Annual Report • Mar 4, 2009
Annual Report
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O Conselho de Administração da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A.,
que os Senhores Accionistas deliberem aprovar o relatório de gestão e as contas do exercício de 2008.
Meladas – Mozelos – Santa Maria da Feira 16 de Fevereiro de 2009
O Conselho de Administração da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A.,
que os Senhores Accionistas deliberem aprovar o relatório consolidado de gestão e as contas consolidadas do exercício de 2008.
Meladas – Mozelos – Santa Maria da Feira 16 de Fevereiro de 2009
O Conselho de Administração da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A.,
que os Senhores Accionistas deliberem aprovar o Relatório do Governo Societário do exercício de dois mil e oito.
Meladas – Mozelos – Santa Maria da Feira 16 de Fevereiro de 2009
O Conselho de Administração da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A.,
Tendo em conta que o resultado líquido, apurado segundo as contas sociais no final do exercício de 2008, é positivo no valor de € 22.246.434,29 (vinte e dois milhões, duzentos e quarenta e seis mil, quatrocentos e trinta e quatro euros e vinte e nove cêntimos),
que os Senhores Accionistas deliberem aprovar que o referido resultado líquido positivo, no valor de € 22.246.434,29 (vinte e dois milhões, duzentos e quarenta e seis mil, quatrocentos e trinta e quatro euros e vinte e nove cêntimos), tenha a seguinte aplicação:
para Reserva Legal: € 1.112.321,71 (um milhão, cento e doze mil, trezentos e vinte e um euros e setenta e um cêntimos);
para Resultados Transitados: € 3.242.204,80 (três milhões, duzentos e quarenta e dois mil, duzentos e quatro euros e oitenta cêntimos);
para Reservas Livres: € 17.891.907,78 (dezassete milhões, oitocentos e noventa e um mil, novecentos e sete euros e setenta e oito cêntimos).
Meladas – Mozelos – Santa Maria da Feira 16 de Fevereiro de 2009
Amorim Capital – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., na qualidade de accionista,
Considerando,
propõe,
nos termos e para os efeitos do disposto no artigo quatrocentos e cinquenta e cinco do Código das Sociedades Comerciais, que os Senhores Accionistas expressem um voto de confiança àqueles órgãos e cada um dos seus membros.
Meladas – Mozelos – Santa Maria da Feira 16 de Fevereiro de 2009
Amorim Capital – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., A Administração
CORTICEIRA AMORIM; S.G.P.S., S.A. Sociedade Aberta
Capital Social: EUR 133 000 000,00 C.R.C. Sta. Maria da Feira NIPC e Matrícula n.º: PT 500 077 797 Edifício Amorim I Rua de Meladas, n.º 380 Apartado 20 4536-902 MOZELOS VFR PORTUGAL
Tel.: 22 747 54 00 Fax: 22 747 54 07
Internet: www.corticeiraamorim.com E-mail: [email protected]
A CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A., Sociedade Aberta, vem, nos termos da lei, apresentar o:
O ano foi marcado pelo agravamento da crise financeira iniciada em 2007, com constante repricing de activos financeiros, geradores do reconhecimento de perdas significativas a nível das Instituições Financeiras, e pela procura de desalavancagem por parte destas. A aversão ao risco, a incerteza, a volatilidade, a fuga para activos de menor risco, a falta de liquidez e a limitação na obtenção de crédito foram fenómenos observados ao longo de todo o período mas que tiverem o ponto alto em Setembro e Outubro, com a falência do quarto maior banco de investimento norteamericano, o Lehman Brothers. A relação basilar do sistema financeiro e, em particular, do bancário - a confiança entre intervenientes - foi, por diversas vezes, posta em causa. Chegou mesmo a observar-se uma total paralisia em segmentos do mercado financeiro, como sejam o monetário e o de crédito.
Foi um ano, ainda e sobretudo, caracterizado pelo alastrar da instabilidade financeira a todos os restantes sectores económicos. De um fenómeno localizado – nos Estados Unidos e em algumas economias europeias, como o Reino Unido e a Irlanda - transformou-se num fenómeno mundial gerando, inicialmente, um ajustamento económico moderado mas que, posteriormente, foi ganhando dimensão e ritmo e que resultou, por fim, na contracção económica a nível da maior parte das economias desenvolvidas e num acentuado abrandamento em todas as demais. A travagem no último trimestre do ano terá sido particularmente violenta e generalizada. Estima-se que a Economia Mundial tenha crescido 3,4%, uma clara desaceleração face aos 5,2% do ano anterior.
A política monetária procurou mitigar os efeitos decorrentes da falta de liquidez e aperto no crédito, com actuações prontas e continuadas, sobretudo nas economias anglo-saxónicas. Na União Económica e Monetária (UEM), o Banco Central Europeu (BCE) seguiu rumo diverso até Julho, tendo inclusive subido taxas para 4,25% - motivado pela resiliência que a procura externa dirigida à Alemanha apresentava e pelos significativos aumentos até então observados a nível dos preços das commodities - apenas para inverter o rumo a partir do final do terceiro trimestre e descer a Refi Rate até 2,5%, em Dezembro (e para 2,0% já em Janeiro de 2009). O ano foi ainda caracterizado pela intervenção das autoridades políticas pela via fiscal, oscilando entre pacotes fiscais de apoio económico, anúncio de planos de investimento público em infra-estruturas, passando por injecção de fundos em Instituições Financeiras mais debilitadas e, inclusive, pela nacionalização, como solução de recurso, de algumas dessas Instituições. A degradação das contas públicas e o aumento do endividamento público foi a consequência directa. A inflação terá registado uma evolução particularmente divergente em 2008: um aumento muito significativo até ao Verão, em grande medida seguindo a trajectória das commodities, e dentro destas, a do crude e derivados (máximo histórico de USD 147,0/barril atingido em Julho), dando lugar a tendência descendente muito acentuada a partir de então. As estimativas apontam, ainda assim, para que tenha registado valores superiores aos de 2007 - 3,6% nas Economias Desenvolvidas e 9,2% nas Emergentes e em Desenvolvimento.
Estima-se que a Zona Euro tenha registado um crescimento de 1,0% em 2008. Os Estados Unidos, epicentro da crise financeira, deverão ter registado um incremento de 1,1% a nível do Produto, enquanto o Japão, para incredulidade de muitos face à aparente não exposição directa das suas Instituições Financeiras aos activos hipotecários de risco elevado e face ao nível de crescimento económico do ano anterior (2,4%), terá contraído 0,3%.
Em 2008, ao contrário do esperado, e pondo fim à tendência de recuperação económica que apresentava desde 2005, Portugal evidenciou um abrandamento económico significativo que terá resultado, apontam as estimativas, num crescimento do PIB em 0,3% (2,0% no ano anterior). Terá sido o nono ano consecutivo de afastamento face à média da UEM. A parte final do ano ter-se-á mesmo caracterizado por uma contracção económica significativa. A desaceleração da actividade terá sido generalizada – o Investimento seguiu tendência descendente, mostram os dados, reflectindo a conjuntura interna e externa; as exportações terão registado queda acentuada no último trimestre, situação que já não se observava desde o início da década de 1980, reflectindo sobretudo o abrandamento económico da EU, destino de 75% das vendas portuguesas para o exterior. A situação não terá sido pior em virtude da diversificação dos mercados destino que se tem observado ao longo dos últimos anos, nomeadamente para Angola e Ásia. Reflectindo o ciclo económico, também as Importações terão observado notória contracção. Não terão permitido, ainda assim, uma melhoria da Balança de Bens e Serviços, cujo défice se estima ter atingido 8,0% do PIB. O Consumo Privado terá sido a componente menos afectada mas ainda assim não terá deixado de reflectir a contracção da actividade creditícia, o acentuado incremento das taxas de juro até Outubro passado e a diminuição do rendimento disponível pela via do aumento dos factores energéticos. A inflação terá seguido tendência altista, tendo registado 2,8%, um aumento face a 2007. O Desemprego terá diminuído face aos níveis do ano anterior, registando 7,6%.
As empresas que integram o perímetro da CORTICEIRA AMORIM encontram-se estruturadas por Unidades de Negócios (UN), com referências às quais se dá conta dos aspectos mais relevantes ocorridos durante o exercício de 2008.
O ano de 2008 pautou-se por uma política de compras consentânea com a estratégia definida pela CORTICEIRA AMORIM. Cumpriu-se o objectivo de garantir o aprovisionamento de cortiça que obedece ao trinómio quantidadequalidade-preço que melhor se ajusta às necessidades das suas diversas UN.
Como previsto, a quantidade de cortiça descortiçada durante a campanha de 2008 foi menor do que a de anos transactos. No entanto, tal facto não implicou uma subida do preço da matéria-prima adquirida devido à actuação desta UN durante a campanha de 2007. Com efeito, atendendo a que se previa menor disponibilidade de cortiça em 2008, agiu-se por antecipação em 2007, garantindo dessa forma a satisfação das necessidades da cadeia de valor do Grupo CORTICEIRA AMORIM. A adaptação do ritmo de aquisições às novas condições de mercado permitiu também a redução de stocks, visível já no segundo semestre de 2008.
Em termos de actividade industrial, os principais objectivos desta UN são a preparação de cortiça para a posterior transformação em rolhas naturais e a fabricação de discos a incorporar em vários tipos de rolhas.
As Vendas do exercício totalizaram 101.215 mil euros, registando um decréscimo de 3,0% em relação a 2007, que se ficou a dever à redução de preços e à diminuição de actividade provocada pela quebra das necessidades das UN a jusante.
A Margem Bruta registou uma melhoria de cerca 5%, graças à melhor relação qualidade/preço da cortiça consumida em 2008 (adquirida em 2007) e à melhoria de rendimentos industriais na unidade fabril de Coruche. A estrutura de custos registou um decréscimo de aproximadamente 1%, beneficiando do impacto positivo das medidas de optimização dos custos, em particular ao nível dos transportes.
Beneficiado por uma política de redução de stocks de produtos acabados e semi‐acabados e aos factos atrás referenciados, o EBIT e o EBITDA da UN registaram um aumento de 23% e 14%, respectivamente, face aos valores do ano transacto.
2.2. Rolhas
O mercado vinícola vem registando um ligeiro crescimento, mais acentuado na União Europeia e no Novo Mundo, registando‐se também um aumento da relevância dos Clientes de dimensão nacional e multinacional, que representam actualmente cerca de 25% das Vendas da UN Rolhas, e cuja fidelização está associada ao preço e à qualidade do serviço prestado.
A UN Rolhas da CORTICEIRA AMORIM é a única Organização industrial com capacidade de oferecer um serviço mundial, em disponibilidade e qualidade de produto, beneficiando de, num mercado ainda muito fragmentado, deter uma rede de distribuição própria capaz de estabelecer relações localmente com os potenciais Clientes, independentemente da zona geográfica onde estes desenvolvam as respectivas actividades.
Por outro lado, a forte concentração dos vinhos nos segmentos Popular Premium e Basic são motores de crescente excelência operacional das rolhas, serviço e qualidade.
Em 2008, as Vendas da UN Rolhas registaram um aumento de 4,5%, beneficiando significativamente da entrada de novas empresas no perímetro de consolidação cujo efeito, só em termos de vendas, foi de +6,3%. Assim, em termos comparáveis, as vendas registaram uma redução de 2%, fortemente prejudicadas pela recessão económica mundial e pela evolução do câmbio USD/EUR.
De uma forma geral, fizeram‐se sentir dificuldades económicas e financeiras em todos os mercados, em particular na Europa de Leste (especialmente Rússia e Ucrânia) e Estados Unidos. Os grandes grupos do sector vitivinícola tomaram medidas rigorosas de racionalização de custos, com impactos fortes na procura e no preço das rolhas de cortiça vendidas. Igualmente penalizante foi a desvalorização da moeda nos países importadores de vinho, como o Reino Unido e os EUA, que originou pressão adicional para a redução dos preços das rolhas. O desempenho registado nos mercados europeus compensou a quebra verificada nos mercados norte e sul‐americanos (efeito cambial).
As vendas do produto mais relevante desta UN – a Rolha Natural – exportada essencialmente para mercados em recessão económico‐financeira e de elevada exposição cambial, registaram uma redução de 7,7%, com o contributo positivo dos mercados europeus a ser anulado pela quebra em quase todos os restantes mercados.
As vendas de Rolhas para Champanhe aumentaram 45%, muito beneficiadas pelo efeito perímetro. Em termos comparáveis, isto é, expurgando o efeito da consolidação do Grupo Oller, as vendas teriam crescido ainda assim 12%.
As vendas de Rolhas Neutrocork® registaram um crescimento de 4,1%, sendo de realçar a excelente aceitação desta rolha técnica em todos os mercados. Em sentido inverso, as Rolhas Twin Top® registaram um decréscimo de 9,8% nas vendas, evolução verificada em quase todos os principais mercados, que se ficou a dever também a um efeito de transferência para as Rolhas Neutrocork®.
A margem bruta registou um crescimento de 5,6% face a 2007, totalmente justificado pelo efeito perímetro. Os custos operacionais cresceram 14,7%, sendo 11,2% devidos ao efeito perímetro e 1,3% a custos com indemnizações. O EBITDA e o EBIT registaram uma diminuição de 16,6% e de 27,4%, respectivamente.
A nível do desenvolvimento da actividade da UN e da sua maior eficiência operacional, destacam‐se as seguintes acções implementadas ao longo do ano 2008 nos seguintes segmentos de produtos:
(Valores em milhares de euros)
As Vendas UN Revestimentos apresentaram, em 2008, um crescimento de 5,4% face a 2007, continuando a tendência dos anos anteriores. O aumento de vendas foi suportado pela comercialização de revestimentos não cortiça, com especial destaque nas vendas para os Países Nórdicos, em especial para a Noruega.
Nos revestimentos de solos em cortiça registou-se uma alteração de mix de produtos vendidos, com reforço das vendas de produtos que ostentam o visual de cortiça com acabamento em WRT® (verniz de alta resistência), facto que se deveu ao contributo dos mercados do Leste da Europa, em particular da Rússia. Tal como em anos anteriores, consolida-se a preferência dos Clientes pelos revestimentos de pisos flutuantes (em sistema de encaixe) em detrimento dos revestimentos de solos colados.
No seguimento da estratégia de crescimento desta UN, a aquisição, em Maio de 2008, do Grupo Cortex, um dos mais relevantes distribuidores de pavimentos de cortiça no mercado alemão ao longo dos últimos 24 anos, teve reflexo no reforço da posição da UN no mercado alemão.
A margem bruta teve uma evolução negativa, diminuindo 0,6% face a 2007, ficando a dever-se essencialmente à evolução desfavorável do mix dos produtos vendidos, com o aumento do peso dos produtos apenas comercializados pela UN, que apresentam margens inferiores.
Os custos operacionais cresceram cerca de 10%. Destes, mais de 3,5% devem-se às amortizações associadas aos investimentos de expansão de capacidade e 2,1% resultam do efeito Cortex. Estes custos operacionais incluem também os decorrentes do desenvolvimento e divulgação das novas colecções para 2009, cujo efeito favorável esperado nas vendas só se iniciará em 2009.
O EBITDA e o EBIT desta UN registaram uma redução de 23% e de 50%, respectivamente.
A 31 de Dezembro de 2008, foi adquirida uma participação de 25% na US Floors, Inc. (EUA), empresa que tem sido um dos mais relevantes distribuidores de pavimentos de cortiça no mercado norte-americano ao longo dos últimos 10 anos. Com esta aquisição reforçou-se o investimento da UN Revestimentos no desenvolvimento e alinhamento da sua estrutura externa de vendas, que, conjugado com o aumento, em curso, da capacidade de produção, potenciará o crescimento do volume de negócios desta UN.
O capital investido aumentou 12%, face a 2007, devido ao efeito Cortex, à aquisição da participação na US Floors Inc e à conclusão de parte dos investimentos anteriormente iniciados.
No final de 2008, esta UN seguia a sua estratégia, reunindo condições para aumento de capacidade e respondendo ao avanço tecnológico requerido pelas tendências de mercado.
Vendas & EBITDA
(Valores em milhares de euros)
O ano de 2008, o primeiro de existência da Unidade de Negócios de Aglomerados Compósitos, foi marcado por um grande trabalho interno de reorganização e de materialização de sinergias, na sequência da integração das UN de Aglomerados e de Cortiça com Borracha. Foi implementado um novo modelo organizativo, com novas responsabilidades, Equipas e procedimentos harmonizados. A partilha de know-how técnico, de mercado e de gestão foi fomentada através de diversas iniciativas de carácter formativo e informativo. Em Portugal, procedeu-se ainda à integração dos principais sistemas de informação e implementaram-se várias medidas com impacto relevante na eficiência operacional da UN. O balanço é positivo no que concerne à actividade interna desenvolvida e existe a firme convicção de que os resultados da mesma irão rapidamente tornar-se visíveis, de forma gradual mas consistente.
Em 2008 não foi possível sustentar o volume de negócios atingido em 2007, não se tendo conseguido ainda atingir o objectivo de crescimento de vendas de algumas aplicações onde se identificou anteriormente um claro potencial de crescimento. Esta situação ficou a dever-se, em grande parte, às conhecidas condições económicas adversas, que penalizaram a actividade da UN, em particular durante o último trimestre do ano. Quer na componente de mercados finais, quer na componente de fornecimento à cadeia de valor da CORTICEIA AMORIM, as quebras fizeram-se sentir de forma relativamente expressiva. A componente cambial, em particular a evolução desfavorável do câmbio médio EUR/USD teve também um impacto negativo na actividade.
No final de 2008, as Vendas da UN registaram uma redução de 5,4% face a 2007, motivados essencialmente pelo efeito cambial (-2,7%) e pela evolução das vendas para outras UN (-1,1%).
A generalidade das aplicações que constituem o portfolio de produtos da UN registou um desempenho igual ou inferior ao de 2007. De destacar, negativamente, as vendas de componentes para a indústria automóvel que apresentaram uma expressiva redução.
No que concerne aos mercados geográficos, deve ser realçada positivamente a actividade desenvolvida no Leste Europeu, bem como nos Estados Unidos da América, embora neste último caso a relação de troca cambial tivesse anulado o bom nível de vendas, em quantidade, registado. Já a Europa Central foi palco de algumas dificuldades comerciais à medida que o ritmo de crescimento da actividade económica se ia degradando. Por último, também o mercado interno sofreu uma retracção importante.
O decréscimo do volume de negócios resultou numa evolução no mesmo sentido da margem bruta, medida em termos absolutos. No entanto, quando calculada em função da produção, a margem bruta posicionou-se a níveis superiores aos de 2007, registando um crescimento de 2,1%, mais elevado ainda se expurgado o efeito desfavorável da evolução cambial do dólar norte-americano, o que traduz a melhoria global das condições de produtividade/eficiência industrial e a manutenção dos custos de incorporação de matérias-primas.
Ainda assim, a redução do volume de negócios provocou uma quebra acentuada do resultado operacional, não obstante o esforço desenvolvido, de forma transversal na UN, para a redução dos custos operacionais. Efectivamente, agindo sobre as actividades e também sobre os respectivos recursos, o ano terminou com uma redução global de 6% nas rubricas de custos com pessoal e fornecimentos e serviços externos. O EBITDA registou, assim, uma diminuição de aproximadamente 4,6 milhões de euros.
Ao longo de 2008, a UN desenvolveu um conjunto de iniciativas visando potenciar a actividade, o volume de negócios e a liderança desta UN na disponibilização de produtos e soluções de elevada performance, qualidade e amigas do ambiente. De realçar:
Noise Reduction Technology (NRT) – aplicada a uma gama de componentes para pisos de excelente desempenho a nível acústico (ruídos e impacto e percussão), que potenciam uma forte componente de inovação no produto final dos Clientes;
Thermal Protection Systems (TPS) soluções dirigidas às aplicações aeroespaciais, nomeadamente para escudos ablativos usados nas naves espaciais e protecções térmicas em geral;
a divulgação e sensibilização de Clientes, Prescritores e Consumidores para as características e funcionalidades únicas dos produtos e soluções:lançamento de professional tool kits específicos relativos aos prinicipais produtos;
organização do AMORIM T&D INTERNATIONAL MEETING I, um encontro entre parceiros da área de negócios dos transformadores eléctricos, que incluiu a visita a várias unidades produtivas, permitindo a troca de knowhow entre parceiros internacionais, numa perspectiva de maximização de sinergias;
Ao nível do capital investido, verificou-se uma estabilização dos activos fixos líquidos face a 2007, o que reflecte um esforço de investimento nesta área consentâneo com as necessidades do negócio nesta fase.
Um conjunto importante de acções comerciais, de suporte técnico e de marketing foram levadas a cabo, em diversas partes do Globo, como forma de alavancar a actividade em aplicações com expressivo potencial e também em segmentos mais maduros e representativos.
A UN continuou a pautar a sua operação diária pelo respeito integral das condições de sustentabilidade, económica, ambiental e social, que são o pilar do seu relacionamento com todos os seus Stakeholders. A manutenção das certificações nos domínios da Qualidade, Ambiente e Higiene e Segurança no Trabalho são o reconhecimento público de tais valores.
(Valores em milhares de euros)
(*) A UN Aglomerados Compósitos resultou da integração, no final de 2007, da UN Aglomerados Técnicos com a UN Cortiça com Borracha. Não estão disponíveis valores consolidados das Vendas e do EBITDA destas duas UN.
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As vendas desta UN apresentaram, em 2008, um aumento de 10,6% face ao ano anterior, sendo de realçar:
No que concerne especificamente a estas duas últimas situações apontadas – utilização de produtos semi-acabados e comercialização de produtos oriundos do ACE – convém realçar que as margens associadas são relativamente reduzidas, o que explica o crescimento da margem bruta a níveis inferiores ao das vendas. De facto, a margem bruta global aumentou 5,5% face ao ano anterior, beneficiando do aumento quer das quantidades vendidas, quer dos preços de venda praticados em 2008, mas a ser penalizada pelo efeito cambial (-1,7%) e pelo já referido impacto das margens obtidas na comercialização de aglomerado negro.
Não obstante o mencionado aumento da actividade, os custos operacionais registaram apenas um aumento de 3,8% face a 2007 devido, em grande parte, à manutenção dos Custos com o pessoal e às Amortizações que apresentaram uma redução superior a 15%.
O EBITDA e o EBIT registaram aumentos de 6% e 11%, respectivamente, face aos valores registados em 2007.
O capital investido no final de 2008 evidenciava um aumento de 14%, face a igual período do ano anterior, resultando sobretudo do aumento dos stocks de matérias-primas e do investimento efectuado na linha de trituração na unidade industrial de Silves.
(Valores em milhares de euros)
Este núcleo de investigação foi constituído em 2004 com o propósito estratégico de conceber e desenvolver para a cortiça, novas aplicações e novos produtos, para além do que actualmente é fabricado pela indústria da cortiça. Da actividade deste núcleo, cumpre salientar a evolução registada em alguns dos seus mais relevantes projectos:
Tal como preconizado, 2008 continuou a ser um ano de claro reforço, sustentado, da protecção da propriedade intelectual (IPR) dentro das diversas UN da CORTICEIRA AMORIM. Foi preparado pelo DNAPC, e posteriormente submetido, um variado conjunto de patentes nacionais e europeias com o propósito estratégico de garantir a protecção de todo o IPR gerado e de construir um portfolio alargado de patentes.
Durante o ano de 2008, a UN Rolhas investiu em Investigação & Desenvolvimento com vista à melhoria da qualidade das rolhas produzidas, ao aumento do conhecimento da interacção das rolhas com o vinho e à inovação do produto.
A melhoria da qualidade das rolhas produzidas passa pela redução da presença de compostos contaminantes com aromas desagradáveis, nomeadamente de 2, 4, 6 ‐ Tricloroanizol (TCA). Em 2008 foi feito um esforço no sentido da redução de TCA, nomeadamente com a instalação do equipamento para o tratamento de pranchas de cortiça por vapor, imediatamente antes da brocagem. O estudo que sustentou a implementação deste novo tratamento mostrou uma eficiência de aproximadamente 60% na redução de TCA. Ao mesmo tempo, foi também implementada a segunda instalação do sistema ROSA Evolution, com substanciais melhorias em relação à primeira, em utilização desde 2007. As reduções de TCA e de aromas desagradáveis são semelhantes às conseguidas na primeira instalação, na ordem dos 60% no programa light e 80% no programa hard, mas as manchas em rolhas praticamente desapareceram.
Em colaboração com a UN Matérias‐Primas, foram desenvolvidos outros projectos para melhor compreensão da origem da contaminação com TCA de pranchas de cortiça. Foi estudada a contaminação de calços em várias alturas da prancha, as formas de empilhamento após descortiçamento e a contribuição da segunda cozedura para tal contaminação.
Um estudo iniciado em 2008, que terá continuação em 2009, foi o da migração de TCA através de diferentes vedantes. Neste estudo prova‐se a capacidade vedante de rolhas de cortiça ao ar, facto não confirmado nos vedantes alternativos, nomeadamente nos vedantes de plástico, nos quais grandes quantidades de TCA são encontradas dentro da garrafa já ao fim de 3 meses.
Vários projectos que aprofundam o estudo da interacção do vinho/rolha foram levados a cabo em 2008. Alguns destes estudos continuaram trabalhos iniciados em 2007, nomeadamente, o estudo:
Outros estudos foram lançados em 2008, como por exemplo o estudo do efeito da transferência de oxigénio em garrafas vedadas com rolhas capsuladas.
Vários projectos com vista à inovação do produto prosseguiram em 2008, tendo‐se estudado a forma de obter transferência controlada de oxigénio em rolhas naturais e técnicas, que incluiu um grande ensaio de engarrafamento em colaboração com o Bureau Interprofessionnel des Vins de Bourgogne.
Em colaboração com a Rede de Competência em Polímeros de que a UN Rolhas faz parte, prosseguiu‐se também o desenvolvimento de barreiras para impedir a migração de compostos corados de rolhas para as bebidas brancas, com vista à abertura do mercado das bebidas espirituosas brancas.
Continuou‐se e aprofundou‐se a tentativa de encontrar colas ecológicas, que tecnicamente tenham a mesma eficácia das colas hoje usadas mas tenham a vantagem de serem colas "verdes".
Alinhada com a política de inovação de produtos da UN Revestimentos ‐ apresentar ao mercado em cada ano um novo produto (solução técnica) e, a cada três anos, uma nova colecção de visuais ‐ a Equipa de I&D da UN tem vindo a identificar as tendências do mercado e as necessidades dos Clientes de forma a garantir um portfolio capaz de alavancar vendas e notoriedade das marcas comercializadas.
Assim, das actividades e projectos desenvolvidas no exercício em apreço e lançados em 2008 serão se destacar os seguintes:
Dos projectos em curso, cuja conclusão se estima já em 2009, salientam‐se:
novas soluções para pisos técnicos, utilizando novas matérias‐primas que conferem ao produto características que permitem a sua utilização como "auto pousante";
As actividades de I&D desta UN seguem as linhas estratégicas adequadas ao desenvolvimento dos seus produtos e aplicações.
Em 2008, atingiu-se o objectivo de criar ou reorganizar e complementar as várias gamas de produtos que foram identificadas como prioritárias, reforçando-se assim a oferta de um portfolio de produtos e soluções adequado às necessidades do mercado actual e futuro.
As várias gamas de produtos desta UN apresentam vantagens comparativas que assentam na performance das aplicações finais, na facilidade de integração nos processos de fabrico dos Clientes e na sustentabilidade, estando ainda previsto, num conceito de desenvolvimento de produto mais alargado, o lançamento de websites específicos para cada gama de produtos, que consubstanciarão uma renovada plataforma de comunicação e marketing.
Foram também lançados no mercado softwares de apoio (um para as aplicações de vedação TechSeal e T&D e outro para aplicações acústicas ACM) que ajudam o utilizador no desenho dos seus produtos integrando os materiais desenvolvidos por esta UN.
Da actividade de 2008, destaca-se o desenvolvimento das seguintes tecnologias de produto:
De destacar também a participação em programas europeus de I&D na área aeroespacial, nomeadamente com a Agencia Espacial Europeia (ESA) para caracterização de compósitos de cortiça em aplicações espaciais (projecto iniciado no final de 2007), e com a European Aeronautic Defence and Space Company EADS N.V. no projecto AEROFAST - AEROcapture for Future spAce tranSporTation" (projecto em fase de arranque) onde se estima poder desenvolver soluções para a próxima geração de escudos ablativos dos veículos espaciais, usando cortiça. Deu-se também início a um projecto, em parceria com a empresa Dyn'Aero, na área dos compósitos para a indústria aeronáutica, onde se pretende entre outros objectivos, homologar um modelo de avião que integre soluções de compósitos de cortiça até 20% do seu peso total.
A actividade de I&D desta UN dirige-se para o segmento dos isolamentos térmicos e acústicos e para o segmento dos betões leves, áreas onde a utilização da cortiça permite um conjunto de soluções técnicas de elevada performance amigas do ambiente.
O aprofundamento do conhecimento das características dos produtos tem potenciado as vantagens técnicas das soluções e produtos da UN face a outros materiais, graças à sua difusibilidade térmica, durabilidade, rigidez dinâmica e comportamento acústico.
A parceria desta UN com o ITeCons - Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção permitiu também o desenvolvimento do software específico AIsol+ , uma ferramenta de cálculo do comportamento e do desempenho energético dos edifícios, permitindo calcular as mais-valias, em termo de eficiência energética, resultantes de, no isolamento dos edifícios, ser utilizado o aglomerado de cortiça expandida produzido. Este software, disponibilizado gratuitamente, reforça a ligação desta UN ao sector da construção ecológica e sustentável.
O alinhamento de diferentes subsistemas de gestão promotores de eficiência e a sua integração nas perspectivas estratégicas do balanced scorecard mantém-se como importante garante do desenvolvimento sustentado da CORTICEIRA AMORIM. Neste contexto, salientam-se os seguintes factos ocorridos em 2008:
a Amorim Cork Italia foi acreditada pela norma técnica BRC-IOP (British Retail Consortium – Institute of Packaging) e ISO 9001 Vision, um reconhecimento de qualidade que vem juntar-se às certificações Systecode e HACCP já obtidos pela empresa.
A Amorim Cork Italia é a primeira empresa em Itália a receber o reconhecimento do British Retail Consortium e Institute of Packaging;
Smartwood é um programa de sustentabilidade florestal, acreditado pelo Forest Stewardship Council (FSC), que tem por missão a sensibilização das empresas para a adopção de práticas mais ecológicas e sustentáveis, orientadas para a preservação dos ecossistemas e da sua biodiversidade.
Este reconhecimento da Smartwood, confere à Amorim Cork America a possibilidade de classificar os seus produtos com as marcas registadas FSC e o selo Rainforest Alliance CertifiedTM (selo RAC);
No âmbito dos Recursos Humanos, 2008 é caracterizado pelo grande investimento na comunicação interna e marcado pela continuidade das tendências evidenciadas nos anos anteriores: reestruturações, aquisições, capacitação das Pessoas, das Equipas de gestão, técnicas e operacionais e crescente abertura e disponibilidade dos Colaboradores da CORTICEIRA AMORIM para a Comunidade Externa.
Várias realizações no domínio da comunicação interna, concretizadas no desenvolvimento e implementação de vários eventos e iniciativas. Destacam-se o Encontro de Quadros da CORTICEIRA AMORIM, o programa Alinhar para Vencer da UN Rolhas e as várias reuniões de alinhamento das UN Revestimentos e Aglomerados Compósitos, que responderam de forma eficaz à tarefa de assegurar a efectiva comunicação, alinhamento e mobilização dos Colaboradores face aos objectivos estratégicos e operacionais da Organização.
Quatro UN - Matérias-Primas, Rolhas, Revestimentos e Aglomerados Compósitos - participaram, também, pela primeira vez, no inquérito de clima laboral Great Place to Work. Os resultados permitiram uma comparação com as melhores práticas do mercado e aferir um conjunto de pontos fortes e de oportunidades de melhoria, gerais e específicas. Na sequência, definiram-se planos de acção, tendo-se iniciado a sua implementação, quer ao nível da CORTICEIRA AMORIM, quer ao nível de cada uma das suas UN.
Destaque também para o plano de comunicação específico, criado no âmbito da fusão física das UN Aglomerados Técnicos e Cortiça com Borracha e que se desenvolveu durante todo processo de fusão/integração, que contou com várias iniciativas: uma newsletter própria; o projecto Learning Maps (para conhecimento mútuo da história das duas UN integradas e para o conhecimento e motivação ao projecto da nova UN); deslocações recíprocas aos dois pólos industriais que compõem a UN (Norte e Sul); entre outras, que ilustram o investimento nesta área, com o objectivo de uma fusão bem sucedida, do ponto de vista dos Recursos Humanos.
Ao longo de 2008, foi levado a cabo um trabalho importante e profundo com as Equipas de gestão das UN Matérias-Primas, Rolhas e Aglomerados Compósitos.
Numa abordagem metodológica alicerçada nos conceitos do alto rendimento, estas três equipas definiram um projecto próprio, reforçaram a sua coesão e desenvolveram um conjunto de competências que as prepararam e tornaram mais aptas para atingir resultados de alto nível. Este projecto, de média duração, terá continuidade no ano 2009.
Ao nível operacional, mantiveram-se os esforços no desenvolvimento técnico dos diferentes profissionais, com a continuação do investimento nos processos de Melhoria Contínua, bem como no desenvolvimento de competências técnicas e de gestão.
O grande destaque mantém-se na "corrida de fundo" da CORTICEIRA AMORIM: o processo de Reconhecimento, Certificação e Validação de Competências (RVCC). Neste âmbito, definiu-se, em 2007, como grande meta englobar neste processo de RVCC mais de três centenas de Colaboradores até 2010. No final do ano em apreço, cerca de duas centenas de Colaboradores tinham já concluído o seu processo pessoal: em 2008, várias dezenas conseguiram certificar-se ao nível do ensino básico (9.º ano de escolaridade) e mais de uma dezena atingiu a certificação ao nível do ensino secundário (12.º ano escolaridade).
A participação nas diferentes iniciativas do projecto Porto Futuro1 veio consolidar as práticas, cada vez mais frequentes e generalizadas, de interacção com comunidades e parceiros externos. A recolha de livros usados, a participação activa em alguns dos projectos levados a cabo na escola, o patrocínio da produção de uma peça de teatro e a realização conjunta da reflorestação de um parque da cidade do Porto com sobreiros são alguns dos projectos que ilustram este envolvimento
A relação com toda a comunidade local (escolas e instituições de solidariedade social) foi intensificada em todas as UN através da promoção de campanhas internas, donativos, visitas aos parceiros e deslocações destes às unidades produtivas, no sentido de se proporcionar experiências de envolvimento mútuo, num processo altamente enriquecedor para todos os participantes.
As semanas temáticas realizadas em cada uma das UN, dedicadas ao tema da sustentabilidade, vieram dar consistência e reforçar este elo de ligação à Comunidade e contribuir para a consciencialização da importância da CORTICEIRA AMORIM e dos seus Colaboradores como elementos activos e contribuidores para uma sociedade civil mais sustentável. O envolvimento registado nestas iniciativas, ao nível da participação nas diferentes actividades (donativos a instituições, acção de "portas abertas" às Famílias e à Comunidade, "dia sem carros" e acções de sensibilização diversas), atesta a mobilização e a disponibilidade dos colaboradores para este tipo de actividade.
Em 2008, o número de Colaboradores da CORTICEIRA AMORIM atingiu, em termos médios e finais, os 3846 e os 3745 Colaboradores, respectivamente. Cerca de 1000 destes Colaboradores encontram-se ao serviço das unidades industriais e comerciais situadas fora de Portugal.
1 Porto Futuro - parceria entre três entidades: CORTICEIRA AMORIM, Câmara Municipal do Porto e Agrupamento Vertical de Escolas da Cidade do Porto.
Num ano de particular investimento, materializado num plano de combate ao absentismo, registou-se um decréscimo de cerca de 0,5 pontos percentuais no valor desta taxa, quando comparado com o registado no ano anterior2 .
No ano transacto, o volume de formação situou-se a níveis do ano transacto, contabilizando-se cerca de 57 000 horas de formação, distribuídas pelos diferentes grupos de Colaboradores e em diferentes áreas de conhecimento e especialização técnica.
As áreas de Higiene e Segurança no Trabalho, a formação ligada às melhorias dos processos e o desenvolvimento das competências de gestão foram os domínios intervenção privilegiados.
Tal como se previa, assistiu-se em 2008 ao alastramento da crise financeira à economia real, com um violento impacto a nível mundial que, no final de 2007, estava longe de se antever e que, no final de 2008, minava a confiança dos investidores, fortemente penalizados pela má performance dos mercados e dos activos financeiros - seja nos sectores de investimento mais especulativos seja mesmo nos mais defensivos – e pelo clima recessivo que se instalou de forma generalizada.
Nos EUA os principais índices bolsistas continuaram a registar mínimos, à medida que as insolvências de grandes instituições financeiras se sucediam, atingindo instituições de referência mundial como a Lehman Brothers, e à medida que perspectivar a evolução futura se tornava virtualmente impossível. O Dow Jones perdeu 34,9% e o NASDAQ 41,8%.
Na Europa os mercados accionistas foram também fortemente penalizados, tendo fechado o ano 2008 em níveis muito abaixo dos de 2007. Em termos anuais, o FTSE (Inglaterra) desvalorizou 33,3%, o DAX (Alemanha) desvalorizou 41,6%, o CAC 40 (França) e o IBEX (Espanha) fecharam a perder 44,2% e 40,6%, respectivamente.
Em Portugal, a bolsa encerrou fortemente em queda, com o seu principal índice, o PSI-20, a registar uma desvalorização de 51,3%, atingindo 6.341,34 pontos no último dia de negociação em 2008. A volatilidade acumulada foi de 32,57% (13,88% em 2007) e a amplitude percentual verificada no ano3 foi de 122,2%, evidenciando bem o forte impacto da crise financeira e de confiança no mercado bolsista português. De realçar que, apesar deste desempenho, a bolsa portuguesa, menos exposta ao crédito hipotecário de alto risco dos EUA (subprime), registou perdas menores que as das principais praças mundiais. A capitalização bolsista do mercado de capitais decresceu 39,2%, ascendendo a 155,4 mil milhões de euros no final do ano (255,3 mil milhões de euros no final de 2007). O volume de transacções diminuiu 53,1%, ascendendo a 121,5 mil milhões de euros, com todas as categorias de activos transaccionados em bolsa a registarem significativas reduções de transacções.
2 Sem absentismo de longa duração.
3 Amplitude (%) = (valor máximo de fecho – valor mínimo de fecho) / valor mínimo de fecho.
Actualmente, o capital social da CORTICEIRA AMORIM cifra-se em 133 milhões de euros, representado por 133 milhões de acções ordinárias de valor nominal de 1 euro, que conferem direito a dividendos. A admissão à negociação na Euronext Lisbon (então denominada BVLP – Bolsa de Valores de Lisboa e Porto), das acções emitidas no âmbito da operação de aumento de capital ocorreu em 19 de Dezembro de 2000, juntando-se estas às restantes acções da Sociedade já cotadas na BVLP desde o início de 1991, integrando o sistema de negociação contínuo nacional desde 11 de Dezembro de 1991.
Em 31 de Dezembro do ano em apreço, as acções da CORTICEIRA AMORIM terminaram a sessão a negociar a 0,81 euros, o que representa uma desvalorização de 58,7% face ao fecho de 2007, com o comportamento do título a acompanhar a evolução registada em praticamente todos os mercados bolsistas mundiais. Em 2008 transaccionaramse em bolsa mais de 8 milhões de acções e registaram-se 3488 negócios que ultrapassaram os 12 milhões de euros.
Em 2008, a cotação média de transacção foi de 1,37 euros por acção; a máxima atingida foi de 1,96 euros por acção, em 2 de Janeiro; a mínima foi de 0,76 euros e ocorreu durante a sessão do dia 31 de Dezembro; a amplitude percentual cifrava-se em 38,8%, o que evidencia a elevada volatilidade associada ao título.
Os gráficos abaixo ilustram a performance bolsista da CORTICEIRA AMORIM:
Fonte: NYSE Euronext
| 2008 | 2007 | 2006 | 2005 | |
|---|---|---|---|---|
| Qt. de acções Transaccionadas | 12 051 555 | 21 631 823 | 10 564 708 | 235 132.019 |
| Cotações (€): | ||||
| Máxima | 1,96 | 2,19 | 2,32 | 1.50 |
| Média | 1,37 | 2,03 | 1,85 | 1.23 |
| Mínima | 0,76 | 1,70 | 1,44 | 1.03 |
| De fecho do ano | 0,81 | 1,96 | 1,96 | 1.,48 |
| Frequência Negocial | 94,9% | 99,6% | 99,6% | 100% |
| Capitalização bolsista no fecho do ano (€) | 107 730 000 | 260 680 000 | 260 680 000 | 196 840 000 |
Fonte: NYSE Euronext
Durante os primeiros três trimestres de 2008, assistiu-se a sucessivas revisões em baixa das perspectivas da evolução da actividade económica. Apesar dos avisos de alguns (poucos) economistas, o sentimento generalizado apontava, no pior dos casos, para uma "suave" recessão, a qual seria curta, dois trimestres, de modo a que tudo voltasse à normalidade no segundo trimestre de 2009. É de lembrar que ainda a meio do ano o Banco Central Europeu subiu as taxas de juros de referência.
Tudo se desmoronou a partir da falência da Lehman Brothers. O caos instalou-se nos mercados financeiros, tendo-se vivido dias angustiados entre finais de Setembro e o meio de Novembro. A absoluta desconfiança entre os agentes financeiros levou à quase paralisação dos mercados.
Se durante os três primeiros quartos do ano, a agitação dos mercados financeiros, o agravamento das condições de crédito e um sentimento generalizado de desconfiança tinham já trespassado para a economia "real", o cataclismo financeiro ocorrido na parte final do ano, desabou sobre a actividade económica com um impacto imediato e totalmente impensável um ou dois meses antes. As projecções económicas que antes apontavam para crescimentos anualizados entre os 0,5% e os -0,5%, rapidamente se transformaram em dados reais de quebras superiores a 1% ao trimestre. Num instante a palavra "recessão" foi substituída pela palavra "depressão".
Até ao final do terceiro trimestre, conforme referido nos diversos relatórios trimestrais, a actividade da CORTICEIRA AMORIM tinha sido já afectada adversamente pela deterioração do enquadramento económico e financeiro. Esse agravamento das condições de exploração da CORTICEIRA AMORIM resultou, no essencial, da subida dos preços de energia, transportes e outros custos operacionais. Com efeitos ainda ao nível operacional, a desvalorização das principais moedas de exportação, em especial do USD, bem como a resistência dos clientes, em especial dos norteamericanos, a aumentos de preço do produto final justificadas pelas respectivas desvalorizações cambiais, tiveram como consequência uma quebra de vendas em euros para aqueles mercados. Desta quebra resultou um estreitar de margens e consequentemente, dos resultados líquidos, já que o grosso dos custos operacionais das empresas exportadoras pertencentes à CORTICEIRA AMORIM está denominado em euros. Ao nível financeiro, a continuada subida até Outubro dos indexantes das taxas de juro, não deixou de afectar a taxa final suportada pela CORTICEIRA AMORIM, afectando deste modo os respectivos resultados líquidos.
Se até ao final de Setembro, se podia dizer que os resultados da CORTICEIRA AMORIM tinham sido afectados em termos que se podem classificar de moderados, a fortíssima travagem registada a partir do quarto trimestre na economia dita real, teve essa sim, um forte impacto negativo nos seus resultados. Sectores que constituem o coração da actividade da CORTICEIRA AMORIM, como construção civil, a indústria automóvel registaram quedas abruptas nas encomendas colocadas junto da CORTICEIRA AMORIM, fazendo com que Novembro e Dezembro registassem níveis de vendas mínimas desde há muitos meses. Este registo em baixa de vendas provocou, por si só, um efeito bastante adverso nos resultados, os quais se apresentaram negativos no quarto trimestre.
Ao exportar mais de 90% das suas vendas para um conjunto de mais de 100 países, a CORTICEIRA AMORIM não podia passar incólume à grave conjuntura económica atrás mencionada. Durante todo o exercício, a colocação das encomendas por parte dos clientes fez-se, mais do que nunca, no último momento, com condições de entrega gravosas pelo reduzido tempo de satisfação das mesmas, colocando graves problemas na logística industrial e comercial. Estas variações na alocação das encomendas e o consequente aperto dos prazos de entrega foram notórias nas ordens colocadas pelas grandes multinacionais. Nunca como durante 2008, as vendas mensais da CORTICEIRA AMORIM tiveram um comportamento tão errático, variando rapidamente de meses fracos em vendas para meses em que as vendas bateram recordes.
As vendas consolidadas atingiram os 468 M€, uma subida de 3,2% face a 2007. Este crescimento é praticamente coincidente com o efeito da entrada de novas empresas no perímetro de consolidação (Oller, Llosent e Cortex (2º semestre)). Este efeito positivo teve, no entanto, a contrapartida desfavorável dos câmbios das divisas de exportação. A desvalorização média do USD, de longe a mais importante divisa de exportação, com cerca de 16% no peso das vendas, atingiu os 6,8%. Também as outras divisas de exportação deslizaram em relação ao euro, com especial relevo para a GBP, ZAR, AUD e CLP (peso chileno). O efeito conjugado destas desvalorizações afectou negativamente em 2,2% o desempenho ao nível das vendas consolidadas. Por Unidade de Negócio, há a destacar pela positiva o crescimento das vendas das Rolhas (+4,5%), Revestimentos (+5,6%) e Isolamentos (+10,6%). Com crescimento negativo as UN Matérias-Primas (-3,0%) e Compósitos (-5,4%).
Vendas para Clientes extra-Grupo
A UN Rolhas foi a principal beneficiária da entrada de novas empresas no perímetro de consolidação (efeito nas vendas de +6,3%), sendo também a principal prejudicada pelas desvalorizações cambiais (efeito nas vendas de -2,7%). Todas as famílias de rolhas apresentaram subidas de vendas, com excepção das rolhas naturais e TwinTop®. Em termos de preços médios e apesar do efeito cambial, conseguiu-se manter os preços ao nível do exercício anterior. Por mercados, de salientar o crescimento no mercado francês, fruto das empresas adquiridas, bem como em vários mercados da Europa de Leste. O mercado ibérico e sul-americano foram os primeiros a reflectir a crise económica, tendo apresentado descidas com algum significado.
A UN Revestimentos apresentou um crescimento de vendas de 5,6%. A entrada da Cortex no perímetro de consolidação a partir do 2º semestre, teve um impacto ainda diminuto (+1,2%). Com uma estabilidade de vendas nos revestimentos de solo de cortiça (CFC), o aumento das vendas aponta, no essencial, para o desempenho positivo registado nos revestimentos de madeira (NCFC) Algum declínio verificado nos mercados da Europa Central, foram mais que compensados pelos mercados da Europa de Leste onde os efeitos da conjuntura económica se fizeram sentir com menos impacto, ou mais tardiamente.
A nova UN Compósitos conseguiu manter durante o quarto trimestre o desvio de vendas que já tinha apresentado no final do trimestre anterior (-5,4%). A recuperação do USD registada durante o 4T, embora ficando longe de compensar as desvalorizações anteriores, foi um factor que influenciou positivamente a actividade do referido trimestre. No entanto o impacto anual nas vendas resultante da desvalorização cambial atingiu ainda os -2,7%. O arrefecimento verificado em dois dos seus principais mercados, construção civil e indústria automóvel, foram o principal factor influenciado da actividade desta UN.
* Inclui Suíça e Noruega; exclui Portugal
A UN Isolamentos, embora sofrendo também do abrandamento económico do final do ano, apresentou um crescimento de assinalar (+10,6%).
A UN Matérias-Primas, cuja principal cliente é a cadeia de valor da CORTICEIRA AMORIM, não deixou de ser influenciada pelo abrandamento da produção interna do Grupo. Este facto, juntamente com uma deliberada redução de venda de cortiça não transformada para o exterior, levou a um decréscimo das vendas de -3,0%.
A Margem Bruta percentual teve uma descida de cerca de 1% (47,8% vs 48,7%), para a qual muito contribuiu o efeito cambial adverso na Margem Bruta das UN Rolhas e Aglomerados Compósitos, de longe as UNs mais expostas ao risco cambial. Também o contributo da margem Bruta percentual da UN Revestimentos foi desfavorável devido ao aumento da importância dos revestimentos de madeira (NCFC) nas vendas totais da UN. Como se sabe a Margem Bruta percentual associada à comercialização de mercadorias, caso dos NCFC, é bastante inferior às dos produtos acabados produzidos dentro do Grupo. Adicionalmente a Margem Bruta percentual dos Isolamentos apresentou uma descida, neste caso não só associada à comercialização de mercadorias, mas também ao consumo de falcas e outras matérias-primas adquiridas durante 2007 e que apresentaram uma relação preço/qualidade desfavorável. De notar que nesta UN o peso crescente das vendas para os países do Golfo (cerca de 20%), cujas moedas estão indexadas ao USD, começa a ter um efeito desfavorável não negligenciável nas margens desta UN. Somente a UN Matérias-Primas apresentou uma subida significativa (+2,7%) da sua margem Bruta percentual. Esta subida deveu-se, no essencial, ao consumo de cortiça mais barata proveniente da campanha de 2007, bem como da melhoria de rendimentos fabris na fábrica de Coruche.
Os custos operacionais atingiram os 196 M€ (+7,4%). A deterioração da conjuntura económica, levou à constituição de significativas imparidades no 4T, tendo sido registado no exercício um crescimento de 1,6 M€ relativamente a 2007. Ainda de salientar o acréscimo de 1,1 M€ em indemnizações. O menor reconhecimento de ganhos por subsídios (-1,8 M€) contribui também, desfavoravelmente, para o referido aumento, representando as três ocorrências um agravamento de 2,5%. A entrada das novas empresas, em especial a Oller, representou um acréscimo de 9,4 M€ nos custos operacionais, o que justificou 5,2% do referido aumento.
Ao nível do EBIT o resultado atingido de 25,5M€ representou, no entanto, uma descida de 31% face a 2007. Esta descida, resultante das variações justificadas atrás, pode ser sumarizada do seguinte modo: do acréscimo de vendas gerado pelas novas empresas resultou um aumento da Margem Bruta em termos absolutos (9,4 M€), tendo os custos operacionais das novas empresas (9,4 M€) anulado aquele benefício. A este efeito acresce a contabilização dos custos não recorrentes já referidos e de correcções de estimativas de exercícios anteriores.
O EBITDA ao atingir os 48,3 M€ (-16,8%) não deixou de reflectir todas as causas justificativas da evolução do EBIT.
Os juros líquidos suportados montaram aos 13,4 M€ (+18,5%). Apesar da descida do valor da Dívida Remunerada, a subida das taxas de juro que afectou praticamente todo o exercício foi determinante no agravamento da rubrica financeira.
Relativamente à carga fiscal, as circunstâncias excepcionais vividas neste exercício, levaram a que o registo da estimativa do imposto sobre o rendimento tivesse em conta o uso de uma elevada prudência. A anormalidade dos valores contabilizados face ao valor dos resultados antes de impostos resultou do não reconhecimento de impostos diferidos activos sobre resultados negativos de algumas subsidiárias.
De notar que o 4T08 foi fortemente prejudicado pelo registo simultâneo de imparidades, correcções relativas a estimativas anteriores, bem como à não contabilização prudencial de impostos diferidos, ao qual se juntou o efeito de uma redução significativa da actividade. O último trimestre de 2008, acabou assim por registar um resultado Líquido negativo de cerca de 4,3 M€, trazendo o Resultado Líquido acumulado para os 6,153 M€. De notar, por último, que o efeito desfavorável no resultado final, em consequência da desvalorização das divisas de exportação, se estima ter atingido os 8,5 M€.
(Valores em milhares de euros)
| (Valores em milhares de euros) | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| 4T08 | 4T07 | 12M08 | 12M07 | ||
| Vendas | 103 348 | 100 912 | 468 289 | 453 770 | |
| Margem Bruta – Valor | 50 219 | 50 395 | 221 512 | 219 376 | |
| % | 1) | 48,66% | 49,60% | 47,85% | 48,73% |
| Custos Operacionais | 2) | 50 973 | 41 728 | 195 967 | 182 390 |
| EBITDA | 5) | 5 217 | 13 479 | 48 366 | 58 125 |
| EBIT | - 754 | 8 666 | 25 545 | 36 986 | |
| Resultado Líquido | - 4 310 | 8 509 | 6 153 | 23 245 | |
| Resultado por acção | 3) | -0,0330 | 0,0652 | 0,0472 | 0,1782 |
| EBITDA/juros líquidos (x) | 1,56 | 4,63 | 3,62 | 5,15 | |
| Autonomia Financeira | 4) | - | - | 42,93% | 41,17% |
| Dívida Remunerada Líquida | - | - | 222 962 | 231 781 |
1) Sobre o valor da produção.
2) Inclui custos e proveitos financeiros que não juros e custos e proveitos extraordinários.
3) Resultado Líquido do Exercício/n.º médio acções (euros/acção) (exclui acções próprias).
4) Capitais Próprios/ total Balanço (no final do período).
5) EBIT + Depreciações + Imparidade de Goodwill.
Dado que a Oller consolidou o seu Balanço no final de 2007, e dado que o Balanço das duas outras novas empresas se pode considerar relativamente imaterial são comparáveis os Balanço no final de 2008 e 2007.
No final do corrente exercício, o Balanço totalizava 575 M€, uma redução de 21 M€ relativamente a Dezembro 2007.
Em termos de Activo a descida passa, no essencial, por Inventários e Clientes (-32 M€) e por uma subida dos Activos Fixos Tangíveis (investimentos menos depreciações) no valor de (+4 M€) e do aumento em Investimentos em Associadas (+7 M€) resultante, no essencial, da aquisição da US Floors no final do exercício. No Passivo, há a salientar a redução da Dívida Remunerada Bruta (-11 M€) e na baixa em Fornecedores (-16 M€) consequência de uma menor compra de cortiça.
A Dívida Remunerada líquida diminuiu em cerca de 9 M€ atingindo os 223 M€.
A Autonomia Financeira aumentou de 41,2% para 42,9% no final de 2008.
(Valores em milhares de euros) (*) Inclui Interesses Minoritários
Conforme preconizado pelo Código do Governo Societário, referencial de praticas recomendadas pela CMVM em matéria de estrutura e governo societário, informa-se sobre a actividade desenvolvida pelos administradores não executivos da CORTICEIRA AMORIM.
Ao longo de 2008 os membros não executivos do Conselho de Administração participaram regularmente nas reuniões do Conselho de Administração, que, com uma periodicidade mensal, deliberaram e analisaram a evolução de todas as matérias indelegáveis e de todos os assuntos cuja relevância, materialidade e/ou criticidade tornou pertinente a sua inclusão na Agenda de Trabalhos do Conselho.
A organização administrativa das reuniões permitiu a todos os membros do Conselho – executivos e não executivos – uma preparação prévia adequada, fomentando-se a participação activa de todos os membros no debate, análise e gizar de acções em prol da produtividade das reuniões e da eficiência da Organização. O calendário das reuniões ordinárias do Conselho de Administração foi acordado no início de 2008, de forma a que todos os seus membros pudessem estar presentes. Até ao segundo dia útil anterior à realização de cada reunião, qualquer Administrador, incluindo os não executivos, teve oportunidade de solicitar a inclusão de pontos/assuntos a analisar em Conselho.
Encontra-se devidamente implementado um sistema de reporte da Comissão Executiva ao Conselho de Administração que garante o alinhamento das suas actuações e o tempestivo conhecimento de todos os membros do Conselho de Administração da forma como se desenvolve a actividade da Comissão executiva.
Assim, além das matérias que, por lei ou pelos estatutos, são de exclusiva competência do Conselho de Administração, os membros não executivos conheceram e acompanharam:
O ano de 2009 deverá assumir o carácter de ajustamento cíclico, mas também estrutural, decorrente da crise financeira e económica que se iniciou já em 2007. Manter-se-á a necessidade, por parte das Instituições Financeiras, de diminuir o grau de alavancagem e de reparar os balanços. As expectativas dos mais diversos institutos de previsões macroeconómicas apontam para uma primeira metade do ano acentuadamente negativa, aprofundando a evolução dos últimos meses de 2008, com sinais de retoma a surgirem apenas a partir do Verão. A expansão económica será, apontam as estimativas, muito lenta e dependente da recuperação do mercado de crédito. A contracção nas economias desenvolvidas e nas novas economias industrializadas, e o abrandamento em todas as restantes, deverá ser a nota dominante. Contrariamente às previsões avançadas há um ano, os BRIC e os países do Conselho de Cooperação do Golfo não substituirão os Estados Unidos, UEM e Japão como motores do crescimento mundial. A taxa de variação do PIB mundial deverá ser 0,5%, mas com os riscos negativos a aconselharem prudência. Será o pior desempenho desde a II Guerra Mundial a nível das economias desenvolvidas. Antecipa-se que o comércio internacional registará, pela primeira vez em muitos anos, variação negativa em torno de 2,8%. O mercado de crédito deverá continuar a observar restrições, apesar das diversas medidas implementadas para injectar liquidez no mercado. O aumento do Desemprego deverá ser observável ao longo do ano (estima-se que só nos países integrantes da OCDE, os desempregados possam aumentar 8 milhões nos próximos dois anos). Os preços deverão registar taxas de variação gradualmente menores até ao Verão, prevendo-se que possam estabilizar a partir de então. O espectro da deflação será, ainda assim, uma preocupação sempre presente. A estabilização do mercado imobiliário, sobretudo nos Estados Unidos, é condição imprescindível para o regresso da confiança e para a estabilização do preço dos activos financeiros dele dependente, e que pesa nos Balanços das Instituições Financeiras. A reestruturação do sistema bancário mundial, destrinçando as instituições viáveis das insolventes, a reanimação do sistema financeiro mundial e o desobstruir dos canais de concessão de crédito são condições indispensáveis para a restauração da confiança e estabilização económica. A implementação de condições monetárias e fiscais ainda mais expansionistas deverá ser a pedra de toque da política económica mundial durante o ano.
A Zona Euro deverá registar contracção económica durante 2009, com especial ênfase na primeira metade do ano, penalizada que deverá estar por (i) condições monetárias menos expansionistas – o BCE, em Julho de 2008, estava ainda em contexto de subida de taxas de juro; (ii) estímulos fiscais menos significativos, de implementação mais demorada, e descoordenados entre os diversos membros; (iii) a que se juntarão efeitos desfasados de perda de riqueza sobre o consumo e investimento. A recuperação será lenta e apenas visível, prevê-se, a partir do final do ano, início de 2010. As previsões apontam para uma variação negativa do Produto em 2,0%. Os Estados Unidos, por seu turno, deverão registar uma contracção económica nos primeiros seis meses do ano, avançando, assume-se, para uma recuperação gradual a partir de então. A actuação enérgica e continuada das autoridades políticas e monetárias norte-americanas deverá garantir que o ritmo de variação do PIB se situe em torno de -1,6%. A recuperação deverá seguir um padrão mais lento do que o habitual, considerando o ajustamento que se observa actualmente a nível do consumo privado e a necessidade de corrigir os desequilíbrios estruturais da economia. Em ambos os blocos, as previsões apontam para uma descida acentuada da inflação - marginalmente superior a 0,0% nos EUA e em torno de 1,0% na UEM, eventualmente sendo visíveis valores negativos mensais nos Estados Unidos. O Japão deverá registar também contracção económica, em torno de 2,6%, não sendo de colocar de parte a possibilidade de regressar a um contexto de deflação.
Portugal deverá registar contracção económica em 2009. Será, assume-se, a segunda recessão técnica dos últimos nove anos. A um primeiro semestre claramente negativo, deverá suceder-se um segundo já com variação marginalmente positiva a nível do PIB, apontando as previsões, ainda assim, para uma variação anual negativa em torno de 0,8%. Os riscos que a economia enfrenta são claramente negativos atendendo à conjuntura internacional e às debilidades estruturais internas. Em face do panorama já observável no final de 2008, as Exportações deverão registar contracção, o mesmo sucedendo com o Investimento. A forte queda na confiança empresarial, as restrições ao nível da concessão de crédito e a evolução económica dos principais países destino das exportações portuguesas (Angola incluída apesar da performance observada em 2007/08), são condições muito limitadoras para as empresas e que deverão conduzir esta variável para a maior contracção observada desde 1990. O Investimento Público em grandes infra-estruturas, vector privilegiado pelas autoridades no combate ao abrandamento económico, deverá exercer apenas um efeito desfasado no tempo. Consumo Privado e Público deverão dar um contributo positivo, embora marginal, para a evolução económica - ao elevado endividamento das famílias, associar-se-á o receio de perda do emprego e juntar-se-á a preocupação em não desbaratar completamente o esforço de consolidação das Contas Públicas. Não obstante o elevado nível de desemprego que Portugal já registava antes do início da crise económica, atendendo ao ritmo de ajustamento imposto pelo grau de abertura da economia nacional, estima-se que esta variável venha a seguir tendência altista, para valores acima de 8,5%, em 2009. A inflação deverá observar evolução similar ao antecipado para outras economias europeias – diminuição ao longo do ano, não sendo de descurar a possibilidade de variações mensais negativas no 3º trimestre. A consolidação orçamental deverá ser interrompida, com do défice público a observar uma subida para 3,9% do PIB, segundo as previsões das próprias autoridades.
A estimativa de evolução para 2009 não é favorável. A crise internacional tem motivado uma contracção da procura nos mercados onde a CORTICEIRA AMORIM opera, perspectivando-se alguma retracção na produção cortiça para rolhas e nos discos para Twin Top.
Face a esta perspectiva, a UN Matérias-Primas tem intensificado esforços de melhoria contínua e inovação de processos, no sentido de aumentar a sua eficiência operacional.
O aprovisionamento de matéria-prima terá em conta a actual conjuntura financeira, procurando retardar a compra e negociar os prazos médios de pagamento e de recebimento, de forma a reduzir as suas necessidades de fundo maneio.
A actual crise deverá evidenciar uma redução do consumo nos principais mercados-alvo do sector vinícola, estimandose que o impacto nesta UN seja atenuado pelas medidas, já divulgadas, de adaptação da estrutura produtiva.
Ao longo de 2009, a UN poderá ser confrontada com uma crescente exigência ao nível do preço de venda dos seus produtos; nesta conformidade, a UN procurará focar-se no desenvolvimento de tecnologias de automação e de racionalização de custos operacionais, sem perder o focus na consistência e qualidade do produto.
A redução do capital investido será também uma das prioridades da UN, com a libertação de activos não afectos à actividade e com um plano de redução de stocks em toda a cadeia de abastecimento.
Dos objectivos estratégicos assumidos para 2009, destacam-se os seguintes:
o controlo de processo e desenvolver tecnicamente o produto, garantindo as características da função vedante;
reforçar a eficiência operacional:
dar prioridade a todos os projectos de racionalização e evolução tecnológica/automação nos processos industriais;
reduzir custos de suporte e custos indirectos;
revitalizar a actividade comercial e reforçar quotas de mercado:
conseguir um equilíbrio volume-mix-valor, favorecendo produtos com maior potencial de crescimento e maior valor percebido pelos Clientes;
As perspectivas de vendas para 2009 são positivas, com particular destaque para o crescimento das vendas de revestimentos de solo em cortiça, pese embora o cenário global de recessão económica e a evolução desfavorável do sector da construção que afectam os mercados da Europa Central onde a UN mantém uma posição de destaque.
O lançamento das novas colecções terá um contributo significativo para este crescimento, com a introdução de novos visuais e dimensões nas colecções de cortiça e madeira e com a introdução das gamas Linocomfort e Vinylcomfort, na marca Wicanders®.
A aquisição de uma participação relevante na empresa norte-americana US Floors Inc., concretizada no final de 2008, é um marco significativo para alicerçar a posição da UN no mercado dos EUA que, de acordo com as linhas de orientação estratégica desta UN, é um mercado de elevado potencial de crescimento.
A estratégia de crescimento continua válida, bem como as linhas de orientação e iniciativas que a suportam.
O próximo ano será de conclusão e consolidação do processo de reestruturação, que teve início em 2008, dentro da UN de Aglomerados Compósitos. A concentração da actividade resultante é inevitável no actual quadro de contracção económica em geral, de grande impacto na procura de várias aplicações desta UN, sendo a quebra na procura e vendas de componentes para a indústria automóvel o exemplo mais paradigmático.
Ao nível dos mercados, torna-se vital assegurar a sustentação da actividade actual e promover mesmo o seu crescimento, materializando algumas oportunidades já identificadas.
Ao longo de 2009 procurar-se-á implementar o plano de crescimento em regiões do mundo até agora menos acompanhadas pela UN, tirando partido de uma oferta de produtos sustentáveis e de excelente desempenho técnico. Nesse sentido, estão já em curso várias iniciativas e acções de índole comercial, reduzindo-se progressivamente a importância relativa da cadeia de valor da CORTICEIRA AMORIM. Também nos mercados "maduros", uma maior agressividade comercial e o argumento "amigo do ambiente" poderá tornar possível o crescimento, apesar da conjuntura económica desfavorável.
Os desafios para o próximo ano são exigentes, mas são possíveis. A UN de Aglomerados Compósitos espera que 2009 seja o ano de viragem no seu desempenho global, desde que seja capaz de executar o plano de mudança a que se propôs, neste ambiente económico difícil.
As características únicas dos produtos e soluções disponibilizadas por esta UN, de superior perfomance, naturais e ecológicos, bem como a aposta em mercados com argumento de construção sustentável – Novo sistema MDF (em fachadas) e Cabanas/Casas Ecológicas - contribuem para maior visibilidade e utilização dos produtos da UN.
Os investimentos direccionados ao aumento da produtividade, a diversidade de mercados, o leque de utilizações tradicionais e o lançamento de um software para construção sustentável deverão ter impacto positivo na actividade desta UN.
Tendo o orçamento para 2009 sido elaborado no período de Setembro a Dezembro, seria natural que as perspectivas a divulgar relativas aquele exercício, se baseassem no referido documento. Face aos acontecimentos registados nos dois últimos meses de 2008 e à rapidez das alterações entretanto verificadas em todas os mercados que condicionam a actividade da CORTICEIRA AMORIM, não será mais possível o seu uso como guia para 2009.
Neste momento e mais do que nunca, a incerteza paira sobre toda a actividade económica. A CORTICEIRA AMORIM só pode perspectivar 2009 como o exercício mais difícil desde 2001. As quebras já registadas no mercado da construção civil e da indústria automóvel parecem ser um dado adquirido para todo o exercício. A evolução do mercado do engarrafamento é ainda uma incógnita, mas não se espera qualquer crescimento.
Como contraponto a esta difícil conjuntura, a CORTICEIRA AMORIM poderá beneficiar de dois factores exógenos, que são respectivamente a valorização do USD e a descida das taxas de juro já em curso desde os finais de 2008. No entanto, os objectivos para 2009, passam mais pela agilização da estrutura de custos, pela diminuição do capital investido e consequentemente, pela diminuição do endividamento. A obtenção de um resultado equilibrado estará sempre presente como objectivo final, mas certamente longe dos obtidos nos últimos exercícios.
Ao longo da sua longa história – atravessando já três séculos, enfrentando com sucesso a profundas, mesmo radicais transformações da sociedade, resistindo a duas Guerras Mundiais –, a CORTICEIRA AMORIM tem sabido diagnosticar correcta e atempadamente os riscos e incertezas dos seus negócios, encarando-os firmemente como oportunidades e desafios.
No entanto, os tempos mais recentes – e os que se avizinham – ficam negativamente marcados pela primeira crise global, que teve início nos EUA com o fenómeno do subprime, e que, por efeito de contágio, se alastrou rapidamente a todas os sectores e a todo o mundo. Hoje está instalada uma crise financeira – com a falta de liquidez a prejudicar fortemente o desenvolvimento da actividade empresarial, nomeadamente o investimento; uma crise económica – com a retracção da actividade empresarial a originar cortes massivos de postos de trabalho; mas, mais grave, uma profunda crise de confiança, que retrai o consumo, o investimento e o financiamento num ciclo vicioso que, à data, parece interminável.
Assim, a CORTICEIRA AMORIM, como de resto todos os agentes económicos, desenvolvem a sua actividade num profundo clima de recessão económica e de retracção do consumo, que afecta os seus principais mercados de exportação, nomeadamente:
o sector vinícola mundial - é expectável que o impacto da crise provoque um decréscimo do consumo per capita de vinho, bem como o acentuar do fenómeno trade-down, em que os consumidores optam por reduzir o preço médio das garrafas adquiridas, com o consequente impacto no product mix da UN Rolhas. A verificarse, este fenómeno será mais sentido no segmento médio da gama de produtos da UN.
Como amplamente descrito no capítulo de I&D, ao longo dos anos a CORTICEIRA AMORIM tem vindo a desenvolver um conjunto de rolhas técnicas capazes de, em qualidade, quantidade e preço satisfazerem as necessidades de qualquer produtor de vinho. Hoje a gama de produtos disponibilizado pela UN garante a todos os produtores que tenham um portfolio mais abrangente de vinhos (não apenas os vinhos e champanhes premium) a possibilidade de usarem rolhas de cortiça, beneficiando da sua mais-valia em termos de sustentabilidade, de retenção de CO2, factores inequívocos de diferenciação do produto a nível mundial;
o sector da construção - o forte abrandamento da actividade deste sector, quer ao nível de novas construções quer ao nível da renovação de construções existentes, e a postecipação das decisões de compra do consumidor final de revestimentos, resultará naturalmente no abrandamento da procura global de revestimentos.
Este abrandamento global será contrariado pelo aproveitamento das oportunidades de crescimento diagnosticadas, quer através do reforço da presença em mercados já identificados como de elevado potencial de crescimento, quer através de aumento de quota em mercados mais maduros. Estas oportunidades são fortemente reforçadas com o lançamento de novas colecções e do desenvolvimento do portfolio de produtos eventualmente com expansão da gama de produtos produzidos.
A crescente consciencialização do consumidor final para factores de sustentabilidade será também certamente um factor de reforço para a escolha de revestimentos de cortiça, o que constituirá um importante motor de crescimento do volume de vendas;
o sector automóvel - um dos mais afectados, vem anunciando cortes sucessivos de produção, de empregos e até de unidades de produção, o que provoca um acentuado decréscimo de vendas de componentes para esta indústria, uma das aplicações relevantes no contexto da UN Aglomerados Compósitos. Tais efeitos são especialmente sentidos nos mercados americano e russo, onde o papel desta UN enquanto fornecedor/parceiro do sector automóvel é particularmente representativo.
O seguimento de uma estratégia de diversificação geográfica afigura-se como a solução adequada à obtenção de resultados imediatos. Complementarmente, estão a ser encetadas acções de inovação de produto capazes de aumentar a competitividade e potenciar uma maior utilização das juntas de cortiça com borracha no sector automóvel.
A longo prazo, a performance da CORTICEIRA AMORIM poderá ainda ser influenciada pelos seguintes factores, continuamente monitorizados e avaliados:
O sobreiro constitui a base de um sistema ecológico único no mundo, contribuindo para a sobrevivência de muitas espécies da fauna autóctone e para a salvaguarda do ambiente. Só existe em sete países da Bacia Mediterrânica Ocidental – Portugal, Espanha, França, Itália, Marrocos, Argélia e Tunísia, onde vem actuando como barreira ao avanço do deserto, porque suporta climas com reduzida pluviosidade, contribui para a fixação do solo e da matéria orgânica, diminuindo a erosão e aumentando a retenção de água.
Os produtos da CORTICEIRA AMORIM são também importante sumidouros de carbono, que se mantém durante todo o tempo de vida útil do produto. No caso específico das rolhas, cada rolha de cortiça é responsável pela fixação de 8,8 g de CO2.
A valorização industrial da cortiça extraída dos sobreiros é o maior garantia da preservação e desenvolvimento dos montados, permitindo a sua viabilidade económica. Hoje, o montado está no centro das atenções havendo legislação específica para os proteger, vários programas de organizações não governamentais que procuram preservar a floresta, melhorando e certificando as práticas de gestão florestais.
Assim, longe de se antever uma redução da quantidade de matéria-prima disponível, estima-se que os factos atrás descritos sejam uma oportunidade de diferenciação para os produtos de cortiça (fixação de CO2 e aumento da sua utilização em isolamento térmico com o desenvolvimento da ecoconstrução).
desenvolvimento de vedantes substitutos – a possibilidade de substituir as rolhas de cortiça por vedantes artificiais (plástico, alumínio,...), materiais típicos da sociedade do pós-guerra, vem sendo aventada há largos anos, sem contudo se concretizar.
Os vedantes sintéticos, assim como outras formas de packaging para vinho, estão disponíveis no mercado há várias décadas. No caso dos vedantes de plástico, nos inícios dos Anos 90, foram utilizados sobretudo por países como a Austrália na sua crescente produção de vinhos de gama baixa e de consumo rápido.
A actual utilização destes vedantes continua a apresentar sinais de uma tendência decrescente, reforçada neste último ano pelas grandes flutuações no preço das commodities associadas à sua produção, tendo o movimento altista verificado na matéria-prima contribuído para uma perda de competitividade adicional, sobretudo nas grandes empresas vinícolas, consumidores de milhões de vedantes, onde estas variações podem, facilmente, resultar num significativo acréscimo dos custos de produção. Mas é importante considerar, também, dois outros factores na análise do mercado de vedantes de plástico: um de carácter técnico e outro de imagem. O primeiro, prende-se com a incapacidade de encontrar fórmulas de fabricação que repliquem eficazmente o equilíbrio, claramente presente na cortiça, entre forças de extracção do vedante e o nível de permeabilidade ao oxigénio óptimo para o desenvolvimento do vinho. Este fulcral impasse técnico, aliado a uma associação depreciativa do vedante plástico ao vinho de gama baixa, claramente percebidos pelo consumidor, levou a que o mercado rapidamente procurasse novas alternativas artificiais que pudessem imitar a cortiça, que continua a ser, enquanto vedante de eleição, o benchmarking em qualidade, performance e imagem.
Neste contexto, surgiram no mercado outras opções de vedantes, destacando-se a rosca de alumínio (screwcap). Tal como o plástico, o vedante de rosca está associado a vinhos de gama baixa e de menor rentabilidade para o produtor e distribuidor, tendo tido o seu apogeu em países que, como o Reino Unido, viram surgir este vedante em vinhos muito baratos e amplamente disponíveis nos Anos 70.
No caso dos vedantes de rosca, as tentativas de utilizar este vedante como substituto do já substituto plástico são fortemente condicionadas por dois factores importantíssimos:
O debate sobre vedantes para vinho continua a centrar-se em dois grandes aspectos, ambos positivos para a cortiça: as questões da sustentabilidade, agora ainda mais firmemente estabelecidas na agenda da opinião pública e o reconhecimento técnico e mediático que os problemas de redução associados aos vedantes de rosca são inegáveis e com uma incidência que continua a aumentar.
A actividade da CORTICEIRA AMORIM está exposta a uma variedade de riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco cambial e risco taxa de juro), risco de crédito, risco de liquidez e risco de capital. Nos termos da alínea e) do número 5, do artigo 508.º-C do Código das Sociedades Comerciais, os objectivos e as políticas da Sociedade em matéria de gestão destes riscos, incluindo as políticas de cobertura de cada uma das principais categorias de transacções previstas para as quais é utilizada a contabilização de cobertura, e a exposição aos riscos de preço, de crédito, de liquidez e de fluxos de caixa encontram-se devidamente expostos na Nota "Gestão do Risco Financeiro" incluída nas Notas às Contas Consolidadas.
Tendo em conta que o resultado líquido, apurado segundo as contas sociais no final do exercício de 2008, é positivo no valor de € 22.246.434,29 (vinte e dois milhões, duzentos e quarenta e seis mil, quatrocentos e trinta e quatro euros e vinte e nove cêntimos),
que os Senhores Accionistas deliberem aprovar que o referido resultado líquido positivo, no valor de € 22.246.434,29 (vinte e dois milhões, duzentos e quarenta e seis mil, quatrocentos e trinta e quatro euros e vinte e nove cêntimos), tenha a seguinte aplicação:
No exercício em apreço, a CORTICEIRA AMORIM adquiriu, em várias sessões de bolsa, 21 500 acções, correspondentes a 0,0162% do respectivo capital social, ao preço médio de 1,757€/acção, totalizando estas transacções 37 772,20€, conforme quadro discriminativo abaixo:
| Data de Transacção |
Descrição da Operação | Quantidade | Preço Unitário (€) |
Preço Total (€) |
|---|---|---|---|---|
| 07-01-2008 | Ordem de aquisição em bolsa de 500 acções | |||
| Negócios efectuados: | 1 | 1,77 | 1,77 | |
| 499 | 1,77 | 883,23 | ||
| 08-01-2008 | Ordem de aquisição em bolsa de 20 000 acções | |||
| Negócios efectuados: | 4 060 | 1,75 | 7 105,00 | |
| 940 | 1,75 | 1 645,00 | ||
| 4 640 | 1,75 | 8 120,00 | ||
| 500 | 1,75 | 875,00 | ||
| 4 860 | 1,77 | 8 602,20 | ||
| 474 | 1,76 | 8 34,24 | ||
| 4 340 | 1,76 | 7 638,40 | ||
| 186 | 1,76 | 327,36 | ||
| 10-01-2008 | Ordem de aquisição em bolsa de 1000 acções | |||
| Negócios efectuados: | 501 | 1,74 | 871,74 | |
| 499 | 1,74 | 868,26 | ||
| Total de aquisições em 2008 | 21 500 | 37 772,20 |
Não se realizaram quaisquer alienações de acções próprias.
A 31 de Dezembro de 2008, a CORTICEIRA AMORIM detinha 2 589 334 acções próprias, representativas de 1,947% do seu capital social.
A realização destas transacções, nos termos acima descritos, foi julgada conveniente face à oportunidade de mercado, à existência de disponibilidades financeiras na Sociedade e ao impacto imaterial que tais movimentos teriam quer na regular formação dos preços da acção, quer no freefloat da Sociedade.
No início de 2009, o agravamento da crise económico-financeira global veio agudizar as condições adversas ao desenvolvimento da actividade do sector corticeiro.
Atendendo a que se tornou possível constatar um abrandamento efectivo da actividade económica em sectores tradicionalmente clientes da CORTICEIRA AMORIM, concluiu-se pela necessidade de adequar a produção da Organização, em particular da UN Rolhas e da UN Aglomerados Compósitos, àquela que é a tendência da procura.
No caso da UN Rolhas, cuja actividade está intrinsecamente dependente do mercado vinícola internacional, paralelamente à perda da quota de mercado da rolha de cortiça (à qual a CORTICEIRA AMORIM tem, apesar de tudo, sabido resistir), receia-se uma redução do consumo nos principais mercados-alvo do sector vinícola. Quanto à UN Aglomerados Compósitos, a sua gama de produtos inclui componentes para a indústria automóvel e para a construção, sectores cujas dificuldades são amplamente conhecidas, sendo provável um impacto negativo nas vendas.
Assim, em comunicado ao mercado divulgado a 3 de Fevereiro de 2009, a CORTICEIRA AMORIM anunciou que, a adaptação da estrutura produtiva ao nível da procura esperada, levava à implementação de um conjunto de medidas, entre as quais se inclui a redução dos Quadros de Pessoal das duas UN referidas, com a dispensa de cerca de 75 Colaboradores da UN Rolhas e de cerca de 118 elementos na UN Aglomerados Compósitos.
A CORTICEIRA AMORIM prosseguiu, assim, um processo negocial com os Colaboradores a dispensar, procurando um acordo que minimize o impacto desta decisão. Atendendo ao enquadramento legal em vigor, a CORTICEIRA AMORIM viu-se obrigada a recorrer à figura do despedimento colectivo. Esta é uma medida excepcional, utilizada pela primeira vez na já longa história da CORTICEIRA AMORIM e justificada pelas condições absolutamente extraordinárias da presente conjuntura económica mundial.
Para além do facto anteriormente descrito, posteriormente a 31 de Dezembro de 2008 e até à data do presente relatório, não ocorreram outros factos relevantes que venham a afectar materialmente a posição financeira e os resultados futuros da CORTICEIRA AMORIM e do conjunto das empresas filiais incluídas na consolidação.
Em cumprimento do estabelecido na alínea c) do número 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, as contas anuais e demais documentos de prestação de contas, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da CORTICEIRA AMORIM, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação. Declaram ainda que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da CORTICEIRA AMORIM, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, contendo o referido relatório um capítulo especial onde se expõem os principais riscos e incertezas do negócio.
O Conselho de Administração aproveita esta oportunidade para expressar o seu reconhecimento:
A todos os Colaboradores, cuja disponibilidade e empenho tanto têm contribuído para o desenvolvimento e crescimento das empresas participadas pela CORTICEIRA AMORIM, aqui lhes manifestamos o nosso sentido apreço.
Mozelos, 16 de Fevereiro de 2009
O Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.
| António Rios de Amorim | |
|---|---|
| Presidente do Conselho de Administração | |
| Jorge Viriato de Freitas Barros Diniz Santos | |
| Vice-Presidente do Conselho de Administração | |
| Joaquim Ferreira de Amorim | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| Luísa Alexandra Ramos Amorim | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| José da Silva Carvalho Neto | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| André de Castro Amorim | |
| Vogal do Conselho de Administração |
O Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários aprovou em 1999 o primeiro conjunto de recomendações relativas ao governo das sociedades cotadas, visando o aperfeiçoamento dos mecanismos de tutela dos investidores nos mercados de valores mobiliários, tendo vindo desde então a fomentar reflexões profundas sobre o tema, em processos de consultas públicas alargadas e, em geral muito participadas por todos os agentes do mercado.
Em consequência, este primeiro conjunto de recomendações foi sendo reformulado, tendo-se algumas das recomendações transformado em obrigações e padronizando-se o conteúdo do relatório anual sobre a estrutura e as práticas de governo societário implementadas.
A CORTICEIRA AMORIM acolheu as recomendações iniciais, bem como as posteriores alterações do quadro regulamentar aplicável, como um contributo oportuno e pertinente cuja reflexão favorece todas as entidades, particulares ou colectivas, cujos interesses estão envolvidos na actividade societária. Assim, tem vindo a analisar criticamente o seu posicionamento em matéria de governo da Sociedade à luz destas recomendações, ponderando as vantagens efectivas da sua integral implementação e a realidade em que opera.
Com efeito, desde 1999, data da publicação das primeiras recomendações da CMVM, até à presente data, a CORTICEIRA AMORIM vem analisando o seu governo societário, comparando-o, por um lado, com o que se consideram as melhores práticas, quer, por outro lado, com as circunstâncias da sua actividade e os desafios a que tem de dar resposta e, na sequência, vem implementando um conjunto de medidas que, globalmente, têm tido como principais objectivos reforçar os sistemas internos de controlo e de fiscalização, ampliar a transparência, fomentar a participação dos Accionistas na vida da Sociedade e garantir a criação sustentada de valor para o Accionista.
Convém, no entanto, realçar que a rápida evolução do quadro recomendatório da CMVM – revisto a cada dois anos – tem suscitado revisão de diversas matérias, algumas constantes mesmo dos Estatutos da Sociedade. Sem descurar o relevante papel destas recomendações e o empenho com que a CORTICEIRA AMORIM vem procurando adoptá-las, será também de realçar a vantagem decorrente da estabilidade na estrutura formal interna da Sociedade que permite: (i) testar a bondade das opções/medidas tomadas, (ii) avaliar as melhorias decorrentes dessas opções, quer pelos órgãos da Sociedade, quer – e principalmente – pelos Accionistas e (iii) evitar possíveis alarmismos decorrentes de, sob o pretexto de reforçar fiscalização, transparência ou outros desideratos teoricamente com valor para o Accionista, se confrontar os mesmos com alterações regulares do governo societário passíveis de serem indevidamente interpretadas como medidas correctivas face a qualquer ocorrência.
Neste relatório inclui-se ainda a informação prevista nos artigos 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais.
0.1. Local onde se encontram disponíveis ao público os textos dos códigos de governo das sociedades aos quais o emitente se encontra sujeito.
Em matéria de governo societário, a CORTICEIRA AMORIM encontra-se sujeita (i) às disposições da lei vigente em Portugal, nomeadamente ao estipulado no Código das Sociedades Comerciais, no Código dos Valores Mobiliários e nos Regulamentos emanados pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), podendo este conjunto de documentos ser consultado no sítio da CMVM, em www.cmvm.pt; (ii) aos seus próprios Estatutos Sociais, disponíveis para consulta no sítio da Sociedade, em www.corticeiraamorim.pt; e, (iii) ao Código de Governo Societário emanado pela CMVM a que alude o Regulamento CMVM n.º 1/2007, e que, mesmo sendo apenas um quadro recomendatório, constitui um importante referencial de boas práticas, que também se encontra disponível para consulta em www.cmvm.pt.
A CORTICEIRA AMORIM avalia as suas práticas tendo por referência o referido Código de Governo Societário, numa base de comply or explain, elaborando o presente relatório sobre as estruturas e práticas do seu governo societário por referência todo o quadro normativo legal, estatutário e recomendatório a que se encontra sujeita.
| I. | ASSEMBLEIA GERAL | ||
|---|---|---|---|
| I.1 | MESA DA ASSEMBLEIA GERAL | Situação a 31-12-2008 |
Descrição no Relatório |
| I.1.1 | O Presidente da mesa da assembleia geral deve dispor de recursos humanos e logísticos de apoio que sejam adequados às suas necessidades, considerada a situação económica da sociedade. |
Adoptada | 1.1 |
| I.1.2 | A remuneração do Presidente da mesa da assembleia geral deve ser divulgada no relatório anual sobre o governo da sociedade. |
Não Adoptada | 1.3 |
| I.2 | PARTICIPAÇÃO NA ASSEMBLEIA | ||
| I.2.1 | A antecedência do depósito ou bloqueio das acções para a participação em assembleia geral imposta pelos estatutos não deve ser superior a cinco dias úteis. |
Adoptada | 1.4 |
| I.2.2 | Em caso de suspensão da reunião da assembleia geral, a sociedade não deve obrigar ao bloqueio durante todo o período até que a sessão seja retomada, devendo bastar-se com a antecedência ordinária exigida na primeira sessão. |
Adoptada | 1.4 |
| I.3 | VOTO E EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO | ||
| I.3.1 | As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária do voto por correspondência. |
Adoptada | 1.8 |
| I.3.2 | O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida por correspondência não deve ser superior a 3 dias úteis. |
Não Adoptada (2009: em adopção) |
1.8 |
| I.3.3 | As sociedades devem prever, nos seus estatutos, que corresponda um voto a cada acção. |
Não Adoptada (2009: em adopção) |
1.6 |
A análise efectuada permite afirmar que a CORTICEIRA AMORIM evidencia um bom grau de adopção das Recomendações emanadas pela CMVM sobre o Governo das Sociedades, conforme se pode inferir do quadro abaixo:
| I.4 | QUÓRUM E DELIBERAÇÕES | ||
|---|---|---|---|
| I.4.1 | As sociedades não devem fixar um quórum constitutivo ou deliberativo superior ao previsto por lei. |
Não Adoptada | 1.7 |
| I.5 | ACTAS E INFORMAÇÃO SOBRE DELIBERAÇÕES ADOPTADAS | ||
| I.5.1 | As actas das reuniões da assembleia geral devem ser disponibilizadas aos Accionistas no sítio Internet da sociedade no prazo de 5 dias, ainda que não constituam informação privilegiada, nos termos legais, e deve ser mantido neste sítio um acervo histórico das listas de presença, das ordens de trabalhos e das deliberações tomadas relativas às reuniões realizadas, pelo menos, nos 3 anos antecedentes. |
Não Adoptada (2009: em adopção) |
3.12 |
| I.6 | MEDIDAS RELATIVAS AO CONTROLO DAS SOCIEDADES | ||
| I.6.1 | As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição devem respeitar os interesses da sociedade e dos seus Accionistas. |
Adoptada | 1.13; 1.14; 1.15 |
| I.6.2 | Os estatutos das sociedades que, respeitando o princípio da alínea anterior, prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único accionista, de forma individual ou em concertação com outros Accionistas, devem prever igualmente que seja consignado que, pelo menos de cinco em cinco anos será sujeita a deliberação pela Assembleia Geral a manutenção ou não dessa disposição estatutária - sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal - e que nessa deliberação se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione. |
Não Aplicável | - |
| I.6.3 | Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração, prejudicando dessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação pelos Accionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração. |
Adoptada | 1.13 |
| II. | ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO | ||
| II.1 | TEMAS GERAIS | ||
| II.1.1 | ESTRUTURA E COMPETÊNCIA | ||
| II.1.1.1 | O órgão de administração deve avaliar no seu relatório de governo o modelo adoptado, identificando eventuais constrangimentos ao seu funcionamento e propondo medidas de actuação que, no seu juízo, sejam idóneas para os superar. |
Adoptada | 2.1 |
| II.1.1.2 | As sociedades devem criar sistemas internos de controlo, para a detecção eficaz de riscos ligados à actividade da empresa, em salvaguarda do seu património e em benefício da transparência do seu governo societário. |
Adoptada | 2.1 a 2.7 |
| II.1.1.3 | Os órgãos de administração e fiscalização devem ter regulamentos de funcionamento os quais devem ser divulgados no sítio na Internet da sociedade. |
Não Adoptada | |
| II.1.1.3. 1 | Existência de regulamento formal de funcionamento: | ||
| - ao nível do órgão de administração. | Não Adoptada (2009: em análise) |
2.6 | |
| - ao nível do órgão de fiscalização. | Adoptada | 2.6 |
36
| II.1.1.3. 2 | Divulgação do regulamento de funcionamento no sítio da Internet da sociedade: |
||
|---|---|---|---|
| - ao nível do órgão de administração. | Não Adoptada (2009: em análise) |
2.6 | |
| - ao nível do órgão de fiscalização. | Não Adoptada (2009: em análise) |
2.6 | |
| II.1.2 | INCOMPATIBILIDADES E INDEPENDÊNCIA | ||
| II.1.2.1 | O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efectiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da actividade dos membros executivos. |
Adoptada | 2.1 |
| II.1.2.2 | De entre os Administradores não executivos deve contar-se um número adequado de Administradores independentes, tendo em conta a dimensão da sociedade e a sua estrutura accionista, que não pode em caso algum ser inferior a um quarto do número total de Administradores. |
Não Adoptada | 2.1; 2.9 |
| II.1.3 | ELEGIBILIDADE E NOMEAÇÃO | ||
| II.1.3.1 | Consoante o modelo aplicável, o Presidente do conselho fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão para as Matérias Financeiras deve ser independente e possuir as competências adequadas ao exercício das respectivas funções. |
Adoptada | 2.7; 2.12; 2.13 |
| II.1.4 | POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES | ||
| II.1.4.1 | A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades alegadamente ocorridas no seu seio, com os seguintes elementos: |
||
| II.1.4.1. i) | - indicação dos meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem ser feitas internamente, incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações; |
Adoptada | 2.12 |
| II.1.4.1. ii) | - indicação do tratamento a ser dado às comunicações, incluindo tratamento confidencial, caso assim seja pretendido pelo declarante. |
Adoptada | 2.12 |
| II.1.4.2 | As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no relatório sobre o governo das sociedades. |
Adoptada | 2.12 |
| II.1.5 | REMUNERAÇÃO | ||
| II.1.5.1 | A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da sociedade. Neste contexto: |
||
| II.1.5.1. i) | - a remuneração dos Administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente baseada no desempenho, devendo tomar por isso em consideração a avaliação de desempenho realizada periodicamente pelo órgão ou comissão competentes; |
Adoptada | 2.18; 2.20 |
| II.1.5.1. ii) | - a componente variável deve ser consistente com a maximização do desempenho de longo prazo da empresa e dependente da sustentabilidade das variáveis de desempenho adoptadas; |
Adoptada | 2.18 |
| II.1.5.1. iii) | - quando tal não resulte directamente de imposição legal, a remuneração dos membros não executivos do órgão de administração deve ser exclusivamente constituída por uma quantia fixa. |
Adoptada | 2.18; 2.20 |
37
| II.1.5.2 | A comissão de remunerações e o órgão de administração devem submeter à apreciação pela assembleia geral anual de Accionistas de uma declaração sobre a política de remunerações, respectivamente, dos órgãos de administração e fiscalização e dos demais dirigentes na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. Neste contexto, devem, nomeadamente, ser explicitados aos Accionistas os critérios e os principais parâmetros propostos para a avaliação do desempenho para determinação da componente variável, quer se trate de prémios em acções, opções de aquisição de acções, bónus anuais ou de outras componentes. |
Não Adoptada (2009: em adopção) |
- |
|---|---|---|---|
| II.1.5.3 | Pelo menos um representante da comissão de remunerações deve estar presente nas assembleias gerais anuais de Accionistas. |
Não Adoptada (2009: em adopção) |
1.12 |
| II.1.5.4 | Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de acções, e/ou de opções de aquisição de acções ou com base nas variações do preço das acções, a membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano. A proposta deve ser acompanhada do regulamento do plano ou, caso o mesmo ainda não tenha sido elaborado, das condições gerais a que o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma devem ser aprovadas em assembleia geral as principais características do sistema de benefícios de reforma de que beneficiem os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. |
Adoptada | 3.10 |
| II.1.5.5 | A remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização deve ser objecto de divulgação anual em termos individuais, distinguindo-se, sempre que for caso disso, as diferentes componentes recebidas em termos de remuneração fixa e de remuneração variável, bem como a remuneração recebida em outras empresas do grupo ou em empresas controladas por Accionistas titulares de participações qualificadas. |
Não Adoptada | 2.20 |
| II.2 | CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO | ||
| II.2.1 | Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de administração e fiscalização, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade. |
Adoptada | 2.2; 2.3 |
| II.2.1 | O Conselho de Administração deve assegurar que a sociedade actua de forma consentânea com os seus objectivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: |
||
| II.2.1. i) | - definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; | Adoptada | 2.3 |
| II.2.1. ii) | - definir a estrutura empresarial do grupo; | Adoptada | 2.3 |
| II.2.1. iii) | - decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. |
Adoptada | 2.3 |
| II.2.3 | Caso o Presidente do Conselho de Administração exerça funções executivas, o Conselho de Administração deve encontrar mecanismos eficientes de coordenação dos trabalhos dos membros não executivos, que designadamente assegurem que estes possam decidir de forma independente e informada, e deve proceder-se à devida explicitação desses mecanismos aos Accionistas no âmbito do relatório sobre o governo da sociedade. |
Adoptada | 2.3 |
|---|---|---|---|
| II.2.4 | O relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobre a actividade desenvolvida pelos Administradores não executivos referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados. |
Adoptada | - |
| II.2.5 | O órgão de administração deve promover uma rotação do membro com o pelouro financeiro, pelo menos no fim de cada dois mandatos. |
Adoptada | 2.3 |
| II.3 | ADMINISTRADOR DELEGADO, COMISSÃO EXECUTIVA E CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO |
||
| II.3.1 | Os Administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas. |
Adoptada | 2.3 |
| II.3.2 | O Presidente da Comissão Executiva deve remeter, respectivamente, ao Presidente do Conselho de Administração e, conforme aplicável, ao Presidente da conselho fiscal ou da Comissão de Auditoria, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões. |
Não Adoptada (2009: em adopção) |
2.3 |
| II.3.3 | O Presidente do Conselho de Administração executivo deve remeter ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as Matérias Financeiras, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões. |
Não Aplicável | - |
| II.4 | CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO, COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS, COMISSÃO DE AUDITORIA E CONSELHO FISCAL |
||
| II.4.1 | O Conselho Geral e de Supervisão, além do cumprimento das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve desempenhar um papel de aconselhamento, acompanhamento e avaliação contínua da gestão da sociedade por parte do Conselho de Administração executivo. Entre as matérias sobre as quais o Conselho Geral e de Supervisão deve pronunciar-se incluem-se: |
Não Aplicável | - |
| II.4.1. i) | - o definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; | Não Aplicável | - |
| II.4.1. ii) | - a estrutura empresarial do grupo; | Não Aplicável | - |
| II.4.1. iii) | - decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. |
Não Aplicável | - |
| II.4.2 | Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo Conselho Geral e de Supervisão, a Comissão para as Matérias Financeiras, a Comissão de Auditoria e o conselho fiscal devem ser objecto de divulgação no sítio da Internet da sociedade, em conjunto com os documentos de prestação de contas. |
Adoptada | - |
| II.4.3 | Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo Conselho Geral e de Supervisão, a Comissão para as Matérias Financeiras, a Comissão de Auditoria e o conselho fiscal devem incluir a descrição sobre a actividade de fiscalização |
Adoptada | - |
| desenvolvida referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados. |
||||
|---|---|---|---|---|
| II.4.4 | A Comissão para as Matérias Financeiras, a Comissão de Auditoria e o conselho fiscal, consoante o modelo aplicável, devem representar a sociedade, para todos os efeitos, junto do auditor externo, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços, a respectiva remuneração, zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços, bem assim como ser o interlocutor da empresa e o primeiro destinatário dos respectivos relatórios. |
Não Adoptada (2009: em análise) |
- | |
| II.4.5 | A Comissão para as Matérias Financeiras, Comissão de Auditoria e o conselho fiscal, consoante o modelo aplicável, devem anualmente avaliar o auditor externo e propor à assembleia geral a sua destituição sempre que se verifique justa causa para o efeito. |
Adoptada | - | |
| II.5 | COMISSÕES ESPECIALIZADAS | |||
| II.5.1 | Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo adoptado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para: |
|||
| II.5.1. i) | - assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos Administradores executivos e para a avaliação do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes; |
Adoptada | 1.12 | |
| II.5.1. ii) | - reflectir sobre o sistema de governo adoptado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria. |
Adoptada | Introdução ao Capítulo 2 |
40 |
| II.5.2 | Os membros da comissão de remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros do órgão de administração. |
Adoptada | 2.19 | |
| II.5.3 | Todas as comissões devem elaborar actas das reuniões que realizem. |
Adoptada | - | |
| III | INFORMAÇÃO E AUDITORIA | |||
| III.1 | DEVERES GERAIS DE INFORMAÇÃO | |||
| III.1.2 | As sociedades devem assegurar a existência de um permanente contacto com o mercado, respeitando o princípio da igualdade dos Accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores. Para tal deve a sociedade manter um Gabinete de Apoio ao Investidor. |
Adoptada | 3.12 | |
| III.1.3 | A seguinte informação disponível no sítio da Internet da sociedade deve ser divulgada em inglês: |
|||
| III.1.3. a) | A firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais elementos mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais; |
Adoptada | 3.12 | |
| III.1.3. b) | Estatutos; | Adoptada | 3.12 | |
| III.1.3. c) | Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com o mercado; |
Adoptada | 3.12 | |
| III.1.3. d) | Gabinete de Apoio ao Investidor, respectivas funções e meios de acesso; |
Adoptada | 3.12 | |
| III.1.3. e) | Documentos de prestação de contas; | Adoptada | 3.12 |
| III.1.3. f) | Calendário semestral de eventos societários; | Adoptada | 3.12 |
|---|---|---|---|
| III.1.3. g) | Propostas apresentadas para discussão e votação em assembleia geral; |
Não Adoptada (2009: em adopção) |
3.12 |
| III.1.3. h) | Convocatórias para a realização de assembleia geral. | Adoptada | 3.12 |
A 31 de Dezembro de 2008 a CORTICEIRA AMORIM cumpria integralmente todas as disposições legais e estatutárias em vigor. Relativamente ao Código de Governo Societário referido no ponto 0.1. em epígrafe, a CORTICEIRA AMORIM não acolhia integralmente as práticas recomendadas, conforme ilustra o quadro anterior.
A CORTICEIRA AMORIM reconhece o referido Código como um referencial de boas práticas e um relevante contributo e incentivo para a reflexão e adopção de uma organização societária que garanta a salvaguarda dos direitos dos Accionistas, a transparência do governo da Organização e fomente a eficiência e a competitividade dos negócios.
Entretanto, conforme preconiza também a Recomendação da CMVM, a reflexão sobre a realidade específica que envolve e enforma a Sociedade, a ponderação do custo/benefício previsivelmente resultante da adopção de algumas medidas previstas no Código do Governo Societário e não adoptadas – quer em prol do exercício equilibrado e transparente de poderes, quer em prol da competitividade da Organização – levou a que, em certas situações, não se acolhessem algumas recomendações e, em outras, se protelasse a sua adopção, conforme detalhadamente se explica:
Apesar de ser recomendada a divulgação da remuneração auferida individualmente pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, a Sociedade optou pela divulgação da remuneração auferida pelos membros da Mesa da Assembleia Geral no seu conjunto, por considerar que esta informação é mais completa e consentânea com a transparência que a recomendação visa fomentar – atendendo a que a todos os membros deste órgão se aplicam iguais requisitos de nomeação e de exercício de funções - e, simultaneamente, com a reserva da privacidade do Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
É também convicção de que o empenho, profissionalismo e independência do exercício das funções cometidas a este órgão social são garantidos pela formação adequada, pela competência técnica e pelo cumprimento do apertado regime legal de independência e incompatibilidades a que os membros deste órgão estão sujeitos e não pela remuneração que tais membros auferem.
Os estatutos impõem que a declaração de voto emitida por correspondência seja recepcionada com uma antecedência mínima de cinco dias úteis relativamente à Assembleia Geral, não adoptando os três dias úteis recomendados.
Na Assembleia Geral de 28 de Maio de 2007, os Accionistas aprovaram uma revisão estatutária que veio alargar a possibilidade do exercício do voto por correspondência a todas as matérias a deliberar em Assembleia Geral, tendo este prazo de cinco dias úteis sido estipulado atendendo a:
Assim, tendo decorrido pouco tempo entre a referida Assembleia e a divulgação do novo Código de Governo Societário, pareceu inoportuno interpelar novamente os Accionistas, em Assembleia Geral, sobre esta matéria, não tendo estes também manifestado tal interesse. Acresce que, até ao início da Assembleia Geral, o Accionista está sempre a tempo de reflectir sobre o voto transmitido por correspondência e revogá-lo, bastando para isso estar presente ou representado nessa Assembleia, situação prevista nos estatutos.
O Conselho de Administração propõe que a próxima Assembleia Geral de Accionistas, agendada para 19 de Março de 2009, delibere alterar os Estatutos, para que estes prevejam o prazo preconizado na recomendação, isto é, três dias úteis.
Os estatutos da CORTICEIRA AMORIM determinam que a cada grupo de mil acções, a que correspondem 1000 euros de capital social, detidas por um Accionista ou grupo de Accionistas corresponda um voto na Assembleia Geral, em consonância com o estabelecido no artigo 384.º, n.º 2, alínea a) do Código das Sociedades Comerciais.
Esta matéria também foi alvo de profunda reflexão aquando da alteração do modelo de governação da CORTICEIRA AMORIM, alteração aprovada na Assembleia Geral de 28 de Maio de 2007.
Considerando que:
julgou-se então que, por um lado, o valor a investir por um Accionista ou grupo de Accionistas é perfeitamente compatível com pretendida participação dos pequenos Accionistas na vida da Sociedade e, por outro lado, que não se antevê que a adopção da prática preconizada possa incrementar a eficiência e a competitividade da Sociedade e, assim, gerar valor efectivo para o Accionista.
No entanto, atendendo ao crescente interesse e atenção que esta matéria tem suscitado, o Conselho de Administração propõe que a próxima Assembleia Geral de Accionistas, agendada para 19 de Março de 2009, delibere alterar os Estatutos, passando estes a prever que a cada acção corresponda um voto.
Os Estatutos da CORTICEIRA AMORIM consagram um quórum constitutivo/deliberativo superior ao previsto na lei4 nas seguintes situações:
Como resulta do exposto, o não cumprimento da Recomendação da CMVM e a imposição de quórum constitutivo/deliberativo superior ao previsto no Código das Sociedades confere aos Accionistas, particularmente aos
4 O Código das Sociedades Comerciais prevê os seguintes requisitos necessários à válida deliberação em assembleia geral:
Quórum (artigo 383.º):
1. A assembleia Geral pode deliberar, em primeira convocação, qualquer que seja o número de Accionistas presentes ou representados, salvo o disposto no número seguinte ou no contrato.
2. Para que a assembleia geral possa deliberar, em primeira convocação, sobre a alteração do contrato de sociedade, fusão, cisão, transformação, dissolução da sociedade ou outros assuntos para os quais a lei exija maioria qualificada, sem a especificar, devem estar presentes ou representados Accionistas que detenham, pelo menos, acções correspondentes a um terço do capital social.
3. Em segunda convocação, a assembleia pode deliberar seja qual for o número de Accionistas presentes ou representados e o capital por eles representado. Maioria (artigo 386.º):
1. A assembleia geral delibera por maioria dos votos emitidos, seja qual for a percentagem do capital social nela representado, salvo disposição diversa da lei ou do contrato; as abstenções não são contadas.
2. Na deliberação sobre a designação de titulares de órgãos sociais ou de revisores ou sociedades de revisores oficiais de contas, se houver várias propostas, fará vencimento aquela que tiver a seu favor maior número de votos.
3. A deliberação sobre algum dos assuntos referidos no nº 2 do artigo 383º deve ser aprovada por dois terços dos votos emitidos, quer a assembleia reúna em primeira quer em segunda convocação.
4. Se, na assembleia reunida em segunda convocação, estiverem presentes ou representados Accionistas detentores de, pelo menos, metade do capital social, a deliberação sobre algum dos assuntos referidos no nº 2 do artigo 383º pode ser tomada pela maioria dos votos emitidos.
detentores de reduzidas fracções de capital, um papel relevante num conjunto de decisões que afectam de forma substancial a vida da Sociedade (dissolução), o seu modelo de governo (destituição do Administrador proposto pelos Accionistas minoritários e alteração da composição do Conselho de Administração), os direitos patrimoniais dos Accionistas (limitação ou supressão de direitos de preferência em aumentos de capital) e a adequada participação dos Accionistas em reuniões da Assembleia Geral por estes convocadas.
Assim, revista esta situação, considera-se que a manutenção destes requisitos se orienta para a promoção e protecção dos direitos e do papel dos Accionistas na condução de questões societárias relevantes – valores que o Código do Governo das Sociedades pretende proteger.
A CORTICEIRA AMORIM disponibiliza, desde 2005, informação relativa à Assembleia Geral.
Até à Assembleia Geral de 31 de Março de 2006, inclusive, visando fomentar a participação dos Accionistas, eram disponibilizados os seguintes documentos: convocatória, ordem de trabalhos, informações sobre a tramitação administrativa e legal necessária à válida presença/representação do Accionista, à transmissão do voto por correspondência e as propostas a discussão; informação sobre as deliberações da Assembleia Geral, quando consideradas Informação Relevante (conceito anterior à actual Informação Privilegiada), eram divulgadas sob a forma de Comunicado ao Mercado, difundido através do sítio da CMVM e do sítio da Sociedade. Ainda hoje tais documentos estão disponíveis no sítio da Sociedade.
A partir da Assembleia Geral de 30 de Março de 2007, inclusive, além da informação elencada no parágrafo anterior, passou a ser disponibilizado um modelo de voto para exercício do voto por correspondência, um modelo de procuração e, imediatamente após a realização da Assembleia Geral, passou a ser divulgado um Comunicado ao Mercado sobre as deliberações, difundido através do sítio da CMVM e do sítio da Sociedade. Ainda hoje tais documentos estão disponíveis no sítio da Sociedade.
Atendendo a que se alargou o elenco de documentos que se considera boa prática disponibilizar no sítio da Sociedade, a saber: informação estatística sobre as presenças e actas, a CORTICEIRA AMORIM incluiu já tal documentação no acervo documental histórico disponível on-line, pretendendo cumprir integralmente esta recomendação (conteúdo e prazos), na próxima Assembleia Geral.
Embora não exista um regulamento interno formal escrito conforme preconiza esta recomendação, o funcionamento do Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM respeita escrupulosamente todas as regras de funcionamento a que se encontra sujeito, nomeadamente as previstas no Código das Sociedades Comerciais, nos Estatutos da Sociedade e nas normas regulamentares emanadas pela CMVM, o que, considera, consubstancia já um verdadeiro regulamento de funcionamento, adequado e propiciador do seu adequado funcionamento em prol da salvaguarda do empenho deste órgão colegial na prossecução eficiente dos interesses da Sociedade e de todos os seus Accionistas.
Acresce que, apesar da inexistência de tal regulamento interno formal, considera a CORTICEIRA AMORIM que os princípios de boa prática empresarial fazem parte dos valores empresariais salvaguardados tanto pelos membros deste órgão societário como pelos restantes Colaboradores que o apoiam e/ou assessoram.
Atendendo a que tal regulamento não se encontra formalizado, também não está disponível no sítio da Sociedade. No entanto, todas as referidas regras de funcionamento que, por lei (CSC) ou pelos Estatutos, são observadas pelo Conselho de Administração encontram-se disponíveis no sítio da CMVM (www.cmvm.pt) ou no da Sociedade (www.corticeiraamorim.com), respectivamente.
Esta matéria encontra-se, actualmente, em reapreciação.
O funcionamento do Conselho Fiscal da CORTICEIRA AMORIM, além de vinculado ao cumprimento do disposto na lei e nos Estatutos da Sociedade, vincula-se também à observância do estipulado no regulamento de funcionamento próprio, ou seja, de um regulamento formal escrito. A elaboração de tal regulamento teve como objectivo sistematizar e formalizar a concretização a que o Conselho Fiscal – novo órgão de governo societário, introduzido em consequência da adopção do modelo de governo latino reforçado – se vincula, na prossecução das suas atribuições legais e estatutárias.
Este regulamento não está disponível para consulta no sítio da Sociedade. No entanto, tal como se referiu para o Conselho de Administração, todas as regras de funcionamento que, por lei (CSC) ou pelos Estatutos, são observadas pelo Conselho Fiscal encontram-se disponíveis no sítio da CMVM (www.cmvm.pt) ou no da Sociedade (www.corticeiraamorim.com), respectivamente.
não executivos. Apesar de, à luz do actual conceito de independência, o Conselho de Administração não integrar nenhum membro não executivo independente, conforme recomendado pelo Código de Governo Societário, a existência de um sistema de dupla fiscalização efectivamente implementado na Sociedade – Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas -, composto exclusivamente por membros independentes, considera-se que os interesses visados por esta disposição se encontram devida e integralmente acautelados. Acresce que, conjugada a observância de tal independência com o regime de responsabilidade que impende sobre os membros do Conselho Fiscal, se crê estarem reunidas as condições necessárias para garantir uma efectiva função fiscalizadora de elevado nível de isenção, rigor e independência.
Compete à Assembleia Geral de Accionistas nomear uma Comissão de Remunerações, ponderando a possibilidade e capacidade efectiva que os respectivos membros reúnem para, a todo o tempo do respectivo mandato, exercer de forma independente as funções que lhe estão atribuídas, isto é, na definição de políticas de remuneração dos membros dos órgãos sociais que promovam, numa perspectiva de médio e longo prazos, o alinhamento dos respectivos interesses com os da Sociedade.
O alinhamento estratégico de toda a Organização em geral, e dos seus dirigentes em particular, é potenciado pela utilização da metodologia do balanced scorecard que permite à Comissão de Remunerações aferir em cada exercício do grau de cumprimento objectivo dessas metas, deliberando, em função desse cumprimento, a atribuição de remuneração variável.
Esta Comissão de Remunerações, cujo mandato resulta, como referido, de deliberação pela Assembleia Geral de Accionistas, não está obrigada a prestar informação à Assembleia Geral sobre esta matéria, cuja apreciação lhe foi delegada pela própria Assembleia Geral. No entanto, a Sociedade, na sua prestação de contas anual (Relatório sobre a Estrutura e Práticas do Governo Societário e, no caso específico da remuneração auferida dos Dirigentes, no Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados), divulga: a política de remuneração, os mecanismos de alinhamento de interesses e a remuneração auferida pelos órgãos de administração e fiscalização no ano a que tal prestação de contas se reporta.
A prática preconizada por esta recomendação será adoptada na próxima Assembleia Geral de Accionistas, agendada para 19 de Março de 2009.
A Comissão de Remunerações não se tem feito representar nas Assembleias Gerais.
Embora se considere que os interesses que o conjunto de recomendações relativas à política de remunerações e às remunerações efectivamente atribuídas em cada exercício se encontram acautelados na CORTICEIRA AMORIM, atendendo à crescente visibilidade e ênfase que se vem dispensando a estas matérias e mesmo à proliferação de análises e interpretações que, comparando o que não é comparável, resultam em opiniões distorcidas e distantes da prática específica da Sociedade, um representante da Comissão de Remunerações estará presente na próxima Assembleia Geral de Accionistas, agendada para 19 de Março de 2009.
A CORTICEIRA AMORIM divulga a remuneração auferida anualmente pelos órgãos de administração e fiscalização, mas não individualiza a remuneração auferida por cada um dos membros destes órgãos.
Relativamente ao Conselho de Administração, são discriminadas as remunerações auferidas pelo conjunto dos membros executivos, bem como as auferidas pelo conjunto dos membros não executivos, desagregando-as em fixas e variáveis.
A Sociedade considera que este nível de detalhe responde de forma adequada aos interesses e transparência que a recomendação visa salvaguardar, e, simultaneamente, à reserva da privacidade dos membros dos referidos órgãos.
Na CORTICEIRA AMORIM o Presidente da Comissão Executiva é o Presidente do Conselho de Administração.
As reuniões da Comissão Executiva realizam-se com uma periodicidade quinzenal, sendo, no início de cada exercício económico, calendarizadas as reuniões a realizar ao longo desse mesmo exercício. Apesar do Presidente da Comissão Executiva não enviar as convocatórias ao Presidente do Conselho Fiscal, este conhece as datas em que as mesmas se realizam. Relativamente às actas das reuniões da Comissão Executiva, embora não sejam formalmente enviadas ao Presidente do Conselho Fiscal, são, entre muitos outros, elementos que se encontram à disposição para consulta e apreciação de qualquer membro do Conselho Fiscal.
Em 2009 já se encontra implementado o procedimento previsto nesta recomendação.
A representação da CORTICEIRA AMORIM junto do Revisor Oficial de Contas não foi realizada pelo Conselho Fiscal, mas sim pelo Conselho de Administração.
Esta matéria está, em 2009, a ser analisada pela Sociedade no sentido de aferir de potenciais vantagens resultantes da adopção da recomendação da CMVM que justifiquem a alteração desta prática.
A CORTICEIRA AMORIM divulga, em língua portuguesa e em língua inglesa, a seguinte informação:
As propostas apresentadas para discussão e votação em assembleia geral são disponibilizadas em língua portuguesa com a antecedência necessária relativamente à data de realização da mesma.
Na próxima Assembleia Geral de Accionistas, agendada para 19 de Março de 2009, a Sociedade passará a divulgar, simultaneamente, as propostas em língua inglesa.
Relativamente à documentação que acompanha a proposta de aprovação das contas, ou seja, as contas propriamente ditas, não é possível a sua tradução para língua inglesa a tempo de se cumprir tal timing. Assim, relativamente a este ponto específico, passar-se-á a disponibilizar em língua inglesa apenas o teor da proposta, sem prejuízo do Accionista estrangeiro poder conhecer os aspectos relevantes das contas mediante consulta dos comunicados emitidos pela Sociedade e divulgados no seu sítio (www.corticeiraamorim.com), na área de comunicados.
0.4. O órgão social ou a comissão em causa deve ajuizar em cada momento da independência de cada um dos seus membros e fundamentar aos Accionistas, através de declaração incluída no relatório sobre o governo da sociedade, a sua apreciação, seja no momento da designação, seja quando se verifique circunstância superveniente que determine a perda da independência.
Estão legalmente sujeitos à verificação dos requisitos de independência e do cumprimento do regime de incompatibilidades previstos nos artigos 414.º e 414.º-A do Código das Sociedades Comerciais a todos os membros da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal. Aquando da sua primeira nomeação, cada membro destes órgãos emitiu uma declaração em que expressamente declaram:
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A CORTICEIRA AMORIM, até à data de assinatura deste relatório, não recebeu qualquer comunicação nos termos do ponto 3 anterior, pelo que conclui pelo cumprimento dos requisitos de independência e do cumprimento do regime de incompatibilidades a que se encontram sujeitos os membros da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal. Atento o conceito de independência apresentado pela CMVM no preâmbulo do Regulamento 1/2007 ("o referencial de independência dos Administradores não executivos não directamente abrangidos pelos dispositivos do CSC passa, pois, a constar dos artigos 414.º-A e n.º 5 do 414.º do CSC") nenhum dos membros do Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM é considerado independente. Realça-se, no entanto, que a verificação da independência nos termos propostos pelo referido Regulamento constitui um referencial para aferição do cumprimento das boas práticas recomendadas pelo Código de Governo Societário e não um requisito legal ou estatutário para a válida nomeação e
exercício de funções dos membros deste Conselho.
No seguimento das alterações ao Código das Sociedades Comerciais introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março nomeadamente o Artigo 374º-A, que impõe especiais requisitos de independência e/ou incompatibilidade, a Assembleia Geral de Accionistas da CORTICEIRA AMORIM realizada em 30 de Março de 2007 deliberou que a Mesa da Assembleia Geral passasse a ser constituída apenas por um Presidente e um Secretário, tendo sido eleitos, com posse imediata, para Presidente o Senhor Dr. Joaquim Taveira da Fonseca e para Secretário o Senhor Dr. Tiago Borges de Pinho, funções que mantêm à data de reporte deste Relatório.
A Sociedade disponibiliza apoio técnico e administrativo adequados às necessidades do competente exercício das funções atribuídas à Mesa da Assembleia Geral.
| Presidente: Dr. Joaquim Taveira da Fonseca | ||
|---|---|---|
| Início do primeiro mandato: | 30 de Março de 2007 | |
| Renovação do mandato: | 28 de Março de 2008 | |
| Termo do mandato em curso: | 31 de Dezembro de 2010 | |
| Secretário: Dr. Tiago Borges de Pinho | ||
| Início do primeiro mandato: | 30 de Março de 2007 | |
| Renovação do mandato: | 28 de Março de 2008 | |
| Termo do mandato em curso: | 31 de Dezembro de 2010 | |
1.3. Indicação da remuneração dos membros da mesa da assembleia geral.
No exercício de 2008, os membros da Mesa da Assembleia Geral auferiram, no seu conjunto, remuneração que ascendeu a seis mil e quinhentos euros.
O bloqueio de acções para participação na Assembleia Geral tem de ser efectuado com a antecedência mínima de cinco dias úteis sobre a data designada para a respectiva reunião. A mesma regra se aplica quando uma Assembleia Geral é retomada em data posterior, no caso de ocorrer a suspensão da sessão inicial da Assembleia Geral.
À semelhança do que acontece para a Assembleia Geral inicial, a antecedência exigida para o bloqueio de acções para participação na Assembleia Geral que é retomada em data posterior é de cinco dias úteis.
A cada grupo de mil acções corresponde um voto.
Atendendo ao crescente interesse e atenção que esta matéria tem suscitado, o Conselho de Administração propõe que a próxima Assembleia Geral de Accionistas, agendada para 19 de Março de 2009, delibere alterar os Estatutos, passando estes a prever que a cada acção corresponda um voto.
1.7. Existência de regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto, incluindo sobre quóruns constitutivos e deliberativos ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial.
Além das regras referidas nos pontos 1.4 a 1.6 e 1.8, 1.11 deste relatório, os Estatutos da Sociedade consagram requisitos específicos relativamente a quóruns constitutivos/deliberativos para as seguintes situações:
Não existe qualquer limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único accionista, individualmente ou em concertação com outros Accionistas.
Os Estatutos da Sociedade consagram a possibilidade de emissão de voto por correspondência, recepcionado na Sociedade até ao quinto dia útil anterior ao da Assembleia Geral.
A CORTICEIRA AMORIM disponibiliza aos Accionistas, na sua sede social (Rua de Meladas, n.º 380 – 4536-902 Mozelos) e no sítio de internet (www.corticeiraamorim.com), um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência. A solicitação do Accionista, a Sociedade poderá ainda facultar tal documento por e-mail.
A recepção da declaração de voto deve ocorrer até ao quinto dia útil anterior à data da realização da Assembleia Geral.
Os votos transmitidos por correspondência valem como votos negativos relativamente a propostas apresentadas posteriormente à data em que esses votos tenham sido emitidos. A presença do Accionista na Assembleia Geral revoga o voto por este dado por correspondência.
Os Estatutos da CORTICEIRA AMORIM prevêem a admissibilidade do voto por meios electrónicos desde que se julguem reunidas as condições técnicas que permitam assegurar a verificação da autenticidade das declarações de voto e garantir a integridade e a confidencialidade do seu conteúdo.
O voto transmitido por meios electrónicos deve ser recepcionado na Sociedade até ao quinto dia útil anterior ao da Assembleia Geral, ficando este último sujeito à verificação pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, previamente à convocação da Assembleia Geral, da existência de meios técnicos e de comunicação que garantam a segurança e fiabilidade do voto emitido.
Caso o Presidente da Mesa conclua que se encontram reunidos os requisitos técnicos para o exercício do voto por meios electrónicos, incluirá tal informação no Aviso Convocatório. Os votos transmitidos por meios electrónicos valem como votos negativos relativamente a propostas apresentadas posteriormente à data em que esses votos tenham sido emitidos. A presença do Accionista na Assembleia Geral revoga o voto por este dado por correspondência ou por meio electrónico.
Compete à Assembleia Geral de Accionistas nomear uma Comissão de Remunerações, ponderando a possibilidade e capacidade efectiva que os respectivos membros reúnem para, a todo o tempo do respectivo mandato, exercer de forma independente as funções que lhe estão atribuídas, isto é, na definição de políticas de remuneração dos membros dos órgãos sociais que promovam, numa perspectiva de médio e longo prazos, o alinhamento dos respectivos interesses com os da Sociedade.
A adopção da metodologia balanced scorecard, que pondera indicadores financeiros e não financeiros para a avaliação do desempenho, permite à Comissão de Remunerações aferir em cada exercício do grau de cumprimento objectivo dessas metas, deliberando, em função desse cumprimento, a atribuição do referido prémio.
A Comissão de Remunerações, cujo mandato resulta, como referido, de deliberação pela Assembleia Geral de Accionistas, não está obrigada a prestar informação à Assembleia Geral sobre esta matéria, cuja apreciação lhe foi delegada pela própria Assembleia Geral. A próxima Assembleia Geral de Accionistas, agendada para 19 de Março, apreciará declarações da Comissão de Remunerações e do Conselho de Administração sobre a política de remunerações, respectivamente dos órgãos de administração e fiscalização e dos demais dirigentes.
Os Estatutos da Sociedade não contemplam medidas deste tipo e, tanto quanto é do conhecimento da CORTICEIRA AMORIM, não existem quaisquer outras disposições e/ou medidas cujo objectivo seja o provocar automaticamente uma erosão grave no património da Sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança de composição do seu Conselho de Administração.
1.14.Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade, bem como os efeitos respectivos, salvo se, pela sua natureza, a divulgação dos mesmos for seriamente prejudicial para a sociedade, excepto se a sociedade for especificamente obrigada a divulgar essas informações por força de outros imperativos legais.
Não existem acordos nos termos descritos nesta alínea.
1.15.Acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade.
A Sociedade não celebrou quaisquer acordos com titulares do Conselho de Administração ou Dirigentes que prevejam o pagamento de indemnizações em situações não exigidas por lei.
Na sequência das alterações ao Código das Sociedades Comerciais introduzidas pelo Decreto-Lei 76-A/2006, de 29 de Março, foram amplamente estudados os modelos de governo disponíveis para uma sociedade como a CORTICEIRA AMORIM, tendo sido adoptado o modelo que preconiza a separação entre os órgãos de administração e de fiscalização, bem como uma dupla fiscalização, composta por um conselho fiscal e por um revisor oficial de contas, modelo vulgarmente conhecido como "latino reforçado".
Considera o Conselho de Administração que, tal como pretendido por aquela alteração legislativa, a adopção deste modelo resultou na constituição de um órgão de fiscalização com poderes de fiscalização efectivos e reforçados, composto integralmente por membros sujeitos a um regime de incompatibilidades e a requisitos de independência mais amplos. Acresce que, sendo esta função atribuída a um órgão autónomo – o Conselho Fiscal, tal propicia um eficiente modelo de governo porque divide claramente as competências dos diferentes órgãos, evitando a atribuição da função fiscalizadora a um conjunto de membros do Conselho de Administração que é, por lei, um órgão colegial.
É, pois, convicção do Conselho de Administração que, ponderando a situação específica da CORTICEIRA AMORIM, o modelo de governo adoptado é adequado, na medida em que:
Tal como referido na introdução deste Relatório, CCORTICEIRA AMORIM promove a reflexão interna sobre as estruturas e práticas de governo societário adoptadas, comparando o seu grau de eficiência com eventuais mais-valias de implementação de outras práticas e/ou medidas preconizadas quer pelo Código do Governo Societário da CMVM, quer por outros organismos. Em sede de Comissão Executiva, este é um tema analisado juntamente com as questões do desenvolvimento orgânico da CORTICEIRA AMORIM. A reflexão sobre a estrutura societária propriamente dita é realizada quer em Comissão Executiva – com a presença do representante para as relações com o mercado -, quer em Conselho de Administração.
A 31 de Dezembro de 2008 estes órgãos sociais tinham a seguinte composição:
| Membros Executivos: | |
|---|---|
| Presidente: | António Rios de Amorim |
| Vice-Presidente: Jorge Viriato de Freitas Barros Diniz Santos | |
| Vogal: | Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira |
| Membros Não executivos: | |
| Vogal: | Joaquim Ferreira de Amorim |
| Vogal: | Luísa Alexandra Ramos Amorim |
| Vogal: | José da Silva Carvalho Neto |
| Vogal: | André de Castro Amorim |
| Conselho Fiscal: | |
| Presidente: | Durval Ferreira Marques |
| Vogal: | Joaquim Alberto Hierro Lopes |
| Vogal: | Gustavo José de Noronha da Costa Fernandes |
| Vogal Suplente: | Alberto Manuel Duarte de Oliveira Pinto |
| Revisor Oficial de Contas: | |
| Efectivo: | Pricewaterhousecoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais |
| de Contas, Lda, representada por José Pereira Alves (ROC) ou por António | |
| Joaquim Brochado Correia (ROC) | |
| Suplente: | Hermínio António Paulos Afonso (ROC) |
Os Estatutos da CORTICEIRA AMORIM prevêem e actualmente encontram-se em exercício os seguintes órgãos:
As reuniões do Conselho de Administração contam, além da presença dos seus membros, com a presença do seu Conselheiro, cargo criado em 2001, sendo, desde essa data, ocupado pelo Sr. Américo Ferreira de Amorim.
A Comissão Executiva é composta por três membros, um Presidente e dois Vogais. A 31 de Dezembro de 2008, não tendo sido ocupada a vaga originada pela demissão de um dos membros desta Comissão, encontravam-se em exercício:
| Presidente: | António Rios de Amorim |
|---|---|
| Vogal: | Jorge Viriato de Freitas Barros Diniz Santos. |
2.3. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da sociedade, incluindo informação sobre o âmbito das delegações de competências ou distribuição de pelouros entre os titulares dos órgãos de administração ou de fiscalização e lista de matérias indelegáveis.
O Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM é composto por quatro membros não executivos e por três membros executivos.
Compete ao Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM o controlo efectivo da orientação da actividade da Sociedade, sendo o órgão competente para a tomada de decisões de natureza estratégica, sendo também o órgão onde é realizado o acompanhamento dos aspectos mais importantes e relevantes da actividade, incluindo as matérias relevantes decididas, ou simplesmente analisadas, em sede de Comissão Executiva, assim se garantindo que a totalidade dos membros do Conselho de Administração tem efectiva capacidade de conhecer as medidas adoptadas na sequência de decisões tomadas por este Conselho, bem como acompanhar a respectiva operacionalização e resultados,
Tal como preconiza o CSC, compete ao Conselho de Administração gerir as actividades da Sociedade e deliberar sobre qualquer assunto da administração da mesma, subordinando-se às deliberações da Assembleia Geral ou às intervenções do Conselho Fiscal, nos casos em que a Lei ou os Estatutos o determinarem.
Dessas competências constam, entre outras, a escolha do seu Presidente; cooptação de Administradores; pedido de convocação de Assembleias Gerais; elaboração dos relatórios e contas anuais; aquisição, alienação e oneração de bens imóveis; prestação de cauções e garantias pessoais ou reais pela sociedade; abertura ou encerramento de estabelecimentos ou de partes importantes destes; extensões ou reduções importantes da actividade da sociedade; modificações importantes na organização da empresa; estabelecimento ou cessação de cooperação duradoura e importante com outras empresas; mudança de sede e aumentos de capital; projectos de fusão, de cisão e de transformação de sociedade e qualquer outro assunto sobre o qual algum Administrador requeira deliberação do Conselho de Administração.
Os Estatutos da sociedade atribuem ao Conselho de Administração as seguintes competências: o exercício de todos os poderes de direcção, gestão, administração e representação da sociedade; transferir a sede da sociedade para qualquer outro local permitido por lei; criar, em qualquer parte do território nacional ou no estrangeiro, delegações, agências, sucursais, filiais, dependências, escritórios ou outras formas locais de representação da sociedade; adquirir, alienar e onerar, por qualquer forma, acções e títulos de dívida próprios da sociedade e quaisquer direitos, bem como fazer sobre umas e outros as operações que forem julgadas convenientes; adquirir, alienar, permutar e locar bens imobiliários, por quaisquer actos ou contratos, bem como onerá-los, ainda que mediante a constituição de garantias reais; exercer e promover o exercício dos direitos da sociedade nas sociedades em que participe; adquirir, alienar, permutar, locar e onerar por qualquer forma bens mobiliários; negociar com instituições de crédito operações de financiamento; movimentar contas bancárias, depositar e levantar dinheiros, emitir, aceitar, subscrever e endossar cheques, letras, livranças, extractos de factura e outros títulos de crédito; confessar, desistir ou transigir em quaisquer acções, bem como comprometer-se em árbitros; desempenhar as demais funções previstas neste contrato e na lei.
O Conselho de Administração pode delegar competências nos seguintes termos:
projectos de fusão, de cisão e de transformação de Sociedade.
em qualquer dos seus elementos ou numa Comissão Executiva a execução das decisões do próprio Conselho; a gestão corrente da sociedade e a competência para determinadas matérias de administração; definir o regime de funcionamento da Comissão Executiva - neste âmbito são indelegáveis as seguintes matérias:
escolha do Presidente do Conselho de Administração;
O Conselheiro do Conselho de Administração, como a própria denominação indica, exerce funções de aconselhamento do Conselho de Administração relativamente a todas as matérias abordadas nas respectivas reuniões, apesar de não ter direito de voto nas deliberações tomadas.
No caso concreto da CORTICEIRA AMORIM, a inigualável experiência, visão de futuro e espírito empreender do Sr. Américo Ferreira de Amorim são um importante contributo para o desenvolvimento da Sociedade, assumindo um importante papel nas reuniões do Conselho: um conselheiro avisado e experiente mas simultaneamente um desafiador e impulsionador de novas acções e abordagens.
A Comissão Executiva resulta da delegação de competências do Conselho de Administração, feita em proveito de uma maior agilização da administração e do acompanhamento mais próximo e contínuo, quer das várias estruturas da Sociedade (de gestão, operacionais ou de suporte), quer das próprias actividades operacionais e dos negócios.
Nos termos dos Estatutos da CORTICEIRA AMORIM, são competências da Comissão Executiva a execução das decisões do Conselho de Administração e a gestão corrente da sociedade, assistindo-lhe também competência para matérias de administração.
Encontra-se devidamente implementado um sistema de reporte desta Comissão ao Conselho de Administração que garante o alinhamento das suas actuações e o tempestivo conhecimento de todos os membros do Conselho de Administração da forma como se desenvolve a actividade da Comissão Executiva.
A actividade operacional da CORTICEIRA AMORIM está estruturada em cinco Unidades de Negócios (UN).
Assumindo um modelo de gestão assente num conceito de Holding Estratégico-Operacional, as UN são coordenadas pela Comissão Executiva da CORTICEIRA AMORIM, a qual dispõe de amplos poderes de gestão, com excepção dos que por força legal ou estatutária estão reservados ao Conselho de Administração.
O alinhamento estratégico de toda a Organização é potenciado pela utilização da metodologia do balanced scorecard na CORTICEIRA AMORIM e nas suas UN. Neste âmbito, compete ao Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM a aprovação dos objectivos e iniciativas estratégicas (i) transversais a toda a Organização, (ii) específicas da CORTICEIRA AMORIM e de cada UN.
Cada UN dispõe de um Conselho de Administração composto por membros não executivos e por membros executivos onde se inclui o Director-Geral da UN, sendo o órgão competente para a decisão de todas as matérias consideradas relevantes. O esquema abaixo apresenta a forma como actualmente se encontra organizada a estrutura de gestão do negócio:
As Áreas de Suporte estão orientadas para o acompanhamento e coordenação da actividade das UN e das respectivas áreas funcionais.
O acompanhamento de duas dessas Áreas – a Auditoria Interna e o Desenvolvimento Sustentável – é feito pelo Administrador Dr. Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira. O alinhamento de interesses e objectivos destas áreas com a restante Organização é garantido pelo reporte periódico que este Administrador faz ao Conselho de Administração. No que concerne às restantes Áreas de Suporte, o acompanhamento é feito pelos membros da Comissão Executiva, conforme ilustrado no esquema seguinte:
Com a frequência julgada conveniente/adequada, quer o Administrador responsável pela Área de Suporte, quer a Comissão Executiva, quer o próprio Conselho de Administração podem suscitar – e fazem-no efectivamente – a inclusão da análise da actividade desenvolvida pelas Áreas de Suporte, analisando-se em Conselho a necessidade/oportunidade de novas atribuições ou estratégias.
Também periodicamente – pelo menos uma rotação em cada mandato, é promovida a rotação dos Administradores que acompanham cada UN e cada área de Suporte, garantindo-se assim elevados padrões da actuação de cada uma destas estruturas, um constante desafio à acção nestas mesmas estruturas, em prol da sua actuação mais concertada com as restantes, mais prospectiva e inovadora.
Atendendo à particular criticidade e relevância que a função financeira tem na CORTICEIRA AMORIM – com participadas espalhadas pelos vários Continentes, vendas para mais de cem países (algumas denominadas na divisa do país destino) e um nível considerável de endividamento -, ao acompanhamento é feito a vários níveis, que se alinham através de um sistema de informação e reporte e também por reuniões de reflexão, debate e conclusões.
No exercício em apreço, competia ao Dr. António Rios de Amorim o acompanhamento da Área Financeira (em 2007: Dr. José Araújo Silva).
A Área Financeira encontra-se estruturada da seguinte forma:
O alinhamento de toda esta estrutura orgânica é garantido por:
Assim se assegura, por um lado, que o know-how inerente à função e ao seu exercício se consolide e se rentabilize em proveito da Sociedade, através de uma estrutura estável e, por outro, se acolha uma rotação da supervisão do pelouro financeiro, assumindo o Administrador responsável um papel de desafiador/potenciador de novas abordagens e práticas.
Ao nível do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, o objectivo principal consiste na visão integrada dos factores considerados críticos, pela rendibilidade e/ou riscos associados, para a criação sustentada de valor para a Sociedade e o Accionista.
A um nível operacional e pelas características específicas da actividade da CORTICEIRA AMORIM são identificados dois factores críticos, cuja gestão é da responsabilidade das UN, nomeadamente os riscos de mercado e de negócio e o factor matéria-prima (cortiça).
A gestão dos riscos de mercado e do negócio começa por ser assegurada pelas quatro UN com intervenção no mercado de produtos finais da CORTICEIRA AMORIM, ou seja, as UN Rolhas, Revestimentos, Aglomerados Compósitos e Isolamentos.
No planeamento estratégico destas UN, suportado pela metodologia do balanced scorecard, são identificados os factores chave para criação de valor seguindo numa lógica multiperspectiva, que engloba as perspectivas financeiras, de mercado/Clientes, de processos, e infra-estruturas.
Nesta lógica, são definidos os objectivos estratégicos e respectivas metas, bem como as iniciativas a desenvolver para as atingir.
A metodologia adoptada permite reforçar o alinhamento entre a estratégia delineada e o planeamento operacional onde se definem, para um horizonte temporal mais curto, as acções prioritárias a desenvolver para a redução de riscos e criação sustentada de valor. Nas UN estão implementados os processos que permitem o acompanhamento sistemático daquelas acções, as quais são sujeitas a monitorização periódica e a apreciação mensal em sede de Conselho de Administração da UN.
Atenta a criticidade, transversal a todas as UN, deste factor, a gestão da compra, armazenagem e preparação da única variável comum a todas as actividades da CORTICEIRA AMORIM que é a matéria-prima (cortiça) encontra-se reunida numa UN autónoma, permitindo:
Na dependência do Conselho de Administração, via acompanhamento pela Comissão Executiva ou por Administrador executivo, existem Áreas de Suporte com uma forte actuação na gestão de factores críticos, incluindo a prevenção e detecção de riscos, sendo de destacar neste âmbito a intervenção das Áreas Financeira, Desenvolvimento Organizativo/Planeamento e Controlo de Gestão e Auditoria Interna.
Por ser uma das empresas portuguesas mais internacionalizadas, além da gestão dos riscos de liquidez e de taxa de juro, a CORTICEIRA AMORIM atribui especial atenção à gestão do risco cambial.
A Área Financeira enquanto responsável pela prevenção, monitorização e gestão dos referidos riscos, tem como principais objectivos o apoio na definição e implementação estratégica global ao nível financeiro e a coordenação da gestão financeira das diferentes UN.
Esta área de suporte desenvolve um trabalho na redução dos riscos de funcionamento da Organização, sendo suas principais funções a avaliação e revisão dos sistemas de controlo interno, visando a optimização dos recursos e a salvaguarda do património, bem como o exame das actividades desenvolvidas, de forma a permitir aos órgãos de gestão um nível de segurança razoável de que os objectivos de negócio serão atingidos.
Relativamente à divulgação de informação financeira, a Sociedade promove a cooperação estreita entre todos os intervenientes no processo, de forma a que:
Realça-se ainda a existência de um Manual de Procedimentos de Controlo Interno, documento escrito, aprovado pela Administração, obrigatoriamente adoptado por todas as sociedades que constituem o Grupo CORTICEIRA AMORIM, que contém um conjunto de regras destinadas a garantir que, no processo de elaboração e divulgação de informação financeira, são adoptadas todas as regras atrás elencadas, em prol da qualidade, transparência e equidade na disseminação da informação.
No que concerne especificamente a operações de aumento de capital, o Conselho de Administração pode, nos termos do artigo 8.º dos Estatutos da Sociedade, por resolução tomada por unanimidade dos membros dele integrantes, decidir aumentar o capital social, por uma ou mais vezes, nas modalidades permitidas por lei, até ao montante de duzentos e cinquenta milhões de euros, competindo-lhe fixar os respectivos termos e condições, bem como a forma e os prazos de subscrição e realização.
O funcionamento do Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM respeita todas as regras de funcionamento a que se encontra sujeito, nomeadamente as previstas no Código das Sociedades Comerciais, nos Estatutos da Sociedade e nas normas regulamentares emanadas pela CMVM, o que consubstancia já um verdadeiro regulamento de funcionamento, adequado e propiciador do seu adequado funcionamento em prol da salvaguarda do empenho deste órgão colegial na prossecução eficiente dos interesses da Sociedade e de todos os seus Accionistas.
Acresce que, apesar da inexistência de tal regulamento interno formal, considera a CORTICEIRA AMORIM que os princípios de boa prática empresarial fazem parte dos valores empresariais salvaguardados tanto pelos membros deste órgão societário como pelos restantes Colaboradores que o apoiam e/ou assessoram.
Existe o Regulamento do Conselho Fiscal da Sociedade, o qual define que não podem ser eleitos ou designados membros do Conselho Fiscal:
(*) incluindo os cônjuges, parentes e afins na linha recta e até ao 3º grau, inclusive, na linha colateral, das pessoas impedidas;
(**) incluindo os cônjuges das pessoas abrangidas.
As regras aplicáveis à designação e substituição dos membros do órgão de administração são as previstas na Lei com as seguintes especificidades previstas nos Estatutos da Sociedade:
A eleição é realizada em listas, com especificação do cargo que competir a cada membro, sendo a votação feita em duas fases:
Primeira: procede-se à eleição isolada de um Administrador entre pessoas propostas em listas subscritas por grupos de Accionistas que reúnam entre 10 e 20% do capital social. Cada lista deve propor pelo menos duas pessoas elegíveis por cada um dos cargos a preencher, não podendo o mesmo accionista subscrever mais do que uma das listas. Se nesta eleição isolada forem apresentadas listas por mais de um grupo de Accionistas, a votação incidirá primeiro sobre o conjunto das listas, e, depois, sobre as pessoas indicadas na lista vencedora. As listas podem ser apresentadas até ao início da discussão, na assembleia geral, do ponto da ordem de trabalhos relativo à eleição dos membros do Conselho de Administração;
Segunda: a assembleia geral procede à eleição dos demais Administradores, podendo participar na respectiva deliberação todos os Accionistas presentes, tenham ou não subscrito ou votado qualquer das listas da primeira fase. A assembleia geral não pode proceder à eleição dos restantes Administradores enquanto não tiver sido eleita uma das pessoas propostas nas listas da primeira fase, salvo se não tiver sido proposta qualquer lista.
O mandato dos membros do Conselho de Administração dura por três anos civis. Findo o mandato, os Accionistas procedem obrigatoriamente à eleição dos membros do Conselho de Administração, que podem ser reeleitos uma ou mais vezes.
A Assembleia Geral anual, aquando da votação do relatório de gestão, das contas do exercício e da aplicação dos resultados, pode deliberar a destituição dos membros do Conselho de Administração, sem que haja lugar ao pagamento de qualquer indemnização ou compensação aos Administradores assim destituídos, independentemente de, para justificação de tal destituição, ter ou não sido invocada justa causa. No entanto, este mecanismo não produzirá os seus efeitos quanto ao membro do Conselho de Administração eleito ao abrigo das regras especiais de eleição descritas na primeira fase acima, caso, contra a deliberação de destituição tomada independentemente da invocação de justa causa que a justifique, tenham votado Accionistas que representem, pelo menos, vinte por cento do capital social.
As regras aplicáveis à designação e substituição dos membros do órgão de fiscalização são as previstas na Lei, nos Estatutos e no Regulamento do Conselho Fiscal da Sociedade:
A superveniência de algum dos motivos geradores de incompatibilidade ou de perda de independência (descritos no ponto 2.6 acima) implicam a caducidade da designação, devendo os membros do Conselho Fiscal comunicá-la, de imediato e por escrito, ao Conselho Fiscal, ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral e ao Conselho de Administração.
O Conselho de Administração, nos termos dos Estatutos da Sociedade reúne-se quando e onde o interesse social o exigir (artigo 28.º). Em 2008 realizaram-se 12 reuniões.
A Comissão Executiva reuniu-se 20 vezes ao longo de 2008.
O Conselho Fiscal reúne sempre que for convocado pelo Presidente ou por outros dois membros do Conselho e, pelo menos, todos os trimestres, nos termos do artigo 10.º do Regulamento deste órgão. Em 2008 realizaram-se 4 reuniões.
2.9. Identificação dos membros do Conselho de Administração e de outras comissões constituídas no seu seio, distinguindo-se os membros executivos dos não executivos e, de entre estes, discriminando os membros que cumprem as regras de incompatibilidade previstas no n.º 1 do artigo 414.º-A do Código das Sociedades Comerciais, com excepção da prevista na alínea b), e o critério de independência previsto no n.º 5 do artigo 414.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais.
| Conselho de Administração: | |
|---|---|
| Membros Executivos: | |
| Presidente: António Rios de Amorim | |
| Vice-Presidente: | Jorge Viriato de Freitas Barros Diniz Santos |
| Vogal: | Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira |
| Membros Não executivos: | |
| Vogal: | Joaquim Ferreira de Amorim |
| Vogal: | Luísa Alexandra Ramos Amorim |
| Vogal: | José da Silva Carvalho Neto |
| André de Castro Amorim | |
| Vogal: |
Presidente: António Rios de Amorim Vogal: Jorge Viriato de Freitas Barros Diniz Santos
Nenhum dos membros do Conselho de Administração ou da Comissão Executiva reúne a totalidade dos requisitos de independência preconizados pelo Regulamento CMVM 1/2007.
Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da CORTICEIRA AMORIM desde Março de 2001. Foi Administrador Delegado da Amorim & Irmãos (1996-2001), Administrador da Sociedade Figueira-Praia (1993-2006), responsável operacional da Amorim - Empreendimentos Imobiliários – promotora dos projectos Torres de Lisboa e Arrábida Shopping (1993-1995), Administrador Executivo da Amorim Hotéis, SA, com responsabilidade no desenvolvimento das cadeias Ibis e Novotel em Portugal. Degree of Commerce - Faculty of Commerce and Social Sciences – Universidade de Birmingham (1989) e, complementarmente, frequência do The Executive Program in Business Administration: Managing the Enterprise - Columbia University Graduate School of Business (1992), Managerial Skills for International Business – INSEAD (2001) e Executive Program in Strategy and Organization – Graduate School of Business Stanford University (2007). Foi associado da European Round Table of Industrialists – único grupo empresarial português a integrar esta associação (1991-1995). Presidente da Associação Portuguesa da Cortiça (desde 2002) e da Confédération Européenne du Liège (desde 2003). Em Fevereiro de 2006 foi distinguido, por Sua Excelência o Senhor Presidente da República, com a Comenda de Grande-Oficial da Ordem de Mérito Agrícola, Comercial e Industrial.
Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 29 de Março de 1990.
Data da primeira designação para Presidente do Conselho de Administração: 31 de Março de 2001.
Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2010.
A 31-12-2008 não detinha directamente acções da CORTICEIRA AMORIM.
Licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade de Luanda, iniciou a vida profissional em 1975 como Director de Serviços de Equipamentos e Oficinas da J.A.E.A. Em finais de 1990 aceitou o desafio da reorganização da INACOR SA, empresa produtora de isolamentos e revestimentos de cortiça adquirida pelo Grupo Amorim, tendo sido responsável pela concepção do plano de actuação estratégica a três anos, com o objectivo de gerar valor acrescentado consistente na cadeia produtiva da empresa e de a preparar para o futuro. Em meados de 1994, foi convidado a integrar a equipa de gestão da Corticeira Amorim - Indústria, S.A., com o objectivo de introduzir um modelo de gestão que gerasse valor acrescentado na cadeia de negócios da empresa. No segundo trimestre de 2001 integrou o Conselho de Administração da Amorim Revestimentos, S.A., com a missão de reestruturar as actividades desta Unidade de Negócios.
Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 28 de Março de 2008. Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2010. A 31-12-2008 não detinha acções da CORTICEIRA AMORIM.
Empresário e Administrador de empresas. Faz parte da terceira geração da Família Amorim e conta com cerca de 50 anos de actividade profissional na área da cortiça do Grupo. Integrou a equipa de gestão que nos anos 60 iniciou a verticalização do negócio da cortiça e que mais tarde, nos anos 80 e 90, investiu na internacionalização do negócio, conduzindo a CORTICEIRA AMORIM à liderança mundial do sector da cortiça.
Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 9 de Outubro de 1987
Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2010
A 31-12-2008 não detinha directamente acções da CORTICEIRA AMORIM.
Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa. Administrador não executivo da CORTICEIRA AMORIM, desde Março de 2003 até Setembro de 2005, passou a exercer funções executivas a partir desta data. Administrador não executivo de diversas empresas do Grupo Amorim (a partir de 2000) e Administrador executivo da Barrancarnes (2000-2005). Após um ano na área comercial da Møre Codfish (Noruega), integrado no programa Comett e um estágio na Merril Lynch (Londres), iniciou a sua actividade profissional no Grupo Banco Comercial Português onde, durante três anos, colaborou nas áreas de Estudos e Planeamento, Área Internacional e Fundos de Investimento.
Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 28 de Março de 2003
Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2010
A 31-12-2008 não detinha acções da CORTICEIRA AMORIM.
Licenciatura (DESE) em Marketing pelo ISAG. Administradora da Amorim – Investimentos e Participações (desde 2002). Direcção executiva da Natureza, S.G.P.S (desde 2002) e Direcção de Marketing da J. W. Burmester (2000-2002). Iniciou a sua actividade profissional no Grupo Amorim como Assistente de Direcção Hoteleira na Amorim Hotéis e Serviços e na Sociedade Figueira Praia (1996-1997), tendo colaborado em diversas áreas de negócios do Grupo, em Portugal e no estrangeiro, entre 1998 e 2000.
Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 28 de Março de 2003
Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2010.
A 31-12-2008 não detinha acções da CORTICEIRA AMORIM.
Licenciado em Engenharia Química pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Desde Janeiro de 2004, Administrador de diversas empresas do Grupo Amorim. Iniciou a sua actividade profissional na Mabor Portugal, posteriormente integrada no Grupo Continental, onde ao longo de 30 anos e meio de actividade desempenhou as seguintes funções: Chefia de Pessoal e Direcção de Recursos Humanos na Mabor Portugal (treze anos); Director de Produção da Mabor Portugal (quatro anos); Director e Administrador de Fábrica da Mabor em Luanda - Angola (dezoito meses); Director Comercial da Continental e Mabor em Portugal (dois anos); Director de Projecto de Reestruturação, Administrador e Presidente do Grupo Continental – pneumáticos -, em Portugal (oito anos) e Presidente do Grupo Continental no México.
Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 31 de Março de 2006
Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2010.
A 31-12-2008 não detinha acções da CORTICEIRA AMORIM.
Empresário e Administrador de empresas. Faz parte da quarta geração da Família Amorim. Tendo terminado a sua formação na European Business School of London, Reino Unido, em 2005 (possui o Diploma BA (Hons) in International Business and Management Studies e de Master of Arts in Entrepreneurial Management), exerce, desde então, cargos de administração em diversas empresas.
Data da primeira designação para o Conselho de Administração: 28 de Março de 2008
Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2010
A 31-12-2008 detinha directamente 259 038 acções da CORTICEIRA AMORIM.
2.11. Funções que os membros do órgão de administração exercem em outras sociedades, discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo grupo.
| Empresa | Cargo Exercido |
|---|---|
| Grupo CORTICEIRA AMORIM | |
| Amorim Natural Cork, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim Florestal España, SL | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim & Irmãos IV, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim & Irmãos, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim & Irmãos, SGPS, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim & Irmãos VI, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim Florestal – Espanha, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim Industrial Solutions – Ind. de Cortiça e Borracha I, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim Isolamentos, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim Revestimentos, SA | Vice-Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim Cork Composites, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim Cork Research, Lda. | Gerente |
| Francisco Oller, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Korken Schiesser GmbH | Gerente |
| Oller et Cie | Vogal do Conselho de Administração |
| Société Nouvelle des Bouchons Trescasses, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Outras Sociedades | |
| Afaprom – Sociedade Agro-Florestal, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Agolal, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim, SGPS, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim Capital, SGPS, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim Desenvolvimento, SGPS, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim – Investimentos e Participações, SGPS, SA | Segundo Vice-Presidente do Conselho de |
| Administração | |
| Amorim – Serviços e Gestão, SA | Presidente da Comissão de Remunerações |
| Bomsobro, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Caneicor, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Chapius, SL | Presidente do Conselho de Administração |
| Cimorim - Sociedade Agro-Florestal, S.A. | Vogal do Conselho de Administração |
| Corpóreo – Compra e Venda de Imóveis, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Fruticor, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Interfamília II, SGPS, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Luxor, SGPS, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Mirantes e Freires, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Olimpíadas Barcelona 92, SL | Presidente do Conselho de Administração |
| Resiféria – Construções Urbanas, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| S21 – Sociedade de Investimento Imobiliário, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Outros Organismos | |
| Associação Portuguesa da Cortiça | Presidente da Direcção |
| Confédération Européenne du Liège | Presidente do Conselho de Administração |
EGP – University of Porto Business School Membro do Conselho Geral
| Empresa | Cargo Exercido | |
|---|---|---|
| Grupo CORTICEIRA AMORIM | ||
| Amorim Cork GMBH | Gerente | |
| Amorim Benelux, BV | Gerente | |
| Amorim Cork Distribution Netherlands, BV | Gerente | |
| Amorim Flooring Austria GesmbH | Director | |
| Amorim Revestimentos, S.A. | Presidente do Conselho de Administração | |
| Amorim Japan Coorporation | Director | |
| Amorim Flooring Nordic A/S | Director | |
| Amorim Flooring (Switzerland) AG | Presidente do Conselho de Administração | |
| Amorim Deutschland, GmbH & Co. KG | Gerente |
| CORCEMA Verwaltungs GmbH | Gerente |
|---|---|
| Amorim Revestimientos, S.A. | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim Industrial Solutions - Indústria de Cortiça e Borracha I, S.A. | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim Wood Suplies, GmbH | Gerente |
| Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A. | Vice-Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim Cork Composites, S.A. | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim & Irmãos, S.G.P.S., S.A. | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim & Irmãos, S.A. | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim Natural Cork, S.A. | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim Cork Research, Lda | Gerente |
| Dom KorKowy, Sp. Zo. O. | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim Flooring North America Inc | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim Flooring Investment Inc | Presidente do Conselho de Administração |
| USFloors Inc. | Observador do Órgão de Administração |
S.A.M. Clignet & Cie Presidente do Conselho Fiscal
Amorim – Investimentos e Participações, SGPS, SA Primeiro Vice-Presidente do Conselho
Amorim Capital, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração Amorim Desenvolvimento, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração Amorim – Entertainment e Gaming Internacional, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração Amorim Turismo, SGPS, SA Vice-Presidente do Conselho de Administração Amorim Turismo - Imobiliária, SGPS, SA Vice-Presidente do Conselho de Administração Ancarin Investimentos Imobiliários e Financeiros, SA Presidente do Conselho de Administração Casa de Mozelos Gestão de Imóveis, SA Presidente do Conselho de Administração CHT – Casino Hotel de Tróia, SA Vogal do Conselho de Administração Evalesco, SGPS, SA Presidente do Conselho de Administração Florinvest – Sociedade Agrícola, SA Presidente do Conselho de Administração FozPatrimónio – Sociedade Imobiliária e Turísitca, SA Vogal do Conselho de Administração Goldtur – Hotéis e Turismo, S.A. Vogal do Conselho de Administração Grano Salis – Investimentos Turísticos, Jogo e Lazer, SA Vogal do Conselho de Administração Interfamilia II, SGPS, SA Presidente do Conselho Administração Investife - Investimentos Imobiliários, SA Presidente do Conselho de Administração Investife, SGPS, S.A. Presidente do Conselho de Administração Muchbeta, SA Presidente do Conselho de Administração Norbrasin, Investimentos Imobiliários, SA Presidente do Conselho de Administração Prifalésia – Construção e Gestão de Hotéis, SA Vogal do Conselho de Administração Resinfe – Investimentos e Promoção Imobiliária, SA Vice-Presidente do Conselho de Administração Return – Investimentos Hoteleiros e Jogo, SA Vogal do Conselho de Administração Sociedade Agrícola Triflor, SA Presidente do Conselho de Administração Sociedade Figueira Praia, SA Vogal do Conselho de Administração Tróia Península Investimentos, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
Amorim & Irmãos, SGPS, SA Vice-Presidente do Conselho de Administração Amorim & Irmãos, S.A. Vice-Presidente do Conselho de Administração
Administração Turyleader, SGPS, SA Vogal do Conselho de Administração
| Empresa | Cargo Exercido |
|---|---|
| Outras Sociedades | |
| Amorim Desenvolvimento, SGPS, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim - Investimentos e Participações, SGPS, SA | Vogal da Comissão de Remunerações |
| Amorim – Serviços e Gestão, SA | Vogal da Comissão de Remunerações |
| Natureza – Investimentos e Participações, Lda. | Gerente |
| Empresa | Cargo Exercido | |
|---|---|---|
| Outras Sociedades | ||
| Amorim Desenvolvimento, SGPS, SA | Vogal do Conselho de Administração | |
| Amorim - Investimentos e Participações, SGPS, SA | Vogal do Conselho de Administração | |
| Bucozal – Investimentos Imobiliários e Turísticos, Lda | Gerente | |
| Interfamília II, SGPS, SA | Vogal do Conselho de Administração | |
| Quinta Nova de Nossa Senhora Carmo – Sociedade Agrícola, | Gerente | |
| Comercial e Turística, Lda | ||
| Empresa | Cargo Exercido |
|---|---|
| Outras Sociedades | |
| Alqueva Verde, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim Broking – Investimentos e Participações Financeiras, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Amorim Desenvolvimento, SGPS, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Amorim Energia, BV | Director |
| Amorim Negócios Internacionais, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| AmoriImgest, Lda | Gerente |
| Bucozal – Investimentos Imobiliáiros e Turísticos, lda | Gerente |
| Caribbean Seafood – trading e Marketing, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| IInvestimentos Ibéricos, SGPS, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Imoluanda, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Paisagem do Alqueva, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Natureza – Investimenos e Participações, Lda. | Gerente |
| Power, Oil & Gas Investments, BV | Director |
| Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo – Sociedade Agrícola, | Gerente |
| Comercial e Turística, Lda | |
| Recato da Madeira – Investimentos Financeiros e Gestão, SA | Presidente do Conselho de Administração |
| Viscolatex – Indústria e Comércio de Fios Têxteis, Lda. | Gerente |
| World Fun Telecom – Redes de Telefonia, Lda | Gerente |
| Empresa Cargo Exercido |
|
|---|---|
| Outras Sociedades | |
| EVALESCO, SGPS, SA | Vice-Presidente do Conselho de |
| Administração/CEO | |
| INVESTIFE, SGPS, SA | Vice-Presidente do Conselho de Administração |
| INVESTIFE - Investimentos Imobiliários, SA | Vice-Presidente do Conselho de Administração |
| FLORINVEST, Sociedade Agrícola, SA | Vice-Presidente do Conselho de Administração |
| NORBRASIN, Investimentos Imobiliários, SA | Vice-Presidente do Conselho de Administração |
| ANCARIN, Investimentos Imobiliários e Financeiros, SA | Vice-Presidente do Conselho de Administração |
| CASA DE MOZELOS, Gestão de Imóveis, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| SOCIEDADE AGRÍCOLA TRIFLOR, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| INACOM, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| MUCHBETA, SA | Vogal do Conselho de Administração |
2.12. Identificação dos membros do conselho fiscal, discriminando-se os membros que cumprem as regras de incompatibilidade previstas no n.º 1 do artigo 414.º-A e o critério de independência previsto no n.º 5 do artigo 414.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais.
| Presidente: | Durval Ferreira Marques |
|---|---|
| Vogal: | Joaquim Alberto Hierro Lopes |
| Vogal: | Gustavo José de Noronha da Costa Fernandes |
| Vogal Suplente: Alberto Manuel Duarte de Oliveira Pinto |
Todos os membros do Conselho Fiscal, efectivos e suplente, cumprem as regras de incompatibilidade previstas no n.º 1 do artigo 414.º-A e o critério de independência previsto no n.º 5 do artigo 414.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais.
Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, exerceu funções de docente no Ensino Técnico e de Assistente Técnico na Direcção Geral do Bano de Angola. Ao longo de 25 anos ocupou, na África do Sul, cargos de administração em empresas dos sectores financeiro, seguros, comunicação e indústria. Foi também representante da Associação Empresarial de Portugal na África do Sul e em Moçambique.
Nos últimos cinco anos vem exercendo cargos de administração em várias empresas portuguesas.
Data da primeira designação para o Conselho Fiscal: 28 de Maio de 2007.
Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2010.
A 31-12-2008 não detinha acções da CORTICEIRA AMORIM.
Bacharel em Contabilidade e Administração pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, licenciado em Matemática pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Mestre em Gestão de Empresas, pela Universidade do Porto, frequentou o curso de preparação para Revisores Oficiais de Contas e o Curso de Direito Fiscal. Exerceu actividades de docente na Universidade do Porto; foi Presidente do Conselho Directivo e Membro do Conselho Científico do ISAG - Instituto Superior de Administração e Gestão. Exerceu cargos de alta direcção e cargos sociais em várias sociedades nacionais e internacionais. Nos últimos anos assumiu a administração/direcção de várias sociedades do Grupo GED, sendo Administrador Executivo da GED Partners deste Março de 2008. É também membro de órgãos sociais de várias sociedades.
Data da primeira designação para o Conselho Fiscal: 28 de Maio de 2007.
Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2010.
A 31-12-2008 não detinha acções da CORTICEIRA AMORIM.
Advogado em Santa Maria da Feira. Exerceu vários cargos superiores da Ordem dos Advogados: membro do Conselho Distrital do Porto (1992-1995), do Conselho Superior (2002-2004) e do Conselho de Deontologia do Porto (2005-2007). Exerce advocacia e é gerente da sociedade de advogados Gustavo Fernandes, Domingos Leite e Associados.
Data da primeira designação para o Conselho Fiscal: 28 de Maio de 2007.
Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2010.
A 31-12-2008 não detinha acções da CORTICEIRA AMORIM.
Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, Mestre em História de África pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ao longo dos últimos anos tem sido docente em vários estabelecimentos de ensino superior: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências e tecnologia da Universidade de Coimbra, universidade Independente e Universidade Autónoma de Lisboa. É autor de vários ensaios e estudos académicos, bem como de obras de ficção.
Data da primeira designação para o Conselho Fiscal: 28 de Maio de 2007.
Data do termo de mandato: 31 de Dezembro de 2010.
A 31-12-2008 não detinha acções da CORTICEIRA AMORIM.
| Durval Ferreira Marques (Presidente): | |
|---|---|
| Empresa | Cargo Exercido |
| Outras Sociedades | |
| CIFIAL, SGPS, SA | Presidente da Mesa da Assembleia Geral |
| Joaquim Alberto Hierro Lopes (Vogal): | |
| Empresa | Cargo Exercido |
| Outras Sociedades | |
| Aleastur – Asturiana de Aleaciones, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| GED Iberian Private Equity, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| GED Partners II, SL | Vogal do Conselho de Administração |
| GED Sur Capital, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Neckicesa Packaging, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Serlima Services, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Soprattuto Cafés, SA | Vogal do Conselho de Administração |
| Gustavo José de Noronha da Costa Fernandes (Vogal): | |
| Empresa | Cargo Exercido |
| Outras Sociedades | |
| Gustavo Fernandes, Domingos Leite e Associados | Gerente |
| Cínica Alcaide, Lda. | Gerente |
| Alberto Oliveira Pinto (Vogal Suplente): |
| Empresa | Cargo Exercido | |
|---|---|---|
| Outras Sociedades | ||
| CIMPOMÓVEL IMOBILIÁRIA, SA | Membro do Conselho Fiscal |
2.15. a 2.17 – Não aplicáveis ao modelo dos órgãos sociais da CORTICEIRA AMORIM.
2.18. Descrição da política de remuneração, incluindo, designadamente, os meios de alinhamento dos interesses dos Administradores com o interesse da sociedade e a avaliação do desempenho, distinguindo os Administradores executivos dos não executivos, e um resumo e explicação da política da sociedade relativamente aos termos de compensações negociadas contratualmente ou através de transacção em caso de destituição e outros pagamentos ligados à cessação antecipada dos contratos.
A forma como se encontra estruturada a política de remunerações procura promover o alinhamento dos interesses Administradores com os interesses da Sociedade e assenta sobretudo numa base fixa, com uma componente variável que é função dos resultados da actividade desenvolvida e da situação económica e financeira da Sociedade.
A atribuição da componente variável da remuneração aos membros executivos do Conselho de Administração, que corresponde a um prémio de desempenho, resulta da verificação do grau de cumprimento das metas, objectivos e iniciativas estratégicos e acções prioritárias definidos num plano a três anos, com as respectivas declinações anuais, monitorizável através do sistema de Balanced Scorecard (informação adicional – ponto 2.3 – Estrutura de gestão do negócio). Esta metodologia pondera indicadores financeiros e não financeiros para a avaliação do desempenho, sendo os prémios de desempenho determinados em função do grau de cumprimento dos objectivos e metas, definidos para períodos de três anos, com declinação anual.
A Comissão de Remunerações da CORTICEIRA AMORIM é composta por um Presidente e dois Vogais, cargos ocupados a 31 de Dezembro de 2008 por:
Todos os membros desta Comissão se consideram independentes. Nem os membros desta Comissão nem os seus respectivos cônjuges, parentes e afins em linha recta até ao 3.º grau, inclusive, exercem cargos nos órgãos de administração na CORTICEIRA AMORIM ou nas suas participadas.
Não se registava, a 31 de Dezembro de 2008, diferimento do pagamento de qualquer componente variável da remuneração.
b) Informação suficiente sobre a ligação entre a remuneração e o desempenho. Identificação dos principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários:
Conforme descrito no ponto 2.18 anterior.
A componente variável da remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração corresponde a um prémio de desempenho que decorre da verificação objectiva do grau de cumprimento das metas, objectivos e iniciativas estratégicos e acções prioritárias definidos no plano estratégico da Sociedade (horizonte temporal: três anos) e suas declinações anuais.
No que concerne ao exercício de 2008, da análise do grau de cumprimento de tais metas concluiu-se pela atribuição de um prémio aos membros executivos do Conselho de Administração no valor total de 73 770 euros.
c) Informação suficiente sobre os critérios em que se baseia qualquer direito a acções, a opções sobre acções ou a componentes variáveis da remuneração. Atribuição de acções e/ou direitos de adquirir opções sobre acções e/ou qualquer outro sistema de incentivos com acções:
Não foram atribuídas acções e/ou direitos de adquirir opções sobre acções. Não existe nenhum sistema de incentivos que preveja a atribuição de acções.
Em 2008, os membros do Conselho Fiscal da CORTICEIRA AMORIM auferiram remuneração fixa totalizando 42 900 euros, atribuídos e pagos pela própria Sociedade. Não lhes foram atribuídos ou pagos quaisquer outros montantes, seja a que título for, por outras empresas que integrem o Grupo CORTICEIRA AMORIM.
2.21. Indicação, em termos individuais, dos montantes cujo pagamento esteja previsto, independentemente da sua natureza, em caso de cessação das funções durante o mandato, quando excedam o dobro da remuneração mensal fixa.
Em caso de cessação das funções durante o mandato, não está previsto, independentemente da sua natureza, o pagamento de montantes superiores ao dobro da remuneração mensal fixa a nenhum membro dos órgãos societários da CORTICEIRA AMORIM.
Compete ao Conselho Fiscal da CORTICEIRA AMORIM, nos termos do respectivo regulamento de funcionamento, receber as comunicações de irregularidades apresentadas por Accionistas, Colaboradores da Sociedade ou por outras pessoas/entidades, dando-lhes o tratamento adequado.
As comunicações deverão ser dirigidas ao:
Morada - Sede social da Sociedade: Rua de Meladas, n.º 380 – Apartado 20 4536-902 MOZELOS
assegurando a Sociedade que o conteúdo das comunicações recebidas é, em primeiro lugar, do conhecimento do Conselho Fiscal (a nenhum Colaborador da Sociedade está autorizada a abertura de correspondência dirigida especificamente a este órgão social ou a qualquer um dos seus membros individualmente identificados).
Compete ao Conselho Fiscal analisar as comunicações recebidas, solicitar aos restantes órgãos sociais e estruturas da Sociedade os esclarecimentos necessários à situação reportada, sendo competente para, face a cada situação concreta:
Em todo o processo se garante a não divulgação da identidade dos comunicadores, excepto se estes expressamente não pretendam tal tratamento.
É convicção da CORTICEIRA AMORIM que (i) a atribuição de tal competência ao Conselho Fiscal – órgão integralmente constituído por membros independentes, garantindo assim a análise e tratamento imparcial de irregularidades que possam ser comunicadas à Sociedade -, (ii) a não imposição da forma que deve assumir tal comunicação, deixando ao critério do declarante a utilização do suporte que julgue mais adequado a tal comunicação, (iii) a obrigação de se assegurar a protecção de dados (cumprindo escrupulosamente as indicações do declarante em matéria de confidencialidade) e de Colaboradores, constituem medidas que, mantendo a simplicidade da comunicação, salvaguardam os direitos quer do declarante quer dos Colaboradores da Sociedade e efectivamente promovem a investigação e o esclarecimento imparcial das situações declaradas.
3.1. Estrutura de capital, incluindo indicação das acções não admitidas à negociação, diferentes categorias de acções, direitos e deveres inerentes às mesmas e percentagem de capital que cada categoria representa.
O capital social da CORTICEIRA AMORIM cifra-se em 133 milhões de euros, representado por 133 milhões de acções ordinárias de valor nominal de 1 euro, que conferem direito a dividendos.
Estão admitidas à negociação na Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. a totalidade das acções emitidas pela Sociedade.
3.2. Participações qualificadas no capital social do emitente, calculadas nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários.
| Accionista | Acções Detidas | Participação |
|---|---|---|
| (quantidade) | (%) | |
| Amorim Capital, SGPS, SA | 90.162.161 | 67,791% |
| Luxor - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. | 3.069.230 | 2,308% |
| Portus Securities - Sociedade Corretora, Lda. | 7.400.000 | 5,564% |
| Directamente | 6.400.000 | 4,812% |
| Via Accionista/Gestor | 1.000.000 | 0,752% |
| Bestinver Gestión, SGIIC, S.A por imputação de: | 6.752.309 | 5,077% |
| BESTINVER BOLSA, F.I. | 4.541.582 | 3,415% |
| BESTINFOND F.I. | 1.267.969 | 0,953% |
| BESTINVER MIXTO, F.I. | 545.929 | 0,410% |
| SOIXA SICAV, S.A. | 163.296 | 0,123% |
| TEXRENTA INVERSIONES SICAV, S.A. | 31.111 | 0,023% |
| CORFIN INVERSIONES SICAV, S.A. | 25.103 | 0,019% |
| RODAON INVERSIONES, SICAV, S.A. | 21.602 | 0,016% |
| TIBEST CINCO, SICAV, SA | 18.965 | 0,014% |
| INVERS. EN BOLSA SIGLO XXI, SICAV, S.A. | 17.209 | 0,013% |
| ATON INVERSIONES SICAV, SA | 13.384 | 0,010% |
| TIGRIS INVERSIONES, SICAV, SA | 11.805 | 0,009% |
| MERCADAL DE VALORES SICAV, SA | 11.691 | 0,009% |
| H202 Inversiones SICAV, S.A. | 10.875 | 0,008% |
| DIVALSA DE INVERSIONES SICAV, SA | 10.491 | 0,008% |
| PASGOM INVERSIONES, SICAV, S.A. | 9.645 | 0,007% |
| ENTRECAR INVERSIONES, SICAV, S.A. | 8.971 | 0,007% |
| ACCS., CUPS. Y OBS. SEGOVIANAS, SICAV, S.A. | 7.224 | 0,005% |
| Cartera Millennium SICAV, S.A. | 6.592 | 0,005% |
| CAMPO DE ORO, SICAV, S.A. | 5.576 | 0,004% |
| LINKER INVERSIONES, SICAV, SA | 5.359 | 0,004% |
| HELDALIN INVERSIONES SICAV, S.A. | 4.133 | 0,003% |
| ZAMARRON SICAV, S.A. | 4.068 | 0,003% |
Relação dos Accionistas titulares de participações sociais qualificadas, à data de 31 de Dezembro de 2008:
| Total de Participações Qualificadas | 107.383.700 | 80,740% |
|---|---|---|
| IBERFARMA SICAV, S.A. | 2.569 | 0,002% |
| TAWARZAR 2-S2 SICAV, S.A. | 3.440 | 0,003% |
| Opec Inversiones, SICAV, S.A. | 3.720 | 0,003% |
A Amorim - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A., detém, à data de 31 de Dezembro de 2008, uma participação qualificada indirecta na CORTICEIRA AMORIM, de 90 162 161 acções correspondente a 67,791% do capital social da Sociedade. A referida participação indirecta é detida através da Amorim Capital - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. A Amorim – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. é detida a 100% pela Interfamília II, S.G.P.S., S.A.
De referir que, em 31 de Dezembro de 2008, a Sociedade possuía 2 589 334 acções próprias.
Informação adicional: conforme divulgação efectuada em 30 de Janeiro de 2009, o Commerzbank AG detém 9 203 387 acções (6,92%) da CORTICEIRA AMORIM, indirectamente através do Dresdner Bank AG, desde 12 de Janeiro de 2009.
3.3. Identificação de Accionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos. Não existem acções da Sociedade ou titulares de acções com direitos especiais.
3.4. Eventuais restrições à transmissibilidade das acções, tais como cláusulas de consentimento para a alienação, ou limitações à titularidade de acções.
Os Estatutos da Sociedade não impõem quaisquer restrições à transmissibilidade das acções.
3.5. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto.
Tanto quanto é do conhecimento da Sociedade, não existem quaisquer acordos parassociais que possam conduzir às mencionadas restrições.
As regras aplicáveis à alteração dos Estatutos da Sociedade são as previstas na Lei com a seguinte especificidade prevista nos seus Estatutos: a Administração da Sociedade é exercida por um Conselho de Administração composto por um Presidente, um Vice-Presidente e um a nove Vogais, podendo esta disposição estatutária ser alterada apenas por deliberação de maioria de Accionistas correspondente a dois terços do capital social.
3.7. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes. Não estão previstos, neste âmbito, quaisquer mecanismos de controlo.
3.8. Descrição da evolução da cotação das acções do emitente, tendo em conta, designadamente:
a) A emissão de acções ou de outros valores mobiliários que dêem direito à subscrição ou aquisição de acções. Em 2008 não foram emitidas acções ou outros valores que conferissem direito à subscrição ou aquisição de acções.
c) Anúncio do pagamento de dividendos efectuado por categoria de acções com indicação do valor líquido por acção.
70
Informação adicional sobre a evolução da cotação das acções da CORTICEIRA AMORIM: Capítulo 6 do Relatório Consolidado de Gestão.
3.9. Descrição da política de distribuição de dividendos adoptada pela sociedade, identificando, designadamente, o valor do dividendo por acção distribuído nos três últimos exercícios.
Em cada exercício económico, a CORTICEIRA AMORIM pondera, face à envolvente da sua actividade, nomeadamente os resultados líquidos obtidos, o nível de endividamento e as perspectivas futuras de necessidades de investimento e de financiamento visando o desejável equilíbrio económico-financeiro, a proposta de aplicação de resultados do exercício a submeter à aprovação da Assembleia Geral
| Evolução dos Dividendos da CORTICEIRA AMORIM - 2005 a 2007 | ||||
|---|---|---|---|---|
| Unidade | 2005 | 2006 | 2007 | |
| Pagos/colocados à disposição em | 28-04-2006 | 30-04-2007 | 28-04-2008 | |
| Dividendo total | mil € | 6.650 | 7.315 | 7.980 |
| % s/ Resultados (payout ratio) | % | 42,2% | 36,4% | 34,3% |
| Dividendo por acção | € | 0,050 | 0,055 | 0,060 |
| % s/ Valor nominal da acção | % | 5,00% | 5,50% | 6,00% |
| % s/ cotação a 31 de Dezembro | % | 3,38% | 2,81% | 3,06% |
3.10. Descrição das principais características dos planos de atribuição de acções e dos planos de atribuição de opções de aquisição de acções adoptados ou vigentes no exercício em causa, designadamente justificação para a adopção do plano, categoria e número de destinatários do plano, condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de acções, critérios relativos ao preço das acções e o preço de exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas, características das acções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição de acções e ou o exercício de opções e competência do órgão de administração para a execução e ou modificação do plano.
A CORTICEIRA AMORIM não adoptou nem tem vigente qualquer plano de atribuição de acções ou de atribuição de opções de aquisição de acções.
Considera-se, no entanto que, a proporem-se tais planos, estes devem ser submetidos a deliberação pela Assembleia Geral de Accionistas.
3.11. Descrição dos elementos principais dos negócios e operações realizados entre, de um lado, a sociedade e, de outro, os membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo, desde que sejam significativos em termos económicos para qualquer das partes envolvidas, excepto no que respeita aos negócios ou operações que, cumulativamente, sejam realizados em condições normais de mercado para operações similares e façam parte da actividade corrente da sociedade.
Não foram realizados operações ou negócios significativos nos termos previstos neste ponto.
A CORTICEIRA AMORIM assegura, através do Departamento de Relações com o Mercado, a existência de um permanente contacto com o Mercado, respeitando o princípio da igualdade de Accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à informação por parte dos Investidores.
O Departamento de Relações com o Mercado, supervisionado pelo Representante para as Relações com o Mercado da CORTICEIRA AMORIM exerce, designadamente, as seguintes funções:
Das acções desenvolvidas em 2008, no âmbito do contacto com investidores, destacam-se as seguintes:
A CORTICEIRA AMORIM tem vindo a utilizar as tecnologias de informação de que dispõe para divulgação periódica de informação económico-financeira, nomeadamente dos relatórios de análise da evolução da actividade e dos resultados obtidos, bem como na resposta a questões específicas levantadas pelos Investidores.
Em 2009, passam também a ser disponibilizadas as actas e informação estatística sobre as presenças dos Accionistas na Assembleia Geral (nos termos da comunicação da CMVM 156/EMIT/DMEI/2009/515), no prazo máximo de cinco dias úteis após a realização da Assembleia Geral. Recuperou-se e mantém um acervo histórico superior a três anos.
O acesso a este Departamento pode ser feito pelo telefone 22 747 54 00, pelo fax 22 747 54 07 ou pelo endereço de correio electrónico [email protected].
A CORTICEIRA AMORIM disponibiliza no sítio www.corticeiraamorim.com um vasto conjunto de informação sobre a sua estrutura societária, sobre a sua actividade e sobre a evolução dos seus negócios, dando assim integral cumprimento ao disposto no artigo 4.º do Regulamento da CMVM n.º 1/2007.
A função de Representante para as Relações com o Mercado da CORTICEIRA AMORIM é desempenhada pela Sra. Dra. Cristina Rios de Amorim Baptista.
3.13. Indicação do montante da remuneração anual paga ao auditor e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede suportada pela sociedade e ou por pessoas colectivas em relação de domínio ou de grupo e, bem assim, discriminação da percentagem respeitante aos seguintes serviços:
| Serviço | Valor (mil euros) | % |
|---|---|---|
| Revisão legal de contas | 396 | 68,8 |
| Outros serviços de garantia de fiabilidade | 61 | 10,5 |
| Serviços de consultoria fiscal | 0 | 0 |
| Outros serviços | 120 | 20,7 |
| Total | 577 | 100,0 |
A rubrica Outros serviços compreende essencialmente apoio à implementação de mecanismos administrativos para o cumprimento de formalismos estabelecidos na lei.
No âmbito destes serviços, estas Entidades não assumem a liderança dos projectos subjacentes, a qual é sempre assumida pelo departamento apropriado da CORTICEIRA AMORIM, não se colocando portanto questões relativas à independência da actuação das mesmas.
CORTICEIRA AMORIM, não tendo a referida empresa transaccionado acções da CORTICEIRA AMORIM em 2008.
iii) A Sociedade Agrícola Triflor, S.A., na qual os Srs. Joaquim Ferreira de Amorim e Dr. André de Castro Amorim, Administradores da CORTICEIRA AMORIM, exerciam funções de administração, detinha 285.956 acções da CORTICEIRA AMORIM, não tendo a referida sociedade transaccionado acções da CORTICEIRA AMORIM em 2008.
A sociedade Amorim Capital - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. era detentora, à data de 31 de Dezembro de 2008, de 90.162 161 acções da CORTICEIRA AMORIM, correspondentes a 67,791% do capital social.
O Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.
| António Rios de Amorim | |
|---|---|
| Presidente do Conselho de Administração | |
| Jorge Viriato de Freitas Barros Diniz Santos | |
| Vice-Presidente do Conselho de Administração | |
| Joaquim Ferreira de Amorim | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| Luísa Alexandra Ramos Amorim | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| José da Silva Carvalho Neto | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| André de Castro Amorim | |
| Vogal do Conselho de Administração |
| Mil euros | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| NOTAS | 2008 | 2007 | |||
| Activo | |||||
| Activos Fixos Tangíveis | VIII | 179.777 | 176.130 | ||
| Propriedades de Investimento | VIII | 9.349 | 9.709 | ||
| Goodwill | IX | 13.498 | 13.304 | ||
| Investimentos em Associadas | V e X | 10.427 | 2.906 | ||
| Activos Fixos Intangíveis | VIII | 808 | 632 | ||
| Outros activos financeiros | X | 2.490 | 2.265 | ||
| Impostos diferidos | X I |
8.224 | 9.225 | ||
| Activos Não Correntes | 224.573 | 214.171 | |||
| Inventários | XII | 205.659 | 227.415 | ||
| Clientes | XIII | 103.423 | 114.132 | ||
| Impostos a recuperar | XIV | 20.322 | 20.981 | ||
| Outros Activos | X V |
16.148 | 12.922 | ||
| Caixa e equivalentes | XVI | 4.596 | 6.393 | ||
| Activos Correntes | 350.149 | 381.843 | |||
| Total do Activo | 574.722 | 596.014 | |||
| Capitais Próprios | |||||
| Capital social | XVII | 133.000 | 133.000 | ||
| Acções próprias | XVII | -2.501 | -2.463 | ||
| Reservas e outras componentes do capital próprio | XVII | 100.480 | 82.036 | ||
| Resultado Líquido do Exercício | 6.153 | 23.245 | |||
| Interesses Minoritários | XVIII | 9.593 | 9.573 | ||
| Total dos Capitais Próprios | 246.724 | 245.390 | |||
| Passivo | |||||
| Dívida Remunerada | XIX | 118.266 | 162.994 | ||
| Outros empréstimos obtidos e credores diversos | XXI | 7.728 | 6.521 | ||
| Provisões | XXX | 4.732 | 5.202 | ||
| Impostos diferidos | X I |
5.002 | 4.827 | ||
| Passivos Não Correntes | 135.728 | 179.544 | |||
| Dívida Remunerada | XIX | 109.292 | 75.180 | ||
| Fornecedores | X X |
33.267 | 49.155 | ||
| Outros empréstimos obtidos e credores diversos | XXI | 37.955 | 36.344 | ||
| Estado e outros entes Públicos | XXII | 11.756 | 10.402 | ||
| Passivos Correntes | 192.270 | 171.081 | |||
| Total do Passivo e Capitais Próprios | 574.722 | 596.014 |
I - DO ANO
| Mil euros | |||
|---|---|---|---|
| NOTAS | 12M08 | 12M07 | |
| Vendas | VII | 468.289 | 453.770 |
| Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas | 241.371 | 230.806 | |
| Variação de produção | -5.406 | -3.588 | |
| Margem Bruta | 221.512 | 219.376 | |
| 47,9% | 48,7% | ||
| Fornecimento e Serviços Externos | XXIII | 78.804 | 75.637 |
| Custos com Pessoal | XXIV | 93.296 | 87.806 |
| Depreciações | VIII | 21.109 | 21.139 |
| Ajustamentos de imparidade de Activos | XXV | 2.051 | 441 |
| Outros proveitos (+) e custos (-) operacionais | XXVI | -707 | 2.633 |
| Resultados operacionais (EBIT) | 25.545 | 36.986 | |
| Juros Líquidos | XXVII | -13.376 | -11.289 |
| Ganhos (perdas) em associadas | X | 454 | 269 |
| Resultados antes de impostos | 12.623 | 25.966 | |
| Imposto sobre os resultados | X I |
5.502 | 1.487 |
| Resultados após impostos | 7.121 | 24.479 | |
| Interesses minoritários | XVIII | 968 | 1.234 |
| Resultado líquido atribuív el aos accionistas da Corticeira Amorim |
6.153 | 23.245 | |
| Resultado por acção - Básico e Diluído (euros por acção) | XXXIV | 0,047 | 0,178 |
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 4T2008 | 4T2007 | |
| Vendas | 103.348 | 100.912 |
| Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas | 52.975 | 51.211 |
| Variação de produção | -154 | 695 |
| Margem Bruta | 50.219 | 50.395 |
| 48,7% | 49,6% | |
| Fornecimento e Serviços Externos | 20.075 | 19.386 |
| Custos com Pessoal | 24.588 | 22.192 |
| Depreciações | 4.258 | 4.813 |
| Ajustamentos de imparidade de Activos | 1.107 | -837 |
| Outros proveitos (+) e custos (-) operacionais | -944 | 3.826 |
| Resultados operacionais (EBIT) | -754 | 8.666 |
| Juros Líquidos | -3.351 | -2.913 |
| Ganhos (perdas) em associadas | -125 | -255 |
| Resultados antes de impostos | -4.231 | 5.498 |
| Imposto sobre os resultados | -4 | -3.133 |
| Resultados após impostos | -4.227 | 8.631 |
| Interesses minoritários | 83 | 122 |
| Resultado líquido atribuív el aos accionistas da Corticeira Amorim |
-4.310 | 8.509 |
| Resultado por acção - Básico e Diluído (euros por acção) | -0,033 | 0,065 |
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 12M2008 | 12M2007 | |
| Vendas | 468.289 | 453.770 |
| Custo das Vendas Margem Bruta |
329.594 138.695 |
312.841 140.929 |
| Custos de Marketing e Vendas Custos de Distribuição |
42.391 24.258 |
38.413 24.090 |
| Custos das Áreas de Suporte e Outros Resultados operacionais (EBIT) |
46.501 25.545 |
41.440 36.986 |
| Juros Líquidos Ganhos (perdas) em associadas |
-13.376 454 |
-11.289 269 |
| Resultados antes de impostos | 12.623 | 25.966 |
| Imposto sobre os resultados | 5.502 | 1.487 |
| Resultados após impostos | 7.121 | 24.479 |
| Interesses minoritários | 968 | 1.234 |
| Resultado líquido atribuív el aos accionistas da Corticeira Amorim |
6.153 | 23.245 |
| Resultado por acção - Básico e Diluído (euros por acção) | 0,047 | 0,178 |
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| ACTIVIDADES OPERACIONAIS | reexpresso | |
| Recebimentos de clientes | 506 921 | 485 591 |
| Pagamentos a fornecedores | - 390 298 | - 434 588 |
| Pagamentos ao Pessoal | - 93 564 | - 86 627 |
| Fluxo gerado pelas operações | 23 058 | - 35 624 |
| Pagamento/recebimento do imposto s/ o rendimento | - 2 233 | - 2 796 |
| Outros rec./pag. relativos à actividade operacional | 43 935 | 77 507 |
| FLUXOS DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS | 64 761 | 39 088 |
| ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO | ||
| Recebimentos provenientes de: | ||
| Activos fixos Corpóreos | 1 407 | 1 296 |
| Investimentos financeiros | 65 | 51 |
| Juros e Proveitos relacionados | 401 | 296 |
| Subsídios de investimento | 3 622 | 780 |
| Dividendos | 100 | 1 |
| Pagamentos respeitantes a: | ||
| Activos fixos Corpóreos | - 27 440 | - 23 983 |
| Investimentos financeiros Activos Incorpóreos |
- 8 999 - 279 |
- 3 729 - 425 |
| FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTOS | - 31 124 | - 25 714 |
| ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO | ||
| Recebimentos provenientes de: | ||
| Empréstimos obtidos | 0 | 15 079 |
| Outros | 316 | 150 |
| Pagamentos respeitantes a: | ||
| Empréstimos obtidos | - 8 472 | 0 |
| Juros e custos similares | - 15 939 | - 10 207 |
| Dividendos | - 8 401 | - 9 038 |
| Aquisições de acções (quotas) próprias | - 69 | - 7 |
| Outros | - 571 | - 1 169 |
| FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO | - 33 136 | - 5 192 |
| Variações de caixa e seus equivalentes | 501 | 8 182 |
| Efeito das diferenças de câmbio | - 155 | - 179 |
| Variação de perímetro | 0 | 0 |
| Caixa e seus equivalentes no início do período | - 2 835 | - 10 837 |
| Caixa e seus equivalentes no fim do período | - 2 488 | - 2 835 |
| Mil euros | |||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Sald o Inicial |
Alterações no Perímetro |
Afectação do Resultado N-1 |
Dividendos Distribuídos |
Resultado N |
Aumentos Diminuições | Diferenças de Conversão |
Sald o F inal |
||
| 31 de Dezembro de 2008 | |||||||||
| Capitais Próprios : | |||||||||
| Capital | 133.000 | - | - | - | - | - | - | - | 133.000 |
| Acções (Quotas) Próprias - Valor Nominal | -2.568 | - | - | - | - | - | -22 | - | -2.589 |
| Acções (Quotas) Próprias - Desc. e Prémios | 105 | - | - | - | - | - | -16 | - | 88 |
| Prémios de Emissão de Acções | 38.893 | - | - | - | - | - | - | - | 38.893 |
| Ajustamento de transição para IFRS | -12.312 | - | - | - | - | 3694 | -57 | - | -8.675 |
| Ajust. de Contabilidade de Cobertura | -219 | - | - | - | - | 3491 | - | - | 3.272 |
| Reserv as |
0 | ||||||||
| Reserv as Legais |
7.445 | - | - | - | - | - | - | - | 7.445 |
| Outras Reserv as |
49.909 | - | 23.245 | -7.824 | - | -3293 | - | - | 62.037 |
| Diferença de Conv ersão Cambial |
-1.681 | - | - | - | - | - | - | -812 | -2.493 |
| 212.572 | 0 | 23.245 | -7.824 | 0 | 3.892 | -95 | -812 | 230.978 | |
| Resultado Líquido do Exercício | 23.245 | - -23.245 | - | 6.153 | - | - | - | 6.153 | |
| Interesses Minoritários | 9.573 | 260 | - | -571 | 968 | 389 | - | -1.026 | 9.593 |
| Total do Capital Próprio | 245.390 | 260 | 0 | -8.395 | 7.121 | 4.281 | -95 | -1.838 | 246.724 |
| 31 de Dezembro de 2007 | |||||||||
| Capitais Próprios : | |||||||||
| Capital | 133.000 | - | - | - | - | - | - | - | 133.000 |
| Acções (Quotas) Próprias - Valor Nominal | -2.548 | - | - | - | - | - | -19 | - | -2.568 |
| Acções (Quotas) Próprias - Desc. e Prémios | 123 | - | - | - | - | - | -19 | - | 105 |
| Prémios de Emissão de Acções | 38.893 | - | - | - | - | - | - | - | 38.893 |
| Ajustamento de transição para IFRS | -12.866 | - | - | - | - | 434 | - | 120 | -12.312 |
| Ajust. de Contabilidade de Cobertura | -177 | - | - | - | - | 68 | -110 | - | -219 |
| Reserv as |
|||||||||
| Reserv as Legais |
7.445 | - | - | - | - | - | - | - | 7.445 |
| Outras Reserv as |
37.120 | - | 20.104 | -7.175 | - | -140 | - | - | 49.909 |
| Diferença de Conv ersão Cambial |
-982 | - | - | - | - | - | - | -699 | -1.681 |
| 200.008 | 0 | 20.104 | -7.175 | 0 | 362 | -148 | -579 | 212.572 | |
| Resultado Líquido do Exercício | 20.104 | - -20.104 | - | 23.245 | - | - | - | 23.245 | |
| Interesses Minoritários | 10.648 | - | - | -1980 | 1.234 | 2542 | -2820 | -51 | 9.573 |
| Total do Capital Próprio | 230.760 | 0 | 0 | -9.155 | 24.479 | 2.904 | -2.968 | -630 | 245.390 |
| I. | NOTA INTRODUTÓRIA82 | |
|---|---|---|
| II. | RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 82 | |
| III. | GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO 87 | |
| IV. | ESTIMATIVAS E PRESSUPOSTOS CRÍTICOS 89 | |
| V. | EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO90 | |
| VI. | CÂMBIOS UTILIZADOS NA CONSOLIDAÇÃO92 | |
| VII. | RELATO POR SEGMENTOS 92 | |
| VIII. | ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS 95 | |
| IX. | GOODWILL 96 | |
| X. | ASSOCIADAS E OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS96 | |
| XI. | IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 97 | |
| XII. | INVENTÁRIOS 98 | |
| XIII. | CLIENTES 99 | |
| XIV. | IMPOSTOS A RECUPERAR 99 | |
| XV. | OUTROS ACTIVOS99 | |
| XVI. | CAIXA E EQUIVALENTES100 | |
| XVII. | CAPITAL E RESERVAS 100 | |
| XVIII. | INTERESSES MINORITÁRIOS 101 | |
| XIX. | DÍVIDA REMUNERADA101 | |
| XX. | FORNECEDORES102 | |
| XXI. | OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS E CREDORES DIVERSOS 102 | |
| XXII. | ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 103 | |
| XXIII. | FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS103 | |
| XXIV. | CUSTOS COM PESSOAL 104 | |
| XXV. | AJUSTAMENTO DE IMPARIDADE DE ACTIVOS 104 | |
| XXVI. | OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS104 | |
| XXVII. | JUROS LÍQUIDOS 105 | |
| XXVIII. | AQUISIÇÕES DE PARTICIPAÇÕES105 | |
| XXIX. | TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS105 | |
| XXX. | GARANTIAS, CONTINGÊNCIAS E COMPROMISSOS106 | |
| XXXI. | CÂMBIOS CONTRATADOS COM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO106 | |
| XXXII. | REMUNERAÇÕES DOS AUDITORES 107 | |
| XXXIII. | SAZONALIDADE DA ACTIVIDADE 107 | |
| XXXIV. | OUTRAS INFORMAÇÕES 107 |
A CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A. (adiante designada apenas por CORTICEIRA AMORIM, designação que poderá também abranger o conjunto da CORTICEIRA AMORIM SGPS e suas participadas) resultou da transformação da CORTICEIRA AMORIM, S.A., numa sociedade gestora de participações sociais ocorrida no início de 1991 e cujo objecto é a gestão das participações do Grupo Amorim no sector da cortiça.
A CORTICEIRA AMORIM não detém directa ou indirectamente interesses em propriedades onde se faça o cultivo e exploração do sobreiro, árvore fornecedora da cortiça, principal matéria-prima usada nas suas unidades transformadoras. A aquisição da cortiça faz-se num mercado aberto, onde interagem múltiplos agentes, tanto do lado da procura como da oferta.
A actividade da CORTICEIRA AMORIM estende-se desde a aquisição e preparação da cortiça, até à sua transformação num vasto leque de produtos derivados de cortiça. Abrange também a comercialização e distribuição, através de uma rede própria presente em todos os grandes mercados mundiais.
A CORTICEIRA AMORIM é uma empresa Portuguesa com sede em Mozelos, Santa Maria da Feira, sendo as acções representativas do seu capital social de 133 000 000 Euros cotadas na Euronext Lisboa – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas em Conselho de Administração do dia 16 de Fevereiro de 2009.
Excepto quando mencionado, os valores monetários referidos nestas Notas são apresentados em milhares de euros (mil euros = k euros = K€).
Alguns valores referidos nestas Notas poderão apresentar pequenas diferenças relativamente à soma das partes ou a valores expressos noutros pontos destas Notas; tal facto deve-se ao tratamento automático dos arredondamentos necessários à sua elaboração.
As principais políticas contabilísticas usadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas foram consistentemente usadas em todos os períodos apresentados nestas demonstrações e de que se apresenta em seguida um resumo.
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, mantidas de acordo com os princípios contabilísticos locais, ajustados no processo de consolidação de modo a que estejam em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia em vigor a 1 de Janeiro de 2008. Para o efeito foi considerado como data de transição do normativo local o dia 1 de Janeiro de 2004.
São considerados como empresas do Grupo, muitas vezes designadas também como subsidiárias, as empresas nas quais a CORTICEIRA AMORIM detenha directa ou indirectamente mais de 50% dos direitos de voto, ou detenha o poder de controlar a respectiva gestão, nomeadamente nas decisões da área financeira e operacional.
As empresas do Grupo são consolidadas pelo método integral (também chamado "linha-a-linha"), sendo a parte de terceiros correspondente ao respectivo Capital Próprio e Resultado Líquido apresentado no Balanço consolidado e na Demonstração de Resultados consolidada respectivamente na rubrica de "Interesses Minoritários". A data de inicio de consolidação ou de desconsolidação, deverá normalmente coincidir com o inicio ou fim do trimestre em que estiveram reunidas as condições para esse efeito.
Os prejuízos atribuíveis a minoritários durante o exercício, sê-lo-ão até à medida em que façam anular o valor constante da mesma rubrica do balanço, situação a partir da qual todo o prejuízo superveniente será absorvido pela CORTICEIRA AMORIM. Numa situação de inversão de prejuízos, a CORTICEIRA AMORIM reconhecerá a totalidade dos lucros até que a parte dos minoritários de prejuízos absorvidos pela CORTICEIRA AMORIM em exercícios anteriores tenha sido recuperada, situação a partir da qual se retomará a repartição normal dos lucros.
Nos casos excepcionais em que, havendo capacidade financeira, haja uma obrigação dos minoritários de quinhoar a sua quota-parte dos prejuízos, a respectiva contrapartida, esgotada que seja o saldo do balanço, será reconhecido como um saldo a receber no activo consolidado da CORTICEIRA AMORIM.
Na aquisição de empresas do Grupo será seguido o método de compra. O custo de aquisição é mensurado pelo justo valor dos activos dados em troca, dos passivos assumidos, dos instrumentos de capital próprio emitidos para o efeito e ainda por todos os custos de transacção incorridos. Os activos e passivos identificáveis, bem como os passivos contingentes assumidos na aquisição serão mensurados inicialmente pelo justo valor à data de aquisição. O excesso do custo de aquisição sobre o justo valor da parte da CORTICEIRA AMORIM dos activos e passivos identificáveis adquiridos será reconhecido como Goodwill e reconhecido como um activo. Se o referido custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos e passivos adquiridos, deverá a respectiva diferença ser reconhecida como um ganho do exercício.
As transacções, saldos, dividendos e mais-valias internas realizadas entre empresas do Grupo são eliminadas. As menos-valias internas são também eliminadas, a não ser que haja evidência de que a transacção subjacente reflecte uma efectiva perda por imparidade.
São consideradas como empresas associadas as empresas onde a CORTICEIRA AMORIM tem uma influência significativa mas não o controlo da gestão. Em termos jurídicos esta influência acontece normalmente nas empresas em que a participação se situa entre os 20% e os 50% dos direitos de voto. Os investimentos em associadas são registados pelo método de equivalência patrimonial (MEP). De acordo com este método os investimentos em associadas são registados, de inicio, ao custo, incluindo o respectivo Goodwill identificado à data de aquisição. Subsequentemente o referido custo será ajustado por quaisquer imparidades do valor do Goodwill que venham a ser apuradas, bem como pela apropriação da parte proporcional dos resultados da associada, por contrapartida de resultados de exercício na rubrica "Ganhos (perdas) em associadas". Aquele valor será também ajustado pelos dividendos recebidos da associada, bem como pela parte proporcional das variações patrimoniais registada na associada, por contrapartida da rubrica de "Reservas". Quando a parte da CORTICEIRA AMORIM nos prejuízos acumulados de uma associada exceder o valor do investimento, cessará o reconhecimento dos prejuízos, excepto se houver um compromisso de o fazer sendo, neste caso, o respectivo passivo registado numa conta de provisões para riscos e encargos.
As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em milhares de euros. Sendo o euro a divisa legal em que está estabelecida a empresa-mãe, e sendo esta a divisa em que são conduzidos cerca de dois terços dos negócios, o euro é considerada a moeda funcional e de apresentação de contas da CORTICEIRA AMORIM.
Todos os activos e passivos expressos em outras divisas foram convertidos para euros, utilizando as taxas de câmbio das datas de balanço. As diferenças de câmbio resultantes das diferenças de taxa de câmbio em vigor nas datas das transacções e as das datas das respectivas liquidações na data de balanço, foram registadas como ganho ou perda do exercício pelo seu valor líquido.
Os valores activos e passivos das demonstrações financeiras das subsidiárias cuja divisa de reporte seja diferente do euro, foram convertidas para euros, utilizando os câmbios das datas de balanço, sendo a conversão dos respectivos custos e proveitos feita à taxa média do respectivo exercício/período.
Os bens do activo fixo tangível são originalmente registados ao custo histórico de aquisição acrescido das despesas imputáveis à compra ou produção, incluindo, quando pertinente, os encargos financeiros que lhes tenham sido atribuídos durante o respectivo período de construção ou instalação e que são capitalizados até ao momento de entrada em funcionamento do respectivo bem.
Como parte da alocação do justo valor dos activos e passivos identificáveis num processo de aquisição de empresas do Grupo (IFRS 3) e relativamente aos terrenos e edifícios das empresas filiais foi efectuada, com referência a 1 de Janeiro de 1991, para as empresas já anteriormente integradas na CORTICEIRA AMORIM e na data de aquisição para as adquiridas posteriormente, uma avaliação a preços de mercado, por técnicos independentes.
Ao abrigo do parágrafo 16 do IFRS 1, e com data de 01/01/2004, foi efectuada uma revalorização de equipamentos fabris específicos e materialmente relevantes, totalmente depreciados ou que o estariam a curto prazo e dos quais se espera uma utilização produtiva a médio ou longo prazo.
As depreciações são calculadas segundo o método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos, que reflectem satisfatoriamente a respectiva vida útil esperada:
| Número de anos | |
|---|---|
| Edifícios | 20 a 50 |
| Equipamento básico | 6 a 10 |
| Equipamento de transporte | 4 a 7 |
| Equipamento administrativo | 4 a 8 |
A depreciação inicia-se no começo do exercício em que o respectivo bem entrou em funcionamento, excepto para grandes projectos de investimento para os quais o início de depreciação coincide com a respectiva entrada em laboração. Os valores residuais e as vidas úteis esperadas são revistas periodicamente e ajustadas, se apropriado, à data do balanço.
As despesas correntes com a manutenção e reparação são registadas como custo no exercício em que decorrem. As beneficiações que aumentem o período de vida útil estimado, ou dos quais se espera um aumento material nos benefícios futuros decorrentes da sua efectivação, são capitalizados.
Em caso de perda de imparidade, o valor do activo fixo tangível é ajustado em consonância, sendo o respectivo ajuste considerado uma perda do exercício.
Os ganhos e perdas registados na venda de um activo fixo tangível são incluídos no resultado do exercício. Os valores relativos a uma revalorização de um activo fixo tangível, incluídos numa conta de Reservas de Reavaliação, são transitados para Reservas no momento da venda desse activo.
Inclui o valor de custo de terrenos e edifícios não afectos à actividade produtiva.
O Goodwill representa o excesso do custo de aquisição em empresas do Grupo e Associadas e a quota-parte do justo valor dos activos líquidos identificáveis à data de aquisição dessas empresas. Se positiva, essa diferença será incluída no activo na rubrica de "Goodwill". Se negativa será considerada um ganho do exercício.
O Goodwill deverá ser testado anualmente para efeitos de imparidade, sendo qualquer perda imputada a custos do respectivo exercício e o respectivo valor activo ajustado nessa medida.
As existências encontram-se valorizadas pelo menor dos valores de aquisição ou produção e de mercado. O custo de aquisição engloba o respectivo preço de compra adicionado dos gastos suportados directa e indirectamente para colocar o bem no seu estado actual e no local de armazenagem. Sempre que o preço de mercado é inferior ao custo de aquisição ou de produção, essa diferença é expressa pelo ajustamento para depreciação de existências, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram.
As quantidades existentes no final do exercício/período foram determinadas a partir dos registos contabilísticos confirmados por contagem física. As saídas e existências de matérias-primas e subsidiárias são valorizadas ao custo médio de aquisição e as de produtos acabados e em curso ao custo médio de produção que inclui os custos directos e indirectos de fabrico incorridos nas próprias produções.
As dívidas de clientes e outras a receber são registadas pelo seu valor nominal, ajustadas subsequentemente por eventuais perdas por imparidade de modo a que reflictam o seu valor realizável. As referidas perdas são registadas na conta de resultados no exercício em que se verifiquem.
Os valores a médio e longo prazo são actualizados usando uma taxa de desconto semelhante à taxa de juro de financiamento da CORTICEIRA AMORIM para períodos semelhantes.
O montante incluído em "Caixa e equivalentes a caixa" compreende os valores de caixa, depósitos à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria com vencimento inferior a três meses, e para os quais os riscos de alteração de valor não é significativo. Inclui ainda os valores a descoberto de contas de depósitos bancários.
Inclui o valor dos empréstimos onerosos obtidos. Eventuais despesas atribuíveis à entidade emprestadora, são deduzidos à dívida e reconhecidos ao longo do período de vida do empréstimo, de acordo com a taxa de juro efectiva.
Os juros de empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo à medida em que são incorridos. No caso particular de investimentos em imobilizado, e somente para os projectos que à partida se espere se prolonguem por um período superior a 12 meses, os juros correspondentes à dívida resultante desse mesmo projecto, serão capitalizadas integrando assim o valor registado para esse activo específico. Essa contabilização será descontinuada no momento da finalização ou quando esse mesmo projecto se encontre numa fase de suspensão.
O imposto sobre o rendimento apresentado na demonstração dos resultados consolidados é determinado com base no resultado líquido contabilístico, ajustado de acordo com a legislação fiscal, considerando para efeitos fiscais cada uma das filiais isoladamente, à excepção dos constituintes de regimes fiscais especiais.
Reconhece-se, ao nível do balanço consolidado e da demonstração dos resultados consolidados, a diferença que aparecer resultante da consolidação, entre os impostos imputáveis ao exercício e aos exercícios anteriores e os impostos já pagos ou a pagar para o conjunto das empresas referentes a esses exercícios, desde que seja provável que daí resulte, para uma empresa consolidada, um encargo efectivo ou um proveito recuperável num futuro previsível (método da responsabilidade de balanço).
A generalidade dos empregados portugueses da CORTICEIRA AMORIM estão abrangidos por um plano de pensões de contribuição definida, o qual é complementar ao regime geral de segurança social em vigor em Portugal. Os empregados em subsidiárias estrangeiras, (cerca de 25% do total de empregados da CORTICEIRA AMORIM), ou estão cobertos unicamente por regimes locais de segurança social, ou beneficiam de regimes complementares quer de contribuição definida quer de benefício definido.
No plano de contribuição definida, os contributos são reconhecidos como uma despesa com o pessoal quando exigíveis. O Passivo reconhecido no Balanço, relativo aos planos de benefício definido, corresponde ao valor presente das obrigações definidas menos o valor dos activos que lhe são afectos. Este valor é determinado geralmente por especialistas em fundos de pensões.
A CORTICEIRA AMORIM reconhece um passivo e o respectivo custo no exercício relativamente aos bónus atribuíveis a um conjunto alargado de quadros. Estes benefícios são baseados em fórmulas que têm em conta, não só o cumprimento de objectivos individuais, bem como o cumprimento por parte da CORTICEIRA AMORIM de um nível de resultados fixado previamente.
São reconhecidos como provisões quando a CORTICEIRA AMORIM tem uma obrigação presente, legal ou implícita, resultante de um evento passado, e seja provável que desse facto resulte uma saída de recursos e que esse montante possa ser estimado com fiabilidade.
Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. São reconhecidas provisões para reestruturação sempre que para essa reestruturação haja um plano detalhado e tenha havido comunicação às partes envolvidas.
Os proveitos decorrentes de vendas compreendem o valor, líquido de imposto sobre o valor acrescentado, obtido pela venda de produtos acabados e mercadorias diminuído do valor das devoluções, abates e descontos concedidos, incluindo os relativos a pronto pagamento. São ainda ajustados pelos valores de correcções relativos a exercícios anteriores relativos a vendas.
Os serviços prestados são imateriais e correspondem, na generalidade, à recuperação de custos incorridos associados à venda de produtos.
O proveito relativo a uma venda é reconhecido quando os riscos e vantagens significativos decorrentes da posse do activo transaccionado são transferidos para o comprador e o seu montante possa ser estimado com fiabilidade, sendo o respectivo valor actualizado quando recebível a mais de um ano.
Os subsídios recebidos referem-se na generalidade a investimentos em activos fixos tangíveis. Se a fundo perdido são considerados como proveitos diferidos quando recebidos, sendo apresentados como outros proveitos operacionais na demonstração de resultados durante o período de vida útil estimado para os activos em causa. Se reembolsáveis e vencendo juros são considerados como Dívida remunerada, sendo considerados como Outros empréstimos obtidos quando não vencem juros. Neste caso os valores a médio longo prazo são actualizados usando uma taxa de desconto semelhante à taxa de juro de financiamento da CORTICEIRA AMORIM para prazos semelhantes.
Sempre que um contrato indicie a transferência substancial dos riscos e dos benefícios inerentes ao bem em causa para a CORTICEIRA AMORIM, a locação será classificada como financeira.
Todas as outras locações são consideradas como operacionais, sendo os respectivos pagamentos registados como custos do exercício.
A CORTICEIRA AMORIM utiliza instrumentos financeiros derivados, tais como contratos de câmbio à vista e a prazo, opções e swaps, somente para cobertura dos riscos financeiros a que está exposta. A CORTICEIRA AMORIM não utiliza instrumentos financeiros derivados para especulação. A empresa adopta a contabilização de acordo com contabilidade de cobertura (hedge accounting) respeitando integralmente o disposto nos normativos respectivos. A negociação dos instrumentos financeiros derivados é realizada, em nome das empresas individuais, pelo departamento de tesouraria central (Sala de Mercados), obedecendo a normas aprovadas pela respectiva Administração. Os instrumentos financeiros derivados são inicialmente reconhecidos no balanço ao seu custo inicial e depois remensurados ao seu justo valor. No que diz respeito ao reconhecimento, a contabilização faz-se da seguinte forma:
Para as relações de cobertura classificadas como cobertura de justo valor e que são determinadas pertencerem a uma cobertura eficaz, ganhos ou perdas resultantes de remensurar o instrumento de cobertura ao justo valor são reconhecidos em resultados juntamente com variações no justo valor do item coberto que são atribuíveis ao risco coberto.
Para as relações de cobertura classificadas como cobertura de fluxos de caixa e que são determinadas pertencerem a uma cobertura eficaz, ganhos ou perdas no justo valor do instrumento de cobertura são reconhecidas no capital próprio; a parte ineficaz será reconhecida directamente nos resultados.
Actualmente, a empresa não considera a realização de coberturas cambiais sobre investimentos líquidos em unidades operacionais estrangeiras (subsidiárias).
A CORTICEIRA AMORIM tem bem identificada a natureza dos riscos envolvidos, documenta exaustiva e formalmente as relações de cobertura, garantindo através dos seus sistemas de informação, que cada relação de cobertura seja acompanhada pela descrição da política de risco da empresa; objectivo e estratégia para a cobertura; classificação da relação de cobertura; descrição da natureza do risco que está a ser coberto; identificação do instrumento de cobertura e item coberto; descrição da mensuração inicial e futura da eficácia; identificação da parte do instrumento de cobertura, se houver, que será excluída da avaliação da eficácia.
A empresa considerará o desreconhecimento nas situações em que instrumento de cobertura expirar for vendido, terminar ou exercido; a cobertura deixar de preencher os critérios para a contabilidade de cobertura; para a cobertura de fluxos de caixa, a transacção prevista deixa de ser altamente provável ou deixa de ser esperada; por razões de gestão a empresa decide cancelar a designação de cobertura.
A actividade da CORTICEIRA AMORIM está exposta a uma variedade de riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco cambial e risco taxa de juro), risco de crédito, risco de liquidez e risco de capital.
A CORTICEIRA AMORIM opera em vários mercados internacionais, estando, por isso, exposta aos efeitos resultantes das variações cambiais das divisas em que opera localmente. Da totalidade das suas vendas cerca de 30% são denominadas em divisas diferentes da sua divisa de reporte (Euro). Daquela parcela quase metade é relativa ao USD, estando o restante concentrado no rand sul-africano, peso chileno, libra esterlina, dólar australiano e coroa dinamarquesa. Cerca de 90% das compras de bens e serviços é denominada em euros, sendo o restante composto na sua quase totalidade por compras em USD.
O risco cambial resulta não só dos efeitos das variações cambiais no valor dos activos e passivos denominados em divisa não-euro, como também dos efeitos das futuras transacções comerciais já acordadas (encomendas) e ainda dos investimentos líquidos em unidades operacionais situadas em países onde a divisa não é o euro.
A Administração da CORTICEIRA AMORIM estabeleceu uma política de cobertura de risco cambial que aponta para uma cobertura total dos activos resultantes das suas vendas nas principais divisas e dos passivos resultantes das suas compras em USD. Relativamente às encomendas até 90 dias os responsáveis das Unidades de Negócio decidirão conforme a evolução efectiva dos mercados cambiais. Para as coberturas relativas a encomendas a mais de 90 dias que os responsáveis das UN considerarem relevantes a decisão será do âmbito da Administração da CORTICEIRA AMORIM. No último trimestre de 2008, face à grave conjuntura económica, e tendo em atenção o orçamento para 2009, a Administração da CORTICEIRA AMORIM decidiu cobrir o risco cambial relativo ao USD. Tendo em consideração os valores favoráveis do câmbio do USD na altura fizeram-se várias operações de cobertura usando opções com prémio, tendo ficado coberto parte significativa do risco cambial da actividade de 2009.
À data de 31 de Dezembro de 2008, qualquer variação que tivesse ocorrido no câmbio das principais divisas face ao Euro, não teria efeito material em termos do valor dos activos e passivos financeiros em virtude das coberturas existentes. Relativamente ao efeito sobre as encomendas cobertas, este seria registado em Capitais Próprios. Em termos de cobertura de investimento líquido em subsidiárias/associadas, dado a CORTICEIRA AMORIM não considerar a realização de coberturas cambiais sobre os mesmos, qualquer variação cambial face aos câmbios de fecho, teria um efeito imediato no valor dos Capitais Próprios. Dada à relativa imaterialidade do valor dos investimentos líquidos em subsidiárias, o efeito em termos de Capitais Próprios consolidados resultantes da não realização da respectiva cobertura de risco, variou nos últimos exercícios num intervalo estreito (2008: -2 493 K€, 2007: -1 681 K€, 2006: -982 K€, 2005: +698 K€).
A Administração da CORTICEIRA AMORIM não tem considerado nos últimos exercícios a hipótese de cobertura de risco relativamente a variação da taxa de juro. Em consequência, toda a dívida remunerada vence juros a taxa variável. O risco taxa de juro resulta, essencialmente, dos empréstimos obtidos a médio e longo prazo, os quais representavam no final de exercício cerca de 52% do total da dívida remunerada (2007: 70%). À data de 31 de Dezembro de 2008, por cada 0,1% de variação nas taxas de juro de empréstimos denominadas em euros, o efeito no resultado líquido da CORTICEIRA AMORIM seria cerca de -220 K€.
O risco de crédito resulta, no essencial, dos saldos a receber de clientes resultantes de transacções comerciais. O risco de crédito cliente é avaliado pelas Direcções Financeiras das empresas operacionais, tendo em conta o histórico de relação comercial, a sua situação financeira, bem como outras informações que possam ser obtidas através da rede de negócios da CORTICEIRA AMORIM. Os limites de crédito estabelecidos são regularmente analisados e revistos, se necessário. O risco de crédito está naturalmente diminuído face à dispersão das vendas por um número muito elevado de clientes, espalhados por todos os continentes, não representando qualquer um mais do que 2,5% das vendas totais.
A cobertura do risco de liquidez, definida como a capacidade para responder a responsabilidades assumidas, é feito, no essencial, pela existência ao nível central, de um conjunto de linhas de crédito imediatamente disponíveis. Estas facilidades asseguram à CORTICEIRA AMORIM uma capacidade de liquidar posições num prazo bastante curto, permitindo a necessária flexibilidade na condução dos seus negócios.
Com base nos fluxos de caixa esperados, a reserva de liquidez, composta no essencial por linhas de crédito não utilizadas, terá a seguinte evolução estimada.
| Milhões de euros | |
|---|---|
| 2009 | |
| Saldo inicial | 121 |
| Recebimentos operacionais | 500 |
| Pagamentos operacionais | -428 |
| Pagamentos de investimentos | -27 |
| Pagamentos de juros e dividendos | -11 |
| Pagamentos de empréstimos | -40 |
| Utilização adicional de linhas de crédito | 20 |
| Saldo final | 135 |
O objectivo primordial da Administração é assegurar a continuidade das operações, proporcionando uma adequada remuneração aos Accionistas e os correspondentes benefícios aos restantes stakeholders da CORTICEIRA AMORIM. Para a prossecução deste objectivo é fundamental uma gestão cuidadosa dos capitais empregues no negócio, procurando assegurar uma estrutura óptima dos mesmos, conseguindo desse modo a necessária redução do seu custo. No sentido de manter ou ajustar a estrutura de capitais considerada adequada, a Administração pode propor à Assembleia Geral dos Accionistas as medidas consideradas necessárias e que podem passar por ajustar o pay-out relativo aos dividendos a distribuir, transaccionar acções próprias, aumentar o capital social por emissão de acções e venda de activos entre outras medidas.
O indicador utilizado para monitorar a estrutura de capitais é o rácio de Autonomia Financeira. A Administração tem considerado 40% como sendo o valor indicativo de uma estrutura óptima, atendendo às características da empresa e do sector económico em que se enquadra. Considera ainda que, conforme as condições objectivas da conjuntura económica em geral e do sector em particular, aquele rácio não deverá situar-se fora do intervalo 35%-45%. A Autonomia Financeira apresentou a seguinte evolução:
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Capital Próprio a 31 Dez. | 246 724 | 245 390 |
| Activo a 31 Dez. | 574 722 | 596 014 |
| Autonomia Financeira | 42,9% | 41,2% |
A subida do ratio da Autonomia Financeira entre 2007 e 2008, deveu-se, no essencial à diminuição do total do balanço.
Os derivados usados pela CORTICEIRA AMORIM, não sendo transaccionados em mercado, não têm cotação. O respectivo justo valor é calculado através de um modelo proprietário da CORTICEIRA AMORIM desenvolvido pela Reuters. O valor dos activos a receber de clientes e terceiros em geral, ajustado pelas respectivas perdas por imparidade, bem como os passivos de fornecedores e terceiros em geral estão registados a valores que se julgam representar o seu justo valor. Os valores passivos relativos a subsídios ao investimento não remunerados, bem como passivos a médio e longo prazo não remunerados foram actualizados usando uma taxa semelhante à taxa média da dívida remunerada da CORTICEIRA AMORIM no final do exercício (5,31%).
No decurso dos registos contabilísticos necessários à determinação do valor do património e do rédito, as empresas constituintes da CORTICEIRA AMORIM fazem uso de estimativas e pressupostos relativos a eventos cujos efeitos só serão plenamente conhecidos em exercícios futuros. Na sua maioria tem-se verificado que os valores registados foram confirmados no futuro. Todas as variações que, eventualmente, surjam serão registadas nos exercícios em que se determinem os seus efeitos definitivos.
Relativamente a 2008, não estão identificados estimativas e pressupostos utilizados na elaboração das contas que pela sua não efectivação venham a ter, no futuro, um efeito materialmente significativo nos resultados e no património da CORTICEIRA AMORIM.
Em termos de activos a recuperar há a salientar o valor do goodwill de 13.498 K€ (2007: 13.304 K€), valor esse que, estando suportado por testes de imparidade efectuados no final do exercício, está condicionado pela efectivação dos pressupostos usados nesses mesmos testes. A taxa de desconto utilizada foi de cerca de 7,1%. Ainda de salientar o valor de 8.224 K€ em Impostos Diferidos Activos (2007: 9.225), o qual será recuperado caso se materializem os planos de negócio previstos para as empresas geradora daquele activo.
| Empresa | Localização | País | 2008 | |
|---|---|---|---|---|
| Matérias-Primas | ||||
| Amorim Natural Cork, S.A. | Vale de Cortiças - Abrantes | PORTUGAL | 100% | |
| Amorim & Irmãos - IV, S.A. | Alcântara | ESPANHA | 100% | |
| Amorim & Irmãos VII, SRL | Tempio Pausania | ITALIA | 100% | |
| Amorim & Irmãos, S.A. (Matérias Primas) | (a) | Ponte Sôr | PORTUGAL | 100% |
| Amorim Florestal Catalunya, SL | Cassa de la Selva Girona | ESPANHA | 100% | |
| Amorim Florestal España, SL | San Vicente Alcántara - Badajoz | ESPANHA | 100% | |
| Amorim Florestal Espanha, S.A. | San Roque Cádiz | ESPANHA | 100% | |
| Amorim Tunisie | (g) | Tabarka | TUNÍSIA | 100% |
| Comatral - C. de Marocaine de Transf. du Liège, S.A. | Skhirat | MARROCOS | 100% | |
| Cork International, SARL | Tabarka | TUNÍSIA | 100% | |
| SIBL - Société Industrielle Bois Liége | Jijel | ARGÉLIA | 51% | |
| Société Fabrique Liège de Tabarka, S.A. | Tabarka | TUNÍSIA | 100% | |
| Société Nouvelle du Liège, S.A. (SNL) | Tabarka | TUNÍSIA | 100% | |
| Société Tunisienne d'Industrie Bouchonnière | (e) | Tabarka | TUNÍSIA | 45% |
| Rolhas | ||||
| Amorim & Irmãos, SGPS, S.A. | Santa Maria Lamas | PORTUGAL | 100% | |
| Amorim & Irmãos, S.A. | (a) | Santa Maria Lamas | PORTUGAL | 100% |
| Amorim Argentina, S.A. | Tapiales - Provincia Buenos Aires | ARGENTINA | 100% | |
| Amorim Australasia | Adelaide | AUSTRALIA | 100% | |
| Amorim Benelux, BV - A&I | (b) | Tholen | HOLANDA | 100% |
| Amorim Cork América, Inc. | California | E. U. AMÉRICA | 100% | |
| Amorim Cork Austrália, Pty Ltd | Vic | AUSTRALIA | 100% | |
| Amorim Cork Deutschland GmbH & Co KG | Mainzer | ALEMANHA | 100% | |
| Amorim Cork Itália, SPA | Conegliano | ITALIA | 100% | |
| Amorim Cork South Africa | Cape Tow n |
ÁFRICA DO SUL | 100% | |
| Amorim France, S.A.S. | Champfleury | FRANÇA | 100% | |
| Aplifin - Aplicações Financeiras, S.A. | Mozelos | PORTUGAL | 100% | |
| Carl Ed. Meyer Korken | Delmenhorst | ALEMANHA | 100% | |
| Champcork - Rolhas de Champanhe, S.A. | (l) | Santa Maria de Lamas | PORTUGAL | 100% |
| Chapuis, S.L. | Girona | ESPANHA | 100% | |
| Equipar - Indústria de Cortiça, S.A. | (k) | Coruche | PORTUGAL | 100% |
| Equipar - Rolha Natural, S.A. | (k) | Coruche | PORTUGAL | 100% |
| Equipar, Participações Integradas, Lda. | Coruche | PORTUGAL | 100% | |
| FP Cork, Inc. | California | E. U. AMÉRICA | 100% | |
| Francisco Oller, S.A. | Girona | ESPANHA | 87% | |
| Hungarocork, Amorim, RT | Budapeste | HUNGRIA | 100% | |
| Indústria Corchera, S.A. | (f) | Santiago | CHILE | 49,96% |
| Inter Champanhe - Fabric. de Rolhas de Champanhe, S.A. | (l) | Montijo | PORTUGAL | 100% |
| KHB - Kork Handels Beteiligung, GMBH | Delmenhorst | ALEMANHA | 100% | |
| Korken Schiesser Ges.M.B.H. | Viena | AUSTRIA | 68,87% | |
| Llosent & Forschner Korken GmbH | (i) | Oberw altersdorf |
AUSTRIA | 68,87% |
| M. Clignet & Cie | Bezannes | FRANÇA | 100% | |
| Olimpiadas Barcelona 92, S.L. | Girona | ESPANHA | 100% | |
| Portocork América, Inc. | California | E. U. AMÉRICA | 100% | |
| Portocork France | Bordéus | FRANÇA | 100% | |
| Portocork Internacional, S.A. | Santa Maria Lamas | PORTUGAL | 100% |
| Empresa | Localização | País | 2008 | ||
|---|---|---|---|---|---|
| Rolhas (continuação) | |||||
| S.A. Oller et Cie | Reims | FRANÇA | 87% | ||
| S.C.I. Friedland | Céret | FRANÇA | 100% | ||
| Société Nouvelle des Bouchons Trescases | (e) | Perpignan | FRANÇA | 50% | |
| Victor y Amorim, Sl | (f) | Navarrete - La Rioja | ESPANHA | 50% | |
| Revestimentos | |||||
| Amorim Revestimentos, S.A. | Lourosa | PORTUGAL | 100% | ||
| Amorim Benelux, BV - AR | (b) | Tholen | HOLANDA | 100% | |
| Amorim Cork Distribution Netherlands BV | Tholen | HOLANDA | 100% | ||
| Amorim Cork GmbH | Delmenhorts | ALEMANHA | 100% | ||
| Amorim Deutschland, GmbH & Co. KG - AR | (d) | Delmenhorts | ALEMANHA | 100% | |
| Amorim Flooring (Sw itzerland) AG |
Zug | SUIÇA | 100% | ||
| Amorim Flooring Austria GesmbH | Viena | AUSTRIA | 100% | ||
| Amorim Flooring Investments, Inc. | (g) | Hanover - Maryland | E. U. AMÉRICA | 100% | |
| Amorim Flooring Nordic A/s | Greve | DINAMARCA | 100% | ||
| Amorim Flooring North America Inc | Hanover - Maryland | E. U. AMÉRICA | 100% | ||
| Amorim Revestimientos, S.A. | Barcelona | ESPANHA | 100% | ||
| Amorim Wood Suplies, GmbH | Bremen | ALEMANHA | 100% | ||
| Cortex Korkvertriebs GmbH | (i) | Fürth | ALEMANHA | 100% | |
| Corticeira Amorim - France SAS - AR | (c) | Lavardac | FRANÇA | 100% | |
| Dom KorKow y, Sp. Zo. O. |
(f) | Kraków | POLÓNIA | 50% | |
| Inter Craft Coatings | (g) | S. Paio de Oleiros | PORTUGAL | 50% | |
| US Floors, Inc. | (j) | Dalton - Georgia | E. U. AMÉRICA | 25% | |
| Zodiac Kork- und Holzprodukte GmbH | (i) | Fürth | ALEMANHA | 100% | |
| Aglomerados Compósitos | |||||
| Amorim Cork Composites, S.A. | Mozelos | PORTUGAL | 100% | 91 | |
| Amorim (UK) Ltd. | Horsham West Sussex | REINO UNIDO | 100% | ||
| Amorim Benelux, BV - ACC | (b) | Tholen | HOLANDA | 100% | |
| Amorim Cork Composites Inc. | Trevor Wisconsin | E. U. AMÉRICA | 100% | ||
| Amorim Deutschland, GmbH & Co. KG - ACC | (d) | Delmenhorts | ALEMANHA | 100% | |
| Amorim Industrial Solutions - Ind. de Cortiça de Borracha I | Corroios | PORTUGAL | 100% | ||
| Chinamate (Xi'an) Natural Products Co. Ltd | Xi'an | CHINA | 100% | ||
| Chinamate Development Co. Ltd | Hong Kong | CHINA | 100% | ||
| Corticeira Amorim - France SAS - ACC | (c) | Lavardac | FRANCE | 100% | |
| Drauvil Europea, SL | San Vicente Alcantara | ESPANHA | 100% | ||
| Samorim (Joint Stock Company Samorim) | (e) | Samara | RUSSIA | 50% | |
| Isolamentos | |||||
| Amorim Isolamentos, S.A. | Mozelos | PORTUGAL | 80% | ||
| Holding Cortiça | |||||
| Corticeira Amorim, SGPS, S.A. | Mozelos | PORTUGAL | 100% | ||
| Ginpar, S.A. (Générale d' Investissements et Participation) | Skhirat | MARROCOS | 100% | ||
| Amorim Cork Research, Lda. | (h) | Mozelos | PORTUGAL | 100% | |
| Sopac - Sociedade Portuguesa de Aglomerados de Cortiça, Lda | Montijo | PORTUGAL | 100% | ||
| Vatrya - Serviços de Consultadoria, Lda | Funchal - Madeira | PORTUGAL | 100% | ||
| Postya - Serviços de Consultadoria, Lda. | Funchal - Madeira | PORTUGAL | 100% | ||
| (a) – Juridicamente são uma só empresa: Amorim & Irmãos, SA. |
(b) – Juridicamente são uma só empresa: Amorim Benelux, BV.
(c) – Juridicamente são uma só empresa: Corticeira Amorim - France SAS.
(d) – Juridicamente são uma só empresa: Amorim Deutschland, GmbH & Co. KG.
(e) – Consolida pelo Método de Equivalência Patrimonial.
(f) – Consolida pelo método integral porque a administração da CORTICEIRA AMORIM SGPS, SA detém directa ou indirectamente, o controlo da gestão operacional da entidade.
Dada a sua imaterialidade não consolidaram as subsidiárias Amorim Cork Bulgaria, Moldamorim, Amorim Japan, Amorim Cork Beijing.
| Câmbios consolidação 31/12/2008 |
Taxa de Fecho |
Taxa Média |
|
|---|---|---|---|
| Argentine Peso | ARS | 4,82590 | 4,64332 |
| Australian Dollar | AUD | 2,02740 | 1,74162 |
| Brazilian Real | BRL | 3,24360 | 2,67418 |
| Canadian Dollar | CAD | 1,69980 | 1,55942 |
| Swiss Franc | CHF | 1,48500 | 1,58739 |
| Chilean Peso | CLP | 888,750 | 763,311 |
| Yuan Renminbi | CNY | 9,54400 | 10,22568 |
| Danish Krone | DKK | 7,45060 | 7,45599 |
| Algerian Dinar | DZD | 97,107 | 94,075 |
| Euro | EUR | 1 | 1 |
| Pound Sterling | GBP | 0,95250 | 0,79628 |
| Hong Kong Dollar | HDK | 10,8413 | 11,4553 |
| Forint | HUF | 266,700 | 251,512 |
| Yen | JPY | 126,14 | 154,45 |
| Moroccan | MAD | 11,2357 | 11,3100 |
| Norwegian Krone | NOK | 9,7500 | 8,2237 |
| Zloty | PLN | 4,1535 | 3,5121 |
| Ruble | RUB | 41,2480 | 36,4479 |
| Swedish Kronor | SEK | 10,8700 | 9,61524 |
| Tunisian Dinar | TND | 1,8316 | 1,8024 |
| US Dollar | USD | 1,39170 | 1,47076 |
| Rand | ZAR | 13,06670 | 12,05899 |
A CORTICEIRA AMORIM está organizada nas seguintes Unidades de Negócio:
Para efeitos do Relato por Segmentos foi eleito como segmento principal o segmento das Unidades de Negócio (UN), já que corresponde totalmente à organização do negócio, não só em termos jurídicos, como em termos da respectiva análise. No quadro seguinte apresenta-se os principais indicadores correspondentes ao desempenho de cada uma das referidas UN, bem como a reconciliação, sempre que possível, para os indicadores consolidados:
| Mil euros | ||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 2008 | Mat-Prim. | Rolhas | Rev | estim.CompósitosIsolament. | Holding | Ajust. | Consolid. | |
| Vendas Clientes Exterior | 6.346 | 257.787 | 131.817 | 63.421 | 8.862 | 55 | 468.289 | |
| Vendas Outros | 94.868 | 4.401 | 2.134 | 14.319 | 854 | 593 | -117.170 | |
| Segmentos Vendas Totais |
101.215 | 262.188 | 133.951 | 77.741 | 9.716 | 649 | -117.170 | 468.290 |
| Res. Operacionais EBIT | 6.708 | 14.626 | 5.046 | -1.750 | 1.302 | -988 | 601 | 25.545 |
| Activo | 113.141 | 249.809 | 120.937 | 84.503 | 11.707 | 3.816 | -9.192 | 574.721 |
| Passivo | 19.072 | 36.278 | 24.891 | 20.252 | 1.668 | 4.125 | 221.711 | 327.997 |
| Invest. Corp. e Incorp. | 1.118 | 8.875 | 12.430 | 3.830 | 738 | 56 | - | 27.046 |
| Depreciações | -3.108 | -9.052 | -4.878 | -3.422 | -601 | -49 | - | -21.109 |
| Gastos Signifi. q n/ Impliquem Desembolsos |
207 | -431 | -342 | -1.274 | -43 | -45 | -18 | -1.946 |
| Ganhos (perdas) em associadas |
18 | 436 | - | - | - | - | - | 454 |
| 2007 | Mat-Prim. | Rolhas | Rev | estim.CompósitosIsolament. | Holding | Ajust. | Consolid. |
| Vendas Clientes Exterior | 7.969 | 246.272 | 124.714 | 66.919 | 7.844 | 52 | 453.770 | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Vendas Outros | 96.391 | 4.516 | 2.144 | 15.241 | 943 | 605 | -119.840 | |
| Segmentos Vendas Totais |
104.360 | 250.788 | 126.858 | 82.160 | 8.787 | 657 | -119.840 | 453.770 |
| Res. Operacionais EBIT | 5.450 | 20.133 | 10.129 | 2.110 | 1.175 | -3.154 | 1.142 | 36.986 |
| Activo | 150.926 | 258.762 | 105.036 | 83.889 | 10.218 | 3.050 | -15.867 | 596.014 |
| Passivo | 28.753 | 56.520 | 19.700 | 16.339 | 1.549 | 2.010 | 225.754 | 350.625 |
| Invest. Corp. e Incorp. | 875 | 9.620 | 8.392 | 5.719 | 699 | 81 | 0 | 25.386 |
| Depreciações | -3.180 | -8.266 | -4.764 | -4.246 | -622 | -62 | 0 | -21.139 |
| Gastos Signifi. q n/ Impliquem Desembolsos |
220 | -60 | -541 | -298 | 18 | 6 | 93 | -562 |
| Ganhos (perdas) em associadas |
15 | 285 | 0 | -31 | 0 | 0 | 0 | 269 |
Notas:
Ajustamentos = desempolamentos inter-segmentos e valores não alocados a segmentos
EBIT = Resultado antes de juros, minoritários e imposto sobre rendimento
Foram considerados como único gasto materialmente relevante o valor das provisões e ajustamentos de imparidades de activos.
Os activos do segmento não incluem os valores relativos a IDA e saldos não comerciais com empresas do grupo.
Os passivos dos segmentos não incluem IDP, empréstimos bancários e saldos não comerciais com empresas do grupo.
Os valores da UN Compósitos relativos a 2007 foram calculados de modo a reexpressar os valores das UNs Aglomerados Técnicos e Cortiça com Borracha.
A opção pela divulgação do EBIT permite uma melhor comparação do desempenho das diferentes Unidade de Negócio, dado as estruturas financeiras não homogéneas apresentadas pelas diferentes Unidade de Negócio. Este tipo de divulgação é também coerente com a distribuição de funções existentes, já que tanto a função financeira, no sentido estrito de negociação bancária, como a função fiscal, utilização de instrumentos como, por exemplo, o RETGS, são da responsabilidade da Holding.
A UN Rolhas tem nas diferentes famílias de rolhas o seu principal produto, sendo os países produtores e engarrafadores de vinho os seus principais mercados. De destacar nos mercados tradicionais, a França, Itália, Alemanha, Espanha e Portugal. Nos novos mercados do vinho o destaque vai para os USA, Austrália, Chile, África do Sul e Argentina.
A UN Matérias-primas é de longe a mais integrada no ciclo produtivo da CORTICEIRA AMORIM, sendo mais de 90% das suas vendas dirigidas para as outras UN, sendo de destacar as vendas de prancha e discos para a UN Rolhas.
As restantes Unidades de Negócio produzem e comercializam um conjunto alargado de produtos que utilizam a matéria-prima sobrante da produção de rolhas, bem como a matéria-prima cortiça que não é susceptível de ser utilizada na produção de rolhas. De destacar como produtos principais os revestimentos de solo, cortiça com borracha para a indústria automóvel e para aplicações antivibráticas, aglomerados negros para isolamento térmico e acústico, aglomerados técnicos para a indústria de construção civil e calçado bem como os granulados para a fabricação de rolhas aglomeradas, técnicas e de champanhe.
Os principais mercados dos Revestimentos e Isolamentos concentram-se na Europa e os da Cortiça com Borracha nos USA. Todas as Unidades de Negócio realizam o grosso da sua produção em Portugal, estando, por isso, neste país a quase totalidade do capital investido. A comercialização é feita através de uma rede de distribuição própria que está presente em praticamente todos os grandes mercados consumidores e pela qual são canalizados cerca de 70% das vendas consolidadas.
Os investimentos do exercício concentraram-se na sua quase totalidade, em Portugal. Os activos no estrangeiro atingem cerca de 235 milhões de euros e são compostos na sua grande maioria pelo valor de existências (80 milhões), clientes (65 milhões) e activo fixo tangível (39 milhões).
Distribuição das vendas por mercado:
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| Mercados | 2008 | 2007 |
| União Europeia | 302.776 | 290.079 |
| Dos quais: Portugal | 24.351 | 21.946 |
| Resto Europa | 29.991 | 23.093 |
| Estados Unidos | 67.535 | 69.675 |
| Resto América | 32.278 | 34.917 |
| Australásia | 26.046 | 25.587 |
| África | 8.399 | 10.251 |
| Outros | 1.265 | 169 |
| TOTAL | 468.289 | 453.770 |
| Mil euros | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Terrenos e Edifícios |
Equipamento Básico |
Outros Activos Fixos Tangíveis |
Adiantam. e em Curso |
Activos Fixos Tangíveis |
Activos Fixos Intangíveis |
|
| 223.392 | 240.624 | 39.118 | 6.834 | 509.968 | - | |
| Valores Brutos | -127.351 | -172.106 | -34.792 | 0 | -334.249 | - |
| Depreciações e Ajustamentos ABERTURA (1 de Janeiro 2007) |
96.041 | 68.518 | 4.326 | 6.834 | 175.719 | 0 |
| ENTRADAS | 9.060 | 2.166 | 449 | 186 | 11.861 | - |
| AUMENTO | 1.225 | 7.086 | 1.594 | 13.871 | 23.776 | 784 |
| DEPRECIAÇÕES DO EXERCÍCIO | -5.681 | -13.280 | -1.978 | 0 | -20.939 | -152 |
| DIMINUIÇÕES-ALIENAÇÕES-ABATES | - 4 |
-619 | -191 | -224 | -1.038 | - |
| RECLASSIFICAÇÕES / OUT. MOVIM. | -10.911 | 5.556 | 290 | -7.486 | -12.551 | - |
| DIFERENÇAS DE CONVERSÃO | -264 | -314 | -69 | -50 | -697 | - |
| Valores Brutos | 213.510 | 250.323 | 39.036 | 13.883 | 516.752 | 784 |
| Depreciações e Ajustamentos | -124.045 | -181.962 | -34.616 | 0 | -340.623 | -152 |
| FECHO (31 de Dezembro 2007) | 89.465 | 68.361 | 4.420 | 13.883 | 176.129 | 632 |
| Valores Brutos | 213.510 | 250.323 | 39.036 | 13.883 | 516.752 | 784 |
| Depreciações e Ajustamentos | -124.045 | -181.962 | -34.616 | 0 | -340.623 | -152 |
| ABERTURA (1 de Janeiro 2008) | 89.465 | 68.361 | 4.420 | 13.883 | 176.129 | 632 |
| ENTRADAS | 97 | 72 | 20 | 0 | 189 | - |
| AUMENTO | 2.713 | 8.433 | 2.023 | 13.593 | 26.762 | 275 |
| DEPRECIAÇÕES DO EXERCÍCIO | -5.913 | -13.615 | -1.621 | 0 | -21.149 | -99 |
| DIMINUIÇÕES-ALIENAÇÕES-ABATES | -617 | -667 | - 1 |
-344 | -1.629 | - |
| RECLASSIFICAÇÕES / OUT. MOVIM. | 1.779 | 8.189 | 163 | -9.935 | 196 | - |
| DIFERENÇAS DE CONVERSÃO | -107 | -575 | -37 | 2 | -718 | - |
| Valores Brutos | 215.568 | 248.109 | 34.035 | 17.196 | 514.907 | 1.059 |
| Depreciações e Ajustamentos | -128.152 | -177.911 | -29.068 | 0 | -335.130 | -251 |
| FECHO (31 de Dezembro 2008) | 87.416 | 70.198 | 4.967 | 17.196 | 179.777 | 808 |
Como parte da política contabilística referida na d) do ponto II, à data do balanço o efeito líquido da referida avaliação, atinge os 26,1 milhões de euros, dos quais 19,2 milhões se referem a terrenos. Ainda relativamente à mesma alínea a referir que o efeito nos activos fixos tangíveis da revalorização resultante da aplicação do parágrafo 16 do IFRS 1 foi de 14,4 milhões de euros à data de transição, sendo o efeito a data do Balanço de 7,4 milhões de euros.
O valor registado em Reclassificações e Out. Movim. no exercício de 2007, refere-se, no essencial, à reclassificação para Propriedades de Investimento de terrenos e edifícios já não afectos à actividade produtiva.
O valor em Entradas no exercício de 2007 refere-se ao efeito provocado pela integração das empresas do Grupo Oller no perímetro de consolidação.
| Mil euros | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| ABERTURA | AUMENTO | IMPARIDADE | DIF. CONVERSÃO |
FECHO | |
| Matérias-Primas | 4.197 | -2 | 4.195 | ||
| Rolhas | 4.836 | 164 | 5.000 | ||
| Revestimentos | 4.160 | 1745 | -1602 | 4.303 | |
| Aglomerados | 111 | -110 | 0 | ||
| Goodwill | 13.304 | 1.909 | -1.712 | -2 | 13.499 |
O aumento verificado refere-se à aquisição da Llosent (164 K€) e Cortex (1.602 K€). A diminuição de 110 K€ é relativa às empresas constituídas na China no exercício de 2007. A imparidade 1.602 K€ é relativa ao Goodwill de aquisição do grupo Cortex. A aquisição foi conduzida durante o primeiro semestre de 2008 e concluída no seu final. Durante o segundo semestre as condições económicas subjacentes àquela compra alteraram-se profundamente pelo que foi decidido, numa medida prudencial, custear o Goodwill contabilizado aquando da sua aquisição. O remanescente do aumento refere-se a aquisição da participação residual na Amorim Benelux.
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Saldo inicial | 2.906 | 2.717 |
| Entradas / Saidas | 7.185 | 0 |
| Resultados | 454 | 269 |
| Dividendos | -100 | -80 |
| Diferenças de Conversão Cambial | 7 | 15 |
| Outros | -25 | -15 |
| Saldo Final | 10.427 | 2.906 |
O valor de 7.185 K€ refere-se ao efeito da entrada da US Floors.
A Associada mais relevante é a Société Nouvelle des Bouchons Trescases, da qual se apresenta a seguir um sumário da informação financeira:
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Activo Corrente | 9.703 | 11.188 |
| Passivo Corrente | 4.821 | 7.199 |
| Activo não Corrente | 1.613 | 1.449 |
| Capital Próprio | 6.145 | 5.438 |
| Vendas e Prestações de Serviços | 26.421 | 27.067 |
| Resultado Operacional | 1.552 | 998 |
| Resultado antes de Imposto | 1.399 | 719 |
| Imposto sobre o Resultado | 491 | 261 |
| Resultado Líquido do Exercício | 908 | 458 |
O valor registado em Outros Activos Financeiros refere-se, no essencial, a aplicações financeiras e garantias prestadas.
A diferença entre os impostos imputados à demonstração consolidada dos resultados do exercício e dos exercícios anteriores e os impostos já pagos e a pagar relativamente a esses exercícios está reconhecida na demonstração consolidada dos resultados na rubrica de "Impostos diferidos", de acordo com os princípios definidos na nota II j), e ascende a 2 057 K€ (2007: 61 K€).
O efeito no balanço consolidado provocado por esta diferença ascende no activo a 8 223 K€ (31/12/2007: 9 225 K€) e no passivo a 5 002 K€ (31/12/2007: 4 826 K€), conforme registado nas respectivas rubricas.
É convicção da Administração, expressa nos modelos de previsão possíveis a esta data, que o montante de Impostos Diferidos Activos reconhecidos corresponde ao valor expectável da sua materialização futura.
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Associados à anulação de Activos Fixos | 409 | 589 |
| Associados a ajust. de Existências e Terceiros | 3.774 | 1.180 |
| Associados a Prejuízos Fiscais | 3.089 | 5.219 |
| Associados a Benefícios Fiscais | 951 | 2.146 |
| Outros | 0 | 91 |
| Impostos Diferidos - Activos | 8.223 | 9.225 |
| Associados a Activos Fixos Tangíveis | 4.369 | 3.999 |
| Associados a Existências | 533 | 702 |
| Outros | 100 | 125 |
| Impostos Diferidos - Passivos | 5.002 | 4.826 |
| Imposto Corrente do Exercìcio | -3.445 | -1.548 |
| Imposto Diferido do Exercício | -2.057 | 61 |
| Imposto sobre o Rendimento | -5.502 | -1.487 |
As empresas integrantes do RETGS têm aprovado à data do balanço um benefício fiscal ao investimento de cerca de 2,8 milhões de euros, os quais por prudência não estão reconhecidos.
No quadro seguinte pretende-se justificar a taxa de imposto efectiva contabilística partindo da taxa a que estão sujeitas a generalidade das empresas portuguesas:
| Taxa genérica de imposto | 26,50% |
|---|---|
| Efeito da não consideração de IDA relativamente a empresas que geraram resultados contabilísticos negativos (por impossibilidade efectiva ou por prudência) |
8,1% |
| Efeito da tributação autónoma e custos não aceites fiscalmente | 10,2% |
| Outros efeitos | -2,7% |
| Taxa de imposto efectiva contabilística (1) | 42,10% |
(1) IRC sobre Res. Antes Impostos, ganhos MEP e I. Min.
Durante o exercício, foi registada a anulação de um benefício fiscal de 1,8 milhões de euros, tendo ainda sido ajustada a estimativa da derrama de 2007 no valor de 0,3 milhões de euros. Com um efeito contrário, foi reconhecido o imposto diferido activo associado a existências, tendo ainda sido ajustado o imposto diferido passivo associado a activos fixos tangíveis.
A CORTICEIRA AMORIM e um conjunto alargado das suas subsidiárias com sede em Portugal, passaram a ser tributadas, a partir de 1 de Janeiro de 2001, pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS) previsto no artigo 63.º do CIRC. A opção pela aplicação de referido regime é válida por um período de cinco exercícios, findo o qual pode ser renovada nos mesmos termos.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da CORTICEIRA AMORIM e das filiais com sede em Portugal estão sujeitas a revisão e possibilidade de correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos nos termos gerais.
A Administração da CORTICEIRA AMORIM e das empresas filiais entende que as correcções resultantes de revisões ou inspecções por parte das autoridades fiscais, aquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas apresentadas a 31 de Dezembro de 2008.
No quadro seguinte apresenta-se os reportes fiscais e respectivos exercícios limites de utilização:
| Mil euros | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 e seg. |
TOTAL | |
| RETGS | 22.404 | 22.404 | ||||
| Outras empresas Portuguesas | 256 | 2.572 | 439 | 3.267 | ||
| Empresas estrangeiras | 22.714 | 22.714 | ||||
| Reportes Fiscais não utilizados | 0 | 256 | 2.572 | 439 | 45.118 | 48.385 |
Considerou-se nas filiais estrangeiras o ano 2013 e seguintes para as situações em que os reportes fiscais não têm prazo limite de utilização.
Cerca de 20,5 milhões no RETGS e cerca de 10 milhões de euros nas empresas estrangeiras foram considerados como susceptíveis de não utilização futura.
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Mercadorias | 18.808 | 14.681 |
| Produtos Acabados e Intermédios | 77.288 | 86.406 |
| Subprodutos, Desperdícios, Resíduos e Refugos | 275 | 259 |
| Produtos e Trabalhos em Curso | 13.927 | 10.887 |
| Matérias Primas, Subsidiárias e de Consumo | 98.331 | 118.399 |
| Adiantamentos por conta de Compras | 290 | 199 |
| Ajust. para Depreciação de Mercadorias | -908 | -854 |
| Ajust. para Depreciação de Produtos Acabados e Intermédios | -2.145 | -2.342 |
| Ajust. para Depreciação de Mat.-Primas, Subs. e de Consumo | -205 | -220 |
| Total Inventários | 205.659 | 227.415 |
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Valor Bruto | 113.817 | 123.271 |
| Ajustamentos de Imparidade | -10.394 | -9.139 |
| Clientes | 103.423 | 114.132 |
No final de cada período é realizada uma análise à qualidade dos créditos sobre clientes. Dadas as características do negócio é considerado que os saldos vencidos até 120 dias não são susceptíveis de registo de imparidade. Os saldos vencidos entre 120 e 180 dias são considerados como podendo gerar uma imparidade de cerca de 60%. Todos os saldos vencidos há mais de 180 dias, bem como todos os saldos considerados duvidosos darão origem a uma imparidade total. Esta regra não se sobrepõe à análise de cada caso específico.
A análise dos saldos não vencidos e vencidos é a seguinte:
| Milhões de euros | |||
|---|---|---|---|
| 2008 | 2007 | ||
| Não vencidos | 72,6 | 78,5 | |
| Vencidos entre 0 - 120 dias | 28,6 | 26,4 | |
| Vencidos entre 120 – 180 dias | 2,5 | 1,9 | |
| Vencidos acima de 180 dias e duvidosos | 10,1 | 8,6 | |
| Imparidade | 10,4 | 9,1 |
Os valores dos saldos acima referidos não incluem o efeito da entrada e saída de empresas do perímetro de consolidação.
| 2008 | Mil euros 2007 |
|
|---|---|---|
| Imposto sobre o Valor Acrescentado | 16.705 | 15.866 |
| Restantes Impostos | 3.617 | 5.115 |
| Impostos a recuperar | 20.322 | 20.981 |
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Adiantamentos a Fornecedores / Fornec. | 1.707 | 2.497 |
| Acrésc. de Proveitos e Custos Diferidos | 4.426 | 4.076 |
| Ajustamentos Contabilidade Cobertura | 3.330 | 837 |
| Outros Devedores Diversos | 6.685 | 5.512 |
| Outros Activos Correntes | 16.148 | 12.922 |
No valor de 6.685, está incluído a verba de 2.979 relativos a subsídios a receber, sendo de 95 o valor correspondente de 2007.
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Caixa | 134 | 383 |
| Depósitos à Ordem | 2.740 | 5.946 |
| Outros | 1.722 | 64 |
| Caixa e Equivalentes | 4.596 | 6.393 |
No final do período, o capital social está representado por 133 000 000 de acções ordinárias, escriturais, que conferem direito a dividendos, com o valor nominal unitário de 1 Euro.
O Conselho de Administração pode decidir aumentar o capital social, por uma ou mais vezes, nas modalidades permitidas por lei, até ao montante de 250 000 000 de Euros.
A CORTICEIRA AMORIM adquiriu, em várias sessões de bolsa, 21 500 acções, correspondentes a 0,0162% do respectivo capital social, ao preço médio de 1,761€/acção, totalizando estas transacções 37 861,11 € (inclui custos de aquisição).
Não se realizaram quaisquer alienações de acções próprias.
A 31 de Dezembro de 2008, a CORTICEIRA AMORIM detinha 2 589 334 acções próprias, representativas de 1,947% do seu capital social.
Durante o ano 2007, a empresa adquiriu 19 477 acções próprias, representativas de 0,0146% do seu capital social, pelo preço médio unitário de € 1,958 e global de € 38 131,62.
No exercício de 2007, a empresa não alienou acções próprias.
Na Assembleia Geral da CORTICEIRA AMORIM, realizado no dia 31 de Março de 2008, foi aprovado a distribuição de € 7 980 000,00 (sete milhões, novecentos e oitenta mil euros) a que correspondeu um valor de € 0,060 (seis cêntimos de euro) por acção, tendo a respectiva liquidação sido efectuada no dia 28 de Abril seguinte.
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Dividendo atribuido - 2008: 0,060 e 2007: 0,055 (euros por acção) | 7.980 | 7.315 |
| Apropriação de dividendos Acções Próprias | -155 | -140 |
| Dividendos distribuidos | 7.825 | 7.175 |
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Saldo inicial | 9.573 | 10.648 |
| Entradas / Saidas | 260 | 0 |
| Resultados | 968 | 1.234 |
| Dividendos | -571 | -1.980 |
| Diferenças de Conversão Cambial | -1.026 | -51 |
| Outros | 389 | -278 |
| Saldo Final | 9.593 | 9.573 |
No final do exercício a dívida remunerada tinha a seguinte composição:
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Empréstimos Bancários | 100.208 | 63.952 |
| Descobertos | 7.084 | 9.228 |
| Papel Comercial | 2.000 | 2.000 |
| Dívida Remunerada Corrente | 109.292 | 75.180 |
Destes totais cerca de 21% é denominada em divisa não euro (2007: 11%), dos quais o USD representa a quase totalidade.
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Empréstimos Bancários | 29.981 | 70.708 |
| Subsídios Reembolsáveis | 16.285 | 16.285 |
| Papel Comercial | 72.000 | 76.000 |
| Dívida Remunerada não Corrente | 118.266 | 162.993 |
Tanto no final de 2008 como no final de 2007 a quase totalidade desta dívida era denominada em euros.
A 31 de Dezembro de 2008, a maturidade da dívida remunerada não corrente era a seguinte:
| Total | 118.266 |
|---|---|
| Vencimento após 01/01/2014 | 1.613 |
| Vencimento entre 01/01/2013 e 31/12/2013 | 88 |
| Vencimento entre 01/01/2012 e 31/12/2012 | 162 |
| Vencimento entre 01/01/2011 e 31/12/2011 | 76.916 |
| Vencimento entre 01/01/2010 e 31/12/2010 | 39.486 |
| Mil euros |
Na mesma data cerca de 89% da dívida remunerada total era denominada em Euros, sendo o restante composto, no essencial, por dívida denominada em USD.
A dívida remunerada, corrente e não corrente, vence juros a taxa variável. O custo médio registado no período para o conjunto das linhas de crédito utilizadas situou-se nos 5,31% (2007: 5%).
Com data de 31 de Dezembro de 2008, três subsidiárias da CORTICEIRA AMORIM SGPS apresentaram 3,8 milhões de euros de dívida coberta por garantias reais sobre imóveis.
À data do balanço o montante de linhas de crédito não utilizadas elevava-se a 121 milhões de euros.
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Fornecedores c/c | 29.411 | 41.368 |
| Fornecedores - Recepção e Conferência | 3.856 | 7.787 |
| Fornecedores | 33.267 | 49.155 |
A quebra em Fornecedores deve-se, em grande medida, à menor compra de matéria-prima cortiça.
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Subsidios não Remunerados | 4.887 | 1.390 |
| Outros Credores Diversos | 2.841 | 5.131 |
| Outros emp. obtidos e credores diversos - Não Correntes | 7.728 | 6.521 |
| Subsidios não Remunerados | 791 | 2.517 |
| Acréscimos de Custos | 17.157 | 16.985 |
| Proveitos Diferidos - Subsídios para o Investimento | 9.018 | 9.284 |
| Ajustamentos Contabilidade Cobertura | 0 | 141 |
| Outros Credores Diversos | 10.989 | 7.417 |
| Outros emp. obtidos e credores diversos - Correntes | 37.955 | 36.344 |
Na rubrica de Acréscimos de Custos a parte relativa a remunerações a liquidar (que inclui o subsídio de férias, férias pagas e subsídio de natal ascende a 8 347 K€ (2007: 8 426 K€).
Relativamente a Outros Credores Diversos – Não Correntes o valor é composto por 2 502 mil euros relativos ao justo valor da dívida resultante da aquisição do Grupo Oller, sendo que os restantes 329 mil se referem a um empréstimo efectuado por um Accionista minoritário de uma participada.
Relativamente a Outros Credores Diversos – Correntes há a salientar o valor de 2 382 mil euros relativos ao justo valor da dívida resultante da aquisição do Grupo Oller e US Floors (3 593 mil euros).
| Subsídios não reembolsáveis | Mil euros |
|---|---|
| Saldo Inicial | 9.284 |
| Reconhecimento proveitos do exercício | -1.065 |
| Subsídios aprovados por receber | 766 |
| Reclassificações / Transferências | 810 |
| Outras | -777 |
| Saldo Final | 9.018 |
| Subsídios reembolsáveis | ||
|---|---|---|
| Saldo Inicial | 3.907 | |
| Pagamentos do exercício | -1.174 | |
| Recebimentos do exercício | 3.640 | |
| Actualização Justo Valor (subsídios taxa zero) | 115 | |
| Reclassificações / Transferências | -810 | |
| Saldo Final | 5.678 |
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Imposto sobre o rendimento | 2.426 | 1.521 |
| Imposto sobre o Valor Acrescentado | 5.086 | 4.275 |
| Segurança Social | 2.814 | 2.736 |
| Outros | 1.430 | 1.870 |
| Estado e Outros Entes Públicos | 11.756 | 10.402 |
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Comunicação | 1.782 | 1.742 |
| Seguros | 3.800 | 4.087 |
| Subcontratos | 2.174 | 1.106 |
| Electricidade | 7.275 | 7.408 |
| Ferramentas e Utensílios de Desgaste Rápido | 1.387 | 1.629 |
| Combustíveis | 1.175 | 1.111 |
| Rendas e Alugueres | 4.833 | 4.441 |
| Transportes | 15.119 | 15.569 |
| Deslocações e Estadas | 3.843 | 3.904 |
| Comissões | 5.026 | 4.366 |
| Trabalhos Especializados | 8.734 | 7.847 |
| Publicidade e Propaganda | 6.828 | 5.965 |
| Conservação e Reparação | 6.253 | 5.367 |
| Outros | 10.575 | 11.097 |
| Fornecimentos e Serviços Externos | 78.804 | 75.637 |
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Remunerações dos Órgãos Sociais | 826 | 1.087 |
| Remunerações do Pessoal | 69.711 | 66.261 |
| Encargos sobre Remunerações | 15.142 | 15.650 |
| Indemnizações | 3.817 | 2.696 |
| Outros Custos com o Pessoal | 3.799 | 2.113 |
| Custos com Pessoal | 93.296 | 87.806 |
| Numero Médio Trabalhadores | 3.846 | 3.795 |
| Numero Final Trabalhadores | 3.745 | 3.758 |
As Remunerações dos Órgãos Sociais incluem as auferidas pelo Conselho Fiscal. Os valores constantes deste quadro são os registados nos livros das sociedades, referindo-se, assim aos valores custeados durante os exercícios.
| Mil euros | |||
|---|---|---|---|
| 2008 | 2007 | ||
| Valores a receber | 2.486 | 493 | |
| Inventários | -356 | -51 | |
| Outros | -79 | -1 | |
| Ajustamentos de imparidade de Activos | 2.051 | 441 |
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Impostos Indirectos | -1592 | -1516 |
| Provisões do exercício | 122 | -121 |
| Diferenças de câmbio (líquidas) | -1433 | -1569 |
| Ganhos (Perdas) no imobilizado | 169 | 2907 |
| Subsídios à Exploração | 464 | 427 |
| Subsídios ao investimento | 1065 | 2879 |
| Outros Proveitos e Custos | 497 | -375 |
| Outros proveitos (+) e custos (-) operacionais | -707 | 2633 |
O valor de 2 907 incluído em Ganhos (Perdas) no imobilizado referente ao exercício de 2007, inclui 2 481 mil euros relativos ao ganho de Badwill reconhecido na aquisição do Grupo Oller. O valor de 2 879 inclui o reconhecimento em 2007 de um subsídio numa subsidiária, com o consequente registo dos benefícios relativos às depreciações dos exercícios anteriores.
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Juros Suportados - Empréstimos Bancários | 8.826 | 7.744 |
| Juros Suportados - Papel Comercial | 3.560 | 3.007 |
| Juros Suportados - Mora | 1 | 32 |
| Imposto de Selo sobre Juros | 139 | 180 |
| Imposto de Selo sobre Capital | 67 | 102 |
| Juros Suportados - Outros | 1.160 | 470 |
| 13.753 | 11.535 | |
| Juros Obtidos - Depósitos Bancários | -80 | -58 |
| Juros Obtidos - Juros Mora | -26 | -29 |
| Juros Obtidos - Outros Juros | -272 | -159 |
| -378 | -246 | |
| Juros Líquidos | 13.376 | 11.289 |
O valor de 1.160 K€ na rubrica Juros Suportados – Outros, inclui 511 K€ relativos ao custeio do Justo Valor de passivos não remunerados.
Durante o exercício foram adquiridas a participação financeira de 25% na US Floors, Inc por 10 milhões USD, bem como a totalidade da participação no grupo Cortex (3,25 M€) e ainda a totalidade da Llosent (0,4 M€). Na data da compra da US Floors, final de 2008, foram pagos os primeiros 50% do valor total, sendo o remanescente pago no final de 2009. Relativamente à compra da Cortex, foi pago durante o exercício 1.300 K€, sendo o remanescente pago em 2009.
Não estando disponíveis as contas 2008 da US Floors, não foi ainda possível calcular o Goodwill associado a essa compra. Da aquisição da Cortex resultou um Goodwill de 1.602 K€, tendo sido registada no final do exercício uma imparidade do mesmo montante (ver nota IX). Da aquisição da Llosent, resultou um Goodwill de 164 K€.
Dado que a Oller consolidou o seu Balanço no final de 2007, e dado que o Balanço das duas outras novas empresas se pode considerar relativamente imaterial são comparáveis os Balanço no final de 2008 e 2007. Quanto à actividade consolidada, da entrada da Oller resultou um efeito materialmente relevante quer em termos de proveitos, quer em termos de custos. O efeito global desta entrada, bem como da entrada das outras duas empresas (Cortex e Llsosent), pode ser sumarizada como segue (mil euros):
| Mil euros | |
|---|---|
| Vendas | 17.509 |
| Margem Bruta | 9.369 |
| Custos com Pessoal | 4.438 |
| Depreciações | 805 |
| Forn. Serviços Externos | 4.022 |
| Outros Custos | 137 |
A CORTICEIRA AMORIM consolida indirectamente na AMORIM - INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES, S.G.P.S., S.A. com sede em Mozelos (Santa Maria da Feira), holding do Grupo Amorim.
A 31 de Dezembro de 2008 a participação do Grupo Amorim na CORTICEIRA AMORIM era de 69,126% dos direitos de voto.
As transacções da CORTICEIRA AMORIM com empresas relacionadas resumem-se, no essencial, à prestação de serviços por parte de subsidiárias da AMORIM - INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES, S.G.P.S., S.A., (Amorim Serviços e Gestão, S.A., Amorim Viagens e Turismo, Lda., OSI – Sistemas Informáticos e Electrotécnicos, Lda.). O total das prestações de serviços destas empresas ao conjunto das empresas da CORTICEIRA AMORIM foi de 4 784 K€ (2007: 4 236 K€).
Os saldos a 31/12/2008 e de 2007 são os decorrentes do período normal pagamento (entre 30 e 60 dias) e por isso considerados imateriais.
Os serviços são normalmente negociados com as entidades relacionadas numa base de "cost plus" num intervalo entre 2% e 5%.
Durante o exercício não se registaram transacções, nem existem saldos com as partes relacionadas Amorim Capital, S.G.P.S., S.A., Vertente Financeira, S.G.P.S., S.A., Amorim Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. e Interfamilia II, S.G.P.S., S.A..
O total de remunerações de curto prazo do pessoal chave da CORTICEIRA AMORIM atingiu no exercício o valor de 1 520 K€ (2007: 2 364 K€). O valor de benefícios pós-emprego, outros benefícios de longo prazo, benefícios de cessação de emprego e de pagamentos com base em acções, é nulo.
No decurso da sua actividade operacional, a CORTICEIRA AMORIM prestou garantias a terceiros no montante de 194 472 K€ (31/12/2007: 196 767 K€).
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| Beneficiário | Montante | Motivo |
| Agências Governamentais | 8.321 | Proj. Investimento |
| SIVA | 1.311 | Reembolso IVA |
| DGCI / Fazenda Pública | 5.533 | Processos rel. Impostos |
| Entidades Bancárias | 169.817 | Empréstimos Obtidos |
| Diversos | 9.490 | Garantias Diversas |
| TOTAL | 194.472 |
O valor registado em Diversos refere-se, na sua quase totalidade, a garantias relativas à compra da Oller.
Considera-se adequado o montante de 2 943 K€ provisões existentes para fazer face a processos judiciais relativos a impostos. Relativamente ao assunto objecto de comunicado no passado dia 18 de Junho, informa-se que até à presente data não houve quaisquer desenvolvimentos.
A 31 de Dezembro de 2008, o total de rendas vincendas referentes a contratos de aluguer de longa duração de equipamento de transporte ascende a 1 652 K€. O total de rendas vincendas relativas a equipamento e software informático ascende a 424 K€.
Os compromissos com fornecedores de imobilizado ainda não relevados à data de balanço elevavam-se a 2.480 K€.
Em 31 de Dezembro de 2008, existiam contratos forwards outright relativos a divisas usadas nas transacções da CORTICEIRA AMORIM distribuídos da seguinte forma:
Relativamente a cobertura de posições longas – montante de K€ 10.858. Este montante refere-se, no essencial, a USD (70%), a ZAR (13%) e a AUD (11%);
Relativamente a cobertura de posições curtas – montante de K€ 7.149. Este montante refere-se exclusivamente a USD;
À mesma data existiam ainda contratos de opções em com a seguinte distribuição:
O total de honorários suportados pelo conjunto de empresas da CORTICEIRA AMORIM relativamente aos serviços de auditoria das empresas do universo da PriceWaterhouseCoopers atingiu os 396 mil euros (exercício 2007: 424 mil euros).
A actividade da CORTICEIRA AMORIM estende-se por um leque bastante alargado de produtos e por um mercado que abrange os cinco continentes e mais de 100 países. Não se considera, por isso que haja uma sazonalidade notória na sua actividade dado a extrema variedade de produtos e mercados. Tradicionalmente tem-se observado, no entanto, que a actividade do primeiro semestre e em especial a do segundo trimestre, é superior à média dos restantes trimestres, alternando o terceiro e o quarto trimestre como o trimestre mais fraco de vendas;
a) Cálculo da Margem Bruta percentual
A Margem Bruta percentual apresentada nas Demonstrações de Resultados por Naturezas é calculada usando como denominador o valor da Produção (Vendas + Variação de Produção).
b) O resultado líquido por acção é calculado atendendo ao número médio do exercício das acções emitidas deduzidas das acções próprias. Não havendo direitos de voto potenciais, o resultado por acção básico não difere do diluído.
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Acções emitidas | 133 000 000 | 133 000 000 |
| Nº médio de acções próprias | 2 578 584 | 2 558 096 |
| Nº médio de acções em circulação | 130 421 416 | 130 441 904 |
| Resultado líquido (mil euros) | 6 153 | 23 245 |
| Resultado por acção (euros) | 0,0472 | 0,1782 |
c) Demonstração de Fluxos de Caixa
Em Caixa e Equivalentes de Caixa passou a estar incluído os valores a crédito da conta de Depósitos à Ordem (Descobertos). Deste modo foi reexpressa a Demonstração de Fluxos de Caixa relativa a 2007. Esta reexpressão incluiu também os efeitos relativos a uma consideração dos valores de IVA a receber de Clientes, os quais não se encontravam adequados nesta Demonstração.
d) Normas de IFRS de aplicação futura
Foram emitidas alterações às normas IAS 1, IAS 23, IAS 27, IFRS 3 e emitida a IFRS 8, cuja aplicação será obrigatória em 2009. Não estimamos impactos significativos nas contas de 2007, caso a sua aplicação fosse antecipada a esta data.
e) Classificação de activos e passivos financeiros
Os activos financeiros inserem-se, essencialmente, na categoria de Empréstimos e Contas a receber. Por sua vez os passivos financeiros são, essencialmente, Passivos a custo amortizado.
Detalhe dos activos e passivos financeiros:
| Mil euros | ||
|---|---|---|
| 2008 | 2007 | |
| Clientes | 103.423 | 114.132 |
| Impostos a recuperar | 20.322 | 20.981 |
| Caixa e equivalentes | 4.596 | 6.393 |
| Outros | 14.212 | 10.274 |
| Total activos financeiros | 142.553 | 151.780 |
| Dívida remunerada | 227.558 | 238.174 |
| Outros empr. e cred. div. | 19.508 | 16.455 |
| Fornecedores | 33.267 | 49.155 |
| Outros | 11.756 | 10.402 |
| Total passivos financeiros | 292.089 | 314.186 |
Os valores a receber de Clientes denominados em USD (8,0%), CLP (6,1%), ARS (2,9%), ZAR (1,0%), AUD (3,1%), sendo o remanescente quase totalmente denominada em Euros. As diferenças de câmbios registados resultam, no essencial das divisas de clientes denominados em divisa diferente do Euro.
O Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.
| António Rios de Amorim Presidente do Conselho de Administração |
|
|---|---|
| Jorge Viriato de Freitas Barros Diniz Santos | |
| Vice-Presidente do Conselho de Administração Joaquim Ferreira de Amorim |
|
| Vogal do Conselho de Administração | |
| Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira Vogal do Conselho de Administração |
|
| Luísa Alexandra Ramos Amorim | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| José da Silva Carvalho Neto Vogal do Conselho de Administração |
|
| André de Castro Amorim Vogal do Conselho de Administração |
|
Ano 2008
CORTICEIRA AMORIM; S.G.P.S., S.A. Sociedade Aberta
Capital Social: EUR 133 000 000,00 Pessoa colectiva e matrícula PT 500 077 797 Conservatória do Registo Comercial de Santa Maria da Feira
Edifício Amorim I Rua de Meladas, n.º 380 Apartado 20 4536-902 MOZELOS VFR PORTUGAL
Tel.: 22 747 54 00 Fax: 22 747 54 07
Internet: www.amorim.com/cortica.html E-mail: [email protected]
Senhores Accionistas,
No cumprimento do artigo 65.º do Código das Sociedades Comerciais, vimos submeter à Vossa apreciação, o Relatório de Gestão, as Contas do Exercício de 2008 e os demais documentos de prestação de contas previstos na Lei relativos à sociedade CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A. (adiante designada apenas por CORTICEIRA AMORIM).
O ano foi marcado pelo agravamento da crise financeira iniciada em 2007, com constante repricing de activos financeiros, geradores do reconhecimento de perdas significativas a nível das Instituições Financeiras, e pela procura de desalavancagem por parte destas. A aversão ao risco, a incerteza, a volatilidade, a fuga para activos de menor risco, a falta de liquidez e a limitação na obtenção de crédito foram fenómenos observados ao longo de todo o período mas que tiverem o ponto alto em Setembro e Outubro, com a falência do quarto maior banco de investimento norte-americano, o Lehman Brothers. A relação basilar do sistema financeiro e, em particular, do bancário - a confiança entre intervenientes - foi, por diversas vezes, posta em causa. Chegou mesmo a observar-se uma total paralisia em segmentos do mercado financeiro, como sejam o monetário e o de crédito.
Foi um ano, ainda e sobretudo, caracterizado pelo alastrar da instabilidade financeira a todos os restantes sectores económicos. De um fenómeno localizado – nos Estados Unidos e em algumas economias europeias, como o Reino Unido e a Irlanda - transformou-se num fenómeno mundial gerando, inicialmente, um ajustamento económico moderado mas que, posteriormente, foi ganhando dimensão e ritmo e que resultou, por fim, na contracção económica a nível da maior parte das economias desenvolvidas e num acentuado abrandamento em todas as demais. A travagem no último trimestre do ano terá sido particularmente violenta e generalizada. Estima-se que a Economia Mundial tenha crescido 3,4%, uma clara desaceleração face aos 5,2% do ano anterior.
A política monetária procurou mitigar os efeitos decorrentes da falta de liquidez e aperto no crédito, com actuações prontas e continuadas, sobretudo nas economias anglo-saxónicas. Na União Económica e Monetária (UEM), o Banco Central Europeu (BCE) seguiu rumo diverso até Julho, tendo inclusive subido taxas para 4,25% - motivado pela resiliência que a procura externa dirigida à Alemanha apresentava e pelos significativos aumentos até então observados a nível dos preços das commodities - apenas para inverter o rumo a partir do final do terceiro trimestre e descer a Refi Rate até 2,0%, em Dezembro. O ano foi ainda caracterizado pela intervenção das autoridades políticas pela via fiscal, oscilando entre pacotes fiscais de apoio económico, anúncio de planos de investimento público em infra-estruturas, passando por injecção de fundos em Instituições Financeiras mais debilitadas e, inclusive, pela nacionalização, como solução de recurso, de algumas dessas Instituições. A degradação das contas públicas e o aumento do endividamento público foi a consequência directa. A inflação terá registado uma evolução particularmente divergente em 2008: um aumento muito significativo até ao Verão, em grande medida seguindo a trajectória das commodities, e dentro destas, a do crude e derivados (máximo histórico de USD 147,0/barril atingido em Julho), dando lugar a tendência descendente muito acentuada a partir de então. As estimativas apontam, ainda assim, para que tenha registado valores superiores aos de 2007 - 3,6% nas Economias Desenvolvidas e 9,2% nas Emergentes e em Desenvolvimento.
Estima-se que a Zona Euro tenha registado um crescimento de 1,0% em 2008. Os Estados Unidos, epicentro da crise financeira, deverão ter registado um incremento de 1,1% a nível do Produto, enquanto o Japão, para incredulidade de muitos face à aparente não exposição directa das suas Instituições Financeiras aos activos hipotecários de risco elevado e face ao nível de crescimento económico do ano anterior (2,4%), terá contraído 0,3%.
Em 2008, ao contrário do esperado, e pondo fim à tendência de recuperação económica que apresentava desde 2005, Portugal evidenciou um abrandamento económico significativo que terá resultado, apontam as estimativas, num crescimento do PIB em 0,3% (2,0% no ano anterior). Terá sido o nono ano consecutivo de afastamento face à média da UEM. A parte final do ano terse-á mesmo caracterizado por uma contracção económica significativa. A desaceleração da actividade terá sido generalizada – o Investimento seguiu tendência descendente, mostram os dados, reflectindo a conjuntura interna e externa; as exportações terão registado queda acentuada no último trimestre, situação que já não se observava desde o início da década de 1980, reflectindo sobretudo o abrandamento económico da EU, destino de 75% das vendas portuguesas para o exterior. A situação não terá sido pior em virtude da diversificação dos mercados destino que se tem observado ao longo dos últimos anos, nomeadamente para Angola e Ásia. Reflectindo o ciclo económico, também as Importações terão observado notória contracção. Não terão permitido, ainda assim, uma melhoria da Balança de Bens e Serviços, cujo défice se estima ter atingido 8,0% do PIB. O Consumo Privado terá sido a componente menos afectada mas ainda assim não terá deixado de reflectir a contracção da actividade creditícia, o acentuado incremento das taxas de juro até Outubro passado e a diminuição do rendimento disponível pela via do aumento dos factores energéticos. A inflação terá seguido tendência altista, tendo registado 2,8%, um aumento face a 2007. O Desemprego terá diminuído face aos níveis do ano anterior, registando 7,6%.
Para uma melhor compreensão de actividade das diferentes Unidades de Negócios (UN) que compõem a CORTICEIRA AMORIM deverá ser consultado o correspondente relatório consolidado de gestão.
Por se julgar importante segue, no entanto, uma breve descrição da actividade das referidas UN e respectivo consolidado.
Até ao final do terceiro trimestre, conforme referido nos diversos relatórios trimestrais, a actividade da CORTICEIRA AMORIM tinha sido já afectada adversamente pela deterioração do enquadramento económico e financeiro. Esse agravamento das condições de exploração da CORTICEIRA AMORIM resultou, no essencial, da subida dos preços de energia, transportes e outros custos operacionais. Com efeitos ainda ao nível operacional, a desvalorização das principais moedas de exportação, em especial do USD, bem como a resistência dos clientes, em especial dos norte-americanos, a aumentos de preço do produto final justificadas pelas respectivas desvalorizações cambiais, tiveram como consequência uma quebra de vendas em euros para aqueles mercados. Desta quebra resultou um estreitar de margens e consequentemente, dos resultados líquidos, já que o grosso dos custos operacionais das empresas exportadoras pertencentes à CORTICEIRA AMORIM está denominado em euros. Ao nível financeiro, a continuada subida até Outubro dos indexantes das taxas de juro, não deixou de afectar a taxa final suportada pela CORTICEIRA AMORIM, afectando deste modo os respectivos resultados líquidos.
Se até ao final de Setembro, se podia dizer que os resultados da CORTICEIRA AMORIM tinham sido afectados em termos que se podem classificar de moderados, a fortíssima travagem registada a partir do quarto trimestre na economia dita real, teve essa sim, um forte impacto negativo nos seus resultados. Sectores que constituem o coração da actividade da CORTICEIRA AMORIM, como construção civil, a indústria automóvel registaram quedas abruptas nas encomendas colocadas junto da CORTICEIRA AMORIM, fazendo com que Novembro e Dezembro registassem níveis de vendas mínimas desde há muitos meses. Este registo em baixa de vendas provocou, por si só, um efeito bastante adverso nos resultados, os quais se apresentaram negativos no quarto trimestre.
Em termos de factos relevantes para a CORTICEIRA AMORIM, de registar a aquisição da Cortex e de 25% da US Floors. Estas duas importantes aquisições permitirão à UN Revestimentos a disponibilização de canais de distribuição necessárias à nova capacidade produtiva instalada no final do exercício.
Os custos de estrutura elevaram-se aos 2,4 milhões de euros, dos quais 1,4 milhões se referem a custos com pessoal. O saldo líquido de juros foi desfavorável em cerca de 7,8 milhões de euros. O agravamento face a 2007 prende-se, não só com o aumento verificado até ao final do terceiro trimestre nas taxas de juros, mas também ao aumento dos suprimentos de subsidiárias, aumento esse resultante de algumas operações de reestruturação financeira entretanto verificadas e ainda não concluídas. Do lado dos proveitos, de salientar o dividendo de 30 milhões de euros recebido de uma das subsidiárias. Após a estimativa de imposto diferido activo resultante dos prejuízos fiscais originados quer pela actividade corrente, quer pelo efeito do saldo líquido negativo de juros, o resultado líquido atingiu os 22.246 mil euros.
O total do Activo atingiu os 331 milhões de euros, uma descida de cerca de 70 milhões. A descida tem a ver, no essencial, com a diminuição do valor de Prestações Acessórias às respectivas subsidiárias.
No Passivo, de salientar a reclassificação de 40 milhões de euros de endividamento a médio e longo prazo para curto prazo, bem como a diminuição de cerca de 75 milhões de euros dos suprimentos prestados a subsidiárias.
O ano de 2009 deverá assumir o carácter de ajustamento cíclico, mas também estrutural, decorrente da crise financeira e económica que se iniciou já em 2007. Manter-se-á a necessidade, por parte das Instituições Financeiras, de diminuir o grau de alavancagem e de reparar os balanços. As expectativas dos mais diversos institutos de previsões macroeconómicas apontam para uma primeira metade do ano acentuadamente negativa, aprofundando a evolução dos últimos meses de 2008, com sinais de retoma a surgirem apenas a partir do Verão. A expansão económica será, apontam as estimativas, muito lenta e dependente da recuperação do mercado de crédito. A contracção nas economias desenvolvidas e nas novas economias industrializadas, e o abrandamento em todas as restantes, deverá ser a nota dominante. Contrariamente às previsões avançadas há um ano, os BRIC e os países do Conselho de Cooperação do Golfo não substituirão os Estados Unidos, UEM e Japão como motores do crescimento mundial. A taxa de variação do PIB mundial deverá ser 0,5%, mas com os riscos negativos a aconselharem prudência. Será o pior desempenho desde a II Guerra Mundial a nível das economias desenvolvidas. Antecipa-se que o comércio internacional registará, pela primeira vez em muitos anos, variação negativa em torno de 2,8%. O mercado de crédito deverá continuar a observar restrições, apesar das diversas medidas implementadas para injectar liquidez no mercado. O aumento do desemprego deverá ser observável ao longo do ano (estima-se que só nos países integrantes da OCDE, os desempregados possam aumentar 8 milhões nos próximos dois anos). Os preços deverão registar taxas de variação gradualmente menores até ao Verão, prevendo-se que possam estabilizar a partir de então. O espectro da deflação será, ainda assim, uma preocupação sempre presente. A estabilização do mercado imobiliário, sobretudo nos Estados Unidos, é condição imprescindível para o regresso da confiança e para a estabilização do preço dos activos financeiros dele dependente, e que pesa nos Balanços das Instituições Financeiras. A reestruturação do sistema bancário mundial, destrinçando as instituições viáveis das insolventes, a reanimação do sistema financeiro mundial e o desobstruir dos canais de concessão de crédito são condições indispensáveis para a restauração da confiança e estabilização económica. A implementação de condições monetárias e fiscais ainda mais expansionistas deverá ser a pedra de toque da política económica mundial durante o ano.
A Zona Euro deverá registar contracção económica durante 2009, com especial ênfase na primeira metade do ano, penalizada que deverá estar por (i) condições monetárias menos expansionistas – o BCE, em Julho de 2008, estava ainda em contexto de subida de taxas de juro; (ii) estímulos fiscais menos significativos, de implementação mais demorada, e descoordenados entre os diversos membros; (iii) a que se juntarão efeitos desfasados de perda de riqueza sobre o consumo e investimento. A recuperação será lenta e apenas visível, prevê-se, a partir do final do ano, início de 2010. As previsões apontam para uma variação negativa do Produto em 2,0%. Os Estados Unidos, por seu turno, deverão registar uma contracção económica nos primeiros seis meses do ano, avançando, assume-se, para uma recuperação gradual a partir de então. A actuação enérgica e continuada das autoridades políticas e monetárias norte-americanas deverá garantir que o ritmo de variação do PIB se situe em torno de -1,6%. A recuperação deverá seguir um padrão mais lento do que o habitual, considerando o ajustamento que se observa actualmente a nível do consumo privado e a necessidade de corrigir os desequilíbrios estruturais da economia. Em ambos os blocos, as previsões apontam para uma descida acentuada da inflação - marginalmente superior a 0,0% nos EUA e em torno de 1,0% na UEM, eventualmente sendo visíveis valores negativos mensais nos Estados Unidos. O Japão deverá registar também contracção económica, em torno de 2,6%, não sendo de colocar de parte a possibilidade de regressar a um contexto de deflação.
Portugal deverá registar contracção económica em 2009. Será, assume-se, a segunda recessão técnica dos últimos nove anos. A um primeiro semestre claramente negativo, deverá suceder-se um segundo já com variação marginalmente positiva a nível do PIB, apontando as previsões, ainda assim, para uma variação anual negativa em torno de 0,8%. Os riscos que a economia enfrenta são claramente negativos atendendo à conjuntura internacional e às debilidades estruturais internas. Em face do panorama já observável no final de 2008, as Exportações deverão registar contracção, o mesmo sucedendo com o Investimento. A forte queda na confiança empresarial, as restrições ao nível da concessão de crédito e a evolução económica dos principais países destino das exportações portuguesas (Angola incluída apesar da performance observada em 2007/08), são condições muito limitadoras para as empresas e que deverão conduzir esta variável para a maior contracção observada desde 1990. O Investimento Público em grandes infra-estruturas, vector privilegiado pelas autoridades no combate ao abrandamento económico, deverá exercer apenas um efeito desfasado no tempo. Consumo Privado e Público deverão dar um contributo positivo, embora marginal, para a evolução económica - ao elevado endividamento das famílias, associar-se-á o receio de perda do emprego e juntar-se-á a preocupação em não desbaratar completamente o esforço de consolidação das Contas Públicas. Não obstante o elevado nível de desemprego que Portugal já registava antes do início da crise económica, atendendo ao ritmo de ajustamento imposto pelo grau de abertura da economia nacional, estima-se que esta variável venha a seguir tendência altista, para valores acima de 8,5%, em 2009. A inflação deverá observar evolução similar ao antecipado para outras economias europeias – diminuição ao longo do ano, não sendo de descurar a possibilidade de variações mensais negativas no 3º trimestre. A consolidação orçamental deverá ser interrompida, com do défice público a observar uma subida para 3,9% do PIB, segundo as previsões das próprias autoridades.
Em termos individuais, os resultados estimados para 2009 serão afectados adversamente pela não distribuição prevista de dividendos por parte das subsidiárias. Estando estimada uma manutenção dos custos operacionais, prevê-se, assim um retorno a resultados líquidos negativos.
Tendo em conta que o resultado líquido, apurado segundo as contas sociais no final do exercício de 2008, é positivo no valor de € 22 246 434,29 (vinte e dois milhões, duzentos e quarenta e seis mil, quatrocentos e trinta e quatro euros e vinte e nove cêntimos),
que os Senhores Accionistas deliberem aprovar que o referido resultado líquido positivo, no valor de € 22 246 434,29 (vinte e dois milhões, duzentos e quarenta e seis mil, quatrocentos e trinta e quatro euros e vinte e nove cêntimos),tenha a seguinte aplicação:
A CORTICEIRA AMORIM adquiriu, em várias sessões de bolsa, 21 500 acções próprias, correspondentes a 0,0162% do respectivo capital social, ao preço médio de 1,757€/acção, totalizando estas transacções 37 772,20 euros, conforme quadro discriminativo abaixo.
| Data de Transacção |
Descrição da Operação | Quantidade | Preço Unitário (€) |
Preço Total (€) |
|---|---|---|---|---|
| 07-01-2008 | Ordem de aquisição em bolsa de 500 acções Negócios efectuados: |
1 | 1,77 | 1,77 |
| 499 | 1,77 | 883,23 | ||
| 08-02-2008 | Ordem de aquisição em bolsa de 20 000 acções | |||
| Negócios efectuados: | 4 060 | 1,75 | 7 105,00 | |
| 940 | 1,75 | 1 645,00 | ||
| 4 640 | 1,75 | 8 120,00 | ||
| 500 | 1,75 | 875,00 | ||
| 4 860 | 1,77 | 8 602,20 | ||
| 474 | 1,76 | 834,24 | ||
| 4 340 | 1,76 | 7 638,40 | ||
| 186 | 1,76 | 327,36 | ||
| 10-01-2008 | Ordem de aquisição em bolsa de 1 000 acções | |||
| Negócios efectuados: | 501 | 1,74 | 871,74 | |
| 499 | 1,74 | 868,26 | ||
| Total de aquisições em 2008 | 21 500 | 37 772,20 |
Não se realizaram quaisquer alienações de acções próprias.
A 31 de Dezembro de 2008, a CORTICEIRA AMORIM detinha 2 589 334 acções próprias, representativas de 1,947% do seu capital social.
A realização destas transacções, nos termos acima descritos, foi julgada conveniente face à oportunidade de mercado, à existência de disponibilidades financeiras na Sociedade e ao impacto imaterial que tais movimentos teriam quer na regular formação dos preços da acção, quer no freefloat da Sociedade.
Posteriormente a 31 de Dezembro de 2008 e até à data do presente relatório, não ocorreram factos relevantes que venham a afectar materialmente a posição financeira e os resultados futuros da CORTICEIRA AMORIM e do conjunto das empresas filiais incluídas na consolidação.
Em cumprimento do estabelecido na alínea c) do número 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, as contas anuais e demais documentos de prestação de contas, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da CORTICEIRA AMORIM, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação. Declaram ainda que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da CORTICEIRA AMROIM, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, contendo o referido relatório um capítulo especial onde se expõem os principais riscos e incertezas do negócio.
O Conselho de Administração aproveita esta oportunidade para expressar o seu reconhecimento:
A todos os Colaboradores, cuja disponibilidade e empenho tanto têm contribuído para o desenvolvimento e crescimento das empresas participadas pela CORTICEIRA AMORIM, aqui lhes manifestamos o nosso sentido apreço.
Mozelos, 16 de Fevereiro de 2009
O Conselho de Administração da CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A.
| António Rios de Amorim | |
|---|---|
| Presidente do Conselho de Administração | |
| Jorge Viriato de Freitas Barros Diniz Santos | |
| Vice-Presidente do Conselho de Administração | |
| Joaquim Ferreira de Amorim | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| Nuno Filipe Vilela Barroca de Oliveira | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| Luísa Alexandra Ramos Amorim | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| José da Silva Carvalho Neto | |
| Vogal do Conselho de Administração | |
| André de Castro Amorim | |
| Vogal do Conselho de Administração |
Em cumprimento do estabelecido no artigo 448.º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que a sociedade Amorim Capital - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. era detentora, à data de 31 de Dezembro de 2008, de 90 162 161 acções da Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A., correspondentes a 67,791% do capital social.
Relação dos Accionistas titulares de participações sociais qualificadas, à data de 31 de Dezembro de 2008:
| Accionista | Número de acções |
Percentagem de participação |
|
|---|---|---|---|
| Amorim Capital - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. | 90 162 161 | 67,791% | |
| Luxor – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. | 3 069 230 | 2,308% | |
| Portus Securities – Sociedade Corretora, Lda. | 7 400 000 | 5,564% | |
| Directamente | 6 400 000 | 4,812% | |
| Via Accionista/Gestor | 1 000 000 | 0, 752% | |
| Bestinver Gestión, SGIIC, S.A. por imputação de: | 6 752 309 | 5,077% | |
| Bestinver Bolsa, F.I. | 4 541 582 | 3,415% | |
| Bestinfond F.I. | 1 267 969 | 0,953% | |
| Bestinver Mixto, F.I. | 545 929 | 0,411% | |
| Soixa Sicav, S.A, | 163 296 | 0,123% | |
| Texrenta Inversiones Sicav, S.A. | 31 111 | 0,023% | |
| (continua) | |||
| Accionista | Número de | Percentagem de | |
| acções | participação | ||
| (continuação) | |||
| Corfin Inversiones Sicav, S.A. | 25 103 | 0,019% | |
| Rodaon Inversiones Sicav, S.A. | 21 602 | 0,016% | |
| Tibest Cinco, Sicav, S.A. | 18 965 | 0,014% | |
| Invers. En Bolsa Siglo XXI, Sicav, S.A. | 17 209 | 0,013% | |
| Aton Inversiones Sicav, S.A. | 13 384 | 0,010% | |
| Tigris Inversiones, Sicav, S.A. | 11 805 | 0,009% | |
| Mercadal de Valores Sicav, S.A. | 11 691 | 0,009% | |
| H202 Inversiones Sicav, S.A. | 10 875 | 0,008% | |
| Divalsa de Inversiones Sicav, S.A. | 10 491 | 0,008% | |
| Pasgom Inversiones, Sicav, S.A. | 9 645 | 0,007% | |
| Entrecar Inversiones, Sicav, S.A. | 8 971 | 0,007% | |
| Accs., Cups. Y Obs. Segovianas, Sicav, S.A. | 7 224 | 0,005% | |
| Cartera Millennium Sicav, S.A. | 6 592 | 0,005% | |
| Campo de Oro, Sicav, S.A. | 5 576 | 0,004% | |
| Linker Inversiones, Sicav, S.A. | 5 359 | 0,004% | |
| Heldalin Inversiones Sicav, S.A. | 4 133 | 0,003% | |
| Zamarron Sicav, S.A. | 4 068 | 0,003% | |
| Opec Inversiones, Sicav, S.A. | 3 720 | 0,003% | |
| Tawarzar 2-S2 Sicav, S.A. | 3 440 | 0,003% | |
| Iberfarma Sicav, S.A. | 2 569 | 0,002% | |
| Total das participações qualificadas | 107 383 700 | 80,740% |
A Amorim - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A., detém, à data de 31 de Dezembro de 2008, uma participação qualificada indirecta na Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A., de 90 162 161 acções correspondente a 67,791% do capital social. A referida participação indirecta é detida através da Amorim Capital - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.. A Amorim – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. é detida a 100% pela Interfamília II, S.G.P.S., S.A.
De referir que, em 31 de Dezembro de 2008, a Sociedade possuía 2 589 334 acções próprias.
Informação adicional: conforme divulgação efectuada em 30 de Janeiro de 2009, o Commerzbank AG detém 9 203 387 acções (6,92%) da CORTICEIRA AMORIM, indirectamente através do Dresdner Bank AG, desde 12 de Janeiro de 2009.
Mozelos, 16 de Fevereiro de 2009 O Conselho de Administração
| Notas | Dez. 2008 | Dez. 2007 | |
|---|---|---|---|
| ACTIVO | |||
| Activos fixos tangíveis Investimentos em subsidiárias e associadas |
3 | 21 309 186 |
45 382 425 |
| Outros activos financeiros | 46 | 41 | |
| Impostos diferidos | 4 | 3 725 | |
| Activos não correntes | 309 253 | 386 236 | |
| Clientes | 86 | 75 | |
| Impostos a recuperar | 5 | 1 383 | 1 496 |
| Outras dívidas a receber/ outros activos | 6 | 20 493 | 12 832 |
| Caixa e equivalentes | 7 | 2 | 2 |
| Activos correntes | 21 964 | 14 405 | |
| Total do Activo | 331 217 | 400 641 | |
| CAPITAIS PRÓPRIOS | |||
| Capital social | 133 000 | 133 000 | |
| Acções próprias | - 2 501 | - 2 463 | |
| Reservas e outras componentes do capital próprio | 50 208 | 60 020 | |
| Resultado liquido do exercício | 22 246 | - 1 987 | |
| Capitais Próprios | 8 | 202 953 | 188 570 |
| PASSIVO | |||
| Dívida remunerada | 9 | 71 000 | 118 000 |
| Provisões | 10 | 1 551 | |
| Passivos não correntes | 72 551 | 118 000 | |
| Dívida remunerada | 9 | 48 291 | 88 034 |
| Fornecedores | 134 | 98 | |
| Credores diversos | 11 | 6 422 | 5 605 |
| Estado e outros entes públicos | 866 | 334 | |
| Passivos correntes | 55 713 | 94 071 | |
| Total do Passivo e Capitais Próprios | 331 217 | 400 641 |
| Notas | Dez. 2008 | Dez. 2007 | |
|---|---|---|---|
| Prestação de serviços | 12 | 252 | 242 |
| Fornecimentos e serviços externos | 13 | - 796 | - 683 |
| Custos com o pessoal | 14 | - 1 448 | - 2 074 |
| Depreciações | - 21 | - 23 | |
| Outros custos e proveitos operacionais | 15 | - 176 | - 134 |
| Resultados operacionais (EBIT) | - 2 189 | - 2 672 | |
| Juros líquidos | 16 | - 7 823 | - 3 382 |
| Ganhos (perdas) em subsidiárias e associadas | 17 | 30 000 | - 2 805 |
| Resultados antes de impostos | 19 988 | - 8 859 | |
| Imposto sobre os resultados | 18 | 2 258 | 6 872 |
| Resultado líquido | 22 246 | - 1 987 | |
| Resultados por acção – básico e diluído (euros por acção) A quantidade média ponderada de acções: 130 421 416, em 2008 e 130 441 904, em 2007. |
0,17 | -0,01 |
| Dez. 2008 | Dez. 2007 | |
|---|---|---|
| Prestações de serviços | 252 | 242 |
| Custo das prestações de serviços | 252 | 242 |
| Resultados brutos | 0 | 0 |
| Custos administrativos | - 2 159 | - 2 632 |
| Outros custos e perdas operacionais | - 17 | - 20 |
| Resultados operacionais | - 2 176 | - 2 652 |
| Custo líquido de financiamento | - 7 844 | - 3 402 |
| Ganhos (perdas) em filiais e associadas | 30 000 | - 2 805 |
| Resultados não usuais ou não frequentes | 8 | |
| Resultados correntes | 19 988 | -8 859 |
| Imposto sobre os resultados | - 2 258 | - 6 872 |
| Resultado liquido | 22 246 | - 1 987 |
| Resultados por acção – básico e diluído (euros por acção) | 0,17 | - 0,01 |
| A quantidade média ponderada de acções: 130 421 416, em 2008 e 130 441 904, em 2007. |
| Dez. 2008 | Dez. 2007 | ||||
|---|---|---|---|---|---|
| ACTIVIDADES OPERACIONAIS: | |||||
| Recebimentos de clientes | 315 | 297 | |||
| Pagamentos a fornecedores | - 998 | - 805 | |||
| Pagamentos ao pessoal | - 1 474 | - 2 160 | |||
| Fluxo gerado pelas operações | - 2 157 | - 2 668 | |||
| Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento | 3 746 | 6 858 | |||
| Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional | - 53 | - 40 | |||
| Fluxo gerado antes das rubricas extraordinárias | 1 536 | 4 150 | |||
| Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias | - | - | |||
| Pagamentos relacionado com rubricas extraordinárias | - 89 | - 22 | |||
| Fluxos das actividades operacionais | 1 447 | 4 128 | |||
| ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: | |||||
| Recebimentos provenientes de: | |||||
| Investimentos financeiros | 137 729 | 97 055 | |||
| Imobilizações corpóreas | 13 | - | |||
| Imobilizações incorpóreas | - | - | |||
| Subsídios de investimento | - | - | |||
| Juros e proveitos similares | 3 498 | 2 808 | |||
| Dividendos | 30 000 | 171 240 | - | 99 863 | |
| Pagamentos respeitantes a: | |||||
| Investimentos financeiros | - 66 301 | - 172 646 | |||
| Imobilizações corpóreas | - | - 1 | |||
| Imobilizações incorpóreas | - | - 66 301 | - | - 172 647 | |
| Fluxos das actividades de investimento | - 104 939 | - 72 784 | |||
| ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: | |||||
| Recebimentos provenientes de: | |||||
| Empréstimos obtidos | 130 441 | 172 278 | |||
| Aumentos de capital, presta. suplementares e prémios de emissão | - | - | |||
| Subsídios e doações | - | - | |||
| Vendas de acções próprias | - | - | |||
| Cobertura de prejuízos | - | 130 441 | - | 172 278 | |
| Pagamentos respeitantes a: | |||||
| Empréstimos obtidos | - 217 164 | - 91 207 | |||
| Amortizações de contratos de locação financeira | - | - | |||
| Juros e custos similares | -11 770 | -5 234 | |||
| Dividendos | - 7 824 | - 7 174 | |||
| Reduções de capital e prestações suplementares | - | - | |||
| Aquisição de acções próprias | - 69 | - 236 827 | - 7 | - 103 622 | |
| Fluxos das actividades de financiamento | -106 386 | 68 656 | |||
| Variação de caixa e seus equivalentes | 0 | 0 | |||
| Efeito das diferenças de câmbio | 0 | 0 | |||
| Caixa e seus equivalentes no início do período | 2 | 2 | |||
| Caixa e seus equivalentes no fim do período | 2 | 2 |
| Ano de 2008 | Saldo Inicial | Movimento | Saldo Final |
|---|---|---|---|
| Capital social | 133 000 | - | 133 000 |
| Acções próprias – valor nominal | - 2 568 | - 22 | - 2 590 |
| Acções Próprias – prémios e descontos | 104 | - 16 | 88 |
| Prémios de emissão de acções | 38 893 | - | 38 893 |
| Reservas de reavaliação | 4 052 | - | 4 052 |
| Reservas legais | 7 445 | - | 7 445 |
| Reservas especiais | 103 | - | 103 |
| Reservas resultantes da venda de acções próprias | 339 | - | 339 |
| Reservas livres | 49 141 | - 46 522 | 2 619 |
| Resultados transitados | - 39 952 | 36 710 | - 3 242 |
| Resultado líquido: | |||
| > Exercício de 2007 | - 1 987 | 1 987 | - |
| > Exercício de 2008 | - | 22 246 | 22 246 |
| 188 570 | 14 383 | 202 953 |
| Ano de 2007 | Saldo Inicial | Movimento | Saldo Final |
|---|---|---|---|
| Capital social | 133 000 | - | 133 000 |
| Acções próprias – valor nominal | - 2 549 | - 19 | - 2 568 |
| Acções Próprias – prémios e descontos | 123 | - 19 | 104 |
| Prémios de emissão de acções | 38 893 | - | 38 893 |
| Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas | - 43 711 | 43 711 | - |
| Reservas de reavaliação | 4 052 | - | 4 052 |
| Reservas legais | 7 445 | - | 7 445 |
| Reservas especiais | 103 | - | 103 |
| Reservas resultantes da venda de acções próprias | 339 | - | 339 |
| Reservas livres | 56 315 | - 7 175 | 49 140 |
| Resultados transitados | 6 428 | - 46 380 | - 39 952 |
| Resultado líquido: | |||
| Exercício de 2006 | - 2 669 | 2 669 | - |
| Exercício de 2007 | - | - 1 987 | - 1 987 |
| 197 769 | - 9 200 | 188 569 |
Os movimentos nos capitais próprios sumarizam-se como segue:
| Ano 2008 | Ano 2007 | |
|---|---|---|
| Aquisição de acções próprias | - 38 | - 38 |
| Distribuição de dividendos | - 7 825 | - 7 175 |
| Resultado liquido | 22 246 | - 1 987 |
| 14 383 | - 9 200 |
A Corticeira Amorim , S.G.P.S., S.A. (adiante designada apenas por Corticeira Amorim, designação que poderá também abranger o conjunto da Corticeira Amorim SGPS e suas participadas) resultou da transformação da Corticeira Amorim, S.A., numa sociedade gestora de participações sociais ocorrida no início de 1991 e cujo objecto social é gestão das participações do Grupo Amorim no sector da cortiça.
As empresas participadas directa e indirectamente pela Corticeira Amorim têm como actividade principal a fabricação, comercialização e distribuição de todos os produtos de cortiça.
A Corticeira Amorim não detém directa ou indirectamente interesses em propriedades onde se faça o cultivo e exploração do sobreiro, árvore fornecedora da cortiça que é a principal matéria-prima usada nas suas unidades transformadoras. A aquisição da cortiça faz-se num mercado aberto, onde interagem múltiplos agentes, tanto do lado da procura como da oferta.
A actividade da Corticeira Amorim estende-se desde a aquisição e preparação da cortiça, até à sua transformação num vasto leque de produtos derivados de cortiça. Abrange também a comercialização e distribuição, através de uma rede própria presente em todos os grandes mercados mundiais.
A Corticeira Amorim é uma empresa portuguesa com sede em Mozelos, Santa Maria da Feira, sendo as acções representativas do seu capital social de 133 000 000 euros cotadas na Euronext Lisboa – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..
Estas demonstrações financeiras individuais foram aprovadas em Conselho de Administração do dia 16 de Fevereiro de 2009.
Excepto quando mencionado outra unidade, os valores numerários referidos nestas notas são apresentados em milhares de euros.
As principais políticas usadas na preparação das demonstrações financeiras individuais foram consistentemente usadas em todos os períodos apresentados nestas demonstrações e de que se apresenta em seguida um resumo.
• Bases de apresentação
As demonstrações financeiras individuais foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptado na União Europeia, em vigor a 1 de Janeiro de 2008.
• Activo fixo tangível
Os bens do activo fixo tangível são registados ao custo histórico de aquisição. As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes, utilizando-se para efeito as taxas definidas no Decreto regulamentar número 2/90 de 12 de Janeiro, que se consideram representarem satisfatoriamente a vida útil estimada dos bens.
• Investimentos em subsidiárias e associadas e em outros activos financeiros
Os investimentos em subsidiárias e associadas são valorizados ao custo de aquisição. Em caso de perda de imparidade, o valor do investimento financeiro é ajustado em consonância, sendo o respectivo ajuste considerado uma perda do exercício.
• Clientes e outras dívidas a receber
As dívidas de clientes e outras a receber são registadas pelo seu valor nominal, ajustadas subsequentemente por eventuais perdas por imparidade de modo a que reflictam o seu valor realizável. As referidas perdas são registadas na conta de resultados no exercício em que sejam reconhecidas.
• Caixa e equivalentes a caixa
O montante incluído em "Caixa e equivalentes a caixa" é composto pelos valores de caixa, depósitos à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria com vencimento inferior a três meses, e para os quais os riscos de alteração de valor não é significativo. Os valores a descoberto de contas de depósitos bancários estão incluídos em "Dívida remunerada".
• Dívida remunerada
Inclui o valor dos empréstimos onerosos obtidos. Eventuais despesas atribuíveis à entidade emprestadora, são deduzidos à dívida e reconhecidos ao longo do período de vida do empréstimo, de acordo com a taxa de juro efectiva.
Os juros de empréstimos obtidos são reconhecidos como custo à medida em que são incorridos.
• Impostos diferidos e imposto sobre o rendimento
Em consequência da opção pela aplicação do regime especial de determinação da matéria colectável em relação a todas as sociedades do grupo, consignado pelo artigo 63.º do código do IRC, o cálculo da estimativa para impostos é efectuada com base na matéria colectável consolidada, nas seguintes empresas:
As empresas Champcork – Rolha de Champanhe, SA e Interchampanhe - Fabricante de Rolhas de Champanhe, SA, foram dissolvidas em 2008.
As empresas Equipar – Indústria de Cortiça, SA e Equipar – Rolha Natural, SA, foram totalmente integradas na empresa Amorim e Irmãos, SA, por fusão, em Dezembro de 2008.
• Provisões
São reconhecidas provisões quando a CORTICEIRA AMORIM tem uma obrigação presente, legal ou implícita, resultante de um evento passado, e seja provável que desse facto resulte uma saída de recursos e que esse montante seja estimado com fiabilidade.
Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. São reconhecidas provisões para reestruturação sempre que para essa reestruturação haja um plano detalhado e tenha havido comunicação às partes envolvidas.
• Locação
Sempre que um contrato indicie a transferência substancial dos riscos e dos benefícios inerentes ao bem em causa para a CORTICEIRA AMORIM, a locação será classificada como financeira. Todas as outras locações são consideradas como operacionais, sendo os respectivos pagamentos registados como custos do exercício.
• Instrumentos financeiros derivados
A Corticeira Amorim utiliza instrumentos financeiros derivados, tais como contratos de câmbio à vista e a prazo, opções e swaps, somente para cobertura dos riscos financeiros a que está exposta. A CORTICEIRA AMORIM não utiliza instrumentos financeiros para especulação. A empresa adopta a contabilização de acordo com contabilidade de cobertura (hedge accounting) respeitando integralmente o disposto nos normativos respectivos. A negociação dos instrumentos financeiros derivados é realizada pelo departamento de tesouraria central (Sala de Mercados), obedecendo a normas aprovadas pela respectiva administração. Os instrumentos financeiros derivados são inicialmente reconhecidos no balanço ao seu custo inicial e depois remensurados ao seu justo valor.
| Saldo inicial liquido |
Aumentos | Alienações | Transferên cias e abates |
Ajusta mentos |
Saldo final liquido |
|
|---|---|---|---|---|---|---|
| Partes de capital | 351 252 | 4 045 | - | -82 464 | - | 272 833 |
| Empréstimos de financiamento | 31 173 | 13 900 | - | -8 720 | - | 36 353 |
| 382 425 | 17 945 | - | -91 184 | - | 309 186 |
Os aumentos em "Partes de capital" referem-se a:
| - Prestações acessórias à Amorim & Irmãos SGPS | 3 900 |
|---|---|
| - Prestações suplementares à Vatrya, Lda. | 145 |
| 4 045 |
As transferências e abates em "Partes de capital" referem-se a:
| • | a) Reembolsos de prestações suplementares concedidos à: | |
|---|---|---|
| - Vatrya – Consultadoria e Marketing, Lda. | - 1 221 | |
| • | b) Reembolsos de prestações acessórias concedidos à: | |
| - Amorim & Irmãos, SGPS, SA | - 73 600 | |
| - Amorim Natural Cork, SA | - 7 643 | |
| - 82 464 |
Os movimentos em "Empréstimos de financiamento" referem-se:
| - Amorim Revestimentos, SA | - 2 400 |
|---|---|
| - Amorim Natural Cork, SA | - 6 320 |
| - 8 720 |
| Participação directa no capital de subsidiárias e associadas |
Sede | % | Valor de Custo |
Prestações suplemen tares |
Ajusta mentos |
Valor de Balanço Dez 2008 |
Valor de Balanço Dez 2007 |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Amorim Brasil – C.I.I.E.A.C., Lda. | Brasil | 99% | 40 | 904 | 944 | 0 | 0 |
| Amorim Cork Composites, SA | S. Mª. Feira | 100% | 10 076 | 46 050 | 56 126 | 56 126 | |
| Amorim & Irmãos, SGPS, SA | S. Mª. Feira | 100% | 6 344 | 130 100 | 136 444 | 206 144 | |
| Amorim Narural Cork, SA. | S. Mª. Feira | 100% | 60 | 79 605 | 79 665 | 87 308 | |
| General Inv. & Participations Ginpar, SA | Marrocos | 99,76% | 205 | - | 205 | 205 | |
| Amorim Cork Research, Lda. | S. Mª. Feira | 100% | 50 | 339 | 389 | 389 | |
| Vatrya – Consultadoria e Marketing, Lda. | Funchal | 100% | 4 | - | 4 | 1 080 | |
| Total | 16 779 | 256 998 | 944 | 272 833 | 351 252 |
| Empréstimos de financiamento a subsidiárias e associadas |
Balanço Dez. 2008 |
Balanço Dez. 2007 |
|---|---|---|
| Amorim Isolamentos, SA. | 4 453 | 4 453 |
| Amorim Natural Cork, SA. | - | 6 320 |
| Amorim Revestimentos, SA | 30 000 | 18 500 |
| Compagnie Marrocaine de Transf. de Liégé, Comatral S.A. | 1 900 | 1 900 |
| Total | 36 353 | 31 173 |
O imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) é autoliquidado pela Sociedade. As autoridades fiscais têm o direito de inspeccionar e ajustar as declarações fiscais, a qualquer momento, dentro dos quatro anos subsequentes, ou seis no caso de utilização de prejuízos fiscais.
O movimento em impostos diferidos activos, verificado em 2008, resume-se ao aumento em 233 referentes a a benefícios fiscais do exercício, à utilização de 2 168 por lucro tributável do RETGS e à anulação de 1 790 relativo a benefícios fiscais do ano anterior não utilizados.
| Movimentos do ano 2008 | ||||
|---|---|---|---|---|
| Saldo inicial | Aumento | Utilização | Anulação | Saldo final |
| 3 725 | 233 | 2 168 | 1 790 | 0 |
Não obstante o imposto diferido subjacente aos prejuízos fiscais do grupo para utilização futura totalizar cerca de 5 593, em 2008, não se reconheceram impostos diferidos activos, por se considerar não ser provável a sua realização.
Os impostos a recuperar dizem respeito ao Pagamento Especial por Conta (PEC) dos exercícios de 2003 a 2008.
| Dez. 2008 | Dez. 2007 | |
|---|---|---|
| Dívidas a receber: | ||
| De filiais: | ||
| Empréstimos | 7 200 | 5 100 |
| Juros de empréstimos | 1 243 | 1 843 |
| Impostos do RETGS | 11 910 | 5 166 |
| Outros créditos | 46 | - |
| 20 399 | 12 109 | |
| De outras entidades | ||
| Créditos recebidos na partilha da Moraga a) | 11 | 18 |
| Créditos recebidos na partilha da A.I.Solutions II a) | - | 552 |
| Créditos recebidos na partilha da A.I.Solutions SGPS a) | - | 26 |
| Outros créditos | 5 | 2 |
| 20 415 | 12 707 | |
| Outros activos: | ||
| Juros corridos de empréstimos a filiais | 63 | 72 |
| Custos diferidos | 15 | 53 |
| 20 493 | 12 832 |
a) Empresas totalmente detidas pela Corticeira Amorim que foram dissolvidas em Dezembro de 2007.
i) Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes
| Rubrica | Dez. 2008 | Dez. 2007 |
|---|---|---|
| Numerário | 0 | 0 |
| Depósitos bancários imediatamente disponíveis | 2 | 2 |
| Caixa e seus equivalentes | 2 | 2 |
| Disponibilidades constantes do balanço: | ||
| Depósitos bancários | 2 | 2 |
| Caixa | 0 | 0 |
A 31 de Dezembro de 2008, havia um total de 24 876 milhares de euros de facilidades de créditos não utilizados (13 161 em 31 de Dezembro de 2007).
• Capital social
O capital social da Empresa está representado por cento e trinta e três milhões de acções ao portador, escriturais, de valor nominal unitário de um euro, cada, que conferem direito a dividendos.
• Acções próprias
Em 2008, a Empresa adquiriu em diversas sessões de bolsa 21 500 acções próprias, representativas de 0,0162% do seu capital social, pelo preço médio unitário de custo de 1,761 euros e global de 37 861,11 euros, incluindo custos de aquisição.
Em 2007, a Empresa adquiriu em bolsa 19 477 acções próprias, representativas de 0,0146% do seu capital social, pelo preço médio unitário de custo de 1,963 euros e global de 38 233,60 euros.
Não alienou qualquer acção própria durante o ano de 2008 e durante o ano de 2007.
Em 31 de Dezembro de 2008, a Empresas detinha 2 589 334 acções próprias, representativas de 1,947% do seu capital social. No final do ano de 2007, detinha 2 567 834 acções próprias, representativas de 1,931% do seu capital social.
• Dividendos
A Corticeira Amorim atribuiu, em Abril de 2008, um dividendo no valor de 7 980 000 euros relativo à actividade de 2007, a que correspondeu um valor de 0,06 euros por acção.
Em Abril de 2007 atribuiu um dividendo no valor de 7 315 000 euros relativo à actividade de 2006, a que correspondeu um valor de 0,055 euros por acção.
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Dividendo atribuído (0,06 por acção em 2008 e 0,055 euros em 2007) | 7 980 | 7 315 |
| Apropriação de dividendos de acções próprias | 156 | 140 |
| Dividendos distribuídos | 7 824 | 7 175 |
A dívida remunerada vence juros a taxas de mercado, sendo totalmente denominada em euros.
A Empresa contratou programas de emissões de papel comercial no montante global de 59 milhões de euros. Em 31 de Dezembro de 2008, os programas estavam utilizados em 46 milhões de euros (53, em 31 Dezembro de 2007. O prazo médio ponderado das emissões do ano de 2008 foi de 33 dias e das emissões do ano de 2007 foi de 199 dias.
A dívida remunerada a médio e longo prazo refere-se a empréstimos da banca e a papel comercial. O vencimento, relativamente a 31 de Dezembro de 2008 e a 31 de Dezembro de 2007, ocorrerá:
| Data de referência |
A mais de 1 ano | A mais de 2 anos | A mais de 3 anos | Total da dívida |
|---|---|---|---|---|
| 31 Dez. 2008 | 37 000 | 34 000 | - | 71 000 |
| 31 Dez. 2007 | 40 000 | 45 000 | 33 000 | 118 000 |
A dívida remunerada a curto prazo refere-se a:
| Dez. 2008 | Dez. 2007 | |
|---|---|---|
| Empréstimos de subsidiárias: | ||
| Amorim Cork Research, Lda. | 170 | 205 |
| Amorim Natural Cork, SA | - | 82 990 |
| Equipar – Participações Integradas, SGPS, Lda. | 7 419 | - |
| Vatrya – Consultadoria e Marketing, Lda | 579 | - |
| 8 168 | 83 195 | |
| Empréstimos da banca | 40 123 | 4 839 |
| 48 291 | 88 034 |
Esta rubrica reflecte a provisão para impostos assumida na partilha da Amorim Industrial Solutions II, quando da sua liquidação e dissolução, em Dezembro de 2007. Nas contas de 2007, esta provisão encontravase nos passivos correntes, na linha de credores diversos.
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Credores por acréscimo de custos de: | ||
| Remunerações que vencem a 1 de Janeiro do ano seguinte | 142 | 201 |
| Encargos patronais sobre remunerações a vencer | 26 | 34 |
| Juros e outros encargos financeiros | 1 143 | 2 237 |
| Fornecimentos e serviços externos | 34 | 43 |
| 1 345 | 2 515 | |
| Dívidas a pagar: | ||
| A filiais por impostos do RETGS | 5 017 | 1 175 |
| A outras entidades: | ||
| Dívidas assumidas na partilha da A.I.Solutions II a) | 3 | 283 |
| Provisão para impostos assumida na partilha da | ||
| A.I.Solutions II a) | - | 1 551 |
| Dívidas assumidas na partilha da A.I.Solutions SGPS a) | - | 24 |
| Outras dívidas | 57 | 57 |
| 6 422 | 5 605 |
a) Empresas totalmente detidas pela Corticeira Amorim que foram dissolvidas em Dezembro de 2007.
A provisão para impostos assumida na partilha da Amorim Industrial Solutions II, quando da sua liquidação e dissolução, em Dezembro de 2007 foi transferida para passivos não correntes – provisões.
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Amorim & Irmãos, S.A | 82 | 85 |
| Amorim Revestimentos, S.A. | 55 | 56 |
| Amorim Cork Composites, S.A. | 63 | 48 |
| Amorim Natural Cork, S.A. | 30 | 20 |
| Amorim Industrial Solutions – I.C.B. I, S.A. | 6 | 13 |
| Equipar – Rolha Natural, S.A. | 8 | 9 |
| Amorim Isolamentos, S.A. | 8 | 7 |
| Amorim Industrial Solutions – I.C.B. II, S.A. | - | 4 |
| Prestação de serviços | 252 | 242 |
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Trabalhos especializados | - 316 | - 279 |
| Publicidade e propaganda | - 221 | - 91 |
| Rendas e alugueres | - 146 | - 142 |
| Deslocações e estadas | - 29 | - 68 |
| Comunicação | - 28 | - 23 |
| Representação | - 13 | - 7 |
| Honorários | -12 | - 22 |
| Combustíveis | -7 | - 8 |
| Conservação e reparação | - 7 | -11 |
| Contencioso e notariado | - 6 | -16 |
| Outros | - 11 | - 16 |
| Fornecimentos e serviços externos | - 796 | - 683 |
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Remunerações dos órgãos sociais | ||
| Conselho de Administração | - 456 | - 1 062 |
| Conselho Fiscal | - 43 | - 25 |
| Remunerações do pessoal | - 698 | - 718 |
| Encargos sobre remunerações | - 196 | - 224 |
| Outros custos com o pessoal | - 55 | - 44 |
| Custos com pessoal | - 1 448 | - 2 073 |
No ano de 2008 a empresa teve em média ao seu serviço 19 pessoas (20 em 2007).
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Donativos | - 73 | - 22 |
| Correcções relativas a exercícios anteriores | -45 | 7 |
| Serviços e taxas da Euronext e Interbolsa | - 33 | - 39 |
| Prémio (*) | - 15 | - |
| Quotizações | - 6 | - 3 |
| Serviços bancários | - 4 | - 1 |
| Multas e penalidades | - | -75 |
| Ganhos em imobilizações corpóreas | 8 | - |
| Outros | - 8 | - 1 |
| Outros custos e proveitos operacionais | - 176 | - 134 |
(*) Prémio atribuído, em concurso, ao melhor trabalho de investigação em matéria de valorização e sustentabilidade do sobreiro e da biodiversidade associada.
| 2008 | 2007 | ||
|---|---|---|---|
| Juros e imposto de selo inerentes a empréstimos bancários | - 6 404 | - 5 834 | |
| Juros de empréstimos de empresas do grupo | - 4 191 | - 55 | |
| Outros custos relacionados com financiamentos obtidos | - 117 | - 97 | |
| Juros obtidos de empréstimos a empresas do grupo | 2 889 | 2 603 | |
| Juros obtidos de aplicações de tesouraria | - | 1 | |
| Juros líquidos | - 7 823 | - 3 382 |
| 2008 | 2007 | |
|---|---|---|
| Dividendos recebidos da Amorim & Irmãos, SGPS, SA | 30 000 | - |
| Resultado pela dissolução/liquidação das seguintes sociedades: | ||
| Moraga – Comércio e Serviços, SA | - | 3 106 |
| Amorim Industrial Solutions – I.C.B. II, SA | - | -6 691 |
| Amorim Industrial Solutions, SGPS, SA | - | 780 |
| 30 000 | - 2 805 |
| 2 0 0 8 | 2 0 0 7 | |
|---|---|---|
| Imposto corrente | ||
| Imposto sobre o rendimento e tributações autónomas | - 333 | - 33 |
| Apropriação da derrama estimada pagar pelas empresas do RETGS | - | 330 |
| Imposto diferido | 2 591 | 6 575 |
| Imposto sobre o rendimento | 2 258 | 6 872 |
| Beneficiário | Entidade | Natureza | Valor |
|---|---|---|---|
| - Serviço de Finanças da Feira - 2.º | Fiança | 5 802 | |
| - Serviço de Finanças de Ponte de Sôr | Fiança | 8 | |
| - Empresas interligadas | Banco Popular | Aval | 7 325 |
| Banco Simeon | Carta conforto | 606 | |
| ABN*AMRO | Carta conforto | 35 859 | |
| B.E.S. | Carta conforto | 4 289 | |
| B.N.P. Paris | Carta conforto | 500 | |
| C.G.D. | Carta conforto | 18 329 | |
| Carl Plump | Carta conforto | 256 | |
| Citibank | Carta conforto | 35 184 | |
| Deutsche Bank | Carta conforto | 8 898 | |
| Fortis Bank | Carta conforto | 10 250 | |
| La Caixa | Carta conforto | 301 | |
| Mercantile Bank | Carta conforto | 389 | |
| Millennium BCP | Carta conforto | 34 585 | |
| Unibank | Carta conforto | 403 | |
| Credit Anstalt | Garantia bancária | 436 | |
| B.P.I. | Opção | 3 600 |
À data de 31 de Dezembro de 2008 encontravam-se prestadas as seguintes garantias:
A empresa domina totalmente as sociedades a seguir indicadas, pelo que assume, relativamente a essas sociedades, as responsabilidades previstas no Código das Sociedades Comerciais:
Informação relativa ao número 4 do artigo 5.º do Decreto- Lei n.º 318/94 de 24 de Dezembro.
i) - Relação dos créditos concedidos durante o ano de 2008 e respectivas posições devedoras à data de 31 de Dezembro de 2008:
| Data | Valor | Posição | |
|---|---|---|---|
| Amorim Cork Composites, S.A. | Out. 2008 | 3 000 | |
| Dez. 2008 | 7 200 | ||
| 0 | |||
| Amorim Revestimentos, S.A | Mai. 2008 | 1 500 | |
| Jun. 2008 | 900 | ||
| Dez. 2008 | 11 500 | ||
| 30 000 | |||
| Amorim & Irmãos, S.G.P.S., S.A. | Abr. 2008 | 28 700 | |
| Jul. 2008 | 1 500 | ||
| 0 |
| Data | Valor | Posição | |
|---|---|---|---|
| Amorim Isolamentos, S.A. | Fev.2008 | 400 | |
| Nov. 2008 | 400 | ||
| Dez. 2008 | 400 | ||
| 5 653 | |||
| Amorim Natural Cork, S.A | Dez. 2008 | 6 500 | |
| 6 000 | |||
| Compagnie Marrocaine de Transf. de Liégé, Comatral S.A. | |||
| 1 900 |
ii) - Relação dos créditos obtidos durante o ano de 2008 e respectivas posições credoras à data de 31 de Dezembro de 2008:
| Data | Valor | Posição | |
|---|---|---|---|
| Amorim Cork Research, Lda. | Fev.2008 | 35 | |
| Set. 2008 | 130 | ||
| Dez. 2008 | 51 | ||
| 170 | |||
| Amorim Natural Cork, S.A. | Jul. 2008 | 5 800 | |
| Set. 2008 | 12 500 | ||
| Out. 2008 | 4 200 | ||
| 0 | |||
| Amorim & Irmãos, S.G.P.S., S.A. | |||
| Jan.2008 | 800 | ||
| 0 | |||
| Equipar – Participações Integradas, S.G.P.S., Lda. | |||
| Mar.2008 | 7 425 | ||
| 7 423 |
Relativamente ao assunto objecto de comunicado no passado dia 18 de Junho de 2008, informa-se que até à presente data não houve quaisquer desenvolvimentos.
Mozelos, 16 de Fevereiro de 2009
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