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Corticeira Amorim

Annual Report Mar 12, 2008

1912_10-k_2008-03-12_c102fc62-63ba-4691-9377-24176a1cc97e.pdf

Annual Report

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CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

Sociedade Aberta Capital social: € 133 000 000,00 Pessoa colectiva e matrícula número 500 077 797 Conservatória do Registo Comercial de Santa Maria da Feira Apartado 20 - Rua de Meladas, nº 380 – 4536-902 MOZELOS VFR CODEX

Propostas para discussão em Assembleia Geral, designadamente os documentos de prestação de contas do exercício de 2007

ASSEMBLEIA GERAL ANUAL DE 28 DE MARÇO DE 2008 – 12 HORAS PRIMEIRO PONTO DA ORDEM DE TRABALHOS PROPOSTA

O Conselho de Administração da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A.,

propõe

que os Senhores Accionistas deliberem aprovar o relatório de gestão e as contas do exercício de 2007.

Meladas – Mozelos – Santa Maria da Feira 25 de Fevereiro de 2008

Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A. O Conselho de Administração

ASSEMBLEIA GERAL ANUAL DE 28 DE MARÇO DE 2008 – 12 HORAS SEGUNDO PONTO DA ORDEM DE TRABALHOS PROPOSTA

O Conselho de Administração da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A.,

propõe

que os Senhores Accionistas deliberem aprovar o relatório consolidado de gestão e as contas consolidadas do exercício de 2007.

Meladas – Mozelos – Santa Maria da Feira 25 de Fevereiro de 2008

Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A. O Conselho de Administração

ASSEMBLEIA GERAL ANUAL DE 28 DE MARÇO DE 2008 – 12 HORAS TERCEIRO PONTO DA ORDEM DE TRABALHOS PROPOSTA

O Conselho de Administração da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A.,

Tendo em conta que o resultado líquido, apurado segundo as contas sociais no final do exercício de 2007, é negativo no valor de € 1.987.222,40 (um milhão, novecentos e oitenta e sete mil, duzentos e vinte e dois euros e quarenta cêntimos) e a existência de reservas distribuíveis no montante de € 46.677.307,07 (quarenta e seis milhões, seiscentos e setenta e sete mil, trezentos e sete euros e sete cêntimos),

propõe

    1. que os Senhores Accionistas deliberem aprovar que o referido resultado líquido negativo, no valor de € 1.987.222,40 (um milhão, novecentos e oitenta e sete mil, duzentos e vinte e dois euros e quarenta cêntimos), seja transferido para a conta "Resultados Transitados".
    1. que seja distribuído como dividendos o montante de € 7.980.000,00 (sete milhões, novecentos e oitenta mil euros), parte do existente na rúbrica "Reservas Livres", a que corresponde a um valor de € 0,06 (seis cêntimos) por acção.
  • que seja transferido para a conta "Resultados Transitados", o montante de € 38.697.307,07 (trinta e oito milhões, seiscentos e noventa e sete mil, trezentos e sete euros e sete cêntimos), parte existente na rúbrica "Reservas Livres".

Meladas – Mozelos – Santa Maria da Feira 25 de Fevereiro de 2008

Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A. O Conselho de Administração

ASSEMBLEIA GERAL ANUAL DE 28 DE MARÇO DE 2008 – 12 HORAS SEXTO PONTO DA ORDEM DE TRABALHOS PROPOSTA

O Conselho de Administração da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A.,

propõe,

que a Assembleia Geral delibere, sob a égide do Artº 319º do Código das Sociedades Comerciais, a aquisição pela sociedade de acções próprias, nos termos seguintes:

  • a) Número máximo de acções a adquirir: até ao limite correspondente a 10% (dez por cento) do capital social;
  • b) Prazo durante o qual a aquisição pode ser efectuada: 18 (dezoito) meses a contar da presente deliberação;
  • c) Formas de aquisição: aquisição na Bolsa ou Fora da Bolsa;
  • d) Contrapartidas mínima e máxima das aquisições: o preço de aquisição das acções deverá conter-se entre o valor mínimo de 50 (cinquenta) cêntimos e máximo de 5 (cinco) euros.

Meladas – Mozelos – Santa Maria da Feira 25 de Fevereiro de 2008

Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A., O Conselho de Administração

ASSEMBLEIA GERAL ANUAL DE 28 DE MARÇO DE 2008 – 12 HORAS SÉTIMO PONTO DA ORDEM DE TRABALHOS PROPOSTA

O Conselho de Administração da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A.,

propõe,

que a Assembleia Geral delibere, sob a égide do Artº 320º do Código das Sociedades Comerciais, a alienação pela sociedade de acções próprias, nos termos seguintes:

  • a) Número de acções a alienar: até ao limite correspondente a 10% (dez por cento) do capital social;
  • b) Prazo durante o qual a alienação pode ser efectuada: 18 (dezoito) meses a contar da presente deliberação;
  • c) Formas de alienação: alienação na Bolsa ou Fora da Bolsa;
  • d) Contrapartida das alienações: o preço mínimo de alienação será de € 1,00 (um euro) por acção.

Meladas – Mozelos – Santa Maria da Feira 25 de Fevereiro de 2008

Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A., O Conselho de Administração

CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

CONTAS CONSOLIDADAS (Auditadas)

Ano 2007

CORTICEIRA AMORIM; S.G.P.S., S.A. Sociedade Aberta

Capital Social: EUR 133 000 000,00 C.R.C. Sta. Maria da Feira NIPC e Matrícula n.º: PT 500 077 797 Edifício Amorim I Rua de Meladas, n.º 380 Apartado 20 4536-902 MOZELOS VFR PORTUGAL

Tel.: 22 747 54 00 Fax: 22 747 54 07

Internet: www.corticeiraamorim.com E-mail: cort [email protected] Senhores Accionistas,

A CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A,, Sociedade Aberta, vem, nos termos da lei, apresentar o:

RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO

1. EVOLUÇÃO MACROECONÓMICA EM 2007

1.1. Apreciação Global

A Economia Mundial terá registado em 2007 um crescimento acentuado, estima-se 4,9%, dando continuidade ao mais longo período de crescimento acima da fasquia de 4,0%. Ainda assim, duas realidades diversas compuseram o exercício – até Julho, a conjuntura mostrava-se favorável, tirando partido do momentum no comércio internacional (estima-se que tenha registado uma taxa de 7,5% de crescimento vs. 8,0% no ano anterior) e permitia antever apenas um ligeiro abrandamento económico nas economias desenvolvidas; pelo contrário, depois do despoletar da crise a nível do crédito imobiliário de alto risco nos EUA, a turbulência, a incerteza e a volatilidade passaram a dominar os mercados financeiros, gerando, em fases sucessivas, uma crise de confiança, uma contracção a nível dos mercados de crédito, e uma grave crise no mercado financeiro. O processo de repricing do risco tornou-se evidente. Com o evoluir da situação, o impacto a nível macroeconómico passou a ser notório, conduzindo a um abrandamento económico mais acentuado, sobretudo nos Estados Unidos. A economia do Japão evoluiu de forma moderada, enquanto a Zona Euro registou um crescimento ligeiramente acima do seu potencial de médio e longo prazo. As economias emergentes pautaram-se por elevados e crescentes ritmos de actividade, com especial relevo para os desempenhos da China e Índia, beneficiando de "forte momentum da procura doméstica, enquadramento mais disciplinado a nível de políticas macroeconómicas e, no caso dos exportadores de commodities, de preços altos de alimentos e factores energéticos"1. Surpreendentemente, passaram incólumes à instabilidade nos mercados financeiros, estimando-se que tenham contribuído com dois terços do crescimento mundial. A inflação seguiu tendência altista, abrangendo a generalidade das economias.

1.2. Zona Euro

A Zona Euro terá crescido ao ritmo de 2,7%, apenas uma décima abaixo do observado em 2006. O crescimento económico foi liderado pela Procura Doméstica mas beneficiou ainda de um contributo importante das Exportações Líquidas. O Consumo Privado, inicialmente suportado pelas melhorias a nível do mercado de trabalho, acabou por perder vigor na segunda metade do ano enquanto o investimento terá registado um incremento marginalmente inferior ao observado em 2006, estima-se, em torno de 4,7%. A sua maior economia, a Alemanha, não registou o impacto negativo que se receava em virtude do aumento do IVA em início de 2007, antes evoluindo a um ritmo superior a 2,0%. Foi beneficiária da procura externa originária da Ásia. A Espanha terá registado um crescimento de 3,8%, o ritmo mais elevado das quatro economias mais representativas da UEM. O BCE manteve a política de incrementos trimestrais de 0,25% na taxa directora, que já vinha de 2006. Em Junho de 2007, procedeu a um novo incremento e, na altura, deixou implícito um aumento adicional em Setembro. As alterações, entretanto ocorridas, nos mercados financeiros conduziram à opção pela manutenção de taxas a 4,0%, com 200 pontos

1 in "IMF Sees World Growth Slowing, With U.S. Marked Down", World Economic Outlook, 29 Jan 2008

base. acumulados no ci clo de subida. As Finanças Públicas terão registado um défice de 0,8% do PIB, praticamente metade do observado em 2006. A Inflação terá registado 2,1%, de novo, e pelo oitavo ano consecutivo, acima da meta definida para a estabilidade de preços, enquanto o Desemprego terá diminuído para mínimos de quinze anos, apontando-se para uma taxa em torno de 7,0%.

1.3. Estados Unidos da América

Os Estados Unidos da América terão crescido em 2007 a uma taxa estimada de 2,2%, evidenciando o impacto da correcção a nível do sector Imobiliário que se tinha iniciado já no segundo trimestre de 2006. Ainda assim, denotaram uma resiliência superior ao antecipado há um ano atrás, com especial incidência no segundo e terceiro trimestres do ano. A política monetária seguiu duas fases distintas – até Setembro, pautou-se pela estabilidade de condições (FED Funds a 5,25%, nível que se observava desde Agosto de 2006); a partir de então, em reacção à degradação das condições nos mercados financeiros e ao receio que essa instabilidade tivesse impacto acentuado na economia, observaram-se cortes sucessivos de taxas, conduzindo a taxa principal até 4,25%. O decréscimo observado a nível do contributo da Procura Doméstica para o PIB (condicionada pela contracção a nível do Investimento, sobretudo o Residencial) foi parcialmente compensada pelo facto das Exportações Líquidas terem, pela primeira vez desde 1995, passado a contribuir positivamente para o crescimento económico. Ainda assim, o Consumo Privado continuou a ser a pedra basilar do crescimento económico, registando um incremento estimado de 3,0%. A inflação evoluiu moderadamente, estimando-se que tenha registado 2,7%. O Mercado de Trabalho manteve uma performance positiva e inesperada, perdendo vigor apenas no final do ano. A Taxa de Desemprego estimada terá rondado os 4,6%, depois de um mínimo cíclico de 4,4% registado em Março. O défice externo evidenciou os efeitos conjuntos de um USD a desvalorizar, uma diminuição da procura doméstica e do crescimento acentuado em diversos mercados de exportação, registando uma diminuição do nível de 6,1% do PIB em 2006 para valores inferiores a 5,4% em 2007. O défice orçamental terá diminuído marginalmente, estimandose que tenha atingido 2,1% do PIB.

1.4. Portugal

Em 2007, Portugal registou um ritmo de expansão do PIB superior ao verificado no ano anterior, dando continuidade à recuperação económica iniciada em 2005, contudo, e pelo oitavo ano consecutivo, ainda abaixo da média europeia. Os dados preliminares apontam para um crescimento do PIB de 1,9%, o valor mais elevado desde 2001, e com registo de um forte sprint no último trimestre do exercício. À semelhança do ano anterior, a Procura Externa foi a força motriz do crescimento económico, beneficiando do bom desempenho de mercados destino como a Espanha e Angola. Ainda assim, não terá sido o único "motor" da economia, porquanto o Investimento Privado, em notório contraste com o observado nos últimos anos, terá registado uma variação positiva. As Contas Públicas seguiram o processo de consolidação estabelecido registando, inclusive, um desempenho melhor do que o previsto – o Défice Orçamental não deverá ter ultrapassado 3,0% do PIB, antecipando em um ano metade da redução assumida entre 2007/08, antes estabelecida com Bruxelas. A despesa das famílias seguiu evolução modesta, em linha com o rendimento disponível. Terá crescido 1,3%, valor similar ao crescimento verificado no ano anterior. O Desemprego, evidenciando a influência de factores estruturais, terá seguido tendência altista, aproximando-se do nível de 8,0%. A Inflação deverá ter registado 2,4%. A Balança Básica, agregado que junta a Balança Corrente e a Balança de Capitais, e mede as necessidades de financiamento da economia nacional junto do exterior, terá registado uma degradação – por aumento do serviço de dívida ao exterior - para atingir um défice em torno de 8,2% do PIB.

2. ACTIVIDADES OPERACIONAIS POR UNIDADES DE NEGÓCIO (UN)

As empresas que integram o perímetro da CORTICEIRA AMORIM encontram-se estruturadas por Unidades de Negócios (UN), com referências às quais se dá conta dos aspectos mais relevantes ocorridos durante o exercício de 2007.

2.1. Matérias-Primas

Estratégia de Aprovisionamento

Compra sustentada e contínua de cortiça amadia, tendo em vista minimizar a pressão na obtenção da quantidade necessária, obedecendo aos parâmetros de qualidade e preço, adequados à actividade da CORTICEIRA AMORIM.

Em 2007, a Unidade de Negócios Matérias-Primas prosseguiu a sua actividade de acordo com esta orientação estratégica, actuando ao longo de toda a campanha de forma a garantir o aprovisionamento de cortiça em quantidade, qualidade e preço consentâneos com as necessidades das várias unidades industriais a jusante.

A quantidade de cortiça extraída na campanha de 2007 foi ligeiramente inferior às estimativas iniciais, o que poderia pressupor uma tendência de aumento de preço desta matéria-prima. Este facto não se veio a verificar graças à existência de cortiça para venda proveniente da campanha 2006, registando-se mesmo uma redução do preço entre as estas duas campanhas.

Além da intervenção e gestão do processo de aprovisionamento da matéria-prima (cortiça), esta UN desenvolve também a primeira transformação dessa matéria-prima.

Face à instabilidade que vem afectando o sector transformador de cortiça, foi decidido reduzir a exposição ao risco de cobrança no mercado nacional, o que se traduziu na diminuição de vendas para Clientes externos (não pertencentes ao perímetro da CORTICEIRA AMORIM) e que teve um forte impacto no volume de vendas da UN, que, no corrente ano, registou um decréscimo de 8,7%, face ao exercício de 2006.

O aumento do preço de compra da matéria-prima verificado em 2006, a redução do mercado de rolhas Twin Top® e a concentração do mercado de rolhas naturais nas melhores qualidades, (que provocaram uma pressão sobre as matérias-primas de classes inferiores), traduziram-se na diminuição da margem bruta na preparação de matéria-prima na Península Ibérica e na produção do Norte de África.

Assim, a margem bruta sofreu um decréscimo de 27%.

As medidas de racionalização industrial implementadas nos últimos anos, sobretudo no sector de produção de discos destinados a incorporação nas rolhas Twin Top® e para champanhe, tiveram um relevante impacto durante o ano 2007, originando um decréscimo de 14,2% nos custos operacionais.

2.2. Rolhas

Ao longo do ano 2007 assistiu-se a uma desaceleração dos movimentos de concentração da indústria vinícola e a um reforço do poder da distribuição. As exigências qualitativas e de eficiência operativa em toda a fileira acentuaram-se, em particular nos EUA que, a manter-se a actual tendência, serão, a médio prazo, o maior mercado mundial de vinho. Na Europa Continental, depois de um curto período de recessão, o mercado vinícola começou a dar sinais de recuperação, destacando-se a Espanha e a Itália.

A reorganização do mundo vinícola reforça a necessidade de respostas importantes do lado da eficiência de serviço e da racionalização de custos, desafio que também se coloca a todas as indústrias correlacionadas, em particular a da cortiça. As exigências ao nível da perfomance da rolha, sobretudo sensorial (mas também físico-mecânica e visual), situam-se em níveis muito elevados, impondo aos seus produtores um crescente investimento em I&D e nas melhores tecnologias de produção, garantindo o fornecimento de rolhas de elevada e consistente qualidade.

Face a este enquadramento, a UN Rolhas tem vindo a implementar um conjunto relevante de medidas e iniciativas visando a superior diferenciação do seu produto e serviço, quer ao nível sensorial quer de eficiência operacional.

A reestruturação industrial implementada em 2005-2006 teve os seus efeitos positivos durante o exercício de 2007. A especialização industrial por produto e a modernização dos processos conduziram a importantes ganhos de produtividade.

O controlo acrescido do processo produtivo foi, também, um passo fundamental para a consistência e credibilidade do produto, o que, aliado ao esforço de uniformização industrial, se revelou um importante argumentário de vendas, permitindo realçar a eficiência operacional e a perfomance sensorial e físico–mecânica das rolhas Amorim.

Ao longo de 2007, a UN reforçou a sua presença e liderança em importantes segmentos e mercados, destacando-se:

  • a aquisição de uma participação de 87% do Grupo Oller, reforçando a liderança no segmento das Rolhas de Champanhe e a presença nos principais mercados mundiais, nomeadamente Champagne e Itália;
  • no segmento de Rolhas Capsuladas, o reforço da presença em França e no mercado do cognac, com a aquisição da SOBEFI, uma unidade de produção e comercialização de rolhas capsuladas, localizada em Cognac (França);
  • o importante processo de reestruturação da empresa de distribuição no mercado australiano, que levou à deslocalização da empresa de Melbourne para Adelaide, aproximando-a da base de Clientes, com aumento da eficiência operacional, com ganhos esperados já em 2008.

As vendas do exercício registaram um crescimento de 6%, face ao verificado em 2006.

Ao nível dos mercados salienta-se o bom desempenho das vendas para França, Itália, Chile, Espanha e Ucrânia, mais que compensando o desempenho desfavorável do registado no mercado Australiano.

Em termos de produtos, destacam-se as vendas de Rolhas Naturais, que registaram um crescimento superior a 12%; das rolhas Neutrocork®, com um crescimento superior a 27%; e das rolhas para Champanhe, com um crescimento de 9%.

No exercício em apreço foram visíveis os proveitos associados à reestruturação finalizada em 2006. Assim, para o referido aumento de vendas de 6% apenas se registou um aumento de 3,1% nos custos operacionais, dos quais se destaca o agravamento do custo da energia e de outros Fornecimentos e Serviços Externos, tendo-se verificado na rubrica Custos com o Pessoal uma diminuição de 7%.

O aumento do volume de negócios e o controlo dos custos operacionais permitiram à UN registar um crescimento do EBIT de 81,3%, face ao apurado em 2006.

O capital investido no final de 2007 evidencia uma diminuição de 1,9% face a igual período do ano passado, evidenciando uma redução do nível de stocks de 6,9%, face a 2006, fruto da melhoria do planeamento logístico levado a cabo no exercício 2007.

Vendas & EBITDA

(Valores em milhares de euros)

2.3. Revestimentos

As vendas da Unidade de Negócios Revestimentos registaram, em 2007, um crescimento de 4,4% face ao valor registado em 2006.

Este crescimento foi sustentado pelo aumento da venda de mercadorias (comercialização de produtos que não são fabricados na UN), em particular para países como a Noruega e a Polónia, tendo o volume de negócios de revestimentos de solos e de parede em cortiça mantido sensivelmente os mesmos valores do ano anterior.

No mix de produtos vendidos por esta UN, mantém-se a tendência de crescimento do peso dos pisos flutuantes.

O segmento de pisos com aplicação do verniz de alta resistência WRT®, lançado em 2005 pela UN, continua a mostrar resultados muito positivos, com o mercado a reconhecer as características distintivas deste acabamento – performance técnica, resistência e conforto –, tendo as vendas de revestimentos superado mesmo as expectativas.

A nível comercial, destaca-se o reforço da presença e/ou da representação da UN em várias feiras e certames internacionais especializados, possibilitando a interacção com um vasto leque de potenciais Clientes dos seus produtos e soluções. A elevada afluência de visitantes aos stands, o interesse manifestado pelas características técnicas e ecológicas dos produtos, a receptividade às inovações apresentadas comprovam de forma inequívoca o interesse do mercado pelos avançados sistemas de revestimento com cortiça desenvolvidos e produzidos por esta UN.

Esta UN registou um EBIT de 10,1 milhões de euros, tendo sido influenciado pelo aumento de custo de algumas matérias-primas.

Foi iniciado em 2007 um plano de investimento a três anos, com vista ao aumento da capacidade e da eficiência produtivas da Unidade de Negócios.

Vendas & EBITDA

(Valores em milhares de euros)

2.4. Aglomerados Técnicos

A Unidade de Negócios Aglomerados registou, no exercício de 2007, uma redução do volume de negócios de aproximadamente 6%, face ao registado no ano anterior.

Para esta evolução contribuíram decisivamente dois factores: a redução do fornecimento de granulados de cortiça à cadeia industrial da UN Rolhas, unidade que reforçou em meados de 2006 a respectiva capacidade de produção, e a desvalorização do dólar norte-americano face ao Euro que, por si só, explica quase dois pontos percentuais do desvio referido.

A actividade comercial da UN para Clientes externos (que não pertencem ao perímetro da CORTICEIRA AMORIM) e a câmbios constantes evidenciou uma evolução positiva no período, continuando em linha com a tendência do ano anterior.

Numa óptica de segmentação do mercado por aplicações, os destaques positivos vão para o negócio de produtos e soluções Casa & Escritório, bem como para a generalidade das Aplicações Industriais. Por outro lado, os segmentos de Calçado e de Indústria de Memoboards (com visual de cortiça) registaram uma redução da procura e das vendas.

Em termos geográficos, a Europa foi a região onde o negócio mais se desenvolveu, por oposição à América do Norte onde se registaram alguns dos desempenhos desfavoráveis mais significativos decorrentes, sobretudo, da desaceleração da economia local.

Numa análise por família de produtos, além do decréscimo já referido das vendas de granulados (para produção de rolhas), as principais variações foram registadas nos aglomerados, cujas vendas registaram alguma retracção face a 2006, e nos produtos acabados (quadros de cortiça e acessórios de mesa) que registaram crescimentos relativamente substanciais.

No que diz respeito à margem bruta, assistiu-se a uma estabilização do indicador relativo face a 2006. Assim, apesar da relevante alteração do mix de vendas, do contexto adverso no domínio da evolução cambial do Euro e do maior custo unitário de incorporação de matérias-primas e subsidiárias, foi possível evitar a degradação da margem bruta relativa. A inovação nos produtos serviços, a optimização das operações e o empenho da força de vendas na procura da criação de valor foram os aspectos determinantes para este resultado.

No entanto, em virtude da diminuição do volume de negócios, a margem gerada em termos absolutos foi negativamente afectada e só o controlo dos custos indirectos e o redimensionamento da estrutura directa, com consequente redução dos custos operacionais, permitiu uma evolução positiva da rentabilidade operacional.

A Unidade de Negócios realizou, no período em análise, um volume de investimentos significativo, tendo em vista as orientações estratégicas e as acções de melhoria contínua, tendo como meta final a criação de valor, com particular enfoque nos processos industriais, onde as principais objectivos da intervenção foram o aumento de produtividade e da supervisão e controlo.

2.5. Cortiça com Borracha

As vendas da UN Cortiça com Borracha apresentaram, em 2007, um decréscimo de 4,8% face ao ano anterior, sendo de realçar:

  • a diminuição das vendas globais de cortiça com borracha, com especial destaque para o decréscimo das vendas para o sector automóvel a ser apenas parcialmente compensado pelo crescimento das vendas para outras aplicações, sobretudo aplicações industriais, de isolamento acústico e vibrático;
  • a redução das vendas de aglomerados técnicos;
  • o crescimento das vendas de produtos feitos a partir de borracha reciclada, sobretudo em aplicações geradoras de melhores margens.

A margem bruta registou uma redução significativa, tanto em valor, por efeito directo da diminuição do volume de negócios, como em percentagem das vendas, em consequência, sobretudo, do aumento dos custos das matérias-primas derivadas do petróleo - borrachas e químicos - e de alguma instabilidade no período de transferência de produções industriais, dentro da UN Cortiça com Borracha, do Norte para o Sul de Portugal. Desta forma, o valor da margem bruta registou, em 2007, um decréscimo de 9,9% face ao ano anterior.

A referida transferência de produções originou também um agravamento dos custos operacionais, essencialmente nas rubricas de Fornecimentos e Serviços Externos e de Custos com Pessoal, devido à maior necessidade de intervenções ao nível da manutenção dos equipamentos e à satisfação das encomendas – em qualidade e em tempo – que obrigaram ao recurso extraordinário a mão-de-obra obra adicional.

De salientar ainda que, no último trimestre de 2007, foi dado início a um processo de reestruturação da UN Cortiça com Borracha e da UN Aglomerados Técnicos, tendo em vista a criação, já no início de 2008, de uma nova UN denominada Amorim Cork Composites.

O EBIT apresentou uma redução de 629 mil euros, face a 2006.

O capital investido no final de 2007 manteve-se ao nível de Dezembro de 2006.

2.6. Isolamentos

As vendas desta UN apresentaram, em 2007, um aumento de 8% face ao ano anterior, sendo de realçar:

  • o crescimento das vendas de aglomerados de cortiça expandida, traduzindo o acompanhamento permanente dos principais mercados bem como a forte apetência pelos produtos ecológicos que integram a oferta desta UN;
  • a satisfação mais rápida das encomendas, graças à utilização de produtos semiacabados de aglomerado de cortiça expandido, com posterior acabamento, evitando operações internas de produção;
  • a comercialização de produtos de aglomerados de cortiça expandida provenientes do Grupo Complementar de Empresas (ACE) a que esta UN se associa.

No que concerne especificamente a estas duas últimas situações apontadas – utilização de produtos semi-acabados e comercialização de produtos oriundo do ACE – convém realçar que as margens associadas são relativamente reduzidas, o que explica a redução verificada na margem bruta percentual, apesar de aumento quer das quantidades vendidas, quer dos preços de venda praticados em 2007.

Não obstante o mencionado aumento da actividade, os custos operacionais mantiveram-se praticamente ao nível de 2006 devido, em grande parte, aos Fornecimentos e Serviços de Externos que apresentaram uma redução superior a 4,5%.

O EBIT registou uma diminuição de 3% e o EBITDA um aumento de 14,5%, relativamente aos valores registados em 2006.

O Capital Investido no final de 2007 evidencia um aumento de 11%, face a igual período do ano anterior e resulta sobretudo do aumento dos stocks de matérias-primas e dos investimentos efectuados nas linhas de acabamentos e da trituração nas unidades industriais de Silves e de Vendas Novas, respectivamente.

3. INOVAÇÃO, INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO

3.1. Novas Aplicações

O núcleo de investigação dedicado ao Desenvolvimento de Novas Aplicações/Produtos em/com Cortiça (DNAPC) tem como missão conceber e desenvolver para a cortiça novas aplicações e novos produtos, para além do que actualmente é fabricado pela indústria da cortiça.

Dos projectos desenvolvidos em 2007, salientam-se:

  • os primeiros passos no sentido da industrialização do projecto absorção realizados em estreita colaboração com a UN Aglomerados Técnicos. Procuram-se soluções funcionais de embalagem, tendo sido submetida uma patente sobre esta nova aplicação da cortiça;
  • o desenvolvimento de novas abordagens para o tratamento e aglomeração de cortiça usando soluções inovadoras amigas do ambiente e de baixo consumo energético, destacando-se o uso de diversas enzimas;
  • a valorização de componentes extraídos da cortiça, tendo-se desenvolvido um conjunto de actividades que visaram por um lado optimizar a extracção de componentes da cortiça e, por outro, proceder à sua caracterização com vista à sua transformação para aplicações de elevado valor acrescentado, em diversas áreas que vão da industria química à cosmética. Durante 2007 o DNAPC investiu no desenvolvimento de soluções que permitam obter altos níveis de purificação e sejam simples de fazer o scale-up;
  • as actividades associadas ao projecto Europeu STREP WaCheUp, com conclusão prevista para Maio de 2008: envolvendo oito parceiros europeus, este projecto visa transformar os resíduos (e subprodutos) das indústrias de cortiça e polpa de madeira em produtos químicos de alto valor acrescentado, e, simultaneamente, desenvolver métodos ecológicos e integrados no ciclo produtivo da cortiça/polpa para a obtenção dos referidos produtos, bem como estudar as aplicações possíveis dos componentes assim obtidos. As actividades associadas a este projecto terão continuidade em 2008;

  • a conclusão do estudo de novas colas, adesivos e vernizes obtidos a partir de cortiça: foi possível desenvolver uma cola mais natural, obtida a partir de componentes extraídos da cortiça, que poderá ser utilizada na própria indústria da cortiça ou em outras indústrias.

  • o reforço da protecção da propriedade intelectual existente nas diversas UN da CORTICEIRA AMORIM, com a submissão de um conjunto de patentes nacionais e europeias com o propósito estratégico da garantir a protecção de todos os direitos de propriedade intelectual gerados e de construir um portfolio alargado de patentes.

3.2. Rolhas

Durante o ano 2007, a UN Rolhas seguiu as orientações estratégicas em actividades de I&D dos anos anteriores, nomeadamente:

  • aprofundamento do combate ao problema do TCA;
  • aumento do conhecimento da eficácia dos produtos na interacção vinho/rolha;
  • estudo de novos produtos.

No que respeita à primeira vertente estratégica - aprofundamento do combate ao problema do TCA - durante o ano 2007 concretizou-se a validação internacional do processo ROSA Evolution, tendo sido entregue também o pedido de patente ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O primeiro equipamento industrial ROSA Evolution foi instalado na unidade industrial e os resultados obtidos, após os necessários ajustes, satisfizeram plenamente os objectivos. Assim, está prevista a aplicação do ROSA Evolution a toda a produção de rolhas naturais. Para o ano 2008 prevê-se também o estudo da extensão da aplicação deste processo aos outros produtos de cortiça natural.

De realçar ainda os estudos desenvolvidos em colaboração com a UN Matérias-Primas, que analisaram a incidência do TCA nos calços, por origem geográfica, e cujos resultados obtidos levarão ao seu aprofundamento em 2008.

O aumento do conhecimento da interacção entre as rolhas de cortiça e o vinho foi particularmente desenvolvido durante o ano 2007, muito tendo contribuído para isso todo o trabalho de comparação da permeabilidade dos diferentes vedantes, nomeadamente rolhas técnicas (Neutrocork®, Twin Top®, Advantec®, etc.), rolhas naturais e colmatadas e ainda vedantes alternativos. Estas comparações foram feitas com rolhas produzidas por diferentes processos e também com diferentes formulações, o que permitiu melhor conhecer e avaliar a interferência da formulação e do processo na permeabilidade das rolhas. Foi publicado um novo artigo científico sobre o tema da permeabilidade, que veio esclarecer as vias de oxigenação do vinho através da rolha e da interface rolha/garrafa ( Lopes, P., Saucier, C., Teissedre, P. L. e Glories, Y. (2007), Main routes of oxygen ingress through different clousures into wine bottles Journal Agricultural and Food Chemistry, 55, 5167-5170.)

Integrado nesta vertente estratégica é de salientar o estudo das causas associadas às perdas de gás em Champanhe, estudo que culmina com informações relevantes sobre a interferência dos perfis internos das garrafas e da diferentes formulações das rolhas no fenómeno acima referido.

A integração da Amorim & Irmãos na Rede de Competência em Polímeros, onde colabora com as Universidades do Porto (UP) e de Aveiro (CICECO) e com as empresas Sonae, CUF, Resiquímica, Sysadvance e CIN, facilitou o estabelecimento de parcerias com o objectivo de estudar os compostos libertados da cortiça para o vinho (Faculdade de Ciências da UP) e estudar a aplicação e barreiras em rolhas para impedir a migração de compostos fenólicos que conferem cor às bebidas brancas (CIN, Faculdade de Engenharia da UP e CICECO).

Na vertente estratégica de desenvolvimento de novos produtos realça-se o lançamento da rolha SparkOne®, rolha de microgranulado sem discos para Champanhe. Esta rolha foi desenvolvida internamente na UN e a sua validação foi feita em colaboração com uma cave no exterior.

Estiveram também em estudo novos tipos de rolhas, as quais poderão vir a ser lançadas num futuro próximo, nomeadamente uma rolha natural com características especiais e uma rolha para vinho de extracção facilitada.

3.3. Revestimentos

As actividades de I&D desta UN têm procurado responder às tendências globais do mercado de revestimentos, bem como às características específicas de algumas áreas geográficas, de forma a garantir um portfolio de produtos e soluções de revestimentos capaz de acompanhar e satisfazer as necessidades dos seus Clientes.

Em resultado, no ano de 2007 foram apresentadas ao mercado novas soluções, estando já em curso novos projectos visando o lançamento de produtos nos próximos anos.

Das actividades e projectos desenvolvidos no exercício em apreço, destacam-se os seguintes resultados:

  • o lançamento, em Janeiro de 2007, de um novo verniz HPS (High Performance Surface), aplicado sobre PVC, que comprovadamente aumenta a resistência dos revestimentos de solo (riscos, manchas, marcas de sapatos,...) e acentua o aspecto natural do produto;
  • o lançamento, em Fevereiro de 2007, de uma colecção de pisos com visuais em madeira de novas espécies, dimensões e cores, destinado ao mercado norte-americano;
  • a conclusão do estudo de eco-eficiência dos produtos das Séries 100 e 200 em parceria com a BASF, que permitiu a comparação destas séries com produtos alternativos, nomeadamente as madeiras e os vinílicos. Tal comparação foi feita não só do ponto de vista ecológico - através da determinação do ecological fingerprint de cada um desses produtos -, como também do ponto de vista da relação custo/impacto ambiental - através da análise do eco-efficiency portlolio;
  • a substituição integral da resina de aglomeração MUF (Melamina Ureia Formaldeido) por uma resina acrílica isenta de formaldeido e isocianatos.

Encontram-se também em curso, com conclusão estimada durante o ano 2008, acções e projectos que visam:

  • o aumento da resistência ao fogo e aos ultravioleta dos produtos com acabamento em verniz WRT;
  • em parceria com o INEGI, o aumento de estabilidade dimensional dos produtos da Série 4000, que levará ao seu relançamento no mercado com novos visuais;
  • o desenvolvimento dos novos visuais para a colecção 2009, com recurso a processos inovadores na indústria da cortiça, como pintura, produção de decorativos e de embossing em PVC (registo de patente em curso);
  • a obtenção de aglomerados de cortiça utilizando resina de aglomeração obtidas a partir de produtos naturais – o projecto Ecobinders, que conta com vários parceiros europeus, entre os quais a Amorim Revestimentos e a Amorim & Irmãos (UN Rolhas).

Foi ainda definida como área prioritária de I&D o estudo de:

• novas soluções técnicas para pisos e paredes, utilizando novas matérias-primas (ex.: linóleo);

  • substituição da camada de uso em PVC por alternativas mais ecológicas;
  • utilização de novos materiais desenvolvidos pela Amorim Cork Composites.

3.4. Aglomerados Técnicos

A actividade de I&D desta UN centrou-se no desenvolvimento de novos produtos e novas aplicações para os aglomerados técnicos de cortiça, quer através de projectos exclusivos da UN quer através da constituição e/ou consolidação de parcerias com entidades externas, destacando-se:

a) no segmento Indústria:

  • estabelecimento de parcerias de I&D para desenvolvimento de novos materiais poliméricos integrando cortiça, destinados a aplicações específicas para o mercado de pavimentos e subpavimentos;
  • execução dos projectos existentes com a Agência Espacial Europeia (ESA) e com a empresa EADS, visando a aprovação para utilização de aglomerados de cortiça em aplicações aeroespaciais;
  • desenvolvimentos de produtos na área dos compósitos Fiber Reinforced Plastic (FRP), utilizáveis em diferentes aplicações nas áreas aeronáuticas, navais e transporte, substituindo produtos não-ecológicos existentes no mercado;
  • desenvolvimento do conceito Railway Interior Solutions (RIS) em parceria com outras empresas nacionais, focando o conceito natural da cortiça integrada no interior de equipamentos de transporte.

b) no segmento Construção – destaque para o desenvolvimento das novas soluções para subpavimentos:

  • ProfileCork destinado aos pavimentos flutuantes;
  • CRC para utilização em pisos cerâmicos;
  • BackingCork para utilização em pisos de madeira técnicos.

3.5. Cortiça com Borracha

Em 2007 esta UN apostou no desenvolvimento de aplicações que evidenciam um elevado potencial de crescimento mundial a médio prazo. Para tal, foram desenvolvidos materiais e soluções que integraram três novas gamas de produtos:

  • Amorim T&D destinada ao crescente mercado mundial da distribuição e transmissão de energia (transformadores e acessórios);
  • TechSeal destinada a aplicações de selagem Automóvel/Heavy Duty e diferentes segmentos da área industrial;
  • ACM a segunda geração desta gama de produtos para tratamentos acústicos em aplicações navais, ferroviárias e de transporte em geral, passando a incorporar, entre outros, materiais com resistência ao fogo.

De destacar também o activo empenho desta UN no projecto "Módulo Assento" do Agrupamento Complementar de Empresas ACECIA, tendo contribuído nomeadamente com o desenvolvimento de uma inovadora solução de conforto para um banco automóvel usando um compósito especial de cortiça.

Com o mesmo tipo de compósito, desenvolveu-se uma solução para produtos médicos usados em blocos cirúrgicos e em actividades de reabilitação e geriátrica.

3.6. Isolamentos

A actividade de I&D desta UN dirige-se para os segmentos dos isolamentos térmicos e acústicos, mas também para as áreas dos betões leves, com os respectivos projectos já estruturados em fase bastante avançada.

Em parceria com a Universidade de Coimbra, tem-se vindo a aprofundar os conhecimentos das características dos produtos da UN (aglomerados de isolamento, fibra de coco, granulados) na perspectiva de realçar as suas vantagens técnicas em relação a outros materiais, nomeadamente, difusibilidade térmica, durabilidade, rigidez dinâmica, comportamento acústico (isolamento de ruídos aéreos e de impacto). Tem-se ainda vindo a estudar e a testar a utilização de materiais combinados, em sistemas de isolamento inovadores e ecológicos.

4. SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO

QUAL IDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA

O alinhamento de diferentes subsistemas de gestão promotores de eficiência e a sua integração nas perspectivas estratégicas do balanced scorecard são um importante garante do desenvolvimento sustentado da CORTICEIRA AMORIM.

Neste contexto cumpre salientar os seguintes factos ocorridos em 2007:

  • a Amorim Cork Deutschland foi distinguida com sucesso nas auditorias ISO 9001:2000 e Codex Alimentarius (HACCP). A Comissão Codex Alimentarius foi criada em 1963 pela FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations) e pela WHO (World Health Organization), com o objectivo de proteger a saúde dos consumidores, assegurar as melhores práticas de comércio alimentar e promover a coordenação de todos os standards estabelecidos;
  • a Amorim Cork Composites, S.A. (anteriormente denominada Corticeira Amorim Indústria, S.A.) recebeu da APCER o Certificado segundo a Norma OHSAS 18001:1999, que consubstancia a certificação do seu Sistema de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde, reconhecendo a aposta desta empresa na prevenção dos perigos e minimização dos riscos de acidentes e doenças profissionais;
  • a Amorim Cork Composites, S.A. recebeu em 2007 a "Atestação de Conformidade Systecode" (Código Internacional de Práticas Rolheiras), confirmando o empenho da empresa no cumprimento das regras respeitantes às boas práticas dos profissionais da indústria da cortiça e do sector rolheiro;
  • as práticas da Amorim Cork Composites, S.A. em matéria ambiental foram distinguidas com o Certificado segundo a Norma NP EN ISO 14001:2004, que consubstancia a certificação do seu Sistema de Gestão Ambiental;
  • a manutenção e melhoria de todas as restantes certificações, nomeadamente:
  • ß ISO 9001:2000 (Sistema de Gestão da Qualidade);
  • ß HACCP / ISO 22000 (Sistema de Gestão de Segurança Alimentar);
  • ß WIETA / ETI (acreditação de Ética Comercial e Organizacional);
  • ß ISO 14001:2004 (Sistema de Gestão Ambiental);
  • ß FSC (Forest Stewardship Council);

  • ß SYSTECODE (Boas Práticas Rolheiras);

  • ß OHSAS 18001:1999 (Sistema de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde).

5. RECURSOS HUMANOS

REESTRUTURAR, CONSOL IDAR E EVOLUIR

O ano 2007 foi caracterizado por algumas mudanças, evoluções e, também, consolidações nas diferentes áreas de negócio da CORTICEIRA AMORIM, ressaltando, em todos estes processos, uma tónica comum: a preocupação crescente em, de forma estruturada e orientada, promover a adequação do Capital Humano aos novos contextos e aos desafios futuros de toda a Organização.

5.1. Evolução do número de Colaboradores

Fruto das reestruturações ocorridas, o efectivo médio da CORTICEIRA AMORIM manteve a tendência decrescente nos últimos anos, situando-se nos 3795 Colaboradores.

5.2. Aposta na valorização e na qualificação

Continua a assumir capital importância o desafio da qualificação de base dos Colaboradores. O programa de Reconhecimento Valorização e Certificação de Competências (RVCC) registou um forte impulso, com mais de uma centena de Colaboradores a integrar as fases que permitem a certificação do terceiro ciclo do ensino básico (9.º ano de escolaridade) e do ensino secundário (12.º ano de escolaridade).

Ainda no domínio da qualificação de base, iniciou-se, na UN Revestimentos, a primeira edição do curso de "Qualificação de Operadores", um processo de desenvolvimento de competências dos Operadores de Produção, estruturado e orientado, com vista à obtenção de um perfil profissional completo e enquadrado com a organização e a gestão da produção actuais daquela UN.

No âmbito da população de Operadores Industriais, destaca-se o desenvolvimento, nas UN Aglomerados Técnicos e Rolhas, de projectos-piloto de Formação/Acção na área da Melhoria Contínua. Os resultados obtidos em termos de produtividade, de melhoria de condições de trabalho, de envolvimento e mobilização de Equipas, indicam já este tipo de acções como modelos a seguir.

Ao nível da população de Quadros, prosseguiu-se o investimento nas áreas de gestão, quer com a realização de acções transversais às várias UN (segunda edição do Curso de Gestão Global, e organização interna de Seminários e Conferências de Gestão), quer com o patrocínio de pósgraduações.

No domínio da valorização e desenvolvimento de competências, é visível em cada uma das diferentes Unidades de Negócio a preocupação crescente em desenvolver processos integrados e focalizados. Casos de sucesso são os projectos LEME da UN Revestimentos (Liderança) e o Projecto de Desenvolvimento Estratégico RH da UN Matérias-Primas.

5.3. Saúde e Segurança no Trabalho

Prioridade máxima foi dada às questões relacionadas com a Saúde e a Segurança no Trabalho. Manteve-se o forte investimento na área da segurança: a revisão contínua dos planos de segurança, a monitorização da sua eficácia e adequação face aos riscos, reiterando-se a aposta na sensibilização e formação dos Colaboradores. Os níveis de sinistralidade (frequência e gravidade) baixaram na generalidade das UN, continuando a CORTICEIRA AMORIM a apresentar índices muito abaixo da média do sector.

Este ano caracterizou-se ainda por um grande investimento e uma significativa mobilização dos Colaboradores no domínio da promoção da saúde: tendo-se realizado rastreios diversos (pulmonares, oftalmológicos, dentários, cardio-respiratórios e outros) e múltiplas campanhas de informação e sensibilização (alimentação e vida saudável, ergonomia, tabagismo, alcoolismo e toxicodependência).

5.4. Responsabilidade Social

A crescente visibilidade das questões relacionadas com a Responsabilidade Social e o reconhecimento de que a acção de todos e de cada um faz a diferença têm permitido um entusiástico empenho e mobilização de toda a Organização em torno de projectos e actividades que reforçam os laços entre as Pessoas, a CORTICEIRA AMORIM e a Comunidade envolvente.

Destas iniciativas, assume particular significado o protocolo celebrado entre a CORTICEIRA AMORIM e a Câmara Municipal do Porto no âmbito do projecto "Porto de Futuro", que visa o estabelecimento de uma relação de parceria entre as Empresas e a Comunidade Escolar (agrupamentos verticais de escolas do ensino básico), consubstanciando-se no apoio (consultoria), na cooperação e na transferência de práticas de gestão das empresas para as escolas, e que se vem revelando uma experiência marcante para a CORTICEIRA AMORIM.

São também de assinalar os múltiplos eventos e interacções com a comunidade local (escolas e instituições) realizados pelas diferentes UN. Nas UN Revestimentos e Aglomerados Técnicos, a organização das semanas/quinzenas temáticas sob o tema genérico da Sustentabilidade permitiram a realização de conferências sobre temas ambientais e a organização de diversas iniciativas (exposições com a presença de várias instituições de beneficência locais, associações e organismos de utilidade pública, recolha de dádivas e donativos), conduzindo, no geral, a um grau de consciencialização e de intervenção acrescido, com impacto claramente favorável para a comunidade envolvente.

6. CORTICEIRA AMORIM NO MERCADO DE CAPITAIS

6.1. Enquadramento

O ano 2007 fica marcado pela crise do sub-prime no mercado hipotecário dos EUA, cujo efeito contaminou todo o mercado financeiro mundial, permanecendo ainda a incerteza e preocupação relativamente ao seu impacto integral na economia real e nos resultados das empresas. Os mercados bolsistas mundiais, também expostos a esta envolvente adversa, registaram elevada volatilidade e uma evolução que, ficando aquém da perspectivada, não afastou os investidores das acções, até porque as alternativas disponíveis também não se afiguravam atractivas.

Nos EUA, foco de toda esta crise, instabilidade e incerteza, os principais índices bolsistas foram fortemente penalizados, obtendo valorizações modestas face às registadas em anos anteriores. O Dow Jones registou uma valorização de 6,4% (o Dow Jones Stoxx 6000 registou mesmo a primeira queda anual desde 2002), o S&P 500 valorizou 4,2% e o NASDAQ 100 fechou nos 2.652,28 pontos, 9,8% acima do valor registado no final de 2006.

Apesar de também expostos a esta envolvente adversa, os mercados Accionistas da Europa conseguiram fechar o ano 2007 com ganhos atractivos, em resultado da boa performance das empresas, que se revelaram mais rápidas e flexíveis a reagir ao aumento das taxas de juro e do petróleo e à desvalorização do dólar americano face ao euro. Os principais índices europeus registaram valorizações em termos anuais: o FOOTSIE 100 valorizou 3,8%, o DAX-XETRA valorizou 22,3%, o CAC 40 e o IBEX fecharam a subir 1,3 % e 7,3%, respectivamente.

Em Portugal, a bolsa fechou positiva – pelo quinto ano consecutivo – com o seu principal índice, o PSI-20, a registar uma valorização de 16,3%, atingindo assim os 13.019,36 pontos no último dia de negociação em 2007. A volatilidade acumulada foi de 13,88%, com um acréscimo de 51,4% face ao que se registou no final de 2006.

A capitalização bolsista do mercado de capitais cresceu 7,4%, ascendendo a 255,3 mil milhões de euros no final do ano. O volume de transacções aumentou 50,5%, ultrapassando os 296 mil milhões de euros, tendo as transacções de acções, tal como já se verificou em 2006, registado uma subida superior, cerca de 51%, assim se demonstrando claramente o interesse por este segmento, que registou uma das mais notáveis performances em termos mundiais.

6.2. Performance Bol sista das Acções da CORT ICEIRA AMORIM

Actualmente, o capital social da CORTICEIRA AMORIM cifra-se em 133 milhões de euros, representado por 133 milhões de acções ordinárias de valor nominal de 1 euro, que conferem direito a dividendos.

A admissão à negociação na Euronext Lisbon (então denominada BVLP – Bolsa de Valores de Lisboa e Porto), das acções emitidas no âmbito da operação de aumento de capital ocorreu em 19 de Dezembro de 2000, juntando-se estas às restantes acções da Sociedade já cotadas na BVLP desde o início de 1991, integrando o sistema de negociação contínuo nacional desde 11 de Dezembro de 1991.

Em 31 de Dezembro as acções da CORTICEIRA AMORIM terminaram a sessão a negociar a 1,96 euros, o que representa uma cotação de fecho de ano idêntica à de 2006, embora ao longo do ano o comportamento do título tenha sido substancialmente diferente: transaccionaram-se em bolsa cerca de 21,6 milhões de acções, mais do dobro da quantidade transaccionada em 2006; registaram-se 6846 negócios, ou seja mais 52% que em 2006, ultrapassando estes os 43,8 milhões de euros, o que representa um expressivo crescimento de 122,7% face ao volume de transacções registado em 2006.

Em 2007, a cotação média de transacção foi de 2,03 euros por acção; a máxima atingida foi de 2,19 euros por acção, em 16 de Abril; a mínima foi de 1,70 euros e ocorreu durante a sessão do dia 17 de Agosto; a amplitude percentual cifrava-se em 28,8% (61,1% em 2006), o que evidencia também uma menor volatilidade associada ao título.

Os gráficos abaixo ilustram a performance bolsista da CORTICEIRA AMORIM:

Evolução da cotação em 2007:

Valor das transacções em mercado regulamentado ao longo de 2007:

Fonte: NYSE Euronext

Fonte: NYSE Euronext

2007 2006 2005 2004
Qt. de acções
Transaccionadas 21.631.823 10.564.708 235.132.019 22.716.018
Cotações (€):
Máxima 2,19 2,32 1.50 1,30
Média 2,03 1,85 1.23 1,17
Mínima 1,70 1,44 1.03 1,05
De fecho do ano 1,96 1,96 1.,48 1,06
Frequência Negocial 99,6% 99,6% 100% 99,6%
Capitalização bolsista
no fecho do ano (€)
260.680.000 260.680.000 196.840.000 140.980.000

Evolução de indicadores bolsistas nos últimos anos:

Fonte: NYSE Euronext

7. RESULTADOS CONSOLIDADOS

7.1. Sumário da Actividade

Sendo a actividade da CORTICEIRA AMORIM concentrada quase exclusivamente nos produtos transformados de cortiça, a riqueza e diversidade das suas aplicações, aliada à multiplicidade dos seus mercados de destino, permitiram uma evolução relativamente homogénea ao longo de todo o exercício. Se durante 2006 o assinalável desempenho das Unidades de Negócios (UN) Matérias-Primas, Revestimentos e Isolamentos permitiram compensar uma evolução mais suave das restantes UN já durante o exercício de 2007 o elevado crescimento observado, quer na actividade, quer nos resultados da UN Rolhas permitiu mais do que atenuar os abrandamentos de algumas das outras UN. Em termos de mercados, destaque pela positiva para o crescimento registado no mercado norte-americano, pesa embora o facto altamente prejudicial do câmbio USD. A evolução deste tão importante mercado, juntamente com outros mercados como os da Europa de Leste, permitiram compensar alguma perda verificada em alguns mercados, em especial o mercado germânico.

A evolução ao longo dos trimestres foi também relativamente uniforme, pese embora o facto de a margem do quarto trimestre ter sido baixa. Esta foi particularmente atingida pelo efeito conjugado da acentuação da desvalorização do USD ocorrida durante aquele trimestre e também por um mix de vendas menos favorável.

À semelhança do último trimestre de 2006, também o último trimestre de 2007 foi favorecido com o reconhecimento de alguns ganhos não recorrentes, os quais permitiram em ambos os períodos compensar o nível mais baixo de resultados que lhes são característicos.

Em termos de factos relevantes para a CORTICEIRA AMORIM, pode registar-se pela importância a aquisição, já no último trimestre, de 87% do Grupo Oller, marca histórica no mercado catalão e europeu. Ainda de referir o início da actividade da subsidiária chinesa e a aquisição do estabelecimento industrial SOBEFI na região de Cognac em França.

Em termos de organização, de referir a divulgação no final do exercício de mudanças ao nível organizativo, cujos efeitos se farão sentir a partir do exercício de 2008. A criação de duas macroáreas integradoras das cinco Unidades de Negócios, procedendo-se à fusão das UN Aglomerados Técnicos e Cortiça com Borracha numa nova UN designada por Aglomerados Compósitos. Neste sentido procedeu-se, no final do exercício, a uma reorganização do organigrama jurídico das subsidiárias da CORTICEIRA AMORIM de forma a corporizar essa mesma reorganização. Foi anunciada também a constituição, a ocorrer durante 2008, da Amorim Cork Research, entidade centralizadora de toda a actividade de investigação e propriedade intelectual.

7.2. Resultados Consolidados

Durante o exercício de 2007, a UN Matérias-Primas reforçou ainda mais a sua integração na cadeia de valor da CORTICEIRA AMORIM. De facto, a decisão de reduzir a exposição ao risco de cobrança no mercado nacional ocasionou uma descida significativa de vendas para clientes externos ao Grupo. Em resultado, o peso do Grupo na actividade da UN subiu de 85% para 92% em 2007. As vendas atingiram os 104,4 M€, uma descida de cerca de 10 M€ totalmente justificada pela decisão referida atrás. Conforme justificado na análise mais detalhada da actividade desta UN, o aumento do preço de compra da cortiça registado na campanha de 2006, a qual só foi trabalhada durante 2007, bem como os efeitos resultantes da acentuação da procura de cortiça de mais elevada qualidade pela UN Rolhas, foram as principais causas para a significativa redução da rentabilidade desta UN durante 2007. O EBIT atingiu os 5,5 M€, o que compara desfavoravelmente com o valor de 11,4 M€ registado no exercício anterior.

Em sentido contrário, a UN Rolhas registou um ano 2007 francamente positivo. Apropriando-se durante todo o exercício dos benefícios resultantes do arranque em Setembro de 2006 das unidades industriais reestruturadas; vencidas que foram as iniciais dificuldades que lhe foram inerentes, a UN atingiu níveis de actividade e, principalmente, de rentabilidade apreciáveis. Para este facto contribuiu também o bom desempenho das vendas em mercados como o francês (onde o efeito Trescases já se apresentou mais diluído), italiano, espanhol, ucraniano e chileno. Ao nível de produtos, destaque para as rolhas de Champanhe, Neutrocork® e Naturais. As vendas atingiram os 250 M€, apresentando um crescimento de 6%. O EBIT atingiu os 20,1 M€ quase dobrando os 11,1 M€ registado em 2006.

A actividade do quarto trimestre (4T) foi particularmente desfavorável para a UN Revestimentos. O arrefecimento económico verificado em alguns dos seus principais mercados, em especial o alemão, originou que o crescimento de 7% verificado até ao final do 3T tivesse sido reduzido para os 4,4% no final do exercício. Esta desaceleração foi particularmente notada no seu produto

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nobre, revestimentos de solo de cortiça (RSC). A actividade comercializadora de revestimentos de madeira suportou melhor a aterragem económica, em parte por ser beneficiada pelo facto de ser um negócio conduzido em USD. Esta actividade é a única dentro da CORTICEIRA AMORIM que tem beneficiado da desvalorização desta divisa. Como factor adverso adicional, a UN sofreu ao longo do ano o impacto do aumento de preços registado nas suas mais importantes matériasprimas (cortiça e HDF). As vendas atingiram os 126,9 M€, tendo o EBIT atingido os 10,1 M€, uma descida de 9,8% relativamente a 2006.

Conforme referido nas diversas informações trimestrais, o exercício de 2007 da UN Aglomerados Técnicos foi afectado pelo facto de a partir deste exercício esta UN deixar de fornecer granulados à UN Rolhas. Este facto resultou da já citada reestruturação industrial levada à cabo nesta UN durante 2006 e que levou à auto-suficiência desta UN. À semelhança das UN Rolhas e Cortiça com Borracha, a UN Aglomerados Técnicos foi também afectada pela desvalorização do USD, particularmente severa durante o 4T. As vendas atingiram os 57,9 M€ (-5,7%). Considerando somente as vendas para o exterior e a câmbios constantes aquele desvio negativo desaparece e apresenta mesmo um valor positivo. O EBIT atingiu os 3,0 M€, mesmo assim superior aos 2,4 M€ registado em 2006, um crescimento de 24,6%. Este registo foi possível graças ao rígido controlo sobre os custos operacionais, especialmente ao nível dos custos com pessoal.

A UN Cortiça com Borracha foi, de todas as UN, a mais atingida pela desvalorização do USD, divisa representativa da maioria das suas vendas. Estas atingiram os 27,8 M€ (-4,8%). O EBIT registou um valor de -0,9 M€, agravando os resultados negativos já apresentados em 2006 (-0,3 M€). Conforme anunciado, as actividades desta UN sofreram profundas alterações durante o 4T, preparando a sua fusão com a UN Aglomerados Técnicos a partir de Janeiro de 2008. Os benefícios esperados da criação da nova UN Amorim Cork Composites foram já amplamente referenciadas.

A UN Isolamentos continuou a apresentar um bom registo. Durante o 4T foi possível parar o abrandamento do crescimento das vendas observado durante o 3T. Assim as vendas atingiram no final do exercício o valor de 8,8 M€, um crescimento de 7,7%, basicamente igual ao apresentado no final do 3T. Dada a utilização intensiva das unidades fabris, o regime de depreciação do equipamento foi acelerado, razão pela qual o EBIT de 1,2 M€ ficou ligeiramente abaixo do registado em 2006. Caso se considere o EBITDA, onde a variação do regime de depreciações não é contemplada, o seu valor apresenta um crescimento de 15%.

Em termos consolidados as vendas atingiram 453,8 M€, um crescimento de 2,5% relativamente ao exercício transacto. O crescimento referido seria o dobro, cerca de 5%, caso se desconsidere o efeito provocado pela decisão de diminuir substancialmente a venda de cortiça (matéria-prima) a clientes do mercado nacional. De referir ainda que o efeito estimado na redução das vendas consolidadas provocado pela desvalorização das divisas de exportação se eleva a 8,9M€. Não fora este efeito, o crescimento atrás referido de 5%, elevar-se-ia a cerca de 7%.

A Margem Bruta absoluta teve um crescimento de cerca de 2 M€, influenciada adversamente por uma Variação de Produção de -3,6 M€. Em termos percentuais este facto acaba por ter um efeito positivo e é uma das causas para o ligeiro aumento verificado (48,7% versus 48,5%).

Fruto de um apertado controlo, os custos operacionais apresentaram mesmo uma ligeira diminuição de 0,5%. Realce para a rubrica de custos com o pessoal, a qual apresentou uma variação favorável de cerca de 3,8 M€. Esta variação é explicada tanto pela diminuição de efectivos, como pela incidência em 2007 de um valor de indemnizações inferior ao do exercício transacto.

Face à evolução positiva da Margem Bruta e dos custos operacionais, o EBIT, ao alcançar os 37 M€, apresentou uma subida de 8,3%. O EBITDA registou um valor de 58,1 M€ (+3,9%). De notar que o exercício de 2007, como já antes o exercício de 2006, foi beneficiado pelo registo de ganhos de Badwill resultante de aquisições efectuadas.

(Valores em milhares de euros)

O exercício de 2007 foi, à semelhança de 2006, fortemente afectado pela subida das taxas de juro, tendo o presente exercício sofrido um aumento da taxa média de juro de 0,9% (+1% em 2006). Este facto explica na sua quase totalidade o aumento de 2,3 M€ verificado nos juros líquidos suportados, os quais atingiram o valor de 11,3 M€.

Vendas, EBIT e Resultado Líquido

A taxa de imposto de 2007 foi positivamente afectada pelo reconhecimento de benefícios fiscais acordados no âmbito de investimentos realizados em anos anteriores, bem como pelo efeito de liquidação de subsidiárias, em especial das ligadas às UN em reestruturação.

Após uma estimativa de imposto sobre o rendimento de 1,5 M€, e após Interesses Minoritários de 1,2 M€, os resultados líquidos do exercício atingiram os 23,245 M€, um crescimento de 15,6% face a 2006.

(Valores em milhares de euros)

(Valores em milhares de euros)
4T07 4T06 Variação 12M07 12M06 Variação
Vendas 100 912 106 999 - 5,69% 453 770 442 552 + 2,53%
Margem Bruta – Valor 50 395 53 412 - 5,65% 219 376 217 424 + 0,90%
% 1) 49,60% 47,10% +0,025 p.p. 48,73% 48,45% +0,003 p.p.
Custos Operacionais 2) 41 728 42 331 - 1,42% 182 390 183 273 - 0,48%
EBITDA 13 479 15 557 - 13,36% 58 125 55 948 + 3,89%
EBIT 8 666 11 081 - 21,79% 36 986 34 151 + 8,30%
Resultado Líquido 8 509 7 261 + 17,19% 23 245 20 104 + 15,62%
Resultado por acção 3) 0,0652 0,0557 + 17,11% 0,1782 0,1541 + 15,63%
EBITDA/juros líquidos (x) 4,63 6,04 - 1,41 X 5,15 6,19 - 1,04 X
Autonomia Financeira 4) - - - 41,17% 41,09% +0,08 p.p.
Dívida Remunerada Líquida - - - 231 781 225 331 + 2,86%

Valores Consolidados

1) Sobre o valor da produção.

2) Inclui custos e proveitos financeiros que não juros e custos e proveitos extraordinários.

3) Resultado Líquido do Exercício/n.º médio acções (euros/ acção) (exclui acções próprias).

4) Capitais Próprios / total Balanço (no final do período).

8. BALANÇO CONSOLIDADO

O total do Activo atingiu no final de 2007 o valor de 596 M€, uma subida de 34 M€ face ao final de 2006. Como primeira causa desta variação há a salientar a efeito da entrada das empresas do Grupo Oller no perímetro de consolidação. Esta entrada fez-se com data de 31 de Dezembro, tendo a sua contribuição para as contas consolidadas afectado somente o Balanço. A partir de Janeiro de 2008 far-se-á registar também a sua actividade. O impacto desta entrada no Activo consolidado foi de cerca de 25 M€. Os restantes 9 M€ resultaram, essencialmente, do aumento das existências de matérias-primas.

No que respeito à dívida líquida remunerada, excluindo a variação provocada pela entrada do Grupo Oller, houve um ligeiro aumento, cerca de 2 M€. Com as novas empresas, o valor fixou-se nos 232 M€. A estrutura da dívida manteve os contornos apresentados no exercício anterior, cerca de 70% a médio e longo prazo e 30% a curto prazo.

Os Capitais Próprios atingiram os 245 M€, uma subida de cerca 15 M€, justificada maioritariamente pelos resultados apresentados (23,2 M€) e pelos dividendos distribuídos durante o exercício (7,2 M€).

Apesar do efeito da entrada do Grupo Oller no Activo consolidado, a Autonomia Financeira manteve-se nos 41,17%.

Activo e Capital Próprio

(Valores em milhares de euros) (*) Inclui Interesses Minoritários

9. RENOVAÇÃO DO MODELO ORGANIZATIVO

UMA NOVA ORGANIZAÇÃO PARA NOVOS DESAF IOS

No final de 2007, a CORTICEIRA AMORIM, na sequência do processo anual de revisão estratégica do negócio, concluiu pela pertinência de alterar a forma como se estruturava o seu modelo de governação, preconizando uma visão mais integrada das actividades que, quer a nível estratégico quer a nível operacional, procuram responder a desafios idênticos ou complementares.

A partir de 2008, a actividade da CORTICEIRA AMORIM e de todas as suas subsidiárias, passa a ser organizada em dois patamares distintos de integração:

  • o primeiro patamar, ou de condução estratégica, onde se agrupam as actividades desenvolvidas de acordo com as respectivas áreas críticas de análise/intervenção. Neste novo nível de agregação, o negócio passará a organizar-se em duas macroáreas: Amorim Natural Cork e Amorim Cork Composites;
  • o segundo patamar, ou de base, onde se alinham as variáveis negociais específicas das linhas de negócios e/ou produtos. Neste nível passam a estar as várias unidades de reporte operacional e de performance: Matérias-Primas (Cortiça), Rolhas, Aglomerados Compósitos (resultante da agregação das anteriores UN Aglomerados Técnicos e Cortiça com Borracha), Revestimentos e Isolamentos.

A intervenção ao nível de cada uma destas macroáreas de condução estratégica do negócio define-se em termos da inter-relação de parâmetros fundamentais de cada negócio. A saber:

  • Amorim Natural Cork, responsável pela condução das UN Matérias-Primas (cortiça) e das Rolhas, unidades em que a missão estratégica está claramente interligada, na medida em que o conhecimento e as políticas de aprovisionamento da cortiça (qualidade, quantidades aprovisionadas, preços) são os factores mais relevantes das duas áreas de intervenção identificadas;
  • Amorim Cork Composites, responsável pela condução de todas as aplicações técnicas dos aglomerados de cortiça em produtos e soluções, ou seja, dos Aglomerados Compósitos, os Revestimentos e Isolamentos.

O enfoque transversal da actividade das UN englobadas nesta macroárea, definido genericamente como maximização da utilização da cortiça não transformável em rolhas, coloca toda esta área de actuação perante o desafio constante de desenvolver aplicações técnicas de cortiça compósita, combinada ou não com outros materiais, aumentando o valor acrescentado dos produtos e soluções com/de cortiça e alargando a sua aplicabilidade a novos segmentos.

De destacar, também, a criação da Amorim Cork Research, uma estrutura de suporte responsável pela resposta, transversal a toda a CORTICEIRA AMORIM, ao desafio inovação, ou seja, pesquisa de novas aplicações para a cortiça (tendo em conta as suas propriedades), de novas aplicações dos componentes da cortiça e de processos incrementais da qualidade da cortiça. Em termos do negócio, a actividade desta área será decisiva na concretização de duas grandes metas globais: o desenvolvimento de produtos e/ou soluções inovadores e o registo de patentes associadas (novas técnicas, tecnologias ou processos). Em termos organizacionais, pretende-se que esta área se assuma como um centro avançado de inovação, abarcando a Investigação & Desenvolvimento e a Propriedade Intelectual dela resultante.

Com esta mudança, a CORTICEIRA AMORIM, enquanto grupo de unidades e empresas com negócios relacionados – a transformação e promoção da cortiça –, garante uma mais eficiente gestão integrada da cadeia de valor da cortiça e potencia sinergias, partilhando-as por todas as áreas de actuação, numa perspectiva de longo prazo, garantindo-se o equilíbrio entre o controlo estratégico e autonomia/iniciativa operacional.

10. PERSPECTIVAS FUTURAS

10.1. Envolvente macroeconómica

10.1.1. Apreciação Global

O ano 2008 deverá pautar-se por uma alteração face à evolução observada desde o início da década – ao invés de um crescimento significativo, em torno de 5,0%, deverá observar abrandamento económico, instabilidade nos mercados financeiros e degradação das condições nos mercados de crédito. A correcção a nível do mercado imobiliário de algumas economias desenvolvidas, como os Estados Unidos, Reino Unido, Holanda e Espanha, iniciada já em 2006, deverá prolongar-se. Os diferentes mercados de Trabalho deverão também apresentar degradação de condições de funcionamento. A incerteza e a volatilidade deverão dominar os primeiros meses do ano. As estimativas – alvo de revisão extraordinária recente – apontam para um crescimento próximo de 4,1% mas alertam para a existência de diversos riscos negativos sobre a economia mundial. Os Estados Unidos poderão registar contracção económica na primeira metade do ano, enquanto a Zona Euro deverá observar abrandamento moderado. Também o Japão deverá evidenciar desaceleração. A Ásia Emergente, sobretudo, mas também Brasil, Rússia e os países do Conselho de Cooperação do Golfo deverão manter um ritmo de expansão significativo - embora menor do que o observado em 2007 - assim assumindo a liderança do crescimento mundial. A inflação deverá seguir em alta, pelo menos durante a primeira metade do ano. Os efeitos antecipáveis da alta de preços dos componentes energéticos e dos bens alimentares, e suas repercussões, deverão manter-se omnipresentes em termos de preocupação por parte das autoridades monetárias mundiais.

10.1.2. Zona Euro

Estima-se que a economia da Zona Euro cresça 1,6% em 2008, valor abaixo do nível de crescimento potencial. As consequências, graves e duradouras, da crise financeira que se iniciou no terceiro trimestre de 2007, deverão condicionar negativamente o perfil de crescimento que era antecipado até há pouco tempo atrás. A Zona Euro verá o seu nível de actividade condicionado por influências externas, que se reflectirão na evolução das Exportações Líquidas (estima-se uma variação nula), nomeadamente o abrandamento acentuado dos Estados Unidos e a valorização continuada do Euro, mas também por factores internos, especialmente o menor vigor do Consumo Privado e do Investimento Empresarial, conhecidos que vão sendo o agravamento das condições de concessão de crédito à economia e a degradação dos indicadores de confiança. O Consumo Privado deverá crescer 1,5%, reflectindo adicionalmente as menores perspectivas de criação de emprego, a correcção do imobiliário e o impacto acumulado das subidas de taxas de juro. O Investimento deverá registar um acentuado ajustamento em baixa, estimando-se que cresça a uma taxa inferior a 1,0% após 4,6% em 2007. O Défice Público manter-se-á estável em torno de 0,9% do PIB. A inflação seguirá tendência altista durante os primeiros meses do ano – perspectiva assumida pelo próprio BCE – evidenciando níveis mais próximos de 2,0% à medida que o final do ano se aproxima. Globalmente, deverá registar 2,1% em 2008. O Desemprego, contrariando as expectativas recentes, deverá reflectir a degradação das perspectivas económicas – antecipa-se que a taxa de Desemprego se mantenha em torno de 7,1% em 2008 quando ainda recentemente se considerava possível uma redução para 6,7%. O BCE, confrontado com desenvolvimentos divergentes a nível do crescimento económico e da inflação, e com um contexto caracterizado por incerteza elevada, poderá vir a privilegiar um nível de taxas apenas marginalmente inferior ao actual (Refi Rate a 4,0%).

10.1.3. Estados Unidos da América

A economia norte-americana deverá estagnar na primeira metade do ano, podendo, inclusive, registar contracção económica em parte do período. À medida que nos formos aproximando no final do ano, no entanto, deverá iniciar o processo de recuperação da actividade. Na perspectiva das autoridades monetárias, os riscos que pendem sobre a economia são diversos, pelo que não deverá ser descartada a possibilidade de recessão económica em 2008. Ainda assim, as estimativas apontam para que a economia deva crescer próximo de 1,5% depois de ter registado 2,2% no ano transacto. A degradação das condições do mercado de crédito, e a consequente consideração de políticas restritivas na concessão de financiamentos por parte das instituições financeiras norte-americanas, condicionarão a actividade económica. A queda acentuada dos preços dos imóveis é plausível, assim agravando o efeito de destruição de riqueza que já se observou em 2007. Este enquadramento, a par com a desaceleração dos salários, não deverá permitir um crescimento do Consumo Privado, o back-bone da economia norteamericana, além de 1,3%. De forma semelhante, o investimento deverá ser condicionado pelo enquadramento económico – espera-se contracção a nível da Construção Residencial – e pelas restrições a nível do crédito, estimando-se um intervalo de variação entre 2,0% e 3,0%. O contributo da Procura Interna para o PIB deverá ser metade do registado no ano anterior (cerca de 1,0% vs. 2,0%). Do lado positivo, as Exportações, beneficiando da queda do dólar, deverão crescer de forma a suavizar o impacto do mau desempenho da Procura Doméstica, registando um aumento ligeiramente superior a 0,5%. A política monetária será, progressivamente, mais expansionista, com cortes sucessivos de taxas de juro - Janeiro mostrou claramente essa actuação, com uma descida acumulada de 125 pontos base. A preocupação com o crescimento económico tomará lugar cimeiro nas decisões da FED. A degradação do mercado de crédito, por certo, limitará os efeitos positivos decorrentes de uma actuação célere da Reserva Federal, exigindo ainda maior agressividade. O Desemprego deverá seguir em alta em virtude do arrefecimento do mercado de trabalho, estimando-se que atinja uma taxa de 5,5% no final do ano. Apesar do abrandamento económico a taxa de inflação deverá rondar 3,2%. A actuação agressiva da FED ao nível da política monetária poderá gerar alguns riscos inflacionistas na parte final de 2008. Novembro registará a realização das eleições presidenciais. Em face da evolução prevista e das medidas de relançamento económico anunciadas pelas autoridades (pacote de apoio fiscal no valor aproximado de 170 mil milhões USD ) o défice orçamental deverá rondar 1,6% do PIB, invertendo a trajectória de diminuição que vinha observando. Balança Comercial e Conta

Corrente deverão registar défices inferiores a 5,0%, garantindo assim uma diminuição dos desequilíbrios estruturais da economia dos EUA.

10.1.4. Portugal

Portugal deverá crescer em 2008 a um ritmo similar ao estimado para 2007, em torno de 2,0%. No entanto, os riscos que a economia enfrentará são claramente negativos a julgar pela conjuntura internacional e pelo ajustamento observável no mercado de crédito. A Procura Externa Líquida deverá dar um menor contributo para o crescimento - um menor vigor das Exportações, em que a excepção angolana é digna de nota, deverá ser apenas contrabalançado por um aumento menos significativo das Importações. A Zona Euro, para onde Portugal encaminha 70% das suas exportações, deverá ver o seu crescimento revisto em baixa, assim limitando a performance portuguesa. O maior contributo positivo deverá surgir do Investimento Privado, sendo expectável a estabilização da Promoção Imobiliária Residencial. O facto de 2008 ser o primeiro ano de aplicação efectiva do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) permitirá mitigar os efeitos conjunturais menos favoráveis. Adicionalmente, não será de descurar o suporte resultante do incremento do Investimento Público. O Investimento deverá registar um aumento de 2,5%. Depois do agravamento observado no ano transacto, o Desemprego deverá estabilizar próximo de uma taxa de 8,0%. Esta evolução, a par do agravamento das condições monetárias e de concessão de crédito, deverá condicionar o Consumo Privado a um incremento marginalmente superior a 1,0%. A inflação deverá observar um nível próximo de 2,4%, com o output gap negativo e a valorização do Euro a contrabalançar as pressões altistas expectáveis a nível dos factores energéticos. As políticas tendentes à diminuição do défice orçamental deverão manter-se – o Consumo Público deverá registar variação nula - garantindo o cumprimento das metas apresentadas pelas autoridades portuguesas. O défice orçamental, estima-se, deverá diminuir para 2,5% do PIB. A Balança Básica deverá observar melhoria ligeira, apresentando um défice estimado em torno de 7,3% do PIB por comparação com 8,2% no ano transacto. Essencialmente, reflectirá uma redução do défice da Balança de Bens e Serviços de forma a compensar a deterioração antecipada da Balança de Rendimentos (função de agravamento das taxas de juro). O excedente da Balança de Capital deverá registar aumento, em virtude do perfil de transferências do QREN.

10.2. Actividades operacionais

10.2.1. Matérias- Primas

A estimativa de evolução da actividade em 2008 é positiva.

A previsão de uma campanha menor em 2008, isto é, de redução da quantidade de cortiça extraída em 2008 face a anos anteriores, que poderá induzir uma pressão sobre o preço de matéria-prima, foi devidamente acautelada. Actuando-se por antecipação, em 2007 foram já garantidos níveis de stocks adequados a parte dos consumos de 2009.

Este facto aliado à redução do preço dos "delgados" (cortiça de menor espessura) destinados à produção de discos a incorporar nas rolhas Twin Top® fazem prever uma melhoria na relação qualidade/preço nas compras a realizar em 2008.

Prevê-se que o aumento da procura das rolhas naturais mantenha a procura da cortiça de melhor qualidade, enquanto que a evolução em sentido inverso nas rolhas Twin Top® possa levar a um abrandamento da produção da unidade industrial de Ponte de Sôr. Apesar disso, em termos de actividade operacional, a descida do preço das matérias-primas, a maior eficiência produtiva do sector de discos para champanhe e a racionalização industrial implementada ao longo dos últimos anos, permitem antever uma melhoria dos resultados futuros.

10.2.2. Rolhas

Estima-se que 2008 seja mais um ano de crescente exigência de qualidade e desempenho das rolhas, em particular ao nível sensorial, pelo que a UN manterá como prioridades o desenvolvimento da tecnologia existente e a procura de soluções mais eficientes (perfomance e custo).

A eficiência operacional e a redução do capital investido serão também uma das prioridades da UN, como forma de garantir a competitividade do produto em mercados onde a qualidade e o baixo custo são os principais argumentos de venda.

Dos objectivos estratégicos assumidos para o ano 2008 e seguintes destacam-se:

  • reforçar o controlo de processo (racionalização e evolução tecnológica dos processos) e desenvolver tecnicamente o produto, garantindo as características da função vedante;
  • manter o empenho na melhoria das características sensoriais do produto;
  • conseguir um equilíbrio volume–mix–valor, favorecendo produtos com maior potencial de crescimento, de maior valor acrescentado e com maior valor apercebido pelos Clientes e Consumidores;
  • melhorar a gestão da cadeia de abastecimento de forma a garantir um superior nível de serviço e reduzir o capital investido.

10.2.3. Revestimentos

As perspectivas da actividade para 2008 são positivas, prevendo-se a continuação do crescimento das vendas, em particular dos revestimentos de solos em cortiça, pese embora o cenário global de retracção económica.

A conclusão, em 2008, de algumas das iniciativas previstas no plano de investimentos em curso conduzirá a uma melhoria da tecnologia existente, possibilitando o aumento de capacidade e ganhos de eficiência produtivos.

Em resultado dos processos de I&D em curso, estima-se que em 2008 se conclua a preparação e lançamento de novas colecções de produtos, que deverão ser colocadas no mercado em Janeiro de 2009.

10.2.4. Aglomerados Compósitos

Após profunda reflexão sobre as actividades desenvolvidas e sobre as perspectivas de evolução das UN Cortiça com Borracha e Aglomerados Técnicos, foi decidido, no final de 2007, reorganizar estas UN, integrando as suas actividades numa única unidade de negócios.

Esta nova UN potenciará o desenvolvimento futuro das actividades desenvolvidas, até agora, autonomamente pelas duas UN agregadas, o que representará importantes ganhos quer na concretização da estratégia de crescimento, quer na capitalização de relevantes vantagens comparativas e competitivas, pretendendo-se agregar esforços e iniciativas, consolidar experiências e knowhow e dinamizar competências complementares.

Para 2008, as expectativas são particularmente positivas para as vendas de aglomerados, o grupo de produtos mais representativo da UN, enquanto as vendas dos restantes produtos deverão

registar variações ligeiras face a 2007. As vendas de cortiça com borracha e de borracha reciclada deverão registar um ligeiro crescimento.

Apesar da tendência de desvalorização do dólar americano, com impacto negativo no valor das vendas da UN, e do agravamento do preço de algumas matérias-primas, estima-se um reforço da margem bruta relativa, em função dos perspectivados ganhos de eficiência operacional.

Em função do exposto e apesar da conjuntura económica nos principais mercados não ser a mais favorável, as expectativas para o ano 2008 são globalmente positivas.

10.2.5. Isolamentos

As características únicas dos produtos e soluções disponibilizadas por esta UN, de superior perfomance, naturais e ecológicos, bem como as alterações inovadoras que permitem novas aplicações direccionadas para projectos especiais, tecnicamente mais exigentes e de maior de prestígio, contribuem para maior visibilidade e utilização dos produtos da UN.

Os investimentos direccionados ao aumento da produtividade, a diversidade de mercados, o leque de utilizações tradicionais e as aplicações inovadoras disponibilizadas deverão ter impacto positivo na actividade desta UN.

10.3. Resultados

O crescimento de resultados observados no exercício de 2007 dificultará, por si mesmo, o normal objectivo de, em cada exercício, se dever ultrapassar o resultado do exercício anterior. Crescer é o objectivo sempre presente em qualquer empresa. Em termos orgânicos, o exercício de 2008 deverá beneficiar dos ganhos resultantes da fusão das UN Aglomerados Técnicos e Cortiça com Borracha. Conforme divulgação apropriada efectuada com data de 20 Novembro passado, desta fusão espera-se uma alavancagem dos negócios pelo aproveitamento das sinergias comerciais, pela optimização dos recursos e pela melhoria da eficiência operacional. De salientar que não foi possível estimar com rigor o valor líquido dos ganhos que estarão associados a esta fusão. Ainda com efeitos positivos esperados, há a salientar os resultantes da integração do Grupo Oller na actividade da CORTICEIRA AMORIM. Para além da normal inclusão dos resultados da sua actividade usual, que serão, obviamente, reduzidos pelo custo financeiro inerente à aquisição, há a esperar ganhos adicionais resultantes da integração industrial que irá sendo implementada ao longo do exercício de 2008. Ainda com efeito positivo, de referir o ganho resultante de uma relação preço/qualidade da matéria-prima cortiça (amadia) que se espera venha a ser mais favorável que a verificada em 2007.

Com contrapartidas adversas, há a destacar a manutenção de uma taxa de juro elevada. Não é previsível a curto prazo, ou seja durante 2008, qualquer descida material da referida taxa. Como segundo ponto desfavorável, assume-se que, no melhor cenário, o USD e as outras divisas de exportação mantêm os câmbios que se mostraram bastante desfavoráveis à actividade e, principalmente, aos resultados da CORTICEIRA AMORIM durante os dois últimos exercícios. Como ponto último desfavorável, o exercício do 2008 não deverá contar com o benefício fiscal registado em 2007.

Como resumo, poderá dizer-se que, apesar de se estimar um crescimento da actividade e mesmo melhoria nos resultados operacionais, as condicionantes ao nível da função financeira e ao nível da fiscalidade dificilmente permitirão alcançar o nível dos resultados líquidos observados em 2007.

11. RISCOS E INCERTEZAS DO NEGÓCIO

Ao longo da sua longa história – atravessando já três séculos, enfrentando com sucesso a profundas, mesmo radicais transformações da sociedade, resistindo a duas Guerras Mundiais –, a CORTICEIRA AMORIM tem sabido diagnosticar correcta e atempadamente os riscos e incertezas dos seus negócios, encarando-os firmemente como oportunidades e desafios.

Com 137 anos de knowhow do sector corticeiro acumulado, a CORTICEIRA AMORIM reconhece que, a longo prazo, a sua performance poderá ser influenciada pelos seguintes factores, continuamente monitorizados e avaliados:

  • desvalorização do USD factor de erosão das margens do negócio. No curto prazo, os efeitos da desvalorização do USD têm sido contrariados pela política activa de substituição da moeda de facturação – no corrente exercício as vendas consolidadas em USD representaram 18% da facturação para Clientes não Grupo, e pela política de cobertura do risco de câmbio consistentemente adoptada (seja cobertura natural seja por contratação de instrumentos financeiros adequados); no longo prazo, a CORTICEIRA AMORIM tem-se empenhado no desenvolvimento de novos produtos/soluções de maior valor acrescentado, de forma a conseguir um mix de produtos capaz de ultrapassar estes constrangimentos. Assume-se, assim, um modelo organizativo orientado para a criação de valor para o negócio - moving up the value chain, ultrapassando este risco;
  • alterações climáticas potencial factor de redução da matéria-prima disponível, na medida em que podem levar a um desequilíbrio no ecossistema que alberga o sobreiro, nomeadamente devido à ocorrência de secas severas, dificultando a sua propagação e crescimento. Mas, mais importante, é a capacidade do sobreiro e da cortiça (matériaprima e produtos) fixarem carbono, que contribui para mitigar as emissões de gases com efeitos de estufa, origem das referidas alterações climáticas.

O sobreiro constitui a base de um sistema ecológico único no mundo, contribuindo para a sobrevivência de muitas espécies da fauna autóctone e para a salvaguarda do ambiente. Só existe em sete países da Bacia Mediterrânica Ocidental – Portugal, Espanha, França, Itália, Marrocos, Argélia e Tunísia, onde vem actuando como barreira ao avanço do deserto, porque suporta climas com reduzida pluviosidade, contribui para a fixação do solo e da matéria orgânica, diminuindo a erosão e aumentando a retenção de água.

Os produtos da CORTICEIRA AMORIM são também importante sumidouros de carbono, que se mantém durante todo o tempo de vida útil do produto. No caso específico das rolhas, cada rolha de cortiça é responsável pela fixação de 8,8 g de CO2.

A valorização industrial da cortiça extraída dos sobreiros é o maior garantia da preservação e desenvolvimento dos montados, permitindo a sua viabilidade económica. Hoje, o montado está no centro das atenções havendo legislação específica para os proteger, vários programas de organizações não governamentais que procuram preservar a floresta, melhorando e certificando as práticas de gestão florestais.

Assim, longe de se antever uma redução da quantidade de matéria-prima disponível, estima-se que os factos atrás descritos sejam uma oportunidade de diferenciação para os produtos de cortiça (fixação de CO2 e aumento da sua utilização em isolamento térmico com o desenvolvimento da ecoconstrução).

desenvolvimento de vedantes substitutos – a possibilidade de substituir as rolhas de cortiça por vedantes artificiais (plástico, alumínio,...), materiais típicos da sociedade do pós-guerra, vem sendo aventada há largos anos, sem contudo se concretizar.

Os vedantes sintéticos, assim como outras formas de packaging para vinho, estão disponíveis no mercado há várias décadas. No caso dos vedantes de plástico, nos inícios dos Anos 90, foram utilizados sobretudo por países como a Austrália na sua crescente produção de vinhos de baixa gama e de consumo rápido.

Apesar do seu preço atractivo, a actual utilização destes vedantes encontra-se em baixa, essencialmente por dois factores: um de carácter técnico e outro de imagem. O primeiro, prende-se com a incapacidade de encontrar fórmulas de fabricação que replicassem eficazmente o equilíbrio, claramente presente na cortiça, entre forças de extracção do vedante e o nível de permeabilidade ao oxigénio óptimo para o desenvolvimento do vinho. Este fulcral impasse técnico, aliado a uma associação depreciativa do vedante plástico ao vinho de gama baixa, claramente percebidos pelo consumidor, levou a que o mercado rapidamente procurasse novas alternativas artificiais que pudessem imitar a cortiça, que continua a ser, enquanto vedante de eleição, o benchmarking em qualidade, performance e imagem.

Neste contexto, surgiram no mercado outras opções de vedantes, destacando-se a rosca de alumínio (screw-cap). Tal como o plástico, o vedante de rosca está associado a vinhos de gama baixa e de menor rentabilidade para o produtor e distribuidor, tendo tido o seu apogeu em países que, como o Reino Unido, viram surgir este vedante em vinhos muito baratos e amplamente disponíveis nos Anos 70.

No caso dos vedantes de rosca, as tentativas de utilizar este vedante como substituto do já substituto plástico são fortemente condicionadas por dois factores importantíssimos:

  • as óbvias complicações técnicas associadas à utilização de um vedante anaeróbico como o screw-cap -- com destaque para o fenómeno de redução --, o percurso deste vedante encontra obstáculos significativos e a sua adopção generalizada, antevista por alguns já para o final da década de 90, está longe de ser uma ameaça global para a cortiça natural e a suas reconhecidas credenciais técnicas, claramente reforçadas pelas suas características ambientais e ecológicas;.
  • a rápida consciencialização das sociedades modernas para os custos ambientais e ecológicos da utilização de produtos, criados décadas atrás, com alto impacto ambiental, exigindo a medição e controlo do seu impacto e, tendencialmente, que os mesmos sejam evitados. Assim, a substituição de um produto natural – a cortiça - pelo produto cuja fabricação é o processo industrial que mais energia consome no Planeta encontrou a natural resistência do Consumidor.

Actualmente, o debate sobre vedantes para vinho centra-se em dois grandes aspectos, ambos positivos para a cortiça: as questões da sustentabilidade estarem firmemente na agenda da opinião pública e o reconhecimento técnico e mediático de que os problemas de redução associados aos vedantes de rosca são inegáveis e com muito maior incidência do que se julgava provável.

12. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

A actividade da CORTICEIRA AMORIM está exposta a uma variedade de riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco cambial e risco taxa de juro), risco de crédito, risco de liquidez e risco de capital. Nos termos da alínea e) do número 5, do artigo 508.º-C do Código das Sociedades Comerciais, os objectivos e as políticas da Sociedade em matéria de gestão destes riscos, incluindo as políticas de cobertura de cada uma das principais categorias de transacções previstas para as quais é utilizada a contabilização de cobertura, e a exposição aos riscos de preço, de crédito, de liquidez e de fluxos de caixa encontram-se devidamente expostos na Nota "Gestão do Risco Financeiro" incluída nas Notas às Contas Consolidadas.

13. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Tendo em conta que o Resultado Líquido, apurado segundo as contas sociais no final do exercício de 2007, é negativo no valor de € 1 987 222,40 (um milhão, novecentos e oitenta e sete mil, duzentos e vinte e dois euros e quarenta cêntimos) e a existência de Reservas Livres e distribuíveis, no montante de € 46 677 307,07 (quarenta e seis milhões, seiscentos e setenta e sete mil, trezentos e sete euros e sete cêntimos), o Conselho de Administração:

propõe:

    1. que os Senhores Accionistas deliberem aprovar que o referido Resultado Líquido negativo, no valor de € 1 987 222,40 (um milhão, novecentos e oitenta e sete mil, duzentos e vinte e dois euros e quarenta cêntimos), seja transferido para a conta Resultados Transitados;
    1. que seja distribuído, como dividendos, o montante de € 7 980 000,00 (sete milhões, novecentos e oitenta mil euros), parte do saldo existente na rúbrica Reservas Livres, a que corresponde um valor de € 0,06 (seis cêntimos) por acção;
    1. que seja transferido para a conta Resultados Transitados o montante de € 38.697.307,07 (trinta e oito milhões, seiscentos e noventa e sete mil, trezentos e sete euros e sete cêntimos), parte do saldo existente na rúbrica Reservas Livres.

14. VALORES MOBILIÁRIOS PRÓPRIOS

A CORTICEIRA AMORIM adquiriu, em várias sessões de bolsa, 19 477 acções, correspondentes a 0,0146% do respectivo capital social, ao preço médio de 1,958€/acção, totalizando estas transacções 38 131,62 €.

Não se realizaram quaisquer alienações de acções próprias.

A 31 de Dezembro de 2007, a CORTICEIRA AMORIM detinha 2 567 834 acções próprias, representativas de 1,9307% do seu capital social.

A realização destas transacções, nos termos acima descritos, foi julgada conveniente face à oportunidade de mercado, à existência de disponibilidades financeiras na Sociedade e ao impacto imaterial que tais movimentos teriam quer na regular formação dos preços da acção, quer no freefloat da Sociedade.

15. EVENTOS SUBSEQUENTES

Posteriormente a 31 de Dezembro de 2007 e até à data do presente relatório, não ocorreram factos relevantes que venham a afectar materialmente a posição financeira e os resultados futuros da CORTICEIRA AMORIM e do conjunto das empresas filiais incluídas na consolidação.

16. DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Em cumprimento do estabelecido na alínea c) do número 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, as contas anuais e demais documentos de prestação de contas, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da CORTICEIRA AMORIM, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação. Declaram ainda que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da CORTICEIRA AMORIM, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, contendo o referido relatório um capítulo especial onde se expõem os principais riscos e incertezas do negócio.

17. FECHO DO RELATÓRIO

O Conselho de Administração aproveita esta oportunidade para expressar o seu reconhecimento:

  • aos Accionistas e Investidores, pela confiança inequívoca que têm manifestado;
  • às Instituições de Crédito, pela importante colaboração prestada; e
  • ao Conselho Fiscal e ao Revisor Oficial de Contas pelo rigor e qualidade da sua actuação.

A todos os Colaboradores, cuja disponibilidade e empenho tanto têm contribuído para o desenvolvimento e crescimento das empresas participadas pela CORTICEIRA AMORIM, aqui lhes manifestamos o nosso sentido apreço.

Mozelos, 25 de Fevereiro de 2008

O Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

António Rios de Amorim
Presidente do Conselho de Administração
José Américo Amorim Coelho
Vice-Presidente do Conselho de Administração
Joaquim Ferreira de Amorim
Vogal do Conselho de Administração
Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira
Vogal do Conselho de Administração
Luísa Alexandra Ramos Amorim
Vogal do Conselho de Administração
José da Silva Carvalho Neto
Vogal do Conselho de Administração

CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO

Ano 2007

INFORMAÇÃO SOBRE A ESTRUTURA E PRÁTICAS DO GOVERNO SOCIETÁRIO

INTRODUÇÃO

O Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários aprovou em 1999 o primeiro conjunto de recomendações relativas ao governo das sociedades cotadas, visando o aperfeiçoamento dos mecanismos de tutela dos investidores nos mercados de valores mobiliários, tendo vindo desde então a fomentar reflexões profundas sobre o tema, em processos de consulta públicas alargadas e, em geral muito participadas por todos os agentes do mercado.

Em consequência, este primeiro conjunto de recomendações foi sendo reformulado, tendo-se algumas das recomendações transformado em obrigações e padronizando-se o conteúdo do relatório anual sobre a estrutura e as práticas de governo societário implementadas.

A CORTICEIRA AMORIM acolheu as recomendações iniciais, bem como as reflexões posteriores e consequentes alterações do quadro regulamentar aplicável, como um contributo oportuno e pertinente cuja observância favorece todas as entidades, particulares ou colectivas, cujos interesses estão envolvidas na actividade societária, tendo vindo a analisar criticamente o seu posicionamento em matéria de governo da sociedade à luz destas recomendações, ponderando as vantagens efectivas da sua integral implementação e a realidade em que opera.

Globalmente, as alterações têm tido como principais objectivos reforçar o sistema de fiscalização dentro da empresa e ampliar a transparência.

Decorrentes das alterações ao Código das Sociedades Comerciais introduzidas pelo o Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março bem como do processo de reflexão interno sobre a necessidade de actualizar algumas das práticas societárias da CORTICEIRA AMORIM para o que, à data, se consideravam ser práticas mais modernas e/ou dinamizadoras da participação dos Senhores Accionistas na vida societária, o início do ano2007 ficou marcado por um conjunto de alterações relevantes aos Estatutos e à estrutura dos órgãos societários. A saber:

II.. Estrut ura de fii scallii za çã o da Socii edad e

Tendo sido amplamente estudados os modelos de governo disponíveis para uma sociedade como a CORTICEIRA AMORIM, foi adoptado o modelo que preconiza a separação entre a administração e uma dupla fiscalização por um conselho fiscal e por um revisor oficial de contas, modelo vulgarmente conhecido como "latino reforçado".

IIII.. Alltera çã o de a sp ect os rellatii vos à partiiciipa çã o e/ou r epres enta çã o d o Acciionii sta e a o exercícii o d o diireiit o d e vot o

  • redução do número de dias de bloqueio das acções antes da Assembleia Geral, para participação na mesma, de 20 para 5 dias;
  • o requerimento, feito por Accionista, de introdução de assunto na ordem de trabalhos de uma Assembleia Geral, apenas terá de ter assinatura reconhecida notarialmente quando o Presidente da Mesa tiver dúvidas sobre a veracidade da mesma;
  • representação do Accionista pode ser feita por qualquer terceiro (imposição legal);

  • extensão da possibilidade do voto por correspondência em Assembleia Geral a todas as matérias e por voto electrónico quanto estiverem reunidas condições de segurança e fiabilidade do mesmo;

  • regulação do voto por correspondência;
  • possibilidade do envio de documentação relativa à Assembleia Geral, por e-mail, ao Accionista.

IIIIII.. D elliibera ções em Ass emblleiia Gerall

Assembleia Geral de Accionistas de 31 de Março de 2007

Tendo em consideração as referidas alterações ao Código das Sociedades Comerciais, nomeadamente o Artigo 374º-A, que determina a necessidade, por imperativo legal, de todos os membros da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade serem substituídos por se encontrarem em situação de falta de independência e/ou de incompatibilidade, foi deliberado que a Mesa da Assembleia Geral passasse a ser constituída apenas por um Presidente e um Secretário tendo sido eleitos, com posse imediata, para Presidente o Senhor Dr. Joaquim Taveira da Fonseca e para Secretário o Senhor Dr. Tiago Borges de Pinho.

Assembleia Geral de Accionistas de 28 de Maio de 2007

Aprova a alteração dos órgãos societários e aspectos mais relevantes relativos ao respectivo funcionamento:

  • são órgãos societários: a Assembleia Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas;
  • o mandato dos membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e do Revisor Oficial de Contas dura por três anos civis, podendo a Assembleia Geral anual, aquando da votação do relatório de gestão, das contas do exercício e da aplicação dos resultados, deliberar a destituição dos membros do Conselho de Administração, excepto do membro do Conselho de Administração eleito ao abrigo das regras especiais de eleição estabelecidas no artigo 392º do Código das Sociedades Comerciais;
  • os membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas podem ser retribuídos mediante uma remuneração fixa para determinado período.

Aprova um conjunto de alterações visando agilizar e fomentar a participação dos Accionistas na vida Societária:

  • estabelece o mínimo de cinco dias úteis de bloqueio das acções sobre a data designada para a respectiva reunião, como condição indispensável para participação, qualquer que seja a forma, na Assembleia Geral;
  • consagra a possibilidade de emissão de voto por correspondência, recepcionado na Sociedade até ao quinto dia útil anterior ao da Assembleia Geral, bem como a admissibilidade do voto por meios electrónicos, recepcionado na Sociedade até ao quinto dia útil anterior ao da Assembleia Geral, ficando o mesmo sujeito à verificação pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, previamente à convocação da Assembleia Geral, da existência de meios de comunicação que garantam a segurança e fiabilidade do voto emitido;
  • determina que os votos dados por correspondência ou por meios electrónicos valem como votos negativos relativamente a propostas apresentadas posteriormente à data em que esses votos tenham sido emitidos e que a presença do Accionista na Assembleia Geral revoga o voto por este dado por correspondência ou por meio electrónico;

  • confere a possibilidade da Sociedade, a solicitação do Accionista, enviar por e-mail a informação preparatória da Assembleia Geral, nos quinze dias anteriores à data da sua realização;

  • possibilita que a representação voluntária de um Accionista na Assembleia Geral possa ser conferida a outro Accionista ou a um terceiro não Accionista.

Aprova um conjunto de alterações visando agilizar as reuniões do Conselho de Administração, nomeadamente através da utilização de meios telemáticos:

  • determina que o Conselho de Administração pode reunir quando e onde o interesse social o exija;
  • equipara a presença física à intervenção dos Administradores nas reuniões do Conselho através de meios telemáticos que assegurem, em tempo real, a transmissão e recepção simultâneas de voz ou de voz e imagem, desde que consideradas suficientes a sua segurança e fiabilidade e, no início da respectiva reunião, seja aprovada pela maioria dos participantes;
  • possibilita que qualquer administrador se possa fazer representar numa reunião por outro administrador, mediante carta dirigida ao Presidente do Conselho;
  • confere aos administradores a faculdade de votarem por correspondência as resoluções do conselho de administração e ao Presidente do Conselho de Administração voto de qualidade nas decisões do Conselho;
  • determina que quatro faltas a reuniões, seguidas ou interpoladas, em cada ano civil, sem justificação aceite pelo Conselho de Administração conduzam a falta definitiva, que será declarada pelo Conselho de Administração, devendo proceder-se à substituição do Membro em falta, nos termos legais.

Aprova a composição e funcionamento dos órgãos sociais com competências em matéria de fiscalização:

  • consagra a existência de um Conselho Fiscal e de um Revisor Oficial de Contas, enquanto órgãos com competências de fiscalização;
  • determina que o Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e um ou mais suplentes, tendo o Presidente do Conselho Fiscal voto de qualidade nas decisões do conselho;
  • possibilita a intervenção dos membros nas reuniões do Conselho através de meios telemáticos que assegurem, em tempo real, a transmissão e recepção simultâneas de voz ou de voz e imagem, desde que consideradas suficientes a sua segurança e fiabilidade e, no início da respectiva reunião, seja aprovada pela maioria dos participantes;
  • estabelece que o Revisor Oficial de Contas é composto por um membro efectivo e um suplente, qualquer deles revisor oficial de contas ou sociedade de revisores oficiais de contas.

Elege os membros para os novos órgãos sociais:

  • Conselho Fiscal: Durval Ferreira Marques (Presidente), Joaquim Alberto Hierro Lopes (Vogal), Gustavo José de Noronha da Costa Fernandes (Vogal) e Alberto Manuel Duarte de Oliveira Pinto (Vogal Suplente);
  • Revisor Oficial de Contas: Pricewaterhousecoopers & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. (Efectivo), representada por José Pereira Alves ou representada por António Joaquim Brochado Correia e Hermínio António Paulos Afonso (Suplente).

O Regulamento da CMVM n.º 1/2007 (publicado em Novembro de 2007, com entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2009) e a divulgação da Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas, que vem enunciar, sob a forma de código não imperativo, um conjunto alargado de boas práticas em matéria de governo societário, motivam um novo processo de reflexão da Estrutura e das Práticas de Governo Societário que, à luz deste novo enquadramento legislativo, visa rever e aperfeiçoar as normas e procedimentos internos de governo da CORTICEIRA AMORIM, garantindo-se a sua eficiência na salvaguarda dos interesses respectivos.

O presente Relatório reporta-se à situação a 31 de Dezembro de 2007 e é elaborado em cumprimento do disposto no artigo 245.º- A do Código dos Valores Mobiliários e do n.º 1 do artigo 1.º do Regulamento da CMVM n.º 7/2001, incorporando as alterações introduzidas pelos Regulamentos da CMVM n.º 11/2003, 10/2005 e 3/2006.

Inclui-se ainda a informação prevista nos artigos 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais.

CAPÍTULO 0: DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO

A análise efectuada permite afirmar que a CORTICEIRA AMORIM evidencia um bom grau de adopção das Recomendações emanadas pela CMVM sobre o Governo das Sociedades, conforme se pode inferir da explicação apresentada nas notas seguintes:

"I – Divulgação da Informação

  1. A sociedade deve assegurar a existência de um permanente contacto com o mercado, respeitando o princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores. Para tal deve a sociedade criar um gabinete de apoio ao investidor."

RECOMENDAÇÃO INTEGRALMENTE ADOPTADA.

Existe na CORTICEIRA AMORIM o Departamento de Relações com o Mercado, cuja descrição se apresenta no ponto 8 do Capítulo I, que garante o cumprimento integral deste recomendação.

"II – Exercício do Direito de Voto e Representação de Accioni stas

  1. Não deve ser restringido o exercício activo do direito de voto, quer directamente, nomeadamente por correspondência, quer por representação. Considera-se, para este efeito, como restrição do exercício activo do direito de voto:

a) a imposição de uma antecedência do depósito ou bloqueio das acções para a participação em assembleia geral superior a 5 dias úteis;

b) qualquer restrição estatutária do voto por correspondência;

c) a imposição de um prazo de antecedência superior a 5 dias úteis para a recepção da declaração de voto emitida por correspondência;

d) a não existência de boletins de voto à disposição dos accionistas para o exercício do voto por correspondência."

RECOMENDAÇÃO INTEGRALMENTE ADOPTADA.

A alteração aos Estatutos da CORTICEIRA AMORIM, aprovada em Assembleia Geral de Accionistas de 28 de Maio de 2007, veio eliminar as restrições existentes ao voto por correspondência, passando a permiti-lo em todas as matérias passíveis de análise e deliberação em Assembleia Geral de Accionistas.

Nestes casos, a recepção da declaração de voto deve ocorrer até ao quinto dia útil anterior à data da realização da Assembleia Geral, adoptando-se, assim, o prazo preconizado pela Recomendação. A referida alteração aos Estatutos veio também expressamente esclarecer que

os votos por correspondência ou por meios electrónicos valem como votos negativos relativamente a propostas apresentadas posteriormente à data em que os mesmos tenham sido emitidos e que a presença do Accionista na Assembleia Geral revoga o voto por este dado por correspondência ou por meio electrónico.

Encontra-se disponível na sede da Sociedade e no seu sítio da internet (www.corticeiraamorim.com) um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência, respeitando a Recomendação.

O bloqueio de acções para participação na Assembleia Geral tem de ser efectuado com a antecedência mínima de cinco dias úteis sobre a data designada para a respectiva reunião.

"III – Regras Societárias

  1. A sociedade deve criar um sistema interno de controlo, para a detecção eficaz de riscos ligados à actividade da empresa, em salvaguarda do seu património e em benefício da transparência do seu governo societário."

RECOMENDAÇÃO INTEGRALMENTE ADOPTADA.

A CORTICEIRA AMORIM dispõe de um manual de procedimentos de controlo interno, elaborado em colaboração com a PricewaterhouseCoopers, que define claramente as responsabilidades e procedimentos com vista à prevenção e redução de situações de risco. Encontram-se igualmente criadas as unidades orgânicas consideradas necessárias para a redução de risco e para contribuir para a qualidade e integridade da informação divulgada ao mercado, cuja descrição é apresentada no ponto 3 do Capítulo I.

"4. As medidas que sejam adoptadas para impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição devem respeitar os interesses da sociedade e dos seus accionistas. Consideramse nomeadamente contrárias a estes interesses as cláusulas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração, prejudicando dessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação pelos accionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração."

RECOMENDAÇÃO INTEGRALMENTE ADOPTADA.

Tanto quanto é do conhecimento da CORTICEIRA AMORIM, não existem limites ao exercício dos direitos de voto, restrições à transmissibilidade de acções, direitos especiais de accionista e acordos parassociais.

"IV - Órgão de admini stração

  1. O órgão de administração deve ser composto por uma pluralidade de membros que exerçam uma orientação efectiva em relação à gestão da sociedade e aos seus responsáveis.

5-A. O órgão de administração deve incluir um número suficiente de administradores não executivos cujo papel é o de acompanhar e avaliar continuamente a gestão da sociedade por parte dos membros executivos. Titulares de outros órgãos sociais podem desempenhar um papel complementar ou, no limite, sucedâneo, se as respectivas competências de fiscalização forem equivalentes e exercidas de facto."

RECOMENDAÇÃO INTEGRALMENTE ADOPTADA.

O Conselho de Administração, órgão a quem compete a orientação efectiva em relação à gestão da Sociedade, é constituído por sete membros, dos quais quatro são não executivos e três desempenham funções executivas, verificando-se assim a existência de um número adequado de administradores não executivos, assim se acolhendo o entendimento da CMVM de que esta recomendação se "considera cumprida quando o órgão de administração inclua pelo menos 1/3 de administradores não executivos" (circular da CMVM relativa ao envio e publicação dos

documentos de prestação de contas anuais previstos no artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários e artigo 8.º do regulamento da CMVM n.º 4/2004).

Na Assembleia Geral de 28 de Maio de 2007, foram aprovadas alterações aos Estatutos da Sociedade visando a adopção do modelo de governo vulgarmente conhecido como "latino reforçado", tendo sido nomeado um Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas, órgãos cujos cargos são ocupados por membros independentes que exercem, de facto, as funções de fiscalização que lhes são atribuídas legalmente

"6. De entre os membros não executivos do órgão de administração deve incluir-se um número suficiente de membros independentes. Quando apenas exista um administrador não executivo este deve ser igualmente independente. Titulares independentes de outros órgãos sociais podem desempenhar um papel complementar ou, no limite, sucedâneo, se as respectivas competências de fiscalização forem equivalentes e exercidas de facto."

RECOMENDAÇÃO NÃO ADOPTADA.

Face ao sistema de dupla fiscalização implementado na Sociedade – Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas -, cuja totalidade dos membros é independente, considera-se que os interesses visados por esta Recomendação se encontram devida e integralmente acautelados, apesar de, à luz do actual conceito de independência, o Conselho de Administração não integrar nenhum membro não executivo independente, não se acolhendo, assim, o entendimento da CMVM de que esta recomendação se "considera adoptada quando exista um número de administradores não executivos independentes não inferior a 25% do total de membros do conselho de administração" (circular da CMVM relativa ao envio e publicação dos documentos de prestação de contas anuais previstos no artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários e artigo 8.º do regulamento da CMVM n.º 4/2004).

"7. O órgão de administração deve criar comissões de controlo internas com atribuição de competências na avaliação da estrutura e governo societários."

RECOMENDAÇÃO INTEGRALMENTE ADOPTADA.

A Sociedade dispõe de uma Comissão de Análise da Estrutura e das Práticas de Governo Societário, que promove as actividades necessárias à revisão ou aperfeiçoamento das normas e procedimentos internos de governo societário, garantindo-se a sua eficiência na salvaguarda dos interesses respectivos, bem como à análise dos novos modelos de estrutura, como os que resultam da recente reformulação do Código das Sociedades Comerciais, e a sua adequabilidade à realidade da CORTICEIRA AMORIM.

"8. A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada por forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da sociedade e deve ser objecto de divulgação anual em termos individuais."

RECOMENDAÇÃO PARCIALMENTE ADOPTADA.

A CORTICEIRA AMORIM divulga a remuneração auferida pelos membros do Conselho de Administração, identificando as remunerações auferidas pelo conjunto dos membros executivos, bem como as auferidas pelo conjunto dos membros não executivos. A Sociedade considera que este nível de detalhe responde de forma adequada aos interesses e transparência que a Recomendação visa salvaguardar, não sendo por isso realizada a discriminação individualizada da remuneração auferida por cada um dos membros do Conselho de Administração.

"8-A. Deve ser submetida à apreciação pela assembleia geral anual de accionistas uma declaração sobre política de remunerações dos órgãos sociais."

RECOMENDAÇÃO NÃO ADOPTADA.

A comissão de remunerações não irá submeter à apreciação da próxima Assembleia Geral, a realizar em 28 de Março de 2008, uma declaração sobre política de remunerações dos órgãos sociais, nos termos sugeridos pela Recomendação.

"9. Os membros da comissão de remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros do órgão de administração."

RECOMENDAÇÃO INTEGRALMENTE ADOPTADA.

À luz do conceito de independência definido nas Recomendações, os membros em exercício da Comissão de Remunerações reúnem as condições de independência em relação ao Conselho de Administração da Sociedade.

"10. Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de acções, e/ou de opções de aquisição de acções ou com base nas variações do preço das acções, a membros do órgão de administração e/ou trabalhadores. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano. A proposta deve ser acompanhada do regulamento do plano ou, caso o mesmo ainda não tenha sido elaborado, das condições gerais a que o mesmo deverá obedecer".

RECOMENDAÇÃO INTEGRALMENTE ADOPTADA.

Apesar desta situação específica não se ter ainda verificado na CORTICEIRA AMORIM, é política da Sociedade facultar todos os elementos relevantes para uma adequada e fundamentada apreciação das propostas apresentadas a discussão e deliberação da Assembleia Geral de Accionistas.

"10-A. A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades alegadamente ocorridas no seio da sociedade, com os seguintes elementos: indicação dos meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem ser feitas internamente, incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações, indicação do tratamento a ser dado às comunicações, incluindo tratamento confidencial, caso assim seja pretendido pelo declarante. As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no relatório do governo das sociedades."

RECOMENDAÇÃO PARCIALMENTE ADOPTADA.

Compete ao Conselho Fiscal da CORTICEIRA AMORIM, nos termos do respectivo regulamento de funcionamento, receber as comunicações de irregularidades apresentadas por Accionistas, Colaboradores da Sociedade ou por outras pessoas/entidades, dando-lhes o tratamento adequado.

A CORTICEIRA AMORIM reconhece, no entanto, que a atribuição de tal competência ao Conselho Fiscal – órgão integralmente constituído por membros independentes, garantindo assim a análise e tratamento imparcial de irregularidades que possam ser comunicadas à Sociedade -, não abrange integralmente a política de comunicação preconizada por esta recomendação. Atendendo à importância dos interesses que esta matéria procura salvaguardar, está a Comissão de Análise da Estrutura e das Práticas de Governo Societário a ponderar os meios mais adequados a tais comunicações, por forma a assegurar a protecção de dados e de Colaboradores, bem como o estabelecimento de medidas de vigilância global do sistema de comunicações a implementar.

"V– Investidores Institucionai s

  1. Os investidores institucionais devem tomar em consideração as suas responsabilidades quanto a uma utilização diligente, eficiente e crítica dos direitos inerentes aos valores mobiliários de que sejam titulares ou cuja gestão se lhes encontre confiada, nomeadamente quanto aos direitos de informação e de voto."

RECOMENDAÇÃO NÃO APLICÁVEL À CORTICEIRA AMORIM

CAPÍTULO I – DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

1. Repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos da sociedade no quadro do processo de deci são empresarial.

Cabe ao Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM o controlo efectivo da orientação da actividade da Sociedade, sendo o órgão competente para a tomada de decisões de natureza estratégica.

Além dos membros que compõem o Conselho de Administração, as reuniões deste órgão contam com a presença do seu Conselheiro. O cargo de Conselheiro do Conselho de Administração foi criado no ano 2001, sendo desde esta data ocupado pelo Sr. Américo Ferreira de Amorim.

O Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM é composto por quatro membros não executivos e por três membros executivos. Além da tomada de decisões referida no primeiro parágrafo deste ponto 1., nas reuniões do Conselho de Administração é realizado o acompanhamento dos aspectos mais importantes e relevantes da actividade da Sociedade, incluindo as matérias relevantes decididas, ou simplesmente analisadas, em sede de Comissão Executiva.

Conselho de Administração Conselheiro do Conselho de Administração
Américo Ferreira de Amorim
Administradores
Executivos
António Rios de Amorim
José Fernando Maia de Araújo e Silva
Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira
Presidente
Vogal
Vogal
Administradores
Não Executivos
José Américo Amorim Coelho
Joaquim Ferreira de Amorim
Luísa Alexandra Ramos Amorim
José da Silva Carvalho Neto
Vice-Presidente
Vogal
Vogal
Vogal

A actividade operacional da CORTICEIRA AMORIM está estruturada em seis Unidades de Negócios (UN).

Assumindo um modelo de gestão assente num conceito de Holding Estratégico-Operacional, as UN são coordenadas pela Comissão Executiva da CORTICEIRA AMORIM, a qual dispõe de amplos poderes de gestão, com excepção dos que por força legal ou estatutária estão reservados ao Conselho de Administração.

A Comissão Executiva é composta por três membros, sendo constituída, a 31 de Dezembro de 2007, por:

  • António Rios de Amorim (Presidente);
  • José Fernando Maia de Araújo e Silva;
  • Jorge Viriato de Freitas Barros Diniz Santos.

O alinhamento estratégico de toda a organização é potenciado pela utilização da metodologia do balanced scorecard na CORTICEIRA AMORIM e nas suas UN. Neste âmbito, compete ao Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM a aprovação dos objectivos e iniciativas estratégicas ao nível da CORTICEIRA AMORIM e de cada UN.

Cada UN dispõe de um Conselho de Administração composto por membros não executivos e por membros executivos onde se inclui o Director-Geral da UN, sendo o órgão competente para a decisão de todas as matérias consideradas relevantes. O esquema abaixo apresenta a forma como actualmente se encontra organizada a estrutura de gestão do negócio:

As Áreas de Suporte estão orientadas para o acompanhamento e coordenação da actividade das UN e das respectivas áreas funcionais. Enquanto em duas destas Áreas – a Auditoria Interna e o Controlo do Capital Investido – o acompanhamento é feito pelo administrador Dr. Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira, nas restantes o acompanhamento é feito pelos membros da Comissão Executiva, conforme ilustrado no esquema seguinte:

2. Comi ssões específicas criadas na sociedade

A CORTICEIRA AMORIM dispõe de uma Comissão de Análise da Estrutura e das Práticas de Governo Societário que promove as actividades necessárias à revisão ou aperfeiçoamento das normas e procedimentos internos de governo societário, garantindo-se a sua eficiência na salvaguarda dos interesses respectivos.

3. Si stema de controlo de ri scos implementado na sociedade

Ao nível do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, o objectivo principal consiste na visão integrada dos factores considerados críticos, pela rendibilidade e/ou riscos associados, para a criação sustentada de valor para a Sociedade e o Accionista.

A um nível operacional e pelas características específicas da actividade da CORTICEIRA AMORIM são identificados dois factores críticos, cuja gestão é da responsabilidade das UN, nomeadamente os riscos de mercado e de negócio e o factor matéria-prima (cortiça).

Risco de mercado e de negócio das actividades operacionais:

A gestão dos riscos de mercado e do negócio começa por ser assegurada pelas cinco UN com intervenção no mercado de produtos finais da CORTICEIRA AMORIM, ou seja, as UN Rolhas, Revestimentos, Aglomerados Técnicos, Cortiça com Borracha e Isolamentos.

No planeamento estratégico destas UN, suportado pela metodologia do balanced scorecard, são identificados os factores chave para criação de valor seguindo numa lógica multi-perspectiva, que engloba as perspectivas financeira, de mercado/Clientes, de processos, e infra-estruturas.

Nesta lógica, são definidos os objectivos estratégicos e respectivas metas, bem como as iniciativas a desenvolver para as atingir.

A metodologia adoptada permite reforçar o alinhamento entre a estratégia delineada e o planeamento operacional onde se definem, para um horizonte temporal mais curto, as acções prioritárias a desenvolver para a redução de riscos e criação sustentada de valor. Nas UN estão implementados os processos que permitem o acompanhamento sistemático daquelas acções, as quais são sujeitas a monitorização periódica e a apreciação mensal em sede de Conselho de Administração da UN.

Factor matéria-prima (cortiça):

Atenta a criticidade, transversal a todas as UN, deste factor, a gestão da compra, armazenagem e preparação da única variável comum a todas as actividades da CORTICEIRA AMORIM que é a matéria-prima (cortiça) está, desde 2002, reunida numa UN autónoma, permitindo:

  • a especialização de uma equipa exclusivamente dedicada à matéria-prima;
  • o aproveitamento de sinergias e integração do processamento de todos os tipos de matéria-prima (cortiça) transformadas nas restantes unidades;
  • potenciar a gestão das matérias-primas numa óptica multinacional;
  • reforçar a presença junto dos países produtores;
  • manter registo histórico (cadastro) actualizado por unidade florestal produtora de cortiça;
  • reforçar o diálogo com a produção, promovendo a certificação florestal, o aumento da qualidade técnica do produto e desenvolver parcerias nas áreas de investigação e desenvolvimento aplicadas à floresta;

  • preparar, debater e decidir no seio do Conselho de Administração a orientação ou a política de aprovisionamento plurianual a desenvolver;

  • assegurar o mix de matéria-prima mais adequado às necessidades do mercado de produtos finais;
  • assegurar a prazo a estabilidade desta variável crítica para a actividade da CORTICEIRA AMORIM.

Na dependência do Conselho de Administração, via acompanhamento pela Comissão Executiva ou por administrador executivo, existem Áreas de Suporte com uma forte actuação na gestão de factores críticos, incluindo a prevenção e detecção de riscos, sendo de destacar neste âmbito a intervenção das Áreas Financeira, Desenvolvimento Organizativo/Planeamento e Controlo de Gestão e Auditoria Interna.

Área Financeira:

Por ser uma das empresas portuguesas mais internacionalizadas, além da gestão dos riscos de liquidez e de taxa de juro, a CORTICEIRA AMORIM atribui especial atenção à gestão do risco cambial.

A Área Financeira enquanto responsável pela prevenção, monitorização e gestão dos referidos riscos, tem como principais objectivos o apoio na definição e implementação estratégica global ao nível financeiro e a coordenação da gestão financeira das diferentes UN.

Área de Desenvolvimento Organizativo/Planeamento e Controlo de Gestão e Área de Auditoria Interna:

Na dependência da Comissão Executiva, estas duas áreas de suporte desenvolvem um trabalho conjunto na redução dos riscos de funcionamento da Organização, sendo suas principais funções a avaliação e revisão dos sistemas de controlo interno, visando a optimização dos recursos e a salvaguarda do património, bem como o exame das actividades desenvolvidas, de forma a permitir aos órgãos de gestão um nível de segurança razoável de que os objectivos de negócio serão atingidos.

4. Descrição do comportamento bol si sta das acções

Conforme descrito no Capítulo 6. CORTICEIRA AMORIM NO MERCADO DE CAPITAISdo Relatório de Gestão.

5. Informação sobre a política de di stribuição de dividendos adoptada pela sociedade.

Em cada exercício económico, a CORTICEIRA AMORIM pondera, face à envolvente da sua actividade, nomeadamente os resultados líquidos obtidos, o nível de endividamento e as perspectivas futuras de necessidades de investimento e de financiamento visando o desejável equilíbrio económico-financeiro, a proposta de aplicação de resultados do exercício a submeter à aprovação da Assembleia Geral

No que concerne ao exercício em apreço, considerando os resultados líquidos obtidos, superiores a 23 milhões de euros, bem como a consistência observável no equilíbrio financeiro da Sociedade, o Conselho de Administração irá propor à Assembleia Geral de Accionistas a distribuição de um dividendo bruto por acção de 0,060 euros, um aumento de 9,1% face ao dividendo bruto atribuído no exercício anterior.

Unidade 2004 2005 2006 2007
Dividendo total mil € 4.655 6.650 7.315 7.980
% s/ Resultados (payout ratio) % 46,4% 42,2% 36,4% 34,3%
Dividendo por acção 0,035 0,050 0,055 0,060
% s/ Valor nominal da acção % 3,50% 5,00% 5,50% 6,00%
% s/ cotação a 31 de Dezembro % 3,06% 3,38% 2,81% 3,06%

Evolução dos Dividendos da CORTICEIRA AMORIM - 2004 a 2007

6. Planos de atribuição de acções e planos de atribuição de opções de aqui sição de acções adoptados ou vigentes no exercício

A CORTICEIRA AMORIM não adoptou nem tem vigente qualquer plano de atribuição de acções ou de atribuição de opções de aquisição de acções.

7. Negócios e operações real izados entre a sociedade e os membros dos seus órgãos de admini stração e fi scali zação, titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo

Não foram realizados operações ou negócios significativos nos termos previstos neste ponto.

8. Relações com o Mercado e Apoio ao Investidor

A CORTICEIRA AMORIM assegura a existência de um permanente contacto com o Mercado, respeitando o princípio da igualdade de Accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à informação por parte dos Investidores.

Assim, o Departamento de Relações com o Mercado, supervisionado pelo Representante para as Relações com o Mercado da CORTICEIRA AMORIM exerce, designadamente, as seguintes funções:

  • divulgação periódica de análise da evolução da actividade da Sociedade e dos resultados obtidos, incluindo a coordenação e preparação da sua apresentação pública semestral realizada a partir da sede da Sociedade (presencial ou em sistema de audioconferência);
  • divulgação de factos relevantes;
  • divulgação de comunicações sobre participações qualificadas;
  • recepção e centralização de todas as questões formuladas pelos investidores e esclarecimentos facultados;

• participação em conferências e reuniões com investidores e analistas.

O acesso a este Departamento pode ser feito pelo telefone 22 747 54 00, pelo fax 22 747 54 07 ou pelo endereço de correio electrónico [email protected].

A CORTICEIRA AMORIM tem vindo a utilizar as tecnologias de informação de que dispõe para divulgação periódica de informação económico-financeira, nomeadamente dos relatórios de análise da evolução da actividade e dos resultados obtidos, bem como na resposta a questões específicas levantadas pelos Investidores.

Conforme disposto no Regulamento da CMVM n.º 11/2003, a CORTICEIRA AMORIM disponibiliza no sítio www.corticeiraamorim.com um vasto conjunto de informação sobre a sua estrutura societária, sobre a sua actividade e sobre a evolução dos seus negócios.

A função de Representante para as Relações com o Mercado da CORTICEIRA AMORIM é desempenhada pela Sra. Dra. Cristina Rios de Amorim Baptista.

Das acções desenvolvidas em 2007, no âmbito do contacto com investidores, destacam-se as seguintes:

  • participação na ESN Small & Mid Cap Conference (Londres, Maio);
  • realização, em Junho, de um road show em Madrid, que permitiu uma interessante abordagem a importantes investidores institucionais;
  • a apresentação da actividade e dos resultados semestrais, em sistema de áudioconferência, fomentando assim a interacção na divulgação daquela informação;
  • Reuniões one-on-one realizadas a convite e nas instalações de bancos de investimento;
  • Reuniões nas instalações da Sociedade com investidores e equipas de analistas, aos quais foram apresentadas as principais unidades industriais.

9. Composição da comi ssão de remunerações ou órgão equivalente

A Comissão de Remunerações da CORTICEIRA AMORIM é composta por um Presidente e dois Vogais, cargos ocupados a 31 de Dezembro de 2007 por:

Presidente - José Manuel Ferreira Rios;

Vogal - Álvaro José da Silva;

Vogal - Américo Gustavo de Oliveira Ferreira.

10. Montante da remuneração anual do auditor e de outras pessoas singulares e colectivas pertencentes à mesma rede, suportada pela sociedade e/ou por pessoas colectivas em relação de domínio ou de grupo

Serviço Valor (mil euros) %
Revisão legal de contas 424 71
Outros serviços de garantia de fiabilidade 20 3
Outros serviços 155 26
Total 599 100

A rúbrica "Outros Serviços" compreende essencialmente apoio à implementação de mecanismos administrativos para o cumprimento de formalismos estabelecidos na lei. No âmbito destes serviços, estas entidades não assumem a liderança dos projectos subjacentes, a qual é sempre assumida pelo departamento apropriado da CORTICEIRA AMORIM, não se colocando portanto questões relativas à independência da actuação das mesmas.

CAPÍTULO II – EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO E REPRESENTAÇÃO DE ACCIONISTAS

A CORTICEIRA AMORIM estimula a participação dos Accionistas nas Assembleias Gerais da Sociedade, nomeadamente disponibilizando, conforme estipulado no Código das Sociedades Comerciais, a informação legalmente prevista para consulta prévia à realização da Assembleia Geral, visando permitir que o Accionista disponha da informação necessária à sua tomada de decisão nas matérias agendadas para cada Assembleia Geral, quer seja essa decisão expressa por si próprio, por correspondência ou por seu representante. Para facilitar tal acesso e conforme estipulado em Regulamento da CMVM, tal informação é também disponibilizada no sítio www.corticeiraamorim.com.

Relativamente ao processo de representação, a Mesa da Assembleia Geral confere a validade e a conformidade dos documentos de representação apresentados, face ao estipulado na lei e nos Estatutos da Sociedade.

1. Regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto

A CORTICEIRA AMORIM incentiva o exercício do direito de voto dos Accionistas nas Assembleias Gerais da Sociedade, seja por voto directo, por correspondência ou por representação, nomeadamente esclarecendo a tramitação legal necessária ao seu exercício.

Os Estatutos da Sociedade consagram a possibilidade de emissão de voto por correspondência, recepcionado na Sociedade até ao quinto dia útil anterior ao da Assembleia Geral, bem como a admissibilidade do voto por meios electrónicos, recepcionado na Sociedade até ao quinto dia útil anterior ao da Assembleia Geral, ficando o mesmo sujeito à verificação pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, previamente à convocação da Assembleia Geral, da existência de meios de comunicação que garantam a segurança e fiabilidade do voto emitido.

2. Exi stência de modelo para o exercício do direito de voto por correspondência

A CORTICEIRA AMORIM disponibiliza aos Accionistas, na sua sede social (Rua de Meladas, n.º 380 – 4536-902 Mozelos) e no sítio de internet (www.corticeiraamorim.com), um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência.

3. Possibilidade e exercício do direito de voto por meios electrónicos

Os Estatutos da CORTICEIRA AMORIM possibilitam o voto por meios electrónicos desde que se julgue reunidas as condições técnicas que permitam assegurar a verificação da autenticidade das declarações de voto e garantir a integridade e a confidencialidade do seu conteúdo.

4. Antecedência exigida para o depósito ou bloqueio de acções para participação na Assembleia Geral

A antecedência mínima de tal bloqueio consagrada pelos Estatutos da CORTICEIRA AMORIM é de cinco dias úteis sobre a data designada para a Assembleia Geral.

5. Prazo mínimo entre a recepção da declaração de voto por correspondência e a data da reali zação da Assembleia Geral

A recepção da declaração de voto deve ocorrer nos cinco dias úteis anteriores à data da realização da Assembleia Geral.

Os votos transmitidos por correspondência ou por meios electrónicos valem como votos negativos relativamente a propostas apresentadas posteriormente à data em que esses votos tenham sido emitidos. A presença do Accionista na Assembleia Geral revoga o voto por este dado por correspondência ou por meio electrónico.

A Sociedade poderá, a solicitação do accionista, enviar por e-mail a informação preparatória da Assembleia Geral, nos quinze dias anteriores à data da sua realização.

6. Número de acções a que corresponde um voto

A cada grupo de mil acções corresponde um voto.

CAPÍTULO III – REGRAS SOCIETÁRIAS

1. Exi stência, ao nível da organi zação interna, de regras específicas vocacionadas para regularem situações de conflito de interesses entre os membros do órgão de administração e a sociedade

Embora não existam códigos de conduta e regulamentos internos formais no sentido desta nota, considera a CORTICEIRA AMORIM que os princípios de boa prática empresarial fazem parte dos valores empresariais salvaguardados tanto pelos membros dos órgãos societários como pelos restantes Colaboradores.

2. Procedimentos internos adoptados para o controlo do ri sco na actividade da sociedade

Conforme descrito no ponto 3 do Capítulo I deste Relatório.

3. Medidas susceptívei s de interferir no êxito de ofertas públicas de aquisição

Tanto quanto é do conhecimento da CORTICEIRA AMORIM, não existem limites ao exercício dos direitos de voto, restrições à transmissibilidade de acções, direitos especiais de accionista e acordos parassociais.

CAPÍTULO IV - ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

1. Composição e caracterização do órgão de admini stração

O Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM é composto pelo Presidente, Vice-Presidente e cinco Vogais, cargos exercidos a 31 de Dezembro de 2007 por:

Membros executivos:
Presidente: António Rios Amorim
Vogal: José Fernando Maia de Araújo e Silva
Vogal: Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira
Membros não executivos:
Vice - Presidente: José Américo Amorim Coelho
Vogal: Joaquim Ferreira de Amorim
Vogal: José da Silva Carvalho Neto
Vogal: Luísa Alexandra Ramos Amorim

Na Assembleia Geral de Accionistas, realizada a 31 de Março de 2005, foram eleitos, para um mandato de três anos, os Órgão Sociais incluindo o Conselho de Administração da Sociedade. Importa referir que, a essa data, encontrava-se integralmente adoptada a recomendação da CMVM relativa à existência de membros independentes no órgão de administração, concretamente através da nomeação do Sr. Dr. José Fernando Maia de Araújo e Silva, membro do Conselho de Administração com funções executivas não associado a quaisquer grupos específicos de interesses. Contudo, face às alterações introduzidas pelo Regulamento da CMVM n.º 10/2005, exercendo aquele Administrador funções executivas, resulta a não independência dos membros não executivos, por se enquadrarem em pelo menos uma das categorias elencadas no n.º 2 do artigo 1.º do Regulamento da CMVM n.º 11/2003. Face à renúncia do Vogal do Conselho de Administração Sr. Rui Miguel Duarte Alegre, foi eleito, em sua substituição, por deliberação tomada na reunião da Assembleia Geral de 31 de Março de 2006, o Sr. Eng.º José da Silva Carvalho Neto, também membro não executivo e não independente, por se enquadrar em pelo menos uma das categorias elencadas no mencionado preceito legal.

Relativamente aos membros do Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM em exercício a 31 de Dezembro de 2007, informa-se ainda:

António Rios de Amorim (Presidente):

Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da CORTICEIRA AMORIM desde Março de 2001. Foi Administrador Delegado da Amorim & Irmãos (1996-2001), Administrador da Sociedade Figueira-Praia (1993-2006), responsável operacional da Amorim - Empreendimentos Imobiliários – promotora dos projectos Torres de Lisboa e Arrábida Shopping (1993-1995), Administrador Executivo da Amorim Hotéis, SA, com responsabilidade no desenvolvimento das cadeias Ibis e Novotel em Portugal. Degree of Commerce - Faculty of Commerce and Social Sciences – Universidade de Birmingham (1989) e, complementarmente, frequência do The Executive Program in Business Administration: Managing the Enterprise - Columbia University Graduate School of Business (1992), Managerial Skills for International Business – INSEAD (2001) e Executive Program in Strategy and Organization – Graduate School of Business Stanford University (2007). Foi associado da European Round Table of Industrialists – único grupo empresarial português a integrar esta associação (1991-1995). Presidente da Associação Portuguesa da Cortiça (desde 2002) e da Confédération Européenne du Liège (desde 2003). Em Fevereiro de 2006 foi distinguido, por Sua Excelência o Senhor Presidente da República, com a Comenda de Grande-Oficial da Ordem de Mérito Agrícola, Comercial e Industrial.

Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 29 de Março de 1990 Data da primeira designação para Presidente do Conselho de Administração: 31 de Março de 2001

Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2007, mantendo-se, nos termos da legislação em vigor, em funções até nova eleição.

Cargos ocupados em outras sociedades:

Empresa Cargo Exercido
Grupo CORTICEIRA AMORIM
Amorim Natural Cork - Florestal, SA Presidente do Conselho de Administração
Amorim Florestal España, SL Presidente do Conselho de Administração
Amorim & Irmãos IV, SA Presidente do Conselho de Administração
Amorim & Irmãos, SA Presidente do Conselho de Administração
Amorim & Irmãos, SGPS, SA Presidente do Conselho de Administração
Amorim & Irmãos VI, SA Presidente do Conselho de Administração
Amorim Florestal – Espanha, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Industrial Solutions – Indústria de Cortiça e Borracha I, SA Presidente do Conselho de Administração
Amorim Isolamentos, SA Presidente do Conselho de Administração
Amorim Revestimentos, SA Vice-Presidente do Conselho de Administração
Amorim Cork Composites, SA Presidente do Conselho de Administração
Korken Schiesser GmbH Gerente
Outras Sociedades
Afaprom – Sociedade Agro-Florestal, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Capital, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Desenvolvimento, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim – Investimentos e Participações, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim – Serviços e Gestão, SA Presidente da Comissão de Remunerações
Cimorim - Sociedade Agro-Florestal, S.A. Vogal do Conselho de Administração
Corpóreo – Compra e Venda de Imóveis, SA Vogal do Conselho de Administração
Interfamília II, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Luxor, SGPS, SA Vice-Presidente do Conselho de Administração
Resiféria – Construções Urbanas, SA Vogal do Conselho de Administração
S21 – Sociedade de Investimento Imobiliário, SA Vogal do Conselho de Administração
Outros Organismos
Associação Portuguesa da Cortiça Presidente da Direcção
Confédération Européenne du Liège Presidente do Conselho de Administração

José Américo Amorim Coelho (Vice-Presidente):

Frequentou a Faculdade de Economia do Porto (1974-1976). É Vice-Presidente do Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM, não executivo a partir de Setembro de 2005. Até esta data foi Vice-Presidente da Comissão Executiva da Sociedade, com responsabilidade pelo acompanhamento permanente das UN Aglomerados Técnicos, Cortiça com Borracha e Isolamentos e co-responsável no acompanhamento da UN Matérias-Primas. Nos últimos 28 anos foi administrador executivo em diversas participadas da Sociedade, sendo de destacar a liderança da UN Aglomerados Técnicos (1982-1992) e da UN Revestimentos (1992-2002).

Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 9 de Outubro de 1987 Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2007, mantendo-se, nos termos da legislação em vigor, em funções até nova eleição.

Cargos ocupados em outras sociedades:
Empresa Cargo Exercido
Outras Sociedades
Amorim – Entertainment e Gaming International, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Participações Mobiliárias, SGPS, SA Presidente do Conselho de Administração
Amorim Turismo, SGPS, SA Vogal do Conselho de Adm inistração
Amorim Turismo – Imobiliária, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
CHT – Casino Hotel de Tróia, SA Vogal do Conselho de Administração
Foz Património – Sociedade Imobiliária e Turística, SA Vogal do Conselho de Administração
Goldtur – Hotéis e Turismo, SA Vogal do Conselho de Administração
Grano Salis – Investimentos Turísticos, Jogo e Lazer, SA Vogal do Conselho de Administração
Prifalésia – Construção e Gestão de Hotéis, SA Vogal do Conselho de Administração
Return – Investimentos Hoteleiros e Jogo, SA Vogal do Conselho de Administração
Soamco – Investimentos, Lda Gerente
Sociedade Figueira Praia, SA Vogal do Conselho de Administração
Tróia Península Investimentos, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Turyleader, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração

Joaquim Ferreira de Amorim (Vogal):

Empresário e Administrador de empresas. Faz parte da terceira geração da Família Amorim e conta com cerca de 50 anos de actividade profissional na área da cortiça do Grupo. Integrou a equipa de gestão que nos anos 60 iniciou a verticalização do negócio da cortiça e que mais tarde, nos anos 80 e 90, investiu na internacionalização do negócio, conduzindo a CORTICEIRA AMORIM à liderança mundial do sector da cortiça.

Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 9 de Outubro de 1987 Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2007, mantendo-se, nos termos da legislação em vigor, em funções até nova eleição.

Cargos ocupados em outras sociedades:
--------------------------------------- -- -- -- --
Empresa Cargo Exercido
(i)
Grupo CORTICEIRA AMORIM
Amorim & Irmãos, SGPS, SA Vice-Presidente do Conselho de Administração
Amorim & Irmãos, S.A. Vice-Presidente do Conselho de Administração
S.A.M. Clignet & Cie Presidente do Conselho Fiscal
Outras Sociedades
Amorim – Investimentos e Participações, SGPS, SA Primeiro Vice-Presidente do Conselho Administração
Amorim Capital, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Desenvolvimento, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim – Entertainment e Gaming Internacional, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Turismo, SGPS, SA Vice-Presidente do Conselho de Administração
Amorim Turismo - Imobiliária, SGPS, SA Vice-Presidente do Conselho de Administração
Ancarin Investimentos Imobiliários e Financeiros, SA Presidente do Conselho de Administração
Casa de Mozelos Gestão de Imóveis, SA Presidente do Conselho de Administração
CHT – Casino Hotel de Tróia, SA Vogal do Conselho de Administração
Evalesco, SGPS, SA Presidente do Conselho de Administração
Florinvest – Sociedade Agrícola, SA Presidente do Conselho de Administração
Goldtur – Hotéis e Turismo, S.A. Vice-Presidente do Conselho de Administração
Grano Salis – Investimentos Turísticos, Jogo e Lazer, SA Vogal do Conselho de Administração
Interfamilia II, SGPS, SA Vogal do Conselho Administração
Investife - Investimentos Imobiliários e Financeiros, SA Presidente do Conselho de Administração
Investife, SGPS, S.A. Presidente do Conselho de Administração
Norbrasin, Investimentos Imobiliários, SA Presidente do Conselho de Administração
Prifalésia – Construção e Gestão de Hotéis, SA Vogal do Conselho de Administração
Resinfe – Investimentos e Promoção Imobiliária, SA Vice-Presidente do Conselho de Administração
Return – Investimentos Hoteleiros e Jogo, SA Vogal do Conselho de Administração
Sociedade Agrícola Triflor, SA Presidente do Conselho de Administração
Sociedade Figueira Praia, SA Vogal do Conselho de Administração
Tróia Península Investimentos, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Turyleader, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração

José Fernando Maia de Araújo e Silva (Vogal):

Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto (1974). Administrador executivo da CORTICEIRA AMORIM desde 2002. Foi Vice-Presidente da Sonae Indústria (1999-2002) e membro do Conselho de Administração da Spred (1998-1999), da Sonae Participações Financeiras (1996- 1998) e da Tafisa (1993-1995). Responsável pela coordenação financeira e controlo de gestão da área indústria do Grupo Sonae (1989-1990) e pela coordenação financeira da Sonae Investimentos (1991-1993). Foi Administrador da Soserfin (1987-1988) e Director do departamento internacional do BESCL (1984-1986). Iniciou a sua actividade profissional na Faculdade de Economia do Porto como assistente em diversas cadeiras (1975-1983). Ainda nesta Faculdade foi responsável pela cadeira de Gestão Financeira Internacional (1987-1988) no curso de pósgraduação de Analistas Financeiros. Desde 1991, é professor convidado da Universidade Católica Portuguesa, onde é responsável pela cadeira de Gestão Financeira Internacional do curso de Gestão.

Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 16 de Setembro de 2002 Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2007. Renunciou ao cargo exercido em Dezembro de 2007, mantendo-se em funções, nos termos da legislação em vigor, até ao final do mês de Janeiro de 2008.

Cargos ocupados em outras sociedades:

Empresa Cargo Exercido
(ii)
Grupo CORTICEIRA AMORIM
Amorim & Irmãos, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim & Irmãos, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Revestimentos, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Natural Cork – Florestal,, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Industrial Solutions – Indústria de Cortiça e
Borracha I, SA
Vogal do Conselho de Administração
Amorim Isolamentos, SA Vogal do Conselho de Administração
Champcork – Rolhas de Champanhe, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Cork Composites, SA Vogal do Conselho de Administração
Portocork Internacional, SA Vogal do Conselho de Administração

Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira (Vogal):

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa. Administrador não executivo da CORTICEIRA AMORIM, desde Março de 2003 até Setembro de 2005, passou a exercer funções executivas a partir desta data. Administrador não executivo de diversas empresas do Grupo Amorim (a partir de 2000) e Administrador executivo da Barrancarnes (2000-2005). Após um ano na área comercial da Møre Codfish (Noruega), integrado no programa Comett e um estágio na Merril Lynch (Londres), iniciou a sua actividade profissional no Grupo Banco Comercial Português onde, durante três anos, colaborou nas áreas de Estudos e Planeamento, Área Internacional e Fundos de Investimento.

Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 28 de Março de 2003 Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2007, mantendo-se, nos termos da legislação em vigor, em funções até nova eleição.

Cargos ocupados em outras sociedades:
Empresa Cargo Exercido
Outras Sociedades
Amorim - Investimentos e Participações, SGPS, SA Vogal da Comissão de Remunerações
Amorim – Serviços e Gestão, SA Vogal da Comissão de Remunerações
Natureza – Investimentos e Participações, Lda. Gerente

Luísa Alexandra Ramos Amorim (Vogal):

Licenciatura (DESE) em Marketing pelo ISAG. Administradora da Amorim – Investimentos e Participações (desde 2002). Direcção executiva da Natureza, S.G.P.S (desde 2002) e Direcção de Marketing da J. W. Burmester (2000-2002). Iniciou a sua actividade profissional no Grupo Amorim como Assistente de Direcção Hoteleira na Amorim Hotéis e Serviços e na Sociedade Figueira Praia (1996-1997), tendo colaborado em diversas áreas de negócios do Grupo, em Portugal e no estrangeiro, entre 1998 e 2000.

Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 28 de Março de 2003 Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2007, mantendo-se, nos termos da legislação em vigor, em funções até nova eleição.

Cargos ocupados em outras sociedades:

Empresa Cargo Exercido
Outras Sociedades
Amorim - Investimentos e Participações, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Bucozal – Investimentos Imobiliários e Turísticos, Lda Gerente
Quinta Nova de Nossa Senhora Carmo – Sociedade
Agrícola, Comercial e Turística, lda
Gerente

José da Silva Carvalho Neto (Vogal):

Licenciado em Engenharia Química pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Desde Janeiro de 2004, Administrador de diversas empresas do Grupo Amorim. Iniciou a sua actividade profissional na Mabor Portugal, posteriormente integrada no Grupo Continental, onde ao longo de 30 anos e meio de actividade desempenhou as seguintes funções: Chefia de Pessoal e Direcção de Recursos Humanos na Mabor Portugal (treze anos); Director de Produção da Mabor Portugal (quatro anos); Director e Administrador de Fábrica da Mabor em Luanda - Angola (dezoito meses); Director Comercial da Continental e Mabor em Portugal (dois anos); Director de Projecto de Reestruturação, Administrador e Presidente do Grupo Continental – pneumáticos -, em Portugal (oito anos) e Presidente do Grupo Continental no México.

Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 31 de Março de 2006 Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2007, mantendo-se, nos termos da legislação em vigor, em funções até nova eleição.

Cargos ocupados em outras sociedades:

Empresa Cargo Exercido
Outras Sociedades
Amorim & Ruas, SA Procurador
Amorim Broking – Investimentos e Participações Financeiras, SA Presidente do Conselho de Administração
Amorim Desenvolvimento, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Energia, BV Director
Amorim Investimentos Energéticos, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim Negócios Internacionais, SA Vogal do Conselho de Administração
AmoriImgest, Lda Gerente
Bucozal – Investimentos Imobiliáiros e Turísticos, lda Gerente
Caribbean Seafood – trading e Marketing, SA Presidente do Conselho de Administração
Ciminvest – Sociedade de Investimentos e Participações, SA Vogal do Conselho de Administração
Cores da Paisagem, SA Presidente do Conselho de Administração
Época Global, SGPS, SA Presidente do Conselho de Administração
IInvestimentos Ibéricos, SGPS, SA Presidente do Conselho de Administração
Imoeuro, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Imoluanda, SA Presidente do Conselho de Administração
Natureza – Investimenos e Participações, Lda. Gerente
Power, Oil & Gas Investments, BV Director
Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo – Sociedade
Agrícola, Comercial e Turística, Lda Gerente
Recato da Madeira – Investimentos Financeiros e Gestão, SA Presidente do Conselho de Administração
Resultactual, SGPS, SA Presidente do Conselho de Administração
Tendência Verde, SA Presidente do Conselho de Administração
Viscolatex – Indústria e Comércio de Fios Têxteis, Lda. Gerente
World Fun Telecom – Redes de Telefonia, SA Vogal do Conselho de Administração

2. Outros órgãos com competência em matéria de gestão.

Assumindo um modelo de gestão assente num conceito de Holding Estratégico-Operacional, as UN são coordenadas pela Comissão Executiva da CORTICEIRA AMORIM, a qual dispõe de amplos poderes de gestão, com excepção dos que por força legal ou estatutária estão reservados ao Conselho de Administração.

A Comissão Executiva é composta por três membros, sendo constituída, a 31 de Dezembro de 2007, por:

  • António Rios de Amorim (Presidente);
  • José Fernando Maia de Araújo e Silva;
  • Jorge Viriato de Freitas Barros Diniz Santos.

A actividade desta Comissão permite potenciar os sistemas internos de controlo, introduzindo apreciações contínuas e implementação de acções que visam melhorar os níveis de performance dos negócios, bem como contribuir para a detecção mais eficaz de riscos ligados à actividade, conforme se apresenta nos pontos 1 e 3 do Capítulo I do presente Relatório.

3. Exercício de funções pelo órgão de admini stração da sociedade

Cabe ao Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM o controlo efectivo na orientação da actividade da Sociedade, sendo o órgão competente para a tomada de decisões de natureza estratégica.

Não há uma delimitação específica de competências entre o Presidente do Conselho de Administração e a Comissão Executiva, salvo a decorrente da Lei. Actualmente, o cargo de presidente destes dois organismos é desempenhado pela mesma pessoa, embora tal decorra da eleição e não de imposição legal ou estatutária.

Está vedada à Comissão Executiva as deliberações que, nos termos legais, não podem ser delegadas pelo Conselho de Administração, nomeadamente a cooptação de administradores, o pedido de convocação de assembleias gerais, os relatórios e contas anuais, a prestação de cauções e garantias pessoais ou reais pela Sociedade, as mudanças de sede e aumentos de capital, os projectos de fusão, de cisão e de transformação da Sociedade.

Estão garantidas as condições de procedimentos, de processos de decisão, de interacção e de reporting, para que o órgão de administração possa estar, a todo o tempo, informado sobre as matérias relevantes e sobre as decisões tomadas pela Comissão Executiva.

Não está definida qualquer lista de incompatibilidades entre o exercício do cargo de administrador da Sociedade e outros cargos eventualmente ocupados em outras sociedades ou organizações, tal como não está definido qualquer limite de cargos acumuláveis.

No ano2007 realizaram-se dez reuniões do Conselho de Administração da Sociedade e vinte e duas reuniões da Comissão Executiva.

4. Política de remuneração

A forma como se encontra estruturada a remuneração da Administração procura promover o alinhamento dos interesses dos titulares deste órgão com os interesses da Sociedade, assenta sobretudo numa base fixa, com uma componente variável que é função dos resultados da actividade desenvolvida e da situação económica e financeira da Sociedade.

5. Remuneração auferida pelo conjunto dos membros do órgão de administração

O conjunto de todos os membros do Conselho de Administração que, nos termos do ponto 1 do Capítulo IV do presente Relatório, exerce funções executivas, auferiu remunerações que ascenderam a cerca de 989 193,38 euros (512 623,38 euros de remuneração fixa e 476 570,00 euros de remuneração variável), pelo desempenho de funções quer no órgão de administração da CORTICEIRA AMORIM quer nos órgãos de administração das empresas associadas ou participadas que consolidam naquela Sociedade.

O conjunto de todos os membros não executivos deste órgão auferiu apenas de remuneração fixa no montante de 208 690,00 euros, pelo desempenho de funções quer no órgão de administração da CORTICEIRA AMORIM quer nos órgãos de administração das empresas associadas ou participadas que consolidam naquela Sociedade.

Conforme se identifica no ponto 1 do Capítulo I: "O alinhamento estratégico de toda a organização é potenciado pela utilização da metodologia do balanced scorecard, na CORTICEIRA AMORIM e nas suas UN."

Assim, a componente variável da remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração corresponde a um prémio de desempenho que decorre da verificação do grau de cumprimento das metas, objectivos e iniciativas estratégicos e acções prioritárias definidos.

A adopção da metodologia referida, que pondera indicadores financeiros e não financeiros para a avaliação do desempenho, permite à Comissão de Remunerações aferir em cada exercício do grau de cumprimento objectivo dessas metas, deliberando, em função desse cumprimento, a atribuição do referido prémio.

No que concerne ao exercício de 2007, tendo-se verificado o cumprimento de tais metas, foi decidida a atribuição de um prémio aos membros executivos do Conselho de Administração no valor total de 476 570,00 euros.

6. Descrição das l inhas gerai s da política de comunicações de irregularidades alegadamente ocorridas no seio da sociedade

Compete ao Conselho Fiscal da CORTICEIRA AMORIM, nos termos do respectivo regulamento de funcionamento, receber as comunicações de irregularidades apresentadas por Accionistas, Colaboradores da Sociedade ou por outras pessoas/entidades, dando-lhes o tratamento adequado.

A CORTICEIRA AMORIM reconhece, no entanto, que a atribuição de tal competência ao Conselho Fiscal – órgão integralmente constituído por membros independentes, garantindo assim a análise e tratamento imparcial de irregularidades que possam ser comunicadas à Sociedade -, não abrange integralmente a política de comunicação preconizada pela Recomendação IV da CMVM.

Atendendo à importância dos interesses que esta matéria procura salvaguardar, está a Comissão de Análise da Estrutura e das Práticas de Governo Societário a ponderar os meios mais adequados a tais comunicações, por forma a assegurar a protecção de dados e de Colaboradores, bem como o estabelecimento de medidas de vigilância global do sistema de comunicações a implementar.

CAPÍTULO V: OUTRAS INFORMAÇÕES

1. Informação previ sta no artigo 245.º- A do Código dos Valores Mobi liários

a) Estrutura de capital, incluindo indicação das acções não admitidas à negociação, diferentes categorias de acções, direitos e deveres inerentes às mesmas e percentagem de capital que cada categoria representa

O capital social da CORTICEIRA AMORIM cifra-se em 133 milhões de euros, representado por 133 milhões de acções ordinárias de valor nominal de 1 euro, que conferem direito a dividendos.

Estão admitidas à negociação na Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. a totalidade das acções emitidas pela Sociedade.

b) Eventuais restrições à transmissibilidade das acções, tais como cláusulas de consentimento para a alienação, ou limitações à titularidade de acções

Os Estatutos da Sociedade não prevêem qualquer restrição deste tipo, e, tanto quanto é do conhecimento da Sociedade, não existe qualquer outro tipo de restrição à transmissibilidade das acções.

c) Participações qualificadas no capital social da sociedade

Relação dos Accionistas titulares de participações sociais qualificadas, à data de 31 de Dezembro de 2007:

Relação dos Accionistas titulares de participações sociais qualificadas, à data de 31 de Dezembro de 2007:

Accionista Acções Detidas
(quantidade)
Participação
(%)
Amorim Capital, SGPS, SA 90.162.161 67,791%
Luxor - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 3.069.230 2,308%
Portus Securities - Sociedade Corretora, Lda. 7.400.000 5,564%
Directamente 6.400.000 4,812%
Via Accionista/Gestor 1.000.000 0,752%
Bestinver Gestión, SGIIC, S.A por imputação de: 6.752.309 5,077%
BESTINVER BOLSA, F.I. 4.541.582 3,415%
BESTINFOND F.I. 1.267.969 0,953%
BESTINVER MIXTO, F.I. 545.929 0,410%
SOIXA SICAV, S.A. 163.296 0,123%
TEXRENTA INVERSIONES SICAV, S.A. 31.111 0,023%
CORFIN INVERSIONES SICAV, S.A. 25.103 0,019%
RODAON INVERSIONES, SICAV, S.A. 21.602 0,016%
TIBEST CINCO, SICAV, SA 18.965 0,014%
INVERS. EN BOLSA SIGLO XXI, SICAV, S.A. 17.209 0,013%
ATON INVERSIONES SICAV, SA 13.384 0,010%
TIGRIS INVERSIONES, SICAV, SA 11.805 0,009%
Total de Participações Qualificadas 107.383.700 80,740%
IBERFARMA SICAV, S.A. 2.569 0,002%
TAWARZAR 2-S2 SICAV, S.A. 3.440 0,003%
Opec Inversiones, SICAV, S.A. 3.720 0,003%
ZAMARRON SICAV, S.A. 4.068 0,003%
HELDALIN INVERSIONES SICAV, S.A. 4.133 0,003%
LINKER INVERSIONES, SICAV, SA 5.359 0,004%
CAMPO DE ORO, SICAV, S.A. 5.576 0,004%
Cartera Millennium SICAV, S.A. 6.592 0,005%
ACCS., CUPS. Y OBS. SEGOVIANAS, SICAV, S.A. 7.224 0,005%
ENTRECAR INVERSIONES, SICAV, S.A. 8.971 0,007%
PASGOM INVERSIONES, SICAV, S.A. 9.645 0,007%
DIVALSA DE INVERSIONES SICAV, SA 10.491 0,008%
H202 Inversiones SICAV, S.A. 10.875 0,008%
MERCADAL DE VALORES SICAV, SA 11.691 0,009%

A Amorim - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A., detém, à data de 31 de Dezembro de 2007, uma participação qualificada indirecta na CORTICEIRA AMORIM, de 90 162 161 acções correspondente a 67,791% do capital social da Sociedade. A referida participação indirecta é detida através da Amorim Capital - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A..

A Amorim – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. é detida a 100% pela Interfamília II, S.G.P.S., S.A.

De referir que, em 31 de Dezembro de 2007, a Sociedade possuía 2.567.834 acções próprias.

d) Identificação de accionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos Não existem acções da Sociedade ou titulares de acções com direitos especiais.

e) Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes Não estão previstos, neste âmbito, quaisquer mecanismos de controlo.

f) Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de acções, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial Conforme descrito no capítulo II do presente documento.

g) Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto

Tanto quanto é do conhecimento da Sociedade, não existem quaisquer acordos parassociais que possam conduzir às mencionadas restrições.

h) Regras aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e à alteração dos Estatutos da sociedade

As regras aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do órgão de administração são as previstas na Lei com as seguintes especificidades previstas nos Estatutos da Sociedade:

A eleição é realizada em listas, com especificação do cargo que competir a cada membro, sendo a votação feita em duas fases:

Primeira: procede-se à eleição isolada de um administrador entre pessoas propostas em listas subscritas por grupos de accionistas que reunam entre 10 e 20% do capital social. Cada lista deve propor pelo menos duas pessoas elegíveis por cada um dos cargos a preencher, não podendo o mesmo accionista subscrever mais do que uma das listas. Se nesta eleição isolada forem apresentadas listas por mais de um grupo de accionistas, a votação incidirá primeiro sobre o conjunto das listas, e, depois, sobre as pessoas indicadas na lista vencedora. As listas podem ser apresentadas até ao início da discussão, na assembleia geral, do ponto da ordem de trabalhos relativo à eleição dos membros do Conselho de Administração;

Segunda: a assembleia geral procede à eleição dos demais administradores, podendo participar na respectiva deliberação todos os accionistas presentes, tenham ou não subscrito ou votado qualquer das listas da primeira fase. A assembleia geral não pode proceder à eleição dos restantes administradores enquanto não tiver sido eleita uma das pessoas propostas nas listas da primeira fase, salvo se não tiver sido proposta qualquer lista.

O mandato dos membros do Conselho de Administração dura por três anos civis. Findo o mandato, os accionistas procedem obrigatoriamente à eleição dos membros do Conselho de Administração, que podem reeleitos uma ou mais vezes.

A Assembleia Geral anual, aquando da votação do relatório de gestão, das contas do exercício e da aplicação dos resultados, pode deliberar a destituição dos membros do Conselho de Administração, sem que haja lugar ao pagamento de qualquer indemnização ou compensação aos administradores assim destituídos, independentemente de, para justificação de tal destituição, ter ou não sido invocada justa causa. No entanto, este mecanismo não produzirá os seus efeitos quanto ao membro do Conselho de Administração eleito ao abrigo das regras especiais de eleição descritas na primeira fase acima, caso, contra a deliberação de destituição tomada independentemente da invocação de justa causa que a justifique, tenham votado Accionistas que representem, pelo menos, vinte por cento do capital social.

As regras aplicáveis à alteração dos Estatutos da Sociedade são as previstas na Lei com a seguinte especificidade prevista nos seus Estatutos:

A Administração da Sociedade é exercida por um Conselho de Administração composto por um Presidente, um Vice-Presidente e um a nove Vogais, podendo esta disposição estatutária ser alterada apenas por deliberação de maioria de accionistas correspondente a dois terços do capital social.

i) Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento do capital

Os poderes do Conselho de Administração são os previstos na lei com as seguintes especificidades previstas nos Estatutos da Sociedade:

Compete ao Conselho de Administração compete, em geral, o exercício de todos os poderes de direcção, gestão, administração e representação da Sociedade e, em especial:

  • transferir a sede da Sociedade para qualquer outro local permitido por lei, bem como criar, em qualquer parte do território nacional ou no estrangeiro, delegações, agências, sucursais, filiais, dependências, escritórios ou outras formas locais de representação da Sociedade;

  • adquirir, alienar e onerar acções e títulos de dívida próprios da Sociedade e quaisquer direitos, bem como fazer sobre umas e outros as operações que forem julgadas convenientes;

- adquirir, alienar, permutar e locar bens imobiliários, por quaisquer actos ou contratos, bem como onerá-los, ainda que mediante a constituição de garantias reais;

  • exercer e promover o exercício dos direitos da Sociedade nas Sociedades em que participe;

  • adquirir, alienar, permutar, locar e onerar por qualquer forma bens mobiliários.

  • negociar com instituições de créditos operações de financiamento, activas ou passivas, nos termos, condições e formas que reputar convenientes;

  • movimentar contas bancárias, depositar e levantar dinheiros, emitir, aceitar, subscrever e endossar cheques, letras, livranças, extractos de factura e outros títulos de crédito;

- confessar, desistir ou transigir em quaisquer acções, bem como comprometer-se em árbitros.

O Conselho de Administração estabelece as regras do seu funcionamento, podendo delegar em qualquer dos seus elementos a execução das suas próprias decisões, a gestão corrente da Sociedade, e a competência para determinadas matérias de administração. Tal delegação pode ser feita numa Comissão Executiva, cujo regime de funcionamento é definido pelo Conselho de Administração. O Conselho de Administração pode nomear uma Comissão Consultiva à qual competirá dar parecer, a solicitação do Conselho de Administração, sobre os planos e a estratégia da actividade da Sociedade e sobre as propostas de alteração do contrato social, aumento de capital, emissão de obrigações, fusão, cisão, transformação e dissolução da Sociedade. O Conselho de Administração fixa a composição, o período de funções e o regime de funcionamento da Comissão Consultiva.

O Conselho de Administração pode designar um Secretário da Sociedade e o seu suplente e solicitar a reunião da Assembleia da Geral da Sociedade.

Os poderes do órgão de administração no que respeita a deliberações de aumento de capital são os previstos na Lei e nos Estatutos da Sociedade, prevendo estes últimos que o Conselho de Administração pode decidir aumentar o capital social, por uma ou mais vezes, nas modalidades permitidas por lei, até ao montante de 250 000 000,00 €, competindo-lhe fixar os respectivos termos e condições, bem como a forma e os prazos de subscrição e realização.

j) Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição, bem como os efeitos respectivos, salvo se, pela sua natureza, a divulgação dos mesmos for seriamente prejudicial para a sociedade, excepto se a sociedade for especificamente obrigada a divulgar essas informações por força de outros imperativos legais

Acordos significativos de que a sociedade seja parte que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição

Não existem acordos nos termos descritos nesta alínea.

l) Acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração ou trabalhadores que prevejam indemnizações em caso de pedido de demissão do trabalhador, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma oferta pública de aquisição

A Sociedade não celebrou quaisquer acordos com titulares do órgão de administração ou trabalhadores que prevejam o pagamento de indemnizações em situações não exigidas por lei.

m) Sistemas de controlo interno e de risco de gestão implementados na sociedade

Conforme descrito no ponto 3 do capítulo I do presente documento.

2. Informação previ sta nos artigos 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciai s

2.1 - Acções CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A. detidas e ou transaccionadas pelos órgãos sociais da empresa

Em cumprimento do estabelecido no artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais, informase:

  • i) o administrador Senhor José Américo Amorim Coelho mantém a posse de 20 339 acções da Sociedade, não tendo transaccionado qualquer título durante o ano2007;
  • ii) os restantes membros dos órgãos sociais não detêm nem transaccionaram qualquer título representativo do capital social da Sociedade.

2.2 - Relação dos accionistas titulares de mais de um décimo do capital social da empresa

Em cumprimento do estabelecido no artigo 448.º do Código das Sociedades Comerciais, informase que a sociedade Amorim Capital - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. é detentora, à data de 31 de Dezembro de 2007, de 90 162 161 acções da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A., correspondentes a 67,791% do capital social..

Mozelos, 25 de Fevereiro de 2008

O Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

António Rios de Amorim
Presidente do Conselho de Administração
José Américo Amorim Coelho
Vice-Presidente do Conselho de Administração
Joaquim Ferreira de Amorim
Vogal do Conselho de Administração
Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira
Vogal do Conselho de Administração
Luísa Alexandra Ramos Amorim
Vogal do Conselho de Administração
José da Silva Carvalho Neto
Vogal do Conselho de Administração

INFORMAÇÃO FINANCEIRA

Balanço Consolidado

Mil euros
NOTAS 2007 2006 2005
Activo
Activos Fixos Tangíveis VIII 176.130 175.719 170.387
Propriedades de Investimento VIII 9.709 2.519 2.282
Goodwill IX 13.304 13.253 13.618
Investimentos em Associadas V 2.906 2.717 296
Activos Fixos Intangíveis VIII 632 1 31
Outros activos financeiros 2.265 2.053 937
Impostos diferidos X 9.225 9.719 12.787
Outros Activos 0 305 596
Activos Não Correntes 214.171 206.285 200.934
Inventários XI 227.415 212.139 205.346
Clientes XII 114.132 104.761 100.230
Impostos a recuperar XII 20.981 21.311 23.550
Outros Activos XIV 12.922 13.094 11.173
Caixa e equivalentes 6.393 3.997 8.666
Activos Correntes 381.843 355.302 348.965
Total do Activo 596.014 561.588 549.899
Capitais Próprios
Capital social XV 133.000 133.000 133.000
Acções próprias XV -2.463 -2.425 -2.402
Reservas e outras componentes do capital próprio XV 82.036 69.433 62.085
Resultado Líquido do Exercício 23.245 20.104 15.747
Interesses Minoritários 9.573 10.648 11.753
Total dos Capitais Próprios 245.390 230.760 220.183
Passivo
Dívida Remunerada XVI 162.994 153.115 122.324
Outros empréstimos obtidos e credores diversos XVII 6.521 3.172 5.734
Provisões XXIV 5.202 4.386 4.836
Impostos diferidos X 4.827 4.009 4.532
Passivos Não Correntes 179.544 164.682 137.426
Dívida Remunerada XVI 75.180 76.213 105.024
Fornecedores 49.155 43.965 41.418
Outros empréstimos obtidos e credores diversos XVII 36.344 36.520 36.373
Estado e outros entes Públicos 10.402 9.449 9.474
Passivos Correntes 171.081 166.147 192.290
Total do Passivo e Capitais Próprios 596.014 561.588 549.899
Demonstração de Resul
tados
Consolidada por natureza
D o an o
Mil euros
NOTAS 12M07 12M06
Vendas 453.770 442.552
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas VII 230.806 231.307
Variação de produção -3.588 6.179
Margem Bruta 219.376 217.424
48,7% 48,5%
Fornecimento e Serviços Externos XVIII 75.637 73.783
Custos com Pessoal XIX 87.806 91.627
Depreciações VIII 21.139 21.798
Ajustamentos de imparidade de Activos 441 620
Outros proveitos (+) e custos (-) operacionais XX 2.633 4.555
Resultados operacionais (EBIT) 36.986 34.151
Juros Líquidos XXI -11.289 -9.039
Ganhos (perdas) em associadas V 269 264
Resultados antes de impostos 25.966 25.376
Imposto sobre os resultados X 1.487 3.979
Resultados após impostos 24.479 21.397
Interesses minoritários 1.234 1.293
Resultado líquido atribuível aos accionistas da Corticeira Amorim 23.245 20.104
Resultado por acção - Básico e Diluído (euros por acção) XXVIII 0,178 0,154

D o quart o triimestre

Mil euros
4T2007 4T2006
Vendas 100.912 106.999
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 51.211 59.983
Variação de produção 695 6.396
Margem Bruta 50.395 53.412
49,6% 47,1%
Fornecimento e Serviços Externos 19.386 19.509
Custos com Pessoal 22.192 22.617
Depreciações 4.813 4.477
Ajustamentos de imparidade de Activos -837 -104
Outros proveitos (+) e custos (-) operacionais 3.826 4.167
Resultados operacionais (EBIT) 8.666 11.080
Juros Líquidos -2.913 -2.574
Ganhos (perdas) em associadas -255 205
Resultados antes de impostos 5.498 8.712
Imposto sobre os resultados -3.133 1.162
Resultados após impostos 8.631 7.550
Interesses minoritários 122 289
Resultado líquido atribuível aos accionistas da Corticeira Amorim 8.509 7.261
Mil euros
12M2007 12M2006
Vendas 453.770 442.552
Custo das Vendas 312.841 302.452
Margem Bruta 140.929 140.100
Custos de Marketing e Vendas 38.413 38.112
Custos de Distribuição 24.090 23.978
Custos das Áreas de Suporte e Outros 41.440 43.859
Resultados operacionais (EBIT) 36.986 34.151
Juros Líquidos -11.289 -9.039
Ganhos (perdas) em associadas 269 264
Resultados antes de impostos 25.966 25.376
Imposto sobre os resultados 1.487 3.979
Resultados após impostos 24.479 21.397
Interesses minoritários 1.234 1.293
Resultado líquido atribuível aos accionistas da Corticeira Amorim 23.245 20.104
Resultado por acção - Básico e Diluído (euros por acção) 0,178 0,154

Demonstração de Resultados Consolidada por funções

Mil euros
2007 2006
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes 510 591 461 914
Pagamentos a fornecedores - 434 588 - 363 034
Pagamentos ao Pessoal - 86 627 - 92 201
Fluxo gerado pelas operações - 10 624 6 679
Pagamento/recebimento do imposto s/ o rendimento - 2 796 - 1 958
Outros rec./pag. relativos à actividade operacional 52 507 33 820
FLUXOS DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS 39 088 38 541
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Activos fixos Corpóreos 1 296 5 231
Investimentos financeiros 51 65
Juros e Proveitos relacionados 296 285
Subsídios de investimento 780 284
Dividendos 1 0
Pagamentos respeitantes a:
Activos fixos Corpóreos - 23 983 - 25 413
Investimentos financeiros - 3 729 - 5 211
Activos Incorpóreos - 425 0
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTOS - 25 714 - 24 759
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 9 472 0
Outros 150 135
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos 0 - 1 664
Juros e custos similares - 10 207 - 8 787
Dividendos - 9 038 - 6 968
Aquisições de acções (quotas) próprias - 7 - 24
Outros
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
- 1 169 - 798
- 10 799 - 18 106
Variações de caixa e seus equivalentes 2 575 - 4 324
Efeito das diferenças de câmbio - 179 - 344
Variação de perímetro 0 0
Caixa e seus equivalentes no início do período 3 998 8 666
Caixa e seus equivalentes no fim do período 6 393 3 998

Demonstração dos F luxos de Caixa Consolidados

Demonstração Consolidada das alterações no Capital Próprio

Mil euros
Saldo Inicial Alterações
no
Perímetro
Afectação
do
Resultado
Dividendos
Distribuídos
Resultado
N
Aumentos Diminuições Diferenças
de
Conversão
Saldo Final
N-1
31 de Dezembro de 2007
Capitais Próprios :
Capital 133.000 - - - - - - - 133.000
Acções (Quotas) Próprias - Valor Nominal -2.548 - - - - - -19 - -2.568
Acções (Quotas) Próprias - Desc. e Prémios 123 - - - - - -19 - 105
Prémios de Emissão de Acções 38.893 - - - - - - - 38.893
Ajustamento de transição para IFRS -12.866 - - - - 434 - 120 -12.312
Ajust. de Contabilidade de Cobertura -177 - - - 68 -110 - -219
Reservas 0
Reservas Legais 7.445 - - - - - - - 7.445
Outras Reservas 37.120 - 20.104 -7.175 - -140 - 49.909
Diferença de Conversão Cambial -982 - - - - - - -699 -1.681
200.008 0 20.104 -7.175 0 362 -148 -579 212.572
Resultado Líquido do Exercício 20.104 - -20.104 - 23.245 - - - 23.245
Interesses Minoritários 10.648 - -1.980 1.234 2.542 -2.820 -51 9.573
Total do Capital Próprio 230.760 0 0 -9.155 24.479 2.904 -2.968 -630 245.390
31 de Dezembro de 2006
Capitais Próprios :
Capital 133.000 - - - - - - - 133.000
Acções (Quotas) Próprias - Valor Nominal -2.535 - - - - -12 - - -2.548
Acções (Quotas) Próprias - Desc. e Prémios 134 - - - - -11 - - 123
Prémios de Emissão de Acções 38.893 - - - - - - - 38.893
Ajustamento de transição para IFRS -13.020 33 - - - - - 121 -12.866
Ajust. de Contabilidade de Cobertura 18 3 - - - 103 -301 - -177
Reservas
Reservas Legais 7.445 - - - - - - - 7.445
Outras Reservas 28.051 - 15.747 -6.523 - - -155 - 37.120
Diferença de Conversão Cambial 698 - - - - - - -1.680 -982
192.684 36 15.747 -6.523 0 80 -456 -1.559 200.008
Resultado Líquido do Exercício 15.747 - -15.747 - 20.104 - - - 20.104
Interesses Minoritários 11.752 -1.149 - -433 1.293 84 - -899 10.648
Total do Capital Próprio 220.183 -1.113 0 -6.956 21.397 164 -456 -2.458 230.760
I. NOTA INTRODUTÓRIA69
II. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS69
III. GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO75
IV. ESTIMATIVAS E PRESSUPOSTOS CRÍTICOS 78
V. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO79
VI. CÂMBIOS UTILIZADOS NA CONSOLIDAÇÃO81
VII. RELATO POR SEGMENTOS81
VIII. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS 84
IX. GOODWILL85
X. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 85
XI. INVENTÁRIOS87
XII. CLIENTES 88
XIII. IMPOSTOS A RECUPERAR 88
XIV. OUTROS ACTIVOS 89
XV. CAPITAL E RESERVAS89
XVI. DÍVIDA REMUNERADA90
XVII. OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS E CREDORES DIVERSOS91
XVIII. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS92
XIX. CUSTOS COM PESSOAL 92
XX. OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS 93
XXI. JUROS LÍQUIDOS 93
XXII. AQUISIÇÕES DE PARTICIPAÇÕES 94
XXIII. TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS95
XXIV. GARANTIAS, CONTINGÊNCIAS E COMPROMISSOS95
XXV. CÂMBIOS CONTRATADOS COM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO96
XXVI. REMUNERAÇÕES DOS AUDITORES96
XXVII. SAZONALIDADE DA ACTIVIDADE 96
XXVIII. OUTRAS INFORMAÇÕES96

II.. NOTA IINTR OD UT ÓRIIA

A CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A. (adiante designada apenas por CORTICEIRA AMORIM, designação que poderá também abranger o conjunto da CORTICEIRA AMORIM SGPS e suas participadas) resultou da transformação da CORTICEIRA AMORIM, S.A., numa sociedade gestora de participações sociais ocorrida no início de 1991 e cujo objecto é a gestão das participações do Grupo Amorim no sector da cortiça.

A CORTICEIRA AMORIM não detém directa ou indirectamente interesses em propriedades onde se faça o cultivo e exploração do sobreiro, árvore fornecedora da cortiça, principal matéria-prima usada nas suas unidades transformadoras. A aquisição da cortiça faz-se num mercado aberto, onde interagem múltiplos agentes, tanto do lado da procura como da oferta.

A actividade da CORTICEIRA AMORIM estende-se desde a aquisição e preparação da cortiça, até à sua transformação num vasto leque de produtos derivados de cortiça. Abrange também a comercialização e distribuição, através de uma rede própria presente em todos os grandes mercados mundiais.

A CORTICEIRA AMORIM é uma empresa Portuguesa com sede em Mozelos, Santa Maria da Feira, sendo as acções representativas do seu capital social de 133 000 000 Euros cotadas na Euronext Lisboa – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas em Conselho de Administração do dia 25 de Fevereiro de 2008.

Excepto quando mencionado, os valores monetários referidos nestas Notas são apresentados em milhares de euros (mil euros = k euros = K€).

Alguns valores referidos nestas Notas poderão apresentar pequenas diferenças relativamente à soma das partes ou a valores expressos noutros pontos destas Notas; tal facto deve-se ao tratamento automático dos arredondamentos necessários à sua elaboração.

IIII.. RESUMO DA S PRIIN CIIPAIIS PO LÍTIICAS CONT ABIILÍSTII CAS

As principais políticas contabilísticas usadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas foram consistentemente usadas em todos os períodos apresentados nestas demonstrações e de que se apresenta em seguida um resumo.

a.. Bases de apresent ação

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, mantidas de acordo com os princípios contabilísticos locais, ajustados no processo de consolidação de modo a que estejam em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia em vigor a 1 de Janeiro de 2007. Para o efeito foi considerado como data de transição do normativo local o dia 1 de Janeiro de 2004.

b.. Consollii dação

ß Empresas do Gr upo

São considerados como empresas do Grupo, muitas vezes designadas também como subsidiárias, as empresas nas quais a CORTICEIRA AMORIM detenha directa ou indirectamente mais de 50% dos direitos de voto, ou detenha o poder de controlar a respectiva gestão, nomeadamente nas decisões da área financeira e operacional.

As empresas do Grupo são consolidadas pelo método integral (também chamado "linha-alinha"), sendo a parte de terceiros correspondente ao respectivo Capital Próprio e Resultado Líquido apresentado no Balanço consolidado e na Demonstração de Resultados consolidada respectivamente na rubrica de "Interesses Minoritários". A data de inicio de consolidação ou de desconsolidação, deverá normalmente coincidir com o inicio ou fim do trimestre em que estiveram reunidas as condições para esse efeito.

Os prejuízos atribuíveis a minoritários durante o exercício, sê-lo-ão até à medida em que façam anular o valor constante da mesma rubrica do balanço, situação a partir da qual todo o prejuízo superveniente será absorvido pela CORTICEIRA AMORIM. Numa situação de inversão de prejuízos, a CORTICEIRA AMORIM reconhecerá a totalidade dos lucros até que a parte dos minoritários de prejuízos absorvidos pela CORTICEIRA AMORIM em exercícios anteriores tenha sido recuperada, situação a partir da qual se retomará a repartição normal dos lucros.

Nos casos excepcionais em que, havendo capacidade financeira, haja uma obrigação dos minoritários de quinhoar a sua quota-parte dos prejuízos, a respectiva contrapartida, esgotada que seja o saldo do balanço, será reconhecido como um saldo a receber no activo consolidado da CORTICEIRA AMORIM.

Na aquisição de empresas do Grupo será seguido o método de compra. O custo de aquisição é mensurado pelo justo valor dos activos dados em troca, dos passivos assumidos, dos instrumentos de capital próprio emitidos para o efeito e ainda por todos os custos de transacção incorridos. Os activos e passivos identificáveis, bem como os passivos contingentes assumidos na aquisição serão mensurados inicialmente pelo justo valor à data de aquisição. O excesso do custo de aquisição sobre o justo valor da parte da CORTICEIRA AMORIM dos activos e passivos identificáveis adquiridos será reconhecido como Goodwill e reconhecido como um activo. Se o referido custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos e passivos adquiridos, deverá a respectiva diferença ser reconhecida como um ganho do exercício.

As transacções, saldos, dividendos e mais-valias internas realizadas entre empresas do Grupo são eliminadas. As menos-valias internas são também eliminadas, a não ser que haja evidência de que a transacção subjacente reflecte uma efectiva perda por imparidade.

ß Empresas Asso ciiadas

São consideradas como empresas associadas as empresas onde a CORTICEIRA AMORIM tem uma influência significativa mas não o controlo da gestão. Em termos jurídicos esta influência acontece normalmente nas empresas em que a participação se situa entre os 20% e os 50% dos direitos de voto. Os investimentos em associadas são registados pelo método de equivalência patrimonial (MEP). De acordo com este método os investimentos em associadas são registados, de inicio, ao custo, incluindo o respectivo Goodwill identificado à data de aquisição. Subsequentemente o referido custo será ajustado por quaisquer imparidades do valor do Goodwill que venham a ser apuradas, bem como pela apropriação da parte proporcional dos resultados da associada, por contrapartida de resultados de exercício na rubrica "Ganhos (perdas) em associadas". Aquele valor será também ajustado pelos dividendos recebidos da associada, bem como pela parte proporcional das variações patrimoniais registada na associada, por contrapartida da rubrica de "Reservas". Quando a parte da CORTICEIRA AMORIM nos prejuízos acumulados de uma associada exceder o valor do investimento, cessará o reconhecimento dos prejuízos, excepto se houver um compromisso de o fazer sendo, neste caso, o respectivo passivo registado numa conta de provisões para riscos e encargos.

Conversão Cam biiall

As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em milhares de euros. Sendo o euro a divisa legal em que está estabelecida a empresa-mãe, e sendo esta a divisa em que são conduzidos cerca de dois terços dos negócios, o euro é considerada a moeda funcional e de apresentação de contas da CORTICEIRA AMORIM.

Todos os activos e passivos expressos em outras divisas foram convertidos para euros, utilizando as taxas de câmbio das datas de balanço. As diferenças de câmbio resultantes das diferenças de taxa de cambio em vigor nas datas das transacções e as das datas das respectivas liquidações na data de balanço, foram registadas como ganho ou perda do exercício pelo seu valor líquido.

Os valores activos e passivos das demonstrações financeiras das subsidiárias cuja divisa de reporte seja diferente do euro, foram convertidas para euros, utilizando os câmbios das datas de balanço, sendo a conversão dos respectivos custos e proveitos feita à taxa média do respectivo exercício/período.

c.. Actiivo Fiixo Tangívell

Os bens do activo fixo tangível são originalmente registados ao custo histórico de aquisição acrescido das despesas imputáveis à compra ou produção, incluindo, quando pertinente, os encargos financeiros que lhes tenham sido atribuídos durante o respectivo período de construção ou instalação e que são capitalizados até ao momento de entrada em funcionamento do respectivo bem.

Como parte da alocação do justo valor dos activos e passivos identificáveis num processo de aquisição de empresas do Grupo (IFRS 3) e relativamente aos terrenos e edifícios das empresas filiais foi efectuada, com referência a 1 de Janeiro de 1991, para as empresas já anteriormente integradas na CORTICEIRA AMORIM e na data de aquisição para as adquiridas posteriormente, uma avaliação a preços de mercado, por técnicos independentes.

Ao abrigo do parágrafo 16 do IFRS 1, e com data de 01/01/2004, foi efectuada uma revalorização de equipamentos fabris específicos e materialmente relevantes, totalmente depreciados ou que o estariam a curto prazo e dos quais se espera uma utilização produtiva a médio ou longo prazo.

As depreciações são calculadas segundo o método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos, que reflectem satisfatoriamente a respectiva vida útil esperada:

Número de anos
Edifícios 20 a 50
Equipamento básico 6 a 10
Equipamento de transporte 4 a 7
Equipamento administrativo 4 a 8

A depreciação inicia-se no começo do exercício em que o respectivo bem entrou em funcionamento, excepto para grandes projectos de investimento para os quais o início de depreciação coincide com a respectiva entrada em laboração. Os valores residuais e as vidas úteis esperadas são revistas periodicamente e ajustadas, se apropriado, à data do balanço.

As despesas correntes com a manutenção e reparação são registadas como custo no exercício em que decorrem. As beneficiações que aumentem o período de vida útil estimado, ou dos quais se espera um aumento material nos benefícios futuros decorrentes da sua efectivação, são capitalizados.

Em caso de perda de imparidade, o valor do activo fixo tangível é ajustado em consonância, sendo o respectivo ajuste considerado uma perda do exercício.

Os ganhos e perdas registados na venda de um activo fixo tangível são incluídos no resultado do exercício. Os valores relativos a uma revalorização de um activo fixo tangível, incluídos numa conta de Reservas de Reavaliação, são transitados para Reservas no momento da venda desse activo.

d.. Proprii edades de II nvestiim ento

Inclui o valor de custo de terrenos e edifícios não afectos à actividade produtiva.

e.. Goo dwiillll

O Goodwill representa o excesso do custo de aquisição em empresas do Grupo e Associadas e a quota parte do justo valor dos activos líquidos identificáveis à data de aquisição dessas empresas. Se positiva, essa diferença será incluída no activo na rubrica de "Goodwill", se referente a uma empresa do Grupo e incluída no próprio valor do investimento no caso de uma Associada. Se negativo será considerada um ganho do exercício.

O Goodwill deverá ser testado anualmente para efeitos de imparidade, sendo qualquer perda imputada a custos do respectivo exercício e o respectivo valor activo ajustado nessa medida.

f.. Exiist ênciias

As existências encontram-se valorizadas pelo menor dos valores de aquisição ou produção e de mercado. O custo de aquisição engloba o respectivo preço de compra adicionado dos gastos suportados directa e indirectamente para colocar o bem no seu estado actual e no local de armazenagem. Sempre que o preço de mercado é inferior ao custo de aquisição ou de produção, essa diferença é expressa pelo ajustamento para depreciação de existências, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram.

As quantidades existentes no final do exercício/período foram determinadas a partir dos registos contabilísticos confirmados por contagem física. As saídas e existências de matérias-primas e subsidiárias são valorizadas ao custo médio de aquisição e as de produtos acabados e em curso ao custo médio de produção que inclui os custos directos e indirectos de fabrico incorridos nas próprias produções.

g.. Clliient es e o utras díviidas a receber

As dívidas de clientes e outras a receber são registadas pelo seu valor nominal, ajustadas subsequentemente por eventuais perdas por imparidade de modo a que reflictam o seu valor realizável. As referidas perdas são registadas na conta de resultados no exercício em que se verifiquem.

Os valores a médio e longo prazo são actualizados usando uma taxa de desconto semelhante à taxa de juro de financiamento da CORTICEIRA AMORIM para períodos semelhantes.

h.. Caiixa e equiivall ent es a caiixa

O montante incluído em "Caixa e equivalentes a caixa" inclui os valores de caixa, depósitos à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria com vencimento inferior a três meses, e para os quais os riscos de alteração de valor não é significativo. Os valores a descoberto de contas de depósitos bancários estão incluídos em "Dívida remunerada".

ii.. Díviida Rem unerada

Inclui o valor dos empréstimos onerosos obtidos. Eventuais despesas atribuíveis à entidade emprestadora, são deduzidos à dívida e reconhecidos ao longo do período de vida do empréstimo, de acordo com a taxa de juro efectiva.

Os juros de empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo à medida em que são incorridos. No caso particular de investimentos em imobilizado, e somente para os projectos que à partida se espere se prolonguem por um período superior a 12 meses, os juros correspondentes à dívida resultante desse mesmo projecto, serão capitalizadas integrando assim o valor registado para esse activo específico. Essa contabilização será descontinuada no momento da finalização ou quando esse mesmo projecto se encontre numa fase de suspensão.

j.. IImposto s dii feriidos e iimpo sto sobre o rendiim ento

O imposto sobre o rendimento apresentado na demonstração dos resultados consolidados é determinado com base no resultado líquido contabilístico, ajustado de acordo com a legislação fiscal, considerando para efeitos fiscais cada uma das filiais isoladamente, à excepção dos constituintes de regimes fiscais especiais.

Reconhece-se, ao nível do balanço consolidado e da demonstração dos resultados consolidados, a diferença que aparecer resultante da consolidação, entre os impostos imputáveis ao exercício e aos exercícios anteriores e os impostos já pagos ou a pagar para o conjunto das empresas referentes a esses exercícios, desde que seja provável que daí resulte, para uma empresa consolidada, um encargo efectivo ou um proveito recuperável num futuro previsível (método da responsabilidade de balanço).

k.. Benefí ciio s a empregados

A generalidade dos empregados portugueses da CORTICEIRA AMORIM estão abrangidos por um plano de pensões de contribuição definida, o qual é complementar ao regime geral de segurança social em vigor em Portugal. Os empregados em subsidiárias estrangeiras, (cerca de 25% do total de empregados da CORTICEIRA AMORIM), ou estão cobertos unicamente por regimes locais de segurança social, ou beneficiam de regimes complementares quer de contribuição definida quer de benefício definido.

No plano de contribuição definida, os contributos são reconhecidos como uma despesa com o pessoal quando exigíveis. O Passivo reconhecido no Balanço, relativo aos planos de benefício definido, corresponde ao valor presente das obrigações definidas menos o valor dos activos que lhe são afectos. Este valor é determinado geralmente por especialistas em fundos de pensões.

A CORTICEIRA AMORIM reconhece um passivo e o respectivo custo no exercício relativamente aos bónus atribuíveis a um conjunto alargado de quadros. Estes benefícios são baseados em formulas que têm em conta, não só o cumprimento de objectivos individuais, bem como o cumprimento por parte da CORTICEIRA AMORIM de um nível de resultados fixado previamente.

ll.. Proviisõ es

São reconhecidos como provisões quando a CORTICEIRA AMORIM tem uma obrigação presente, legal ou implícita, resultante de um evento passado, e seja provável que desse facto resulte uma saída de recursos e que esse montante possa ser estimado com fiabilidade.

Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. São reconhecidas provisões para reestruturação sempre que para essa reestruturação haja um plano detalhado e tenha havido comunicação às partes envolvidas.

m.. Rédiito

Os proveitos decorrentes de vendas compreendem o valor, líquido de imposto sobre o valor acrescentado, obtido pela venda de produtos acabados e mercadorias diminuído do valor das devoluções, abates e descontos concedidos, incluindo os relativos a pronto pagamento. São ainda ajustados pelos valores de correcções relativos a exercícios anteriores relativos a vendas.

Os serviços prestados são imateriais e correspondem, na generalidade, à recuperação de custos incorridos associados à venda de produtos.

O proveito relativo a uma venda é reconhecido quando os riscos e vantagens significativos decorrentes da posse do activo transaccionado são transferidos para o comprador e o seu montante possa ser estimado com fiabilidade, sendo o respectivo valor actualizado quando recebível a mais de um ano.

n.. Subsí diios gov ernam entaiis

Os subsídios recebidos referem-se na generalidade a investimentos em activos fixos tangíveis. Se a fundo perdido são considerados como proveitos diferidos quando recebidos, sendo apresentados como outros proveitos operacionais na demonstração de resultados durante o período de vida útil estimado para os activos em causa. Se reembolsáveis e vencendo juros são considerados como Dívida remunerada, sendo considerados como Outros empréstimos obtidos quando não vencem juros. Neste caso os valores a médio longo prazo são actualizados usando uma taxa de desconto semelhante à taxa de juro de financiamento da CORTICEIRA AMORIM para prazos semelhantes.

o.. Lo caçõ es

Sempre que um contrato indicie a transferência substancial dos riscos e dos benefícios inerentes ao bem em causa para a CORTICEIRA AMORIM, a locação será classificada como financeira.

Todas as outras locações são consideradas como operacionais, sendo os respectivos pagamentos registados como custos do exercício.

p.. IInst rum ento s Fiinanceiiro s deriivado s

A CORTICEIRA AMORIM utiliza instrumentos financeiros derivados, tais como contratos de câmbio à vista e a prazo, opções e swaps, somente para cobertura dos riscos financeiros a que está exposta. A CORTICEIRA AMORIM não utiliza instrumentos financeiros derivados para especulação. A empresa adopta a contabilização de acordo com contabilidade de cobertura (hedge accounting) respeitando integralmente o disposto nos normativos respectivos. A negociação dos instrumentos financeiros derivados é realizada, em nome das empresas individuais, pelo departamento de tesouraria central (Sala de Mercados), obedecendo a normas aprovadas pela respectiva Administração. Os instrumentos financeiros derivados são inicialmente reconhecidos no balanço ao seu custo inicial e depois remensurados ao seu justo valor. No que diz respeito ao reconhecimento, a contabilização faz-se da seguinte forma:

ß Cobertu ras de Ju sto Vallor

Para as relações de cobertura classificadas como cobertura de justo valor e que são determinadas pertencerem a uma cobertura eficaz, ganhos ou perdas resultantes de remensurar o instrumento de cobertura ao justo valor são reconhecidos em resultados juntamente com variações no justo valor do item coberto que são atribuíveis ao risco coberto.

ß Cobertu ras de Fllu xo s de C aii xa

Para as relações de cobertura classificadas como cobertura de fluxos de caixa e que são determinadas pertencerem a uma cobertura eficaz, ganhos ou perdas no justo valor do instrumento de cobertura são reconhecidas no capital próprio; a parte ineficaz será reconhecida directamente nos resultados.

ß Cobertu ra de um II nv estiim ento Líquiido

Actualmente, a empresa não considera a realização de coberturas cambiais sobre investimentos líquidos em unidades operacionais estrangeiras (subsidiárias).

A CORTICEIRA AMORIM tem bem identificada a natureza dos riscos envolvidos, documenta exaustiva e formalmente as relações de cobertura, garantindo através dos seus sistemas de informação, que cada relação de cobertura seja acompanhada pela descrição da política de risco da empresa; objectivo e estratégia para a cobertura; classificação da relação de cobertura; descrição da natureza do risco que está a ser coberto; identificação do instrumento de cobertura e item coberto; descrição da mensuração inicial e futura da eficácia; identificação da parte do instrumento de cobertura, se houver, que será excluída da avaliação da eficácia.

A empresa considerará o desreconhecimento nas situações em que instrumento de cobertura expirar for vendido, terminar ou exercido; a cobertura deixar de preencher os critérios para a contabilidade de cobertura; para a cobertura de fluxos de caixa, a transacção prevista deixa de ser altamente provável ou deixa de ser esperada; por razões de gestão a empresa decide cancelar a designação de cobertura.

IIIIII.. Gestã o d e rii sco fiina n ceiiro

A actividade da CORTICEIRA AMORIM está exposta a uma variedade de riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco cambial e risco taxa de juro), risco de crédito, risco de liquidez e risco de capital.

Risco de mercado

a. Risco cambial

A CORTICEIRA AMORIM opera em vários mercados internacionais, estando, por isso, exposta aos efeitos resultantes das variações cambiais das divisas em que opera localmente. Da totalidade das suas vendas cerca de 30% são denominadas em divisas diferentes da sua divisa de reporte (Euro). Daquela parcela quase metade é relativa ao USD, estando o restante concentrado no rand sul africano, peso chileno, libra esterlina, dólar australiano e coroa dinamarquesa. Cerca de 90% das compras de bens e serviços é denominada em euros, sendo o restante composto na sua quase totalidade por compras em USD.

O risco cambial resulta não só dos efeitos das variações cambiais no valor dos activos e passivos denominados em divisa não-euro, como também dos efeitos das futuras transacções comerciais já acordadas (encomendas) e ainda dos investimentos líquidos em unidades operacionais situadas em países onde a divisa não é o euro.

A Administração da CORTICEIRA AMORIM estabeleceu uma política de cobertura de risco cambial que aponta para uma cobertura total dos activos resultantes das suas vendas nas principais divisas e dos passivos resultantes das suas compras em USD. Relativamente às encomendas até 90 dias os responsáveis das Unidades de Negócio decidirão conforme a evolução efectiva dos mercados cambiais. Para as coberturas relativas a encomendas a mais de 90 dias que os responsáveis das UN considerarem relevantes a decisão será do âmbito da Administração da CORTICEIRA AMORIM.

À data de 31 de Dezembro de 2007, qualquer variação que tivesse ocorrido no câmbio das principais divisas face ao Euro, não teria efeito material em termos do valor dos activos e passivos financeiros em virtude das coberturas existentes. Relativamente ao efeito sobre as encomendas cobertas, este seria registado em Capitais Próprios. Em termos de cobertura de investimento líquido em subsidiárias/associadas, dado a CORTICEIRA AMORIM não considerar a realização de coberturas cambiais sobre os mesmos, qualquer variação cambial face aos câmbios de fecho, teria um efeito imediato no valor dos Capitais Próprios. Dada à relativa imaterialidade do valor dos investimentos líquidos em subsidiárias, o efeito em termos de Capitais Próprios consolidados resultantes da não realização da respectiva cobertura de risco, variou nos últimos exercícios num intervalo estreito (2007: -1 681 K€, 2006: -982 K€, 2005: +698 K€).

b. Risco Taxa de Juro

A Administração da CORTICEIRA AMORIM não tem considerado nos últimos exercícios a hipótese de cobertura de risco relativamente a variação da taxa de juro. Em consequência, toda a divida remunerada vence juros a taxa variável. O risco taxa de juro resulta, essencialmente, dos empréstimos obtidos a médio e longo prazo, os quais representavam no final de exercício cerca de 70% do total da dívida remunerada (2006: 66,7%). À data de 31 de Dezembro de 2007, por cada 0,1% de variação nas taxas de juro de empréstimos denominadas em euros, o efeito no resultado líquido da CORTICEIRA AMORIM seria cerca de -220 K€.

Risco de crédito

O risco de crédito resulta, no essencial, dos saldos a receber de clientes resultantes de transacções comerciais. O risco de crédito cliente é avaliado pelas Direcções Financeiras das empresas operacionais, tendo em conta o histórico de relação comercial, a sua situação financeira, bem como outras informações que possam ser obtidas através da rede de negócios da CORTICEIRA AMORIM. Os limites de crédito estabelecidos são regularmente analisados e revistos, se necessário. O risco de crédito está naturalmente diminuído face à dispersão das vendas por um número muito elevado de clientes, espalhados por todos os continentes, não representando qualquer um mais do que 2,5% das vendas totais.

Risco de Liquidez

A cobertura do risco de liquidez, definida como a capacidade para responder a responsabilidades assumidas, é feito, no essencial, pela existência ao nível central, de um conjunto de linhas de crédito imediatamente disponíveis. Estas facilidades asseguram à CORTICEIRA AMORIM uma capacidade de liquidar posições num prazo bastante curto, permitindo a necessária flexibilidade na condução dos seus negócios.

Com base nos fluxos de caixa esperados, a reserva de liquidez, composta no essencial por linhas de crédito não utilizadas, terá a seguintes evolução estimada.

Milhões de euros
2008
Saldo inicial 123
Recebimentos operacionais 520
Pagamentos operacionais -460
Pagamentos de investimentos -35
Pagamentos de juros e dividendos -19
Pagamentos de empréstimos -75
Utilização adicional de linhas de crédito 75
Saldo final 129

Risco de capital

O objectivo primordial da Administração é assegurar a continuidade das operações, proporcionando uma adequada remuneração aos Accionistas e os correspondentes benefícios aos restantes stakeholders da CORTICEIRA AMORIM. Para a prossecução deste objectivo é fundamental uma gestão cuidadosa dos capitais empregues no negócio, procurando assegurar uma estrutura óptima dos mesmos, conseguindo desse modo a necessária redução do seu custo. No sentido de manter ou ajustar a estrutura de capitais considerada adequada, a Administração pode propor à Assembleia Geral dos Accionistas as medidas consideradas necessárias e que podem passar por ajustar o pay-out relativo aos dividendos a distribuir, transaccionar acções próprias, aumentar o capital social por emissão de acções e venda de activos entre outras medidas.

O indicador utilizado para monitorar a estrutura da capitais é o rácio de Autonomia Financeira. A Administração tem considerado 40% como sendo o valor indicativo de uma estrutura óptima, atendendo às características da empresa e do sector económico em que se enquadra. Considera ainda que, conforme as condições objectivas da conjuntura económica em geral e do sector em particular, aquele rácio não deverá situar-se fora do intervalo 35%-45%. A Autonomia Financeira apresentou a seguinte evolução:

2007 2006
Capital Próprio a 31 Dez. 245 390 230 760
Activo a 31 Dez 596 014 561 588
Autonomia Financeira 41,2% 41,1%

Apesar do aumento de cerca de 35 milhões de euros no Activo consolidado, dos quais cerca de 25 milhões se devem à entrada das empresas do Grupo Oller no perímetro de consolidação, foi possível manter o rácio relativo à Autonomia Financeira.

Justo valor de activos e passivos financeiros

Os derivados usados pela CORTICEIRA AMORIM, não sendo transaccionados em mercado, não têm cotação. O respectivo justo valor é calculado através de um modelo proprietário da CORTICEIRA AMORIM desenvolvido pela Reuters. O valor dos activos a receber de clientes e terceiros em geral, ajustado pelas respectivas perdas por imparidade, bem como os passivos de fornecedores e terceiros em geral estão registados a valores que se julgam representar o seu justo valor. Os valores passivos relativos a subsídios ao investimento não remunerados, bem como passivos a médio e longo prazo não remunerados foram actualizados usando uma taxa

semelhante à taxa média da dívida remunerada da CORTICEIRA AMORIM no final do exercício (5%).

IIV.. Estiima tii vas e press up ost os crítiicos

No decurso dos registos contabilísticos necessários à determinação do valor do património e do rédito, as empresas constituintes da CORTICEIRA AMORIM fazem uso de estimativas e pressupostos relativos a eventos cujos efeitos só serão plenamente conhecidos em exercícios futuros. Na sua maioria tem-se verificado que os valores registados foram confirmados no futuro. Todas as variações que, eventualmente, surjam serão registados nos exercícios em que se determinem os seus efeitos definitivos.

Relativamente a 2007, a estimativa que, no caso de não se verificar, maior impacto terá no exercício em que se vier a determinar o seu efeito definitivo, é a estimativa do Imposto sobre o Rendimento (IRC). De facto para além da normal complexidade que é estimar o IRC a custear no exercício ou a recuperar no futuro para um conjunto alargado de subsidiárias e associadas em diferentes legislações fiscais, a estimativa de IRC de 2007, contou com situações particularmente complexas. Estas situações exigiram análises profundas das implicações fiscais de algumas das operações de reestruturação ocorridas durante o exercício. Destas análises resultou a decisão prudencial de registar apenas 50% do efeito fiscal resultante das referidas operações. Se, no exercício em que se vier a determinar o respectivo efeito definitivo, se vier a verificar o efeito integral, os resultados líquidos serão beneficiados em cerca de 5,1 milhões de euros.

Em termos de activos a recuperar há a salientar o valor do goodwill de 13.304 K€ (2006: 13.253 K€), valor esse que, estando suportado por testes de imparidade efectuados no final do exercício, está condicionado pela efectivação dos pressupostos usados nesses mesmos testes. A taxa de desconto utilizada foi de cerca de 7%, dependendo da Unidade de Negócio. Ainda de salientar o valor de 9.225 K€ em Impostos Diferidos Activos (2006: 9719),o qual será recuperado caso se materializem os planos de negócio previstos para as empresas geradora daquele activo.

V.. Empr esas iin cllu ídas n a cons olliidaçã o

Empresa Localização País
Matérias-Primas
Amorim Florestal Espanha, S.A. San Roque Cádiz ESPANHA
Amorim Natural Cork - Florestal, S.A. (h) Vale de Cortiças - Abrantes PORTUGAL
Amorim Florestal Catalunya, SL Cassa de la Selva Girona ESPANHA
Amorim & Irmãos VII, SRL Tempio Pausania ITALIA
Amorim & Irmãos, S.A. (Matérias Primas) (a) Ponte Sôr PORTUGAL
Amorim & Irmãos - IV, S.A. Alcântara ESPANHA
Cork Consulting Tabarka TUNÍSIA
Cork International, SARL Tabarka TUNÍSIA
Comatral - C. de Marocaine de Transf. du Liège, S.A. Skhirat MARROCOS
Société Fabrique Liège de Tabarka, S.A. Tabarka TUNÍSIA
SIBL - Société Industrielle Bois Liége Jijel ARGÉLIA
Société Nouvelle du Liège, S.A. (SNL) Tabarka TUNÍSIA
Société Tunisienne d'Industrie Bouchonnière (i) Tabarka TUNÍSIA
Amorim Florestal España, SL San Roque Cádiz ESPANHA
Rolhas
Amorim Australasia (g) Adelaide AUSTRALIA
Amorim Benelux, BV - A&I (b) Tholen HOLANDA
Amorim Cork Deutschland GmbH & Co KG Mainzer ALEMANHA
Amorim Cork South Africa Cape Town ÁFRICA DO SUL
Amorim Cognac, S.A.S. (g) Cognac FRANÇA
Amorim France, S.A.S. Champfleury FRANÇA
Amorim & Irmãos, SGPS, S.A. Santa Maria Lamas PORTUGAL
Amorim & Irmãos, S.A. (a) Santa Maria Lamas PORTUGAL
Aplifin - Aplicações Financeiras, S.A. Mozelos - Sta. Maria da Feira PORTUGAL
Amorim Argentina, S.A. Tapiales - Provincia Buenos Aires ARGENTINA
Champcork - Rolhas de Champanhe, S.A. Santa Maria de Lamas PORTUGAL
Chapuis, S.L. (l) Girona ESPANHA
M. Clignet & Cie Bezannes FRANÇA
Carl Ed. Meyer Korken Delmenhorst ALEMANHA
Indústria Corchera, S.A. (j) Santiago CHILE
Amorim Cork Austrália, Pty Ltd Vic AUSTRALIA
Equipar - Indústria de Cortiça, S.A. Coruche PORTUGAL
Equipar, Participações Integradas, Lda. Coruche PORTUGAL
Equipar - Rolha Natural, S.A. Coruche PORTUGAL
Amorim Cork América, Inc. California E. U. AMÉRICA
Francisco Oller, S.A. (l) Girona ESPANHA
FP Cork, Inc. California E. U. AMÉRICA
Hungarocork, Amorim, RT Budapeste HUNGRIA
Inter Champanhe - Fabricante de rolhas de Champanhe, S.A. Montijo PORTUGAL
Amorim Cork Itália, SPA Conegliano ITALIA
KHB - Kork Handels Beteiligung, GMBH Delmenhorst ALEMANHA
Korken Schiesser Ges.M.B.H. Viena AUSTRIA
Olimpiadas Barcelona 92, S.L. (l) Girona ESPANHA
Portocork France Bordéus FRANÇA
Portocork Internacional, S.A. Santa Maria Lamas PORTUGAL
Portocork América, Inc. California E. U. AMÉRICA
S.A. Oller et Cie (l) Girona ESPANHA
S.C.I. Friedland Céret FRANÇA

CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

Empresa Localização País 2007
Rolhas (continuação)
Société Nouvelle des Bouchons Trescases (i) Perpignan FRANÇA 50%
Victor y Amorim, Sl (j) Navarrete - La Rioja ESPANHA 50%
Revestimentos
Amorim Benelux, BV - AR (b) Tholen HOLANDA 100%
Amorim Cork GmbH Delmenhorts ALEMANHA 100%
Amorim Cork Distribution Netherlands BV Tholen HOLANDA 100%
Amorim Revestimentos, S.A. Lourosa PORTUGAL 100%
Amorim Wood Suplies, GmbH Bremen ALEMANHA 100%
Corticeira Amorim - France SAS - AR (c) Lavardac FRANÇA 100%
Amorim Revestimientos, S.A. Barcelona ESPANHA 100%
Amorim Deutschland, GmbH & Co. KG - AR (d) Delmenhorts ALEMANHA 100%
Dom KorKowy, Sp. Zo. O. (j) Kraków POLÓNIA 50%
Amorim Flooring North America Inc Hanover - Maryland E. U. AMÉRICA 100%
Amorim Flooring Austria GesmbH - AR (f) Viena AUSTRIA 100%
Amorim Flooring Nordic A/s Greve DINAMARCA 100%
Amorim Flooring (Switzerland) AG Zug SUIÇA 100%
Aglomerados
Amorim Benelux, BV - CAI (b) Tholen HOLANDA 100%
Corticeira Amorim - France SAS - CAI (c) Lavardac FRANCE 100%
Amorim Cork Composites, S.A. (h) Mozelos - Sta. Maria da Feira PORTUGAL 100%
Amorim Deutschland, GmbH & Co. KG - CAI (d) Delmenhorts ALEMANHA 100%
Chinamate Development Co. Ltd (g) Hong Kong CHINA 100%
Chinamate (Xi'an) Natural Products Co. Ltd (g) Xi'an CHINA 100%
Drauvil Europea, SL San Vicente Alcantara ESPANHA 100%
Amorim Cork Composites Inc. - CAI (h) (e) Trevor Wisconsin E. U. AMÉRICA 100%
Amorim Flooring Austria GesmbH - CAI (f) Viena AUSTRIA 100%
Borracha
Amorim (UK) Ltd. Horsham West Sussex REINO UNIDO 100%
Amorim Industrial Solutions - Indústria de Cortiça e Borracha II, S.A. (m) Mozelos - Sta. Maria da Feira PORTUGAL 100%
Amorim Industrial Solutions - Indústria de Cortiça e Borracha I, S.A. Corroios PORTUGAL 100%
Amorim Cork Composites Inc. - BOR (h) (e) Trevor Wisconsin E. U. AMÉRICA 100%
Samorim (Joint Stock Company Samorim) (i) Samara RUSSIA 50%
Amorim Industrial Solutions, SGPS, S.A. (m) Mozelos - Sta. Maria da Feira PORTUGAL 100%
Isolamentos
Amorim Isolamentos, S.A. Mozelos - Sta. Maria da Feira PORTUGAL 80%
Holding Cortiça
Corticeira Amorim, SGPS, S.A. Mozelos - Sta. Maria da Feira PORTUGAL 100%
Ginpar, S.A. (Générale d' Investissements et Participation) Skhirat MARROCOS 100%
Labcork - Laboratório Central do Grupo Amorim, Lda. Mozelos - Sta. Maria da Feira PORTUGAL 100%
Moraga - Comércio e Serviços, S.A. (m) Funchal - Madeira PORTUGAL 100%
Sopac - Sociedade Portuguesa de Aglomerados de Cortiça, Lda Montijo PORTUGAL 100%
Vatrya - Serviços de Consultadoria , Lda Funchal - Madeira PORTUGAL 100%
Postya - Serviços de Consultadoria, Lda. (l) Funchal - Madeira PORTUGAL 100%
(a)
– Juridicamente são uma só empresa: Amorim & Irmãos, SA

(b) – Juridicamente são uma só empresa: Amorim Benelux, BV

(c) – Juridicamente são uma só empresa: Corticeira Amorim - France SAS

(d) – Juridicamente são uma só empresa: Amorim Deutschland, GmbH & Co. KG

(e) – Juridicamente são uma só empresa: Amorim Industrial Solutions Inc

  • (f) Juridicamente são uma só empresa: Amorim Flooring Austria GesmbH
  • (g) Empresa constituída durante 2007
  • (h) Alteração da designação social durante 2007
  • (i) Consolida pelo Método de Equivalência Patrimonial.
  • (j) Consolida pelo método integral porque a administração da CORTICEIRA AMORIM SGPS, SA detém
  • directa ou indirectamente, o controlo da gestão operacional da entidade
  • (l) Empresa adquirida durante 2007
  • (m) Empresa liquidada durante 2007

VII.. Câ mbiios utiillii zados na con solliida çã o

Câmbios consolidação
31/12/2007
Taxa de
Fecho
Taxa
Média
Argentine Peso ARS 4,59345 4,27087
Australian Dollar AUD 1,6757 1,63484
Brazilian Real BRL 2,5963 2,66126
Canadian Dollar CAD 1,4449 1,46785
Swiss Franc CHF 1,6547 1,64272
Chilean Peso CLP 726,14 714,744
Yuan Renminbi CNY 10,6545 10,41916
Danish Krone DKK 7,4583 7,45065
Algerian Dinar DZD 96,0663 94,5164
Euro EUR 1,000 1,000
Pound Sterling GBP 0,73335 0,68434
Hong Kong Dollar HKD 11,3755 10,6947
Forint HUF 253,73 251,352
Yen JPY 164,93 161,253
Moroccan Dirham MAD 11,3394 11,2046
Norwegian Krone NOK 7,958 8,01651
Zloty PLN 3,5935 3,7837
Ruble RUB 35,9158 35,0138
Swedish Kronor SEK 9,4415 9,25011
Tunisian Dinar TND 1,7911 1,75
US Dollar USD 1,4721 1,37048
Rand ZAR 10,0298 9,65959

VIIII.. RELATO POR SE GME NTOS

A CORTICEIRA AMORIM está organizada nas seguintes Unidades de Negócio:

  • ♦ Matérias-Primas
  • ♦ Rolhas;
  • ♦ Revestimentos;
  • ♦ Aglomerados Técnicos;
  • ♦ Cortiça com Borracha;
  • ♦ Isolamentos.

Para efeitos do Relato por Segmentos foi eleito como segmento principal o segmento das Unidades de Negócio (UN), já que corresponde totalmente à organização do negócio, não só em termos jurídicos, como em termos da respectiva análise. No quadro seguinte apresenta-se os principais indicadores correspondentes ao desempenho de cada uma das referidas UN, bem como a reconciliação, sempre que possível, para os indicadores consolidados:

CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

Mil euros
2007 Mat-Primas Rolhas Revestim. Aglomer. Borracha Isolament. Holding Ajust. Consolidado
Vendas Clientes Exterior 7.969 246.272 124.714 42.483 24.436 7.844 52 453.770
Vendas Outros Segmentos 96.391 4.516 2.144 15.407 3.396 943 605 -123.402
Vendas Totais 104.361 250.788 126.858 57.890 27.832 8.788 656 -123.402 453.770
Resultados Operacionais
(EBIT)
5.450 20.133 10.129 3.024 -914 1.175 -3.154 1142 36.986
Activo 150.926 258.762 105.036 59.144 24.740 10.218 3.055 -15.867 596.014
Passivo 28.753 56.520 19.700 10.056 6.283 1.549 2.010 225.754 350.625
Investimento Corpóreo e
Incorpóreo
875 9.620 8.392 4.469 1.249 699 81 - 25.386
Depreciações -3.180 -8.266 -4.764 -2.601 -1.645 -622 -62 - -21.139
Gastos Signif. que não
Impliquem Desembolsos
220 -60 -541 -80 -218 18 6 93 -562
Ganhos (perdas) em
associadas
15 285 - - -31 - 0 - 269
2006 Mat-Primas Rolhas Revestim. Aglomer. Borracha Isolament. Holding Ajust. Consolidado
Vendas Clientes Exterior 17.450 232.064 118.029 42.373 25.134 7.491 11 442.552
Vendas Outros Segmentos 96.820 4.615 3.533 19.021 4.089 672 654 -129.404
Vendas Totais 114.270 236.679 121.562 61.394 29.223 8.162 665 -129.404 442.552
Resultados Operacionais
(EBIT)
11.426 11.106 11.226 2.426 -285 1215 -2.265 -698 34.152
Activo 154.890 232.843 95.429 55.221 28.501 9.472 3.010 -17.779 561.588
Passivo 23.705 48.957 19.027 13.702 7.427 1.808 24.582 191.618 330.828
Investimento Corpóreo e
Incorpóreo
2.414 15.835 4.518 1.026 1.598 480 61 - 25.931
Depreciações -3.742 -8.397 -4.641 -2.837 -1.760 -356 -65 - -21.797
Gastos Signif. que não
Impliquem Desembolsos
-676 2 349 -72 -909 4 -20 - -1.321
Ganhos (perdas) em
associadas
8 229 - - 31 - -4 - 264

Notas:

Ajustamentos = desempolamentos inter-segmentos e valores não alocados a segmentos

EBIT = Resultado antes de juros, minoritários e imposto sobre rendimento

Foram considerados como único gasto materialmente relevante o valor das provisões e ajustamentos de imparidades de activos.

Os activos do segmento não incluem os valores relativos a IDA e saldos não comerciais com empresas do grupo.

Os passivos dos segmentos não incluem IDP, empréstimos bancários e saldos não comerciais com empresas do grupo.

Em 2007 não foram considerados como activos e passivos das UN os valores a receber e a pagar relativos às operações de compra e venda de participações financeiras realizadas no final do exercício, no âmbito da reorganização anunciada.

A opção pela divulgação do EBIT permite uma melhor comparação do desempenho das diferentes Unidade de Negócio, dado as estruturas financeiras não homogéneas apresentadas pelas diferentes Unidade de Negócio. Este tipo de divulgação é também coerente com a distribuição de funções existentes, já que tanto a função financeira, no sentido estrito de negociação bancária, como a função de planeamento fiscal, utilização de instrumentos como, por exemplo, o RETGS, são da responsabilidade da Holding.

As Rolhas têm nas diferentes famílias de rolhas o seu principal produto, sendo os países produtores e engarrafadores de vinho os seus principais mercados. De destacar nos mercados tradicionais, a França, Itália, Alemanha, Espanha e Portugal. Nos novos mercados do vinho o destaque vai para os USA, Austrália, Chile, África do Sul e Argentina.

A UN Matérias Primas é de longe a mais integrada no ciclo produtivo da CORTICEIRA AMORIM, sendo mais de 90% das suas vendas dirigidas para as outras UN, sendo de destacar as vendas de prancha e discos para a UN Rolhas.

As restantes Unidades de Negócio produzem e comercializam um conjunto alargado de produtos que utilizam a matéria prima sobrant e da produção de rolhas, bem como a matéria prima cortiça que não é susceptível de ser utilizada na produção de rolhas. De destacar como produtos principais os revestimentos de solo, cortiça com borracha para a indústria automóvel e para aplicações antivibráticas, aglomerados negros para isolamento térmico e acústico, aglomerados técnicos para a indústria de construção civil e calçado bem como os granulados para a fabricação de rolhas aglomeradas, técnicas e de champanhe.

Os principais mercados dos Revestimentos e Isolamentos concentram-se na Europa e os da Cortiça com Borracha nos USA. Todas as Unidades de Negócio realizam o grosso da sua produção em Portugal, estando, por isso, neste país a quase totalidade do capital investido. A comercialização é feita através de uma rede de distribuição própria que está presente em praticamente todos os grandes mercados consumidores e pela qual são canalizados cerca de 70% das vendas consolidadas.

Os investimentos do exercício concentraram-se na sua quase totalidade, em Portugal. Os activos no estrangeiro atingem cerca de 230 milhões de euros e são compostos na sua grande maioria pelo valor de existências (79 milhões), clientes (64 milhões) e activo fixo tangível (38 milhões).

Distribuição das vendas por mercado:

Mil euros
Mercados 2007 2006
União Europeia 290.079 277.327
Dos quais: Portugal 21.946 32.940
Resto Europa 23.093 20.085
Estados Unidos 69.675 71.089
Resto América 34.917 29.862
Australásia 25.587 33.659
África 10.251 10.320
Outros 169 210
TOTAL 453.770 442.552

VIIIIII.. Actii vos Fii xos Ta ngí veii s e IInta ng íveii s

Mil euros
Terrenos e
Edifícios
Equipamento
Básico
Outros Activos
Fixos Tangíveis
Adiantamentos e
em Curso
Activos Fixos
Tangíveis
Activos Fixos
Intangíveis
Valores Brutos 216.257 235.828 40.469 7.176 499.729 114
Depreciações e Ajustamentos -122.688 -170.848 -35.807 - -329.342 -83
ABERTURA (1 de Janeiro 2006) 93.568 64.981 4.662 7.176 170.387 31
ENTRADAS 0 -
AUMENTO 6.238 11.947 1.640 6.123 25.948 -
REAVALIAÇÃO 3.574 0 0 0 3.574 -
DEPRECIAÇÕES DO EXERCÍCIO -6.674 -13.134 -2.048 0 -21.856 -31
DIMINUIÇÕES-ALIENAÇÕES-ABATES -689 -2.349 -481 -62 -3.581 -
RECLASSIFICAÇÕES / OUT. MOVIM. 458 7.607 640 -6.357 2.348 -
DIFERENÇAS DE CONVERSÃO -433 -534 -87 -45 -1.099 -
Valores Brutos 223.392 240.624 39.118 6.834 509.968 -
Depreciações e Ajustamentos -127.351 -172.106 -34.792 0 -334.249 -
FECHO (31 de Dezembro 2006) 96.041 68.518 4.326 6.834 175.719 0
Valores Brutos 223.392 240.624 39.118 6.834 509.968 -
Depreciações e Ajustamentos -127.351 -172.106 -34.792 0 -334.249 -
ABERTURA (1 de Janeiro 2007) 96.041 68.518 4.326 6.834 175.719 0
ENTRADAS 9.060 2.166 449 186 11.861 -
AUMENTO 1.225 7.086 1.594 13.871 23.776 784
DEPRECIAÇÕES DO EXERCÍCIO -5.681 -13.280 -1.978 0 -20.939 -152
DIMINUIÇÕES-ALIENAÇÕES-ABATES -4 -619 -191 -224 -1.038 -
RECLASSIFICAÇÕES / OUT. MOVIM. -10.911 5.556 290 -7.486 -12.551 -
DIFERENÇAS DE CONVERSÃO -264 -314 -69 -50 -697 -
Valores Brutos 213.510 250.323 39.036 13.883 516.752 784
Depreciações e Ajustamentos -124.045 -181.962 -34.616 0 -340.623 -152
FECHO (31 de Deembro 2007) 89.465 68.361 4.420 13.883 176.129 632

Como parte da política contabilística referida na d) do ponto II, à data do balanço o efeito líquido da referida avaliação, atinge os 26,3 milhões de euros, dos quais 19,2 milhões se referem a terrenos. Ainda relativamente à mesma alínea a referir que o efeito nos activos fixos tangíveis da revalorização resultante da aplicação do parágrafo 16 do IFRS 1 foi de 14,4 milhões de euros à data de transição, sendo o efeito a data do Balanço de 8,0 milhões de euros.

O valor de 3 574 K€ em reavaliação de Edifícios, refere-se à diferença entre o justo valor e o valor contabilístico do edifício da Equipar Indústria de Cortiça à data de Janeiro de 2006, em resultado da aquisição dos remanescentes 50% da participação.

O valor registado em Reclassificações e Out. Movim. no exercício de 2007, refere-se, no essencial, à reclassificação para Propriedades de Investimento de terrenos e edifícios já não afectos à actividade produtiva.

O valor em Entradas no exercício de 2007 refere-se ao efeito provocado pela integração das empresas do Grupo Oller no perímetro de consolidação.

IIX.. Good wiillll

Mil euros
ABERTURA AUMENTO DIFERENÇAS DE
CONVERSÃO
SAÍDA DO
PERÍMETRO
FECHO
Matérias-Primas 4.202 0 -5 4.197
Rolhas 4.890 110 -164 4.836
Revestimentos 4.160 0 4.160
Aglomerados 0 114 -4 111
Goodwill 13.253 224 -8 -164 13.304

O aumento verificado refere-se à aquisição do estabelecimento industrial SOBEFI pela Amorim France (110 K€) e à implementação das subsidiárias chinesas (114 K€). Nas diminuições há a registar o efeito da fusão da Oenorope na Amorim France. Relativamente aos efeitos da entrada das empresas do Grupo Oller no perímetro de consolidação, a nota XXII – Aquisição de Participações contém uma explicação detalhada, incluindo o efeito ao nível do Goodwill.

X.. IImp ost o s obre o R en diiment o

A diferença entre os impostos imputados à demonstração consolidada dos resultados do exercício e dos exercícios anteriores e os impostos já pagos e a pagar relativamente a esses exercícios está reconhecida na demonstração consolidada dos resultados na rubrica de "Impostos diferidos", de acordo com os princípios definidos na nota II j), e ascende a 61 K€ (2006: -2 538 K€).

O efeito no balanço consolidado provocado por esta diferença ascende no activo a 9 225 K€ (31/12/2006: 9 719 K€) e no passivo a 4 826 K€ (31/12/2006: 4 009 K€), conforme registado nas respectivas rubricas.

É convicção da Administração, expressa nos modelos de previsão possíveis a esta data, que o montante de Impostos Diferidos Activos reconhecidos corresponde ao valor expectável da sua materialização futura.

Mil euros
2007 2006
Associados à anulação de Activos Fixos Intangíveis 589 901
Associados a ajust. de Existências e Terceiros 1.180 1.305
Associados a Prejuízos Fiscais 5.219 6.966
Associados a Benefícios Fiscais 2.146 361
Outros 91 186
Impostos Diferidos - Activos 9.225 9.719
Associados a Activos Fixos Tangíveis 3.999 2.972
Associados a Existências 702 784
Outros 125 253
Impostos Diferidos - Passivos 4.826 4.009
Imposto Corrente do Exercìcio -1.548 -1.441
Imposto Diferido do Exercício 61 -2.538
Imposto sobre o Rendimento -1.487 -3.979

No quadro seguinte pretende-se justificar a taxa de imposto efectiva contabilística partindo da taxa a que estão sujeitas a generalidade das empresas portuguesas:

Reconciliação da taxa de imposto

Taxa genérica de imposto 26,50%
Efeito de lucros consolidados não tributados por isenção das empresas
que o geraram, por taxa reduzida ou existência de reporte sem IDA
-3,7%
Efeito da não consideração de IDA relativamente a empresas que
geraram resultados contabilísticos negativos (por impossibilidade
efectiva ou por prudência)
3,3%
Efeito da tributação de empresas com taxa superior à teórica 0,3%
Efeito da tributação autónoma 1,3%
Efeito de custos não aceites fiscalmente 2,0%
Efeito de benefícios fiscais -8,3%
Consideração de 50% do efeito fiscal das liquidações -19,8%
Efeito de resultados em consolidação não considerados como
resultados fiscais e de rsultados fiscais não considerados como
resultados em consolidação.
-0,1%
Efeito de correcções de exercícios anteriores e de reclassificações 3,3%
Outros efeitos 0,8%
Taxa de imposto efectiva contabilística (1) 5,7%

(1) IRC / RAI

A CORTICEIRA AMORIM e um conjunto alargado das suas subsidiárias com sede em Portugal, passaram a ser tributadas, a partir de 1 de Janeiro de 2001, pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS) previsto no artigo 63.º do CIRC. A opção pela aplicação de referido regime é válida por um período de cinco exercícios, findo o qual pode ser renovada nos mesmos termos.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da CORTICEIRA AMORIM e das filiais com sede em Portugal estão sujeitas a revisão e possibilidade de correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos nos termos gerais.

A Administração da CORTICEIRA AMORIM e das empresas filiais entende que as correcções resultantes de revisões ou inspecções por parte das autoridades fiscais, aquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas apresentadas a 31 de Dezembro de 2007.

No quadro seguinte apresentam-se os reportes fiscais e respectivos exercícios limites de utilização:

Mil euros
2008 2009 2010 2011 2012 e
seg.
TOTAL
RETGS 24.550 24.550
Outras empresas Portuguesas 349 2.572 439 3.360
Empresas estrangeiras 214 633 19.836 20.683
Reportes Fiscais não utilizados 0 214 982 2.572 44.825 48.593

Considerou-se nas filiais estrangeiras o ano 2012 e seguintes para as situações em que os reportes fiscais não têm prazo limite de utilização.

Do valor relativo ao RETGS, cerca de 20,5 milhões de euros foram considerados como susceptíveis de não utilização futura.

XII.. IInven táriios

Mil euros
2007 2006
Mercadorias 14.681 11.802
Produtos Acabados e Intermédios 86.406 89.228
Subprodutos, Desperdícios, Resíduos e Refugos 259 593
Produtos e Trabalhos em Curso 10.887 8.613
Matérias Primas, Subsidiárias e de Consumo 118.399 104.372
Adiantamentos por conta de Compras 199 1.116
Ajust. para Depreciação de Mercadorias -854 -752
Ajust. para Depreciação de Produtos Acabados e Intermédios -2.342 -2.607
Ajust. para Depreciação de Mat.-Primas, Subs. e de Consumo -220 -227
Total Inventários 227.415 212.138

Conforme referido na Nota XXII, a entrada do Grupo Oller no perímetro de consolidação teve um efeito de 6,5 milhões de euros, dos quais 2,6 milhões se referem a Matérias-Primas, 1,7 milhões a Produtos e Trabalhos em Curso e 2,2 milhões a Produtos Acabados.

XIIII.. Clliient es

Mil euros
2007 2006
Valor Bruto 123.271 113.807
Ajustamentos de Imparidade -9.139 -9.045
Clientes 114.132 104.762

Conforme referido na Nota XXII, a entrada do Grupo Oller no perímetro de consolidação teve um efeito de 8,1 milhões de euros no valor de Clientes no final de 2007.

No final de cada período é realizada uma análise à qualidade dos créditos sobre clientes. Dadas as características do negócio é considerado que os saldos vencidos até 120 dias não são susceptíveis de registo de imparidade. Os saldos vencidos entre 120 e 180 dias são considerados como podendo gerar uma imparidade de cerca de 60%. Todos os saldos vencidos há mais de 180 dias, bem como todos os saldos considerados duvidosos darão origem a uma imparidade total. Esta regra não se sobrepõe à análise de cada caso específico.

A análise dos saldos não vencidos e vencidos é a seguinte (milhões de euros):

2007 2006
Não vencidos 78,5 75,4
Vencidos entre 0 - 120 dias 26,4 28,2
Vencidos entre 120 – 180 dias 1,9 2,0
Vencidos acima de 180 dias e duvidosos 8,6 8,5
Imparidade 9,1 9,0

Os valores dos saldos acima referidos não incluem o efeito da entrada e saída de empresas do perímetro de consolidação.

XIIIIII.. IImp ost os a R ecup erar

Mil euros
2007 2006
Imposto sobre o Valor Acrescentado 15.866 17.807
Restantes Impostos 5.115 3.504
Impostos a recuperar 20.981 21.311

XIIV.. Outr os A ctii vos

Mil euros
2007 2006
Adiantamentos a Fornecedores / Fornec. 2.497 3.705
Acrésc. de Proveitos e Custos Diferidos 4.076 3.920
Ajustamentos Contabilidade Cobertura 837 1.266
Outros Devedores Diversos 5.512 4.203
Outros Activos Correntes 12.922 13.094

XV.. Capiitall e res er vas

• Capiitall So cii all

No final do período, o capital social está representado por 133 000 000 de acções ordinárias, escriturais, que conferem direito a dividendos, com o valor nominal unitário de 1 Euro.

O Conselho de Administração pode decidir aumentar o capital social, por uma ou mais vezes, nas modalidades permitidas por lei, até ao montante de 250 000 000 de Euros.

• Acçõ es Pró prii as

A CORTICEIRA AMORIM adquiriu, em várias sessões de bolsa, 19 477 acções, correspondentes a 0,0146% do respectivo capital social, ao preço médio de 1,958€/acção, totalizando estas transacções 38 131,62 €.

Não se realizaram quaisquer alienações de acções próprias.

A 31 de Dezembro de 2007, a CORTICEIRA AMORIM detinha 2 567 834 acções próprias, representativas de 1,9307% do seu capital social.

Durante o ano 2006, a empresa adquiriu 12 500 acções próprias, representativas de 0,009% do seu capital social, pelo preço médio unitário de € 1,881 e global de € 23 512,62.

No exercício de 2006, a empresa não alienou acções próprias.

• Diiviidendo s

Na Assembleia Geral da CORTICEIRA AMORIM, realizado no dia 31 de Março de 2007, foi aprovado a distribuição de € 7 315 000,00 (sete milhões, trezentos e quinze mil euros) a que correspondeu um valor de € 0,055 (cinco cêntimos e meio de euro) por acção, tendo a respectiva liquidação sido efectuada no dia 30 de Abril seguinte.

Mil euros
2007 2006
Dividendo atribuido - 2007: 0,055 e 2006: 0,050 (euros por acção) 7.315 6.650
Apropriação de dividendos Acções Próprias -140 -127
Dividendos distribuidos 7.175 6.523

XVII.. Dí viida R emun erada

No final do exercício a dívida remunerada tinha a seguinte composição:

Mil euros
2007 2006
Empréstimos Bancários 63.952 61.378
Descobertos 9.228 14.835
Papel Comercial 2.000 -
Dívida Remunerada Corrente 75.180 76.213

Destes totais cerca de 11% é denominada em divisa não euro (2006: 14%), dos quais o USD representa a quase totalidade.

Mil euros
2007 2006
Empréstimos Bancários 70.708 68.327
Subsídios Reembolsáveis 16.285 0
Papel Comercial 76.000 84.788
Dívida Remunerada não Corrente 162.993 153.115

Tanto no final de 2007 como no final de 2006 a quase totalidade desta dívida era denominada em euros.

Conforme referido na Nota XXII, a entrada do Grupo Oller no perímetro de consolidação teve um efeito de 4 411 mil euros no Dívida Remunerada Corrente e de 498 mil euros na Dívida Remunerada não Corrente.

A 31 de Dezembro de 2007, a maturidade da dívida remunerada não corrente era a seguinte :

Total 162.993
Vencimento após 01/01/2013 1.875
Vencimento entre 01/01/2012 e 31/12/2012 163
Vencimento entre 01/01/2011 e 31/12/2011 72.882
Vencimento entre 01/01/2010 e 31/12/2010 46.337
Vencimento entre 01/01/2009 e 31/12/2009 41.736
Mil euros

Na mesma data cerca de 98% da dívida remunerada total era denominada em Euros, sendo o restante composto, no essencial, por dívida denominada em USD e CLP.

A dívida remunerada, corrente e não corrente, vence juros a taxa variável. O custo médio registado no período para o conjunto das linhas de crédito utilizadas situou-se nos 5% (2006: 3,9%).

Com data de 31 de Dezembro de 2007, três subsidiárias da CORTICEIRA AMORIM SGPS apresentam 3,9 milhões de euros de dívida coberto por garantias reais sobre imóveis.

À data do balanço o montante de linhas de crédito não utilizadas elevava-se a 123 milhões de euros.

XVIIII.. Outr os E mpr éstii mos Ob tiidos e Cr ed ores Dii ver s os

Mil euros
2007 2006
Subsidios não Remunerados 1.390 2.445
Outros Credores Diversos 5.131 727
Outros emp. obtidos e credores diversos - Não Correntes 6.521 3.172
Subsidios não Remunerados 2.517 2.279
Acréscimos de Custos 16.985 16.153
Proveitos Diferidos - Subsídios para o Investimento 9.284 10.541
Ajustamentos Contabilidade Cobertura 141 14
Outros Credores Diversos 7.417 7.533
Outros emp. obtidos e credores diversos - Correntes 36.344 36.520

Na rubrica de Acréscimos de Custos a parte relativa a remunerações a liquidar (que inclui o subsídio de férias, férias pagas e subsídio de natal ascende a 8 426 K€ (2006: 8 393 K€).

Relativamente a Outros Credores Diversos – Não Correntes o valor é composto por 4 802 mil euros relativos ao justo valor da dívida resultante da aquisição do Grupo Oller, sendo que os restantes 329 mil se referem a um empréstimo efectuado por um Accionista minoritário de uma participada.

Relativamente a Outros Credores Diversos – Correntes há a salientar o valor de 3 684 mil euros relativos ao justo valor da dívida resultante da aquisição do Grupo Oller. Relativamente a 2006, de realçar 1,8 milhões de euros correspondentes ao exercício de opção de compra de um imóvel e 1,5 milhões de euros relativos à aquisição de 50% da Trescases.

Mil euros
Subsídios não reembolsáveis
Saldo Inicial 10.540
Reconhecimento proveitos do exercício -2.879
Recebimentos do exercício 170
Reclassificações / Transferências 1.453
Saldo Final 9.284
Subsídios reembolsáveis
Saldo Inicial 4.724
Pagamentos do exercício -2.603
Recebimentos do exercício 614
Actualização Justo Valor (subsídios taxa zero) 128
Reclassificações / Transferências 233
Entradas de perímetro 811
Saldo Final 3.907

XVIIIIII.. Fornecii ment os e Ser viiços E xt ern os

Mil euros
2007 2006
Comunicação 1.742 1.824
Seguros 4.087 4.039
Subcontratos 1.106 990
Electricidade 7.408 7.184
Ferramentas e Utensílios de Desgaste Rápido 1.629 1.504
Combustíveis 1.111 1.086
Rendas e Alugueres 4.441 4.828
Transportes 15.569 16.069
Deslocações e Estadas 3.904 3.433
Comissões 4.366 4.102
Trabalhos Especializados 7.847 7.637
Publicidade e Propaganda 5.965 5.812
Conservação e Reparação 5.367 5.297
Outros 11.097 9.978
Fornecimentos e Serviços Externos 75.637 73.783

XIIX.. Cus tos com pess oall

Mil euros
2007 2006
Remunerações dos Órgãos Sociais 1.087 867
Remunerações do Pessoal 66.261 67.592
Encargos sobre Remunerações 15.650 16.172
Indemnizações 2.696 4.779
Outros Custos com o Pessoal 2.113 2.217
Custos com Pessoal 87.806 91.627
Numero Médio Trabalhadores 3.795 3.918
Numero Final Trabalhadores 3.758 3.847

As Remunerações dos Órgãos Sociais relativas a 2007 incluem as auferidas pelo Conselho Fiscal. Os valores constantes deste quadro são os registados nos livros das sociedades, referindo-se, assim aos valores custeados durante os exercícios.

Mil euros
2007 2006
Impostos Indirectos -1516 -1527
Provisões do exercício -121 -702
Diferenças de câmbio (líquidas) -1569 807
Ganhos (Perdas) no imobilizado 2907 -605
Subsídios à Exploração 427 138
Subsídios ao investimento 2879 1924
Outros Proveitos e Custos -375 4520
Outros proveitos (+) e custos (-)
operacionais
2633 4555

XX.. Outr os Proveiit os e Cust os Op era ciionaii s

O valor de 2 907 incluído em Ganhos (Perdas) no imobilizado referente ao exercício de 2007, inclui 2 481 mil euros relativos ao ganho de Badwill reconhecido na aquisição do Grupo Oller. O cálculo deste valor encontra-se exposto na Nota XXII. O valor de 2 879 inclui o reconhecimento em 2007 de um subsídio numa subsidiária, com o consequente registo dos benefícios relativos às depreciações dos exercícios anteriores.

Relativamente a 2006, a rubrica "Outros Proveitos / Custos" inclui o valor de 3 574 relativos à diferença entre o justo valor contabilístico relativo a um edifício da Equipar Indústria de Cortiça, conforme referido na nota VIII. O valor de -605 registado em "Ganhos (Perdas) na alienação de imobilizado" inclui a perda de 3 004 relativa ao abate do Goodwill de duas ex-subsidiárias. Nesta mesma rubrica há a destacar cerca de 2,4 milhões de euros de resultados na alienação de activos fixos tangíveis, justificados na sua maior parte pela venda do edifício da ex-subsidiária Amorim Plus.

XXII.. Jur os L íquiid os

Mil euros
2007 2006
Juros Suportados - Empréstimos Bancários 7.744 6.355
Juros Suportados - Papel Comercial 3.007 2.201
Juros Suportados - Mora 32 1
Imposto de Selo sobre Juros 180 155
Imposto de Selo sobre Capital 102 70
Juros Suportados - Outros 470 498
11.535 9.280
Juros Obtidos - Depósitos Bancários -58 -68
Juros Obtidos - Juros Mora -29 -11
Juros Obtidos - Outros Juros -159 -162
-246 -241
Juros Líquidos 11.289 9.039

XXIIII.. Aquii siições d e Partiiciipa ções

Conforme divulgação apropriada a CORTICEIRA AMORIM adquiriu, durante o quarto trimestre, o Grupo Oller, uma das marcas mais prestigiadas e antigas da área das rolhas de champanhe. A aquisição foi feita através da Amorim & Irmãos, S.G.P.S., S.A., tendo sido adquiridos 87% do Grupo. A aquisição foi feita por compra directa das duas sociedades operacionais (Francisco Oller, S.A. com sede em Girona, Espanha e S.A. Oller et Cie, com sede em Reims, França) e por compra indirecta através da aquisição total de duas sociedades cujo único activo era uma participação nas referidas empresas operacionais (Chapuis, S.A. e Olimpiadas Barcelona 92, S.A., ambas com sede em Girona).

O valor de aquisição elevou-se a 13 050 mil euros, tendo sido pagos 3 915 mil euros. O restante será pago em Outubro de 2008 (3 915 K€), Outubro de 2009 (2 610 K€) e Outubro de 2010 (2 610 K€).

Mil euros
Justo valor da aquisição de 87% da Francisco Oller 8 623
Capitais Próprios da Francisco Oller 10 225
Correcção ao JV de activos incorp. / financeiro - 200
Correcção ao JV do terreno e edifício 6 660
Imposto Diferido relativo à correcção - 1447
Capitais Próprios corrigidos 15 238
Quota-parte adquirida 13 257
Badwill 4 634
Justo valor da aquisição de 87% da S.A. Oller 3 696
Capitais Próprios da S.A. Oller 1 773
Quota-parte adquirida 1 543
Goodwill 2 153
Badwill da aquisição do Grupo Oller 2 481

O Badwill apurado na aquisição do Grupo Oller foi registado em Outros Proveitos e Custos Operacionais.

Conforme referido a entrada do Grupo Oller no perímetro de consolidação fez-se com data de 31 de Dezembro de 2007, tendo, assim, o seu impacto sido registado somente ao nível do Balanço consolidado.

O resumo do respectivo impacto foi o seguinte:

Mil euros
Activo fixo tangível 11 861
Inventários 6 482
Clientes 8 133
Outros Activos 683
Total Activo 27 159
Dívida Remunerada não Corrente 498
Imposto Diferido Passivo 1 447
Dívida Remunerada Corrente 4 411
Fornecedores 1 966
Outros Passivos 1 626
Total Passivo 9 948

XXIIIIII.. T ransacções com entiidad es r ellacii onad as

A CORTICEIRA AMORIM consolida indirectamente na AMORIM - INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES, S.G.P.S., S.A. com sede em Mozelos (Santa Maria da Feira), holding do Grupo Amorim.

A 31 de Dezembro de 2007 a participação do Grupo Amorim na CORTICEIRA AMORIM era de 69,126% dos direitos de voto.

As transacções da CORTICEIRA AMORIM com empresas relacionadas resumem-se, no essencial, à prestação de serviços por parte de subsidiárias da AMORIM - INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES, S.G.P.S., S.A., (Amorim Serviços e Gestão, S.A., Amorim Viagens e Turismo, Lda., OSI – Sistemas Informáticos e Electrotécnicos, Lda.). O total das prestações de serviços destas empresas ao conjuntos das empresas da CORTICEIRA AMORIM foi de 4 236 K€ (2006: 1 726 K€). A subida verificada em 2007 deveu -se à alteração das condições de aluguer de equipamentos e software informático, o qual passou a ser concentrado na OSI – Sistemas Informáticos e Electrotécnicos, Lda., empresa que substituiu a relação com os fornecedores externos.

Os saldos a 31/12/2007 e de 2006 são os decorrentes do período normal pagamento (entre 30 e 60 dias) e por isso considerados imateriais.

Os serviços são normalmente negociados com as entidades relacionadas numa base de "cost plus" num intervalo entre 2% e 5%.

Durante o exercício não se registaram transacções, nem existem saldos com as partes relacionadas Amorim Capital, S.G.P.S., S.A., Vertente Financeira, S.G.P.S., S.A., Amorim Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. e Interfamilia II, S.G.P.S., S.A..

O total de remunerações de curto prazo do pessoal chave da CORTICEIRA AMORIM atingiu no exercício o valor de 2 364 K€ (2006: 1 960 K€). O valor de benefícios pós-emprego, outros benefícios de longo prazo, benefícios de cessação de emprego e de pagamentos com base em acções, é nulo.

XXII V.. Garantiias,, Contiing ênciias e Compromii ss os

No decurso da sua actividade operacional, a CORTICEIRA AMORIM prestou garantias a terceiros no montante de 196 767 K€ (31/12/2006: 215 100 K€).

Mil euros
Beneficiário Montante Motivo
Agências Governamentais 8.882 Proj. Investimento
SIVA 1.398 Reembolso IVA
DGCI / Fazenda Pública 5.054 Processos rel. Impostos
Entidades Bancárias 171.542 Empréstimos Obtidos
Diversos 9.891 Garantias Diversas
TOTAL 196.767

Considera-se adequado o montante de 3 187 K€ provisões existentes para fazer face a processos judiciais relativos a impostos.

A 31 de Dezembro de 2007, o total de rendas vincendas referentes a contratos de aluguer de longa duração de equipamento de transporte ascende a 1 530 K€. O total de rendas vincendas relativas a equipamento e software informático ascende a 120 K€.

Os compromissos com fornecedores de imobilizado ainda não relevados à data de balanço elevavam-se a 5 798 K€.

XXV.. Câ mbiios contratad os com iins tiituiições d e Crédiito

A 31 de Dezembro de 2007, existiam contratos de Forwards outright relativos a divisas usadas nas transacções da CORTICEIRA AMORIM, no montante de 7 607 mil euros. Este montante refere-se, no essencial, a USD (62%), ZAR (26%).

À mesma data existiam ainda contratos de opções em USD no montante nominal de 14 826 mil euros.

XXVII.. Remun era ções d os A udiit ores

O total de honorários suportados pelo conjunto de empresas da CORTICEIRA AMORIM relativamente aos serviços de auditoria das empresas do universo da PriceWaterhouseCoopers atingiu os 424 mil euros (exercício 2006: 381 mil euros).

XXVIIII.. Sazonalliidad e da a ctii viidad e

A actividade da CORTICEIRA AMORIM estende-se por um leque bastante alargado de produtos e por um mercado que abrange os cinco continentes e mais de 100 países. Não se considera, por isso que haja uma sazonalidade notória na sua actividade dado a extrema variedade de produtos e mercados. Tradicionalmente tem-se observado, no entanto, que a actividade do primeiro semestre e em especial a do segundo trimestre, é superior à média dos restantes trimestres, alternando o terceiro e o quarto trimestre como o trimestre mais fraco de vendas;

XXVIIIIII.. Outras iinf or ma ções

a) Cálculo da Margem Bruta percentual

A Margem Bruta percentual apresentada nas Demonstrações de Resultados por Naturezas é calculada usando como denominador o valor da Produção (Vendas + Variação de Produção).

b) Informação sobre Associadas

A Associada mais relevante é a Société Nouvelle des Bouchons Trescases, da qual se apresenta a seguir um sumário da informação financeira:

Mil euros
2007 2006
Activo Corrente 11.188 11.880
Passivo Corrente 7.199 8.131
Activo não Corrente 1.449 1.279
Capital Próprio 5.438 5.028
Vendas e Prestações de Serviços 27.067 27.484
Resultado Operacional 998 1.143
Resultado antes de Imposto 719 883
Imposto sobre o Resultado 261 313
Resultado Líquido do Exercício 458 570

c) O resultado líquido por acção é calculado atendendo ao número médio do exercício das acções emitidas deduzidas das acções próprias. Não havendo direitos de voto potenciais, o resultado por acção básico não difere do diluído.

2007 2006
Acções emitidas 133 000 000 133 000 000
Nº médio de acções próprias 2 558 096 2 542 107
Nº médio de acções em circulação 130 441 904 130 457 893
Resultado líquido (mil euros) 23 245 20 104
Resultado por acção (euros) 0,1782 0,1541

d) Normas de IFRS de aplicação futura

Foram emitidas alterações às normas IAS 1, IAS 23, IAS 27 e IFRS 3, cuja aplicação será obrigatória em 2009. Não estimamos impactos significativos nas contas de 2007, caso a sua aplicação fosse antecipada a esta data.

e) Classificação de activos e passivos financeiros

Os activos financeiros inserem-se, essencialmente, na categoria de Empréstimos e Contas a receber. Por sua vez os passivos financeiros são, essencialmente, Passivos a custo amortizado.

Detalhe dos activos e passivos financeiros:

2007 2006
Clientes 114 132 104 761
Impostos a recuperar 20 981 21 311
Caixa e equivalentes 6 393 3 997
Outros 10 274 10 226
Total activos financeiros 151 780 140 295
Dívida remunerada 238 174 229 328
Outros empr. e cred. div. 16 455 12 984
Fornecedores 49 155 43 965
Outros 10 402 9 449
Total passivos financeiros 314 186 295 726

Os valores a receber de clientes denominados em USD (5%), CLP (6,5%), ARS (2,9%), ZAR (1,1%), AUD (2,7%), sendo o remanescente quase totalmente denominada em Euros. As diferenças de câmbio registados resultam, no essencial das divisas de clientes denominados em divisa diferente do Euro.

Mozelos, 25 de Fevereiro de 2008

A Administração da CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

CONTAS INDIVIDUAIS (Auditadas)

Ano 2007

CORTICEIRA AMORIM; S.G.P.S., S.A. Sociedade Aberta

Capital Social: EUR 133 000 000,00 Pessoa colectiva e matrícula PT 500 077 797 Conservatória do Registo Comercial de Santa Maria da Feira

Edifício Amorim I Rua de Meladas, n.º 380 Apartado 20 4536-902 MOZELOS VFR PORTUGAL

Tel.: 22 747 54 00 Fax: 22 747 54 07

Internet: www.amorim.com/cortica.html E-mail: [email protected]

Senhores Accionistas,

No cumprimento do artigo 65.º do Código das Sociedades Comerciais, vimos submeter à Vossa apreciação, o Relatório de Gestão, as Contas do Exercício de 2007 e os demais documentos de prestação de contas previstos na Lei relativos à sociedade CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A. (adiante designada apenas por CORTICEIRA AMORIM).

RELATÓRIO DE GESTÃO

1. EVOLUÇÃO MACRO-ECONÓMICA EM 2007

ECONOMIA MUNDIAL

A Economia Mundial terá registado em 2007 um crescimento acentuado, estima-se 4,9%, dando continuidade ao mais longo período de crescimento acima da fasquia de 4,0%. Ainda assim, duas realidades diversas compuseram o exercício – até Julho, a conjuntura mostrava-se favorável, tirando partido do momentum no comércio internacional e permitia antever apenas um ligeiro abrandamento económico nas economias desenvolvidas; pelo contrário, depois do despoletar da crise a nível do crédito imobiliário de alto risco nos EUA, a turbulência, a incerteza e a volatilidade passaram a dominar os mercados financeiros, gerando, em fases sucessivas, uma crise de confiança, uma contracção a nível dos mercados de crédito, e uma grave crise no mercado financeiro. O processo de repricing do risco tornou-se evidente. Com o evoluir da situação, o impacto a nível macroeconómico passou a ser notório, conduzindo a um abrandamento económico mais acentuado, sobretudo nos Estados Unidos. O Japão evoluiu de forma moderada, enquanto a Zona Euro registou um crescimento ligeiramente acima do seu potencial de médio e longo prazo. As economias emergentes pautaram-se por elevados e crescentes ritmos de actividade, com especial relevo para os desempenhos da China e Índia, beneficiando de "forte momentum da procura doméstica, enquadramento mais disciplinado a nível de políticas macroeconómicas e, no caso dos exportadores de commodities, de preços altos de alimentos e factores energéticos"1. Surpreendentemente, passaram incólumes à instabilidade nos mercados financeiros. A inflação seguiu tendência altista, abrangendo a generalidade das economias.

Os Estados Unidos terão crescido em 2007 a uma taxa estimada de 2,2%, evidenciando o impacto da correcção a nível do sector Imobiliário que se tinha iniciado já no segundo trimestre de 2006. Ainda assim, evidenciaram uma resiliência superior ao antecipado há um ano atrás. A política monetária seguiu duas fases distintas – até Setembro pautou-se pela estabilidade de condições (Fed Funds a 5,25%, nível que se observava desde Agosto de 2006); a partir daí, em reacção à degradação das condições nos mercados financeiros e ao receio que essa instabilidade tivesse impacto acentuado na economia, observaram-se cortes sucessivos de taxas, conduzindo a taxa principal até 4,25%. O decréscimo observado a nível do contributo da Procura Doméstica para o PIB (condicionada pela contracção a nível do Investimento, sobretudo o Residencial) foi parcialmente compensada pelo facto das Exportações Líquidas, pela primeira vez desde 1995, terem passado a contribuir positivamente para o crescimento económico. A inflação evoluiu moderadamente, estimando-se que tenha registado 2,7%. O Mercado de Trabalho manteve uma performance positiva e surpreendente, perdendo vigor apenas no final do ano. A Taxa de Desemprego estimada terá rondado os 4,6%. O défice externo evidenciou os efeitos conjuntos de um USD a desvalorizar, uma diminuição da procura doméstica e do crescimento acentuado em

1 in "IMF Sees World Growth Slowing, With U.S. Marked Down", World Economic Outlook, 29 Jan 2008

diversos mercados de exportação, registando uma diminuição do nível de 6,1% do PIB em 2006 para valores inferiores a 5,4% em 2007.

A Zona Euro terá crescido ao ritmo de 2,6%, apenas duas décimas abaixo do observado em 2006. O crescimento económico foi liderado pela Procura Doméstica mas beneficiou ainda de um contributo importante das Exportações Líquidas. O Consumo Privado, inicialmente suportado pelas melhorias a nível do mercado de trabalho, acabou por perder vigor na 2ª metade do ano. A sua maior economia, a Alemanha, não registou o impacto negativo que se receava em virtude do aumento do IVA em final de 2006, antes evoluindo a um ritmo superior a 2,0%. Foi beneficiária da procura externa originária da Ásia. A Espanha terá registado um crescimento de 3,8%, o ritmo mais elevados das quatro economias mais representativas da UEM. O BCE manteve a política de incrementos trimestrais de 0,25% na taxa directora que já vinha de 2006. Em Junho de 2007 procedeu a um novo incremento e, na altura, deixou implícito um novo aumento em Setembro. As alterações, entretanto ocorridas, nos mercados financeiros conduziram à opção pela manutenção de taxas a 4,0%, com 200 pb acumulados no ciclo de subida. As Finanças Públicas terão registado um défice de 0,8% do PIB, praticamente metade do observado em 2006. A Inflação terá registado 2,1%, de novo, e pelo 8º ano consecutivo, acima da meta definida para a estabilidade de preços, enquanto o Desemprego terá diminuído para mínimos de quinze anos, apontando-se para uma taxa em torno de 7,0%.

PORTUGAL

Durante 2007, a economia portuguesa evoluiu como resulta do quadro seguinte:

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Consumo Privado 1,0 0,4 -0,7 2,3 1,7 1,2 1,2
Consumo Público 2,9 2,3 0,5 2,6 1,9 -0,7 0,0
Investimento -0,4 -5,7 -9,6 0,2 -2,6 -1,8 2,6
Procura Interna 1,1 -0,6 -2,5 2,1 0,6 0,2 1,2
Exportações 1,7 3,3 4,1 5,4 1,0 9,1 7,0
Procura Global 1,3 0,2 -0,9 2,9 0,9 2,2 2,2
Importações 0,1 -0,3 -0,5 6,8 1,6 4,3 4,1
PIB 1,8 0,4 -1,3 1,3 0,4 1,2 1,9
B.Corrente + B.Capital (1) -8,4 -5,6 -3,6 -5,9 -8,1 -7,6 -8,2
Balança Bens Serviços (1) --- --- --- --- --- -7,6 -6,7
IHPC 4,4 3,7 3,3 2,5 2,1 3,0 2,4

Fonte: Banco de Portugal – Taxas de variação em %; Boletim Económico Inverno 2007, 8 Jan 2008; (1) em % do PIB; CE, Previsões Outono, Nov 2007, para Procura Global

Em 2007, Portugal registou um ritmo de expansão do PIB superior ao verificado no ano anterior, dando continuidade à recuperação económica iniciada em 2005, contudo, e pelo oitavo ano consecutivo, ainda abaixo da média europeia. À semelhança do ano anterior, a Procura Externa foi a força motriz do crescimento económico. Ainda assim, não terá sido o único "motor" da economia, porquanto o Investimento Privado, em notório contraste com o observado nos últimos anos, terá registado uma variação positiva. As Contas Públicas seguiram o processo de consolidação estabelecido registando, inclusive, um desempenho melhor do que o previsto – o Défice Orçamental não deverá ter ultrapassado 3,0% do PIB, antecipando em um ano metade da redução assumida entre 2007/08 antes estabelecida com Bruxelas. O Desemprego terá seguido tendência altista, aproximando-se do nível de 8,0%.

2. ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Para uma melhor compreensão de actividade das diferentes Unidades de Negócios (UN) que compõem a CORTICEIRA AMORIM deverá ser consultado o correspondente relatório consolidado de gestão.

Por se julgar importante segue, no entanto, uma breve descrição da actividade das referidas UN e respectivo consolidado.

Sendo a actividade da CORTICEIRA AMORIM concentrada quase exclusivamente nos produtos transformados de cortiça, a riqueza e diversidade das suas aplicações, aliada à multiplicidade dos seus mercados de destino, permitiram uma evolução relativamente homogénea ao longo de todo o exercício. Se durante 2006 o assinalável desempenho das Unidades de Negócios (UN) Matérias-Primas, Revestimentos e Isolamentos permitiram compensar uma evolução mais suave das restantes UN já durante o exercício de 2007 o elevado crescimento observado, quer na actividade, quer nos resultados da UN Rolhas permitiu mais do que atenuar os abrandamentos de algumas das outras UN. Em termos de mercados, destaque pela positiva para o crescimento registado no mercado norte-americano, pesa embora o facto altamente prejudicial do câmbio USD. A evolução deste tão importante mercado, juntamente com outros mercados como os da Europa de Leste, permitiram compensar alguma perda verificada em alguns mercados, em especial o mercado germânico.

A evolução ao longo dos trimestres foi também relativamente uniforme, pese embora o facto de a margem do 4T ter sido baixa. Esta foi particularmente atingida pelo efeito conjugado da acentuação da desvalorização do USD ocorrida durante aquele trimestre e também por um mix de vendas menos favorável.

Em termos de factos relevantes para a CORTICEIRA AMORIM, pode registar-se pela importância a aquisição, já no último trimestre, de 87% do Grupo Oller, marca histórica no mercado catalão e europeu. Ainda de referir o início da actividade da subsidiária chinesa e a aquisição do estabelecimento industrial SOBEFI na região do Cognac em França.

Durante o exercício de 2007, a UN Matérias-Primas reforçou ainda mais a sua integração na cadeia de valor da CORTICEIRA AMORIM. O aumento do preço de compra da cortiça registado na campanha de 2006, a qual só foi trabalhada durante 2007, bem como os efeitos resultantes da acentuação da procura de cortiça de mais elevada qualidade pela UN Rolhas, foram as principais causas para a significativa redução da rentabilidade desta UN durante 2007.

A UN Rolhas registou um ano de 2007 francamente positivo. Apropriando-se durante todo o exercício dos benefícios resultantes do arranque em Setembro de 2006 das unidades industriais reestruturadas, vencidas que foram as iniciais dificuldades que lhe foram inerentes, a UN atingiu níveis de actividade e, principalmente, de rentabilidade apreciáveis. Para este facto contribuiu também o bom desempenho das vendas em mercados como o francês, onde o efeito Trescases já se apresentou mais diluído, italiano, espanhol, ucraniano e chileno. Ao nível de produtos, destaque para as rolhas de Champanhe, Neutrocork e Naturais.

A actividade do quarto trimestre (4T07) foi particularmente desfavorável para a UN Revestimentos. O arrefecimento económico verificado em alguns dos seus principais mercados, em especial o alemão, originou que o crescimento de 7% verificado até ao final do 3T tivesse sido reduzido para os 4,4% no final do exercício. Esta desaceleração foi particularmente notada no seu produto nobre, revestimentos de solo de cortiça (RSC). A actividade comercializadora de revestimentos de madeira suportou melhor a aterragem económica, em parte por ser beneficiada pelo facto de ser um negócio conduzido em USD.

Desempenho positivo das UN Aglomerados Técnicos e de Isolamentos. A desvalorização do USD atingiu particularmente a UN Cortiça com Borracha, a qual viu assim comprometida a recuperação como UN independente.

3. CONTA DE RESULTADOS

Os custos de estrutura elevaram-se a 2,6 milhões de euros, dos quais 2,1 milhões se referem a custos com pessoal. O saldo líquido de juros foi de – 3,3 milhões de euros fortemente influenciado pela subida de taxas de juro. De destacar ainda o efeito líquido de -2,8 milhões resultante da liquidação de três das participadas da CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.. Estas liquidações justificam-se, quer pelo esgotamento do seu escopo original, quer por reorganizações de negócios efectuadas ao nível das Unidades de Negócios. Após a estimativa de imposto diferido activo resultante dos prejuízos fiscais originados quer pela actividade corrente, quer pelas liquidações referidas, o resultado líquido atingiu os -1 987 mil euros.

4. BALANÇO

O total do Activo atingiu os 400 milhões de euros, uma subida de cerca de 71 milhões relativamente ao final do ano transacto. Esta subida tem a ver essencialmente com o valor acrescido de Prestações Acessórias realizado nas empresas participadas.

O Passivo, no valor de 212 milhões de euros, é constituído essencialmente por dívida bancária remunerada (123 milhões de euros) e suprimentos remunerados de uma subsidiária (84 milhões de euros).

5. PERSPECTIVAS PARA 2007

Economia Mundial

As perspectivas de crescimento económico mundial estão quantificadas no quadro seguinte:

Em Out 07 Em Jan 08
2008 2008
Mundo 4,8 4,1
Países industrializados 2,2 1,8
EUA 1,9 1,5
Japão 1,7 1,5
Zona Euro 2,1 1,6
Alemanha 2,0 ---
França 1,9 ---
Itália 1,7 ---
Espanha 2,7 ---
Reino Unido 2,3 ---
Canadá 2,3 ---
Países em desenvolvimento 7,4 6,9
África 6,5 7,0
Ásia 8,8 8,6
China 10,0 10,0
Índia 8,4 ---
Médio oriente 5,9 5,9
Hemisfério ocidental 4,3 4,3
Europa central e leste 5,2 4,6
Rússia 6,5 ---
Brasil 4,0 ---

A Economia Mundial deverá registar em 2008 um ritmo de crescimento inferior ao verificado no ano transacto (4,9% estimado para 2007). Embora acima da média das últimas três décadas, constituirá uma alteração de tendência face ao observado desde 2003. Mais ainda, significará uma mudança acentuada face ao previsto inicialmente - atente-se na revisão em baixa e extraordinária apresentada pelo FMI no espaço de quatro meses que mediaram entre o seu último boletim semianual (Outubro 2007) e o momento actual. Será um arrefecimento acentuado e em que os factores negativos ultrapassaram claramente os positivos – a economia mundial terá entrado num "período de incerteza e potencialmente difícil" na opinião do próprio Fundo Monetário. Os Estados Unidos poderão registar contracção económica na primeira metade do ano, enquanto a Zona Euro deverá observar abrandamento moderado. Também o Japão deverá evidenciar desaceleração. Os países emergentes com maior potencial, especialmente China e Índia, deverão seguir expansão forte embora menor do que a observada em 2007. As condições monetárias tornar-se-ão mais expansionistas enquanto a inflação será uma realidade presente durante 2008.

Fonte: FMI "World Economic Outlook" (29 Jan 2008) e "World Economic Outlook " (Out 2007); Valores em percentagem .

Em 8 Jan 2008, devido à alteração das estimativas sobre a Paridade de Poder de Compra, o FMI procedeu à revisão em baixa das estimativas de crescimento económico originalmente divulgadas em Out 2007. Efeito em torno de -0,5% em todas as estimativas anuais entre 2002 e 2007. Para 2008, ceteris paribus, resultou numa revisão de 4,8% para 4,4% na taxa de variação anual do Output, taxa essa que a 29 Jan 2008 é revista em baixa para os 4,1% acima apresentados.

Portugal

São as seguintes as estimativas/previsões relativas à evolução da economia portuguesa (dados em %):

Banco de Portugal Comissão Europeia OCDE
2007 2008 2009 2007 2008 2009 2007 2008 2009
PIB 1,9 2,0 2,3 1,8 2,0 2,1 1,8 2,0 2,2
Cons. Privado 1,2 1,1 1,6 1,2 1,3 1,7 1,3 1,4 1,8
Cons. Público 0,0 0,0 0,4 -0,3 0,4 0,5 -0,5 -0,9 -1,2
Investimento 2,6 3,3 3,1 0,9 2,3 3,4 2,5 3,8 4,3
Procura Interna 1,2 1,5 1,6 0,9 1,4 1,9 1,0 1,4 1,8
Exportações 7,0 4,9 6,0 6,7 5,6 4,9 6,2 5,6 6,1
Importações 4,1 2,9 3,7 3,4 3,3 3,8 3,3 3,5 4,6
IHPC 2,4 2,4 2,0 2,4 2,4 2,3 2,4 2,6 2,2
Desemprego --- --- --- 8,0 8,0 7,7 7,9 7,6 7,3
Déf. Público (1) --- --- --- -3,0 -2,6 -2,4 -3,0 -2,4 -1,5
C. Corrente (1) (2) -8,2 -7,3 -6,4 -9,0 -8,8 -8,7 -8,1 -8,2 -7,9
B. Bens Serviços -6,7 -6,5 -5,3 -9,1 -8,6 -8,4 --- --- ---

Fonte: B.Portugal, Bol. Económico Inverno, Jan 08;Comissão Europeia, Previsões Outono 2007 (Nov 2007); OCDE, Economic Outlook No.82 Dez 2007; (1) Em percentagem do PIB (2) No caso das previsões do B.Portugal, as referências dizem respeito ao saldo conjunto da Balança Corrente e Balança de Capital (endividamento externo).

Portugal deverá crescer em 2008 a um ritmo similar ao estimado para 2007, em torno de 2,0%. No entanto, os riscos que a economia enfrentará serão claramente negativos atendendo à conjuntura internacional e à correcção no mercado de crédito. A Procura Externa Líquida deverá dar um menor contributo para o crescimento - um menor vigor das Exportações, em que a excepção angolana é digna de nota, deverá ser apenas contrabalançado por um aumento menos significativo das Importações. O maior contributo positivo deverá surgir do Investimento Privado, sendo expectável a estabilização da Promoção Imobiliária Residencial. Adicionalmente, não será de descurar o suporte resultante do incremento do Investimento Público. Depois do agravamento observado no ano transacto, o Desemprego deverá estabilizar próximo de uma taxa de 8,0%, condicionando o Consumo Privado a um incremento marginalmente acima de 1,0%. A inflação deverá observar um nível próximo de 2,4%. As políticas tendentes à diminuição do défice orçamental deverão manter-se, garantindo o cumprimento das metas apresentadas pelas autoridades portuguesas.

Actividade da CORTICEIRA AMORIM

Conforme expresso no relatório consolidado, estima-se que haja um crescimento da actividade e mesmo melhoria nos resultados operacionais, as condicionantes ao nível da função financeira e ao nível da fiscalidade, dificilmente permitirão alcançar o nível dos resultados líquidos observados em 2007.

Em termos sociais manter-se-á a estrutura de resultados observado até 2007, sendo de prever o recebimento de dividendos de algumas das participadas de modo a repor capacidade distributiva dos mesmos por parte da empresa-mãe.

6. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Tendo em conta que o Resultado Líquido, apurado segundo as contas sociais no final do exercício de 2007, é negativo no valor de € 1 987 222,40 (um milhão, novecentos e oitenta e sete mil, duzentos e vinte e dois euros e quarenta cêntimos) e a existência de Reservas Livres e distribuíveis, no montante de € 46 677 307,07 (quarenta e seis milhões, seiscentos e setenta e sete mil, trezentos e sete euros e sete cêntimos), o Conselho de Administração:

propõe:

    1. que os Senhores Accionistas deliberem aprovar que o referido Resultado Líquido negativo, no valor de € 1 987 222,40 (um milhão, novecentos e oitenta e sete mil, duzentos e vinte e dois euros e quarenta cêntimos), seja transferido para a conta Resultados Transitados;
    1. que seja distribuído, como dividendos, o montante de € 7 980 000,00 (sete milhões, novecentos e oitenta mil euros), parte do saldo existente na rúbrica Reservas Livres, a que corresponde um valor de € 0,06 (seis cêntimos) por acção;
    1. que seja transferido para a conta Resultados Transitados o montante de € 38.697.307,07 (trinta e oito milhões, seiscentos e noventa e sete mil, trezentos e sete euros e sete cêntimos), parte do saldo existente na rúbrica Reservas Livres.

7. VALORES MOBILIÁRIOS PRÓPRIOS

A CORTICEIRA AMORIM adquiriu, em várias sessões de bolsa, 19 477 acções, correspondentes a 0,0146% do respectivo capital social, ao preço médio de 1,958€/acção, totalizando estas transacções 38 131,62 €.

Não se realizaram quaisquer alienações de acções próprias..

A 31 de Dezembro de 2007, a CORTICEIRA AMORIM detinha 2 567 834 acções próprias, representativas de 1,9307% do seu capital social.

A realização destas transacções, nos termos acima descritos, foi julgada conveniente face à oportunidade de mercado, à existência de disponibilidades financeiras na Sociedade e ao impacto imaterial que tais movimentos teriam quer na regular formação dos preços da acção, quer no freefloat da Sociedade.

8. EVENTOS SUBSEQUENTES

Posteriormente a 31 de Dezembro de 2007 e até à data do presente relatório, não ocorreram factos relevantes que venham a afectar materialmente a posição financeira e os resultados futuros da CORTICEIRA AMORIM e do conjunto das empresas filiais incluídas na consolidação.

9. DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Em cumprimento do estabelecido na alínea c) do número 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, as contas anuais e demais documentos de prestação de contas, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da CORTICEIRA AMORIM, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação. Declaram ainda que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da CORTICEIRA AMROIM, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, contendo o referido relatório um capítulo especial onde se expõem os principais riscos e incertezas do negócio.

10. FECHO DO RELATÓRIO

O Conselho de Administração aproveita esta oportunidade para expressar o seu reconhecimento:

  • aos Accionistas e Investidores, pela confiança inequívoca que têm manifestado;
  • às Instituições de Crédito, pela importante colaboração prestada; e
  • ao Conselho Fiscal e ao Revisor Oficial de Contas pelo rigor e qualidade da sua actuação.

A todos os Colaboradores, cuja disponibilidade e empenho tanto têm contribuído para o desenvolvimento e crescimento das empresas participadas pela CORTICEIRA AMORIM, aqui lhes manifestamos o nosso sentido apreço.

Mozelos, 25 de Fevereiro de 2008

O Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

António Rios de Amorim
Presidente do Conselho de Administração
José Américo Amorim Coelho
Vice-Presidente do Conselho de Administração
Joaquim Ferreira de Amorim
Vogal do Conselho de Administração
Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira
Vogal do Conselho de Administração
Luísa Alexandra ramos Amorim
Vogal do Conselho de Administração
José da Silva Carvalho Neto
Vogal do Conselho de Administração

CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.

Sociedade Gestora de Participações Sociais

Anexo ao Relatório de Gestão

Exercício findo em 31 de Dezembro de 2007

1 - ACÇÕES CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A. DETIDAS E OU TRANSACCIONADAS PELOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA EMPRESA

Em cumprimento do estabelecido no artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se:

  • i) O administrador Senhor José Américo Amorim Coelho mantém a posse de 20 339 acções da Sociedade, não tendo transaccionado qualquer título durante o ano de 2007;
  • ii) Os restantes membros dos órgãos sociais não detêm nem transaccionaram qualquer título representativo do capital social da Sociedade.

2 - RELAÇÃO DOS ACCIONISTAS TITULARES DE MAIS DE UM DÉCIMO DO CAPITAL SOCIAL DA EMPRESA

Em cumprimento do estabelecido no artigo 448.º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que a sociedade Amorim Capital - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. era detentora, à data de 31 de Dezembro de 2007, de 90 162 161 acções da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A., correspondentes a 67,791% do capital social ,.

3 - PARTICIPAÇÕES SOCIAIS QUALIFICADAS

Relação dos Accionistas titulares de participações sociais qualificadas, à data de 31 de Dezembro de 2007:

Accionista Número de
acções
Percentagem de
participação
Amorim Capital - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 90 162 161 67,791%
Luxor – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 3 069 230 2,308%
Portus Securities – Sociedade Corretora, Lda. 7 400 000 5,564%
Directamente 6 400 000 4,812%
Via Accionista/Gestor 1 000 000 0, 752%
Bestinver Gestión, SGIIC, S.A. por imputação de: 6 752 309 5,077%
Bestinver Bolsa, F.I. 4 541 582 3,415%
Bestinfond F.I. 1 267 969 0,953%
Bestinver Mixto, F.I. 545 929 0,411%
Soixa Sicav, S.A, 163 296 0,123%
Texrenta Inversiones Sicav, S.A. 31 111 0,023%
Corfin Inversiones Sicav, S.A. 25 103 0,019%
Rodaon Inversiones Sicav, S.A. 21 602 0,016%
(continua)
Número de Percentagem de
Accionista acções participação
(continuação)
Tibest Cinco, Sicav, S.A. 18 965 0,014%
Invers. En Bolsa Siglo XXI, Sicav, S.A. 17 209 0,013%
Aton Inversiones Sicav, S.A. 13 384 0,010%
Tigris Inversiones, Sicav, S.A. 11 805 0,009%
Mercadal de Valores Sicav, S.A. 11 691 0,009%
H202 Inversiones Sicav, S.A. 10 875 0,008%
Divalsa de Inversiones Sicav, S.A. 10 491 0,008%
Pasgom Inversiones, Sicav, S.A. 9 645 0,007%
Entrecar Inversiones, Sicav, S.A. 8 971 0,007%
Accs., Cups. Y Obs. Segovianas, Sicav, S.A. 7 224 0,005%
Cartera Millennium Sicav, S.A. 6 592 0,005%
Campo de Oro, Sicav, S.A. 5 576 0,004%
Linker Inversiones, Sicav, S.A. 5 359 0,004%
Heldalin Inversiones Sicav, S.A. 4 133 0,003%
Zamarron Sicav, S.A. 4 068 0,003%
Opec Inversiones, Sicav, S.A. 3 720 0,003%
Tawarzar 2-S2 Sicav, S.A. 3 440 0,003%
Iberfarma Sicav, S.A. 2 569 0,002%
Total das participações qualificadas 107 383 700 80,740%

A Amorim - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A., detém, à data de 31 de Dezembro de 2007, uma participação qualificada indirecta na Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A., de 90 162 161 acções correspondente a 67,791% do capital social. A referida participação indirecta é detida através da Amorim Capital - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.. A Amorim – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. é detida a 100% pela Interfamília II, S.G.P.S., S.A.

De referir que, em 31 de Dezembro de 2007, a Sociedade possuía 2 567 834 acções próprias.

Mozelos, 25 de Fevereiro de 2008

O Conselho de Administração

a) BALANÇO

Notas Dez. 2007 Dez. 2006
ACTIVO
Activos fixos tangíveis 5 45 67
Investimentos em subsidiárias e associadas 3 382 425 305 544
Outros activos financeiros 4 41
Impostos diferidos 16 3 725 250
Activos não correntes 386 236 305 861
Clientes 75 79
Impostos a recuperar 1 496 1 575
Outras dívidas a receber/ outros activos 7 12 832 21 456
Caixa e equivalentes 19 2 2
Activos correntes 14 405 23 112
Total do Activo 400 641 328 973
CAPITAIS PRÓPRIOS
Capital social 133 000 133 000
Acções próprias - 2 463 - 2 426
Reservas e outras componentes do capital próprio 60 020 69 864
Resultado liquido do exercício - 1 987 - 2 669
Capitais Próprios 6 188 570 197 769
PASSIVO
Dívida remunerada 9 118 000 124 000
Passivos não correntes 118 000 124 000
Dívida remunerada 9 88 034 4 057
Fornecedores 98 37
Credores diversos 8 5 605 2 826
Estado e outros entes públicos 334 284
Passivos correntes 94 071 7 204
Total do Passivo e Capitais Próprios 400 641 328 973

b) DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Notas Dez. 2007 Dez. 2006
Prestação de serviços 10 242 235
Fornecimentos e serviços externos 11 - 683 - 378
Custos com pessoal 12 - 2 074 - 1 888
Depreciações 5 - 23 - 25
Outros custos e proveitos operacionais 13 - 134 - 120
Resultados operacionais (EBIT) - 2 672 - 2 176
Juros líquidos 14 - 3 382 - 2 250
Ganhos (perdas) em subsidiárias e associadas 15 - 2 805 -
Resultados antes de impostos - 8 859 - 4 426
Imposto sobre os resultados 16 6 872 1 757
Resultado líquido - 1 987 - 2 669
Resultados por acção – básico e diluído (euros por acção) -0,01 -0,02

c) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

Dez. 2007 Dez. 2006
Prestações de serviços 242 235
Custo das prestações de serviços 242 235
Resultados brutos 0 0
Custos administrativos - 2 632 - 2 103
Outros custos e perdas operacionais - 20 - 46
Resultados operacionais - 2 652 - 2 149
Custo liquido de financiamento - 3 402 - 2 260
Ganhos (perdas) em filiais e associadas - 2 805 0
Resultados não usuais ou não frequentes - 17
Resultados antes de impostos - 8 859 - 4 426
Imposto sobre os resultados - 6 872 - 1 757
Resultado liquido - 1 987 - 2 669
Resultados por acção – básico e diluído (euros por acção)
A quantidade média ponderada de acções em 2007 e em 2006 é de 133 000 000.
- 0,01 - 0,02

d) DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Dez. 2007 Dez. 2006
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos de clientes 297 261
Pagamentos a fornecedores - 805 - 415
Pagamentos ao pessoal - 2 160 - 1 676
Fluxo gerado pelas operações - 2 668 - 1 830
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 6 858 4 957
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional - 40 - 90
Fluxo gerado antes das rubricas extraordinárias 4 150 3 037
Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias - -
Pagamentos relacionado com rubricas extraordinárias - 22 - 84
Fluxos das actividades operacionais 4 128 2 953
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 97 055 23 143
Imobilizações corpóreas - 79
Imobilizações incorpóreas - -
Subsídios de investimento - -
Juros e proveitos similares 2 808 2 091
Dividendos - 99 863 - 25 313
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros - 172 646 - 16 681
Imobilizações corpóreas - 1 - 82
Imobilizações incorpóreas - - 172 647 - - 16 763
Fluxos das actividades de investimento - 72 784 8 550
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 172 278 147 520
Aumentos de capital, presta. suplementares e prémios de emissão - -
Subsídios e doações - -
Vendas de acções próprias - -
Cobertura de prejuízos - 172 278 - 147 520
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos - 91 207 - 148 822
Amortizações de contratos de locação financeira - -
Juros e custos similares -5 234 - 3 654
Dividendos - 7 174 - 6 523
Reduções de capital e prestações suplementares - -
Aquisição de acções próprias - 7 - 103 622 - 24 - 159 023
Fluxos das actividades de financiamento 68 656 - 11 503
Variação de caixa e seus equivalentes 0 0
Efeito das diferenças de câmbio 0 0
Caixa e seus equivalentes no início do período 2 2
Caixa e seus equivalentes no fim do período 2 2

e) DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

Ano de 2007 Saldo Inicial Movimento Saldo Final
Capital social 133 000 - 133 000
Acções próprias – valor nominal - 2 549 - 19 - 2 568
Acções Próprias – prémios e descontos 123 - 19 104
Prémios de emissão de acções 38 893 - 38 893
Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas - 43 711 43 711 -
Reservas de reavaliação 4 052 - 4 052
Reservas legais 7 445 - 7 445
Reservas especiais 103 - 103
Reservas resultantes da venda de acções próprias 339 - 339
Reservas livres 56 315 - 7 175 49 140
Resultados transitados 6 428 - 46 380 - 39 952
Resultado líquido:
Exercício de 2006 - 2 669 2 669 -
Exercício de 2007 - 1 987 - 1 987
197 769 - 9 200 188 569

Os movimentos nos capitais próprios, no montante de – 9 200, sumarizam-se como segue:

Aquisição de 19 477 acções próprias - 38
Distribuição de dividendos - 7 175
Ajustamentos de justo valor - 1
Resultado liquido do exercício de 2006 - 1 987
- 9 200
Ano de 2006 Saldo Inicial Movimento Saldo Final
Capital social 133 000 - 133 000
Acções próprias – valor nominal - 2 536 - 13 - 2 549
Acções Próprias – prémios e descontos 134 - 11 123
Prémios de emissão de acções 38 893 - 38 893
Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas - 43 711 - - 43 711
Reservas de reavaliação 4 052 - 4 052
Reservas legais 7 445 - 7 445
Reservas especiais 103 - 103
Reservas resultantes da venda de acções próprias 339 - 339
Reservas livres 62 838 - 6 523 56 315
Ajustamentos de justo valor 1 - 1 -
Resultados transitados 7 205 - 777 6 428
Resultado líquido:
Exercício de 2005 - 777 777 -
Exercício de 2006 - - 2 669 - 2 669
206 986 - 9 217 197 769

Os movimentos nos capitais próprios, no montante de – 9 217, sumarizam-se como segue:

Aquisição de 12 500 acções próprias - 24
Distribuição de dividendos - 6 523
Ajustamentos de justo valor - 1
Resultado liquido do exercício de 2006 - 2 669
- 9 217

NOTAS ÀS CONTAS INDIVIDUAIS PARA O PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007

1. I NTRODUÇÃO

A Corticeira Amorim , S.G.P.S., S.A. (adiante designada apenas por Corticeira Amorim, designação que poderá também abranger o conjunto da Corticeira Amorim SGPS e suas participadas) resultou da transformação da Corticeira Amorim, S.A., numa sociedade gestora de participações sociais ocorrida no início de 1991 e cujo objecto social é gestão das participações do Grupo Amorim no sector da cortiça.

As empresas participadas directa e indirectamente pela Corticeira Amorim têm como actividade principal a fabricação, comercialização e distribuição de todos os produtos de cortiça.

A Corticeira Amorim não detém directa ou indirectamente interesses em propriedades onde se faça o cultivo e exploração do sobreiro, árvore fornecedora da cortiça que é a principal matéria-prima usada nas suas unidades transformadoras. A aquisição da cortiça faz-se num mercado aberto, onde interagem múltiplos agentes, tanto do lado da procura como da oferta.

A actividade da Corticeira Amorim estende-se desde a aquisição e preparação da cortiça, até à sua transformação num vasto leque de produtos derivados de cortiça. Abrange também a comercialização e distribuição, através de uma rede própria presente em todos os grandes mercados mundiais.

A Corticeira Amorim é uma empresa portuguesa com sede em Mozelos, Santa Maria da Feira, sendo as acções representativas do seu capital social de 133 000 000 euros cotadas na Euronext Lisboa – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..

Estas demonstrações financeiras individuais foram aprovadas em Conselho de Administração do dia 25 de Fevereiro de 2008.

Excepto quando mencionado outra unidade, os valores numerários referidos nestas notas são apresentados em milhares de euros.

2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas usadas na preparação das demonstrações financeiras individuais foram consistentemente usadas em todos os períodos apresentados nestas demonstrações e de que se apresenta em seguida um resumo.

• Bases de apresentação

As demonstrações financeiras individuais foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptado na União Europeia, em vigor a 1 de Janeiro de 2007.

• Activo fixo tangível

Os bens do activo fixo tangível são registados ao custo histórico de aquisição. As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes, utilizando-se para efeito as taxas definidas no Decreto regulamentar número 2/90 de 12 de Janeiro, que se consideram representarem satisfatoriamente a vida útil estimada dos bens.

• Investimentos em subsidiárias e associadas

Os investimentos em subsidiárias e associadas são valorizados ao custo de aquisição. Em caso de perda de imparidade, o valor do investimento financeiro é ajustado em consonância, sendo o respectivo ajuste considerado uma perda do exercício.

• Outros activos financeiros

Os outros activos financeiros são valorizados ao custo de aquisição. Em caso de perda de imparidade, o valor do investimento financeiro é ajustado em consonância, sendo o respectivo ajuste considerado uma perda do exercício.

• Clientes e outras dívidas a receber

As dívidas de clientes e outras a receber são registadas pelo seu valor nominal, ajustadas subsequentemente por eventuais perdas por imparidade de modo a que reflictam o seu valor realizável. As referidas perdas são registadas na conta de resultados no exercício em que sejam reconhecidas.

• Caixa e equivalentes a caixa

O montante incluído em "Caixa e equivalentes a caixa" é composto pelos valores de caixa, depósitos à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria com vencimento inferior a três meses, e para os quais os riscos de alteração de valor não é significativo. Os valores a descoberto de contas de depósitos bancários estão incluídos em "Dívida remunerada".

• Dívida remunerada

Inclui o valor dos empréstimos onerosos obtidos. Eventuais despesas atribuíveis à entidade emprestadora, são deduzidos à dívida e reconhecidos ao longo do período de vida do empréstimo, de acordo com a taxa de juro efectiva.

Os juros de empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo à medida em que são incorridos.

• Impostos diferidos e imposto sobre o rendimento

Em consequência da opção pela aplicação do regime especial de determinação da matéria colectável em relação a todas as sociedades do grupo, consignado pelo artigo 63.º do código do IRC, o cálculo da estimativa para impostos é efectuada com base na matéria colectável consolidada, nas seguintes empresas:

  • ♦ Corticeira Amorim, SGPS, SA
  • ♦ Amorim Cork Composites, SA
  • ♦ Amorim Natural Cork Florestal , S.A.
  • ♦ Amorim Industrial Solutions Indústria de Cortiça e Borracha I, SA
  • ♦ Amorim Industrial Solutions Indústria de Cortiça e Borracha II, SA
  • ♦ Amorim Industrial Solutions, SGPS, SA
  • ♦ Amorim Irmãos, SA
  • ♦ Amorim Irmãos, SGPS, SA
  • ♦ Amorim Revestimentos, S.A.
  • ♦ Aplifin Aplicações Financeiras, SA
  • ♦ Champcork Rolhas de Champanhe, SA
  • ♦ Interchampanhe Fabricante de Rolhas de Champanhe, SA
  • ♦ Labcork Laboratório Central do Grupo Amorim, Lda.
  • ♦ Portocork Internacional, SA
  • ♦ Sociedade Portuguesa de Aglomerados de Cortiça, Lda.

As empresas Amorim Industrial Solutions, SGPS, SA e Amorim Industrial Solutions - Indústria de Cortiça e Borracha II, SA. foram dissolvidas em Dezembro de 2007.

• Provisões

São reconhecidas provisões quando a CORTICEIRA AMORIM tem uma obrigação presente, legal ou implícita, resultante de um evento passado, e seja provável que desse facto resulte uma saída de recursos e que esse montante seja fiavelmente estimado.

Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. São reconhecidas provisões para reestruturação sempre que para essa reestruturação haja um plano detalhado e tenha havido comunicação às partes envolvidas.

• Locação

Sempre que um contrato indicie a transferência substancial dos riscos e dos benefícios inerentes ao bem em causa para a CORTICEIRA AMORIM, a locação será classificada como financeira. Todas as outras locações são consideradas como operacionais, sendo os respectivos pagamentos registados como custos do exercício.

• Instrumentos financeiros derivados

A Corticeira Amorim utiliza instrumentos financeiros derivados, tais como contratos de câmbio à vista e a prazo, opções e swaps, somente para cobertura dos riscos financeiros a que está exposta. A CORTICEIRA AMORIM não utiliza instrumentos financeiros para especulação. A empresa adopta a contabilização de acordo com contabilidade de cobertura (hedge accounting) respeitando integralmente o disposto nos normativos respectivos. A negociação dos instrumentos financeiros derivados é realizada pelo departamento de tesouraria central (Sala de Mercados), obedecendo a normas aprovadas pela respectiva administração. Os instrumentos financeiros derivados são inicialmente reconhecidos no balanço ao seu custo inicial e depois remensurados ao seu justo valor.

3. I NVESTIMENTOS EM SUBSI DIÁRIAS E ASSOCIADAS

Saldo inicial
liquido
Aumentos Alienações Transferên
cias e abates
Ajusta
mentos
Saldo final
liquido
Partes de capital 256 291 138 033 - - 43 072 - 351 252
Empréstimos de financiamento 49 253 400 - - 18 480 - 31 173
305 544 138 433 - - 61 552 - 382 425

Os aumentos em "Partes de capital" referem-se a:

- Prestações acessórias à Amorim Revestimentos 3 748
- Prestações acessórias à Amorim Cork Composites 43 400
- Prestações acessórias à Amorim Natural Cork - Florestal 83 000
- Prestações acessórias à Amorim & Irmãos SGPS 3 900
- Prestações suplementares à Vatrya 135
- Subscrição do aumento de capital da Amorim & Irmãos SGPS 3 850
138 033

As transferências e abates em "Partes de capital" referem-se a:

a) Reembolsos de prestações suplementares concedidos à:
- Vatrya – Consultadoria e Marketing, Lda. - 498
b) Reembolsos de prestações acessórias concedidos à:
- Amorim Industrial Solutions, SGPS, SA
- Amorim Revestimentos, SA
- 6 600
- 32 927
- 39 527

• c) Entrega dos títulos a seguir referidos, para realização em espécie do aumento de capital da Amorim & Irmãos, SGPS, SA, ocorrido em Dezembro de 2007, totalmente subscrito pela Corticeira Amorim.

- Títulos de 300.000 acções Amorim Revestimentos, SA - 3 770
- Títulos de 16.000 acções Amorim Isolamentos, SA - 80
- 3 850

• d) Abate da participação nas sociedades a seguir referidas que foram dissolvidas em 2007:

- Amorim Industrial Solutions – I.C.B. II, SA - 4 266
Reversão do ajustamento à A.I. Solutions, SGPS 4 266
- Amorim Industrial Solutions, SGPS, SA - 14 917
Reversão do ajustamento à A.I. Solutions, SGPS 15 720
- Moraga – Comércio e Serviços, SA -25 025
Reversão do ajustamento à Moraga 25 025
803

Os movimentos em "Empréstimos de financiamento" referem-se:

  • Os aumentos, a um empréstimo concedido à Amorim Isolamentos, SA.;
  • As transferências e abates, referem-se a:
  • a) Reembolsos de empréstimos concedidos à:
- Amorim Cork Composites, SA - 2 500
- Amorim Revestimentos, SA - 10 500
- Amorim & Irmãos, SGPS, SA - 4 000
- Amorim Isolamentos, SA - 500
- Amorim Natural Cork – Florestal, SA - 480
- 17 980
  • b) Ao abate do empréstimo concedido à sociedade a seguir referida, por motivo da sua dissolução em Dezembro de 2007.
  • Amorim Industrial Solutions II I.C.B., SA 500

Participação directa no capital de subsidiárias e associadas Sede % Valor de Custo Prestações suplementares Valor de Balanço Dez 2007 Amorim Brasil – C.I.I.E.A.C., Lda. Brasil 99% 0 - 0 Amorim Cork Composites, SA S. Mª. Feira 100% 10 076 46 050 56 126 Amorim & Irmãos, SGPS, SA S. Mª. Feira 100% 6 344 199 800 206 144 Amorim Narural Cork – Florestal, SA. S. Mª. Feira 100% 60 87 248 87 308 General Inv. & Participations Ginpar, SA Marrocos 99,76% 205 - 205 Labcork–Lab. Central do Grupo Amorim, SA S. Mª. Feira 100% 50 339 389 Vatrya – Consultadoria e Marketing, Lda. Funchal 100% 4 1 076 1 080 Total 16 739 334 513 351 252

Empréstimos de financiamento a subsidiárias e
associadas
Balanço
Dez. 2007
Balanço
Dez. 2006
Amorim & Irmãos, SGPS, SA. - 4 000
Amorim Natural Cork - Florestal, SA. 6 320 6 800
Amorim Industrial Solutions – I.C.B. II, SA - 500
Amorim Isolamentos, SA 4 453 4 553
Amorim Revestimentos, SA 18 500 29 000
Amorim Cork Composites, SA - 2 500
Compagnie Marrocaine de Transf. de Liégé, Comatral S.A. 1 900 1 900
Total 31 173 49 253

4. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS

Saldo inicial
liquido
Aumentos Alienações Transferên
cias e abates
Ajusta
mentos
Saldo final
liquido
U. Participações em associações - 41 - - - 41

5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Saldo inicial
liquido
Aumentos Alienações Transferên
cias e abates
Amortiza
ções
Saldo final
liquido
Equipamento de transporte 67 - - - 23 44
Equipamento administrativo 0 1 - - 0 1
67 1 - - 23 45

6. CAPITAL E RESERVAS

A Corticeira Amorim atribuiu, em Abril de 2007, um dividendo no valor de 7 315 000 euros relativo à actividade de 2006, a que correspondeu um valor de 0,055 euros por acção.

Em Abril de 2006 atribuiu um dividendo no valor de 6 650 000 euros relativo à actividade de 2005, a que correspondeu um valor de 0,05 euros por acção.

2007 2006
Dividendo atribuído (0,055 por acção em 2007 e 0,05 euros em 2006) 7 315 6 650
Apropriação de dividendos de acções próprias 140 127
Dividendos distribuídos 7 175 6 523

• Acções próprias

Em 2007, a Empresa adquiriu em bolsa 19 477 acções próprias, representativas de 0,0146% do seu capital social, pelo preço médio unitário de custo de 1,9630 euros e global de 38 233,60 euros. Em 2006, adquiriu 12 500 acções próprias, representativas de 0,0094% do seu capital social pelo preço médio unitário de custo de 1,8810 euros e global de 23 512,62 euros. Não alienou qualquer acção própria em 2007 e 2006.

No final do ano de 2007, detinha 2 567 834 acções próprias (em 2006: 2 548 357), representativas de 1,9307% do seu capital social (1,9161% em 2006).

2007 2006
Dívidas a receber:
De filiais:
Empréstimos 5 100 11 000
Juros de empréstimos 1 843 1 908
Impostos do RETGS 5 166 8 212
12 109 21 120
De outras entidades
Créditos recebidos na partilha da Moraga a) 18 -
Créditos recebidos na partilha da A.I.Solutions II a) 552 -
Créditos recebidos na partilha da A.I.Solutions SGPS a) 26 -
Outros créditos 2 6
12 707 21 126
Outros activos:
Juros incorridos de empréstimos a filiais 72 273
Custos diferidos 53 57
12 832 21 456

7. OUTRAS DÍVIDAS A RECEBER / OUTROS ACTIVOS

a) Empresas totalmente detidas pela Corticeira Amorim que foram dissolvidas em Dezembro de 2007.

8. CREDORES DIVERSOS

2007 2006
Credores por acréscimo de custos de:
Remunerações que vencem a 1 de janeiro do ano seguinte 201 347
Encargos patronais sobre remunerações a vencer 34 37
Juros e outros encargos financeiros 2 237 1 489
Fornecimentos e serviços externos 43 37
Outros custos - 7
2 515 1 917
Dívidas a pagar:
A filiais por impostos do RETGS 1 175 888
A outras entidades:
Dívidas assumidas na partilha da A.I.Solutions II a) 283 -
Provisão para impostos assumida na partilha da
A.I.Solutions II a) 1 551
Dívidas assumidas na partilha da A.I.Solutions SGPS a) 24 -
Outras dívidas 57 21
5 605 2 826

a) Empresas totalmente detidas pela Corticeira Amorim que foram dissolvidas em Dezembro de 2007.

9. DÍVIDA REMUNERADA

A dívida remunerada vence juros a taxas de mercado, sendo totalmente denominada em euros.

A divida remunerada a curto prazo refere-se a empréstimos de subsidiárias (82 990 da Amorim Natural Cork – Florestal e 205 da Labcork) e a empréstimos bancários (4 839).

A dívida remunerada a médio e longo prazo vence:

A mais de 1 ano A mais de 2 anos A mais de 3 anos Total
40 000 45 000 33 000 118 000

A Empresa tem contratados programas de emissões de papel comercial no montante global de 59 milhões de euros. Em 31 de Dezembro de 2007, os programas estavam utilizados em 53 milhões de euros. O prazo médio ponderado das emissões de 2007 foi de 199 dias (190 dias das emissões de 2006).

10. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

2007 2006
Amorim & Irmãos, S.A 85 83
Amorim Revestimentos, S.A. 56 49
Amorim Cork Composites, S.A. 48 79
Amorim Natural Cork – Florestal, S.A. 20 -
Amorim Industrial Solutions – I.C.B. I, S.A. 13 7
Equipar – Rolha Natural, S.A. 9 5
Amorim Isolamentos, S.A. 7 7
Amorim Industrial Solutions – I.C.B. II, S.A. 4 5
Prestação de serviços 242 235

11. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

2007 2006
Trabalhos especializados - 279 - 85
Rendas e alugueres - 142 - 145
Publicidade e propaganda - 91 - 33
Deslocações e estadas - 68 - 57
Comunicação - 23 - 19
Honorários - 22 0
Contencioso e notariado -16 - 8
Conservação e reparação -11 - 5
Combustíveis - 8 - 10
Outros - 23 - 16
Fornecimentos e serviços externos - 683 - 378

12. CUSTOS COM PESSOAL

2007 2006
Remunerações dos órgãos sociais
Conselho de Administração 1 062 867
Conselho Fiscal 25 -
Remunerações do pessoal 718 760
Encargos sobre remunerações 224 231
Outros custos com o pessoal 45 30
Custos com pessoal 2 074 1 888

No ano de 2007 a empresa teve em média ao seu serviço 20 pessoas (21 em 2006).

13. OUTROS CUSTOS E PROVEITOS OPERACIONAIS

2006 2006
Multas e penalidades - 75 - 2
Serviços e taxas da Euronext e Interbolsa - 39 - 22
Indemnização - - 36
Donativos - 22 - 46
Quotizações - 3 - 1
Serviços bancários - 1 -1
Ganhos em imobilizações corpóreas - 19
Outros 6 - 31
Outros custos e proveitos operacionais - 134 -120

14. JUROS LÍQUI DOS

2007 2006
Juros e imposto de selo inerentes a empréstimos bancários - 5 834 - 4 483
Juros de empréstimos de empresas do grupo - 55 - 17
Outros custos relacionados com financiamentos obtidos - 97 - 102
Juros obtidos de empréstimos a empresas do grupo 2 603 2 350
Juros obtidos de aplicações de tesouraria 1 2
Juros líquidos - 3 382 - 2 250

15. GANHOS (PERDAS) EM SUBSIDIÁRIAS E ASSOCIADAS

2007 2006
Resultado pela dissolução/liquidação das seguintes sociedades:
Moraga – Comércio e Serviços, SA 3 106 -
Amorim Industrial Solutions – I.C.B. II, SA -6 691 -
Amorim Industrial Solutions, SGPS, SA 780 -
- 2 805 0

16. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os impostos diferidos activos no valor de 1217 em 31 de Dezembro de 2007 e 250 em 31 de Dezembro de 2006, estão associados a prejuízos fiscais determinados no âmbito do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (ver nota 2), os quais poderão ser utilizados até 2013.

O reporte fiscal ascende a 24 550 os quais 20 500 foram considerados como susceptíveis de não utilização futura.

Estão também reflectidos na rubrica de impostos diferidos activos benefícios fiscais associados a investimentos em activos tangíveis e de investigação e desenvolvimento efectuados por diversas subsidiárias ( 2508).

É convicção da Administração, expressa nos modelos de previsão possíveis a esta data, que o montante de impostos diferidos activos reconhecidos corresponde ao valor expectável de materialização futura no que aos prejuízos fiscais diz respeito.

2 0 0 7 2 0 0 6
Imposto corrente
Imposto sobre o rendimento e tributações autónomas - 33 - 12
Apropriação da derrama estimada pagar pelas empresas do RETGS 330 -
Imposto diferido 6 575 1 769
Imposto sobre o rendimento 6 872 1 757

17. RESPONSABILIDADES DA EMPRESA POR GARANTIAS PRESTADAS

À data de 31 de Dezembro de 2007 encontravam-se prestadas as seguintes garantias:

Beneficiário Entidade Natureza Valor
- Serviço de Finanças da Feira - 2.º Fiança 5 789
- Serviço de Finanças de Ponte de Sôr Fiança 8
- Tribunal do Trabalho B.C.P. Garantia bancária 35
- Empresas interligadas Banco Popular Aval 6 325
Banco Simeon Carta conforto 606
ABN*AMRO Carta conforto 35 859
B.C.P. Carta conforto 44 695
B.E.S. Carta conforto 4 289
B.N.P. Paris Carta conforto 500
C.G.D. Carta conforto 18 445
Carl Plump Carta conforto 256
Citibank Carta conforto 35 006
Fortis Bank Carta conforto 11 350
La Caixa Carta conforto 301
Mercantile Bank Carta conforto 596
Unibank Carta conforto 403
Credit Anstalt Garantia bancária 436
B.P.I. Opção 3 600

A empresa domina totalmente as sociedades a seguir indicadas, pelo que assume, relativamente a essas sociedades, as responsabilidades previstas no Código das Sociedades Comerciais:

  • ♦ Amorim Cork Composites, S.A.
  • ♦ Amorim & Irmãos, S.G.P.S., S.A.
  • ♦ Amorim Natural Cork Florestal, S.A.
  • ♦ Labcork Laboratório Central do Grupo Amorim, Lda.
  • ♦ Vatrya Consultadoria e Marketing, Lda.

18. I NFORMAÇÕES REQUERIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

Informação relativa ao número 4 do artigo 5.º do Decreto- Lei n.º 318/94 de 24 de Dezembro.

i) - Relação dos créditos concedidos durante o ano de 2007 e respectivas posições devedoras à data de 31 de Dezembro de 2007:

Data Valor Posição
Amorim Cork Composites, S.A. Mai.2007 1 000
Dez.2007 5 500 5 100
Amorim & Irmãos, S.A. Mai.2007 1 900 -
Amorim & Irmãos, S.G.P.S., S.A. Jun.2007 12 000 -
Amorim Industrial Solutions - Ind. de Cortiça e Borracha I, S.A Fev.2007 1 000
Jul.2007 1 500 -
Amorim Industrial Solutions - Ind. de Cortiça e Borracha II, S.A Fev.2007 500
Mai.2007 2 000
Nov.2007 4 000
Dez.2007 363 -
Amorim Isolamentos, S.A. Mai.2007 400 4 453
Amorim Natural Cork - Florestal, S.A. Mar.2007 2 500 6 320
Amorim Revestimentos, S.A. Mai.2007 5 250
Nov.2007 500 18 500
Compagnie Marrocaine de Transf. de Liégé, Comatral S.A. - - 1 900

ii) - Relação dos créditos obtidos durante o ano de 2007 e respectivas posições credoras à data de 31 de Dezembro de 2007:

Data Valor Posição
Amorim Natural Cork – Florestal, S.A.
Dez.2007 82 990 82 990
Labcork – Laboratório Central do Grupo Amorim, Lda Jun.2007 202
Set.2007 160
Nov.2007 20
Dez.2007 60 205
Moraga – Comércio e Serviços, S.A. Jan.2007 76
Mar.2007 3 038
Dez.2007 50 -

19. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

i) Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes

Rubrica 2007 2006
Numerário 1 1
Depósitos bancários imediatamente disponíveis 1 1
Caixa e seus equivalentes 2 2
Disponibilidades constantes do balanço:
Depósitos bancários 1 1
Caixa 1 1

ii) Outras informações

A 31 de Dezembro de 2007, havia um total de 13 161 milhares de euros de facilidades de créditos não utilizados (8 647 em 2006)

Mozelos, 25 de Fevereiro de 2008

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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