal: 274567/8
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