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Patris Investimentos

Annual Report Apr 26, 2010

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Annual Report

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Sede: Rua João Mendonça, 529 – 4464-501 Senhora da Hora

Capital Social 1.000.000.000 Euros

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o número único de matrícula e identificação 501 532 927

RELATÓRIO E CONTAS

31 DE DEZEMBRO DE 2009

RELATÓRIO DE GESTÃO

RELATÓRIO DE GESTÃO 2009

Sonae Investimentos, SGPS, SA é a designação da ex-Sonae Distribuição, SGPS, SA. A Empresa alterou a denominação social em Novembro de 2009. A nova designação aprovada não implicou quaisquer alterações, designadamente, nos contratos estabelecidos.

1 ACTIVIDADE AO LONGO DO ANO

Ao longo de 2009, a Sonae Investimentos, SGPS, SA realizou um volume de negócios consolidado de 4.546 milhões de Euro - o que representa um crescimento de 8% face ao ano anterior. Neste mesmo período, o cash-flow consolidado da Empresa atingiu 356 milhões de Euros. Este valor representa um rácio sobre as vendas líquidas totais de 7,8%, menos 0,6 p.p. que no ano anterior, o que se deveu ao esforço de investimento associado à expansão no mercado Espanhol, o qual irá contribuir para o crescimento futuro da Empresa.

Particularizando na evolução da actividade da Empresa, destacamos os seguintes aspectos:

Os negócios de base alimentar aumentaram o volume de negócios ex-fuel em 6% para 3.106 milhões de Euros, reflectindo:

  • o aumento de 1% das vendas numa base comparável, com o aumento do volume numa base comparável (+5%) a compensar uma redução do preço médio unitário (-4%), este último a reflectir fenómenos de "trading down" e deflação;
  • o crescimento orgânico dos últimos 12 meses, com a abertura de 39 mil m2 de área (89 lojas);
  • o sucesso do cartão de fidelização; e
  • o significativo investimento em marca própria, que passou a representar 23% da categoria de bens de grande consumo no final de 2009 (20% em 2008).

O segmento de negócio em análise melhorou o cash-flow em 6% para 199 milhões de Euros, representando uma margem sobre as vendas de 6,4%. Este desempenho reflectiu um reforço de quota de mercado, melhorias de eficiência operacional, nomeadamente ao nível do sistema de logística e a gestão centralizada das compras. Esta margem foi significativa, num cenário de forte intensidade concorrencial e deflação.

No que respeita ao volume de negócios das insígnias de retalho especializado, este aumentou 22% para 1.132 milhões de euros. Este desempenho é resultado da forte expansão orgânica dos últimos 12 meses, com a abertura de 61 mil m2 (77 lojas). Numa base comparável, as vendas diminuíram apenas 3%, com um crescimento nos formatos têxtil e desporto a mitigar o desempenho dos formatos de electrónica. As operações em Espanha apresentaram crescimentos de vendas, numa base comparável, promissores e a contribuir com cerca de 13% das vendas de retalho especializado em 2009.

Este segmento de negócio viu o cash flow operacional diminuir em 8% para 48 milhões de Euros, representando uma margem sobre vendas de 4,2%. Esta redução reflectiu dois desempenhos opostos: o contínuo ganho de rentabilidade da operação em Portugal e o investimento decorrente do crescimento orgânico da operação em Espanha, actualmente com 56 mil m2 e representada por 3 formatos: Worten, SportZone e Zippy. O objectivo da Empresa para o segmento internacional é atingir cash flow operacional positivo em 2012.

A rendibilidade do segmento de propriedades de retalho reflecte sobretudo rendas internas, definidas de acordo com retornos mínimos sobre os investimentos realizados, na sua maioria alinhados com as taxas de capitalização do mercado. O cash flow operacional cresceu 10% para 111 milhões de Euros, devido ao aumento dos activos detidos decorrentes do plano de expansão orgânica das operações de retalho em Portugal.

Neste mesmo período, o volume de negócios do segmento de gestão de investimentos ascendeu a 168 milhões de Euros e o cash flow operacional foi negativo em 2 milhões de Euros.

Ao longo do ano em apreço, o resultado operacional consolidado da Sonae Investimentos, SGPS, SA totalizou 210 milhões de Euros. Este valor é 13% inferior ao registado no ano anterior.

Neste mesmo período, os resultados financeiros negativos totalizaram 50 milhões de Euros, incorporando uma redução de cerca de 22 milhões de Euros face a 2008.

Na mesma data, o Resultado líquido consolidado do exercício atribuível a Accionistas da Empresa-mãe ascendeu a 138 milhões de Euros, que compara com 171 milhões de Euros auferidos no ano anterior.

2 INVESTIMENTO

A Sonae Investimentos concretizou ao longo de 2009 um investimento líquido global de 329 milhões de Euros. Este valor destinou-se à concretização do plano de expansão da Empresa, permitindo-lhe finalizar o ano com um portfolio de 937 unidades e uma área de venda instalada de 899.000 m2 (+11% sobre a base de final do ano precedente).

O investimento dos negócios de retalho alimentar ascendeu a 137 milhões, valor ligeiramente superior ao investido em 2008. Os principais destinos do montante investido foram: o investimento inicial (excluindo a componente de imobiliário) relativo à abertura de novas lojas (39 mil m2); a renovação do parque de lojas; os trabalhos de preparação de futuras aberturas e a melhoria contínua da infra-estrutura logística.

  • O investimento do retalho especializado atingiu os 97 milhões de euros (9 milhões de euros superior ao de 2008), reflectindo: o investimento inicial (excluindo a componente de imobiliário de retalho) na abertura de 55 novas lojas em Portugal (40 mil m2); o investimento de manutenção do parque de lojas e as despesas de investimento associadas à presença em Espanha, com a abertura de 22 lojas a totalizar 22 mil m2 de área de venda.
  • O montante investido pelo segmento de propriedades de retalho alcançou os 90 milhões de euros, reflectindo o investimento em novas lojas e despesas de investimento por conta de aberturas futuras.
  • O investimento da unidade de gestão de investimentos ascendeu a 3 milhões de Euros.

3 PERSPECTIVAS

Para o ano de 2010, a Empresa adoptará um número de acções alinhadas com a ambição de reforço de posição competitiva nas áreas core e aumento da presença internacional, sem prejudicar a obtenção de elevados níveis de rentabilidade.

A unidade de retalho de base alimentar irá continuar a assegurar crescimento e uma posição de referência em termos de geração de cash flow e rentabilidade, através de várias acções:

  • implementação de uma política de arrendamento na sua expansão, sendo a maioria da componente imobiliária detida por terceiros;
  • optimização do fundo de maneio, por uma redução do investimento em stocks;
  • reforço da proposta de valor, através de uma melhor implementação das iniciativas comerciais promovias através do cartão de cliente;
  • implementação de programas de eficiência e controlo de custos e
  • exploração de oportunidades de negócio adjacentes.
  • Simultaneamente, a unidade estará atenta a possíveis oportunidades de internacionalização, em mercados com grande potencial de crescimento e com um retalho moderno incipiente, para uma expansão e crescimento orgânico.

A unidade de retalho especializado, pretende executar o seguinte plano de crescimento:

  • aumentar presença internacional, através:
  • de reforço de presença em Espanha, a concentrar mais de 70% da área de vendas adicional planeada para 2010; e
  • possível configuração de um modelo adicional de internacionalização, baseado em franchising e outros modelos de menor capital exigido, e que permitam acelerar o crescimento
  • consolidar quotas de mercado e rentabilidade em Portugal, através:
  • da cobertura total do mercado português com os formatos actuais;
  • do aumento da eficiência e produtividade dos processos internos; e
  • e optimização das necessidades de fundo de maneio.

A Sonae RP, a unidade de propriedade de retalho, estima completar as operações de sale & leaseback do seu centro logístico da Azambuja e de 20 supermercados Modelo, bem como completar operações adicionais semelhantes, de forma a libertar capital investido e, desta forma, financiar o esforços de internacionalização e/ou reduzir a dívida.

4 GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

Os princípios gerais da gestão de riscos financeiros da Empresa encontram-se descritos em detalhe no Anexo às Demonstrações Financeiras.

5 REMUNERAÇÕES DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

Remuneração do Conselho de Administração

Remuneração paga e atribuída

Aos membros do Conselho de Administração foi atribuída a seguinte remuneração (incluindo remuneração fixa, remuneração variável de curto prazo e remuneração variável de médio prazo) pela Sociedade e pelas sociedades do Grupo:

2008* 2009*
Remuneração Remuneração Remuneração Remuneração
Remuneração Variável Variável Remuneração Variável Variável
Fixa de Curto de Médio Total Fixa de Curto de Médio Total
Administrador Executivo
Nuno Manuel Moniz Trigoso 414.560 204.040 333.000 951.600 411.560 190.900 290.200 892.660
414.560 204.040 333.000 951.600 411.560 190.900 290.200 892.660
Administradores Não
Duarte Paulo Teixeira 54.000 - - 54.000 50.400 - - 50.400
Ângelo Gabriel Rib Santos - - - - - - - -
Alvaro Carmona Costa Portela - - - - - - - -
54.000 - - 54.000 50.400 - - 50.400
Total 468.560 204.040 333.000 1.005.600 461.960 190.900 290.200 943.060

* Valores em euros

Remuneração do Conselho Fiscal

A remuneração dos membros do Conselho Fiscal é composta por um montante anual fixo, baseada na situação da sociedade e nas práticas de mercado. O valor de remuneração fixa anual dos membros deste órgão foi o seguinte:

Membro do Conselho Fiscal 2008* 2009*
UHY & Associados, SROC, Lda repreentada
por António Francisco Barbosa dos Santos
8.000 8.000
Arlindo Dias Duarte Silva 10.500 6.000
Óscar José Alçada da Quinta 10.500 6.000
Total 29.000 20.000

* Valores em euros

Remuneração do Revisor Oficial de Contas

O Revisor Oficial de Contas da Sonae Investimentos e Auditor é a Deloitte. Os valores de facturação à Sonae Investimentos em 2008 e 2009, incluindo filiais, são os que a seguir se discriminam:

2008* 2009*
Auditoria e revisão legal de contas 422.033 543.855
Outros serviços de garantia de fiabilidade 272.846 15.000
Consultoria fiscal 87.520 41.500
Outros serviços 1.184.698 1.018.357
Total 1.967.097 1.618.712

* Valores em euros

Remuneração dos Membros da Mesa da Assembleia Geral de Accionistas

A remuneração dos membros da Mesa da Assembleia Geral de Accionistas é constituída por um montante fixo, nos termos seguintes:

Mesa da Assembleia Geral 2008* 2009*
Presidente 3.750 3.750
Secretária 1.500 1.500
Total 5.250 5.250

* Valores em euros

6 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS DA EMPRESA SONAE INVESTIMENTOS, SGPS, SA

Será proposta à Assembleia Geral uma distribuição de 70 milhões de Euros, a título de dividendos, pelas acções não detidas directa ou indirectamente pela Sonae Investimentos, SGPS, S.A. a que corresponde um "dividend pay-out ratio" de aproximadamente 50% dos resultados líquidos consolidados do exercício.

O resultado líquido do exercício da empresa Sonae Investimentos, SGPS, S.A., a título individual, foi de 61.758.365,39 Euros, relativamente ao qual o Conselho de Administração propõe a seguinte distribuição:

Reserva Legal
____
3.087.918,27 Euros
Dividendos _______ 58.670.447,12 Euros
Total ______ 61.758.365,39 Euros

Uma vez que se propõe a distribuição de 70.000.000 Euros a título de dividendos, serão para o efeito utilizados 11.329.552,88 Euros de Reservas livres.

Os dividendos a distribuir correspondem à atribuição de 0,07 Euros a cada uma das 1.000.000.000 de acções que constituem a totalidade do capital social da Empresa.

7 AGRADECIMENTOS

Um agradecimento a todos os clientes, fornecedores, instituições financeiras e accionistas pelo apoio e preferências demonstrados. Aos auditores e revisores oficiais de contas é também devido o reconhecimento pela cooperação evidenciada ao longo do período. Finalmente, uma palavra de especial reconhecimento a todos os colaboradores da Sonae Investimentos pelo entusiasmo, dedicação e competência uma vez mais demonstrados.

Matosinhos, 15 de Março de 2010

O Conselho de Administração,

______________________________________ Duarte Paulo Teixeira de Azevedo (Presidente)

______________________________________

Nuno Manuel Moniz Trigoso Jordão (CEO)

______________________________________ Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério

_______________________________________ Álvaro Carmona e Costa Portela

Glossário

Volume de negócios (vn) vendas de mercadorias e produtos + prestações de serviços.

Cash-flow operacional (EBITDA) resultado operacional - amortizações e depreciações – provisões e perdas e reversão de imparidade – diferenças de consolidação negativas.

Resultado operacional (EBIT) resultado consolidado - imposto sobre o rendimento + resultados relativos a empresas associadas resultados financeiros.

Resultado corrente resultado operacional + resultados financeiros.

Investimento líquido

aumento do imobilizado técnico (corpóreo e incorpóreo) bruto + variações do perímetro (resultantes de aquisições e alienações) + desinvestimento bruto em imobilizado técnico (corpóreo e incorpóreo) + aumentos de diferenças de consolidação. Para cálculo do investimento em aquisições (medido pelas variações ocorridas no perímetro de consolidação) foi utilizado o valor líquido de amortizações acumuladas.

Endividamento financeiro líquido

empréstimos correntes + empréstimos não correntes + credores por locação financeira – caixa e equivalentes de caixa – outros investimentos financeiros correntes + empréstimos de empresas participadas e/ou participantes – empréstimos a empresas participadas e/ou participantes.

Endividamento médio

média do endividamento financeiro líquido final dos quatro últimos trimestres.

L4L ("like-for-like")

evolução do volume de negócios do universo comparável de lojas

Activos imobilizados brutos afectos a empresas imobiliárias

goodwill líquido de imparidades (diferenças positivas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição) + imobilizado técnico bruto (valor dos activos corpóreos e incorpóreos registados ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal) detidos pelas empresas imobiliárias instrumentais do Grupo.

Fundo de maneio

clientes (valor a receber resultante de vendas decorrentes do curso normal das actividades do Grupo) fornecedores (valor a pagar resultante de aquisições decorrentes do curso normal das actividades do Grupo) + existências (mercadorias registadas ao custo de aquisição, deduzido do valor de descontos de quantidade e das perdas por imparidade) + outros activos e passivos (Estado e outros entes públicos + empresas associadas + acréscimos e diferimentos + impostos diferidos + provisões para riscos e encargos + fornecedores de imobilizado + devedores e credores diversos).

Gearing

relação entre o endividamento financeiro líquido e o capital próprio da Empresa.

Capitais empregues líquidos

activos imobiliários brutos + outros activos imobilizados brutos + amortizações e perdas de imparidade + investimentos financeiros + fundo de maneio.

ROCE ("Return On Capital Employed")

EBIT sobre montante de Capitais Empregues Líquidos.

ROE ("Return On Equity")

somatório do resultado líquido atribuível a accionistas dos últimos quatro trimestres sobre a média do capital próprio final da Empresa, igualmente atribuível a accionistas, dos quatro últimos trimestres.

ANEXOS

Declaração nos termos do Artº 245, 1, al.c) do Código de Valores Mobiliários

Os signatários individualmente declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o relatório de gestão, as contas anuais, a certificação legal de contas e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento foram elaborados em conformidade com as normas internacionais de relato financeiro ("IFRS") tal como adoptadas pela União Europeia, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Maia, 15 de Março 2010

O Conselho de Administração,

______________________________________ Duarte Paulo Teixeira de Azevedo (Presidente)

______________________________________ Nuno Manuel Moniz Trigoso Jordão (CEO)

______________________________________ Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério

_______________________________________ Álvaro Carmona e Costa Portela

Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais e Artigo 14.º nº 7 do Regulamento da CMVM n.º 05/2008

Divulgação de acções e outros títulos detidos por membros do Conselho de Administração e por Dirigentes, bem como por pessoas com estes estreitamente relacionadas, nos termos do Artigo 248º B do Código dos Valores Mobiliários, e de transacções sobre os mesmos efectuados no decurso do exercício:

Aquisições Alienações Saldo em
31.12.2009
Data Quantidade Valor Md. € Quantidade Valor Md. € Quantidade
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo () () () (**)
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
Migracom, SGPS, SA (5)
Sonae, SGPS, SA
1
1.969.996
3.293 (a)
Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério () (*)
Sonae, SGPS, SA
250.000
Álvaro Carmona e Costa Portela () (*)
Sonae, SGPS, SA
125.934
Aquisições Alienações Saldo em
31.12.2009
Data Quantidade Valor Md. € Quantidade Valor Md. € Quantidade
(1) Efanor Investimentos, SGPS, SA
Sonae, SGPS, SA
Pareuro, BV (2)
659.650.000
2.000.000
(2) Pareuro, BV
Sonae, SGPS, SA
400.000.000
(3)Sonae, SGPS, SA
Sonae Investments, BV
Sonae Investimentos, SGPS, SA
2.000.000
824.780.810
(4) Sonae Investments BV
Sonae Investimentos, SGPS, SA
175.219.190
(5) Migracom, SGPS, SA
Sonae, SGPS, SA
Imparfin, SGPS, SA (6)
1.485.000
150.000
(6) Imparfin, SGPS, SA
Sonae, SGPS, SA
4.105.280

(*) administrador da sociedade

(**) administrador da Sonae, SGPS, SA (sociedade directa e indirectamente dominante) (3)

(***) administrador da Efanor Investimentos SGPS, SA (sociedade directa e indirectamente dominante) (1)

(****) administrador da sociedade Imparfin, SGPS, SA (6)

(a) acções detidas por descendentes menores a seu cargo

Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais

Número de acções a 31.12.2009

Sonae, SGPS, SA 824.780.810 Sonae Investments, BV 175.219.190

Participações qualificadas

Dando cumprimento ao artº 8º, nº 1, alínea b) do Regulamento da CMVM nº 05/2008, indicamos os titulares de participações qualificadas a 31 de Dezembro de 2009:

Accionista Nº de acções % Capital
Social
% Direitos
de voto
Efanor Investimentos, SGPS, SA
Através da Sonae, SGPS, SA 824.780.810 82,478% 82,478%
Através da Sonae Investments, BV 175.219.190 17,522% 17,522%
Total imputável 1.000.000.000 100,000% 100,000%

Demonstrações financeiras

Consolidadas

BALANÇOS CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008

(Montantes expressos em euros)

ACTIVO Notas 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
ACTIVOS NÃO CORRENTES:
Activos fixos tangíveis 10 2.198.493.423 1.924.301.269
Activos intangíveis 11 162.320.303 164.289.356
Diferenças de consolidação 12 519.885.038 521.020.094
Investimentos em associadas 6 2.376.473 64.671.483
Outros investimentos 7 e 9 763.866 2.358.971
Activos por impostos diferidos 20 90.471.037 67.426.816
Outros activos não correntes 9 e 14 4.336.556 2.284.632
Total de activos não correntes 2.978.646.696 2.746.352.621
ACTIVOS CORRENTES:
Existências 15 588.968.421 530.819.483
Clientes 9 e 16 36.331.126 33.237.057
Outras dívidas de terceiros 9 e 17 128.845.634 109.795.744
Estado e outros entes públicos 18 28.379.704 31.480.470
Outros activos correntes 19 32.538.142 35.391.992
Investimentos 9 e 13 57.659.791 62.805.722
Caixa e equivalentes de caixa 9 e 21 111.407.067 115.119.080
Total de activos correntes 984.129.885 918.649.548
Activos não correntes detidos para venda - 5.863.383
TOTAL DO ACTIVO 3.962.776.581 3.670.865.552
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social 22 1.000.000.000 1.000.000.000
Reservas Legais 114.000.000 99.300.000
Reservas e resultados transitados (279.954.941) (350.202.510)
Resultado líquido do exercício atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe 138.171.091 170.993.512
Total do capital próprio atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe 972.216.150 920.091.002
Interesses Minoritários 23 74.344.125 11.201.548
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 1.046.560.275 931.292.550
PASSIVO:
PASSIVOS NÃO CORRENTES:
Empréstimos bancários 9 e 24 285.894.893 230.000.000
Empréstimos obrigacionistas 9 e 24 987.483.025 1.001.716.603
Credores por locações financeiras 9, 24 e 25 8.620.393 11.109.980
Outros empréstimos 9 e 24 198.853 241.328
Outros passivos não correntes 9 e 27 16.222.928 11.688.394
Passivos por impostos diferidos 20 96.744.418 81.182.365
Provisões 32 9.263.092 12.953.754
Total de passivos não correntes 1.404.427.602 1.348.892.424
PASSIVOS CORRENTES:
Empréstimos bancários 9 e 24 26.390.951 43.249.021
Empréstimos obrigacionistas 9 e 24 64.899.489 99.978.611
Credores por locações financeiras 9, 24 e 25 4.704.670 4.280.464
Outros empréstimos 9 e 24 7.935.788 5.405.467
Fornecedores 9 e 29 1.062.040.575 898.101.628
Outras dívidas a terceiros 9 e 30 133.158.621 152.429.549
Estado e outros entes públicos 18 65.634.240 35.975.550
Outros passivos correntes 31 144.535.487 148.945.725
Provisões 32 2.488.883 2.314.563
Total de passivos correntes 1.511.788.704 1.390.680.578
TOTAL DO PASSIVO 2.916.216.306 2.739.573.002
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 3.962.776.581 3.670.865.552

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008

(Montantes expressos em euros)

Notas (Não auditado) 2008
(Não auditado)
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Vendas 35 1.285.358.349 1.193.690.754 4.420.413.159 4.074.314.020
Prestações de serviços 35 32.048.367 34.333.511 125.452.037 145.379.164
Ganhos ou perdas relativos a investimentos (14.607) 370.430 1.639.444 520.599
Proveitos e ganhos financeiros 36 1.808.645 4.845.671 8.269.478 15.254.408
Outros proveitos 37 106.960.650 126.971.693 389.849.255 429.296.097
Custo das vendas 15 (979.720.581) (906.020.884) (3.436.653.360) (3.178.152.943)
Fornecimentos e serviços externos 38 (149.007.281) (152.097.089) (565.677.205) (562.471.047)
Custos com o pessoal 39 (131.705.543) (132.549.252) (504.143.624) (474.318.470)
Amortizações e depreciações 10 e 11 (39.588.185) (32.297.294) (141.185.028) (115.026.896)
Provisões e perdas por imparidade 32 (3.449.800) (8.025.341) (6.867.019) (10.962.955)
Custos e perdas financeiras 36 (11.445.589) (25.264.273) (58.026.872) (87.266.824)
Outros custos 40 (22.517.715) (20.042.054) (71.340.106) (67.655.276)
Ganhos ou perdas relativos a empresas associadas
Resultado antes de impostos
6 295.371
89.022.081
12.712.424
96.628.296
(652.675)
161.077.484
13.403.420
182.313.297
Imposto sobre o rendimento
Resultado liquido consolidado do exercício
41 (17.161.856)
71.860.225
(5.980.265)
90.648.031
(24.335.041)
136.742.443
(11.497.975)
170.815.322
Atribuível a:
Accionistas da Empresa-Mãe 72.569.366 91.035.606 138.171.091 170.993.512
Interesses Minoritários (709.141) (387.575) (1.428.648) (178.190)
Resultados por acção
Básico 43 0,072569 0,091036 0,138171 0,170994
Diluído 43 0,072569 0,091036 0,138171 0,170994
O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
O Conselho de Administração

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008

(Montantes expressos em euros)

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Resultado líquido consolidado do exercício 136.742.443 170.815.322
Variação nas reservas de conversão cambial 78.943 (1.100.956)
Participação em outro rendimento integral líquido de imposto relativo a
associadas e empreendimentos conjuntos contabilizados pelo método
de equivalência patrimonial
- -
Variação no justo valor dos instrumentos financeiros derivados de
cobertura de fluxos de caixa
(1.900.007) (4.874.682)
Imposto diferido relativo á variação no justo valor dos instrumentos
financeiros derivados
775.121 1.020.171
Outro rendimento integral do exercício (1.045.943) (4.955.467)
Total rendimento integral consolidado do exercício 135.696.500 165.859.855
Atribuível a:
Accionistas da Empresa-Mãe
Interesses Minoritários
137.125.148
(1.428.648)
166.038.045
(178.190)
O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
O Conselho de Administração
17

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008

(Montantes expressos em euros)

Atribuível aos Accionistas da Empresa-Mãe
Reservas e Resultados Transitados
Capital
Social
Reservas de Outras Reservas Resultado Interesses Total do
Capital Próprio
Acções Reservas Conversão Reservas de e Resultados Total Líquido do Total Minoritários
Próprias Legais Cambial Cobertura Transitados Exercício (Nota 23)
Saldo em 1 de Janeiro de 2008 1.100.000.000 (205.000.000) 95.000.000 1.104.622 538.169 (320.087.233) (223.444.442) 167.492.214 839.047.772 12.141.277 851.189.049
Total rendimento integral consolidado do exercício - - - (1.100.956) (3.854.511) - (4.955.467) 170.993.512 166.038.045 (178.190) 165.859.855
Aplicação do resultado líquido consolidado de 2007
Transferência para reserva legal e resultados transitados - - 4.300.000 - - 163.192.214 167.492.214 (167.492.214) - - -
Dividendos distribuídos - - - - - (85.000.000) (85.000.000) - (85.000.000) (13.741) (85.013.741)
Amorização das acções próprias (100.000.000) 205.000.000 - - - (105.000.000) (105.000.000) - - - -
Aquisições e alienações parciais de empresas de filiais - - - - - - - - - (747.798) (747.798)
Outros - - - - - 5.185 5.185 - 5.185 - 5.185
Saldo em 31 de Dezembro de 2008 1.000.000.000 - 99.300.000 3.666 (3.316.342) (346.889.834) (250.902.510) 170.993.512 920.091.002 11.201.548 931.292.550
Saldo em 1 de Janeiro de 2009 1.000.000.000 - 99.300.000 3.666 (3.316.342) (346.889.834) (250.902.510) 170.993.512 920.091.002 11.201.548 931.292.550
Total rendimento integral consolidado do exercício - - - 78.943 (1.124.886) - (1.045.943) 138.171.091 137.125.148 (1.428.648) 135.696.500
Aplicação do resultado líquido consolidado de 2008
Transferência para reserva legal e resultados transitados - - 14.700.000 - - 156.293.512 170.993.512 (170.993.512) - - -
Dividendos distribuídos - - - - - (85.000.000) (85.000.000) - (85.000.000) (4.170) (85.004.170)
Aquisição de filiais - - - - - - - - - 63.575.395 63.575.395
Entradas facultativas de capital - - - - - - - - - 1.000.000 1.000.000
Outros - - - - - - - - - - -
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 1.000.000.000 - 114.000.000 82.609 (4.441.228) (275.596.322) (165.954.941) 138.171.091 972.216.150 74.344.125 1.046.560.275

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008

(Montantes expressos em euros)

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Notas
Recebimentos de clientes 4.534.192.087 4.191.025.400
Pagamentos a fornecedores (3.555.050.756) (3.447.780.899)
Pagamentos ao pessoal (501.164.871) (460.481.254)
Fluxos gerados pelas operações 477.976.460 282.763.247
Pagamento/recebimento de imposto sobre o rendimento (6.191.259) (89.598)
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional 4.411.035 4.189.570
Fluxos das actividades operacionais (1) 476.196.236 286.863.219
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 44 4.432.881 47.265.986
Activos fixos tangíveis 20.469.381 26.478.666
Activos intangíveis 155.010 5.525.596
Juros e proveitos similares 4.528.665 8.883.443
Empréstimos concedidos
Dividendos
3.598.500
461.660
281.582.000
150.169
33.646.097 369.885.860
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros 44 (21.516.094)
(310.616.677)
(40.515.025)
(272.497.562)
Activos fixos tangíveis (16.228.004) (21.165.306)
Activos intangíveis
Empréstimos concedidos
(1.000.000) (288.387.257)
Outros (1.728) (31)
(349.362.503) (622.565.181)
Fluxos das actividades de investimento (2) (315.716.406) (252.679.321)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos 10.186.721.460 5.963.981.220
Outros 1.000.000 -
10.187.721.460 5.963.981.220
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos (10.197.242.163) (5.804.741.308)
Juros e custos similares (69.345.711) (80.159.356)
Dividendos (85.004.170) (85.013.741)
Outros (422.298) (434.986)
(10.352.014.342) (5.970.349.391)
Fluxos das actividades de financiamento (3) (164.292.882) (6.368.171)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (3.813.052) 27.815.727
Efeito das diferenças de câmbio (284.775) 214.608
Caixa e seus equivalentes no início do exercicio 21 91.870.059 64.268.940
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 21 88.341.782 91.870.059

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

(Montantes expressos em euros)

1 NOTA INTRODUTÓRIA

A Sonae Investimentos, SGPS, S.A., anteriormente denominada Sonae Distribuição, SGPS, S.A., tem a sua sede na Rua João Mendonça nº 529, 4464-501 Senhora da Hora, Portugal, sendo a empresa-mãe de um universo de empresas conforme indicado nas Notas 4 a 6 como Grupo Sonae Investimentos ("Sonae Investimentos"), cujas actividades principais se encontram descritas no Relatório de Gestão e na Nota 45.

2 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas foram as seguintes:

2.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IFRS"). Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board ("IASB") e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee ("IFRIC") ou pelo anterior Standing Interpretations Committee ("SIC"), que tenham sido adoptadas na União Europeia à data de publicação das contas.

As demonstrações financeiras intercalares são apresentadas trimestralmente de acordo com a IAS 34 – "Relato Financeiro Intercalar".

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa, suas subsidiárias e empreendimentos conjuntos, ajustados no processo de consolidação, no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, excepto para determinados instrumentos financeiros que se encontram registados pelo justo valor.

Novas normas contabilísticas e seu impacto nas demonstrações financeiras consolidadas

Até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, foram aprovadas ("endorsed") pela União Europeia as seguintes normas contabilísticas e interpretações, algumas das quais entraram em vigor durante o exercício de 2009:

Com aplicação obrigatória no exercício de 2009: Data de Eficácia
(exercícios iniciados
em ou após)
IFRS 1 / IAS 27 – Emendas (Custo de um investimento numa subsidiária, entidade conjuntamente
controlada ou associada)
01-01-2009
IAS 39 – Emendas (Reclassificação de activos financeiros) 01-07-2008
IFRS 2 – Pagamentos baseados em acções - Emendas (Condições de aquisição e cancelamento) 01-01-2009
IAS 23 – Custo de empréstimos obtidos (revista) 01-01-2009
IAS 32 / IAS 1 – Emendas (Instrumentos financeiros com uma opção put e obrigações decorrentes de uma
liquidação)
01-01-2009
IAS 1 – Apresentação de demonstrações financeiras (revista) 01-01-2009
IFRIC 13 - Programas de fidelização de clientes 01-07-2008
IFRS 8 – Segmentos operacionais 01-01-2009
IFRS 7 – Emendas (Divulgações sobre mensurações pelo justo valor e sobre o risco de liquidez) 01-01-2009
Melhoramentos das Normas Internacionais de Relato Financeiro (2007) Várias (usualmente
01-01-2009)

A entrada em vigor durante 2009 das normas acima referidas não provocou impactos significativos nas demonstrações financeiras anexas, com excepção das alterações ao nível de apresentação e divulgação, decorrentes da entrada em vigor das alterações à IAS 1 e do IFRS 8, pelo facto das políticas contabilísticas adoptadas serem já consistentes com algumas das novas normas.

O IAS 1 introduziu alteração de terminologia, incluindo novas designações para as peças das demonstrações financeiras, assim como alterações ao nível do formato e conteúdo das peças. O IFRS 8 substitui a anterior IAS 14 e implicou uma redefinição dos segmentos relatáveis do Grupo e da informação a relatar nos mesmos.

Com aplicação obrigatória após 2009: Data de Eficácia
(exercícios iniciados
em ou após)
IFRS 3 – Concentrações de actividades empresariais e IAS 27 – Demonstrações financeiras consolidadas e
separadas (revisão de 2008)
01-07-2009
Revisões da IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro 01-01-2010
IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviços 01-01-2010
IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis 01-01-2010
IFRIC 16 – Coberturas de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira 01-07-2009

SONAE INVESTIMENTOS, SGPS, SA

IFRIC 9 e IAS 39 – Emendas (Reavaliação de derivados embutidos) Exercícios iniciados
em ou após 30-06-09
IFRIC 17 – Distribuição aos proprietários de activos que não são caixa 01-07-2009
IAS 39 – Emendas (Itens cobertos elegíveis) 01-07-2009
IFRIC 18 – Transferência de activos provenientes de clientes Transferências em ou
após 01-07-09

As normas aprovadas ("endorsed") pela União Europeia, mencionadas acima, não foram adoptadas pela Sonae Investimentos em 2009, em virtude de a sua aplicação não ser obrigatória para este exercício económico, e a Sonae Investimentos ter decidido não as adoptar antecipadamente.

Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras da Sonae Investimentos, decorrentes da adopção dessas normas, com excepção das alterações do IFRS 3, e consequente alteração ao nível da IAS 27.

As alterações ao IFRS 3 e IAS 27 vêm trazer algumas alterações ao nível do registo de concentrações de actividades empresariais, nomeadamente no que diz respeito: (a) ao apuramento do goodwil; (b) à mensuração dos interesses sem controlo (anteriormente designados por interesses minoritários); (c) ao reconhecimento e mensuração subsequente de pagamentos contingentes; (d) ao tratamento dos custos directos relacionados com a concentração; (e) ao registo de transacções de compra de interesses em entidades já controladas e de transacções de venda de interesses sem que de tal resulte a perda de controlo e (f) cálculo do resultado na venda de participação com perda de controlo e necessidade de remensuração dos interesses retidos na participação alienada.

2.2 Princípios de consolidação

São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo:

a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais a Sonae Investimentos detenha, directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pela Sonae Investimentos), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, é apresentado no balanço consolidado e na demonstração de resultados consolidada, respectivamente, na rubrica interesses minoritários. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras pelo método de consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 4.

Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, a Sonae Investimentos absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e capacidade de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, a Sonae Investimentos apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pela Sonae Investimentos tenha sido recuperada.

Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição podendo tal mensuração ser concluída no prazo de doze meses após a data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação (Nota 2.2.d)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor de activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do exercício na rubrica "Outros Proveitos" após reconfirmação do justo valor atribuído aos activos líquidos. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.

Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pela Sonae Investimentos. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas da Sonae Investimentos são eliminados no processo de consolidação.

Nas situações em que a Sonae Investimentos detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral.

b) Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente

As demonstrações financeiras das empresas controladas conjuntamente foram incluídas nestas demonstrações consolidadas pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido. De acordo com este método os activos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram integrados nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível à Sonae Investimentos.

O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis da empresa controlada conjuntamente na data de aquisição é reconhecido como diferença de consolidação (Nota 2.2 d)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do exercício na rubrica de "Outros Proveitos" após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos identificáveis.

As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas da Sonae Investimentos e empresas controladas conjuntamente são eliminados, na proporção do controlo atribuível à Sonae Investimentos.

A classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é determinada com base em acordos parassociais que regulam o controlo conjunto.

As empresas controladas conjuntamente encontram-se detalhadas na nota 5.

c) Investimentos financeiros em empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde a Sonae Investimentos exerce uma influência significativa mas não detém o controlo ou o controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação da Sonae Investimentos nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos.

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas são reconhecidas como diferenças de consolidação e mantidas no valor da rubrica investimento financeiro em associadas (Nota 2.2.d)). Se essas diferenças forem negativas são registadas como proveito do exercício na rubrica ganhos ou perdas relativos a empresas associadas após reconfirmação do justo valor atribuído.

É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir, são objecto de reversão.

Quando a proporção da Sonae Investimentos nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo, excepto quando a Sonae Investimentos tenha assumido compromissos para com a associada, situação em que é registada uma provisão por aqueles montantes.

Os ganhos não realizados em transacções com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse da Sonae Investimentos na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade.

Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 6.

d) Diferenças de consolidação

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas da Sonae Investimentos, controladas conjuntamente e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas são registadas na rubrica Diferenças de consolidação (Nota 12) ou mantidas na rubrica Investimentos em empresas associadas (Nota 6). As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sediadas no estrangeiro cuja moeda funcional não é o Euro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição, encontram-se registadas na moeda funcional dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de reporte da Sonae Investimentos (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica Reservas de conversão incluída na rubrica "Outras Reservas e Resultados Transitados".

O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se existem perdas por imparidade. A quantia recuperável é determinada com base nos planos de negócio utilizados pela gestão da Sonae Investimentos ou por relatórios de avaliação elaborados por entidades independentes. As perdas por imparidade das diferenças de consolidação constatadas no exercício são registadas na demonstração de resultados do exercício na rubrica "Provisões e perdas por imparidade".

As perdas por imparidade relativas a diferenças de consolidação não podem ser revertidas.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas da Sonae Investimentos, empresas controladas conjuntamente e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando negativas são reconhecidas como proveito na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos identificáveis.

e) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para euros utilizando as taxas de câmbio à data do balanço e os custos e proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante gerada após 1 de Janeiro de 2004, é registada no capital próprio na rubrica de "Reservas de conversão cambial". As diferenças cambiais geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) foram anuladas por contrapartida de "Outras reservas e resultados transitados".

O valor das diferenças de consolidação e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para euros de acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do exercício.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada (total ou parcialmente), a quota parte correspondente da diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação.

As cotações utilizadas na conversão para euros das contas das filiais, empresas controladas conjuntamente e empresas associadas estrangeiras foram as seguintes:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Final do exercício Média do exercício Final do exercício Média do exercício
Real Brasileiro 0,3982 0,36282 0,30830 0,37657

2.3 Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

Os activos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem em condições de serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o exercício de vida útil estimado para cada grupo de bens e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

As perdas de imparidade detectadas no valor de realização dos activos fixos tangíveis, são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rubrica "Provisões e perdas de imparidade" da demonstração consolidadas de resultados.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos
Edifícios e outras construções 50
Equipamento básico 10 a 15
Equipamento de transporte 5
Ferramentas e utensílios 4
Equipamento administrativo 10
Outras imobilizações corpóreas 5

As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no exercício em que ocorrem.

Os activos fixos tangíveis em curso representam activos fixo ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes activos fixos são amortizados a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou disponíveis para uso.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do activo fixo tangível são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração de resultados como "Outros proveitos" ou "Outros custos".

2.4 Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas por imparidade acumuladas. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para a Sonae Investimentos, sejam controláveis pela Sonae Investimentos e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento, para as quais a Sonae Investimentos demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do exercício em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Sonae Investimentos. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos intangíveis.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem concluídos ou disponíveis para uso, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual corresponde genericamente a 5 anos e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada de resultados.

Nos casos de marcas e patentes sem vida útil definida não são calculadas amortizações, sendo o seu valor objecto de testes de imparidade numa base anual.

2.5 Locações

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

a) Situações em que a Sonae Investimentos age como Locatário

Os activos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o bem de acordo com a sua natureza, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do activo fixo tangível são reconhecidas como custos na demonstração de resultados do exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

b) Situações em que o Grupo age como Locador

Na situação em que a Sonae Investimentos age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afectos são mantidos no balanço da Sonae Investimentos e os proveitos são reconhecidos de forma linear durante o período de contrato de locação.

2.6 Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Sonae Investimentos irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão.

Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na demonstração de resultados de acordo com os custos incorridos.

Os subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição de activos fixos, são incluídos na rubrica "Outros passivos correntes" e são creditados na demonstração de resultados em quotas constantes durante o período estimado de vida útil dos activos adquiridos.

Os subsídios relacionados com custos incorridos são registados como proveito na medida em que exista uma garantia razoável que vão ser recebidos, que a Sonae Investimentos já tenha incorrido nos custos subsidiados e que cumpra com as condições exigidas para sua concessão.

2.7 Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação

São efectuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de resultados consolidada na rubrica "Provisões e perdas por imparidade".

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido, é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são

esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

2.8 Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados ou imputáveis à aquisição, construção ou produção de activos fixos, são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após o início de utilização ou final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

2.9 Existências

As mercadorias encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido do valor dos descontos de quantidade respectivos, concedidos ou a conceder pelos fornecedores ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo,, utilizando como método de custeio o custo médio.

As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos em Custo das vendas.

2.10 Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, a Sonae Investimentos tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pela Sonae Investimentos sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.11 Instrumentos financeiros

A Sonae Investimentos classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço consolidado conforme identificado na nota 9.

a) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

  • Investimentos detidos até ao vencimento;
  • Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados;
  • Investimentos disponíveis para venda;

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como "Investimentos não correntes", excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais a Sonae Investimentos tem intenção e capacidade de os manter até essa data.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que a Sonae Investimentos adquire tendo em vista a sua alienação num curto período de tempo, sendo classificados no balanço consolidado como Investimentos correntes.

A Sonae Investimentos classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até à maturidade. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu justo valor que corresponde ao valor de aquisição, no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda são incluídas as despesas de transacção, exceptuando os investimentos mensurados ao justo valor através de resultado em que os investimentos são inicialmente reconhecidos ao justo valor e os custos de transacção são reconhecidos na demonstração de resultados.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) nas rubricas, "Proveitos e ganhos financeiros" ou "Custos e perdas financeiras" da demonstração consolidada de resultados.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica de "Perdas por imparidade em contas a receber", para que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa da Sonae Investimentos

tem em consideração informação de mercado que demonstre que a contraparte está em incumprimento das suas responsabilidades bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

c) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independentemente da forma legal que assumem.

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos da Sonae Investimentos após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

d) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, e contabilizados na rubrica custos e perdas financeiras da demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme política definida na Nota 2.15. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não sejam liquidados durante o período.

e) Fornecedores e dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal, dado que não vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.

f) Instrumentos derivados

A Sonae Investimentos utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Os critérios utilizados pela Sonae Investimentos para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;
  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos financeiros de cobertura de taxa de juro são inicialmente, registados pelo seu valor, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica "Reservas de cobertura" incluída na rubrica "Reservas e resultados transitados", sendo transferidas para as rubricas de "Proveitos e ganhos financeiros" e "Custos e perdas financeiras" no mesmo exercício em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados. As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas nas rubricas de "Proveitos e Ganhos financeiros" e "Custos e Perdas financeiras".

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a data do balanço, dos fluxos de caixa futuros do "leg" fixo e do "leg" variável do instrumento derivado, através da utilização de curvas de taxa de juro extraídas da Bloomberg.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor

acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica "Reservas de cobertura" incluída em "Reservas e resultados transitados" são transferidas para resultados do exercício, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração de resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de cobertura dos riscos financeiros inerentes ao negócio (fundamentalmente, "forwards" de taxas de câmbio para cobertura de importações futuras), não se enquadram nos requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos separadamente nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados.

Adicionalmente, a Sonae Investimentos procede por vezes à contratação de derivados de taxa de juro e de taxa de câmbio com o objectivo de cobertura de justo valor. Nestas situações, os derivados são registados pelo seu justo valor através da demonstração de resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não é mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estão mensurados ao custo amortizado) a parcela eficaz de cobertura é ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto através da demonstração de resultados.

g) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de "Caixa e equivalentes de caixa" correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração consolidada dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, no balanço consolidado.

2.12 Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e o conjunto de activos e passivos a alienar com este relacionado) esteja disponível para venda imediata nas condições actuais. Adicionalmente, devem estar em curso acções que permitam concluir ser expectável que a venda se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica. Os activos não correntes (e o conjunto de activos e passivos a alienar com estes relacionados) classificados como detidos para venda são mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos, não sendo amortizados a partir do momento da sua classificação como disponíveis para venda.

2.13 Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos os quais foram atribuídos pela Sonae Investimentos estão indexadas à evolução da cotação das acções da Sonae, SGPS, S.A. (empresa detentora da Sonae Investimentos, SGPS, S.A.).

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada exercício de reporte em função do número de acções atribuídas e o justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em custos com pessoal e outros passivos correntes e não correntes, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas, no caso de atribuição de direitos sobre acções remíveis em dinheiro. Quando não existe a opção de remição em dinheiro a

responsabilidade é registada em custos com pessoal e em reservas de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas.

2.14 Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.15 Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa da Sonae Investimentos.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor na data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.16 Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados consolidada quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos e descontos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados consolidada com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Relativamente à actividade de prestação de serviços de agenciamento de viagens, o reconhecimento de proveitos verifica-se no momento da facturação ao cliente do serviço contratado. No encerramento de cada exercício contabilístico são feitos os ajustamentos necessários nas rubricas de "Outros activos correntes" e "Outros passivos correntes" no sentido de reconhecer o rédito associado a serviços já prestados mas cuja facturação ainda não tinha ocorrido, bem como as despesas de subcontratos associados.

Os dividendos recebidos ou a receber são reconhecidos como proveitos no exercício em que são atribuídos pelos sócios ou accionistas das empresas participadas.

O diferimento do rédito associado aos programas de fidelização de clientes através da atribuição de pontos, são quantificados tendo em conta a probabilidade de exercício dos mesmos e são deduzidos à receita no momento em que são gerados, sendo apresentado o correspondente passivo na rubrica "Outras dívidas de terceiros".

Os custos e proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de "Outros activos correntes" e "Outros passivos correntes", são registados os custos e os proveitos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde.

2.17 Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada exercício. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração consolidada de resultados do exercício, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

Quando pretende diminuir a exposição ao risco de taxa de câmbio a Sonae Investimentos contrata instrumentos financeiros derivados de cobertura (Nota 2.11.f)).

2.18 Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.19 Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

  • a) Vidas úteis dos activos fixos tangíveis e intangíveis;
  • b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de outros activos tangíveis e intangíveis;
  • c) Registo de ajustamentos aos valores do activo e provisões;
  • d) Cálculo da responsabilidade associada aos programas de fidelização de clientes;
  • e) Determinação de justo valor de instrumentos financeiros derivados;
  • f) Recuperabilidade de activos por impostos diferidos.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.20 Informação por segmentos

A informação relativa à informação financeira ao nível dos segmentos operacionais identificados é incluída na Nota 45.

2.21 Reservas legais, outras reservas e resultados transitados

Reserva legal:

A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da Reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Reservas de cobertura:

As reservas de cobertura reflectem as variações de justo valor dos instrumentos derivados de cobertura de "cash flow" que se consideram eficazes (Nota 2.11.f), sendo que a mesma não é passível de ser distribuída ou ser utilizada para absorver prejuízos.

Reservas de conversão:

A rubrica de reservas de conversão corresponde ao efeito da conversão de demonstrações financeiras de entidades com moeda funcional distinta do euro, conforme referido na Nota 2.16.

3 GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

Os princípios gerais da gestão de riscos são aprovados pelo Conselho de Administração, estando a sua implementação e acompanhamento supervisionados pela Tesouraria da Sonae Investimentos.

3.1 Risco de Mercado

Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado os riscos taxa de juro e os riscos taxa de câmbio.

A Sonae Investimentos utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposto como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação ou especulação.

3.1.1 Risco de taxa de juro

A exposição da Sonae Investimentos à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor.

O objectivo da Sonae Investimentos é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua actividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política da Sonae Investimentos permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.

Os instrumentos derivados utilizados pela Sonae Investimentos na gestão do risco taxa de juro são definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem relações perfeitas de cobertura. Os indexantes, as convenções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados.

Análise de sensibilidade:

A análise de sensibilidade taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade à variação da taxa de juro com impacto no capital próprio (outras reservas);

  • Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Estima-se que a exposição a este risco à data do balanço seja reduzida, de tal forma que, nos últimos 12 meses, uma subida de 0,75 pontos base em todas as taxas de juro do euro durante o ano de 2009 teria tido um impacto negativo nos resultados consolidados antes de impostos não superior a 9 milhões de euros (6,4 milhões de euros em 2008) e um impacto positivo nas reservas consolidadas não superior a 1,6 milhões, tomando em consideração os perfis de refixação contratados e excluindo quaisquer outros efeitos na actividade da empresa.

3.1.2 Risco de taxa de câmbio

O impacto nas demonstrações financeiras das variações nas taxas de câmbio é reduzido, na medida em que a maior parte dos fluxos operacionais são contratados em euros. A Sonae Investimentos está apenas exposta ao risco taxa de câmbio nas transacções relativas a aquisições de mercadorias em mercados internacionais em USD;

A gestão do risco taxa de câmbio pretende fornecer uma base sólida à tomada de decisão de compra de mercadorias estabelecendo preços de custo conhecidos e estáveis. A cobertura do risco cambial acompanha toda a decisão de compra desde o momento da selecção dos fornecedores até à negociação formal de aquisição.

A exposição é controlada através de um programa de compra de divisas a prazo (forwards) com o objectivo de minorar o impacto negativo ocasionado por variações nas responsabilidades em consequência dos processos de importação em divisas distintas do euro.

A 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os valores em euros dos saldos activos e passivos denominados em moeda estrangeira eram os seguintes:

Activos Passivos
31.Dezembro.2009
31.Dezembro.2008
31.Dezembro.2009
31.Dezembro.2008
Real Brasileiro 4.855.304 13.746.578 8.426.783 1.972.126
Libra Inglesa 5.184 99.811 228.735 165.548
Dólar Americano 273.112 2.380.245 6.589.632 6.977.103
Outras moedas 29.981 838 908 -

Os montantes acima apresentados apenas incluem activos e passivos monetários denominados em moeda diferente da moeda funcional das filiais ou empreendimentos conjuntos, não representando por isso o risco de translação das demonstrações financeiras. Dada a imaterialidade da exposição ao risco cambial por via dos activos e passivos monetários à data do balanço não é apresentada análise de sensibilidade à variação de taxa de câmbio.

3.2 Risco de Liquidez

O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o grupo tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão do binómio custo-maturidade dos financiamentos.

A Sonae Investimentos prossegue assim uma política activa de refinanciamento pautada pela manutenção de um nível elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo e pelo alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.

Constituem também importantes instrumentos de resposta ao risco de liquidez, a limitação da amplitude das cláusulas contratuais capazes de despoletar o vencimento antecipado dos empréstimos. O grupo assegura ainda, no seu relacionamento com as instituições financeiras, um elevado nível de diversificação que permite agilizar a contratação de novos empréstimos e limitar o impacto negativo de eventuais descontinuações de relacionamento.

A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respectiva a cada classe de passivos financeiros.

3.3 Risco de Crédito

A Sonae Investimentos está exposta ao risco de crédito no âmbito da sua actividade operacional corrente. Este risco é controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades reconhecidas que fornecem informação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no cumprimento das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito. O risco de crédito no relacionamento com fornecedores surge na sequência de adiantamentos ou de débitos de receitas comerciais e é mitigado pela expectativa de manutenção do relacionamento comercial. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pela Sonae Investimentos, estando portanto ao seu justo valor.

A Sonae Investimentos está ainda exposta ao risco de crédito nas suas relações com as instituições financeiras relativas a aplicações de fundos, garantias de colocação em instrumentos de dívida, derivados, entre outros.

O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa selecção de contrapartes que apresentem um elevado prestígio e reconhecimento nacional e internacional com rating emitido por agência de rating internacional mínimo de BBB ou equivalente.

4 EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
1) Sonae Investimentos- SGPS, S.A. Matosinhos MÃE MÃE MÃE MÃE
Arat Inmuebles, SA a) Madrid
(Espanha)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Azulino Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
2) BB Food Service, SA a) Maia 100,00% 100,00% - -
Bertimóvel - Sociedade Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Best Offer - Prestação de Informações por
Internet, SA
a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Bikini, Portal de Mulheres, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
2) Bom Momento - Comércio Retalhista, SA a) Maia 100,00% 100,00% - -
Canasta - Empreendimentos Imobiliários, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Carnes do Continente - Industria e Distribuição
Carnes, SA
a) Santarém 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Chão Verde - Sociedade de Gestão Imobiliária,
SA
a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Citorres - Sociedade Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Contibomba - Comércio e Distribuição de
Combustíveis, SA
a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Contimobe - Imobiliária de Castelo de Paiva,
SA
a) Castelo de
Paiva
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Continente Hipermercados, SA a) Lisboa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Cumulativa - Sociedade Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Difusão - Sociedade Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Edições Book.it, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
SONAE INVESTIMENTOS, SGPS, SA
Efanor - Design e Serviços, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Estevão Neves - Hipermercados da Madeira,
SA
a) Madeira 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Farmácia Selecção, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Fozimo - Sociedade Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Fozmassimo - Sociedade Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
3) Fundo de Investimento Imobiliário Fechado
Imosede
a) Maia 54,55% 54,55% 49,oo% 49,00%
Fundo de Investimento Imobiliário Imosonae
Dois
a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Global S - Hipermercado, Lda a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
2) Good and Cheap - Comércio Retalhista, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% - -
2) Hipotética - Comércio Retalhista, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% - -
Igimo - Sociedade Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Iginha - Sociedade Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imoconti - Sociedade Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imoestrutura - Sociedade Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imomuro - Sociedade Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imoresultado - Sociedade Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Imosistema - Sociedade Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Infofield - Informática, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Inventory - Acessórios de Casa, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
2) Just Sport - Comércio de Artigos de Desporto,
SA
a) Matosinhos 100,00% 100,00% - -
Marcas MC, zRT a) Budapeste
(Hungria)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
MJLF - Empreendimentos Imobiliários, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
2) MC - SGPS, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% - -
Modalfa - Comércio e Serviços, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
2) Modalloop – Vestuário e Calçado, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% - -
Modelo - Distribuição de Materiais de
Construção, SA
a) Maia 50% 50% 50% 50%
Modelo Continente Hipermercados, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
SONAE INVESTIMENTOS, SGPS, SA
Modelo Continente Seguros - Sociedade
Mediação, SA
a) Porto 75,00% 75,00% 75,00% 75,00%
Modelo Hiper Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Modelo Hipermercados Trading, SA a) Madrid
(Espanha)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Modelo.com - Vendas p/Correspond., SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
NA - Comércio de Artigos de Desporto, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
NA - Equipamentos para o Lar, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Peixes do Continente - Indústria e Distribuição
de Peixes, SA
a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Pharmacontinente - Saúde e Higiene, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
4) Pharmaconcept – Actividades em Saúde, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% - -
Predicomercial - Promoção Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Selifa - Empreendimentos Imobiliários de Fafe,
SA
a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sempre à Mão - Sociedade Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sesagest - Proj.Gestão Imobiliária, SA a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Socijofra - Sociedade Imobiliária, SA a) Gondomar 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sociloures - Sociedade Imobiliária, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Soflorin, BV a) Amesterdão
(Holanda)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Solaris Supermercados, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sonae Capital Brasil, Lda a) São Paulo
(Brasil)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
2) Sonaecenter Serviços II, SA a) Maia 100,00% 100,00% - -
5) Sonaerp – Retail Properties, SA a) Porto 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
6) Sonae Specialized Retail, SGPS, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sonae Retalho España - Servicios Generales,
SA
a) Madrid
(Espanha)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
SIAL Participações, Ltda a) São Paulo
(Brasil)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sondis Imobiliária, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sontária - Empreendimentos Imobiliários, SA a) Maia 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sonvecap, BV a) Amesterdão 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

SONAE INVESTIMENTOS, SGPS, SA

(Holanda)
Sport Zone - Comércio de Artigos de
Desporto, SA
a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Sport Zone Espanã - Comércio de Articulos de
Deporte, SA
a) Madrid
(Espanha)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
4) Têxtil do Marco, SA a) Marco de
Canaveses
80,37% 80,37% - -
Tlantic Portugal - Sistemas de Informação, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Tlantic Sistemas de Informação, Ltda a) Porto Alegre
(Brasil)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Todos os Dias - Com. Ret. Expl. C. Comer., SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Valor N, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
2) Well W - Electrodomésticos e Equipamentos,
SA
a) Matosinhos 100,00% 100,00% - -
Worten - Equipamento para o Lar, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Worten España Distribución, S.L. a) Madrid
(Espanha)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Zippy – Comércio e Distribuição, SA a) Matosinhos 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Zippy - Comércio Y Distribución, SA a) Madrid
(Espanha)
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral, tendo em consideração que as subsidiárias são controladas pela Sonae Investimentos SGPS, S.A..

  • 1) Ex Sonae Distribuição, SGPS, SA;
  • 2) Filiais constituídas no exercício;
  • 3) Aumento de capital em 26 de Maio de 2009 totalmente subscrito pelo grupo, passando a partir dessa data a deter o controlo da filial e a incluí-la pelo método de consolidação integral. Anteriormente incluída pelo método da equivalência patrimonial;
  • 4) Filial adquirida no exercício;
  • 5) Ex IGI Investimento Imobiliário, SA;
  • 6) Ex Modelo Continente Operações de Retalho SGPS, SA;

5 EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE

As empresas controladas conjuntamente, suas sedes sociais, proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 são os seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total
Equador & Mendes - Agência de Viagens e
Turismo, Lda
Lisboa 50,00% 37,50% 50,00% 37,50%
1) Geotur - Viagens e Turismo, SA Lisboa 50,00% 50,00% 50,00% 50,00%
Marcas do Mundo - Viagens e Turismo,
Sociedade Unipessoal, Lda
Lisboa 50,00% 50,00% 50,00% 50,00%
Movimentos Viagens - Viagens e Turismo,
Sociedade Unipessoal, Lda
Lisboa 50,00% 50,00% 50,00% 50,00%
Nova Equador Internacional,Agência de
Viagens e Turismo, Lda
Lisboa 50,00% 37,50% 50,00% 37,50%
2) Puravida - Viagens e Turismo, Lda Lisboa 50,00% 50,00% - -
Nova Equador P.C.O. e Eventos, Sociedade
Unipessoal, Lda
Lisboa 50,00% 37,50% 50,00% 37,50%
Raso SGPS, SA Lisboa 50,00% 50,00% 50,00% 50,00%
3) Raso - Viagens e Turismo, SA Lisboa 50,00% 50,00% 50,00% 50,00%
Viajens y Turismo de Geotur España, S.L. Madrid (Espanha) 50,00% 50,00% 50,00% 50,00%

1) Filial fusionada no exercício na Raso – Viagens e Turismo, SA;

  • 2) Filial adquirida no exercício;
  • 3) Resulta da fusão da Geotur Viagens e Turismo, SA com a Star Viagens e Turismo, SA;

Estas empresas foram incluídas na consolidação pelo método proporcional, conforme indicado na Nota 2.2.b).

Os montantes agregados, excluindo eliminações de intra-grupo, correspondentes às percentagens de detenção das empresas controladas conjuntamente, incluídas pelo método proporcional nas demonstrações consolidadas do exercício e podem ser resumidos como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Activos não correntes 35.087.564 32.979.413
Activos correntes 30.936.870 23.608.916
Passivos não correntes 3.577.682 3.384.155
Passivos correntes 35.666.824 24.677.123
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Proveitos 99.308.194 26.367.368
Custos 102.025.017 27.296.543

Os valores relativos ao exercício de 2008 correspondem a apenas 2 meses de actividade dado que apenas em Outubro de 2008 as empresas do segmento de Gestão de Investimentos relativas ao negócio de viagens passaram a ser consolidadas pelo método proporcional.

6 INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

As empresas associadas, suas sedes sociais, proporção do capital detido e valor de balanço em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 são os seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 Valor de Balanço
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Fundo de Investimento Imobiliário Fechado
1)
Imosede
Maia 54,55% 54,55% 49,00% 49,00% - 62.809.585
Sonaegest - Soc. Gestora de Fundos de
Investimento, SA
Maia 40,00% 40,00% 40,00% 40,00% 824.888 719.654
Sempre a Postos - Produtos Alimentares e
Utilidades, Lda
Lisboa 25,00% 25,00% 25,00% 25,00% 1.551.585 1.142.244
Total 2.376.473 64.671.483

1) Aumento de capital em 26 de Maio de 2009 totalmente subscrito pelo grupo, passando a partir dessa data a deter o controlo da filial e a incluí-la pelo método de consolidação integral (Nota 8);

As empresas associadas foram incluídas na consolidação pelo método de equivalência patrimonial, conforme indicado na Nota 2.2.c).

Os montantes agregados dos principais indicadores financeiros destas associadas podem ser resumidos como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008

18.725.950 163.374.616
10.446.448 29.519.241
69.864.523 112.406.520
66.906.494 85.571.156

Durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, o movimento ocorrido no valor dos investimentos em associadas, foi o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Investimentos em associadas
Saldo em 1 de Janeiro 64.671.483 39.082.244
Aumento de capital em associadas - 14.878.381
Mudança de método de consolidação (Nota 8) (61.380.675) (2.851.706)
Equivalência patrimonial
Efeito em resultados (914.335) 13.403.420
Efeito em capitais próprios - 159.144
2.376.473 64.671.483

7 OUTROS INVESTIMENTOS NÃO CORRENTES

Outros investimentos não correntes, suas sedes sociais, proporção de capital detido e valor de balanço em 31 de Dezembro de 2009 e em 31 de Dezembro de 2008 são as seguintes:

Percentagem de capital detido
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 Valor de Balanço
FIRMA Sede Social Directo Total Directo Total 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Dispar - Distrib.
de Participações,
SGPS,
SA
Lisboa 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 9.976 9.976
Insco - Insular de Hipermerc., SA Ponta Delgada 10,00% 10,00% 10,00% 10,00% 748.197 748.197
Puravida - Viagens e Turismo, Lda Lisboa 50,00% 50,00% 50,00% 50,00% - 1.584.193
Outros investimentos 5.693 16.605
763.866 2.358.971

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, o movimento ocorrido no valor dos outros investimentos não correntes, foi o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Investimentos em outras empresas
Saldo em 1 de Janeiro 787.936 785.486
Aquisições durante o período - 1.000
Variações de perímetro 2.500 1.450
Alienações durante o período - -
Transferências 114.645 -
Saldo em 31 de Dezembro 905.081 787.936
Perdas por imparidade acumuladas (141.215) (13.158)
763.866 774.778
Adiantamentos para investimentos financeiros
Saldo em 1 de Janeiro 1.584.193 240.000
Variações de perímetro (1.584.193) 1.584.193
Transferências - (240.000)
Saldo em 31 de Dezembro - 1.584.193
763.866 2.358.971

O valor de investimentos em outras empresas, corresponde fundamentalmente a Investimentos em empresas não cotadas e cujo justo valor não foi estimado por não ser mensurável de forma fiável, mantêm-se ao custo de aquisição deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

8 ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

As principais aquisições de empresas ocorridas no período findo em 31 de Dezembro de 2009 foram as seguintes:

Percentagem de capital detido
À data da aquisição
FIRMA Sede Social Directo Total
Retalho base alimentar
Pharmaconcept - Actividades em Saúde,
S
A
Matosinhos 100,00% 100,00%
Retalho especializado
Têxtil do Marco,S
A
Marco de
Canaveses
80,37% 80,37%
Gestão de investimentos
Puravida - Viagens e Turismo, SA Maia 50,00% 50,00%
Imobiliário do retalho
Fundo de Investimentos Imobiliário Fechado Imosede Maia 54,55% 54,55%

As aquisições acima mencionadas tiveram o seguinte impacto nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2009:

Data de aquisição 31.Dezembro.2009
Imosede Puravida Pharmaconcept Textil Total Total
Activos líquidos adquiridos
Activos fixos tangíveis e intangíveis (Nota 10 e 11) 145.502.352 6.987 2.531.862 262.866 148.304.068 157.510.183
Propriedades de investimento - - - - - -
Impostos diferidos activos - - 39.615 114.113 153.728 153.728
Outros activos 10.880.766 1.087.941 113.318 1.432.228 13.514.253 10.828.210
Caixa e equivalentes a caixa 7.960.473 326.903 12.787 11.239 8.311.402 176.044
Empréstimos - - - - - (8.885.513)
Impostos diferidos passivos (3.110.940) - (8.294) - (3.119.234) (2.978.052)
Outros passivos (21.661.480) (1.136.566) (2.030.881) (1.138.244) (25.967.170) (15.024.058)
139.571.171 285.265 658.408 682.203 141.197.047 141.780.542
Diferenças de consolidação (Notas 12) 251.077 1.813.053 143.612 (253.308) 1.954.434
Aquisição de suprimentos - - 1.977.451 - 1.977.451
Transferências de investimentos em associadas (Nota 7) (61.380.675) - - - (61.380.675)
Interesses minoritários (63.441.510) - - (133.885) (63.575.395)
Custo de aquisição 15.000.063 2.098.318 2.779.471 295.010 20.172.862
Pagamentos efectuados registados em investimentos 15.000.063 429.932 425.020 - 15.855.015
Custos suportados com a aquisição - 84.193 117.000 - 201.193
Adiantamento efectuado - 1.584.193 1.977.451 - 3.561.644
Valores em dívida - - 260.000 295.010 555.010
15.000.063 2.098.318 2.779.471 295.010 20.172.862
Fluxo de caixa líquido decorrente da aquisição
Pagamentos efectuados 15.000.063 514.125 2.402.471 - 17.916.659
Caixa e equivalentes de caixa adquiridos (7.960.473) (326.903) (12.787) (11.239) (8.311.402)
7.039.590 187.222 2.389.684 (11.239) 9.616.497

Os impactos das aquisições na demonstração de resultados foram os seguintes:

31.Dezembro.2009
Imosede Puravida Pharmaconcept Textil Total
Proveitos operacionais 6.297.752 34.372 - - 6.332.124
Custos operacionais (1.925.335) -7.032 - - (1.932.367)
Resultado financeiro (51.909) 3.011 - - (48.898)
Resultado antes impostos 4.320.508 30.351 - - 4.350.859
Imposto sobre o rendimento (1.295.301) -7.206 - - (1.302.508)
Resultado líquido 3.025.206 23.145 - - 3.048.351

Caso as aquisições tivessem sido reportadas a 1 de Janeiro de 2009, os proveitos operacionais viriam aumentados em 6.480.855 euros.

9 CLASSES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas descritas na Nota 2.11, foram classificados como segue:

Activos financeiros

Nota Empréstimos e
contas a
receber
Disponíveis
para venda
Activos
registados a
justo valor por
resultados
(Nota 26)
Derivados de
cobertura
(Nota 26)
Sub-total Activos não
abrangidos
pelo
IFRS 7
Total
A 31 de Dezembro de 2009
Activos não correntes
Outros investimentos 7 - 763.866 - - 763.866 - 763.866
Outros activos não correntes 14 3.768.746 - - - 3.768.746 567.810 4.336.556
3.768.746 763.866 - - 4.532.612 567.810 5.100.422
Activos correntes
Clientes 16 36.331.126 - - - 36.331.126 - 36.331.126
Outras dívidas de terceiros 17 128.845.634 - - - 128.845.634 - 128.845.634
Outros investimentos financeiros 13 57.294.670 - 365.121 - 57.659.791 - 57.659.791
Caixa e equivalentes de caixa 21 111.407.067 - - - 111.407.067 - 111.407.067
333.878.497 - 365.121 - 334.243.618 - 334.243.618
337.647.243 763.866 365.121 - 338.776.230 567.810 339.344.040
A 31 de Dezembro de 2008
Activos não correntes
Outros investimentos 7 1.584.193 774.778 - - 2.358.971 - 2.358.971
Outros activos não correntes 14 2.284.632 - - - 2.284.632 - 2.284.632
3.868.825 774.778 - - 4.643.603 - 4.643.603
Activos correntes
Clientes 16 33.237.057 - - - 33.237.057 - 33.237.057
Outras dívidas de terceiros 17 109.795.744 - - - 109.795.744 - 109.795.744
Outros investimentos financeiros 13 60.956.594 - 72.494 1.776.634 62.805.722 - 62.805.722
Caixa e equivalentes de caixa 21 115.119.080 - - - 115.119.080 - 115.119.080
319.108.475 - 72.494 1.776.634 320.957.603 - 320.957.603
322.977.300 774.778 72.494 1.776.634 325.601.206 - 325.601.206

Passivos financeiros

Nota Passivos
financeiros
registados pelo
custo
amortizado
Passivos
registados a
justo valor por
resultados
(Nota 26)
Derivados de
cobertura
(Nota 26)
Sub-total Passivos não
abrangidos
pelo IFRS 7
Total
A 31 de Dezembro de 2009
Passivos não correntes
Empréstimos bancários 24 285.894.893 - - 285.894.893 - 285.894.893
Empréstimos obrigacionistas 24 987.483.025 - - 987.483.025 - 987.483.025
Credores por locação financeira 24 e 25 8.620.393 - - 8.620.393 - 8.620.393
Outros empréstimos 24 198.853 - - 198.853 - 198.853
Outros passivos não correntes 27 13.078.044 - - 13.078.044 3.144.884 16.222.928
1.295.275.208 - - 1.295.275.208 3.144.884 1.298.420.092
Passivos correntes
Empréstimos bancários 24 26.390.951 - - 26.390.951 - 26.390.951
Empréstimos obrigacionistas 24 64.899.489 - - 64.899.489 - 64.899.489
Credores por locação financeira 24 e 25 4.704.670 - - 4.704.670 - 4.704.670
Outros empréstimos 24 33.466 79.039 7.823.283 7.935.788 - 7.935.788
Fornecedores 29 1.062.040.575 - - 1.062.040.575 - 1.062.040.575
Outras dívidas a terceiros 30 133.158.621 - - 133.158.621 - 133.158.621
1.291.227.772 79.039 7.823.283 1.299.130.094 - 1.299.130.094
2.586.502.980 79.039 7.823.283 2.594.405.302 3.144.884 2.597.550.186
A 31 de Dezembro de 2008
Passivos não correntes
Empréstimos bancários 24 230.000.000 - - 230.000.000 - 230.000.000
Empréstimos obrigacionistas 24 1.001.716.603 - - 1.001.716.603 - 1.001.716.603
Credores por locação financeira 24 e 25 11.109.980 - - 11.109.980 - 11.109.980
Outros empréstimos 24 241.328 - - 241.328 - 241.328
Outros passivos não correntes 27 11.165.308 - - 11.165.308 523.086 11.688.394
1.254.233.219 - - 1.254.233.219 523.086 1.254.756.305
Passivos correntes
Empréstimos bancários 24 43.249.021 - - 43.249.021 - 43.249.021
Empréstimos obrigacionistas 24 99.978.611 - - 99.978.611 - 99.978.611
Credores por locação financeira 24 e 25 4.280.464 - - 4.280.464 - 4.280.464
Outros empréstimos 24 35.487 475.849 4.894.131 5.405.467 - 5.405.467
Fornecedores 29 898.101.628 - - 898.101.628 - 898.101.628
Outras dívidas a terceiros 30 152.429.549 - - 152.429.549 - 152.429.549
1.198.074.760 475.849 4.894.131 1.203.444.740 - 1.203.444.740
2.452.307.979 475.849 4.894.131 2.457.677.959 523.086 2.458.201.045

A 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 os instrumentos financeiros registados a justo valor por resultados correspondem apenas a instrumentos financeiros derivados que não se qualificam como de cobertura.

10 ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, o movimento ocorrido no valor dos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

Terrenos e
edifícios
Equipamento
Básico
Equipamento
transporte
Equipamento
administrativo
Outros activos
fixos tangíveis
Activos fixos
tangíveis em
curso
Total activos
fixos tangíveis
Activo bruto:
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2008 1.375.193.385 608.318.528 17.360.019 99.808.365 27.733.475 128.713.285 2.257.127.057
Investimento 12.281.854 794.593 87.703 3.764.790 112.778 306.889.967 323.931.685
Aquisições de filiais 43.382.873 7.902.569 317.333 2.037.630 159.031 1.090.769 54.890.205
Desinvestimento (17.373.082) (22.436.750) (733.709) (2.416.761) (1.391.289) (352.772) (44.704.363)
Alienações de filiais (348.113) (825.536) (620) (1.090.137) (131.075) (144.084) (2.539.565)
Variações cambiais (73.196) (209.195) (8.278) (138.129) - - (428.798)
Transferências/Abates 83.874.799 124.095.781 2.221.278 (1.527.721) 4.344.652 (240.434.656) (27.425.867)
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2009 1.496.938.520 717.639.990 19.243.726 100.438.037 30.827.572 195.762.509 2.560.850.354
Investimento 13.592.515 1.175.373 85.291 4.039.525 79.557 279.410.521 298.382.782
Aquisições de filiais (Nota 8) 94.389.008 1.165.807 9.721 455.278 52.594 51.140.433 147.212.841
Desinvestimento (6.290.809) (17.402.237) (758.726) (1.262.921) (998.921) (25.706.660) (52.420.274)
Variações cambiais 85.614 242.867 7.459 169.281 505.221
Transferências/Abates 125.456.377 245.290.882 1.913.179 8.203.711 6.066.317 (408.143.942) (21.213.476)
Saldo final a 31 de Dezembro de 2009 1.724.171.225 948.112.682 20.500.650 112.042.911 36.027.119 92.462.861 2.933.317.448
Amortizações e perdas por imparidade acumuladas
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2008 176.438.150 294.335.832 13.412.163 64.068.105 18.770.702 - 567.024.952
Depreciações e perdas por imparidade.
do
exercício 22.782.486 58.695.133 1.582.106 14.206.032 4.561.447 - 101.827.204
Aquisições de filiais 2.651.583 3.971.079 218.643 1.249.187 84.019 - 8.174.511
Desinvestimento (2.503.587) (16.353.144) (671.360) (1.885.722) (1.288.654) - (22.702.467)
Alienações de filiais (177.254) (228.724) (620) (704.908) (62.732) - (1.174.238)
Variações cambiais (39.116) (81.671) (3.950) (44.598) - - (169.335)
Transferências (6.671.482) 623.314 (4.050) (10.345.077) (34.247) - (16.431.542)
Saldo inicial 1 de Janeiro de 2009 192.480.780 340.961.819 14.532.932 66.543.019 22.030.535 - 636.549.085
Depreciações e perdas por imparidade do
exercício
26.190.902 76.013.208 1.913.068 14.421.593 5.112.918 - 123.651.689
Aquisições de filiais (Nota 8) 18.326 943.697 8.490 425.589 49.132 - 1.445.234
Desinvestimento (531.802) (14.723.316) (742.138) (3.702.493) (861.820) - (20.561.569)
Variações cambiais 47.514 107.181 4.018 59.679 - - 218.392
Transferências (22.877) (4.758.399) (22.523) (1.507.621) (167.386) - (6.478.806)
Saldo final a 31 de Dezembro de 2009 218.182.843 398.544.190 15.693.847 76.239.766 26.163.379 - 734.824.025
Valor líquido
A 31 de Dezembro de 2008 1.304.457.740 376.678.171 4.710.794 33.895.018 8.797.037 195.762.509 1.924.301.269
A 31 de Dezembro de 2009 1.505.988.382 549.568.492 4.806.803 35.803.145 9.863.740 92.462.861 2.198.493.423

Os valores mais significativos incluídos na rubrica de "Imobilizado em Curso" referem-se aos seguintes projectos:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Remodelação e expansão de lojas em Portugal 42.956.387 140.769.136
Remodelação e expansão de lojas em Espanha 4.787.987 5.575.577
Projectos de lojas Modelo e Continente para as
quais foram efectuados adiantamentos
13.005.347 45.435.160
Construção em curso na Maia (Parque de Negócios) 30.981.983 -
Outros 731.157 3.982.636
92.462.861 195.762.509

O valor de desinvestimento em "Activos fixos tangíveis em curso" inclui 24.633.750 relativos a adiantamentos de uma filial para aquisição de terrenos efectuados em exercícios anteriores cujos projectos de desenvolvimento foram descontinuados, tendo sido recebidos os montantes adiantados.

11 ACTIVOS INTANGÍVEIS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, o movimento ocorrido no valor dos activos intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

Activo bruto: Propriedade
industrial
Software Trespasses Outros activos
intangíveis
Activos
intangíveis em
curso
Total activos
intangíveis
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2008 88.603.953 107.561.601 13.863.815 469.507 14.840.839 225.339.715
Investimento 718.856 171.790 49.861 117.000 21.375.793 22.433.300
Aquisições de filiais 884.987 998.542 4.250.161 1.203.918 - 7.337.608
Desinvestimento (188.864) (5.044) - - (719.330) (913.238)
Alienações de filiais (364.185) (1.282.959) (1.067.256) - (327.837) (3.042.237)
Variações cambiais - (37.579) - - - (37.579)
Transferências 3.491.616 15.207.731 (352.471) - (14.965.186) 3.381.690
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2009 4.542.410 15.052.481 2.880.295 1.320.918 5.363.440 29.159.544
Investimento 636.750 104.497 - 10.500 14.563.291 15.315.038
Aquisições de filiais (Nota 8) 2.569.260 2.110 - - - 2.571.370
Desinvestimento (2) (91.270) - - (117.467) (208.739)
Variações cambiais - 43.529 - - - 43.529
Transferências 3.671.700 14.266.288 (1.030.915) (17.458) (23.186.918) (6.297.303)
Saldo final a 31 de Dezembro de 2009 11.420.118 29.377.635 1.849.380 1.313.960 (3.377.654) 40.583.439
Amortizações e perdas por impar.
acumuladas
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2008 5.175.682 53.824.561 12.960.714 241.993 - 72.202.950
Amortizações do exercício 2.343.572 10.640.357 108.260 119.973 13.212.162
Aquisições de filiais 647.383 881.560 4.250.160 1.154.086 - 6.933.189
Desinvestimento (66.143) (2.792) - - - (68.935)
Alienações de filiais (89.895) (768.135) (839.028) (1.697.058)
Variações cambiais - (19.445) - - - (19.445)
Transferências (5) (483) (352.472) - - (352.960)
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2009 8.010.594 64.555.623 16.127.634 1.516.052 - 90.209.903
Amortizações do exercício 3.195.382 14.153.413 79.902 104.642 - 17.533.339
Aquisições de filiais (Nota 8) 32.799 2.110 - - - 34.909
Desinvestimento (2) (4.493) - - - (4.495)
Variações cambiais - 26.854 - - - 26.854
Transferências (116.707) (3.199.895) (881.057) - - (4.197.659)
Saldo final a 31 de Dezembro de 2009 11.122.066 75.533.612 15.326.479 1.620.694 - 103.602.851
Valor líquido
A 31 de Dezembro de 2008 (3.468.184) (49.503.142) (13.247.339) (195.134) 5.363.440 (61.050.359)
A 31 de Dezembro de 2009 298.052 (46.155.977) (13.477.099) (306.734) (3.377.654) (63.019.412)

O valor de activos intangíveis em curso diz respeito, fundamentalmente, a projectos informáticos e desenvolvimento de software.

Adicionalmente encontrava-se ainda registado nesta rubrica o justo valor atribuído a um conjunto de marcas sem vida útil definida, entre as quais a marca Continente no valor de 75.000.000 euros, igual montante em 2008.

12 DIFERENÇASDE CONSOLIDAÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o movimento ocorrido na rubrica das diferenças de consolidação, bem como nas respectivas perdas por imparidade, foi o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Valor Bruto:
Saldo inicial 529.211.677 521.729.135
Novas empresas no consolidado m(Nota 8) 2.297.794 10.217.517
Aumentos - 6.659.286
Diminuições (3.432.850) (9.394.261)
Saldo final 528.076.621 529.211.677
Perdas por imparidade
acumuladas:
Saldo inicial 8.191.583 1.374.226
Aumentos - 6.817.357
Saldo final 8.191.583 8.191.583
Valor líquido 519.885.038 521.020.094

O valor das diferenças de consolidação é alocado a cada um dos segmentos de negócio e dentro destes a cada um dos grupos homogéneos de unidades geradoras de caixa, nomeadamente a cada uma das insígnias do segmento e posteriormente repartido por cada uma das lojas.

O valor alocado a activos imobiliários é alocado a cada um dos imóveis existentes na data de aquisição.

São efectuados testes anuais de imparidade sobre o goodwill e sempre que existam indicações que o goodwill pode estar em imparidade.

Para este efeito a Sonae Investimentos recorre aos resultados da valorização interna das suas insígnias através de metodologias de planeamento anuais, sustentadas em planos de negócio para períodos de 5 anos onde se projectam os cashflows de cada uma das unidades, através da consideração de pressupostos totalmente detalhados e justificados. Estes planos contemplam um detalhe do impacto das principais acções que serão levadas a cabo por cada um dos negócios, bem como um estudo aturado da alocação dos recursos da Sonae Investimentos.

As simulações são feitas com um custo médio ponderado de capital entre 7 e 10% dependendo do mercado e do segmento da insígnia. É considerada uma taxa de crescimento dos cash-flows na perpetuidade de 0 a 1 %.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o valor das diferenças de consolidação pode ser detalhado como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Retalho base alimentar 404.610.544 404.466.932
Retalho especializado 84.184.028 84.184.028
Gestão de Investimentos 20.884.949 22.504.746
Imobiliário de retalho 3.410.263 3.069.134
Outros 6.795.254 6.795.254
519.885.038 521.020.094

13 OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica pode ser decomposta como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Outros investimentos financeiros
Saldo em 1 de Janeiro 60.956.595 56.093.108
Aumentos durante o exercício 7.118.919 6.029.076
Diminuições durante o exercício (10.780.844) (27.829)
Aumento/(diminuição) no justo valor - (1.137.760)
Transferências - -
Saldo em 31 de Dezembro 57.294.670 60.956.595
Perdas por imparidade acumuladas -
Saldo em 31 de Dezembro 57.294.670 60.956.595
Instrumentos financeiros derivados
Justo valor em 1 de Janeiro 1.849.128 1.115.629
Aquisições durante o exercício 365.121 72.494
Alienações durante o exercício (72.494) (1.971)
Aumento/(diminuição) no justo valor (1.776.634) 662.976
Justo valor em 31 de Dezembro (Nota 26) 365.121 1.849.128
Total de outros investimentos financeiros 57.659.791 62.805.723

Em outros investimentos financeiros estão registados 45.121.122 euros (56.042.299 euros em 31 de Dezembro de 2008), relativos a montantes depositados numa Escrow Account e que se encontram aplicados em Unidades de Participação num fundo de investimento monetário de rating superior, que surgem como garantias das responsabilidades contratuais assumidas pela Sonae Investimentos na venda da Sonae Distribuição Brasil, S.A. e para as quais foram constituídas provisões (Nota 32 e 35).

Embora de acordo com os prazos definidos contratualmente a Escrow Account já devesse ter sido libertada pelo comprador, a mesma ainda não o foi pelo facto de existirem alguns pontos de divergência quanto à utilização da referida Escrow account, nomeadamente quanto à possibilidade ou não, de retenção da Escrow account para processos fiscais em curso ainda não decididos (Nota 33). É entendimento do Conselho de Administração, consubstanciado em opiniões legais de advogados brasileiros e portugueses, que a razão assiste à Empresa facto pelo qual é convicção do mesmo que este montante será na sua totalidade recebido até 31 de Dezembro de 2010, e que existem meios legais que poderão ser accionados de forma a obrigar a contraparte a autorizar o reembolso da Escrow. Caso as negociações actualmente a decorrer entre as partes não se consubstanciam na libertação da Escrow, é intenção do Conselho de Administração fazer uso de tais meios legais.

14 OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

O detalhe dos outros activos não correntes em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, é o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Clientes e outros devedores
Cauções 2.949.266 1.638.456
Depósitos judiciais 819.480 634.470
Outros - 11.706
Total de intrumentos financeiros (Nota 9) 3.768.746 2.284.632
Outros activos não correntes 567.810 -
4.336.556 2.284.632

Os valores registados em Clientes e outros devedores não correntes, correspondem fundamentalmente a:

a) 819.480 euros (634.470 euros em 31 de Dezembro de 2008) relativos a depósitos judiciais efectuados por uma filial brasileira, para os quais se encontram registados os correspondentes passivos na rubrica "Outros passivos não correntes" (Nota 27), estes valores não apresentam maturidade definida;

b) 2.949.266 euros (1.638.456 euros em 31 de Dezembro de 2008) relativos a cauções de contratos de locação de imóveis das lojas do Grupo em Espanha, que não se encontram vencidas a esta data.

15 EXISTÊNCIAS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Matérias primas,
subsid.
e de consumo
478.165 -
Mercadorias 607.095.836 549.329.990
Produtos acabados e intermédios 202.575 -
Produtos e trabalhos em curso 146.535 -
607.923.111 549.329.990
Perdas por imparidade acumuladas em existências (Nota 32) (18.954.690) (18.510.507)
588.968.421 530.819.483

O custo das vendas nos exercícios findos a 31 de Dezembro de 2009 e 2008, foi apurado como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Existências iniciais 549.329.990 460.751.262
Variações de perímetro 1.154.739 6.626.869
Compras 3.500.491.469 3.263.407.621
Regularizações de existências (6.711.302) (4.893.306)
Existências finais 607.923.111 549.329.990
3.436.341.785 3.176.562.456
Perdas por imparidade (Nota 32) 311.575 1.590.487
Reversão de perdas por imparidade - -
3.436.653.360 3.178.152.943

Os montantes inscritos na rubrica de 'Regularizações de existências', em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, referem-se, essencialmente, a regularizações resultantes de ofertas a instituições de solidariedade social.

16 CLIENTES

O detalhe de clientes em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, é o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Clientes correntes 36.212.476 33.535.398
Clientes de cobrança duvidosa 8.659.576 12.418.928
44.872.052 45.954.326
Perdas por imparidade acumuladas em contas a
receber (Nota 32)
(8.540.926) (12.717.269)
36.331.126 33.237.057

A rubrica de Clientes correntes inclui 8.082.308 euros (11.420.811 Euros em 31 de Dezembro de 2008) relativo a clientes das agências de viagens, bem como 15.127.459 euros (12.366.082 Euros em 31 de Dezembro de 2008), relativo a vendas por grosso a empresas relacionadas.

Os valores apresentados acima correspondem fundamentalmente a dívidas originadas pelo curso normal da actividade da Sonae Investimentos. Os montantes apresentados no balanço são líquidos de perdas de imparidade, pelo que o valor registado em Clientes representa um valor próximo do seu justo valor uma vez que os mesmos não vencem juros mas o efeito de desconto é considerado imaterial.

A 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, a antiguidade dos saldos de clientes pode ser analisada como segue:

Clientes
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Não vencido 17.466.169 14.208.471
Vencido mas sem registo de imparidade
0 - 30 dias 6.875.051 4.165.062
30 - 90 dias 10.254.066 9.927.462
+ 90 dias 1.619.721 3.971.796
Total 18.748.838 18.064.320
Vencido com registo de imparidade
0 - 90 dias 144.612 221.725
90 - 180 dias 69.111 713.896
180 - 360 dias 526.502 643.027
+ 360 dias 7.916.820 12.102.887
Total 8.657.045 13.681.535
44.872.052 45.954.326

Os saldos de clientes que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparidade, o valor contabilístico dos activos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor.

17 OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

O detalhe das outras dívidas de terceiros em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, é o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Empréstimos concedidos a empresas relacionadas 1.008.193 3.627.454
Outros Devedores
Fornecedores c/c - saldos devedores 70.708.453 74.985.105
Vendas c/créditos s/terceiros 1.275.849 3.608.238
Subsídios à exploração - 1.286.546
Regime esp.reg.dividas ao Fisco e Seg.Social (Dec.Lei 248-A) 13.999.945 14.576.053
IVA de imóveis e de descontos de talões 17.696.916 5.217.586
Alienação de activos fixos tangíveis 4.957.938 8.770.261
Revogação de contratos para aquisição de lojas 14.642.280 389.736
Outros activos correntes 21.044.317 9.475.173
144.325.698 118.308.698
Perdas de imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 32) (16.488.257) (12.140.408)
Total de instrumentos financeiros (Nota 9) 128.845.634 109.795.744

A 31 de Dezembro de 2009, o valor de Fornecedores c/c - saldos devedores está sobretudo associado à existência de receitas comerciais diversas debitadas a fornecedores e que não foram ainda deduzidas aos créditos de compras futuras;

O montante relacionado com o Regime Especial de Regularização de Dívidas ao Fisco e Segurança Social, corresponde basicamente a impostos pagos, que foram reclamados junto das autoridades competentes, sendo entendimento do Conselho de Administração que as reclamações apresentadas terão um desfecho favorável para a Sonae Investimentos facto pelo qual não registou qualquer perda por imparidade relativamente a estes activos.

Os empréstimos concedidos a empresas relacionadas vencem juros a taxas de mercado e não têm uma maturidade definida, não ultrapassando contudo os doze meses.

A 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, a antiguidade dos saldos de Outras dívidas de terceiros pode ser analisada como segue:

Outros devedores
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Não vencido 62.081.785 28.336.185
Vencido mas sem registo de imparidade
0 - 30 dias 25.607.258 37.841.183
30 - 90 dias 28.560.869 32.337.439
+ 90 dias 11.734.186 11.463.590
Total 65.902.313 81.642.212
Vencido com registo de imparidade
0 - 90 dias 417.361 16.390
90 - 180 dias 58.523 3.730
180 - 360 dias 2.435.882 2.263.746
+ 360 dias 14.438.027 9.673.889
Total 17.349.793 11.957.755
145.333.891 121.936.152

Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparidade, o valor contabilístico dos activos líquidos de imparidades é considerado como estando próximo do seu justo valor.

18 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe da rubrica Estado e outros entes públicos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, é o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Valores devedores
Imposto sobre o rendimento 1.924.355 10.266.097
Imposto sobre o valor acrescentado 24.964.725 20.176.000
Outros Impostos 1.490.624 1.038.373
28.379.704 31.480.470
Valores credores
Imposto sobre o rendimento 29.309.595 8.563.639
Imposto sobre o valor acrescentado 24.620.277 14.962.758
Retenção na fonte - IRS trabalho dependente 1.918.973 2.097.197
Contribuições para a Segurança Social 9.383.376 9.787.580
Outros Impostos 402.019 564.376
65.634.240 35.975.550

19 OUTROS ACTIVOS CORRENTES

O detalhe dos outros activos correntes em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, é o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Receitas comerciais 13.001.652 17.377.253
Juros a receber 1.674.227 1.469.109
Comissões a receber 1.640.164 1.586.611
Rendas 3.916.650 4.407.778
Serviços de gestão de condomínios 1.702.948 1.712.853
Seguros 3.054.380 2.714.292
Outros activos correntes 7.548.122 6.124.096
32.538.142 35.391.992

20 IMPOSTOS DIFERIDOS

O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:

Impostos diferidos activos Impostos diferidos passivos
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Diferença entre o justo valor e o custo histórico 3.450.247 3.845.829 29.131.447 24.038.802
Homogeneização de amortizações 29.142 16.129 47.638.444 39.264.318
Provisões e perdas por imparidade de activos não aceites fiscalmente 5.308.282 6.773.980 - -
Anulação de imobilizações corpóreas e incorpóreas 7.811.377 9.289.029 - -
Anulação de acréscimos e diferimentos - - 21.922 26.697
Valorização de instrumentos derivados de cobertura 1.622.203 1.423.045 96.757 490.019
Amortização da diferença de consolidação para efeitos fiscais - - 13.960.032 6.980.016
Diferenças de câmbio não tributadas - - 928.553 5.326.355
Reavaliações de imobilizado corpóreo reintegrável - - 2.129.663 2.279.573
Prejuízos fiscais reportáveis 72.114.888 44.487.390 - -
Mais / menos valias reinvestidas - - 2.102.270 2.257.793
Outros 134.898 1.591.414 735.330 518.792
90.471.037 67.426.816 96.744.418 81.182.365

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foi como segue:

Impostos diferidos activos Impostos diferidos passivos
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Saldo inicial 67.426.816 36.003.939 81.182.365 50.612.269
Efeito em resultados:
Diferença entre o justo valor e o custo histórico (395.583) (5.699.762) 1.981.706 (371.250)
Homogeneização de amortizações 98.883 (1.692.041) 8.391.966 9.803.023
Provisões e perdas por imparid.
de activos não aceites fiscalmente
(1.898.596) 2.920.784 - -
Anulação de imobilizações corpóreas e incorpóreas (1.478.421) (192.340) - 768.125
Anulação de acréscimos e diferimentos - (9.646) (4.774) (5.570)
Valorização de instrumentos derivados de cobertura (105.155) 51.602 77.546 18.689
Reavaliações de imobilizado corpóreo reintegrável - - (149.910) (238.251)
Prejuízos fiscais reportáveis 27.076.410 17.612.719 - -
Amortização das diferenças de consolidação para efeitos fiscais - - 6.980.016 6.980.016
Diferenças de câmbio não tributadas - - (5.422.220) 6.462.069
Mais / menos valias reinvestidas - - (155.523) (136.246)
Efeito de alteração de taxa de imposto - - - -
Outros (1.456.513) 1.314.108 160.953 1.433.999
21.841.025 14.305.424 11.859.760 24.714.604
Efeito em reservas:
Valorização de instrumentos derivados de cobertura 304.313 1.296.945 (470.808) 276.774
Conversão cambial 745.155 (817.364) 1.051.253 (1.192.218)
Outros - (6.326) 2.614 (5.586)
1.049.468 473.255 583.059 (921.030)
Aquisição de filiais (Nota 8) 153.728 26.103 3.119.234 23.992
Alienação de filiais - (40.723) - (1.107)
Imputação de justo valor em aquisição de filiais - 16.658.818 - 6.753.637
Saldo final 90.471.037 67.426.816 96.744.418 81.182.365

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 no segmento Retalho Especializado, foram constituídos activos por impostos diferidos no montante de, aproximadamente, 18.240.000 Euros relativos a prejuízos fiscais reportáveis da filial Worten España, S.A. gerados no exercício e em exercícios anteriores, dos quais 11.829.000 euros relativos a prejuízos gerados em data anterior à aquisição e tendo afectado o calculo da respectiva diferença de consolidação negativa constatada. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, foram acrescidos os activos por impostos diferidos relativos aos prejuízos gerados no exercício no valor de 9.144.723 euros na Worten Espanã, S.A. e 6.635.228 euros na Sport Zone Espanã, S.A.. O registo de activos por impostos diferidos está suportado em planos de negócio das Empresas que prevêem a sua recuperação num prazo compreendido entre 6 e 8 anos (na perspectiva mais conservadora). Sendo que em Espanha prazo para reporte de prejuízos fiscais é 15 anos.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, nas empresas em Portugal, a taxa de imposto utilizada para o apuramento dos impostos diferidos activos relativos a prejuízos fiscais foi de 25%. No caso dos activos por impostos diferidos gerados por diferenças temporárias, a taxa usada foi de 26,5%. Para as empresas localizadas noutros países foram utilizadas as respectivas taxas aplicáveis.

De acordo com as declarações fiscais das empresas que registam impostos diferidos activos por prejuízos fiscais, em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, utilizando para o efeito as taxas de câmbio naquelas datas, os mesmos eram reportáveis como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Prejuízo fiscal Activos por
impostos diferidos
Data limite de
utilização
Prejuízo fiscal Activos por
impostos diferidos
Data limite de
utilização
Com limite de data de utilização
Gerados em 2003 - - 2009 464.904 116.226 2009
Gerados em 2004 159.844 39.961 2010 212.609 53.152 2010
Gerados em 2005 509.857 127.464 2011 196.781 49.196 2011
Gerados em 2006 - - 2012 387.074 96.768 2012
Gerados em 2007 15.270.805 3.817.701 2013 23.480.028 5.870.008 2013
Gerados em 2008 3.571.591 892.898 2014 4.624.321 1.156.080 2014
Gerados em 2009 10.454.096 2.613.524 2015 - -
29.966.194 7.491.549 29.365.717 7.341.430
Sem limite de data de utilização 940.305 319.704 4.720.959 1.605.126
Com limite de data de utilização
diferente do mencionado acima
214.345.452 64.303.636 118.469.447 35.540.834
215.285.757 64.623.339 123.190.406 37.145.960
245.251.950 72.114.888 152.556.123 44.487.390

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 foram avaliados os activos por impostos diferidos a reconhecer, os quais só foram registados na medida em que é provável que ocorram lucros tributáveis no futuro que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças tributárias dedutíveis ou até à concorrência de passivos por impostos diferidos que sejam registados pela mesma entidade e que cuja reversão seja expectável que ocorra na mesma data. Esta avaliação baseou-se nos planos de negócios das empresas da Sonae Investimentos, periodicamente revistos e actualizados, e nas oportunidades de planeamento fiscal disponíveis e identificadas.

Em 31 de Dezembro de 2009 existem prejuízos fiscais reportáveis no montante de 30.903.888 euros (35.431.056 euros em 31 de Dezembro de 2008), cujos activos por impostos diferidos, numa óptica de prudência, não se encontram registados.

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Prejuízo fiscal Crédito de
imposto
Data limite de
utilização
Prejuízo fiscal Crédito de
imposto
Data limite de
utilização
Com limite de data de utilização
Gerados em 2003 - - 2009 297.644 74.411 2009
Gerados em 2004 292.987 73.247 2010 329.687 82.422 2010
Gerados em 2005 22.523 5.631 2011 - - 2011
Gerados em 2006 337.684 84.420 2012 161.837 40.459 2012
Gerados em 2007 819.543 204.886 2013 754.657 188.664 2013
Gerados em 2008 5.191.322 1.297.831 2014 4.358.286 1.089.571 2014
Gerados em 2009 3.391.900 847.975 2015 - -
10.055.959 2.513.990 5.902.111 1.475.527
Sem limite de data de utilização 5.871.991 1.996.477 2.481.956 843.865
Com limite de data de utilização
diferente do mencionado acima
14.975.938 3.756.324 27.046.989 7.459.955
30.903.888 8.266.791 35.431.056 9.779.347

21 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Numerário 6.120.299 5.715.220
Depósitos bancários 105.275.640 109.368.864
Aplicações de tesouraria 11.128 34.996
Caixa e equivalentes de caixa no balanço 111.407.067 115.119.080
Descobertos bancários (Nota 24) (23.065.285) (23.249.021)
Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de 88.341.782 91.870.059

Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras, incluídos no balanço na rubrica de empréstimos bancários.

22 CAPITAL SOCIAL

Em 31 de Dezembro de 2009, o capital social, integralmente subscrito e realizado, está representado por 1.000.000.000 acções ordinárias, sem direito a uma remuneração fixa, com o valor nominal de 1 euro cada uma.

Em 31 de Dezembro de 2009, o capital subscrito da sociedade era detido como segue:

Entidade %
Sonae, SGPS, S.A. 82,48 %
Sonae Investments, BV 17,52 %

Em 31 de Dezembro de 2009, a Efanor Investimentos, SGPS, S.A. e suas filiais detinham 52,98% das acções representativas do capital social da Sonae, SGPS, S.A..

23 INTERESSES MINORITÁRIOS

Os movimentos desta rubrica durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foram os seguintes:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Saldo inicial em 1 de Janeiro 11.201.548 12.141.277
Dividendos distribuídos (4.170) (13.741)
Aquisição de filiais 63.575.395 -
Alienação de filiais - (78.917)
Variação de percentagem por aquisição de acções - (159.047)
Outras variações 1.000.000 (509.834)
Resultado do exercício atribuível aos interesses minoritários (1.428.648) (178.190)
Saldo final em 31 de Dezembro 74.344.125 11.201.548

24 EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os empréstimos tinham o seguinte detalhe:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Montante utilizado Montante utilizado
Limite Corrente Não Corrente Limite Corrente Não Corrente
Empréstimos bancários
Sonae Investimentos, SGPS,SA - papel comercial 692.500.000 - 271.000.000 563.000.000 20.000.000 230.000.000
Continente Hipermercados SA - papel comercial 30.000.000 - - 80.000.000 - -
Outros 3.333.333 15.000.000 - -
3.333.333 286.000.000 20.000.000 230.000.000
Descobertos bancários (Nota 21) 23.065.285 - 23.249.021 -
Custos de montagem de financiamentos (7.667) (105.107) - -
Empréstimos bancários 26.390.951 285.894.893 43.249.021 230.000.000
Empréstimos por obrigações:
Obrigações Modelo Continente /
2003
- 82.000.000 - 82.000.000
Obrigações Modelo Continente /
2004
- - 100.000.000 -
Obrigações Modelo Continente /
2005/2010
64.925.000 - - 64.925.000
Obrigações Modelo Continente /
2005/2012
- 150.000.000 - 150.000.000
Obrigações Modelo Continente /
2007/2012
- 200.000.000 - 200.000.000
Obrigações Sonae Distribuição /
2007/2015
- 200.000.000 - 200.000.000
Obrigações Sonae Distribuição /
2007/2015
- 310.000.000 - 310.000.000
Obrigações Sonae Distribuição 2009/2014 - 50.000.000 - -
Custos de montagem de financiamentos (25.511) (4.516.975) (21.389) (5.208.397)
Empréstimos por obrigações 64.899.489 987.483.025 99.978.611 1.001.716.603
Outros empréstimos 33.466 198.853 35.487 241.328
Instrumentos derivados (Nota 26) 7.902.322 - 5.369.980 -
Outros empréstimos 7.935.788 198.853 5.405.467 241.328
Credores por locações financeiras (Nota 25) 4.704.670 8.620.393 4.280.464 11.109.980
103.930.898 1.282.197.164 152.913.564 1.243.067.911

A taxa de juro em vigor a 31 de Dezembro de 2009 dos empréstimos obrigacionistas e empréstimos bancários era em média cerca de 1,65% (5,59% em 31 de Dezembro de 2008). Estima-se que o justo valor destes empréstimos não difira significativamente do respectivo valor de mercado.

Os instrumentos derivados estão registados ao justo valor (Nota 26).

O valor nominal dos empréstimos (incluindo credores por locação financeira) e juros têm as seguintes maturidades:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Capital Juros Capital Juros
N+1 a) 96.061.754 29.795.282 147.564.972 66.716.594
N+2 95.469.679 28.206.844 68.728.626 55.769.267
N+3 370.883.410 24.724.436 82.894.574 53.805.885
N+4 205.263.112 19.684.796 350.766.043 43.237.233
N+5 255.078.237 7.737.123 155.789.127 33.010.729
Após N+5 360.124.809 5.820.539 590.097.938 37.832.856
1.382.881.001 115.969.020 1.395.841.280 290.372.564

a)Inclui os montantes utilizados dos programas de papel comercial.

As maturidades acima apresentadas foram estimadas de acordo com as cláusulas contratuais dos empréstimos e contratos estabelecidos, os quais não incluem covenants financeiros.

À data de 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, as linhas de crédito disponíveis são:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Compromissos Compromissos Compromissos Compromissos
inferiores a 1 ano superiores a 1 ano inferiores a 1 ano superiores a 1 ano
Montantes de linhas disponiveis 359.466.654 204.000.000 331.361.827 170.000.000
Montantes de linhas contratadas 382.351.624 475.000.000 374.610.849 400.000.000

25 CREDORES POR LOCAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Credores por locação financeira Pagamentos mínimos da locação
financeira
Valor presente dos pagamentos mínimos
da locação financeira
Montantes a pagar por locações financeiras: 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
N+1 5.027.261 4.880.462 4.704.670 4.280.431
N+2 1.834.291 4.238.393 1.635.399 3.805.515
N+3 1.675.151 1.508.582 1.521.156 1.222.858
N+4 1.009.822 1.060.137 893.569 833.536
N+5 803.933 875.130 708.624 682.634
Após N+5 4.086.663 5.102.134 3.861.645 4.565.470
14.437.121 17.664.838 13.325.063 15.390.444
Juros futuros (1.112.058) (2.274.394)
13.325.063 15.390.444
Componente de curto prazo 4.704.670 4.280.464
Credores por locações financeiras - líquidos da
parcela de curto prazo
8.620.393 11.109.980

Os contratos de locação financeira vencem juros a taxas de mercado e têm períodos de vida definidos, sendo usualmente garantido ao locatário o exercício de uma opção de compra sobre o bem locado.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o justo valor das obrigações financeiras em contratos de locação financeira corresponde, aproximadamente, ao seu valor contabilístico.

As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados.

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 o valor líquido contabilístico, dos bens objecto de locação financeira tinha o seguinte detalhe:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Bens objecto de locação financeira
Terrenos e Edifícios 30.878.104 31.389.745
Equipamento Transporte 46.590 85.190
Equipamento Administrativo 5.170.024 4.252.561
Total de Imobilizado Corpóreo 36.094.718 35.727.496

Em 31 de Dezembro de 2009, o valor do custo de aquisição das Activos fixos tangíveis ascendia a 47.776.405 euros (44.883.379 euros em 31 de Dezembro de 2008).

26 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Derivados de taxa de câmbio

No âmbito da política de gestão de riscos financeiros a Sonae Investimentos utiliza derivados de taxa de câmbio de forma a efectuar cobertura de fluxos de caixa futuros.

Em 31 de Dezembro de 2009, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados, calculado tendo por base os valores de mercado actuais de instrumentos financeiros equivalentes de taxa de câmbio é estimado como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Activos (Nota 13) 365.121 72.494
Passivos (Nota 24) (79.039) (475.848)
286.082 (403.354)

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor dos instrumentos derivados (617.803) Euros ((124.202) euros em 2008) e foram registados directamente na demonstração de resultados na rubrica de "Outros custos".

Derivados de taxa de juro

Os instrumentos financeiros de taxa de juro utilizados pelo Grupo existentes durante o exercício de 2009, respeitavam, a "swaps" e zero cost collars no caso do passivo. De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas, estes derivados cumprem os requisitos para serem designados como instrumentos de cobertura do risco de taxa de juro.

O justo valor ascende a:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Activos (Nota 13) - 1.776.634
Passivos (Nota 24) (7.823.283) (4.894.132)
(7.823.283) (3.117.498)

Estes instrumentos de taxa de juro encontravam-se avaliados pelo seu justo valor, à data do balanço, determinado por avaliações efectuadas pela Sonae Investimentos com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e a avaliações externas quando esses sistemas não permitissem a valorização de determinados instrumentos. A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros teve por base, para os swaps, a actualização para a data do balanço dos "cash-flows" futuros resultantes da diferença entre a taxa de juro fixa do "leg" fixo do instrumento derivado e a taxa de juro variável indexante do "leg" variável do instrumento derivado.

Justo valor de instrumentos derivados financeiros

O justo valor de instrumentos derivados encontra-se registado como segue:

Activos Passivos
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Derivados que não são de cobertura
Taxa de câmbio 365.121 72.494 79.039 475.848
Taxa de juro - - - -
Derivados de cobertura
Taxa de câmbio - - - -
Taxa de juro - 1.776.634 7.823.283 4.894.132
Taxa de juro e taxa de câmbio - - - -
Outros derivados - - - -
365.121 1.849.128 7.902.322 5.369.980

27 OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica "Outros passivos não correntes" pode ser detalhada como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Empresas participantes 10.931.827 10.500.460
Fornecedores de activos fixos tangíveis 1.287.500 -
Outras dívidas a terceiros não correntes 858.717 664.848
Total de instrumentos financeiros 13.078.044 11.165.308
Responsabilidades por pagamentos em acções (Nota 28) 2.069.462 523.086
Outros acréscimos e diferimentos 1.075.422 -
Outros Passivos não correntes 16.222.928 11.688.394

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica "Outras dívidas a terceiros não correntes" correspondia essencialmente aos montantes estimados para cumprir com as obrigações judiciais e fiscais da filial brasileira que são consideradas suficientes para fazer face a eventuais perdas dos processos fiscais e judiciais em curso e para os quais existiam depósitos judiciais na rubrica de Outros activos não correntes (Nota 14), sendo que não tem maturidade definida.

O valor da rubrica empresas participantes corresponde a um empréstimo concedido por um accionista de uma empresa filial, o qual vence juros a taxas de mercado. O justo valor deste empréstimo é aproximadamente o seu valor contabilístico, sendo que não tem maturidade definida.

28 RESPONSABILIDADES POR PAGAMENTOS BASEADOS EM ACÇÕES

A Sonae Investimentos concedeu, em 2009 e em anos anteriores, a colaboradores do Grupo prémios de desempenho diferidos sob a forma de acções, a adquirir a custo zero, três anos após a sua atribuição. Em qualquer dos casos a aquisição poderá efectuar-se entre a data homóloga do 3º ano após a atribuição e o final desse ano. A sociedade tem o direito de entregar, em substituição das acções, o valor equivalente em dinheiro. O exercício dos direitos só ocorre se o colaborador estiver ao serviço de empresa do Grupo Sonae na data de vencimento.

As responsabilidades com prémios de desempenho diferidos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 podem ser resumidas como segue:

Ano de Ano de Número de Justo Valor
atribuição vencimento participantes 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Acções
2006 2009 40 - 508.264
2007 2010 40 891.596 429.971
2008 2011 42 1.468.048 709.315
2009 2012 42 3.272.289 -
Total 5.631.933 1.647.550

Os valores registados nas demonstrações financeiras a 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, correspondentes ao período decorrido até àquelas datas desde a atribuição de cada plano de desempenho diferido em aberto, podem ser resumidos como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Valor registado em custos com pessoal do exercício 2.666.299 (1.703.834)
Registado em exercícios anteriores 294.759 2.735.184
2.961.058 1.031.350
Registado em outros passivos não correntes (Nota 27) 2.069.462 523.086
Registado em outros passivos correntes (Nota 31) 891.596 508.264
2.961.058 1.031.350

Os custos dos planos de acções são reconhecidos ao longo do período que medeia a atribuição e o exercício dos mesmos em custos com pessoal.

29 FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica tinha a seguinte composição:

A pagar
31.Dezembro.2009 até 90 dias mais de 90 dias
Fornecedores conta corrente 910.506.317 910.299.299 207.018
Fornecedores,
facturas em recepção e conferência
151.534.258 151.061.225 473.033
1.062.040.575 1.061.360.524 680.051
A pagar
31.Dezembro.2008 até 90 dias mais de 90 dias
Fornecedores conta corrente 678.898.891 675.810.040 3.088.851
Fornecedores,
facturas em recepção e conferência
219.202.737 216.906.894 2.295.843
898.101.628 892.716.934 5.384.694

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica de fornecedores respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das actividades da Sonae Investimentos. A Sonae Investimentos entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.

A maturidade de fornecedores pode analisada da seguinte forma:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 31.Dezembro.2007
Total de fornecedores 1,062,040,575 898,101,628 835,856,284
até 90 dias
em euros
1,061,360,524 892,716,934 832,786,098
em % sob o total 99.9% 99.4% 99.6%
mais de 90 dias 680,051 5,384,694 3,070,186

Do montante global a pagar a fornecedores 99,9% apresenta uma maturidade inferior a 90 dias. Este referencial apresenta uma evolução positiva face a 2008 e a 2007, e acomoda uma diminuição muito significativa (-87%, ou seja, mais de 4,7 milhões de Euros) do saldo referente a maturidades superiores.

Os saldos acima incluem aproximadamente 40 milhões de euros relativos a facturas confirmadas a instituições financeiras pelo Grupo no âmbito de contratos de "confirming" sendo que os fornecedores poderão efectuar o seu desconto em data antecipada.

30 OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica "Outros passivos correntes" pode ser detalhada como segue:

A pagar
31.Dezembro.2009 até 90 dias 90 a 180 dias Mais de 180 dias
Fornecedores de activos fixos tangíveis 76.905.111 74.236.764 1.073.012 1.595.335
Outras dívidas 56.253.410 52.037.021 179.767 4.036.622
133.158.521 126.273.785 1.252.779 5.631.957
Empresas participadas e participantes 100
133.158.621
A pagar
31.Dezembro.2008 até 90 dias 90 a 180 dias Mais de 180 dias
Fornecedores de activos fixos tangíveis 104.851.843 103.454.878 731.163 665.802
Outras dívidas 46.794.863 33.785.410 1.248.552 11.760.901
151.646.706 137.240.288 1.979.715 12.426.703
Empresas participadas e participantes 782.843
152.429.549

A rubrica Outras dívidas inclui:

  • 17.236.223 euros (12.132.042 euros em 31 de Dezembro de 2008) relativos a descontos atribuídos, no âmbito do projecto de fidelização "Cartão Cliente", ainda não rebatidos;

  • 10.483.469 euros (8.545.635 euros em 31 de Dezembro de 2008) relativos a meios de pagamento em posse de clientes, nomeadamente vouchers, cheques de oferta e talões de desconto;

  • 5.973.902 euros (11.050.444 euros em 31 de Dezembro de 2008) relativos ao valor a pagar ao comprador da Sonae Distribuição Brasil, SA em resultado das responsabilidades assumidas com aquela entidade e que se encontravam totalmente provisionadas;

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, esta rubrica inclui saldos a pagar a outros credores e fornecedores de activos fixos tangíveis e não incorporam juros. O Conselho de Administração considera que o valor contabilístico não difere significativamente do seu justo valor, e que os efeitos de actualização não são materiais.

31 OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica "Outros passivos correntes" pode ser detalhada como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Custos com o pessoal 86.486.304 81.422.113
Encargos financeiros a liquidar 6.631.919 22.419.351
Publicidade e propaganda 7.543.181 7.886.789
Outros fornecimentos e serviços externos 27.026.280 22.305.374
Rendas fixas debitadas antecipadamente 4.670.177 6.151.609
IMI-Imposto municipal sobre imóveis 3.889.818 3.287.268
Responsabilidades por pagamentos baseados em accções (Nota 28) 891.596 508.264
Outros 7.396.212 4.964.957
144.535.487 148.945.725

A rubrica de "Custos com Pessoal" diz essencialmente respeito a valores de remuneração a liquidar durante o exercício seguinte referente a valores de Férias e Subsídio de Férias.

32 PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante os exercícios de 2009 e 2008 foi o seguinte:

Rubricas Saldo em
31.Dezembro.2008
Aumentos Diminuições Variações de
perímetro
Saldo em
31.Dezembro.2009
Perdas por imparidade acumuladas em investimentos
(Nota 7) 13.158 128.057 - - 141.215
Perdas por imparidade acumuladas em diferenças de
consolidação (Nota 12)
8.191.583 - - - 8.191.583
Perdas por imparidade acumuladas em clientes
correntes (Nota 16)
12.717.269 1.390.904 (5.857.980) 290.733 8.540.926
Perdas por imparidade acumuladas em devedores
diversos correntes (Nota 17)
12.140.408 4.915.875 (568.026) - 16.488.257
Perdas por imparidade acumuladas em existências
(Nota 15)
18.510.507 5.664.153 (5.352.578) 132.608 18.954.690
Provisões não correntes 12.953.754 1.548.043 (5.238.705) - 9.263.092
Provisões correntes 2.314.563 829.995 (655.675) - 2.488.883
66.841.242 14.477.027 (17.672.964) 423.341 64.068.646
Rubricas Saldo em
31.Dezembro.2007
Aumentos Diminuições Variações de
perímetro
Saldo em
31.Dezembro.2008
Perdas por imparidade acumuladas em investimentos
(Nota 7)
26.316 - - (13.158) 13.158
Perdas por imparidade acumuladas em diferenças de
consolidação (Nota 12)
1.374.226 6.817.357 - - 8.191.583
Perdas por imparidade acumuladas em clientes
correntes (Nota 16)
12.771.387 1.269.602 (1.085.980) (237.740) 12.717.269
Perdas por imparidade acumuladas em devedores
diversos correntes (Nota 17)
9.242.789 2.875.996 (606.821) 628.444 12.140.408
Perdas por imparidade acumuladas em existências
(Nota 15)
16.095.728 8.902.597 (7.312.110) 824.292 18.510.507
Provisões não correntes 17.856.862 - (7.822.126) 2.919.018 12.953.754
Provisões correntes 2.207.614 - (80.000) 186.949 2.314.563
59.574.922 19.865.552 (16.907.037) 4.307.805 66.841.242

As variações de perímetro das perdas por imparidade e das provisões relativas a 2009 e 2008 podem ser analisadas como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Alienação de empresas - (1.047.849)
Aquisições de empresas 423.341 5.405.628
Outros - (49.974)
423.341 4.307.805

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 o valor do reforço de provisões e perdas de imparidade pode ser detalhado como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Provisões e perdas de imparidade 6.867.019 10.962.955
Variação cambial 1.548.043 -
Provisão para imparidade em
existências registada em custo das
vendas (Nota 15)
5.796.761 8.246.993
Outros 265.204 655.604
14.477.027 19.865.552

A rubrica provisões não correntes inclui 5.447.923 Euros (6.016.688 euros em 31 de Dezembro de 2008) para fazer face a responsabilidades por contingências não correntes assumidas pela sociedade aquando da alienação da filial Sonae Distribuição Brasil, S.A. ocorrida em 2005. Esta provisão vai sendo utilizada à medida que aqueles passivos se vão materializando.

33 ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, os principais passivos contingentes respeitavam a garantias prestadas e tinham o seguinte detalhe:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Garantias prestadas:
por processos fiscais em curso 251.357.651 113.907.257
por processos autárquicos em curso 8.998.481 23.255.089
Outras 27.298.016 43.437.911
  • Inclui garantias de 133.891.206 euros (86.679.557 euros em 31 de Dezembro de 2008) relativas a processos de IRC, bem como garantias de 111.279.306 euros relativas a processos de IVA (24.212.158 euros em 31 de Dezembro de 2008).

  • Inclui garantias de 687.243 euros (9.170.327 euros em 31 de Dezembro de 2008) relativas a pedidos de reembolso de IVA.

Durante o exercício findo a 31 de Dezembro de 2009, uma das filiais do segmento Retalho base Alimentar prestou uma garantia a favor da administração fiscal associada a um processo referente a IVA relativo ao exercício de 2004, no valor de 30.260.721,33 euros, para o qual foi apresentada a respectiva impugnação.

Adicionalmente, a Sonae Investimentos SGPS, SA prestou por conta desta uma fiança no valor de 46.893.361,33 euros de forma a garantir uma liquidação adicional de IVA relativo ao exercício de 2005. A sociedade irá apresentar a correspondente impugnação judicial e entende, com base no parecer dos seus consultores fiscais, que a sentença lhe será favorável.

Uma filial no Brasil do segmento unidades de retalho prestou uma garantia no montante de 28.971.147 euros (72.755.267 reais), relativos a um processo fiscal que se encontra a ser julgado em tribunal referente a imposto de renda (em 31 de Dezembro de 2008 o valor era de 70.892.539 reais).

Na sequência da alienação de uma subsidiária no Brasil a Sonae garantiu ao comprador todas as perdas que aquela filial venha a suportar em resultado de decisões desfavoráveis e não passíveis de recurso relativas a processos fiscais sobre transacções anteriores à data de alienação (13 de Dezembro de 2005) que excedam o montante de 40 milhões de euros. Em 31 de Dezembro de 2009, o montante reclamado pela Administração Tributária Brasileira dos processos fiscais em curso, que os advogados da Empresa qualificam como tendo uma probabilidade de perda provável, ascende a um montante de aproximadamente 38 milhões de euros, incluindo já os processos pagos ao abrigo do programa de recuperação de impostos do Estado brasileiro ("REFIS") no montante de 22 milhões de euros (56 milhões de reais).

Adicionalmente, existem outros processos fiscais no valor global de 42 milhões de euros para os quais o Conselho de Administração baseado no parecer dos advogados entende que da sua resolução é possível mas não provável a existência de perdas para aquela antiga filial.

Não foi criada qualquer provisão para fazer face a eventuais riscos relacionados com os eventos/diferendos para os quais foram prestadas garantias por ser entendimento do Conselho de Administração que da resolução dos referidos eventos/diferendos não resultarão quaisquer passivos para a Sonae Investimentos.

34 LOCAÇÕES OPERACIONAIS

Em 31 de Dezembro de 2009 foi reconhecido como custo do exercício o montante de 57.739.171 euros (57.403.222 euros em 31 de Dezembro de 2008) relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional, fundamentalmente relativos a imóveis.

Adicionalmente, à data de balanço o Grupo detinha, como locatário, contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Vencíveis em:
N+1 renovável automaticamente 15.466.049 16.899.357
N+1 52.486.963 37.803.245
N+2 47.808.715 36.141.981
N+3 42.386.524 32.280.359
N+4 36.643.951 27.723.908
N+5 31.307.320 22.730.974
Após N+5 203.754.939 121.389.612
429.854.461 294.969.436

Durante o exercício de 2009 foi reconhecido como proveito do exercício o montante de 8.894.422 euros (8.793.408 Euros em 31 de Dezembro de 2008) relativo a rendas recebidas a título de contratos de locação operacional, fundamentalmente relacionadas com galerias comerciais exploradas por terceiros em lojas propriedade da Sonae Investimentos.

Adicionalmente, à data de balanço a Sonae Investimentos tinha celebrado, como locador, contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Vencíveis em:
N+1 renovável automaticamente 3.920.950 2.508.455
N+1 5.444.607 6.120.683
N+2 4.322.828 4.882.857
N+3 3.689.859 3.855.570
N+4 3.189.790 3.112.041
N+5 2.261.874 2.378.234
Após N+5 837.874 1.447.335
23.667.782 24.305.175

35 VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

As vendas e as prestações de serviços nos exercícios de 2009 e 2008 foram como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Vendas de mercadorias 4.420.413.159 4.074.314.020
Prestações de serviços (a) 125.452.037 145.379.164
Vendas e prestações de serviços 4.545.865.196 4.219.693.184

a) Fundamentalmente corresponde ao contributo das empresas de agências de viagens.

36 RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros nos exercícios de 2009 e 2008 têm a seguinte decomposição:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Custos e perdas:
Juros suportados
relativos a descobertos e empréstimos bancários (9.513.362) (16.297.172)
relativos a obrigações não convertíveis (31.798.404) (59.690.981)
relativos a contratos de locação financeira (277.187) (440.411)
relativos a derivados de cobertura (3.283.100) -
outros (946.881) (1.066.290)
(45.818.934) (77.494.854)
Diferenças de câmbio desfavoráveis (4.038.339) (3.033.662)
Encargos de emissão de dívida (3.203.245) (2.429.807)
Outros (4.966.354) (4.308.501)
(58.026.872) (87.266.824)
Proveitos e ganhos
Juros obtidos
relativos a depósitos bancários 356.940 1.704.162
outros 2.798.840 8.232.684
3.155.780 9.936.846
Diferenças de câmbio favoráveis 5.088.189 5.138.572
Outros proveitos e ganhos financeiras 25.509 178.990
8.269.478 15.254.408
Resultados financeiros (49.757.394) (72.012.416)

37 OUTROS PROVEITOS

A repartição dos outros proveitos operacionais nos exercícios de 2009 e 2008 é a seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Proveitos suplementares 358.939.003 372.781.489
Diferenças cambiais 12.240.751 13.428.814
Trabalhos para a própria empresa 7.185.074 8.517.884
Ganhos na alienação de activos 1.197.659 20.023.586
Diferenças de consolidação negativas (Nota 8) 343.359 9.864.000
Reversão de perdas de imparidade 1.693.355 1.692.801
Beneficios de penalidades contratuais 1.256.096 81.082
Subsídios à exploração 694.906 338.226
Outros 6.299.052 2.568.215
389.849.255 429.296.097

A rubrica de Proveitos suplementares diz essencialmente respeito a receitas obtidas, junto dos fornecedores da Sonae Investimentos, relativas a: i) comparticipações em campanhas promocionais levadas a cabo nas lojas, ii) receitas obtidas de fornecedores relativas à colocação de produtos em localizações preferenciais, e iii) descontos de pronto de pagamento obtidos.

Na rubrica de Trabalhos para a própria empresa estão incluídos 5.029.196 euros (6.749.753 euros em 31 de Dezembro de 2008), referentes a desenvolvimento de software efectuado por uma filial brasileira.

38 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

A repartição dos fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 é a seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Publicidade e propaganda 106.348.696 95.809.705
Rendas e alugueres 93.462.388 82.827.509
Subcontratos 91.287.263 118.508.131
Transportes de mercadorias 49.775.490 43.430.669
Electricidade e combustíveis 41.403.606 40.447.745
Trabalhos especializados 32.752.622 37.930.264
Conservação e reparação 25.336.634 25.329.433
Vigilância e segurança 24.473.170 24.128.821
Limpeza, higiene e conforto 23.646.962 22.256.142
Comunicação 12.036.824 9.363.594
Deslocações e estadas 5.823.503 4.343.401
Seguros 4.605.479 4.063.301
Outros 54.724.568 54.032.332
565.677.205 562.471.047

39 CUSTOS COM O PESSOAL

A repartição dos custos com o pessoal nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 é a seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Remunerações 399.758.361 375.766.791
Encargos sobre remunerações 80.756.138 77.039.504
Seguros 7.758.545 7.787.742
Custos com acção social 1.981.599 2.036.349
Outros custos com pessoal 13.888.981 11.688.084
504.143.624 474.318.470

40 OUTROS CUSTOS

A repartição dos outros custos nos exercícios de 2009 e 2008 é a seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Custos com terminais pagamento automático 26.141.831 23.841.339
Diferenças cambiais 11.802.053 12.428.545
Donativos 6.790.252 6.011.128
Perdas na alienação de activos 6.060.675 5.927.711
Imposto municipal sobre imóveis 3.246.820 3.188.087
Outros impostos 2.569.662 4.840.505
Dividas incobráveis 816.037 1.267.282
Outros 13.912.772 10.150.679
71.340.106 67.655.276

41 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos no exercício de 2009 e 2008 são detalhados como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Imposto corrente 34.316.306 9.919.305
Imposto diferido (Nota 20) (9.981.265) 1.578.670
24.335.041 11.497.975

Em impostos diferidos está incluído em 31 de Dezembro de 2008 o valor de 8.830.510 euros referente a crédito de imposto auferido pela empresa no exercício, em resultado do recebimento dos rendimentos das unidades de participação de Fundos de Investimento Imobiliário.

A reconciliação do resultado antes de imposto para os exercícios findos a 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 pode ser analisada como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Resultado antes de impostos 161.077.484 182.313.297
Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas (1.768.608) (5.698.668)
Imparidade de diferenças de consolidação - 8.509.916
Diferenças de consolidação negativas (343.360) (9.864.000)
Provisões e perdas de imparidade não aceites fiscalmente (6.519.356) (11.714.876)
Lucro tributável 152.446.160 163.545.669
Utilização de perdas fiscais que não deram
origem a activos por impostos diferidos
(18.976) (22.543.972)
Reconhecimento de perdas fiscais no
exercício que não deram origem a activos por
impostos diferidos
2.305.143 11.344.732
154.732.327 152.346.429
Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal 25,00% 25,00%
38.683.082 38.086.607
Efeito da existência de taxas de imposto
diferentes da que vigora em Portugal
(5.470.586) (5.217.095)
Efeito da constatação ou reversão de impostos diferidos (8.271.601) (10.224.993)
Insuficiência /
(Excesso) de estimativa de imposto
1.106.609 (4.381.093)
Tributação autónoma e benefícios fiscais 975.546 (2.775.977)
Derrama 1.448.405 1.500.673
Outros (4.136.414) (5.490.147)
Imposto sobre o rendimento 24.335.041 11.497.975

42 PARTES RELACIONADAS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os saldos e transacções com entidades relacionadas podem ser resumidos como segue:

Vendas e prestações de serviços Compras e serviços recebidos
Transacções 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Empresa - Mãe 443.762 633.760 1.515.370 619.228
Empresas controladas conjuntamente 845.437 233.575 2.214.073 727.936
Empresas associadas 32.302.022 17.008.853 764.039 3.402.844
Empresas participadas 57.115.947 54.110.955 -
Outras partes relacionadas 8.986.966 13.385.302 89.541.209 95.561.588
99.694.134 85.372.445 94.034.691 100.311.596
Juros auferidos Juros suportados
Transacções 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Empresa - Mãe 16.853 121.540 467.774 225.440
Empresas controladas conjuntamente 127.589 59.955 9.125 3.216
Empresas associadas - - - -
Empresas participadas - - - -
Outras partes relacionadas 41.436 - 387.421 481.188
185.878 181.495 864.320 709.844
Contas a receber Contas a pagar
Saldos 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Empresa - Mãe 535.294 343.935 1.688.040 168.426
Empresas controladas conjuntamente 125.975 5.029.706 202.093 6.614.454
Empresas associadas 1.446.962 4.918.113 87.091 166.252
Empresas participadas 14.169.568 10.623.607 40.932 -
Outras partes relacionadas 10.493.463 15.411.521 32.646.869 43.592.262
26.771.262 36.326.882 34.665.025 50.541.394
Empréstimos
Obtidos Concedidos
Saldos 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Empresa - Mãe - - - -
Empresas controladas conjuntamente 126.000 4.223.500
Empresas associadas - - - -
Empresas participadas - -
Outras partes relacionadas 10.802.648 10.481.188 1.000.000 1.000.000

1) Consideram-se Outras partes relacionadas as filiais ou empresas sob controlo conjunto da Efanor SGPS, SA não integradas na Sonae Investimentos, nomeadamente as empresas integradas nos Grupos Sonae, Sonae Indústria e Sonae Capital.

10.802.648 10.607.188 1.000.000 5.223.500

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 foram concedidas operações de tesouraria à Sonae SGPS, S.A., no montante global de 280.997.000 euros, as quais foram liquidadas durante o exercício.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 foram obtidas operações de tesouraria da Sonae SGPS, S.A. no montante de 85.500.000 euros, os quais foram liquidadas durante o exercício.

Os montantes registados como empréstimos obtidos de empresas participantes correspondem a empréstimos obtidos de sócios de empresas subsidiárias os quais vencem juros à taxa de mercado.

A remuneração dos membros do Conselho de Administração da empresa mãe e dos colaboradores com responsabilidade de direcção estratégica, auferidas em todas as sociedades da Sonae Investimentos, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008, tem a seguinte composição:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Conselho de
Administração
Direcção
Estratégica (a)
Conselho de
Administração
Direcção
Estratégica (a)
Remuneração fixa 461,960 2,320,780 468,560 2,159,920
Remuneração variável de curto prazo 190,900 1,050,500 204,040 986,636
Remuneração variável de médio prazo 290,200 864,200 333,000 659,415
943,060 4,235,480 1,005,600 3,805,971

(a) Inclui os colaboradores com responsabilidade de direcção estratégica das principais sociedades da Sonae Investimentos (excluindo os membros do Conselho de Administração da Sonae Investimentos).

43 RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Resultados
Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por acção
básico (resultado líquido do período)
138.171.091 170.993.512
Efeito das acções potenciais
Juro das obrigações convertiveis (líquido de imposto)
-
-
-
-
Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por acção diluído 138.171.091 170.993.512
Numero de acções
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do
resultado líquido por acção básico
1.000.000.000 1.000.000.000
Efeito das acções potenciais decorrentes das obrigações convertiveis - -
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do
resultado liquido por acção diluído
1.000.000.000 1.000.000.000
Resultado por acção (básico e diluído) 0,138171 0,170994

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 não existem efeitos diluidores do número de acções em circulação.

44 RECEBIMENTOS / PAGAMENTOS DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Os recebimentos e pagamentos de investimentos financeiros ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 podem ser analisadas como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Recebimentos
Correcção do preço de uma subsidiária 3.432.850 -
Correcção do preço de aquisição da Continente Hipermercados - 30.113.103
Alienação de 50%
das Viagens
- 15.700.000
Outros 1.000.031 1.452.883
4.432.881 47.265.986
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Pagamentos
Aumento de capital na Imosede 15.000.063 14.878.381
Aquisição da Geotur - 12.028.500
Outros 6.516.031 13.608.144
21.516.094 40.515.025

45 INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

Os contributos dos principais segmentos identificados nos exercícios de 2009 e 2008 podem ser analisados como segue:

Retalho base
alimentar
Retalho
especializado
Gestão de
investimentos
Imobiliário de
retalho
Eliminações e
ajustamentos
Total
31 de Dezembro de 2009
Volume de negócios 3.239.177.441 1.132.040.059 167.667.739 123.117.232 (116.137.275) 4.545.865.196
Ex-Fuel 3.106.023.672 1.132.040.059 167.667.739 123.117.232 (116.137.275) 4.412.711.427
Fuel 133.153.769 - - - - 133.153.769
EBITDA 198.707.702 48.104.311 (1.886.786) 110.938.755 - 355.863.982
EBIT 124.026.421 9.873.941 (7.123.026) 83.071.313 - 209.848.649
Capitais empregues líquidos 421.066.190 249.684.220 79.907.454 1.523.249.390 - 2.273.907.254
Area de venda [000 m2
]
528 304 67 - - 899
Retalho base
alimentar
Retalho
especializado
Gestão de
investimentos
Imobiliário de
retalho
Eliminações e
ajustamentos
Total
31 de Dezembro de 2008
Volume de negócios 3.081.018.275 928.294.963 202.987.856 109.440.712 (102.048.622) 4.219.693.184
Ex-Fuel 2.929.735.617 928.294.963 202.987.856 109.440.712 (102.048.622) 4.068.410.526
Fuel 151.282.658 - - - - 151.282.658
EBITDA 186.803.377 52.015.207 5.845.524 110.095.656 - 354.759.764
EBIT 123.512.742 27.503.824 1.730.885 87.654.242 - 240.401.693
Capitais empregues líquidos 483.247.828 175.612.172 86.471.044 1.411.291.922 - 2.156.622.966
Area de venda [000 m2
]
492 247 70 - - 809

Retalho base alimentar

Inclui o contributo da actividade do Grupo associada às insígnias de retalho alimentar (Continente, Modelo, Bom Bocado, Área Saúde e Book.it) e combustíveis (que é operada sob a insígnia Continente).

Retalho especializado

Inclui o contributo da actividade do Grupo associada às insígnias de retalho não alimentar (Worten, Worten Mobile, Worten Gamer, Vobis, Sport Zone, Loop, Modalfa e Zippy).

Gestão de investimentos

Inclui o contributo da actividade do Grupo associada à insígnia Maxmat e às agências de viagens.

Imobiliário de retalho

Inclui o contributo dos activos imobiliários detidos e geridos pela Sonae Distribuição, nomeadamente as galerias comerciais anexas às unidades Continente e Modelo.

Eliminação e ajustamentos

Inclui ajustamentos de consolidação e anulações intra-grupo. Este valor inclui fundamentalmente, na componente volume de negócios, a eliminação de rendas debitadas pelo segmento Imobiliário de retalho a outros segmentos do Grupo.

EBITDA

Volume de negócios + Outras receitas - Diferenças de consolidação negativas - Reversão de perdas por imparidade - Custos operacionais.

Capitais empregues líquidos (Capital investido)

Activos imobiliários brutos + outros activos fixos brutos (incluindo Goodwill) + amortizações e perdas de imparidade + investimentos financeiros + fundo de maneio.

46 APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 15 de Março de 2010, contudo as mesmas estão ainda sujeitas à aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas.

O Conselho de Administração,

______________________________________ Duarte Paulo Teixeira de Azevedo (Presidente)

______________________________________ Nuno Manuel Moniz Trigoso Jordão (CEO)

______________________________________ Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério

_______________________________________ Álvaro Carmona e Costa Portela

Demonstrações financeiras

Individuais

BALANÇOS INDIVIDUAIS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em euros)

ACTIVO Notas 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
ACTIVOS NÃO CORRENTES:
Activos intangíveis 6 7.160 9.392
Activos fixos tangíveis 6 2.786 4.766
Investimentos 5 2.349.634.766 2.328.609.041
Impostos diferidos activos 7 1.736.158 1.296.945
Empréstimos a empresas do grupo 4 , 8 1.000.150.633 1.263.332.780
Total de activos não correntes 3.351.531.503 3.593.252.924
ACTIVOS CORRENTES:
Clientes 4 , 9 1.319.180 1.506.614
Empresas do grupo 4 , 10 310.119.510 321.814.399
Outras dívidas de terceiros 4 , 11 6.242.723 7.404.536
Estado e outros entes públicos 1
2
668.567 7.528.261
Outros activos correntes 4 , 13 4.337.057 2.937.398
Derivados 4 , 14 - 1.776.634
Caixa e equivalentes de caixa 4 , 15 51.973.423 51.426.604
Total de activos correntes 374.660.460 394.394.446
TOTAL DO ACTIVO 3.726.191.963 3.987.647.370
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social 1
6
1.000.000.000 1.000.000.000
Reservas legais 1
7
114.000.000 99.300.000
Outras reservas 1
7
826.785.421 661.498.223
Resultado líquido do exercício 61.758.365 266.112.081
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 2.002.543.786 2.026.910.304
PASSIVO:
PASSIVOS NÃO CORRENTES:
Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo 4 , 18 285.894.893 230.000.000
Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo 4 , 18 987.483.025 1.001.716.603
Impostos diferidos passivos 7 1.379 472.363
Total de passivos não correntes 1.273.379.297 1.232.188.966
PASSIVOS CORRENTES:
Empréstimos bancários de curto prazo 4 , 18 3.787.425 21.476.433
Parcela de curto prazo dos empréstimos obrigacionistas de longo prazo 4 , 18 64.899.489 99.978.611
Derivados 4 , 14 7.823.283 4.894.132
Fornecedores 4 , 19 261.857 101.260
Empresas do grupo 4 , 10 342.971.182 575.639.729
Outras dívidas a terceiros 4 8.151 5.650
Estado e outros entes públicos 1
2
21.559.067 2.152.100
Outros passivos correntes 4 , 20 8.958.426 24.300.185
Total de passivos correntes 450.268.880 728.548.100
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 3.726.191.963 3.987.647.370

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras individuais.

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DE RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em euros)

Notas 4º Trimestre
2009
(Não auditado)
4º Trimestre
2008
(Não auditado)
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Prestações de serviços 2
5
383.016 399.222 1.627.527 1.590.069
Ganhos ou perdas relativos a investimentos 2
6
54.125.788 12.029.772 55.438.308 248.329.909
Proveitos e ganhos financeiros 2
7
13.150.224 25.621.891 70.363.460 93.227.964
Outros proveitos 2
8
314.733 1.471.397 1.955.230 3.747.733
Fornecimentos e serviços externos 2
9
(366.755) (447.702) (1.373.406) (1.829.373)
Custos com o pessoal (218.129) (187.269) (1.184.259) (608.088)
Amortizações e depreciações 6 (1.111) (1.246) (4.469) (144.511)
Provisões e perdas por imparidade 2
2
(539.611) - (539.611) -
Custos e perdas financeiras 2
7
(10.141.321) (23.190.607) (59.330.458) (84.545.200)
Outros custos 3
0
(427.719) (1.412.465) (2.303.261) (3.190.196)
Resultado antes de impostos 56.279.115 14.282.993 64.649.061 256.578.307
Imposto sobre o rendimento 3
1
(304.256) 4.435.717 (2.890.696) 9.533.774
Resultado líquido individual do exercício 55.974.859 18.718.710 61.758.365 266.112.081
Resultados por acção (básico e diluído) 3
2
0,056 0,019 0,062 0,266

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras individuais.

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em euros)

Notas 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Resultado líquido do exercício
Variação no justo valor dos derivados de cobertura de fluxos
de caixa
Imposto diferido relativo à variação do justo valor dos
derivados de cobertura de fluxos de caixa
7 61.758.365
(1.900.004)
775.121
266.112.081
(4.874.682)
1.020.170
Total rendimento integral individual do exercício 60.633.482 262.257.569

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras individuais.

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em euros)

Reservas e Resultados Transitados
Outras Reservas Total Reservas e
Capital Acções Reservas Reservas de e Resultados Resultados Resultado Total
Social Próprias Legais cobertura Transitados Transitados Líquido
Saldo em 1 de Janeiro de 2008 1.100.000.000 - 95.000.000 538.170 824.976.791 920.514.961 84.137.774 2.104.652.735
Total rendimento integral individual do exercício - - - (3.854.512) - (3.854.512) 266.112.081 262.257.569
Aplicação do resultado individual de 2007:
Transferência para reserva legal e resultados transitados - - 4.300.000 - 79.837.774 84.137.774 (84.137.774) -
Dividendos distribuídos - - - - (85.000.000) (85.000.000) - (85.000.000)
Aquisição de acções próprias - (255.000.000) - - - - - (255.000.000)
Extinção de acções próprias (100.000.000) 255.000.000 - - (155.000.000) (155.000.000) - -
Saldo em 31 de Dezembro de 2008 1.000.000.000 - 99.300.000 (3.316.342) 664.814.565 760.798.223 266.112.081 2.026.910.304
Saldo em 1 de Janeiro de 2009 1.000.000.000 - 99.300.000 (3.316.342) 664.814.565 760.798.223 266.112.081 2.026.910.304
Total rendimento integral individual do exercício - - - (1.124.883) - (1.124.883) 61.758.365 60.633.482
Aplicação do resultado de 2008:
Transferência para reserva legal e resultados transitados - - 14.700.000 - 251.412.081 266.112.081 (266.112.081) -
Dividendos distribuídos - - - - (85.000.000) (85.000.000) - (85.000.000)
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 1.000.000.000 - 114.000.000 (4.441.225) 831.226.646 940.785.421 61.758.365 2.002.543.786

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras individuais.

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em euros)

Notas 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimento de clientes 2.031.875 3.627.159
Pagamentos a fornecedores 1.213.249 1.912.428
Pagamentos ao pessoal 863.494 1.696.053
Fluxos gerados pelas operações (44.868) 18.678
Pagamento/recebimento de imposto s/rendimento (12.923.498) (29.820.959)
Outros recebim./pagam.rel.à activ. Operacional 151.041 116.549
Fluxos das actividades operacionais (1) 13.029.671 29.956.186
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 25.471.000 23.817.756
Juros e proveitos similares 71.180.744 80.155.518
Dividendos recebidos 1.312.520 255.629.909
Outros - 611.200.000
Empréstimos concedidos 2.838.115.811 3.608.374.675
2.936.080.075 4.579.177.858
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros (22.775.937) (350.676.406)
Activos fixos tangíveis (257) (33)
Activos intangíveis - (171.415)
Empréstimos concedidos (2.523.958.552) (4.299.615.546)
(2.546.734.746) (4.650.463.400)
Fluxos das actividades de investimento (2) 389.345.329 (71.285.542)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 12.394.973.792 5.918.191.730
12.394.973.792 5.918.191.730
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos (12.636.398.079) (5.407.496.230)
Juros e custos similares (74.389.221) (79.461.198)
Dividendos pagos (85.000.000) (85.000.000)
Aquisição de acções próprias - (255.000.000)
(12.795.787.300) (5.826.957.428)
Fluxos das actividades de financiamento (3) (400.813.508) 91.234.302
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 1.561.492 49.904.946
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 1
5
49.950.171 45.224
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 1
5
51.511.663 49.950.171

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras individuais.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

(Montantes expressos em euros)

1 NOTA INTRODUTÓRIA

A SONAE INVESTIMENTOS, SGPS, SA (anteriormente designada por Sonae Distribuição, SGPS, SA) "Empresa" ou "Sonae Investimentos", é uma sociedade anónima, que tem a sua sede social na Rua João Mendonça nº 529, 4464-501 Senhora da Hora, Matosinhos, Portugal.

A Empresa tem como actividade principal a gestão de participações sociais (Nota 5).

As demonstrações financeiras individuais são apresentadas conforme requerido pelo Código das Sociedades Comerciais. De acordo com o permitido pelo Decreto-Lei nº35/2005 de 17 de Fevereiro, as demonstrações financeiras individuais foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro "IFRS" tal como adoptadas pela União Europeia.

2 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras individuais são as seguintes:

2.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras individuais anexas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IFRS"), tal como adoptadas pela União Europeia, em vigor para exercícios económicos iniciados em 1 de Janeiro de 2009. Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board ("IASB") e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee ("IFRIC") ou pelo anterior Standing Interpretations Committee ("SIC"), que tenham sido adoptadas na União Europeia.

As demonstrações financeiras individuais anexas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, excepto para alguns dos instrumentos financeiros que se encontram registados pelo justo valor.

Novas normas contabilísticas e seu impacto nas demonstrações financeiras anexas

Até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, foram aprovadas ("endorsed") pela União Europeia as seguintes normas contabilísticas, interpretações, emendas e revisões, algumas das quais entraram em vigor durante o exercício de 2009:

Data de Eficácia
Com aplicação obrigatória no exercício de 2009: (exercícios iniciados em ou após)
IFRS 1 / IAS 27 – Emendas (Custo de um investimento numa subsidiária, entidade
conjuntamente controlada ou associada)
01-01-2009
IAS 39 – Emendas (Reclassificação de activos financeiros) 01-07-2008
IFRS 2 – Pagamentos baseados em acções - Emendas (Condições de aquisição e
cancelamento)
01-01-2009
IAS 23 – Custo de empréstimos obtidos (revista) 01-01-2009
IAS 32 / IAS 1 – Emendas (Instrumentos financeiros com uma opção put e obrigações
decorrentes de uma liquidação)
01-01-2009
IAS 1 – Apresentação de demonstrações financeiras (revista) 01-01-2009
IFRIC 13 - Programas de fidelização de clientes 01-07-2008
IFRS 8 – Segmentos operacionais 01-01-2009
IFRS 7 – Emendas (Divulgações sobre mensurações pelo justo valor e sobre o risco
de liquidez)
01-01-2009
Melhoramentos das Normas Internacionais de Relato Financeiro (2007) Várias (usualmente 01-01-2009)

A entrada em vigor durante 2009 das normas acima referidas não provocou impactos significativos nas demonstrações financeiras anexas, com excepção das alterações ao nível de apresentação e divulgação, decorrentes da entrada em vigor das alterações à IAS 1.

O IAS 1 introduziu alterações de terminologia, assim como alterações ao nível do formato e conteúdo das diferentes demonstrações financeiras.

Data de Eficácia
Com aplicação obrigatória após de 2009: (exercícios iniciados em ou após)
IAS 32 – Emendas (Clarificação de direitos de emissão) 01-02-2010
IAS 39 – Emendas (Itens cobertos elegíveis) 01-07-2009
IFRS 3 – Concentrações de actividades empresariais e IAS 27 – Demonstrações
financeiras consolidadas e separadas (revisão de 2008)
01-07-2009
Revisões da IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato
financeiro
01-01-2010
IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviços 01-01-2010
IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis 01-01-2010

SONAE INVESTIMENTOS, SGPS, SA

IFRIC 16 – Coberturas de um investimento líquido numa unidade operacional
estrangeira
01-07-2009
IFRIC 9 e IAS 39 – Emendas (Reavaliação de derivados embutidos) Exercícios acabados em ou
iniciados após 30-06-09
IFRIC 17 – Distribuição aos proprietários de activos que não são caixa 01-07-2009
IFRIC 18 – Transferência de activos provenientes de clientes Transferências em ou após 01-07-09

As normas aprovadas ("endorsed") pela União Europeia, mencionadas acima, não foram adoptadas pela Sonae em 2009, em virtude de a sua aplicação não ser obrigatória para este exercício económico, e a Sonae ter decidido não as adoptar antecipadamente.

Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras anexas, decorrentes da adopção dessas normas.

2.2 Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido das amortizações e das eventuais perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações do exercício são calculadas pelo método das quotas constantes em função da vida útil de cada activo e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração de resultados.

As perdas de imparidade detectadas no valor de realização do activo fixo tangível, são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rubrica "Perdas de imparidade" da demonstração de resultados.

2.3 Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e de eventuais perdas por imparidade acumuladas. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela empresa e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As amortizações do exercício são calculadas pelo método das quotas constantes em função da vida útil de cada activo e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração de resultados.

2.4 Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

2.5 Instrumentos financeiros

A empresa classifica os investimentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com o Balanço conforme identificado na Nota 4.

a) Investimentos em subsidiárias e associadas

Os investimentos em partes de capital de empresas subsidiárias e associadas são mensurados de acordo com o estabelecido na IAS 27, ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

b) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

  • Investimentos detidos até ao vencimento
  • Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
  • Investimentos disponíveis para venda

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais a Empresa tem intenção e capacidade de os manter até essa data.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que a Empresa adquire tendo em vista a sua alienação num curto período de tempo. São classificados no balanço como Investimentos correntes.

A Empresa classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até à maturidade. Estes activos são classificados como activos não correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor naquela data. No caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda, são incluídas as despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos são mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor, incluída na rubrica "Outras reservas" até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados (as) na demonstração de resultados do exercício, na rubrica de resultados financeiros.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

c) Empréstimos e contas a receber

Os empréstimos e contas a receber são registados ao custo amortizado utilizando o método da taxa juro efectiva e deduzidos de eventuais perdas de imparidade.

Os proveitos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a receber de muito curto prazo cujos valores a reconhecer seriam imateriais.

Estes instrumentos financeiros resultam do facto da Empresa providenciar fundos ou prestar serviços às suas subsidiárias e associadas sem que tenha a intenção de transaccionar esse activo.

Os empréstimos e contas a receber são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como não correntes. Estes activos financeiros estão incluídos nas classes identificadas na Nota 4.

d) Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica de "Provisões e perdas por imparidade" em contas a receber, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

e) Classificação de capital próprio e passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independentemente da forma legal que assumem.

f) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme política definida na Nota 2.8. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja liquidada durante o exercício.

g) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.

h) Instrumentos derivados

A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos não sendo utilizados derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficácias de cobertura, caso existam, são registadas na rubrica de Resultados financeiros da Demonstração de resultados.

Os critérios utilizados pela Empresa para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

  • Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
  • A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

  • Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;

  • A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro são inicialmente registados pelo seu custo, se algum o qual corresponde ao seu justo valor, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica Reservas de cobertura incluída na rubrica Reservas e Resultados transitados, sendo transferidas para resultados no mesmo exercício em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a data do balanço, dos fluxos de caixa futuros do "leg" fixo e do "leg" variável do instrumento derivado, através da utilização de curvas de taxa de juro retiradas da Bloomberg.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura incluída em Reservas e Resultados transitados são transferidas para Resultados do exercício, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração de resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados reconhecidos separadamente nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados.

i) Acções Próprias

As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das acções próprias são reconhecidas directamente em Capitais Próprios.

j) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de Caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de Caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos bancários de curto prazo, no balanço.

k) Método da taxa de juro efectiva

O método da taxa de juro efectiva é o método utilizado para cálculo do custo amortizado de um activo ou passivo financeiro e para efectuar a alocação de proveitos ou custos com juros até à maturidade do instrumento financeiro.

l) Imparidade

Os activos financeiros, excepto os mensurados a justo valor através de resultados, são analisados à data de cada balanço para verificar da existência de indícios de perdas de imparidade.

Os activos financeiros encontram-se em situações de imparidade quando exista evidência objectiva que, como consequência de um ou mais eventos que tenham ocorrido após o reconhecimento inicial dos activos, os fluxos de caixa estimados tenham sido negativamente afectados.

Para os instrumentos financeiros não negociados em mercados regulamentados, a estimativa de imparidade envolve o recurso a modelos de fluxos de caixa descontados para estimar o valor de uso do investimento. Tais modelos implicam que a Empresa estime o valor presente dos fluxos de caixa futuros que é expectável que surjam do instrumento financeiro em questão de acordo com uma taxa de desconto adequada ao risco específico do activo.

Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a imparidade é calculada como a diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados descontados à taxa de juro efectiva original.

Relativamente aos investimentos em subsidiárias (investimentos em partes de capital e empréstimos concedidos a subsidiárias) a análise de imparidade é efectuada com base na estimativa de justo valor dos activos líquidos da filial em análise.

Tal estimativa é efectuada com base na avaliação das participações detidas pela filial em análise por recurso a modelos de fluxos de caixa descontados de forma a estimar o valor de uso dos referidos investimentos.

É entendimento do Conselho de Administração, que a metodologia acima descrita conduz a resultados fiáveis sobre a existência de eventual imparidade dos investimentos em análise, uma vez que consideram a melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras.

Se, em data subsequente, se verificar que o montante de imparidade diminuiu e a diminuição possa ser relacionada objectivamente com determinado evento que ocorra após o reconhecimento inicial de imparidade, o valor então registado é revertido até ao limite do valor que estaria reconhecido caso não tivesse sido registada qualquer perda de imparidade.

Relativamente a activos disponíveis para venda relativos a partes de capital, as perdas de imparidade não são revertidas. Qualquer aumento no justo valor do activo é reconhecido em capitais próprios.

2.6 Responsabilidades por pagamentos baseados em acções

As responsabilidades resultantes da atribuição de prémios de desempenho diferidos estão indexadas à evolução das cotações das acções da Sonae, SGPS, SA (Empresa detentora da Sonae Investimentos, SGPS, SA).

O valor dessas responsabilidades é determinado no momento da sua atribuição (normalmente em Março de cada ano) e posteriormente actualizado no final de cada período de reporte em função do número de acções atribuídas e o justo valor destas à data de reporte. A responsabilidade é registada em custos com pessoal e outros passivos correntes, de forma linear entre a data da atribuição e a data de vencimento, na proporção do tempo decorrido entre essas datas.

2.7 Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.8 Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no exercício em que são atribuídos pelos sócios ou accionistas das empresas participadas.

Os custos e proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

SONAE INVESTIMENTOS, SGPS, SA

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde.

2.9 Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais.

2.10 Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras incluem:

  • a) Registo de ajustamentos aos valores do activo e provisões;
  • b) Análise de imparidade de empréstimos e de investimentos em subsidiárias e em associadas;

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. Dado o grau de incerteza associado ao processo de estimativa, os resultados reais poderão diferir das correspondentes estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

2.11 Imposto sobre o rendimento

A Sonae Investimentos encontra-se abrangida pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (sociedade dominante), sendo que cada uma das sociedades abrangidas por este regime regista o imposto sobre o rendimento nas suas contas individuais por contrapartida da rubrica de Empresas do grupo. Nos casos em que as filiais contribuem com prejuízos, é registado nas contas individuais o montante de imposto correspondente aos prejuízos que vierem a ser compensados pelos lucros das demais sociedades abrangidas por este regime.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor na data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no exercício da sua reversão. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

3 GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

Os princípios gerais da gestão de riscos são aprovados pelo Conselho de Administração, estando a sua implementação e acompanhamento supervisionados pela Tesouraria do Grupo.

3.1 Risco de mercado

Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado os riscos taxa de juro e os riscos taxa de câmbio.

A empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposto como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação ou especulação.

3.1.1 Risco de taxa de juro

A exposição da empresa à taxa de juro é abordada em conjunto com a exposição das empresas em que participa, decorrendo essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por divida indexada à Euribor.

O objectivo da empresa é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da actividade operacional das suas participadas através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política do grupo permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.

Os instrumentos derivados utilizados pela empresa na gestão do risco taxa de juro são definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem relações perfeitas de cobertura. Os indexantes, as convenções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados.

Análise de sensibilidade:

A análise de sensibilidade taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro afectam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

  • No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

  • Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afectam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade ao capital próprio (outras reservas);

  • Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

  • Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Tendo em conta os pressupostos anteriormente descritos, se as taxas de juro dos instrumentos financeiros denominados em euros tivessem sido 0,75 pontos percentuais superiores, o resultado líquido antes de impostos da Sonae Investimentos em 31 de Dezembro de 2009 seriam inferiores em cerca de 1,3 milhões de euros (em 31 de Dezembro de 2008 seria inferiores em cerca de 3,4 milhões euros). O capital próprio em resultado do efeito da variação da taxa de juro em 31 de Dezembro de 2009 seria superior em cerca de 1,6 milhões de euros, excluindo o efeito em resultados líquidos.

3.1.2 Risco de taxa de câmbio

O impacto nas demonstrações financeiras individuais das variações nas taxas de câmbio da empresa é praticamente inexistente uma vez que a generalidade dos activos e passivos estão denominados em euros.

3.2 Risco de liquidez

O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que a empresa e o conjunto das empresas que domina têm disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão do binómio custo-maturidade dos financiamentos.

A empresa prossegue assim uma política activa de refinanciamento pautada pela manutenção de um nível elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo e pelo alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.

Constituem também importantes instrumentos de resposta ao risco de liquidez, a limitação da amplitude das cláusulas contratuais capazes de despoletar o vencimento antecipado dos empréstimos. A empresa assegura ainda, no seu relacionamento com as instituições financeiras, um elevado nível de diversificação que permite agilizar a contratação de novos empréstimos e limitar o impacto negativo de eventuais descontinuações de relacionamento.

A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respectiva a cada classe de passivos financeiros.

3.3 Risco de crédito

A empresa está sobretudo exposta ao risco de crédito nas suas relações de financiamento com as empresas em que participa.

A empresa está ainda exposta ao risco de crédito nas suas relações com as instituições financeiras relativas a aplicações de fundos, garantias de colocação em instrumentos de dívida, derivados, entre outros.

O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa selecção de contrapartes que apresentem um elevado prestígio e reconhecimento nacional e internacional com rating emitido por agência de rating internacional mínimo de BBB ou equivalente.

4 CLASSES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS E JUSTO VALOR

Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas descritas na Nota 2.5, a 31 de Dezembro de 2009, foram classificados como segue:

Activos financeiros 31.Dezembro.2009
Activos financeiros Nota Empréstimos e
contas a receber
Subtotal Activos fora do
âmbito do IFRS 7
Total
Activos não correntes:
Empréstimos a empresas do grupo 8 1.000.150.633 1.000.150.633 - 1.000.150.633
1.000.150.633 1.000.150.633 - 1.000.150.633
Activos correntes:
Clientes 9 1.319.180 1.319.180 - 1.319.180
Empresas do Grupo 10 310.119.510 310.119.510 - 310.119.510
Outras dívidas de terceiros 11 6.242.723 6.242.723 - 6.242.723
Outros activos correntes 13 1.625.756 1.625.756 2.711.301 4.337.057
Caixa e equivalentes de caixa 15 51.973.423 51.973.423 - 51.973.423
371.280.592 371.280.592 2.711.301 373.991.893
Passivos financeiros 31.Dezembro.2009
Nota Empréstimos e
contas a pagar
Derivados de
cobertura
Subtotal Passivos fora do
âmbito do IFRS 7
Total
Passivos não correntes:
Empréstimos bancários 18 285.894.893 - 285.894.893 - 285.894.893
Empréstimos obrigacionistas 18 987.483.025 - 987.483.025 - 987.483.025
1.273.377.918 - 1.273.377.918 - 1.273.377.918
Passivos correntes: -
Empréstimos bancários 18 3.787.425 - 3.787.425 - 3.787.425
Empréstimos obrigacionistas 18 64.899.489 - 64.899.489 - 64.899.489
Derivados 14 - 7.823.283 7.823.283 - 7.823.283
Fornecedores 19 261.857 - 261.857 - 261.857
Empresas do Grupo 10 342.971.182 - 342.971.182 - 342.971.182
Outras dívidas a terceiros 8.151 - 8.151 - 8.151
Outros passivos correntes 20 8.102.661 - 8.102.661 855.765 8.958.426
420.030.765 7.823.283 427.854.048 855.765 428.709.813

Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas descritas na Nota 2.5, a 31 de Dezembro de 2008, foram classificados como segue:

Activos financeiros 31.Dezembro.2008
Nota Empréstimos e
contas a receber
Derivados de
cobertura
Subtotal Activos fora do
âmbito do IFRS 7
Total
Activos não correntes:
Empréstimos a empresas do grupo 8 1.263.332.780 - 1.263.332.780 - 1.263.332.780
1.263.332.780 - 1.263.332.780 - 1.263.332.780
Activos correntes:
Clientes 9 1.506.614 - 1.506.614 - 1.506.614
Empresas do Grupo 10 321.814.399 - 321.814.399 - 321.814.399
Outras dívidas de terceiros 11 7.404.536 - 7.404.536 - 7.404.536
Outros activos correntes 13 1.870.069 - 1.870.069 1.067.329 2.937.398
Derivados 14 - 1.776.634 1.776.634 - 1.776.634
Caixa e equivalentes de caixa 15 51.426.604 - 51.426.604 - 51.426.604
384.022.222 1.776.634 385.798.856 1.067.329 386.866.185
Passivos financeiros 31.Dezembro.2008
Nota Empréstimos e
contas a pagar
Derivados de
cobertura
Subtotal Passivos fora do
âmbito do IFRS 7
Total
Passivos não correntes:
Empréstimos bancários 18 230.000.000 - 230.000.000 - 230.000.000
Empréstimos obrigacionistas 18 1.001.716.603 - 1.001.716.603 - 1.001.716.603
1.231.716.603 - 1.231.716.603 - 1.231.716.603
Passivos correntes:
Empréstimos bancários 18 21.476.433 - 21.476.433 - 21.476.433
Empréstimos obrigacionistas 18 99.978.611 - 99.978.611 - 99.978.611
Derivados 14 - 4.894.132 4.894.132 - 4.894.132
Fornecedores 19 101.260 - 101.260 - 101.260
Empresas do Grupo 10 575.639.729 - 575.639.729 - 575.639.729
Outras dívidas a terceiros 5.650 - 5.650 - 5.650
Outros passivos correntes 20 23.768.376 - 23.768.376 531.809 24.300.185
720.970.059 4.894.132 725.864.191 531.809 726.396.000

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os únicos instrumentos financeiros registados a justo valor correspondem a instrumentos financeiros derivados, os quais são avaliados com base em modelos de avaliação cujos inputs correspondem a variáveis observáveis no mercado, nomeadamente curvas de taxa de juro.

5 INVESTIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o detalhe dos investimentos era o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Empresa % detenção Saldo Final % detenção Saldo Final
Investimentos em partes de capital
Azulino - Imobiliária, S.A. 100,00% 498.025 100,00% 498.025
Bertimóvel - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 1.845.000 100,00% 1.375.000
Canasta - Empreendimentos Imobiliários, S.A. 100,00% 1.669.375 100,00% 1.579.375
Chão Verde - Sociedade de Gestão Imobiliária, S.A. 100,00% 2.244.591 100,00% 2.244.591
Citorres - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 477.848 100,00% 477.848
Contibomba - Comércio e Distribuição de Combustíveis, S.A. 100,00% 452.000 100,00% 372.000
Contimobe - Imobiliária Castelo Paiva, S.A. 100,00% 231.318.722 100,00% 231.318.722
Cumulativa - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 2.285.191 100,00% 2.095.191
Difusão - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 50.000 100,00% 50.000
Edições Book.it - S.A. 100,00% 1.000.000 100,00% 1.000.000
Farmácia Selecção, S.A. 89,00% 89.000 100,00% 100.000
Fozimo - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 24.940 100,00% 24.940
Fozmassimo - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 6.264.902 100,00% 6.264.902
Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Imosede 54,55% 64.415.021 49,00% 49.414.958
Fundo de Investimento Imobiliário Imosonae Dois 100,00% 158.410.389 100,00% 158.410.389
Igimo - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 220.000 100,00% 220.000
Iginha - Sociedade imobiliária, S.A. 100,00% 959.000 100,00% 109.000
Imoconti - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 380.000 100,00% 50.000
Imoestrutura - Sociedade Imobiliária,S.A. 100,00% 24.940 100,00% 24.940
Imomuro - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 799.940 100,00% 539.940
Imoresultado - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 109.736 100,00% 109.736
Imosistema - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 280.000 100,00% 280.000
Infofield - Informática, S.A. (c)
-
- 10,00% 530.459
Marcas MC, zRt 100,00% 72.784.761 100,00% 72.784.761
MJLF - Empreendimetos Imobiliários, S.A. 100,00% 1.809.397 100,00% 1.719.397
Modalfa - Comércio e Serviços, S.A. (c)
-
- 10,00% 27.933
Modelo Continente Hipermercados, S.A. 56,00% 284.190.240 56,00% 284.190.240
Modelo Continente Seguros - Sociedade de Mediação, Lda 75,00% 3.161.250 75,00% 161.250
Modelo.Com - Vendas por Correspondência, S.A. 100,00% 12.637.016 100,00% 12.637.016
Predicomercial - Promoção Imobiliária, S.A. 100,00% 6.372.293 100,00% 6.372.293
Raso, SGPS, S.A. 50,00% 24.500.000 50,00% 24.500.000
Selifa - Sociedade de Empreendimentos Imobililiários, S.A. 100,00% 1.488.379 100,00% 1.408.379
Sempre à Mão - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 1.530.558 100,00% 125.000
Sempre a Postos - Produtos Alimentares e Utilidades, Lda 25,00% 249.399 25,00% 249.399
Sesagest - Projectos e Gestão Imobiliária, S.A. 100,00% 36.677.088 100,00% 36.677.088
Socijofra - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 550.000 100,00% 550.000
Sociloures - Sociedade Imobiliária, S.A. 100,00% 10.000.000 100,00% 10.000.000
Soflorin, B.V. 100,00% 257.309.037 100,00% 257.309.037
Sonae - Specialized Retail, SGPS, S.A. (a)
100,00%
1.050.000.000 100,00% 1.050.000.000
Sonae Capital Brasil, S.A. 37,00% 23.334.858 37,00% 23.334.858
Sonae Center Serviços II, S.A. 100,00% 50.000 - -
Sonae MC - Modelo Continente, SGPS, S.A. 100,00% 50.000 - -
Sonae Retalho España, S.A. 100,00% 2.549.831 100,00% 2.549.831
Sonaegest - Soc. Gest. de Fundos de Investimentos, S.A. 20,00% 159.615 20,00% 159.615
Sonaerp - Retail properties, S.A. (b)
100,00%
114.495.350 100,00% 114.495.350
Sondis Imobiliária, S.A. 100,00% 474.940 100,00% 49.940
Sontária - Empreendimentos Imobiliários, S.A. 100,00% 10.600.000 100,00% 10.600.000
Sonvecap, B.V. 100,00% 3.000.000 100,00% 3.000.000
Sportzone - Comércio de Artigos de Desporto, S.A. (c)
-
- 10,00% 706.326
Tlantic Portugal - Sistemas de Informação, S.A. 100,00% 443.316 100,00% 50.000
Todos os Dias - Comércio Ret. e Expl. de Centros Comerciais, S.A. 100,00% 1.180.000 100,00% 1.180.000
Valor N, S.A. 100,00% 2.087.315 100,00% 2.087.315
Worten - Equipamentos para o Lar, S.A. (c)
-
- 10,00% 462.494
2.395.503.263 2.374.477.538
Imparidade de Investimentos Financeiros (Nota 22) (45.868.497) (45.868.497)
2.349.634.766 2.328.609.041
  • a) Anteriormente denominada Modelo Continente Operações de Retalho, SGPS, SA
  • b) Anteriormente denominada IGI Investimentos Imobiliários, SA
  • c) Participações alienadas no exercício para uma empresa do grupo

Os movimentos registados na rubrica de Investimentos durante os exercícios de 2009 e de 2008 é discriminada como se segue:

31. Dezembro.2009 31. Dezembro.2008
Investimentos em Empresas do Grupo
Saldo em 1 de Janeiro 1.843.415.177 1.720.117.152
Aumentos durante o exercício 4.098.874 123.298.025
Diminuições durante o exercício (1.135.212) -
Saldo em 31 de Dezembro 1.846.378.839 1.843.415.177
Perdas por imparidade acumuladas (Nota 22) (45.868.497) (45.868.497)
1.800.510.342 1.797.546.680
Investimentos em Empresas Associadas
Saldo em 1 de Janeiro 409.014 409.014
Saldo em 31 de Dezembro 409.014 409.014
Prestações Suplementares
Saldo em 1 de Janeiro 214.480.000 2.480.000
Aumentos durante o exercício - 212.000.000
Saldo em 31 de Dezembro 214.480.000 214.480.000
Unidades de Participação em Fundos Investimento
Saldo em 1 de Janeiro 207.825.347 216.764.722
Aumentos durante o exercício 15.000.063 14.878.381
Distribuição rendimentos - (23.817.756)
Saldo em 31 de Dezembro 222.825.410 207.825.347
Entradas Facultativas de Capital
Saldo em 1 de Janeiro 108.348.000 107.848.000
Aumentos durante o exercício 3.677.000 500.000
Diminuições durante o exercício (615.000) -
Saldo em 31 de Dezembro 111.410.000 108.348.000
2.349.634.766 2.328.609.041

O aumento de 4.098.874 euros registado na rubrica "Investimentos em empresas do grupo" inclui a constituição da sociedade Sonae MC – Modelo Continente, SGPS, SA no montante de 50.000 euros, a constituição da sociedade Sonae Center Serviços II, SA no montante de 50.000 euros, e a cobertura de prejuízos em empresas do grupo no montante de 3.998.874 euros.

A diminuição de 1.135.212 euros registada na rubrica de "Investimentos em empresas do grupo" refere-se à alienação das participações identificadas na alínea c) do quadro anterior e à alienação de 11% da participação detida na Farmácia Selecção, SA à Sonae Retalho España, SA.

O aumento de 15.000.063 euros registado na rubrica "Unidades de Participação em Fundos de Investimento" corresponde à subscrição do aumento de capital no Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Imosede.

6 ACTIVOS INTANGÍVEIS E TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o movimento ocorrido na rubrica de activos intangíveis e tangíveis, bem como as respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas foi como se segue:

Activos intangíveis
Activo bruto Propriedade
industrial e
outros direitos
Softw
are
Activos
intangíveis em
curso
Total activos
intangíveis
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2008 1.401.602 479 136 1.402.217
Aumentos 10.890 - 160.389 171.279
Diminuições - - (160.389) (160.389)
Transferências / abates 136 - (136) -
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2009 1.412.628 479 - 1.413.107
Saldo final a 31 de Dezembro de 2009 1.412.628 479 - 1.413.107
Amortizações acumuladas
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2008 1.261.255 479 - 1.261.734
Aumentos 141.981 - - 141.981
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2009 1.403.236 479 - 1.403.715
Aumentos 2.232 - - 2.232
Saldo final a 31 de Dezembro de 2009 1.405.468 479 - 1.405.947
Valor líquido
A 31 de Dezembro de 2008 9.392 - - 9.392
A 31 de Dezembro de 2009 7.160 - - 7.160
Activos fixos tangíveis
Activo bruto Equipamento
básico
Equipamento de
transporte
Equipamento
administrativo
Outros activos
fixos tangíveis
Total activos
fixos tangíveis
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2008 2.464 19.062 24.805 679 47.010
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2009 2.464 19.062 24.805 679 47.010
Aumentos - - 257 - 257
Saldo final a 31 de Dezembro de 2009 2.464 19.062 25.062 679 47.267
Amortizações acumuladas
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2008 657 19.062 19.316 679 39.714
Aumentos 246 - 2.284 - 2.530
Saldo inicial a 1 de Janeiro de 2009 903 19.062 21.600 679 42.244
Aumentos 247 - 1.990 - 2.237
Saldo final a 31 de Dezembro de 2009 1.150 19.062 23.590 679 44.481
Valor líquido
A 31 de Dezembro de 2008 1.561 - 3.205 - 4.766
A 31 de Dezembro de 2009 1.314 - 1.472 - 2.786

7 IMPOSTOS DIFERIDOS

O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:

Activos Passivos
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Instrumentos financeiros derivados 1.601.258 1.296.945 - 470.808
Perdas por imparidade de activos não aceites fiscalmente 134.900 - - -
Diferença entre amortizações económicas e fiscais - - 1.379 1.555
1.736.158 1.296.945 1.379 472.363

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos activos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foi como segue:

Activos Passivos
31. Dezembro.2009 31. Dezembro.2008 31. Dezembro.2009 31. Dezembro.2008
Saldo inicial 1.296.945 304 472.363 233.406
Efeito em resultados:
Anulação de activos intangíveis - (304) - -
Homogeneização das amortizações - - (176) (37.818)
Perdas de imparidade 134.900 - - -
134.900 (304) (176) (37.818)
Efeito em reservas:
Valorização de instrumentos financeiros 304.313 1.296.945 (470.808) 276.775
Saldo final 1.736.158 1.296.945 1.379 472.363

8 EMPRÉSTIMOS A EMPRESAS DO GRUPO – NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o detalhe dos activos não correntes era o seguinte (Nota 34).

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Empréstimos concedidos a empresas do grupo 1.000.150.633 1.263.332.780

Estes empréstimos vencem juros a taxas de mercado indexadas à Euribor e o seu justo valor é idêntico ao seu valor contabilístico. Os empréstimos referem-se a operações de suprimentos sem prazo de reembolso definido.

9 CLIENTES

O montante registado em dívidas de Clientes corresponde a montantes facturados, relativos a Fee's de Gestão, a empresas do Grupo Sonae Investimentos, SGPS, SA.

À data de balanço, não existem contas a receber vencidas e não foram registadas quaisquer perdas de imparidade, dado não existirem indicações de que os clientes não cumpram as suas obrigações.

10 EMPRESAS DO GRUPO – CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o detalhe da rubrica Empresas do grupo era o seguinte:

Valores devedores
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Empréstimos de curto prazo (Nota 34) 157.125.888 263.578.000
Juros por liquidar 44.472.734 44.636.742
Impostos - RETGS (a) 21.753.472 13.599.657
Outros (b) 86.767.416 -
310.119.510 321.814.399
Valores credores
31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Empréstimos de curto prazo (Nota 34) 338.078.379 568.836.000
Juros por liquidar - 12.428
Impostos - RETGS (a) 4.892.803 6.791.301
342.971.182 575.639.729

a) Imposto do exercício apurado pelas empresas do grupo tributadas de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades.

b) Montante relativo à venda a 31 de Dezembro de 2009 de 10% das sociedades Modalfa – Comércio e Serviços, SA, Sportzone – Comércio de Artigos de Desporto, SA e Infofield - Informática, SA

Não existiam activos vencidos ou em imparidade em 31 de Dezembro de 2009 e 2008. O justo valor dos empréstimos concedidos a empresas do grupo é, genericamente, similar ao seu valor contabilístico.

11 OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

O detalhe de Outras dívidas de terceiros a 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 é o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Regime especial regularização de dívidas ao Fisco e
Segurança Social (DL 248-A) (a) 5.214.780 5.790.887
Outras dívidas de terceiros 1.567.554 1.613.649
6.782.334 7.404.536
Perdas por imparidade acumuladas (Nota 22) (539.611) -
6.242.723 7.404.536

a) O montante relativo ao Regime especial de regularização de dívidas fiscais e segurança social, corresponde a importâncias pagas, que foram reclamadas junto das autoridades competentes, sendo entendimento da Sonae Investimentos que o resultado das reclamações efectuadas lhe será favorável, facto pelo qual não registou qualquer ajustamento para fazer face a eventuais perdas.

Os valores de dívidas identificadas sem registo de imparidade, não se encontram vencidas e o seu valor contabilístico é considerado como estando próximo do seu justo valor.

12 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Saldos devedores:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Imposto sobre o rendimento 668.567 7.528.261
668.567 7.528.261

Saldos credores:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Imposto sobre o rendimento 21.035.091 -
Imposto sobre o valor acrescentado 221.068 239.631
Contribuições para a Segurança Social 2.189 2.144
Retenção de Imposto sobre Rendimentos 19.119 16.923
Outros 281.600 1.893.402
21.559.067 2.152.100

13 OUTROS ACTIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o detalhe da rubrica Outros activos correntes era o seguinte:

Acréscimo de proveitos 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Juros a receber 241.250 755.132
Juros de mora ou indemnizatórios 1.337.970 1.071.351
Fee's de gestão a receber 46.536 43.586
1.625.756 1.870.069
Custos diferidos
Seguros 196.216 290.633
Juros 195.581 -
Custos com linhas de crédito 2.319.504 776.696
2.711.301 1.067.329
Outros activos correntes 4.337.057 2.937.398

14 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Derivados de cobertura taxa de juro

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o justo valor dos instrumentos derivados, calculado tendo por base os valores de mercado actuais de instrumentos financeiros equivalentes de taxa de juro é estimado como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Activos - 1.776.634
Passivos 7.823.283 4.894.132

O valor dos derivados registados no passivo corresponde a zero cost collars de taxa de juro e destinam-se a diminuir a volatilidade de taxa de juro de empréstimos obtidos.

Este instrumento de cobertura de taxa de juro encontra-se avaliado pelo seu justo valor, à data do balanço, determinado por avaliações efectuadas pelo Grupo com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados. A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros teve por base a actualização para a data do balanço dos "cash-flows" futuros resultantes da diferença entre a taxa de juro fixa do "leg" fixo do instrumento derivado e a taxa de juro variável indexante do "leg" variável do instrumento derivado.

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor dos instrumentos derivados ascenderam a uma perda líquida de 2.520.500 euros.

15 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o detalhe de Caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Caixa 813 -
Depósitos bancários 51.972.610 51.391.607
Aplicações de tesouraria - 34.997
Caixa e equivalentes de caixa no balanço 51.973.423 51.426.604
Descobertos bancários (Nota18) (461.760) (1.476.433)
Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de
caixa
51.511.663 49.950.171

Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras, incluídos no balanço na rubrica de Empréstimos bancários de curto prazo.

16 CAPITAL SOCIAL

Em 31 de Dezembro de 2009, o capital social, integralmente subscrito e realizado, está representado por 1.000.000.000 acções ordinárias (1.000.000.000 em 31 de Dezembro de 2008), com o valor nominal unitário de 1 euro.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o capital subscrito da sociedade era detido como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Sonae, SGPS, S.A. 82,48% 82,48%
Sonae Investments B.V 17,52% 17,52%

17 RESERVAS

Reservas legais

A sociedade constitui as suas reservas legais conforme estipulado no Código das Sociedades Comerciais. Em 2009 e2008 transferiu, respectivamente, para esta rubrica resultados no valor de 14.700.000 e 4.300.000 euros.

Outras reservas

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o detalhe de outras reservas era o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Reservas de cobertura (4.441.225) (3.316.342)
Outras reservas 831.226.646 664.814.565
826.785.421 661.498.223

Os movimentos ocorridos em 2009 e em 2008 nestas reservas estão detalhados na demonstração das alterações no capital próprio e na demonstração de rendimento integral.

As reservas de cobertura reflectem a parcela eficaz de variações de justo valor dos instrumentos derivados de cobertura de fluxos de caixa.

18 EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os empréstimos tinham o seguinte detalhe:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Valor nominal dos empréstimos obrigacionistas 992.000.000 1.006.925.000
Custos de emissão ainda não amortizados (4.516.975) (5.208.397)
Empréstimos obrigacionistas 987.483.025 1.001.716.603
Valor nominal empréstimos bancários 286.000.000 230.000.000
Custos de emissão ainda não amortizados (105.107) -
Empréstimos bancários 285.894.893 230.000.000
Empréstimos não correntes 1.273.377.918 1.231.716.603
Valor nominal dos empréstimos obrigacionistas 64.925.000 100.000.000
Custos de emissão ainda não amortizados (25.511) (21.389)
Empréstimos obrigacionistas 64.899.489 99.978.611
Empréstimos bancários 3.333.333 20.000.000
Custos de emissão ainda não amortizados (7.668) -
Descobertos bancários (Nota 15) 461.760 1.476.433
Empréstimos bancários 3.787.425 21.476.433
Empréstimos correntes 68.686.914 121.455.044

Os empréstimos e juros são reembolsáveis nos seguintes anos:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Capital Juros Capital Juros
2009 - - 121.476.433 66.148.798
2010 68.720.093 22.675.378 64.925.000 55.384.580
2011 93.333.334 17.482.871 82.000.000 53.519.269
2012 369.333.334 13.975.680 350.000.000 42.985.468
2013 204.333.334 10.596.713 155.000.000 32.794.303
2014 254.333.334 14.762.155 230.000.000 24.247.911
2015 356.666.663 5.455.730 355.000.000 13.070.720
1.346.720.092 84.948.526 1.358.401.433 288.151.049

Os montantes de juros foram calculados tendo em conta as taxas em vigor em cada financiamento a 31 de Dezembro.

A 31 de Dezembro de 2009 os empréstimos obrigacionistas podem ser resumidos como segue:

Modelo Continente – 2003 82.000.000
Modelo Continente - 2005/2010 64.925.000
Modelo Continente - 2005/2012 150.000.000
Modelo Continente - 2007/2012 200.000.000
Sonae Distribuição - 2007/2015 200.000.000
Sonae Distribuição Setembro - 2007/2015 310.000.000
Sonae Distribuição Setembro - 2009/2014 50.000.000

Empréstimo por obrigações – MODELO CONTINENTE - 2003

1.640.000 obrigações - Valor Nominal: 50 euros.

Prazo Máximo do Empréstimo: Será de 8 (oito) anos.

Taxa de Juro anual: A taxa de juro é variável, indexada à taxa EURIBOR a 6 meses.

Pagamento de Juros: Semestral e postecipado, com pagamentos em 15 de Abril e em 15 de Outubro de cada ano.

Reembolso: Será amortizado ao seu valor nominal, de uma só vez, no termo do prazo do empréstimo, em 15 de Outubro

  1. Não existe possibilidade de reembolso antecipado nem por parte da emitente nem por parte dos obrigacionistas.

Empréstimo por obrigações - MODELO CONTINENTE - 2005/2010

265 000 obrigações - Valor Nominal: 245 euros.

Prazo Máximo do Empréstimo: Será de 5 (cinco) anos.

Taxa de Juro anual: A taxa de juro é variável, indexada à taxa EURIBOR a 6 meses.

Pagamento de Juros: Semestral e postecipado, com pagamentos em 3 de Fevereiro e em 3 de Agosto de cada ano.

Reembolso: Será amortizado ao seu valor nominal, no final do 5º cupão de vida do empréstimo, ou seja, em 3 de Agosto de 2010, salvo se ocorrer reembolso antecipado.

Reembolso antecipado (Call-Option): O empréstimo poderá ser reembolsado antecipadamente por iniciativa da Emitente, total ou parcialmente, por redução ao valor nominal das obrigações, no 2º, 3º ou 4º ano de vida do empréstimo mediante o pagamento de um prémio de 0,125% sobre o valor reembolsado.

Em 3 de Agosto de 2007 a sociedade procedeu, de acordo com as condições de emissão, à amortização parcial das obrigações. A amortização será de 755 euros por obrigação, com um prémio a atribuir no montante de 0,94375 euros por obrigação.

Após amortização, o empréstimo reduziu-se para 64.925.000 euros, representado por 265.000 obrigações com o valor nominal de 245 euros cada.

Empréstimo por obrigações - MODELO CONTINENTE - 2005/2012

15.000.000 obrigações - Valor Nominal: 10 euros.

Prazo Máximo do Empréstimo: Será de 7 (sete) anos.

Taxa de Juro anual: A taxa de juro é variável, indexada à taxa EURIBOR a 6 meses. Pagamento de Juros: Semestral e postecipado com pagamento em 2 de Fevereiro e em 2 de Agosto de cada ano.

Reembolso: Ao par, na data de pagamento do 14º cupão, ou seja, em 2 de Agosto de 2012, salvo se ocorrer reembolso antecipado.

Reembolso antecipado (Call-Option): O empréstimo poderá ser reembolsado antecipadamente por iniciativa da Emitente, sem penalização, total ou parcialmente, por redução ao valor nominal das obrigações, nas datas de pagamento do 10º, 11º, 12º e 13º cupões.

Empréstimo por obrigações - MODELO CONTINENTE - 2007/2012

4.000 Obrigações – Valor Nominal: 50.000 euros.

Prazo Máximo do Empréstimo: Será de 5 (cinco) anos.

Taxa de Juro anual: A taxa de juro é variável, indexada à taxa EURIBOR a 6 meses. Pagamento de Juros: Semestral e postecipado com pagamentos em 30 de Abril e em 30 de Outubro de cada ano.

Reembolso: Ao par, na data de pagamento do 10º cupão, ou seja, em 30 de Abril de 2012. Não existe possibilidade de reembolso antecipado nem por parte da emitente nem por parte dos obrigacionistas.

Empréstimo por obrigações - SONAE DISTRIBUIÇÃO - 2007/2015

4.000.000 Obrigações – Valor Nominal: 50 euros.

Prazo Máximo do Empréstimo: Será de 8 (oito) anos.

Taxa de Juro anual: A taxa de juro é variável, indexada à taxa EURIBOR a 6 meses. Pagamento de Juros: Semestral e postecipado com pagamentos em 10 de Fevereiro e em 10 de Agosto de cada ano.

Reembolso: Ao par, na data de pagamento do 16º cupão, ou seja, em 10 de Agosto de 2015.

Reembolso antecipado (Call-Option): O empréstimo poderá ser reembolsado total e antecipadamente por iniciativa da Emitente, sem penalização, nas datas de pagamento do 10º, 12º, 14º cupões.

Empréstimo por obrigações - SONAE DISTRIBUIÇÃO SETEMBRO - 2007/2015

31.000.000 Obrigações – Valor Nominal: 10 euros.

Prazo Máximo do Empréstimo: Será de 8 (oito) anos.

Taxa de Juro anual: A taxa de juro é variável, indexada à taxa EURIBOR a 6 meses. Pagamento de Juros: Semestral e postecipado com pagamentos em 10 de Março e em 10 de Setembro de cada ano (cada uma Data de Pagamento de juros).

Reembolso: Ao par nos seguintes termos:

50% na data de pagamento do 12º cupão, ou seja, em 10 de Setembro de 2013;

50% na data de pagamento do 16º cupão, ou seja, em 10 de Setembro de 2015.

Reembolso antecipado (Call-Option): O empréstimo poderá ser reembolsado antecipadamente por iniciativa da Emitente, sem penalização, total ou parcialmente, por redução ao valor nominal das obrigações, nas 10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª e 15ª datas de pagamento de juros.

Reembolso antecipado extraordinário (Call-Option): até ao final do 18º mês de vida do empréstimo nas seguintes condições:

(i) o empréstimo poderá ser reembolsado total ou parcialmente, sem penalizações, em cada Data de Pagamento de Juros; (ii) o empréstimo poderá ser reembolsado total ou parcialmente, sujeito a Breakage Costs, com 30 dias de pré-aviso no decurso de cada período de juros.

Empréstimo por obrigações - SONAE DISTRIBUIÇÃO - 2009/2014

1.000 Obrigações – Valor Nominal: 50.000 euro.

Prazo Máximo do Empréstimo: Será de 5 (cinco) anos.

Taxa de Juro anual: A taxa de juro é variável, indexada à taxa EURIBOR a 6 meses.

Pagamento de Juros: Semestral e postecipado com pagamentos em 18 de Março e em 18 de Setembro de cada ano.

Reembolso: será efectuado em 6 (seis) prestações semestrais sucessivas, a partir da 5ª Data de Pagamento de Juros,

(cada uma, uma "Prestação de Reembolso"), inclusive, e sempre em data coincidente com uma Data de Pagamento de

Juros, por redução ao valor nominal, de acordo com o seguinte plano de reembolsos:

i) € 8.000.000 (oito milhões de Euro), na 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Datas de Pagamento de Juros;

ii) € 10.000.000 (dez milhões de Euro), na 10ª Data de Pagamento de Juros.

Não existe possibilidade de reembolso antecipado nem por parte da emitente nem por parte dos obrigacionistas.

Empréstimo por obrigações - MODELO CONTINENTE - 2004

O empréstimo obrigacionista Modelo Continente - 2004, no montante de 100.000.000 euros, foi reembolsado em 18 de Março de 2009, conforme condições de emissão.

Os montantes de instrumentos financeiros destinados a cobrir as carências de tesouraria disponíveis a 31 de Dezembro de 2009 e 2008 podem ser resumidas como se segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Inferior a 1 ano Superior a 1 ano Inferior a 1 ano Superior a 1 ano
Montante de Linhas Contratadas 332.870.074 475.000.000 308.370.074 400.000.000
Montante de Linhas Disponíveis 322.219.603 204.000.000 286.893.641 170.000.000

A rubrica de empréstimos bancários inclui um empréstimo contratado durante o mês de Março de 2009, no montante total de 20.000.000 euros, dos quais 15.000.000 euros se encontram registados em não correntes e 3.333.333 euros em correntes.

Os montantes considerados em instrumentos financeiros com compromisso superior a 1 ano são programas de papel comercial com garantia de colocação com um prazo de 5 anos.

Dado que é intenção de manter a utilização desta forma de financiamento por um período superior a 1 ano, a Empresa classificou os montantes utilizados como não correntes.

A taxa de juro em vigor 31 de Dezembro 2009 dos empréstimos obrigacionistas e empréstimos bancários era em média cerca de 1,65% (5,59% em 31 de Dezembro 2008).

19 FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica de fornecedores apresenta valores a liquidar num prazo não superior a 90 dias, resultantes de aquisições decorrentes da actividade normal da empresa.

20 OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica Outros passivos correntes tinha o seguinte detalhe:

Acréscimo de Custos 31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Remunerações a liquidar 320.833 330.879
Responsabilidade por prémios de desempenho diferido (Nota 21) 534.932 200.930
Juros a liquidar 8.073.177 23.610.332
Outros 29.484 158.044
8.958.426 24.300.185

21 RESPONSABILIDADE POR BÓNUS DE DESEMPENHO DIFERIDOS

A Empresa, em 2009 e em anos anteriores, concedeu ao Conselho de Administração e a colaboradores prémios de desempenho diferidos sob a forma de acções, a adquirir a custo zero, três anos após a sua atribuição. A sociedade tem o direito de entregar em substituição de acções o valor equivalente em dinheiro. O exercício dos direitos só ocorre se o colaborador estiver ao serviço na data de vencimento. Estas responsabilidades são valorizadas nos termos da Nota 2.6.

Em 31 de Dezembro de 2009, os planos em aberto são os seguintes:

Período de diferimento
Data de
atribuição
Data de
vencimento
Nº participantes Nº de acções
Plano 2006 2007 2010 1 191.970
Plano 2007 2008 2011 1 304.828
Plano 2008 2009 2012 1 659.028

A responsabilidade para os planos de acções acima referidos encontra-se calculada por referência à cotação da Sonae, SGPS, SA à data de 31 de Dezembro de 2009, sendo os planos vigentes considerados como tendo liquidação financeira.

22 PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

Em 31 de Dezembro de 2009 o movimento ocorrido na rubrica Provisões e perdas por imparidade acumuladas foi como se segue:

Saldo Inicial Aumentos Saldo Final
Imparidade em investimentos (Nota 5) 45.868.497 - 45.868.497
Imparidade em devedores diversos (Nota11) - 539.611 539.611

23 ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o detalhe de activos e passivos contingentes era o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Garantias Prestadas:
por processos fiscais em curso (a) 95.643.815 53.558.849
por processos autárquicos em curso 289.380 289.380
outras 10.761.324 14.633.113
Fiança prestada favor de subsidiária (b) 46.893.361 -

a) Inclui o montante de 93.656.434 euros (51.519.330 euros em 31 de Dezembro de 2008) relativas a processos de IRC e o de 1.985.386 (igual montante em 31 de Dezembro de 2008) euros relativas a processos de Imposto do Selo.

b) Fiança prestada à Administração Fiscal a favor de subsidiária para efeito de suspensão de processo fiscal.

Não foi criada qualquer provisão para fazer face a eventuais riscos relacionados com os diferendos para os quais foram prestadas garantias, por ser entendimento do Conselho de Administração que da resolução dos referidos diferendos não resultarão quaisquer passivos para a Sociedade.

A Empresa garantiu o cumprimento das obrigações assumidas pela Sonae Capital Brasil, SA no âmbito da alienação de uma subsidiária no Brasil relacionadas com a resolução de processos de natureza fiscal envolvendo a subsidiária alienada, conforme descrito na Nota de Activos e passivos contingentes do Anexo às demonstrações financeiras consolidadas.

24 PARTES RELACIONADAS

Os saldos e transacções mais significativos efectuados com entidades relacionadas, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, foram:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Transacções:
Empresas subsidiárias 1.000.000 1.000.000
Empresas associadas 627.527 590.069
Prestação de serviços 1.627.527 1.590.069
Empresa Mãe
Empresas subsidiárias 1.648.641 3.046.747
Empresas controladas conjuntamente - 25.000
Entidades parceiras, accionistas e participadas - 2.674
Outros proveitos operacionais 1.648.641 3.074.421
Empresa Mãe 15.837 120.748
Empresas subsidiárias 69.262.911 90.285.103
Empresas controladas conjuntamente 255.178 148.517
Juros auferidos 69.533.926 90.554.368
Empresa Mãe 446.080 176.861
Empresas subsidiárias 11.830.371 8.257.961
Empresas controladas conjuntamente 18.250 6.516
Juros suportados 12.294.701 8.441.338
Empresas subsidiárias 1.050.860 255.629.909
Empresas associadas 261.660 -
Dividendos recebidos 1.312.520 255.629.909
Empresas subsidiárias 55.416.000 -
Alienação investimentos financeiros 55.416.000 -
Saldos:
Empresa Mãe 15.837 -
Empresas subsidiárias 154.762.925 60.685.244
Empresas controladas conjuntamente 111.531 53.601
Empresas associadas 165.716 350.200
Entidades parceiras, accionistas e participadas 192 56.028
Contas a receber 155.056.201 61.145.073
Empresa Mãe 447.617 -
Empresas subsidiárias 6.597.394 2.620.583
Empresas controladas conjuntamente 9.678 16.866
Entidades parceiras, accionistas e participadas 142 17.065
Contas a pagar 7.054.831 2.654.514
Empresas subsidiárias 1.151.916.978 1.521.713.780
Empresas controladas conjuntamente 5.359.543 5.197.000
Empréstimos concedidos (Nota 34) 1.157.276.521 1.526.910.780
Empresas subsidiárias 338.040.379 568.584.000
Empresas controladas conjuntamente 38.000 252.000
Empréstimos obtidos (Nota 34) 338.078.379 568.836.000

Consideram-se partes relacionadas todas as subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas pertencentes ao Grupo Sonae, SGPS, SA e Efanor Investimentos, SGPS, SA conforme descrito no anexo consolidado.

Durante o exercício foram concedidas operações de tesouraria à Sonae SGPS, SA, no montante global de 143.824.000 Euros (280.997.000 euros em 2008), os quais foram liquidadas durante o exercício; bem como foram obtidas operações de tesouraria da Sonae SGPS, S.A no montante de 443.340.000 euros (85.500.000 euros em 2008), as quais foram igualmente liquidadas durante o exercício.

Em 2009 e 2008, não ocorreram transacções com os Administradores da sociedade nem lhes foram concedidos empréstimos.

A remuneração dos membros do Conselho de Administração nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, tem a seguinte composição:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Remuneração fixa 461.960 468.560
Remuneração variável de curto prazo 190.900 204.040
Remuneração variável de médio prazo 290.200 333.000
943.060 1.005.600

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 não existiam saldos com os administradores da sociedade.

25 PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

O montante relativo a prestações de serviços corresponde a valores facturados por serviços prestados a empresas do Grupo Sonae Investimentos em Portugal.

26 GANHOS OU PERDAS RELATIVOS A INVESTIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o detalhe dos resultados relativos a investimentos era o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Dividendos 1.312.520 255.629.909
Ganhos na alienação de investimentos 54.125.788 -
Perdas de imparidade de investimentos - (7.300.000)
55.438.308 248.329.909

O montante registado na rubrica "Ganhos na alienação de investimentos" corresponde à alienação de participações identificadas na nota 5.

27 PROVEITOS E GANHOS / CUSTOS E PERDAS FINANCEIRAS

Os resultados financeiros nos exercícios de 2009 e 2008 têm a seguinte decomposição:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Juros obtidos
relativos a depósitos bancários 52.216 59.530
relativos a empréstimos concedidos de empresas do grupo 62.728.447 90.554.368
relativos a derivados cobertura 762.600 -
outros 6.820.197 2.613.793
Outros proveitos e ganhos financeiros - 273
Proveitos e ganhos financeiros 70.363.460 93.227.964
Juros suportados
relativos a descobertos e empréstimos bancários (8.561.485) (13.760.219)
relativos a obrigações não convertíveis (31.798.404) (59.690.981)
relativos a derivados cobertura (3.283.100) (131.509)
relativos a empréstimos obtidos de empresas do grupo (12.294.701) (8.441.338)
outros (16) (273)
Diferenças de câmbio desfavoráveis:
outros - (23)
Outros custos e perdas financeiras:
encargos de emissão de dívida (3.195.746) (2.378.916)
outros (197.006) (141.941)
Custos e perdas financeiras (59.330.458) (84.545.200)
Resultados financeiros 11.033.002 8.682.764

28 OUTROS PROVEITOS

A repartição dos outros proveitos nos exercícios de 2009 e 2008 é a seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Recuperação de encargos (a) 1.683.427 3.137.897
Ganhos em imobilizações incorpóreas - 539.611
Outros proveitos operacionais 271.803 70.225
1.955.230 3.747.733

a) Proveitos relativos a custos assumidos por conta das participadas e posteriormente redebitados (Nota 30).

29 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 o detalhe de fornecimentos e serviços externos era o seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Seguros 749.644 986.150
Trabalhos especializados 546.173 713.398
Outros fornecimentos e serviços 77.589 129.825
1.373.406 1.829.373

30 OUTROS CUSTOS

A repartição dos outros custos nos exercícios de 2009 e 2008 é a seguinte:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Impostos Indirectos 1.930.856 2.955.438
Serviços Bancários 353.769 217.798
Outros 18.636 16.960
2.303.261 3.190.196

O montante de impostos indirectos suportados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 corresponde, fundamentalmente, a custos com taxas para abertura de lojas de retalho os quais foram posteriormente redebitados às Empresas do Grupo que detêm a exploração dessas novas lojas (Nota 28).

31 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos no exercício de 2009 e 2008 são detalhados como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Imposto corrente (3.025.772) (448.981)
Imposto diferido 135.076 9.982.755
Total (2.890.696) 9.533.774

A reconciliação do resultado antes de impostos com o imposto do exercício em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Resultado antes de Imposto 64.649.061 256.578.307
Taxa de Imposto 25,00% 25,00%
16.162.265 64.144.577
Utilização de perdas fiscais anteriormente não reconhecidas - (10.858.858)
Perdas de Imparidade não aceites fiscalmente - 1.825.000
Insuficiência / (Excesso) de estimativa de imposto 484.936 (55.645)
Diferencial entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas (13.531.447) -
Efeito de Dividendos não sujeitos a tributação (328.130) (64.524.216)
Outros 103.071 1.752.650
Benefícios fiscais - (1.817.281)
Imposto sobre o Rendimento 2.890.696 (9.533.774)

32 RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção do exercício foram calculados, tendo em consideração os seguintes montantes:

31.Dezembro.2009 31.Dezembro.2008
Resultados
Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por acção
básico (resultado líquido do exercício)
61.758.365 266.112.081
Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por acção
diluído
61.758.365 266.112.081
Número de acções
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do
resultado líquido por acção básico
1.000.000.000 1.000.000.000
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do
resultado líquido por acção diluído
1.000.000.000 1.000.000.000
Resultado por acção (básico e diluído) 0,062 0,266

Não existem instrumentos convertíveis sobre acções da Sonae Investimentos, SGPS, SA, pelo que não existe diluição dos resultados.

Conforme Assembleia Geral de Accionistas de 1 de Abril de 2009, foram atribuídos 85.000.000,00 euros, a título de dividendos, os quais foram pagos durante o exercício.

33 APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 15 de Março de 2010.

34 CUMPRIMENTO DE DISPOSIÇÕES LEGAIS

Decreto-Lei nº 318/94 art. 5º nº 4

Durante o período findo a 31 de Dezembro de 2009 foram celebrados contratos de Suprimentos com as seguintes empresas:

Azulino Imobiliária, SA Bertimóvel – Sociedade Imobiliária, SA Canasta – Empreendimentos Imobiliários, SA Chão Verde – Sociedade de Gestão Imobiliária, SA Citorres - Sociedade Imobiliária, SA Contibomba – Comércio e Distribuição de Combustíveis, SA Contimobe – Imobiliária Castelo Paiva, SA Continente Hipermercados, SA

Cumulativa – Sociedade Imobiliária, SA Igimo - Sociedade Imobiliária, SA Iginha – Sociedade Imobiliária, SA Imomuro – Sociedade Imobiliária, SA Imoresultado – Sociedade Imobiliária, SA Infofield - Informática, SA MJLF – Empreendimentos Imobiliários, SA Selifa – Sociedade de Empreendimentos Imobiliários, SA Sempre à Mão – Sociedade Imobiliária, SA Sesagest - Projectos e Gestão Imobiliária, SA Sociloures – Sociedade Imobiliária, SA Soflorin, B.V. Sonae - Retail Properties, SA Sondis Imobiliária, SA Sontária – Empreendimentos Imobiliários, SA Sportzone – Comércio de Artigos de Desporto, SA

Durante o período findo a 31 de Dezembro de 2009 foram celebrados contratos de Operações de tesouraria com as seguintes empresas:

Azulino Imobiliária, SA BB Food Service, SA Bertimóvel – Sociedade Imobiliária, SA Canasta - Empreendimentos Imobiliários, SA Carnes do Continente – Indústria e Distribuição de Carnes, SA Chão Verde - Sociedade de Gestão Imobiliária, SA Contibomba – Comércio e Distribuição de Combustíveis, SA Contimobe – Imobiliária Castelo Paiva, SA Continente Hipermercados, SA Cumulativa - Sociedade Imobiliária, SA Difusão – Sociedade Imobiliária, SA Edições Book.it – SA Estevão Neves – Hipermercados da Madeira, SA Farmácia Selecção, SA Fozimo – Sociedade Imobiliária, SA Fozmassimo – Sociedade Imobiliária, SA Global S – Hipermercados, SA Good and Cheap - Comércio Retalhista, SA Hipotética - Comércio Retalhista, SA Igimo – Sociedade Imobiliária, SA Iginha – Sociedade Imobiliária, SA Imoconti – Sociedade Imobiliária, SA

Imoestrutura – Sociedade Imobiliária, SA Imomuro - Sociedade Imobiliária, SA Imoresultado – Sociedade Imobiliária, SA Imosistema - Sociedade Imobiliária, SA Infofield - Informática, SA MJLF - Empreendimentos Imobiliários, SA Modalfa – Comércio e Serviços, SA Modaloop - Vestuário e Calçado, SA Modelo Continente Hipermercados, SA Modelo Continente Seguros – Sociedade de Mediação, Lda. NA – Comécio e artigos de Desporto, SA Nova Equador P.C.O Organização de Eventos, Sociedade Unipessoal, Lda Predicomercial – Promoção Imobiliária, SA Raso - SGPS, SA Raso - Viagens e Turismos, SA Selifa - Sociedade de Empreendimentos Imobiliários, SA Sempre à Mão – Sociedade Imobiliária, SA Sesagest – Projectos e Gestão Imobiliária, SA Socijofra – Sociedade Imobiliária, SA Sociloures – Sociedade Imobiliária, SA Solaris – Supermercados, SA Sonae - Specialized Retail, SGPS, SA Sonae, SGPS, SA Sonae - Retail Properties, SA Sondis - Sociedade Imobiliária, S.A Sontária – Empreendimentos Imobiliários, SA Sportzone – Comércio de Artigos de Desporto, SA Tlantic Portugal - Sistemas de Informação, SA Valor N, SA Well W - Electrodomésticos e Equipamentos, SA

Worten – Equipamentos para o Lar, S A.

As respectivas posições credoras em 31 de Dezembro de 2009 são as seguintes:

Empréstimos concedidos correntes (Nota 10) e não correntes (Nota 8):

Empresa Saldo final
Azulino - Imobiliária, SA 3.937.256
BB Food Service, SA 1.571.000
Bertimóvel - Sociedade Imobiliária, SA 19.531.000
Canasta - Empreendimentos Imobiliários, SA 2.598.000
Chão Verde - Sociedade de Gestão Imobiliária, SA 2.470.584
Citorres - Sociedade Imobiliária, SA 3.490.000
Contibomba - Comércio e Distribuição de Combustíveis, SA 69.000
Contimobe - Imobiliária Castelo Paiva, SA 66.914.000
Continente Hipermercados, SA 149.422.888
Cumulativa - Sociedade Imobiliária, SA 2.813.000
Difusão - Sociedade Imobiliária, SA 24.851.000
Edições Book.it - SA 1.597.000
Farmácia Selecção, SA 2.305.000
Fozimo – Sociedade Imobiliária, SA 1.657.000
Fozmassimo - Sociedade Imobliária, SA 1.152.000
Good and Cheap - Comércio Retalhista, SA 6.263.000
Hipotética - Comércio Retalhista, SA 836.000
Igimo – Sociedade Imobiliária, SA 618.000
Iginha – Sociedade Imobiliária, SA 13.015.500
Imoconti – Sociedade Imobiliária, SA 16.588.015
Imoestrutura - Sociedade Imobiliária, SA 400.000
Imomuro - Sociedade Imobiliária, SA 4.026.897
Imoresultado – Sociedade Imobiliária, SA 423.000
Imosistema - Sociedade Imobiliária, SA 4.339.000
MJLF - Empreendimentos Imobiliários, SA 3.527.000
Modelo Continente Hipermercados, SA 10.000
Modelo Continente Seguros - Sociedade de Mediação, Lda 4.508.000
Predicomercial - Promoção Imobiliária, SA 10.360.000
Raso, S.G.P.S., SA 5.359.543
Selifa - Sociedade de Empreendimentos Imobiliários, SA 3.719.926
Sempre à Mão - Sociedade Imobiliária, SA 37.705.128
Sesagest - Projectos e Gestão Imobiliária, SA 32.745.348
Socijofra - Sociedade Imobiliária, SA 7.450.000
Sociloures - Sociedade Imobiliária, SA 28.216.022
Soflorin, B.V. 332.459.926
Solaris Supermercados, SA 562.000
Sonae - Specialized Retail, SGPS, SA 81.418.000
Sonae Retalho España, SA 235.002
SonaeRP - Retail Properties, SA 246.338.000
Sondis Imobiliária, SA 24.897.160
Sontária - Empreendimentos Imobiliários, SA 2.683.326
Valor N, SA 4.194.000
1.157.276.521

Dos montantes acima, 1.000.150.633 euros encontram-se registados como activos não correntes.

As respectivas posições devedoras relativas aos contratos mencionados à data de 31 de Dezembro de 2009 eram como se segue:

Empréstimos obtidos correntes (Nota 10):

Empresa Saldo final
Carnes Continente - Indústria e Distribuição de Carnes, SA 720.000
Efanor - Design e Serviços, SA 2.371.000
Estêvão Neves - Hipermercados da Madeira, SA 17.470.000
Marcas MC, ZRT 48.685.379
Modelo Continente Hipermercados, SA 156.155.000
Modelo Hiper - Imobiliária, SA 1.848.000
Modelo.Com - Vendas por Correspondência, SA 10.469.000
Raso - Viagens e Turismos, SA 38.000
Tlantic Portugal - Sistemas de Informação, SA 70.000
Todos os Dias - Comércio Ret. e Expl. de Centros Comerciais, SA 364.000
Worten - Equipamentos para o Lar, SA 99.888.000
338.078.379

O Conselho de Administração

Duarte Paulo Teixeira de Azevedo (Presidente)

Nuno Manuel Moniz Trigoso Jordão (CEO)

Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério

Álvaro Carmona e Costa Portela

Certificação Legar de Contas e Relatório de Auditoria

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA

Introdução

  1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e o Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada e individual contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras consolidadas e individuais anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 da Sonae Investimentos, S.G.P.S., S.A. ("Empresa" anteriormente denominada Sonae Distribuição, SGPS, S.A. – Nota 1), as quais compreendem os Balanços Consolidado e Individual (que evidenciam um total de 3.962.776.581 Euros e 3.726.191.963 Euros, respectivamente e capitais próprios consolidados e individuais de 1.046.560.275 Euros e 2.002.543.786 Euros, respectivamente, incluindo um resultado líquido consolidado atribuível aos accionistas da Empresa de 138.171.091 Euros e um resultado líquido individual de 61.758.365 Euros), as Demonstrações Consolidadas e Individuais dos Resultados e do Rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

    1. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa; (i) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas e individuais que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado e individual das suas operações, o rendimento integral consolidado e individual, as alterações no capital próprio consolidado e individual e os seus fluxos de caixa consolidados e individuais; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade da Empresa e do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados e rendimento integral.
    1. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira consolidada e individual contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

  1. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas e individuais estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras consolidadas e individuais e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação, a aplicação do método da equivalência patrimonial e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas e individuais, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do

Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas consolidadas e individuais. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

  1. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas e individuais referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada e individual da Sonae Investimentos, S.G.P.S., S.A. em 31 de Dezembro de 2009, o resultado consolidado e individual das suas operações, o rendimento integral consolidado e individual, as alterações nos seus capitais próprios consolidados e individuais e os seus fluxos de caixa consolidados e individuais no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia e a informação nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Porto, 15 de Março de 2010

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por António Manuel Martins Amaral

_____________________________________________

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Aos Accionistas da Sonae Investimentos, SGPS, SA

1 – Relatório

1.1 - Introdução

Em cumprimento das disposições legais e estatutárias aplicáveis e de acordo com os termos do mandato que nos foi conferido, o Conselho Fiscal emite o presente relatório sobre a acção fiscalizadora desenvolvida e, bem assim, o parecer sobre o relatório de gestão e as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009.

1.2 – Fiscalização

No decurso do exercício em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou nos termos da sua competência a gestão da sociedade e das suas participadas, analisou com a extensão aconselhável a evolução dos negócios sociais, a regularidade dos registos contabilísticos, a qualidade do processo de preparação e divulgação da informação financeira e das respectivas políticas contabilísticas e critérios valorimétricos, a eficácia dos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno e, bem assim, a observância dos normativos legais e estatutários.

Para o efeito, o Conselho Fiscal efectuou reuniões com a frequência adequada, nas quais contou com a presença de responsáveis dos departamentos de Planeamento e Controlo de Gestão, dos Serviços Administrativos e da Contabilidade, de Assuntos Fiscais, de Auditoria Interna e Gestão de Risco, do Revisor Oficial de Contas e Auditor Externo Deloitte & Associados, SROC, SA.

O Conselho Fiscal analisou com particular atenção o tratamento contabilístico das operações que, materialmente, influenciaram o desenvolvimento da actividade expressa nas demonstrações financeiras em apreço, exerceu as suas competências quanto às qualificações e independência do Auditor Externo e do Revisor Oficial de Contas e apreciou o planeamento e os resultados da actividade dos auditores internos.

No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou o relatório de gestão e demais documentos de prestação de contas individuais e consolidadas, considerando que a informação divulgada satisfaz as normas legais em vigor e é apropriada para a compreensão da posição financeira e dos resultados da sociedade e do universo de consolidação, e procedeu à apreciação da certificação legal das contas e relatório de auditoria que mereceu o seu acordo.

2 – Parecer

Em face do exposto, o Conselho Fiscal é de opinião que o relatório de gestão, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, bem como a proposta de aplicação dos resultados do exercício, documentos apresentados pelo Conselho de Administração, estão em conformidade com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que recomenda a sua aprovação pelos Accionistas.

3 – Declaração de responsabilidade

De acordo com o disposto no art. 8º, nº 1, alínea a) do Regulamento da CMVM nº 5 / 2008 e nos termos previstos na alínea c) do nº 1 do artº 245º do Código de Valores Mobiliários, informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento, a informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Sonae Investimentos, SGPS, SA e das empresas incluídas no perímetro de consolidação e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira da Sonae Investimentos, SGPS, SA e das empresas incluídas no perímetro de consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Matosinhos, 16 de Março de 2010

O Conselho Fiscal,

UHY & Associados, SROC, Lda., representada por António Francisco Barbosa dos Santos

Arlindo Dias Duarte Silva

Óscar José Alçada da Quinta

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